O documento descreve os processos de preparo do café via seca e via úmida, incluindo etapas como pré-limpeza, abanação, lavagem com separação e secagem. O processo via seca envolve apenas lavagem da casca dos grãos de café, enquanto a via úmida remove também a polpa através de cilindros descascadores. Ambos os métodos buscam obter café de alta qualidade e reduzir impactos ambientais.
O documento descreve os processos de preparo do café via seca e via úmida, incluindo etapas como pré-limpeza, abanação, lavagem com separação e secagem. O processo via seca envolve apenas lavagem da casca dos grãos de café, enquanto a via úmida remove também a polpa através de cilindros descascadores. Ambos os métodos buscam obter café de alta qualidade e reduzir impactos ambientais.
O documento descreve os processos de preparo do café via seca e via úmida, incluindo etapas como pré-limpeza, abanação, lavagem com separação e secagem. O processo via seca envolve apenas lavagem da casca dos grãos de café, enquanto a via úmida remove também a polpa através de cilindros descascadores. Ambos os métodos buscam obter café de alta qualidade e reduzir impactos ambientais.
SÉRIE TECNOLÓGICA CAFEICULTURA PREPARO DO CAFÉ: VIA SECA E VIA ÚMIDA
Em qualquer modalidade de prepa- ções necessárias para isso, pois apresen-
ro de cafés para a obtenção de um pro- tam composição química ideal. É preciso duto de qualidade, a matéria-prima é lembrar, no entanto, que os açúcares de importância fundamental, tida como presentes na polpa tornam esses frutos uma das primeiras exigências a serem suscetíveis de fermentação, devendo ser atendidas. Somente frutos completa- processados rapidamente e em condi- mente maduros proporcionam as condi- ções higiênicas. Processamento por via seca o Café Despolpado ou, então, o Cereja Descascado (CD). Por via seca entende-se o preparo do café com utilização de água apenas ETAPAS COMUNS AOS DOIS na fase de lavagem com separação, feita PROCESSOS logo após a chegada do café da lavou- ra. A terminologia Café Natural dada ao produto obtido por via seca é bem Pré-limpeza e abanação adequada, pois trata-se de um processo que menos afeta a integridade do café, O café colhido manualmente ou mantendo intactas as suas partes consti- por meio de derriçadora mecânica deve tuintes. É também o menos agressivo ao passar por uma pré-limpeza, seguida de meio ambiente, por produzir efluentes abanação para a retirada de impurezas líquidos, sem a geração de resíduos de grosseiras, como folhas e gravetos, o elevado teor de matéria orgânica. que possibilita uma maior eficiência nos lavadores, principalmente os convencio- Processamento por via úmida nais. Existem no mercado abanadores mecânicos de acionamento manual ou Consiste na retirada da casca por motorizado, cuja instalação é feita ge- meio de cilindros descascadores, segui- ralmente entre a moega de recepção do da ou não da retirada da mucilagem ou café e o lavador-separador. mel remanescente, para se obter, assim, Acondicionamento e transporte deve-se ter o cuidado de manter as em- balagens à sombra dos próprios cafeei- No acondicionamento é importante ros. Os frutos recém-colhidos têm alta observar não só o tipo da embalagem umidade, e, nessas condições, a falta de ou do recipiente, como também o tem- arejamento, enquanto na embalagem, po de permanência do café à espera do forçosamente irá provocar aumento da transporte para o lavador-separador, temperatura, favorecendo o desenvol- o que deve ocorrer no mesmo dia da vimento de micotoxinas e fungos, ten- colheita e sem que tenha havido eleva- do início a formação do defeito ardido, ção da temperatura na massa de café. quando são atingidos os 40ºC. Enquanto é aguardado o transporte, Lavagem com separação cados, “passa” e secos. A separação é fundamental para a secagem do café em A lavagem tem por finalidades eli- lotes distintos. Os frutos “passa” e se- minar o restante das impurezas e retirar cos, colhidos após o estádio de “cereja”, o mel impregnado na casca dos frutos podem já estar com a qualidade com- maduros, pois constitui barreira para a prometida por fermentações indesejá- perda de água nos estádios iniciais da veis ainda na árvore. Esse lote será seco secagem em terreiros, além de favorecer e armazenado separado dos demais. a ação dos microrganismos responsáveis pela fermentação. Na mesma operação, CAIXA D’ÁGUA o lote com frutos verdes, verde-cana e maduros, mais pesados devido ao maior teor de umidade, é separado da fração de “boias”, constituída de frutos mais leves, ou seja, os malgranados, bro- Construída em alvenaria, é de ope- ração muito simples e possibilita a ob- tenção de dois lotes bem distintos de café.
A água do lavador-separador, úni-
co efluente gerado no processo, é pouco poluente. Mesmo assim, recomenda-se a sua recirculação, seguida da adequada destinação após o uso, para evitar qual- quer risco de contaminação de cursos d’água.
João Eudes de Rezende
Engenheiro Agrônomo Escritório Local da Emater-MG de Reduto Fotos e ilustrações: J. Eudes Série Ciências Agrárias Tema Agricultura Área Culturas