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Aula 1_Mamografia Digital

Olá Pessoal, Hoje iremos iniciar o estudo da Mamografia Digital. Fechamos a


primeira unidade com o estudo da Mamografia Convencional, que de forma
resumida é o método de aquisição de imagem da mama, também conhecido
como (sistema filme-tela intensificadora – SFT, cujas as etapas de aquisição,
apresentação e arquivamento da imagem ocorrem em um único meio, o filme
radiográfico.
A formação da imagem nesse método baseia-se na sensibilização da tela
intensificadoras pelos fótons de raios X que serão convertidos em fótons de luz,
os quais interagem com os filmes radiográficos convencionais.
a) Fóton atinge o microcristal;
b) O elétron extra do haleto Br– ou I– é liberado;
c) Os haletos saem do microcristal enquanto os elétrons livres se dirigem
para a impureza;
d) Os elétrons criam uma região negativa que atrai os íons positivos de
prata;
e) Os íons Ag+ incorporam os elétrons livres e se tornam prata metálica;
f) Este efeito cresce o suficiente para formar uma malha de prata marcada ou
mais conhecida como a imagem latente.

Esta imagem latente (não visível a olho nu) deverá ser tratada com substâncias
químicas adequadas por meio de processamento químico para tornar-se
possível a visualização da imagem da mama e posteriormente seu laudo
médico.

O SFT é ainda amplamente utilizado em razão das características e vantagens,


tais como:
• grande resolução espacial de até 12 pares de linha por milímetro que permite
mostrar estruturas finas espiculares e microcalcificações;
• alto contraste, que permite a visualização de tecidos com diferenças muito
sutis de densidades;
• uso de negatoscópios de alta luminosidade, que melhoram a visualização de
áreas de alta DO (escuras) da imagem;
• facilidade para a arrumação dos filmes no negatoscópio, possibilitando a
apresentação simultânea de imagens das incidências básicas, assim como a
possibilidade de posicionar também as incidências complementares.
• possibilidade de usar filmes de 18 cm x 24 cm e 24 cm x 30 cm, de acordo
com o tamanho da mama a ser radiografada;
• tecnologia de baixo custo, firmemente consolidada na prática da mamografia
há mais de 30 anos;
• meio bastante duradouro de armazenamento da imagem, também com custo
baixo.

Como toda tecnologia, a mamografia SFT tem também algumas limitações:


• faixa limitada de tons de cinza ou intervalo dinâmico reduzido (intervalo
dinâmico – número de tons de cinza para uma mesma faixa de exposições).

A Figura ilustra a curva de resposta típica da combinação SFT, em comparação


com a resposta do detector digital em mamografia. Observe que a combinação
SFT tem intervalo dinâmico menor do que o do detector usado para
mamografia digital.

 Artefatos na imagem em Mamografia Convencional:

1- Arranhados dos rolos do processador sobre o filme;


2- Vazamento do químico sem a lavagem adequada;
3- Aglutinação dos grânulos de prata sob alta temperatura do
processador;
4- Marcas de impressão digital durante manuseio do chassi;
5- Fio radiodenso no chassi;
6- Sujeira no chassi;
7- Ecran molhado;
8- Área de perda de definição na mamografia por bolha de ar
entreposta entre o filme e o écran.

Na mamografia digital, o sistema SFT, usado como receptor da


imagem na mamografia convencional, é substituído por:

• um detector eletrônico (sistema DR);


• ou uma placa de imagem (IP, do inglês, image plate) de fósforo
fotoestimulável (sistema CR).

A imagem digital é formada como uma matriz bidimensional de


elementos de imagem (pixels) de tamanho fixo da ordem
de 40 µm a 100 µm. Dessa forma: a mamografia digital é uma
representação do padrão de transmissão dos raios X através da
mama por meio de uma matriz de elementos de imagem.
Em cada pixel, a imagem tem um único valor que representa o brilho
nesse ponto, obtido a partir da intensidade dos raios X na área da
mama representada por esse pixel.
A intensidade dos raios X, no sistema DR, ou a intensidade da
luminescência, no sistema CR, em cada pixel da imagem, é
transformada por um conversor analógico-digital em um número finito
(2n) de níveis, em que n é o número de bits com o qual a imagem é
digitalizada. Tipicamente, é usada a digitalização de 12 a 14 bits,
produzindo, com isso, de 4.096 a 16.384 níveis de intensidade ou de
tons de cinza.

Vantagens:
Uma vez armazenada na memória do computador, a imagem digital
pode ser apresentada para interpretação com um contraste
independente das características do detector e que pode ser
ajustado pelo médico Esse aspecto da imagem digital supera uma
das maiores limitações da mamografia convencional obtida com o
sistema SFT que é a escala fixa de tons de cinza, definida pela curva
característica da resposta do filme, a técnica radiográfica, a
composição da mama e o processamento.

 As vantagens dos sistemas de mamografia digitais, que são também


extensíveis às demais modalidades diagnósticas, podem ser divididas
em quatro classes:
1º) Facilidade de exibição da imagem – Na mamografia digital a
imagem vai ser mostrada em um monitor de vídeo, em vez do
processo tradicional de expor o filme contra a luz.
2º) Redução da dose de raios-X – Ajustando-se a dose para que a
imagem tenha uma relação sinal ruído conveniente, consegue-se
uma diminuição real da radiação absorvida pelo paciente.
3º) Facilidade de processamento de imagem – O aumento do
contraste ou a equalização por histograma são técnicas digitais que
podem ser usadas. A técnica de subtração de imagens pode remover
grande parte da arquitetura de fundo não desejado, melhorando
assim a visualização das características importantes da mamografia.
4º) Facilidade de aquisição, armazenamento e recuperação da
imagem – Armazenamento em bases de dados eletrônicas,
facilitando a pesquisa de dados e a transmissão para longas
distâncias, usando redes de comunicações de dados.

 Radiografia Computadorizada – CR (do inglês Computerized


Radiology) - Neste processo, utilizam-se os aparelhos de mamografia
convencional (os mesmo utilizados para produzir filmes radiográficos),
porém substituem-se os “chassis” com filmes radiográficos em seu
interior por “chassis” com placas de fósforo
 Radiografia Digital – DR (do inglês: Digital Radiology) - Imagens
adquiridas por aparelhos de mamografia digital que, ao invés de utilizar
filmes radiográficos, possuem uma placa de circuitos sensíveis aos raios
X que gera uma imagem digital e a envia diretamente para o computador
na forma de sinais elétricos.

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