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A mulher tem direito de escolher a melhor forma de alimentar seu filho e esta decisão deve ser
respeitada por todos. A família, os profissionais de saúde, os meios de comunicação, as
instituições religiosas, o trabalho e a própria formação da mulher, com mitos e tabus que carrega
desde a infância, são fatores que influenciam diretamente nesta decisão. Na grande maioria das
vezes, a mulher não decide oferecer mamadeira, mas é induzida a isso pela falta de apoio,
informação e orientação adequada por parte de toda a sociedade.
A amamentação não deve ser sinônimo de privação e sofrimentos. A sociedade deve garantir à
mulher o direito de trabalhar, estudar, divertir-se, passear, namorar e continuar amamentando
por quanto tempo quiser. Em todos os níveis – família, amigos, bairro, cidade, estado, pais –
deve haver o comprometimento para que a mulher possa amamentar com tranqüilidade e
prazer.
O leite materno é o melhor alimento para o bebê e de fácil digestão, protegendo-o contra várias
doenças; está sempre pronto em qualquer hora e lugar, na temperatura ideal, não precisa coar,
ferver, nem esfriar e é de graça. O ato de amamentar transmite amor e carinho, fortalecendo e
relação entre a mãe e o filho, reduz o risco de câncer de mama e de ovário, e sugar o peito
estimula a produção de leite.
A suplementação na forma e água e chás na infância precoce é uma prática comum e associa-se
a risco significativamente aumentados de morbidade e mortalidade por diarréia. Tanto dados
teóricos, quando empíricos, concluem que esses fluídos suplementares não são necessários para
aumentar o balanço hídrico de bebês sadios, menores que seis meses, amamentando
exclusivamente. Seu uso, portanto, deveria ser ativamente desencorajado, promovendo-se
“amamentação exclusiva” como prática ideal durante os primeiros seis meses de vida.
A produção de leite materno no primeiro dia de vida da criança é pequena. Esse leite, chamado
colostro, é transparente ou amarelado, tem alto valor nutritivo e é suficiente para as
necessidades do bebê, agindo como uma vacina, protegendo-o contra doenças. Se o bebê
chorar, verificar se ele está com fome, molhado ou e tem necessidade de colo e carinho.
Começar a mamar desde a sala de parto facilita a descida mais rápida do leite. Procurar manter
o bebê ao lado da mãe, do nascimento até a alta. A criança que mama no peito várias vezes, dia
e noite, de acordo com a vontade do bebê, não necessita de mais nada. Dar os dois peitos a cada
mamada.
Para que o bebê sugue bem, ele deve estar em posição de poder abocanhar não só o mamilo
(bico do peito), mas grande parte da auréola (parte escura do peito), com corpo totalmente
voltado para o da mãe (barriga com barriga). Quando a criança pega o peito corretamente, com
a boca bem aberta, o leite sai em quantidade suficiente, o bebê engole tranqüilamente e a mãe
não sentirá dor.
Para evitar rachaduras, não lavar os mamilos antes e depois das mamadas. Basta o banho diário,
evitando uso de sabonete nos mamilos. O próprio leite protege a pele, evitando infecções.
Não usar pomadas nem cremes nos mamilos. A exposição das mamas ao sol durante quinze
minutos pela manhã, também ajuda a prevenir rachaduras. Trocar o sutiã quando estiver
molhado, evita que a mama fique muito cheia e pesada. Se isto acontecer fazer a ordenha
manual, conforme orientação anexa.
Carrascoza et. al. (2006) cita que o uso de bicos, chupetas ou mamadeiras deve ser evitado, pois
prejudica a amamentação. Os bebês que fazem uso de mamadeira acabam largando o peito, já
que o bico da mamadeira é muito mais fácil de sugar.
A mãe que amamenta deve tomar líquidos em abundância, melhorar sua alimentação, dormir
ou descansar sempre que possível e só deverá tomar medicamentos quando orientada pelo
médico ou profissional de saúde habilitado.
A OMS preconiza que o bebê seja amamentado no peito até os dois anos de vida, sendo leite
materno exclusivo até o 6° mês.
No caso das crianças que utilizam EMEB e a mãe trabalha em local distante destas Unidades,
ficando impossibilitada de ir amamentar, recomenda-se a ordenha manual e estocagem correta
do leite para que este seja administrado ao bebê e o aleitamento não seja interrompido.
Importante: A Unidade Escolar não receberá o leite congelado ou que tenha sido ordenhado
acima de 24 horas.
- Se o leite materno e estiver no refrigerador, é bom retirá-lo uma hora antes e depois esquentar
em banho-maria;
- Pode-se congelar o leite, desde que não encha o frasco até a boca, pois o líquido aumenta de
volume no congelamento e pode estourar o frasco.
- Quando o leite estiver no congelador deve-se colocá-lo no refrigerador vinte e quatro horas
antes, esquentar em banho-maria e agitá-lo. É bom usar este leite dentro das vinte e quatro
horas seguintes e não retorná-lo ao congelador. Descongelar a quantidade total, já que a
gordura se separa ao congelar,
- Em casa oferecer o leite extraído em copo limpo, xícara de borda grossa ou uma colherinha;
- Se a criança é maior que seis meses, oferecer alimentação apropriada, com uma colher
pequena;
- Não ferver o leite materno, pois o mesmo perde suas propriedades nutricionais.
Duas semanas antes de regressar ao trabalho, começar a praticar a técnica de extração manual
do leite materno;
A última alimentação da criança na Unidade Escolar será o leite materno oferecido pela própria
mãe, no mínimo até o sexto mês, ou amamentar imediatamente ao chegar em casa;
Durante o período de separação, é importante extrair o leite com a mesma frequência com que
se estivesse amamentando, pelo menos (e quando possível) utilizar os dois descansos de trinta
minutos outorgados pela lei;
Nos dias livres, amamentar sob livre demanda, ou seja, quando o bebê quiser;
Descansar, sempre que possível, enquanto o bebê dorme, manter a melhor dieta possível e
tomar líquidos suficientes para satisfazer a sede.
FÓRMULAS INFANTIS
As fórmulas para lactentes e de transição são considerados os únicos alimentos adequados para
bebês que não estão sendo amamentados nos primeiros meses de vida.
As fórmulas infantis existente no mercado são feitos a partir do leite de vaca e são modificados
para facilitar a digestão do bebê e enriquecidos para oferecer os nutrientes que ele precisa a
cada fase, quando há impossibilidade de receber o leite materno.
As fórmulas são diferentes entre si para atender as exigências nutricionais de cada fase do
desenvolvimento de um bebê ou necessidades especiais:
As fórmulas infantis, sendo produtos dirigidos a grupos mais vulneráveis, são regidas por normas
muito rigorosas e sujeitas a revisões regulares. Os fabricantes de fórmulas infantis seguem estas
normas rigorosamente.
Em casos excepcionais e esporádicos, o leite tipo 1 pode ser oferecido ao lactentes maiores de
seis meses, pois o produto é de fácil digestão e não afetará o desenvolvimento do bebê. Já o
leite tipo 2 não pode ser oferecido ao lactente de 0 a 6 meses, pois o mesmo não tem maturidade
fisiológica para digerir este tipo de leite, que tem maior teor de nutrientes do que seu organismo
é capaz de metabolizar.
Nesta fase o alimento ideal para o bebê é o leite materno, devido a sua qualidade nutricional,
capacidade de assimilação do organismo da criança, além dos fatores de proteção. Se a mãe
optar por continuar a amamentar, a fórmula infantil tipo I não deverá ser utilizada.
O recipiente deverá ser de vidro, com tampas de plástico (café solúvel ou algum vidro
com boca larga e tampa de plástico). Lave–o bem com detergente;
O recipiente tem que estar bem higienizado e sem o protetor de papelão de dentro da
tampa;
O leite materno, no momento da entrega, tem que estar no frasco tampado, com
etiqueta de identificação (nome da criança, data e horário da ordenha) e gelado;
Importante: Não receber o leite congelado ou que tenha sido ordenhado acima de 24
horas.
Importante: A Unidade Escolar deve receber o leite porcionado na quantidade necessária por
mamada. Informar para a mãe a quantidade de leite necessária para cada vez da mamada e para
o total do dia, para que os porcionamentos sejam individuais e não haja desperdício.