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Uma das principais questões citadas pelo proprietário de um imóvel que pensa
em colocá-lo para locação é o risco do negócio. No caso das relações
locatícias, a inadimplência significa flagrante prejuízo para o locador e também
a possibilidade de muitos problemas no reestabelecimento da relação.
Caução
O artigo 38 da lei nº 8.245/1991 trata sobre a caução, trazendo a possibilidade
de ser prestada em bens móveis, imóveis, dinheiro, títulos e ações. Para o
caso da caução em bens móveis ela deve ser registrada do cartório de títulos,
e no caso de bens imóveis precisa ser levada a registro junto a matrícula do
imóvel no registro de imóveis. Essas precauções devem ser tomadas para
evitar que os bens objeto da caução sejam negociados, deixando o locador
sem a devida garantia.
A caução, quando prestada em dinheiro, não poderá exceder o valor
correspondente a três meses de aluguel, devendo ser depositada em conta
poupança. Ao final do contrato o valor, caso não tenha sido utilizado para o fim
a que se destina, deverá reverter em benefício do locatário, assim como todas
as vantagens decorrentes.
Fiança
Trata-se de um ato de um terceiro, denominado fiador, que vem garantir o
pagamento da obrigação assumida por outra pessoa, o devedor, no caso de a
obrigação não ser por este cumprida no tempo e nas condições estabelecidas.
O fiador está posicionado como uma terceira pessoa no contrato locatício, pois
não é o proprietário do imóvel e nem o inquilino, mas se responsabiliza por
uma obrigação assumida nesta relação.
O artigo 40 da lei 8.245/1991 prevê as hipóteses em que o locador poderá
exigir novo fiador ou substituição da modalidade de garantia, sendo que a
morte do fiador, a ausência, interdição, recuperação judicial, falência ou
insolvência do fiador, declaradas judicialmente, a alienação ou gravação de
todos os bens imóveis do fiador ou sua mudança de residência sem
comunicação ao locador, a exoneração do fiador, a prorrogação da locação por
prazo indeterminado, sendo a fiança ajustada por prazo certo, entre outras, se
encontram nela elencadas.
Seguro fiança
É uma apólice que serve para garantir ao proprietário do imóvel o repasse dos
valores, por parte da operadora de seguros, contratualmente segurados. O
seguro fiança normalmente está contemplado nas cláusulas do contrato de
aluguel, o que não influencia no pacto entre locatário e seguradora.
Esse tipo de garantia tem um custo elevado, uma vez que o locatário terá que
arcar, além do aluguel e encargos, com o pagamento do seguro, sendo que os
valores não são restituídos ao final do prazo do contrato de locação.
De qualquer forma, essa é uma opção para o locatário que precisa locar um
imóvel e não tem ninguém que possa ser seu fiador e não possui dinheiro para
operar os outros tipos de garantias existentes.
Esse tipo de garantia possui vantagens importantes tanto para o locador como
para o locatário. No caso do seguro fiança, o locador tem a garantia do
recebimento do aluguel no caso de inadimplência por parte do locatário. Por
outro lado, cabe ao locatário a possibilidade de parcelar o valor do seguro.
Morte do fiador
Ausência, interdição, recuperação judicial, falência ou insolvência do
fiador, declaradas judicialmente
Alienação ou gravação de todos os bens imóveis do fiador ou sua
mudança de residência sem comunicação ao locador
Exoneração do fiador
Prorrogação da locação por prazo indeterminado, sendo a fiança
ajustada por prazo certo