Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
Diversos factores têm sido associados ao pior prognóstico desses pacientes, como
nível neurológico, padrão hemodinâmico e respiratório à admissão hospitalar, lesões
resultantes de tentativa de suicídio, tipo de projéctil, diâmetro pupilar e reactividade,
assim como os achados tomográficos.
1.1- Formulação do problema
1.2- Justificativa
Ainda, de acordo com este autor, “a faixa etária mais afectada por trauma se
encontra entre 05 e 39 anos de idade”, ou seja, são crianças, adolescentes e adultos
jovens, constituindo-se como a primeira causa de morte na população
predominantemente masculina de até 40 anos, pela maior exposição destes indivíduos
aos acidentes e a violência urbana.
Pires e Starling (2006) reforçam que a grande maioria dos traumas fatais poderia
apresentar evolução diferente se abordados devidamente nos primeiros minutos após o
acidente, principalmente no que diz respeito à assistência respiratória, ao controle
imediato da hemorragia, à imobilização e a remoção. Dessa forma, é imprescindível que
a equipe de saúde conheça os pontos fundamentais para um atendimento eficiente ao
traumatizado, entre estes pode-se destacar: o atendimento de emergência, que começa
antes da chegada da vítima, com preparo individual da equipe, gerenciamento de recursos
humanos e materiais, actuação conjunta interdisciplinar e condições de trabalho.
A morte pode ocorrer em três frases. A primeira fase ocorre imediatamente após
a agressão e corresponde a cerca de 50% das mortes devido a trauma, e geralmente
decorre de lacerações cardíacas, na aorta ou lesões a nível do tronco cerebral. A segunda
fase de morte ocorre dentro das primeiras 1 – 2 horas após a agressão, representando cerca
de 30% do total destas fatalidades.
Avaliação
a) Inspecção: exame visual minucioso que pode ser feito em menos de 30 segundos.
A inspecção pode revelar escoriações, lacerações, distensão de veias do pescoço,
desvio de traqueia, enfisema subcutâneo, ferimentos abertos em tórax, assimetria
de expansão ou movimentação paradoxal da parede torácica. É preciso estar atento
a presença de cianose, pois esta é um sinal tardio de hipoxia.
Neste contexto, o mecanismo de lesão está relacionado com o tipo de impacto que
provocou a lesão e a subsequente resposta tecidual. A lesão acontece quando a força do
impacto deforma os tecidos além da sua capacidade de suportar. As feridas e o efeito da
lesão variam na dependência do agente agressor e de factores pessoais e ambientais, como
a idade e o sexo do indivíduo, a presença de processo patológico subjacente e a região
geográfica (ARESCO, 2007).
1. Trauma por impacto: o mecanismo de trauma por impacto ou por pancada resulta na
maioria das vezes, de acidentes com veículos motorizados, desportos de contacto,
pancada ou quedas. As lesões resultam das forças suportadas durante uma rápida mudança
de velocidade (desaceleração). Como o corpo pára subitamente, os tecidos e órgãos
continuam a deslocar-se para frente. Esta súbita mudança de velocidade causa lesões que
originam laceração ou esmagamento da estrutura interna do corpo.
3. Trauma penetrante: este mecanismo resulta de agressão por armas brancas, de fogo,
objecto pontiagudo ou estilhaços de explosões que penetram a pele com prejuízo das
estruturas internas. As lesões podem ser ignoradas, pois o aspecto exterior da ferida não
determina a extensão da lesão interior. Os projécteis de alta velocidade, por exemplo,
podem criar cavidades interiores até dez vezes superiores ao tamanho da bala. Vários são
os factores que determinam a extensão da lesão sofrida em consequência de um
traumatismo penetrante. Armas e objectos diferentes causam tipos de lesões distintas. A
gravidade da ferida depende do tipo de arma ou objecto, da distância e ângulo em que se
insere no corpo.
Diversos factores têm sido associados ao pior prognóstico desses pacientes, como
nível neurológico, padrão hemodinâmico e respiratório à admissão hospitalar, lesões
resultantes de tentativa de suicídio, tipo de projéctil, diâmetro pupilar e reactividade,
assim como os achados tomográficos.
Sejam os ferimentos causados por projécteis de alta velocidade, que podem mais
facilmente atravessar a calota craniana, sejam os de baixa velocidade, que podem ser
devastadores a curta distância, o manejo dos pacientes acometidos é sem dúvida um
desafio para o neurocirurgião.
seguintes, em ordem de importância: (1) via aérea; (2) ventilação; (3) oxigenação; (4)
controlo de hemorragia; e (5) perfusão.
Ainda de acordo com o PHTLS (2007) dois componentes estão incluídos em uma
avaliação da cena:
1. Segurança: a primeira preocupação na aproximação de qualquer cena é a segurança de
equipe. Se a cena está insegura, a enfermagem deve manter-se afastado até que equipes
apropriadas tenham garantido a segurança da cena. A enfermagem deve determinar se
familiares ou outras testemunhas que estavam presentes na cena podem ter sido os
agressores, portanto representando risco potencial para o paciente ou o próprio socorrista.
situação:
Convém destacar que à medida que a enfermagem aborda a vítima, ela pode
observar se o mesmo está respirando efectivamente, se está acordado ou sem resposta, se
consegue se sustentar e se apresenta movimentação espontânea.
Apesar de o AVDI ser mais rápida que a Escala de Coma de Glasgow, propicia
informações menos exactas.
A quantidade de roupa da vítima que deve ser retirada durante uma avaliação irá
variar dependendo das condições ou lesões encontradas. A regra geral é remover o tanto
de roupa necessário para determinar a presença ou ausência de uma condição ou lesão. A
enfermagem não deve ter medo de remover a roupa se este for o único meio pelo qual
podem ser apropriadamente completados a avaliação e o tratamento.
A vítima pode ter vários mecanismos de lesão, como sofrer uma colisão
automobilística após ter sido baleado. Lesões potencialmente letais podem passar
despercebidas se o paciente não for bem examinado. Lesões não podem ser tratadas se
não forem primeiro reconhecidas.
A avaliação secundária pode ser definida como uma avaliação minuciosa feita da
cabeça aos pés da vítima. Seu objetivo é identificar lesões ou problemas que não foram
identificados durante o exame primário (PHTLS, 2004).
Quanto à avaliação física geral, todos os sistemas e órgãos sensoriais devem ser
avaliados. Assim, Beland (1999) afirma que deve-se efectuar a avaliação de:
1) Sistema Respiratório: Presente/ ausente; Frequência/ ritmo; Oclusão das vias aéreas
superiores por sangue ou vómito; Posição da traqueia; Dificuldade respiratória (assimetria
do movimento); Cianose (central ou periférica); Evidência externa de lesão torácica
(enfisema, afundamento, tórax instável, fractura de costela, pneumotórax e hemotórax).
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de carácter qualitativo. Quanto
aos meios de investigação, coube a pesquisa bibliográfica, pois utilizou-se material
publicado para realização de leituras sistemáticas sobre o referido tema.
Segundo Gil (2000), “as pesquisas exploratórias têm como principal objetivo
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias de formulação de problemas mais
presos e hipóteses para estudos posteriores”.
5- CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho alcançou os objectivos propostos, na medida em que
evidenciou as lesões traumáticas e a sua importância particular devido ao potencial de
comprometimento das funções respiratória e circulatória. Devido ao alto risco de trauma
multissistêmicos, o profissional de enfermagem deve considerar a imobilização da coluna
e, como em qualquer vítima de trauma, controle da hemorragia.