Envelhecimento do Sistema Cardiovascular

Alterações fisiológicas do sistema cardiovascular do idoso;

SISTEMA CARDIOVASCULAR

⬇️ frequência cardíaca máxima;

⬆️ Débito cardíaco; ⬆️ PA sistólica;
⬇️ Complacência da aorta; ⬆️ LDL;
⬇️ progressiva da força muscular cardíaca; ⬇️ HDL.
Envelhecimento é crônico.

Fisiopatologia dos processos inflamatórios
crônicos dos sistemas vasculares;
Aterosclerose
A aterosclerose é uma doença vascular de alta
morbimortalidade, determinada pela combinação
de fatores de risco adquiridos (níveis de
colesterol, tabagismo e hipertensão) e
hereditários (mutações dos genes receptores de
LDL).
Em conjunto, esses fatores de risco causam
lesão na camada íntima, que são os ateromas, os
quais fazem uma protusão na luz dos vasos.
Assim, entende-se uma placa ateromatosa como
uma lesão elevada com centro mole e grumoso
de lipídios, coberta por uma capa fibrosa.
RESPOSTA A LESÃO
PRIMEIRA ETAPA
Para início da aterosclerose, a lesão vascular é o
processo inicial da patologia. Assim, o dano
endotelial é classificado em:
• Tipo I: lesão vascular com mudanças funcionais
com mínimas mudanças estruturais (aumento da
permeabilidade as lipoproteínas e células de
defesa);
• Tipo II: lesão vascular com rompimento
endotelial com mínima trombose;
• Tipo III: lesão vascular que danifica a camada
média, estimulando a trombose.
Após a lesão ao endotélio, o próximo passo é o
aumento da expressão de moléculas de adesão,
da permeabilidade endotelial e da transmigração
de LDL-colesterol para a íntima, além da
diminuição do óxido nítrico. Tudo isso pode ser
evidenciado como um espessamento da íntima.
SEGUNDA ETAPA
Então, com a migração de partículas LDL-
colesterol para a íntima, elas sofrem uma
oxidação e assim, são fagocitadas por
macrófagos, formando as células espumosas.
Nesse caso, o acúmulo dessas células resulta na
formação de estrias gordurosas.
TERCEIRA ETAPA
Com isso, pode-se observar o início de uma
resposta inflamatória contínua, pois a fagocitose
das LDL pelos macrófagos produz e libera
citocinas e substâncias citotóxicas.
Assim, as citocinas recrutam mais macrófagos,
células T, células musculares lisas e moléculas
de adesão endotelial, as quais agem prendendo
ainda mais LDL oxidado e, com isso,
promovendo um ciclo vicioso onde mais
macrófagos são atraídos.
Com a continuação do processo, as células
espumosas formam os núcleos lipídicos da placa
aterosclerótica.
QUARTA ETAPA
O próximo passo é a formação da capa fibrosa
pela migração de células musculares lisas da
camada média para a íntima, onde se depositam
e secretam colágeno. Essa capa separa o
conteúdo lipídico do sangue circulante,
responsável pela definição de estabilidade ou
instabilidade da mesma.
Com isso, pode-se observar que a aterosclerose
é um processo que se autoperpetua, onde o grau
da inflamação é mediado pela quantidade de LDL
associado a substâncias reguladoras da atividade
local (IL-1 e IL-6), trombina, leucotrienos,
prostaglandinas, fibrina e fibrinogênio – Citocinas
pró-inflamatórias.
De início, o endotélio íntegro mantém o balanço
entre a vasodilatação e vasoconstrição, inibição e
estimulação da proliferação de células
musculares lisas, trombogênese e fibrinólise.
Quando esse balanço é interrompido, uma
disfunção endotelial se instala. Com isso,
citocinas anti-inflamatórias (IL-4, IL-10 e TGF-β)
agem para diminuir o grau de inflamação nas
placas.
Caso o equilíbrio entre os efeitos pró e anti-
inflamatório seja interrompido ou um agente
agressor entre em ação (como o colesterol), o
processo continua e a placa se torna vulnerável a
erosão ou ruptura.
Esses macrófagos ainda produzem
metaloproteinases que degradam colágeno, o
que faz com que a capa fibrosa diminua, ficando
mais instável e sujeita a ruptura ou erosão.
Quando isso ocorre, o conteúdo trombogênico
entra em contato com o sangue, formando um
coágulo.
Tipos de classificação da lesão vascular:
● Tipo I: lesão vascular envolvendo
mudanças funcionais no endotélio com
mínimas mudanças estruturais (i. e.,
aumento da permeabilidade às
lipoproteínas e células brancas/adesão);
● Tipo II: lesão vascular envolvendo
rompimento endotelial com mínima
trombose;
 ● Tipo III: lesão vascular envolvendo dano à
camada média, que estimula importante
trombose, resultando em síndromes
coronarianas instáveis ou outro evento
aterosclerótico (dependendo da
localização).
Epidemiologia das doenças cardiovasculares no idoso
(prevalência, incidência, morbidade, e
mortalidade);
Doenças cardiovasculares estão em 2ª lugar nas
causas de mortes mundial.
Aspectos epidemiológicos relacionados ao idoso
(quanto mais idoso, diminui a mortalidade por
doenças cardiovasculares porém aumenta a
morbidade).

Fatores de risco que aceleram o envelhecimento do

sistema cardiovascular;

Estresse é um fator modificável

Hábitos de vida que contribuem para o

desenvolvimento de doenças
cardiovasculares;
● Obesidade ● Alta ingestão de sódio (sal).
● Ingestão exagerada de álcool ● Estresse.
etílico. ● Tabagismo
● Sedentarismo
➔ Melhora à saúde de portadores de
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NAS Síndrome Metabólica
DOENÇAS
Doenças Cardiovasculares:
➔ Os vasos sanguíneos se dilatam durante o
exercício;
➔ Melhora a absorção de oxigênio pelo
sangue;
➔ Reduz a tensão do sistema circulatório e
faz a pressão diminuir.

Obesidade:
➔ Reduz e controla o peso;
➔ Queima gordura;
➔ Melhora a atividade cardiorrespiratória;
➔ Auxilia no controle do diabetes;
➔ Autoestima e imagem corporal;
➔ Aspecto psicológico;
➔ Eleva o nível de endorfinas (hormônio do
bem-estar) no organismo;
➔ Sentir-se melhor fisicamente, mentalmente
e emocionalmente.

Diabetes:
➔ Diminui pela metade a necessidade de
injeções de insulina ou mesmo torná-las
desnecessárias;
➔ Alta sensibilidade à insulina;

Doença crônica e suas implicações na
responsabilidade social da família;
● Fatores limitantes das doenças crônicas
(problemas na adesão ao tratamento;
participação da família; menor instrução;
limitações na autonomia do paciente…)
● As famílias cada vez mais assumem a
responsabilidade dos cuidados à saúde do
idoso portador de condições crônicas,
arcando com os cuidados até sua
recuperação ou quando esta não
acontece, com a doença e suas sequelas.
● O envelhecimento e a doença crônica
acarretam diversas perdas aos idosos,
como a perda de autonomia e diminuição
da qualidade de vida. O suporte social do
idoso é muito importante para facilitar sua
adaptação neste processo de
enfrentamento. Os recursos sociais
ajudam a proteger os idosos de
sentimentos negativos, depressão e
estresse.
Família
A família é o grupo primário no qual o indivíduo
participa, o que através de mudanças de
comportamento, podem suprir a demanda que a
doença crônica acarreta.
Algumas características iniciais da descoberta da
doença se relacionam com sintomas depressivos,
ansiedade, negação, sentimento de inutilidade e
culpa. Além disso, a não adesão ao tratamento ou
abandono do mesmo influencia drasticamente no
processo de adaptação do indivíduo e de sua
família.
Mesmo com tais dificuldades, a família é quem
fornece suporte e é diretamente afetada com o
processo de adoecimento. Então, por um lado, o
apoio familiar é essencial e positivo, mas quando
se torna invasivo, o processo acaba por se tornar
um grande problema.
Com isso, as características das famílias de
pacientes crônicos envolvem:
• a dominação da doença na vida familiar;
• o desenvolvimento de relações mais acentuadas
entre o doente e a família;
• família mais rígida e temerosa quanto a
adaptações diferentes da vivenciada;
• isolamento da família.
De início, pode-se evidenciar vários problemas
vivenciados pelo doente crônico e a família, como
a falta de compreensão dos remédios a serem
tomados e a cautela do que pode ou não ser feito.
Tais questões podem ser minimizadas se a equipe
profissional fornecer um suporte adequado para
essa família.
MINTI
● Angiotomografia: identifica as placas
moles. É um exame que pode ser feito para
avaliar coronária, coração e aorta.
● Angioressonância: permite visualizar o
fluxo sanguíneo. Também é um exame que
pode ser feito para avaliar coronária,
coração e aorta.
● Qual exame o paciente com marcapasso
não pode realizar: RM
● Exame que pode ser feito para avaliar
coronária, coração e aorta: tomografia.
Revisando a prova
13-Sobre a senescência do sistema
cardiovascular
O alargamento da aorta aumenta o volume
sanguíneo de modo substancial, e este, por sua
vez, pode elevar o trabalho cardíaco e agir como
um estímulo para a hipertrofia cardíaca.
Alterações da composição da parede da aorta
induzem ao seu enrijecimento e à redução de sua
capacidade de distensibilidade.
O enrijecimento e o alargamento da aorta têm
implicações funcionais, tendo em vista que a carga
do coração é atribuída a duas propriedades
vasculares: resistência e impedância.
A resistência é primariamente uma função de
pequenos vasos, em especial das arteríolas,
onde o fluxo é essencialmente laminar, enquanto
a impedância é primariamente determinada pelas
grandes artérias e está relacionada ao fluxo
pulsátil.
14-Sobre o desenvolvimento da placa
aterosclerótica.
O acúmulo adicional de macrófagos e o
crescimento da camada da íntima fazem com que a
placa aumente de tamanho e acumule lipídios.
Ligação de monócito à molécula de
aderênciaem célula endotelial lesada de
artéria. O monócito então migra através do
epitélio para a camada íntima da parede
arterial e é transformado em macrófago.
O macrófago ingere e oxida moléculas de
lipoproteínas, tornando-se um macrófago
espumoso. As células espumosas liberam
substâncias que causam inflamação e
crescimento da camada íntima. O acúmulo
adicional de macrófagos e o crescimento da
camada da íntima fazem com que a placa
aumente de tamanho e acumule lipídios.
Eventualmente, a placa poderia ocluir o vaso
ou se romper, fazendo com que o sangue na
artéria coagule e forme trombo.
15-Sobre os aspectos epidemiológicos das
doenças cardiovasculares em idosos:
Estatísticas sobre morbimortalidade são
fundamentais para conhecer o estado de saúde da
população e planejar ações de promoção de saúde.
As doenças cardiovasculares constituem a
primeira causa de morte no Brasil, inclusive
entre idosos. A mortalidade por DCV é um
fenômeno que possui diferentes fatores de
risco associados, desde fatores
comportamentais e sociais a genéticos.
Doenças e agravos não transmissíveis nas
últimas décadas passaram a determinar a
maioria das causas de óbito no Brasil,
modificando o perfil das doenças que ocorrem
na população, e ultrapassando as taxas de
mortalidade por doenças infecciosas e
parasitárias.
16-Sobre o envelhecimento cardiovascular
Do ponto de vista fisiopatológico, diminuição da
quantidade de elastina, aumento na quantidade de
colágeno e aumento na espessura das camadas
íntima e média das artérias precedem a lesão
endotelial e podem de maneira indireta identificar o
dano vascular ainda em fases iniciais.
Diversos estudos têm demonstrado que o DM é
fator de risco independente e importante para
lesões funcionais e estruturais da parede
arterial, resultando no enrijecimento precoce da
mesma. A conjunção desses fatores de risco
cardiovasculares, especialmente HA e DM,
concorre para a potencialização do dano
vascular e envelhecimento arterial precoce. [...]
A associação entre as características
genéticas, metabólicas, inflamatórias e os
fenótipos de risco cardiovascular tem sido cada
vez mais estudada com a identificação de
alguns genes que catalisam o processo de
envelhecimento vascular precoce. [...] O
fenômeno do envelhecimento caminha com
alterações relacionadas à diminuição da
elasticidade e consequente aumento na rigidez
arterial e nos valores da pressão arterial (PA)
sistólica. Do ponto de vista fisiopatológico,
diminuição da quantidade de elastina, aumento
na quantidade de colágeno e aumento na
espessura das camadas íntima e média das
artérias precedem a lesão endotelial e podem
de maneira indireta identificar o dano vascular
ainda em fases iniciais.
17-Acerca das doenças crônicas em idosos
As doenças crônicas acarretam custo econômico
elevado tanto para o sistema de saúde como para a
sociedade, impactando negativamente sobre o
desenvolvimento dos países.
As doenças crônicas em idosos dependentes estão
associadas à perda da funcionalidade e são a
principal causa de disfuncionalidade em diversos
países, incluindo o Brasil.
As doenças crônicas se caracterizam por um
conjunto de patologias de múltiplas causas e
fatores de risco, longos períodos de latência e
curso prolongado.
Além das dificuldades dos filhos e outros
parentes dividirem seu tempo e suas
responsabilidades com a pessoa que cuida, no
Brasil, as políticas de saúde e sociais
disponibilizam recursos insuficientes para atenuar
a carga que recai unicamente na família.
18-Sobre a importância do exercício físico
no controle de doenças cardiovasculares
nos idosos
As atividades físicas para os idosos devem ser
de baixo impacto e ocorrer em intensidade
moderada com percepção subjetiva de esforço,
aumento da frequência cardíaca e/ou da
frequência respiratória, permitindo que o
indivíduo respire sem dificuldade e com
aumento da temperatura do corpo.
Recomenda-se iniciar com atividades físicas de
baixa intensidade e de curta duração, uma vez
que a pessoa idosa, geralmente, não apresenta
condicionamento físico e pode ter limitações
músculo-esqueléticas.

A realização de atividade física pelos idosos

aumentam os níveis de
HDL, diminuem os níveis de triglicerídeos e
corrigem a distribuição da gordura corporal.
Programas de atividade física orientada aos idosos
podem diminuir o risco de doença coronária, pois
exercem seus efeitos sobre os fatores de risco da
doença em si.
O exercício físico previne ou retarda a manifestação
de hipertensão arterial e diabetes, uma vez que
promove a redução dos níveis de pressão arterial e
melhoram a tolerância à glicose.

19-Sobre a angiotomografia e a
angioressonância
São técnicas não invasivas que permitem o
estabelecimento de diagnósticos precisos.a
avaliação imagenológica das coronárias, do
coração e da aorta pode ser realizada por ambas.
a presença de um marca-passo cardíaco é
contraindicação para o uso de ressonância
magnética.
A imagem de RM tem a vantagem de exibir o
fluxo sanguíneo como ausência de sinal (em
preto); com isso, fica fácil diferenciar entre
sangue e estruturas sólidas.