Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
Princípios e Pronunciamentos
Contábeis
Princípios e Pronunciamentos Contábeis
Autoria: Martha Regina Meira Bianchi
Como citar este documento: BIANCHI, Martha Regina Meira. Princípios e Pronunciamentos Contábeis.
Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Princípios contábeis 05
Unidade 2: Princípios Contábeis segundo o CFC 24
Unidade 3: Registro pelo Valor Original 48
Unidade 4: Comitê de pronunciamentos contábeis 72
Unidade 5: Pronunciamento técnico CPC 16 – estoques 92
Unidade 6: Pronunciamento técnico CPC 27 – ativo imobilizado 115
Unidade 7: Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível 138
Unidade 8: Pequenas e médias empresas 161
2/198
Apresentação da Disciplina
3/198
que utilizam as informações contábeis em preender os Princípios, a importância dos
suas atividades e que estiverem familiariza- Pronunciamentos para a correta escritu-
dos com a forma e os princípios nos quais ração das informações contábeis e suas
são baseadas estas informações têm um aplicações práticas. Assim, você poderá vi-
grande diferencial profissional. O conhec- sualizar a contabilidade de maneira mais
imento dos Princípios e Pronunciamentos fluida e informativa, uma vez que saberá
Contábeis é vital para as funções relaciona- todos os pressupostos para a confecção da
das à auditoria e perícia, pois é possível ver- informação transmitida pela contabilidade.
ificar e/ou desvendar quaisquer desvios por
erros, omissões ou má-fé.
Para administradores, economistas, inves-
tidores e qualquer profissional que embase
suas decisões em informações contábeis,
esse conhecimento permite entender a for-
ma com que aquela informação é transmit-
ida e permite a correta decodificação das
informações e demonstrações contábeis.
Esta disciplina capacitará você a com-
4/198
Unidade 1
Princípios contábeis
Objetivos
5/198
Introdução
A palavra princípio tem a origem no latim, 1. Contabilidade baseada em
principium, que significa início ou momento princípios
em que uma ação passa a existir. A partir da
origem da palavra, já é possível desprender Iudícibus (2010) descreve que o grande
a importância dos Princípios Contábeis para objetivo da contabilidade é o de prover aos
entender a informação contábil: os princí- usuários o maior número de informações
pios são a base de todo o início da transfor- possível acerca do patrimônio de uma enti-
mação dos números em informações con-
dade. Essas informações só terão utilidade
tábeis.
se puderem exprimir informações a todos
Antes mesmo de a informação contábil os tipos de usuários de informações, não li-
existir, os princípios exigidos para sua con- mitada apenas à figura do contador.
fecção já devem estar em mente do conta-
dor que elabora suas demonstrações. E qual
a importância desses Princípios? Como fo-
ram escolhidos? Neste tema, você conhece-
rá a teoria por trás dos Princípios Contábeis,
bem como sua importância para o estudo
do principal objeto da contabilidade: o pa-
trimônio.
6/198 Unidade 1 • Princípios contábeis
comparar informações contábeis, seja da
Para saber mais mesma empresa ao longo do tempo, seja
de empresas diferentes de um mesmo se-
Sérgio de Iudícibus é Professor Emérito da USP
tor, para ter ideia de desempenho histórico,
e um grande teórico da contabilidade no Brasil.
comparativo, entre outras importantes in-
Possui diversos livros publicados nas áreas de
formações necessárias para administrar o
Teoria da Contabilidade, Contabilidade Societá-
negócio e gerir seus investimentos.
ria, Gerencial, entre outras. Ele foi responsável
pela primeira minuta realizada sobre os Princípios Se cada profissional escolhesse qual cri-
Contábeis através da deliberação n.º 29/86, rea- tério lhe fosse mais conveniente, ou ainda
lizada pela CVM – Comissão de Valores Mobiliá- pudesse alterar os princípios pelos quais as
rios – em conjunto com a IBRACON (atualmente, informações contábeis são realizadas nas
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil). demonstrações contábeis, não seria possí-
vel a comparação dos valores e a contabi-
lidade perderia sua finalidade: controlar o
Para uniformizar o modo como as informa- Patrimônio da empresa.
ções deverão ser transmitidas, faz-se ne-
cessário seguir um conjunto de princípios Padronizar as informações contábeis tem
e postulados. Assim, é possível verificar e sido um desafio no mundo dos negócios,
15/198
Considerações Finais
16/198
Referências
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
IUDÍCIBUS, Sergio de, coord. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
a) as partidas dobradas;
b) o Lucro;
c) o Patrimônio;
d) o Ativo;
e) o Prejuízo.
18/198
Questão 2
2. A contabilidade baseada por Princípios, ao invés de baseada em
regras, é considerada:
a) mais abrangente;
b) menos abrangente;
c) não há diferença entre ambos;
d) inócua;
e) de difícil aplicação por trazer muito detalhamento das operações.
19/198
Questão 3
3. A prevalência da essência sobre a forma na contabilidade é importante
para:
20/198
Questão 4
4. A CVM publicou os Princípios Contábeis através da:
a) Lei 6404/76
b) Resolução 750/93
c) Deliberação 29/86
d) Resolução 1282/10
e) Lei 11738/07
21/198
Questão 5
5. O CFC atualizou os Princípios Contábeis através da:
a) Lei 6404/76
b) Resolução 1282/10
c) Deliberação 29/86
d) Resolução 750/93
e) Lei 11738/07
22/198
Gabarito
1. Resposta: C. 3. Resposta: D.
23/198
Unidade 2
Princípios Contábeis segundo o CFC
Objetivos
24/198
Introdução
O entendimento e aplicação dos Princípios na escrituração dos fatos contábeis são extrema-
mente importantes não só para o contador, mas a todos aqueles que queiram interpretar cor-
retamente as informações contábeis disponíveis nas demonstrações financeiras das empresas.
Neste tema, você conhecerá os seis Princípios dispostos pelo CFC para a prática contábil e enten-
derá a aplicabilidade de cada um destes Princípios.
Com exceção do princípio “Registro pelo valor original”, você verá exemplos práticos de aplicação
de cada Princípio. Assim, terá uma maior compreensão de que forma eles afetam a confecção e
interpretação da contabilidade no Brasil.
O art. 2º da Resolução traduz conceitos importantes para definição dos Princípios da Ciência
Contábil e de seu objeto de estudo:
Art. 3º São Princípios da Contabilidade: (redação dada pela Resolução CFC n.º
1282/10)
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA. (CFC, 1993).
2.1 Entidade
O Princípio da Continuidade, disposto no art. 5º da Resolução CFC 750/93, traz a seguinte reda-
ção:
2.3 Oportunidade
2.4 Competência
39/198
Considerações Finais
40/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 750 de 29 de dezembro de 1993.
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Disponível em <http://cfc.org.br/sisweb/sre/docs/
RES_750.doc>. Acesso em: 30 set. 2016.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
IUDÍCIBUS, Sergio de, coord. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
a) o da Entidade;
b) o da Oportunidade;
c) o da Competência;
d) o da Prudência;
e) o da Continuidade.
42/198
Questão 2
2. Esse Princípio pressupõe precaução em caso de necessidade de estimati-
vas em certas condições de incerteza. Falamos do Princípio da:
a) Entidade
b) Oportunidade
c) Competência
d) Prudência
e) Continuidade
43/198
Questão 3
3. O Princípio da Atualização Monetária, revogado pela Resolução CFC
1282/10, foi absorvido pelo Princípio:
a) da Entidade;
b) da Oportunidade;
c) do Registro pelo Valor Original;
d) da Prudência;
e) da Continuidade.
44/198
Questão 4
4. O regime contábil que reconhece despesas e receitas no momento em que
foram pagas/recebidas, independente do momento em que foram realizadas, é
o Regime:
a) da Entidade;
b) da Competência;
c) do Registro pelo Valor Original;
d) da Prudência;
e) de Caixa.
45/198
Questão 5
5. O regime contábil que reconhece as despesas e receitas no momento em
que foram realizadas, independente do momento em que foram pagas/re-
cebidas, é o Regime:
a) da Entidade;
b) da Competência;
c) do Registro pelo Valor Original;
d) da Prudência;
e) de Caixa.
46/198
Gabarito
1. Resposta: A. sorvido pelo Princípio do Registro pelo Valor
Original.
O Princípio que prevê a autonomia patrimo-
nial, visando à diferenciação do patrimônio 4. Resposta: E.
particular dentre os demais existentes, é o
da Entidade. O regime contábil que reconhece despesas e
receitas no momento em que foram pagas/
2. Resposta: D. recebidas, independente do momento em
que foram realizadas, é o Regime de Caixa.
O Princípio da Prudência pede cautela para
que os ativos não sejam superestimados e 5. Resposta: B.
os passivos, subestimados, dando maior
confiabilidade na mensuração. O regime contábil que reconhece as despe-
sas e receitas no momento em que foram
3. Resposta: C. realizadas, independente do momento em
que foram pagas/recebidas, é o Regime de
O Princípio da Atualização Monetária, revo- Competência.
gado pela Resolução CFC 1282/10, foi ab-
47/198
Unidade 3
Registro pelo Valor Original
Objetivos
48/198
Introdução
O registro do valor das operações, bens, di- tuguês) e sua importância na estimação de
reitos e obrigações é elemento fundamen- ativos e instrumentos financeiros pelo valor
tal para a Contabilidade e para a represen- de mercado.
tação fidedigna do objeto contábil: o pa-
trimônio da Entidade. Para isso, faz-se ne- 1. Registro pelo valor original
cessário conhecer e entender de que forma pela resolução CFC nº 750/93
é possível realizar o correto registro desses
valores, pois nem sempre o valor é atribuído Uma vez que o grande objetivo da Conta-
de forma objetiva: as preferências pessoais bilidade é prover aos usuários da informa-
e outros componentes subjetivos também ção contábil o maior número de referências
afetam o valor. Neste tema, você conhece- e dados acerca do patrimônio da Entidade
rá o Princípio Contábil que rege o registro (IUDÍCIBUS, 2010), precificar corretamente
de valores do patrimônio de uma entidade os elementos contidos nesse patrimônio é
segundo a Resolução CFC 750/93 e demais indispensável. Partir de um “denominador
implicações contidas nesta Resolução, jun- comum” para valorar as informações contá-
tamente com alguns dos Pronunciamentos beis é fundamental para padronizar os nú-
emitidos pelo CPC. Você também conhecerá meros e, assim, poder compará-los. Afinal,
o conceito de fair value (valor justo, em por- esse é o objetivo dos Princípios Contábeis:
Você verá de que forma são possibilitadas essas variações constantes no Princípio a seguir.
As instruções para a base de mensuração através do valor presente estão dispostas no item c,
inciso II do parágrafo 1º do art. 7º:
O valor justo tem sua descrição no item d, inciso II do parágrafo 1 do art. 7º do CFC 750/93:
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação
sem favorecimentos (CFC, 1993).
O valor justo, ou Fair Value em sua nomenclatura nas normas internacionais de contabilidade,
surgiu da necessidade de se atribuir valor a todos os elementos que possam afetar o patrimônio
da empresa. Muitos instrumentos financeiros não eram contabilizados no balanço patrimonial,
mas eles poderiam ter impactos significativos no resultado e no patrimônio das empresas. Com
a introdução do conceito de valor justo, todos os ativos financeiros deverão ser reconhecidos e
divulgados ao valor justo (PADOVEZE et al., 2012).
A Lei 6.404/76 reconhece e impõe a utilização do valor justo no inciso I do art. 183 para as
aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos,
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo (BRASIL, 1976). A obrigatorieda-
A atualização monetária, antes um Princípio Fundamental que foi revogado pela Resolução CFC
nº 1282/10, foi incorporada ao Princípio de Registro pelo Valor Original com a seguinte redação:
63/198
Considerações Finais
64/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 750 de 29 de dezembro de 1993. Dis-
ponível em: <http://cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_750.doc>. Acesso em 30 set. 2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de (Coord.). Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de Contabilidade Básica. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
66/198
Questão 2
2. O Princípio de Atualização Monetária foi revogado pelo(a):
67/198
Questão 3
3. Segundo o CFC nº 750/93, os passivos registrados pelo custo histórico de-
vem corresponder aos valores:
68/198
Questão 4
4. A variação no custo histórico que equivale ao custo de reposição é o:
a) valor presente
b) valor realizável
c) valor de atualização monetária
d) valor justo
e) custo corrente
69/198
Questão 5
5. A variação do custo histórico que preza por representar um valor de troca
na qual um ativo possa ser trocado, sem favorecimentos, é o:
a) valor presente
b) valor realizável
c) valor de atualização monetária
d) valor justo
e) custo corrente
70/198
Gabarito
1. Resposta: C. para liquidar o passivo no curso normal das
operações”.
A Resolução CFC nº 750/93 define que “os
ativos são registrados pelos valores pagos 4. Resposta: E.
ou a serem pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos que O custo corrente refere-se ao valor em caixa
são entregues para adquiri-los na data da que teriam de ser desembolsados para ad-
aquisição”. quirir os ativos na data das demonstrações
contábeis.
2. Resposta: A.
5. Resposta: D.
A Resolução CFC nº 1282/10 revogou o
Princípio de Atualização Monetária. O valor justo é a variação no custo histórico
que tenta aproximar-se do valor de merca-
3. Resposta: A. do.
Objetivos
72/198
Introdução
O CPC emite seus Pronunciamentos, Orientações e Interpretações de acordo com as IFRS (ou IAS,
se produzida durante o funcionamento do IASC), fazendo, inclusive, menção à norma internacio-
nal a qual se refere. As atribuições do CPC estão dispostas no art. 4º da Resolução CFC 1055/05:
Imagine que você está cada vez mais envolvido nas ati-
vidades contábeis da empresa em que trabalha e, apesar
de trabalhar na gestão da empresa, está sempre atento
à produção e escrituração das informações contábeis.
Contudo, nem todos os seus colegas se preocupam com
a forma e o impacto de uma mudança na legislação ou
uma nova orientação emitida pelo CPC pode ter sobre
as informações contábeis. O que diria para chamar a
atenção dos colegas?
83/198
Considerações Finais
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n.º 750 de 29 de dezembro de 1993.
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade. Disponível em: <http://cfc.org.br/sisweb/sre/docs/
RES_750.doc>. Acesso em: 30 set. 2016.
a) IASB
b) IAS
c) IFRS
d) CPC
e) IOSCO
86/198
Questão 2
2. No CPC 00, a essência sobre o valor original foi retirada do texto. Essa
mudança ocorreu em virtude de:
87/198
Questão 3
3. A edição de duas leis foi essencial para que houvesse a convergência
das normas contábeis brasileiras à internacionais. Assinale a lei que tra-
tava de um regime transitório de tributação a fim de diminuir o possível
impacto fiscal com a edição das novas normas.
a) Lei 6.404/76
b) Lei 11.638/07
c) Resolução CFC 1282/10
d) Deliberação CVM 539/08
e) Lei 11.941/09
88/198
Questão 4
4. Antes da criação do CPC, outros órgãos eram responsáveis por mani-
festarem a respeito dos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos no Brasil
– BR GAAP. Assinale a alternativa que contenha um desses órgãos:
89/198
Questão 5
5. As normas internacionais emitidas pelo IASB são conhecidas pelas si-
glas:
a) IAS
b) IASB
c) CPC
d) IFRS
e) IOSCO
90/198
Gabarito
1. Resposta: B. 4. Resposta: D.
3. Resposta: E.
91/198
Unidade 5
Pronunciamento técnico CPC 16 – estoques
Objetivos
92/198
Introdução
105/198
Considerações Finais
106/198
Referências
IUDÍCIBUS, Sergio de, coord. Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012
YAMAMOTO, Marina Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Mara Jane Contrera. Funda-
mentos da Contabilidade: A nova Contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva, 2011.
a) CPC 16
b) CPC 26
c) IAS 16
d) IFRS 2
e) IAS 2
108/198
Questão 2
2. Assinale a alternativa que contenha um tipo de estoque que não é
disciplinado pelo CPC 16:
109/198
Questão 3
3. O Pronunciamento Contábil que traz informações sobre o tratamento
contábil dos estoques emitido pelo CPC é:
a) CPC 16
b) CPC 26
c) IAS 16
d) IFRS 2
e) IAS 2
110/198
Questão 4
4. Segundo o CPC 16 (R1), os estoques devem ser mensurados:
111/198
Questão 5
5. A mensuração dos estoques pelo CPC 16 (R1) pode ser relacionada
com um Princípio Contábil presente na Resolução CFC º 750/93. Falamos
do Princípio:
a) da Entidade
b) da Continuidade
c) da Prudência
d) da Atualização Monetária
e) da Oportunidade
112/198
Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: A.
O pronunciamento emitido pelo IASB acer- O pronunciamento emitido pelo CPC acerca
ca dos estoques é IAS 2 – Inventories. dos estoques é o CPC 16 (R1) – Estoques.
2. Resposta: B. 4. Resposta: D.
O tratamento dado aos Estoques pelo CPC Segundo item 9 do CPC 16 (R1), os estoques
16 (R1) não é aplicável a estoques especí- devem ser mensurados pelo valor de custo
ficos relacionados à produção em anda- ou pelo valor realizável líquido, dos dois o
mento provenientes de contratos de cons- menor.
trução (regido pelo CPC 17 – Contratos de
Construção), instrumentos financeiros (dis- 5. Resposta: C.
postos nos CPC 38 e CPC 39 – Instrumentos
Financeiros), e ativos biológicos relacionados A mensuração dos estoques, segundo CPC
com a atividade agrícola e o produto agrícola (R1), deve ser realizada pelo valor de cus-
no ponto da colheita (tradado pelo CPC 29 – to ou pelo valor realizável líquido, o que for
Ativo Biológico e Produto Agrícola). menor. Isso significa atribuir um valor me-
nor, dentre os possíveis, a uma conta do
113/198
Gabarito
ativo. Isso corresponde ao princípio da Pru-
dência, que “determina a adoção do menor
valor para os componentes do ATIVO e do
maior para os do PASSIVO”.
114/198
Unidade 6
Pronunciamento técnico CPC 27 – ativo imobilizado
Objetivos
115/198
Introdução
Os Ativos são considerados recursos con- mensurados e, ainda, as diferenças entre
trolados pela Entidade dos quais se espera a aplicação das instruções e orientações
que fluam futuros benefícios econômicos, contidas no Pronunciamento CPC 27, bem
segundo a Estrutura Conceitual trazida pelo como as exigências impostas pelas leis bra-
CPC. Os bens, equipamentos e instalações sileiras.
de longa permanência destinados ao uso e
atividades operacionais da empresa consti- 1. Ativo imobilizado segundo
tuem um subgrupo do ativo: o ativo imobi-
lizado. Esse subgrupo representa os ativos
CPC 27 e lei 6.404/76
corpóreos que, apesar de não serem desti-
O ativo imobilizado é uma conta pertencen-
nados à revenda ou investimentos, são de
te ao ativo não circulante, relacionada às
extrema importância ao funcionamento e
atividades de longo prazo da Entidade, ou
continuidade da Entidade, com a expecta-
ainda, àquelas em que não se espera reali-
tiva de futuros benefícios econômicos. Má-
quinas, equipamentos, edifícios, veículos, zar, vender ou transacionar no mesmo ciclo
ferramentas e instalações são exemplos de operacional.
ativos imobilizados. O CPC 27, elaborado a partir da norma in-
Você conhecerá as definições de ativo imo- ternacional IAS 16 – Property, Plant and Equi-
bilizado, de que forma são reconhecidos e pment, traz a definição de ativo imobilizado:
116/198 Unidade 6 • Pronunciamento técnico CPC 27 – ativo imobilizado
Para saber mais
A Lei 11.941/09 atualizou a Lei 6.404/76 (Lei das S.A.) no que se referem às contas do balanço patrimonial:
no ativo, as contas são divididas em ativo circulante e ativo não circulante. O ativo não circulante, rela-
cionado a operações de longo prazo da Entidade, é composto pelos subgrupos realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item flui-
rão para a entidade; e
129/198
Considerações Finais
130/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 27 – Ativo Imo-
bilizado. CPC: 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pro-
nunciamentos/Pronunciamento?Id=58>. Acesso em: 14 out. 2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual
de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
PADOVEZE, Clóvis Luis; BENEDICTO, Gideon Carvalho de; LEITE, Joubert da Silva Jerônimo. Manu-
al de contabilidade internacional: IFRS, US Gaap e Br Gaap: teoria e prática. São Paulo: Cengage
Learning, 2012.
a) CPC 27
b) IAS 36
c) IAS 16.
d) IFRS 16
e) IAS 2
132/198
Questão 2
2. O método de depreciação que resulta em uma despesa constante de
depreciação durante a vida útil do ativo é o:
133/198
Questão 3
3. Assinale o item considerado como ativo imobilizado:
134/198
Questão 4
4. A depreciação de um ativo é realizada com base em seu valor deprecia-
do. O valor depreciado é calculado:
135/198
Questão 5
5. A perda por Impairment é reconhecida quando:
136/198
Gabarito
1. Resposta: C. 4. Resposta: E.
O IAS 16 – Property, Plant and Equipment se O valor depreciável de um ativo é seu valor
refere ao tratamento de ativos imobilizados. menos o valor residual.
2. Resposta: B. 5. Resposta: A.
O método da linha reta resulta em uma des- A perda por Impairment é reconhecida quan-
pesa constante de depreciação durante a do o valor contábil é superior ao seu valor de
vida útil do ativo, caso o valor residual dele uso e valor de venda. Perceba que, se o valor
não se altere. de uso ou de venda exceder o valor contá-
bil do ativo, não haverá desvalorização nem
3. Resposta: B. necessidade de estimar o outro valor. Ou
seja, para registrar a perda por valor recu-
O prédio-sede da Entidade é um exemplo de perável, o valor contábil deve superar am-
ativo imobilizado. bos os valores.
137/198
Unidade 7
Pronunciamento técnico CPC 04 – ativo intangível
Objetivos
138/198
Introdução
Os ativos intangíveis são um subgrupo per-
1. Ativo intangível segundo CPC
tencente ao ativo não circulante, cuja defini-
04 e lei 6.404/76
ção pelo CPC 04 (R1) – Ativo Intangível – é
dada como ativos não monetários identi- O CPC 04 (R1) – Ativo Intangível foi emiti-
ficáveis sem substância física. Os ativos in- do com base no IAS 38 – Intangible Assets e
tangíveis compreendem itens como marcas, contém o tratamento contábil a ser aplica-
patentes, fundos de comércio, direitos auto- do aos ativos intangíveis, exceto:
rais, softwares, concessões públicas, entre
outros, que estão diretamente relacionados
às atividades da Entidade dos quais se espe-
ra que resultem benefícios econômicos futu-
ros para a Entidade. Neste tema, você sabe-
rá da importância em atribuir valor a esses
itens incorpóreos no balanço patrimonial da
Entidade, quais são os itens que podem ser
considerados intangíveis e, ainda, entender
como são realizados o reconhecimento e a
mensuração desses ativos.
Para serem classificados no ativo intangível, os bens devem ser incorpóreos, conforme defini-
ção do CPC e da lei das SA. Porém, cabe aqui uma distinção quanto à classificação de softwares
contida no CPC 04 (R1): quando esse software é indissociável de uma máquina ou equipamento,
como um software operacional, ele deverá ser classificado no ativo imobilizado. Agora, quando o
software não é parte integrante do hardware, como os softwares de gestão, eles são considerados
ativos intangíveis.
Para serem reconhecidos como ativos intangíveis, eles devem ser identificáveis, controlados e ge-
radores de benefícios econômicos. A identificação, segundo CPC 04 (R1), deverá satisfazer aos
seguintes critérios:
(a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, li-
cenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou
passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de
tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações. (CPC, 2009)
Iudícibus et al. (2013) trazem como exemplo de intangível não identificável o goodwill. O goodwill
gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo, pois não é um recurso identificável
ou separável controlado pela Entidade.
O CPC 04 (R1) determina que um ativo intangível só deve ser reconhecido se:
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade (CPC, 2009).
O custo de ativo intangível adquirido em separado pode normalmente ser mensurado com con-
fiabilidade quando o valor é pago em dinheiro ou com outros ativos monetários, em casos de
aquisição separada. Nesse caso, o seu custo inclui seu preço de compra, acrescido de impostos
de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos e qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo.
Os custos dos ativos intangíveis gerados através da aquisição como parte de combinação de
negócios deverão ser calculados pelo seu valor justo na data de aquisição, de acordo com o Pro-
nunciamento CPC 15 (R1) – Combinação de negócios.
(a) com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de vida útil ou
as taxas de amortização utilizados;
(b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis com vida útil
definida;
(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período (...) (CPC, 2009).
152/198
Considerações Finais
153/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 04 (R1) – Ativo
Intangível. CPC: 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pro-
nunciamentos/Pronunciamento?Id=35>. Acesso em: 17 out. 2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual
de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
a) Softwares de gestão.
b) Máquinas e equipamentos.
c) Ativos intangíveis gerados em fase de desenvolvimento, com todos os itens de reconheci-
mento demonstrados.
d) Ativos intangíveis dentro do alcance de outro Pronunciamento Técnico.
e) Direitos autorais.
155/198
Questão 2
2. O período e o método de amortização de ativo intangível com vida útil
definida devem ser revisados:
156/198
Questão 3
3. A amortização do ativo intangível cuja vida útil é indefinida deve ser
feita pelo método:
a) da linha reta;
b) das unidades produzidas;
c) dos saldos decrescentes;
d) a depender de seu fator limitante;
e) não deve ser amortizado.
157/198
Questão 4
4. Para serem reconhecidos como ativos intangíveis, eles devem:
158/198
Questão 5
5. A(s) principal(is) característica(s) para um ativo ser definido como intan-
gível é (são):
159/198
Gabarito
1. Resposta: D. 4. Resposta: A.
Caso haja um Pronunciamento técnico mais O reconhecimento dos ativos intangíveis
específico, esse deverá ser observado em está relacionado à sua identificação, con-
detrimento do CPC 04. trole e geração de benefícios econômicos
futuros.
2. Resposta: B.
5. Resposta: D.
O período e o método de amortização de
ativo intangível com vida útil definida de- O item E está incorreto, pois, quando um
vem ser revisados pelo menos ao final de item, mesmo que intangível, não for utiliza-
cada exercício. do nas atividades da empresa, é considera-
do um item de Investimento. Não é apenas
3. Resposta: E. a tangibilidade que define sua classificação.
160/198
Unidade 8
Pequenas e médias empresas
Objetivos
161/198
Introdução
172/198
Considerações Finais
• O IASB e o CPC, ao publicarem orientações às Pequenas e Médias empresas,
dão um importante passo na internacionalização das normas contábeis,
uma vez que essas empresas são de maior número em qualquer país;
• as diferenças entre Full IFRS e IFRS for SME não são de grande impacto, uma
vez que o maior interesse é o de simplificar a adoção das normas internacio-
nais por essas empresas que nem sempre têm uma estrutura contábil inter-
na à sua disposição;
• lembre-se sempre de que os Princípios da Contabilidade valem para qual-
quer escrituração contábil, pois eles estão relacionados à base conceitual
da contabilidade e não ao tamanho de empresa e outras características es-
pecíficas.
173/198
Referências
BRASIL. Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC PME (R1) - Contabilidade para Pequenas e
Médias Empresas com Glossário de Termos. CPC: 2009. Disponível em: <http://www.cpc.org.
br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=79>. Acesso em: 17 out.
2016.
IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo. Manual
de Contabilidade Societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da; MARION, Jose Carlos. Manual de Contabilidade para Pequenas
e Médias Empresas. São Paulo: Atlas, 2013.
a) Lei 6.404/76
b) LC 123/06
c) Lei 11.638/07
d) Lei 10.404/02
e) Lei 11.941/09
175/198
Questão 2
2. A definição de empresas de grande porte, contida na Lei 11.638/07, com-
preende as empresas:
176/198
Questão 3
3. Assinale, dentre as alternativas a seguir, apenas aquele item que con-
tém as demonstrações financeiras obrigatórias a todas as sociedades por
ação, pela Lei 6.404/76:
177/198
Questão 4
4. A NBC TG 1000 traz como conjunto completo das demonstrações con-
tábeis aplicáveis às PMEs as seguintes demonstrações, exceto:
178/198
Questão 5
5. Os ativos intangíveis gerados internamente pelas PMEs devem ser con-
tabilizados:
179/198
Gabarito
1. Resposta: B. superior a R$ 2 mi e companhias abertas, e a
DVA, apenas para companhias abertas.
A lei brasileira que trata sobre o enquadra-
mento de microempresas e empresas de pe- 4. Resposta: A.
queno porte é a Lei Complementar 123/06.
A DVA não faz parte das demonstrações
2. Resposta: B. previstas pela NBC TG 1000, nem está con-
tida na NBC TG 1000.
Empresas de grande porte são definidas
pela lei 11.638/07 como as que obtiveram 5. Resposta: D.
no exercício social anterior ativo total acima
de R$ 240.000.000,00 ou receita bruta aci- Os ativos intangíveis gerados internamente
ma de R$ 300.000.000,00. pelas PMEs sempre devem ser contabiliza-
dos como despesa no período em que são
3. Resposta: E. incorridos, independentemente de sua fase
de pesquisa ou desenvolvimento.
O BP, DLPA e DRE são obrigatórios a todas
as sociedades por ações. A DFC é obrigató-
ria às empresas de capital fechado cujo PL é
180/198