Este documento estabelece a Lei 367/2006 que define a política urbana, o plano diretor e o processo de planejamento do município de Santo Antônio de Goiás. A lei delimita as áreas urbana e rural do município, estabelece diretrizes para o zoneamento e uso do solo e define critérios para ocupação da área urbana nos próximos anos.
Descrição original:
Plano Diretor do municipio de Santo Antônio de Goiás
Este documento estabelece a Lei 367/2006 que define a política urbana, o plano diretor e o processo de planejamento do município de Santo Antônio de Goiás. A lei delimita as áreas urbana e rural do município, estabelece diretrizes para o zoneamento e uso do solo e define critérios para ocupação da área urbana nos próximos anos.
Este documento estabelece a Lei 367/2006 que define a política urbana, o plano diretor e o processo de planejamento do município de Santo Antônio de Goiás. A lei delimita as áreas urbana e rural do município, estabelece diretrizes para o zoneamento e uso do solo e define critérios para ocupação da área urbana nos próximos anos.
e o Processo de Planejamento do Município de Santo Antônio de Goiás e dá outras providências”.
A Câmara Municipal de Santo Antônio de Goiás aprova e eu sanciono a
Seguinte Lei: TÍTULO I DA POLÍTICA URBANA E DO PLANO DIRETOR CAPÍTULO ÚNICO NOÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - O Poder Público do Município de Santo Antônio de Goiás disciplinará sobre a ocupação e distribuição das atividades no território, em consonância com as disposições da legislação Estadual e Federal e com o Plano Diretor. Art. 2º - A Política Urbana do Município de Santo Antônio de Goiás visando o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade, através do Plano Diretor e das normas de ocupação e uso do solo, tem por objetivos: I - o ordenamento do espaço; II - a proteção dos recursos naturais; III - a diminuição das desigualdades no acesso de bens públicos e privados; IV – a garantia do bem-estar dos habitantes; V - a integração da população no processo de planejamento do ordenamento do espaço. Art. 3º - Constituem-se em diretrizes da Política Urbana: I - a ordenação e controle do uso e ocupação do solo rural, urbano, de expansão urbana e localização das atividades de acordo com a compatibilidade de usos; II - a definição de estratégias, evitando a subtilização dos investimentos públicos e com justa e democrática distribuição do ônus decorrente das obras e serviços de infra-estrutura entre a população, de: a) implementação, complementação, revitalização e manutenção da infra- estrutura e serviços urbanos; b) ocupação prioritária de lotes vagos e dos vazios urbanos; c) economia dos recursos públicos minimizando os custos dos investimentos sobre a cidade; d) instalação de um órgão municipal de fiscalização, apto e eficaz; II – a proteção, preservação e a recuperação do meio ambiente natural e construído, como fundos de vale, bosques, paisagem, vegetação nativa; III – a proteção, preservação e a recuperação do patrimônio histórico, artístico e cultural; IV – a estética urbana, assegurada a beleza, insolação, iluminação e ventilação das edificações; V – a disposição e o tratamento adequado e sustentável dos resíduos sólidos; VI - a consolidação dos potenciais de desenvolvimento do Município, especialmente a estruturação da cidade para as potencialidades turísticas; VII – a promoção dos serviços de saúde, educação, assistência social e lazer; VIII – o controle do parcelamento do solo, com a ocupação prioritária dos lotes vazios e a regularização e controle dos assentamentos ilegais; IX – a distribuição eqüitativa e funcional da densidade populacional compatível com a infra-estrutura, equipamentos e serviços urbanos; X – a promoção do acesso à moradia para a população de baixa renda; XI – a elaboração, aprovação, implementação e realização do Plano Diretor. Art. 4º - O Plano Diretor, a Política Urbana e as demais políticas municipais, serão elaborados num processo aberto, democrático e com ampla participação da comunidade. Art. 5º - O Plano Diretor, instrumento básico de Planejamento Urbano e Ambiental da Administração Municipal em geral e de Ordenamento do Espaço em especial, se compõe de um conjunto de normas estabelecidas em Leis Municipais, planos de ações e diretrizes. § 1º - Tem, como finalidade precípua, facilitar e apoiar a governabilidade do Gestor Municipal, e como objetivo geral à melhoria da qualidade de vida da população urbana e rural, a quem cabe continuar exercitando o seu direito à cidadania e à participação no planejamento municipal, bem como o dever de cumprir o que este mesmo Plano Diretor estabelece. § 2º - O conteúdo do Plano Diretor abrange: I – a definição e delimitação, textual e gráfica do Perímetro Urbano, na Lei do Perímetro Urbano, estabelecendo a área urbana e a área rural; II – a definição e delimitação, textual e gráfica das Zoas de Uso, na Lei do Zoneamento, localizando as atividades urbanas e rurais, de acordo com a compatibilidade dos usos e ocupações; III – as normas, parâmetros e procedimentos para o Parcelamento do Solo, na Lei do Parcelamento; IV – as normas, parâmetros e procedimentos para a construção no Código de Obras; V – as normas, parâmetros e procedimentos para a vivência e a higiene pública, no Código de Posturas; VI – as normas, parâmetros e procedimentos para a preservação, recuperação e conservação do meio ambiente, no Código de Meio Ambiente; VII – a definição da política urbana ambiental do Município, bem como das idéias básicas do planejamento e do desenvolvimento sócio-econômico; VIII – as Diretrizes para o Desenvolvimento do Município. TÍTULO II DEFINIÇÕES DE ÁREAS URBANA E RURAL CAPÍTULO I DO ESTABELECIMENTO DO PERÍMETRO URBANO Art. 6º - O território do Município de Santo Antônio de Goiás é definido em áreas urbana e rural, sendo que o Perímetro Urbano circunscreve a área urbana. § 1º - A Área Urbana compreende áreas para fins urbanas já parceladas, não parceladas e áreas não parceláveis de proteção ambiental. § 2º - A Área Rural corresponde à área destinada às atividades agropecuárias e de proteção ambiental, não sendo permitido parcelamento para fins urbanos. § 3º - O uso do solo em área urbana ou rural será regulado na Lei de Zoneamento Municipal. Art. 7º - A delimitação do Perímetro Urbano é definida de forma a atender o crescimento urbano do Município, nos dez anos seguintes à aprovação desta Lei, conforme projeção da população municipal, obtida através da taxa de crescimento populacional do Município, baseado nos dados dos Censos Demográficos realizados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. CAPÍTULO II DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DO MUNICIPIO Art. 8º - Para efeito desta Lei, considera-se Perímetro Urbano o limite territorial que circunscreve a área urbana do Município de Santo Antônio de Goiás, composto pelos seguintes bairros: - Setor Progresso: - Vila Campus: - Vila Campus II; - Vila Florença: - Vila Estrela - Centro: - Setor Sul; - Nelson Barnabé - Califórnia CAÍTULO III ZONA RURAL Art. 9º - A Zona Rural terá os seguintes limites e confrontações: - Começa no marco 01, cravado no cruzamento da estrada de acesso à Goiânia, com a estrada velha de Goianira. Daí segue pela estrada de Goianira, com rumo de SW 82º52” NE e distância de 1.209,40 metros até o marco 02; continuando pela estrada velha com rumo de NW 68º11’55” SE e distância de 1.346,30 metros até o marco 03; cravado a margem esquerda do Córrego do Meio.; segue acima numa extensão de 4.082,10 metros até o marco 05; subindo pelo Córrego Água Branca numa extensão de 4.127,40 metros até o marco 09, de onde passa a confrontar com as terras pertencentes à EMBRAPA, com rumo SW 45º00’00” NE e distância de 4.384,05 metros até o marco 01, onde teve início essa descrição. Art. 10º - A área urbana do Município de Santo Antônio de Goiás, destinada a atender o crescimento urbano do Município, será ocupada atendendo os seguintes critérios: I – a seqüência de ocupação dos lotes deve ser: a) Área Prioritária de Ocupação: Região Central. b) Os lotes restantes dentro do Perímetro Urbano: Região Periférica. II – não serão aprovados novos loteamentos urbanos, enquanto a ocupação total de lotes não atingir 85 % (oitenta e cinco por cento) dos lotes existentes, e ou até o ano de 2016. Exceto os loteamentos que foram aprovados pelo Poder Executivo, antes da data desta Lei e que estão em fase de Registro em Cartório. III – O Inciso anterior não se aplica a loteamentos de chácaras de recreio ou condomínios fechados, com lotes de no mínimo 2.000 m². Art. 11º - Esta Lei será revista dentro de 12 meses, obedecendo as seguintes regras: I – antes da revisão deverá ser feito um novo cálculo do crescimento urbano; II – este cálculo deverá ser confirmado oficialmente pelo órgão Estadual, responsável pelo estudo demográfico e planejamento urbano e ambiental; III – a revisão deverá ser aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Sustentável e pela Câmara Municipal. TÍTULO III DO ZONEAMENTO MUNICIPAL CAPÍTULO I DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 12º - O controle do uso e ocupação do solo do município de Santo Antônio
de Goiás, por meio do zoneamento municipal, estabelece os seguintes conceitos: I - o controle do uso do solo fundamenta-se na exigência constitucional da função social da propriedade e é exercido mediante a imposição legal das condições em que os usos e a ocupação são admitidos; II - a propriedade imobiliária do solo cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais estabelecidas nesta lei de zoneamento e pelas leis complementares que instituem o Plano Diretor, sempre com vistas ao interesse social e observados os seguintes requisitos: a) intensidade de uso adequado à disponibilidade de equipamentos públicos e comunitários; b) uso compatível com a preservação da qualidade do meio ambiente e da paisagem e c) garantia da segurança e da saúde dos seus usuários e da vizinhança; III - consideram-se de interesse social as seguintes atividades, dentre outras: a) habitação; b) produção agropastoril; c) produção e comércio de bens; d) prestação de serviços e e) preservação dos recursos necessários à vida, tais como os mananciais, as áreas arborizadas, os cursos d'água e os recursos minerais; IV - o proprietário do solo que não o destina para o exercício da função social prevista nesta lei, onde o uso adotado não se enquadre nas categorias estabelecidas para as respectivas zonas, sujeita-se a tributação diferenciada, além de outras medidas legais; V - zoneamento é o procedimento destinado a delimitar o solo municipal em zonas, que devem sujeitar-se às normas de controle de uso, ocupação e densidades populacionais compatíveis, com a garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado, com o bem estar da população e de acordo com a função social da propriedade; VI - zona é uma fração limitada do solo do município, que por suas características ambientais, sujeita-se à norma que estabelece um conjunto de usos, atividades, ocupação e edificação apropriados. Art. 13º - Para efeito desta lei, o solo municipal fica dividido em Áreas Urbanas e Área Rural. Art. 14º - As Áreas Urbanas, para efeito desta Lei, são aquelas incluídas na Lei do Perímetro Urbano e são divididas em seis Zonas de Uso assim denominadas e caracterizadas: I - Zona de Habitação: com predomínio de habitação; II - Zona de Uso Misto: em que se admitem tanto o uso habitacional quanto às atividades econômicas, sem predomínio de nenhuma delas; III – Zona Industrial: com predomínio de indústrias; IV - Zona de Influência da Rodovia: com predomínio de atividades econômicas, diferenciadas. Segundo a categoria de uso admitida e definida, como pólo de desenvolvimento regional e municipal; V - Zona de Desenvolvimento Rural: destinada aos usos rurais, sempre de acordo com os diversos condicionantes do meio físico, seus recursos naturais e vocação agropastoril ou turística; VI - Zona de Proteção Ambiental: compreende as áreas de notável valor ecológico, paisagístico e recreativo que inadmitem uso prejudicial às suas condições e são assim classificadas: a) Zona de Proteção Ambiental I: representa as zonas de proteção permanente; b) Zona de Proteção Ambiental II: representa as unidades de conservação; c) Zona de Proteção Ambiental III: representa as áreas institucionais, localizadas em zona urbana e destinadas a praças, jardins, rótulas e ilhas entre avenidas. Parágrafo Único – Incumbe ao Poder Publico promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino do município, fazendo do mesmo, conteúdo obrigatório nas Escolas Municipais. Art. 15º - As zonas definidas no artigo anterior comportam usos, de acordo com as seguintes categorias assim definidas: I - uso admitido: é aquele adequado à zona em consonância com esta Lei; II - uso permissível: é o uso econômico que, não sendo localizado na zona adequada, é passível de ser admitido, mediante observância do disposto nesta Lei; III - uso tolerado: é o uso desconforme à esta Lei, mas já existente antes de sua edição, desde que não esteja em Zona de Proteção Permanente – ZPA I, ficando, ainda, submetido às regras desta Lei. Art. 16º - Os índices urbanísticos admitidos nos lotes urbanos são determinados pelos índices de ocupação e permeabilidade, coeficiente de aproveitamento de fundo e, em relação aos limites do lote, recuo frontal, afastamento lateral e afastamento de fundos, assim definidos: I - Índice de ocupação é a razão entre a área ocupada pela projeção horizontal da construção e a área do lote correspondente, representada em porcentagem; II - Índice de permeabilidade é a razão entre a área não pavimentada permeável e a área total do lote correspondente, representada em porcentagem; III - coeficiente de aproveitamento é a razão entre a área edificada e a área do lote correspondente, representada em seu valor absoluto; IV - recuo frontal é a distância entre o limite externo da projeção horizontal das edificações e a divisa do lote com um logradouro público; V - afastamento lateral é a distância entre o limite externo da projeção horizontal das edificações e a divisa lateral do lote; VI - afastamento de fundo é a distância entre o limite externo da projeção horizontal das edificações e a divisa de fundo do lote. Art. 17º - O uso do solo está vinculado à garantia da função social da propriedade, expressa em categorias de uso consubstanciadas nas seguintes atividades: I – habitação que significa ocupação de moradia em construção sólida e permanente, compreendendo as seguintes tipologias: a) habitação unifamiliar, que é definida por uma unidade habitacional a que corresponde um lote exclusivo; b) habitações geminadas, que é definida por duas unidades habitacionais justapostas ou superpostas em uma mesma edificação em lote exclusivos de, no mínimo, 360m2, cuja fração ideal não será inferior a 180m2 para cada unidade residencial; c) habitação seriada que é definida com três, até doze unidades habitacionais justapostas, cuja fração ideal não será inferior a 180m2 para cada unidade residencial; II - comércio varejista representa as atividades de venda de produtos ao consumidor final as quais compreendem as seguintes tipologias: a) comércio varejista local: comporta atividades típicas de empresas de micro e pequenas portes, ocupando até 40m2, não indutoras de trânsito intenso nem causador de poluição; b) comércio varejista de bairro: representa atividades mercantis de empresas de pequeno ou médio portes, ocupantes de até 200m 2, potencialmente indutoras de trânsito, todavia não causadoras de poluição; c) comércio varejista geral é a tipologia que representa as atividades mercantis de empresas de médio e grande porte, até 1000m 2, indutoras de trânsito e que, por suas características e porte, exigem localização em áreas com estrutura compatível; d) comércio varejista grande: representa as atividades mercantis de iniciativa de empresas de médio ou grande porte, localizadas em espaço superior de 1000m 2, com capacidade de atendimento regional, grandes indutoras de trânsito, exigindo localização lindeira às rodovias, com estrutura compatível. III - comércio atacadista compreende as atividades de compra e venda de produtos em grandes quantidades, com capacidade de atendimento regional, grandes indutoras de trânsito de veículos, as quais, por sua característica e porte, exigem localização lindeira às rodovias, em áreas com estrutura compatível; IV - prestação de serviço compreende as atividades fornecedoras de serviços, segundo as seguintes tipologias: a) prestação de serviço local, quando as atividades fornecedoras de serviço são de iniciativa de empresas de micro e pequeno portes, ocupando espaço físico de até 40m2, não indutoras de trânsito intenso, não causadoras de poluição; b) prestação de serviço de bairro, representa as atividades de prestadores de serviço de pequenos ou médios portes, potencialmente indutoras de trânsito, sem causar poluição e ocupantes de espaço físico de até 200m 2; c) prestação de serviço geral: representa as atividades de prestadores de serviço de médio e grande porte, localizadas em área de até 1000 m 2, indutoras de trânsito e que, por suas características e porte, exigem localização em áreas com estrutura compatível; d) prestação de serviço grande, representa as atividades de prestadores de serviço de médio ou grande porte, localizados em área superior a 1000m 2, com capacidade de atendimento regional, grandes indutoras de trânsito e que, por suas características e porte, exigem localização lindeira às rodovias, com estrutura compatível; V - especial: compreende as atividades fornecedoras de serviços públicos ou de ordem pública à população com caráter regional, representado por equipamentos cuja localização e parâmetros urbanísticos sujeitam-se a critérios próprios, estabelecidos pelo órgão municipal competente, devido a natureza especializada e observada a seguinte classificação: a) de lazer, turismo e cultura, tais como clube, biblioteca, teatro, museu, cinema, estádio esportivo, parque de esportes e outros de igual natureza; b) de saúde e assistência social, tais como postos de saúde, hospitais, clínicas, instituições filantrópicas e outros de igual natureza; c) de culto, como igreja, templo, e demais afins; d) de educação: instituições de ensino; e) de serviços e de ordem pública, como: prefeitura, sindicato, rodoviária, posto de gasolina e outros de igual natureza; VI - indústria, que compreende as atividades de produção de bens, de acordo com as seguintes tipologias: a) indústria artesanal: refere-se à indústria caseira de micro e pequeno portes, ocupante de até 40m2, cuja produção dispensa maquinaria pesada e não provoca nenhum comprometimento ambiental; b) indústria inofensiva: refere-se à indústria de micro, pequeno e médio portes ocupante de espaço físico entre 40 a 200m2, não poluente e que não prejudica os demais usos admitidos para a respectiva zona; c) indústria incômoda: refere-se a indústria considerada incômoda em virtude do seu funcionamento produzir ruído, trepidação, gás, poeira, odor ou conturbações sensíveis, porém toleráveis, em limites determinados pelos órgãos públicos competentes, em relação às características dos demais usos admitidos. VII - preservação ambiental : são as atividades com a finalidade de preservar, conservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e combater a degradação, a descaracterização e o prejuízo ambiental em todas as suas formas. VIII - agropastoris: são as atividades rurais de desenvolvimento econômico, as quais abarcam a agricultura e pecuária na seguinte tipologia: a) silvicultura; b) pastoreio extensivo em pastagens plantadas ou naturais; c) culturas perenes; d) cultivos intensivos de caráter temporário. CAPÍTULO II DAS ZONAS DE USO Art. 18º - Zona de Predominância Residencial - ZPR compreende a área assim indicada em mapa anexo desta Lei, comportando os seguintes usos: I - uso admitido: a) habitações unifamiliares e geminadas; b) comércio local, prestação de serviço local, indústria artesanal. II - uso permissível, desde que observado o disposto nesta Lei: a) especial; b) comércio de bairro; c) prestação de serviço de bairro; d) indústria inofensiva. III - são tolerados os demais usos já existentes antes da aprovação desta Lei. Parágrafo Único - A edificação nesta zona deverá obedecer as seguintes normas: a) índice máximo de ocupação de cinqüenta por cento; b) índice mínimo de permeabilidade de trinta por cento; c) coeficiente máximo de aproveitamento de uma vez a área do lote; d) recuo frontal mínimo de cinco metros e máximo de dez metros; e) afastamento lateral e de fundo, mínimo de dois metros; f) altura máxima de edificação de oito metros. Art. 19º - Compreende a Zona de Uso Misto - ZUM aquela assim indicada em mapa anexo desta Lei, em que se prevêem os seguintes usos: I – uso admitido: a) habitação unifamiliar, geminada e seriada; b) comércio local, de bairro e geral; c) prestação de serviço local, de bairro e geral; d) indústria artesanal e inofensiva. II – nesta Zona é permissível o uso especial; III - são tolerados os usos já existentes antes da edição desta Lei. Parágrafo único - Exige-se as seguintes normas para qualquer edificação nesta zona: a) índice máximo de ocupação de setenta por cento; b) índice mínimo de permeabilidade de vinte por cento; c) coeficiente máximo de aproveitamento de duas vezes a área do lote, com um máximo de 2.500 m2; d) recuo frontal mínimo de cinco metros e máximo de dez metros; e) afastamento lateral e de fundo, mínimo de dois metros; f) altura máxima da edificação de doze metros. Art. 20 - Compreende a Zona de Influência da Rodovia - ZIR aquela assim indicada em mapa anexo desta Lei, com a seguinte disciplina de usos: I - uso admitido: a) indústria artesanal, inofensiva e incômoda; b) comércio geral e grande; c) prestação de serviços geral e grande. II – são permissíveis os seguintes usos, observado o disposto nesta Lei: a) comércio local; b) prestação de serviço local; c) especial. III - são tolerados: o uso habitação unifamiliar e os usos já existentes antes da aprovação desta Lei. § 1º - Qualquer edificação nesta zona obedecerá as seguintes normas: a) índice máximo de ocupação de cinqüenta por cento; b) índice mínimo de permeabilidade de trinta por cento; c) coeficiente máximo de aproveitamento de uma vez a área do lote; d) recuo frontal, mínimo de cinco metros e máximo de dez metros; e) afastamento lateral e de fundo, mínimo de dois metros; f) altura máxima da edificação de doze metros. § 2º - Nos lotes frontais à rodovia não é permitida a instalação de uso para fins de educação e saúde. Art. 21 - Constituem Zonas de Desenvolvimento Rural- ZDR as áreas assim indicadas em mapa anexo desta Lei: § 1º - Observado o disposto nesta Lei, são permissíveis os seguintes usos nas zonas de desenvolvimento rural: a) implementação de estação de tratamento de esgoto terciária, devidamente licenciada; b) uso de piscicultura, ranicultura; c) cultura extensiva; d) instalação de equipamentos para eco-turismo. § 2º - Serão proibidos: a) uso de defensivos e herbicidas; b) pastoreio excessivo; c) criação de mamíferos e aves em confinamento; d) terraplanagem, mineração, dragagem e escavação; e) uso da terra sem adotar práticas de conservação do solo. § 3º - São tolerados os demais usos já existentes antes da aprovação desta Lei, desde que sigam as técnicas de conservação do solo recomendadas pelo órgão estadual encarregado da gestão ambiental e desde que não estejam em Zona de Proteção Permanente – ZPA I. § 4º - É obrigatório preservar, no mínimo, vinte por cento das terras de cada propriedade com cobertura vegetal nativa ou recuperada, destinada a reserva legal, cuja exploração só será permitida mediante plano de manejo sustentado aprovado pelo órgão estadual encarregado da gestão ambiental. § 5º - O tamanho mínimo da propriedade rural será de 20.000m 2 (2 ha). Art. 22 – Constitui a Zona de Proteção Ambiental I - ZPA I a área assim indicada em mapas anexos desta Lei, destinada à proteção, conservação e recuperação da vegetação nativa. § 1º - A Zona de Proteção Ambiental I consiste das seguintes áreas: a) faixas bilaterais contíguas aos cursos d’água temporários e perenes com largura mínima de 100m (cem metros), a partir das margens ou cota de inundação. b) áreas circundantes das nascentes permanentes e temporárias, com um raio de, no mínimo 200m (duzentos metros). c) faixas de 100m (cem metros) circundantes aos lagos, lagoas e reservatórios d’água, naturais ou artificiais, como represas e barragens, desde o seu nível mais alto, medido horizontalmente; d) topos e encostas de morros; e) encostas ou partes destas com declividade superior a quarenta por cento; f) veredas (buritizais); g) todas as áreas recobertas por vegetação nativa. § 2º - Não será admitido o uso habitacional, comercial, de prestação de serviço, industrial especial, ou de desenvolvimento rural, nem ocupação ou edificação. § 3º - É vedado o desmembramento de áreas ou lotes nesta Zona. § 4º - É vedada extração de vegetação, exceto em caso de risco e perigo iminente, mediante laudo de vistoria técnica elaborado pelo órgão ambiental competente. Art. 23 – Constitui Zona de Proteção Ambiental II – ZPA II a área assim indicada em mapas anexos desta Lei, e os usos nela admitidos são as atividades relativas à proteção, conservação e recuperação da vegetação nativa, bem como demais atividades correspondentes à unidade de conservação em que a zona se enquadre, na forma da legislação federal e estadual. § 1º - São tolerados os usos preexistentes à edição desta Lei. § 2º - É vedado o desmembramento de área ou lote nesta Zona. Art. 24 – Constitui Zona de Proteção Ambiental III – ZPA III a área assim identificada em mapa anexo desta Lei, sendo admitidos os usos que dêem ao espaço institucional a sua real função social, mediante a sua proteção, conservação e recuperação. § 1º - São permissíveis, nesta Zona, conforme a deliberação de conveniência do Poder Público e uma vez atendido o disposto nesta Lei, os seguintes usos: a) comércio varejista local; b) prestação de serviço local; c) especial. § 2º - São tolerados os usos preexistentes à aprovação desta Lei. § 3º - Ficam estabelecidas as seguintes normas de edificação para esta Zona: a) superfície impermeável não superior a dez por cento da área; b) toda e qualquer edificação para uso de comércio e prestação de serviço deverá ter caráter provisório; c) altura máxima da edificação provisória de 3m; d) área mínima de 7m2 para cada edificação provisória; e) o empreendedor deverá, ainda, atender às exigências do código de edificações. § 4º - Para efeito desta Lei entende-se por: a) praça: logradouro público com área superior a 3.000m2 para novos parcelamentos e superior a 1000m2 para loteamentos já aprovados, limitada por via de circulação de veículos, destinada essencialmente ao lazer, recreação e infiltração de águas pluviais, para a realimentação do lençol freático; b) parque infantil: área destinada ao lazer e recreação, com atendimento exclusivo ou direcionado ao público infantil; c) parque esportivo: área aberta com um mínimo de 10.000m 2 e raio de influência de oitocentos metros, destinado ao esporte, lazer e recreação; d) rótulas canteiros: são áreas públicas utilizadas no ordenamento do fluxo do sistema viário. CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS Art. 25 – A inobservância das disposições desta Lei sujeita o infrator às penalidades estabelecidas no Parágrafo 3º deste artigo, sem o prejuízo de medidas outras, previstas em legislação estadual e federal. § 1º - O infrator será notificado pessoalmente ou de outra forma inequívoca, para, no prazo concedido pela Administração, regularizar sua conduta. § 2º - O não cumprimento da providência assinalada na notificação, no prazo previsto, será punido com o embargo do uso, ocupação, edificação ou atividade, além da imposição do pagamento de multa. § 3º - O valor da multa, de acordo com a categoria será de: a) para pessoa física - R$ 250,00 por dia b) para micro empresa - R$ 500,00 por dia c) para pequena empresa - R$ 1.000,00 por dia d) para média empresa - R$ 2.000,00 por dia e) para grande empresa - R$ 5.000,00 por dia § 4º - Na reincidência, as multas serão cominadas em dobro. § 5º - Para assegurar a paralisação da atividade embargada a Prefeitura poderá, se for o caso, requisitar força policial, observados os ditames legais. § 6º - O embargo só poderá ser levantado após o cumprimento das exigências que o motivaram, mediante requerimento do interessado ao órgão competente da Prefeitura, acompanhado da prova do atendimento das exigências e do pagamento da multa. § 7º - A multa não recolhida atempadamente pode ser objeto de cobrança judicial. § 8º – O funcionário público ou autoridade competente que deixar de promover as medidas visando ao cumprimento desta Lei, submeter-se-á a sindicância administrativa, com acompanhamento do órgão do Ministério Público, por prática de ato de improbidade administrativa; § 9º – Sujeita-se às penas deste artigo o uso de terrenos ou lotes vagos ou vazios como depósito de lixo e materiais tóxicos. Art. 26 – Não são permitidas transferências de áreas destinadas a permeabilidade, ocupação, aproveitamento, recuo frontal, dos afastamentos e dos pavimentos de um para outros lotes, nem na mesma Zona, nem para Zona diversa. Art. 27 – A deliberação sobre a autorização do uso permissível nas respectivas zonas de uso, compete ao Prefeito, ouvido previamente e formalmente o Conselho de Desenvolvimento Sustentável - CDS. § 1º - Os moradores, donos de propriedade e usuários diretamente interessados na vizinhança do lote, relacionada à permissão discutida serão consultados e poderão subsidiar o parecer do CDS. § 2º - A decisão fundamentada será divulgada em placar público, comunicando- se, pessoalmente, pelo menos os vizinhos do local, de modo a viabilizar, se for o caso, medidas outras por parte do interessado. Art. 28 – Para o uso tolerado, sendo um uso, ocupação ou edificação já existente antes da aprovação desta lei, desde que não estejam em Zona de Proteção Permanente – ZPA I, ficam estabelecidas as seguintes regras: I – em caso de calamidade, a edificação pode ser reformada parcial ou totalmente, sem direito à ampliação da área construída; II – o uso tolerado não pode ser substituído por outro não admitido. Art. 29 – Toda e qualquer atividade deve adaptar-se ao sistema de controle anti-poluente e anti-impactante, bem como adaptar-se para acolher devidamente o próprio fluxo de veículos, a critério dos órgãos públicos competentes. Parágrafo Único – A instalação de indústria, comércio e prestação de serviço, cujas atividades possam causar algum impacto como ruído, odor, poeira, gases, ou causar dano ao meio ambiente, ou ainda, incomodar a vizinhança, estão sujeitos à aprovação e fiscalização do órgão técnico, mediante estudo de impacto ambiental. TÍTULO IV DOS LOTEAMENTOS URBANOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 30 - O loteamento urbano e remanejamento, em qualquer das zonas do Município, deverão ser aprovados pelo órgão de planejamento da Prefeitura e estarão sujeitos às diretrizes estabelecidas nesta Lei e às outras Leis do Plano Diretor de Santo Antônio de Goiás, no que se refere ao uso e ocupação, às vias de circulação, aos equipamentos e serviços de uso público, e à proteção dos valores ecológicos, paisagísticos, monumentais e históricos. § 1º - Só será permitido parcelamento do solo, para fins urbanos, assim definido pela Lei do Perímetro Urbano 2006 do Município de Santo Antônio de Goiás. § 2º - Não será permitido o parcelamento de solo: I - em terrenos alagadiços e sujeitos à inundação; II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados; III - em terrenos com declividade igual ou superior a trinta por cento; IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação e implantação de infra-estrutura; V - em terrenos com más condições sanitárias sem que estas sejam previamente corrigidas. Art. 31 - Para os efeitos desta Lei, são adotados os seguintes conceitos: I - loteamento urbano é a subdivisão da área em lotes destinados à edificação; remanejamento subentende arruamento, desmembramento, reloteamento ou remembramento; II - por arruamento entende-se a abertura de ruas e o alinhamento dos logradouros; III - desmembramento é a divisão em uma ou várias partes de um terreno para constituírem novo lote ou para serem incorporadas a lotes vizinhos; IV - reloteamento compreende a subdivisão, em planta, de uma área de terreno já com loteamento aprovado; V - remembramento é a operação inversa de loteamento; VI - via pública é a faixa de uso comum do povo destinada a circulação de veículos de quatro rodas, veículos de duas rodas, pedestres e portadores de deficiência física; VII - lote é a porção de terreno lindeira a uma via pública, com área de, no mínimo, 360 m2 para lotes comuns e no mínimo 200 m2 para habitação popular de acordo com o disposto na Lei de Zoneamento 2006 Município de Santo Antônio de Goiás; a) – Fica autorizado ao Poder Publico Municipal regularizar todos os lotes com metragem inferior ao estabelecido neste inciso, desde que não inferior a 136m², e cuja ocorrência seja anterior à aprovação desta Lei. VIII - quadra é a porção de terreno subdividida ou não em lotes para construção, totalmente limitada por via pública, ou curso d’água, ou linha de demarcação do perímetro urbano ou leito da rodovia; IX - área de recreação é a área reservada a atividades culturais, civis, esportivas e contemplativas da população, tais como praças, bosques e parques; área de uso institucional é toda área reservada a fins específicos de utilidade pública, tais como: educação; saúde; esporte; cultura; administração; culto; X - referência de nível (RN) é a cota de altitude oficial adotada pelo Município em relação ao nível do mar. Art. 32 - Considera-se desmembramento, para efeito desta Lei, a divisão de um lote destinado à edificação, denominado lote original, objetivando o surgimento de dois lotes, o lote remanescente e um segundo, resultante do desmembramento. § 1º - Denomina-se lote remanescente, a área restante do lote original, após o desmembramento e designa-se lote desmembrado, o lote surgido da divisão. § 2º - O lote remanescente permanecerá com o mesmo número do lote original. O lote desmembrado continuará com o número do lote remanescente ao qual se acrescentará a letra “A”. § 3º - Não será permitido o desmembramento: I – em lote com área inferior a 400 m2 (quatrocentos metros quadrados) e frente menor que 15 m (vinte metros); II – em lote que, após o desmembramento, origine lote remanescente e lote desmembrado, com áreas inferiores a 200 m2 (duzentos metros quadros) e frentes menores que 10 m (dez metros) cada; Art. 33 - As dimensões mínimas dos lotes, seus usos, seus índices multiplicadores e recuos obrigatórios das edificações, são regulamentadas pela Lei de Zoneamento 2006 do Município de Santo Antônio de Goiás, cujas normas deverão ser obedecidas em todos os projetos de loteamento e remanejamento. CAPÍTULO II DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTOS Art. 34 - Os loteamentos deverão atender aos seguintes requisitos: I - na área a ser loteada deverá ser destinada no mínimo vinte por cento à preservação permanente do meio ambiente. II - as áreas destinadas a sistema de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo Plano Diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situarem; III - as margens de águas correntes ou dormentes, lagoas naturais ou artificiais, nascentes, faixas de domínio público de rodovias e dutos, serão reservadas faixas que obedecerão aos seguintes critérios: a) 30 m (trinta metros) para aqueles com largura inferior a 10 m (dez metros); b) 50 m (cinqüenta metros) para aqueles com largura superior a 10 m (dez metros); c) 100 m (cem metros) para aqueles com largura superior a 50 m (cinqüenta metros) e inferior a 100 m (cem metros); d) 150 m (cento e cinqüenta metros) para aqueles com largura superior a 100 m (cem metros); e) ao longo das faixas de domínio público de rodovias e dutos, será obrigatória uma faixa não edificada, sendo: I -nas rodovias municipais será observada uma faixa de domínio que terá padrão de 40 m (quarenta metros), sendo 20 m (vinte metros) de cada lado, a partir do eixo da pista; II - nas rodovias estaduais e federais, além da largura da faixa de domínio acima citada, será considerada, ainda, uma faixa de 20 m (vinte metros) para cada lado, como limitação administrativa, ficando expressamente proibidas quaisquer construções nestas áreas não edificantes; III - as vias do loteamento deverão articular-se com o sistema viário existente e harmonizar-se com a topografia local; Art. 35 - A Prefeitura poderá exigir em cada loteamento reserva de faixa não edificada para rede de água, serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica ou outros equipamentos urbanos. CAPÍTULO III DO PROJETO DE LOTEAMENTO E SUA APROVAÇÃO Art. 36 - Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá requerer à Prefeitura que defina as diretrizes para o traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres de uso público e das áreas de uso público e das áreas reservadas para equipamento comunitário, apresentando para esse fim: um Laudo de Viabilidade Técnica, expedido, a menos de um ano, pela empresa responsável, no Estado de Goiás pelo fornecimento de água e serviço de esgoto, Alvará de Licença expedida, a menos de um ano, pelo órgão responsável pela gestão do meio ambiente no Estado de Goiás e uma planta do imóvel, em escala: 1:1000, contendo: I - as divisas de área e gleba a ser loteada com a indicação dos proprietários dos terrenos confrontantes; II - curvas de nível de um em um metro, em relação ao RN; III - a localização dos cursos d’água, bosques, vegetação nativa e construções existentes; IV - dimensões lineares e angulares de toda a propriedade e da Gleba a ser subdividida; V - indicação exata da posição dos marcos do RN; VI – locais de interesse histórico, paisagístico, arqueológico ou monumental, porventura existentes; VII - arruamentos adjacentes a todo o perímetro, com locação exata das vias de comunicação, áreas de recreação e locais de usos institucionais; VIII - serviços de utilidade pública, existentes no local e adjacências; IX - outras indicações de interesse para o empreendimento. Art. 37 - A Prefeitura, de posse dos elementos relacionados no artigo anterior, fornecerá, pelo órgão competente, de acordo com as diretrizes de planejamento do Município e normas urbanísticas vigentes, as seguintes informações e indicações: I - parecer sobre a conveniência do projeto; II - as vias principais, coletoras e estradas que compõem o sistema viário da cidade e do Município relacionadas com o loteamento pretendido; III - a área e o posicionamento dos terrenos destinados à recreação e uso institucional; IV - as faixas de terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e passagem de canalização de esgotos; V - a relação dos equipamentos urbanos que deverão ser projetados e executados pelo interessado, os quais serão os exigidos pelos Artigos 37 e 39 desta Lei. § 1º - Uma via de planta, com as diretrizes a que se refere este artigo, será devolvida ao interessado. § 2º - As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de quatro anos. Art. 38 - Orientado pelo traçado e pelas diretrizes oficiais, o projeto conterá plantas e memorial descritivo e será apresentado à Prefeitura acompanhado do título de propriedade, de cessão ou compromisso com a cláusula de irretratabilidade e irrevogabilidade. § 1º - As plantas na escala 1:1000 sendo uma em papel transparente, conterão: I - indicação precisa do sistema de vias públicas com a respectiva hierarquia; II - subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões e numerações; III - indicação exata da disposição, da forma e do dimensionamento dos espaços livres de uso público, áreas para equipamentos comunitários e a outros equipamentos públicos; IV - planta topográfica com curva de nível de metro em metro, com o sistema de vias e as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias curvilíneas; V - perfis longitudinais e transversais de todas as vias e praças; VI - indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas das vias projetadas; VII - indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais; VIII - planta geral na escala de 1:5000. § 2º - O memorial descritivo deverá conter obrigatoriamente o seguinte e nesta ordem: a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e destinação: I - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e as suas construções, além das já constantes da legislação municipal; II - a indicação das áreas de recreação e de uso institucional. § 3º - Deverão ser também apresentados os seguintes projetos: I - de guias e sarjetas; II - de rede de escoamento de águas pluviais; III - de rede de abastecimento de água; IV - de rede de energia elétrica; V - de rede de esgotos sanitários; VI - arborização; VII - pavimentação. Art. 39 - Satisfeitas as exigências do artigo anterior, o interessado apresentará o projeto à Prefeitura e, se aprovado, assinará termo de compromisso no qual se obrigará: I - aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento o loteador deverá submetê-lo ao Registro Imobiliário, dentro de 180 (cento e oitenta) dias sob pena de caducidade da aprovação; II - a executar, nos prazos fixados pela Prefeitura, a abertura das vias públicas e praças, com respectivos marcos de alinhamento e nivelamento, e, no mínimo, os melhoramentos a que se referem às alíneas “I”, “II”, “III”, “IV”, “V”, ”VI” e “VII, do Artigo 38, Parágrafo 3º desta lei; III - a facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura durante a execução das obras e serviços. § 1º - O prazo a que se refere o Inciso I deste artigo não poderá ser superior a cento e oitenta dias, sob pena de execução do Artigo 40, Parágrafo Único. § 2º - A Prefeitura, a juízo do órgão competente, poderá permitir a execução das obras por etapas, quando: I - termo de acordo fixar o prazo total para a execução completa das obras do loteamento e as áreas e praças correspondentes a cada etapa; II - sejam executadas na área, em cada etapa, todas as obras previstas, assegurando-se aos compradores dos lotes o pleno uso e gozo dos equipamentos implantados. § 3º - Os marcos de alinhamento e nivelamento a que se refere o Inciso II deste artigo deverão ser de concreto, segundo padrão da Prefeitura. Art. 40 - Como garantia, das obras mencionadas no Inciso I do artigo anterior, o interessado caucionará, mediante escritura pública, uma área de terreno cujo valor, a juízo do órgão competente da Prefeitura, corresponda, na época da aprovação, ao custo dos serviços a serem realizados. Parágrafo Único - No ato de aprovação do projeto, bem como na escritura de caução mencionada neste artigo, deverão constar especificamente as obras e serviços que o loteador fica obrigado a executar no prazo fixado no termo de compromisso previsto no Artigo 39, findo o qual perderá, em favor do Município, a área caucionada, caso não tiver cumprido aquelas exigências. Art. 41 - Pagos os emolumentos devidos e assinados o termo de compromisso e o termo de acordo, quando for o caso, e a escritura de caução mencionados no Artigo 39 e 40, a Prefeitura expedirá o competente alvará, revogável se não forem executadas as obras no prazo, ou não for cumprida qualquer outra exigência. Art. 42 - Uma vez realizadas todas as obras e serviços exigidos, a Prefeitura, a requerimento do interessado e após vistoria do seu órgão competente, liberará a área caucionada mediante expedição do auto de vistoria. Parágrafo Único - O requerimento do interessado deverá ser acompanhado de uma planta retificada do loteamento, se for o caso, a qual será considerada oficial para todos os efeitos. Art. 43 - Todas as obras e serviços exigidos, bem como quaisquer outras benfeitorias efetuadas pelo interessado, as vias públicas, as áreas de recreação e de uso institucional, bem como as reservas de proteção nos fundos de vale e nascentes, passarão a fazer parte integrante do patrimônio do Município, sem qualquer indenização, uma vez declaradas de acordo, após vistoria do órgão competente da Prefeitura. Art. 44 - A Prefeitura só expedirá alvará para construir, demolir, reconstruir, reformular ou ampliar edificações em terrenos de loteamento, cujas obras tenham sido vistoriadas e aprovadas. Art. 45 - Os projetos de loteamento e remanejamento poderão ser modificados desde que estejam de acordo com a Lei de Zoneamento e do Plano Diretor, mediante aprovação da Prefeitura. Art. 46 - Não caberá à Prefeitura qualquer responsabilidade pela diferença de medidas dos lotes ou quadras, que o interessado venha a encontrar, em relação às medidas dos loteamentos aprovados. Art. 47 - A Prefeitura poderá recusar aprovação a projetos de loteamentos e remanejamentos, ainda que seja apenas para impedir o excessivo número de lotes e o conseqüente aumento de investimentos em obras de infra-estrutura e custeio de serviços. Poderá, também, fixar o número máximo de lotes em que a área deverá ser subdividida. CAPÍTULO IV DAS ÁREAS DE RECREAÇÃO E DOS LOCAIS DE USO INSTITUCIONAL Art. 48 - As áreas de recreação e os locais de uso institucional serão determinados para cada loteamento em função da densidade de construção admitida, da localização e dos serviços públicos necessários. Art. 49 - O total das áreas a que se refere o presente capítulo não poderá ser inferior a quinze por cento da área total do loteamento; Art. 50 – O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público, deverão ser concebidos e executados de forma a torná- los acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 51 – As vias públicas, os parques e os demais espaços de uso públicos existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos, deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise a maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 52 – O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão obedecer os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. CAPÍTULO V DAS PENALIDADES Art. 53 - As infrações da presente Lei darão ensejo à aplicação de multas pela Prefeitura, ao embargo administrativo, bem como à revogação do ato que aprovou o loteamento. Art. 54 - As multas aplicáveis a profissional ou firma responsável por projeto de loteamento serão as seguintes: I - R$ 50,00 (cinqüenta reais) por lote, por apresentar projeto em desacordo com os dispositivos desta Lei; II - R$ 50,00 (cinqüenta reais) por lote, por apresentar projeto de loteamento em desacordo com o local, falseando medidas, cotas e demais indicações; III - R$ 50,00 (cinqüenta reais) por falsear cálculos do projeto e elementos de memoriais descritivos ou por viciar projeto aprovado, introduzindo-lhe, ilegalmente, alterações de qualquer espécie; IV - R$ 50,00 (cinqüenta reais) por lote, por assumir responsabilidade na elaboração do projeto de loteamento e entregar a sua elaboração de fato a terceiros sem a devida habilitação. Art. 55 - As multas aplicáveis simultaneamente a profissional ou firma responsável e a proprietário serão as seguintes: I - R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) por inexistência no local da obra de execução do loteamento de cópia do projeto na forma como foi aprovado; II - R$ 50,00 (cinqüenta reais) por lote, por mês de atraso na execução do exigido no Inciso I do artigo 39 desta Lei; III - R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) pelo não cumprimento de intimação, em virtude de vistoria ou de determinações fixadas no laudo de vistoria; IV - R$ 100,00 (cem reais) por lote, por iniciar ou executar obras de qualquer tipo no loteamento antes da necessária aprovação ou em desacordo com o projeto aprovado; V - R$ 100,00 (cem reais) por lote pelo não cumprimento de determinações fixadas no laudo de vistoria. Art. 56 - As multas aplicáveis a proprietários de loteamentos serão as seguintes: I - R$ 100,00 (cem reais) por lote, por remanejamento no projeto de loteamentos sem prévia autorização; II - R$ 50,00 (cinqüenta reais) por lote, pelo não cumprimento da ordem, nos casos de execução de projeto de loteamentos embargados e não paralisados; III - R$100,00 (cem reais) por lote por ocupar ou fazer ocupar loteamento antes do cumprimento do exigido no inciso I do Artigo 39 desta lei. IV - R$100,00 (cem reais) por lote, quando utilizar materiais inadequados ou sem as necessárias condições de resistência, resultando a juízo do órgão competente da Prefeitura, em perigos para a segurança dos futuros ocupantes do loteamento, bem como do pessoal que executa os serviços e do público. Art. 57 - Por infração em qualquer dispositivo desta lei não especificado nos seus Artigos 54, 55 e 56 poderão ser aplicadas as multas ao infrator de até R$100,00 (cem reais) por lote. Art. 58 - Nas reincidências as multas estabelecidas nos Artigos 54, 55 e 56 serão cominadas em dobro. Parágrafo Único - Considera-se reincidência a repetição da infração de um mesmo dispositivo desta Lei pela mesma pessoa física ou jurídica depois de passada em julgado administrativamente a decisão condenatória referente à infração anterior. Art. 59 - Tem os infratores o prazo de cinco dias para pagamento das multas aplicadas, após julgada improcedente a defesa apresentada ou não sendo esta apresentada nos prazos legais. Art. 60 - As multas não pagas nos prazos legais serão inscritas na dívida ativa. Parágrafo Único – Quando o infrator se recusar a pagar as multas impostas nos prazos legais, esses débitos serão judicialmente executados. Art. 61 - Quando em débito de multa nenhum infrator poderá receber quaisquer quantias ou créditos que tiver com a Prefeitura, participar de licitação, firmar contratos ou ajustes de qualquer natureza, ter projetos aprovados ou licença para construir, concedidos, nem transacionar com a Prefeitura a qualquer título. Art. 62 - Os débitos decorrentes de multas não pagas nos prazos legais serão atualizados, nos seus valores monetários, na base dos coeficientes de correção monetária fixados periodicamente em resoluções de órgão federal. Parágrafo Único – Nos cálculos de atualização dos valores monetários dos débitos decorrentes de multa a que se refere o presente artigo, serão aplicados os coeficientes de correção monetária que estiverem em vigor na data de liquidação das importâncias devidas. Art. 63 - A execução total ou parcial de qualquer projeto de loteamento poderá ser embargada, sem prejuízo de outras sanções, nos seguintes casos: I - quando o projeto não houver sido aprovado ou firmado o respectivo termo de compromisso; II - quando estiver sendo executado em desacordo com as prescrições desta Lei; III - quando em desacordo com o termo de compromisso; IV - quando o responsável técnico isentar-se da responsabilidade de execução do projeto de loteamento ou quando for substituído sem os referidos fatos serem comunicados ao órgão competente da Prefeitura; V - quando o responsável técnico ou o proprietário deixarem de atender qualquer intimação da Prefeitura referente ao cumprimento de dispositivos desta Lei. § 1º - A notificação do embargo da execução de um loteamento será feita: I - diretamente à pessoa física ou jurídica proprietária do loteamento, mediante entrega da segunda via do termo de embargo e colheita do recibo na primeira; II - por carta (A.R.) para os não residentes no Município e por edital, com prazo de 5 (cinco) dias, publicado uma só vez em jornal de circulação local, para aqueles não localizados após 3 (três) tentativas de notificação. § 2º - As obras de execução de loteamento que houverem sido embargadas deverão ser imediatamente paralisadas. § 3º - Para assegurar a paralisação das obras de execução de loteamentos embargados a Prefeitura poderá ser for o caso, requisitar força policial, observados os requisitos legais. § 4º - O embargo só poderá ser levantado após o cumprimento das exigências que o motivaram e mediante requerimento do interessado ao órgão competente da Prefeitura, acompanhado dos respectivos comprovantes do pagamento das multas devidas. Art. 64 - A revogação do ato que aprovou o loteamento será aplicável nos seguintes casos: I - quando as obras não forem executadas nos prazos previstos no termo de acordo; II - quando forem modificadas substancialmente as indicações do projeto de que trata o artigo 20 desta Lei; III - no caso de obras embargadas, mas legalizáveis quando não o forem dentro dos prazos e de acordo com as exigências determinadas no laudo de vistoria. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 65 - Será incorporado negativamente junto ao CREA, no histórico do profissional e da firma co-responsável pelas infrações enumeradas nesta Lei, o que poderá gerar a cassação da sua inscrição no Cadastro de Profissionais e firmas, sem prejuízo das penalidades a que estiverem sujeitos. Art. 66 - Nenhum serviço ou obra pública será prestado ou executado em terrenos loteados sem prévia licença da Prefeitura. Art. 67 - Esta Lei não se aplica aos projetos definitivos de loteamentos e remanejamentos que, na data de sua publicação, já estiverem aprovados pela Prefeitura, para os quais continua prevalecendo a legislação anterior. Parágrafo Único. As alterações que porventura tiverem de ser introduzidas nos respectivos projetos ficarão sujeitas às exigências desta Lei. Art. 68 - O projeto deverá ser elaborado por profissional devidamente habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, assinado pelo proprietário e o contrato entre ambos anotados no CREA. TÍTULO V DA REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MUNICIPAL CAPÍTULO I DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MUNICIPAL Art. 69 - A estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Goiás compõe-se dos seguintes órgãos: I - ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA 1.Gabinete do Prefeito 2.Secretaria Municipal de Ação Social 3.Secretaria Municipal de Educação,Cultura,Esporte e Lazer 4.Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente 5.Secretaria Municipal de Transportes 6.Secretaria Municipal da Administração 7.Secretaria Municipal de Finanças 8. Secretaria de Controle Interno II - ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 1.Instituto Municipal de Previdência do Servidor Público de Santo Antônio de Goiás III – ÓRGÃOS QUE INTEGRAM A MACROESTRUTURA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA: 1. Secretaria de Assistência Social Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI Conselho Tutelar Serviços de Previdência Social/Pasep 2. Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer Escola Municipal Santa Rita Departamento de Merenda Escolar Departamento de Transporte Escolar Creche Municipal Departamento de Esporte e Lazer Departamento de Cultura Biblioteca Municipal 3. Secretaria de Saúde e Meio Ambiente Departamento de Meio Ambiente Hospital Municipal Posto de Saúde da Família – PSF Divisão de Vigilância Sanitária 4. Secretaria de Transportes Departamento de Estradas e Rodagens Departamento de Manutenção de veículos e máquinas Departamento de Obras e Serviços Urbanos Serviços de Limpeza Publica Serviços de Iluminação Publica Manutenção de Praças, Parques e Jardins 5. Secretaria de Finanças Departamento de Finanças Departamento de Contabilidade Coletoria 6. Secretaria de Administração Departamento de Administração Setor de Segurança Publica 7. Secretaria de Controle Interno Departamento de Controle Interno Departamento de Patrimônio CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA Art. 70 – Compete à administração Municipal: I - Promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade de planejamento e gestão democrática da cidade, incorporando no processo a dimensão ambiental urbana e assegurando a efetiva participação da sociedade; II - Assegurar uma estrutura administrativa municipal capaz de tornar possível a realização das tarefas de gerenciamento da cidade – modernização administrativa III - Definir os papéis, as responsabilidades e as atribuições dos gestores envolvidos no processo e suas relações hierárquicas; IV - Permitir maior celeridade na tomada de decisão por parte do Chefe do Poder Executivo; V - Instrumentalizar a participação da sociedade e estabelecer mecanismos para o controle social; VI - Desenvolver mecanismos que torne o cidadão co-responsável pelo gerenciamento da cidade; VII - Multiplicar os meios que resultem na educação e na formação da consciência pública. VIII - Criação de conselhos (saúde, educação, assistência social, entre outros). IX - Executar as ações necessárias à efetiva implantação do Plano Diretor e para isso deve contar com uma estrutura administrativa ágil que possibilite, entre outros, a integração entre o planejamento governamental e o planejamento urbano, a padronização de atividades exercidas pelos diversos órgãos municipais; X – redefinir competências de suas unidades e implantar um modelo de estrutura administrativa que permita a modernização das funções de cada órgão. XI - Promover mudanças nos padrões de produção e consumo da cidade, reduzindo custos e desperdícios, fomentando o desenvolvimento de tecnologias urbanas sustentáveis. XI – apresentar projetos Alternativos tais como saúde do solo (anexo). XII - Desenvolver e estimular a aplicação de instrumentos econômicos no gerenciamento dos recursos naturais, visando a sustentabilidade urbana. TÍTULO VI CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CAPÍTULO I DA CRIAÇÃO Art. 71 - Fica criado o Conselho de Desenvolvimento Sustentável – CDS, como órgão de caráter consultivo e deliberativo em questões referentes à preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural ou construído. Também, ao fiel cumprimento do Plano Diretor e às diversas Políticas Setoriais Municipais, em todo o território do Município de Santo Antônio de Goiás, regulamentado por esta Lei. Art. 72 - O Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Santo Antônio de Goiás, observará as seguintes diretrizes básicas: I - Interdisciplinaridade no trato das questões urbanísticas ou ambientais: II - Integração da Política Municipal com os níveis nacional e estadual; III - Introdução do componente ambiental nas Políticas Setoriais do Município; IV - Participação da comunidade na elaboração de Políticas, Planos e Programas Sociais; V - Informação e divulgação permanentes de dados, condições e ações urbanísticas e ambientais, em âmbito municipal, regional, estadual, nacional e internacional; VI - Promoção do Desenvolvimento Sustentável. Parágrafo Único – Desenvolvimento Sustentável, nesta Lei, é definido como aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES Art. 73 - O Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável – CDS - tem as seguintes atribuições: I - participar na formulação da Política Urbana Municipal, na Política de Proteção ao Meio Ambiente, à luz do conceito de Desenvolvimento Sustentável, por meio de recomendações e proposições de planos, programas e projetos; II - participar na elaboração de planos, programas e projetos intersetoriais, de proteção ao patrimônio histórico, cultural, paisagístico, da flora, da fauna e dos recursos naturais do Município; III - participar na elaboração dos planos plurianuais, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Municipal; IV - apreciar e pronunciar-se sobre as intervenções municipais, estaduais ou da união, que tenham caráter urbanístico ou ambiental, econômico, social ou institucional; V - acompanhar e fazer gestões pela implantação ou reformulação do Plano Diretor do Município; VI - propor a criação de unidades de conservação; VII - apreciar e pronunciar-se sobre Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV), no âmbito do Município de Santo Antônio de Goiás; VIII - fornecer subsídios técnicos para esclarecimentos relativos à defesa do meio ambiente; IX - estabelecer diretrizes para a conservação dos recursos ambientais do Município; X - estabelecer normas, critérios e padrões visando o controle e a manutenção da qualidade dos recursos ambientais, principalmente hídricos, e ao desenvolvimento do Município; XI - opinar e propor projetos de lei e decretos referentes à proteção ambiental e qualidade de vida do cidadão do Município de Santo Antônio de Goiás; XII - indicar os espaços territoriais a serem especialmente protegidos; XIII - propor a execução de atividades com vista à educação ambiental, e nelas colaborar; XIV - manter intercâmbio com entidades oficiais e privadas, de pesquisa e demais atividades voltadas à defesa do meio ambiente e a qualidade de vida; XV - estabelecer propostas e critérios para o licenciamento de atividade efetiva ou potencialmente poluidora a ser concedida pelo Município; XVI - aprovar medidas que visem melhorar a fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental ou o descumprimento das leis urbanísticas e ambientais; XVII - administrar os recursos do Fundo de Desenvolvimento Sustentável; XVIII - elaborar seu regimento interno. CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO Art. 74- O Conselho de Desenvolvimento Sustentável – CDS será composto por um membro representante de cada um dos seguintes órgãos ou entidades: I - Câmara Municipal; II – Representantes das ONG’s; III - Agência Rural ou entidade congênere local IV - Setor Comercial; V - Setor Industrial; VI - Setor Rural; VII - Trabalhadores Rurais; VIII - Profissionais Liberais; IX - Entidade religiosa; X – Representante da Área de Segurança Publica (PM); XI - Representante da área da Educação; XII - Representante da área da Saúde; XIII - Representante da área da Assistência Social.
§ 1º - A Presidência do CDS será exercida pelo membro eleito entre os
representantes do próprio conselho. § 2º - As funções de membro do Conselho serão designadas por ato do Prefeito Municipal, para mandato, pelo prazo de dois anos, permitida recondução. § 3º - Poderá haver rodízio entre as Agências Estaduais e entre as Entidades Religiosas. § 4º - O Chefe do Poder Executivo instalará o Conselho dentro de um prazo de 90 dias após a aprovação desta Lei. CAPÍTULO IV DO FUNCIONAMENTO Art. 75 - As reuniões do Conselho serão realizadas com a presença de membros efetivos, seus suplentes e convidados, da seguinte forma: I - as decisões do Conselho serão tomadas por maioria simples e registradas em ata redigida por um relator escolhido pelo presidente em cada reunião e lavrada em livro próprio; II – o mandato para membro do Conselho será gratuito, sem remuneração e considerado serviço relevante para o Município; III – o Conselho reunir-se-á ordinariamente a cada bimestre, para cumprir seus objetivos, em caráter extraordinário, quantas vezes forem necessárias, sempre que convocado pelo Presidente ou por um terço de seus membros; IV – o Conselho poderá dispor de câmaras especializadas como órgãos de apoio técnico às suas decisões; V – a estrutura necessária ao funcionamento do Conselho será de responsabilidade da Prefeitura de Santo Antônio de Goiás. Parágrafo Único – O Presidente do Conselho poderá convidar dirigentes de órgãos públicos, pessoas físicas ou jurídicas, para esclarecimentos sobre matéria em exame. CAPÍTULO V DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Art. 76 - O Fundo de Desenvolvimento Sustentável – FDS, será criado por Lei própria, com a finalidade de emprestar suporte financeiro ao desenvolvimento de projetos, relacionados à proteção ambiental, ao patrimônio histórico, à habitação e à implantação de equipamentos públicos e comunitários. Art. 77 - Os recursos do FDS serão constituídos, dentre outros, pelos seguintes meios: I – dotações orçamentárias específicas do Município; II – contribuições, doações e transferências dos setores públicos e privados; III – produto de operações de crédito, celebradas com organizações nacionais e internacionais; IV – rendas procedentes da aplicação financeira dos seus próprios recursos; V – receitas decorrentes da cobrança de multas por infração à legislação urbanística e ambiental municipal; VI – subvenções, contribuições, transferências e participação do Município em convênios e contratos, relacionados com o desenvolvimento urbano, rural e ambiental. § 1º - A aplicação dos recursos do FDS pelo CDS deve ser prevista nas diretrizes do Plano Diretor ou outros planos de ação municipais. § 2º - O CDS, anualmente, prestará conta das ações e recursos aplicados do FDS à Câmara Municipal. § 3º - Anualmente o Poder Executivo enviará à Câmara Municipal um relatório das ações referentes ao Planejamento Urbano, Rural e Ambiental e da Política Urbana. § 4 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Presidente do Conselho, no limite de suas atribuições regimentais. CAPÍTULO VI DO ATERRO CONTROLADO Art. 78 – Fica autorizada a elaboração de um programa para manutenção do Aterro Controlado de Resíduos Sólidos. I - coleta seletiva do lixo: II - conscientizar a população de que o material reciclável não é propriamente lixo, devendo, portanto, ser acondicionado separadamente; III - promover e oferecer condições para que a população possa descartar seletivamente papéis, plásticos, vidros e metais, instalando recipientes identificados nas praças, estabelecimentos públicos, e em locais de fácil acesso da população local, efetuando a coleta com regularidade. IV - implantar um centro de triagem para separação, classificação e armazenamento destes materiais, até a sua reutilização/comercialização; V - promover estudo de mercado para conhecer a viabilidade de comercialização dos materiais recicláveis; VI - a coleta seletiva deve prever, também o recolhimento de resíduos orgânicos, os quais poderão ser aproveitados para gerar energia, gás ou adubo orgânico. Art. 79 – A operação da coleta seletiva pode ser: I - domiciliar – realizada por caminhões de carroceria, com coleta em dias alternados ou semanal; II - postos de entrega voluntária – caçambas e contêineres de diferentes cores, instalados em pontos estratégicos, onde a população possa depositar o material previamente selecionado. Art. 80 – O Padrão de cores para recipientes deverão estar de acordo com a Resolução nº 275, de 25 de abril 2001, que são:azul (papéis); amarelo (metais/latas); verde (vidros); vermelho (plásticos); marrom (resíduos orgânicos); roxo (resíduos radioativos) ; preto (madeiras); laranja (resíduos perigosos); branco (resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde); cinza (resíduos geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação). Art. 81 - Os serviços poderão ser: centralizados (executados diretamente pela prefeitura); descentralizados (executados por terceiros, mediante concessão da prefeitura); combinado (parte do serviço será executado pela prefeitura, e parte por empresa). Anexo: Normas Brasileiras Registradas – “NBR 834” – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos; Resolução CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986: Normas Brasileiras Registradas – “NBR 8849”. Art. 82 – Para seleção da área para construção de um Cemitério, a mesma terá que ter as seguintes características: I - profundidade do lençol freático; II - área regularizada; III - resistência do solo e que não seja susceptível a erosão; IV - topografia do terreno; V - características hidrogeologias; VI - zoneamento urbano (Plano Diretor); VII - Bacia e sub-bacias hidrográficas, onde está localizada a área; VIII - Impacto social. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 83 - A Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual destinarão os
recursos necessários à implantação e ao funcionamento previsto nesta Lei. Art. 84 – O município regularizará todos os loteamentos implantados antes da vigência desta Lei, sendo a Vila Estrela e Vila Campos II, consideradas ares de atuação prioritária. Art. 85 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
GABINETE PREFEITO MUNICIPAL, em Santo Antônio de Goiás, aos 22º