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Confiança é um tema importante da vida corporativa.

Quem não conhece um gerente em


quem os funcionários não confiam por não acreditarem que vá lutar por eles? Isto não ocorre
porque este gerente seja mau, mas talvez porque seja excessivamente centrado em si mesmo.
Ele pode jamais ter mostrado preocupação com os interesses dos outros, porém, muita com os
seus interesses próprios.

O lado bom disso é saber que existem aqueles que exibem preocupação benevolente com sua
equipe e continuam realizando grandes resultados para a empresa. Estes aí conquistam a
confiança e também lealdade de seu time, o que se converte em empenho.

Aaron Feuerstein, ex-presidente da Malden Mills, é o exemplo extremo desta situação. Em


1995, um incêndio destruiu sua usina têxtil na cidade de Lawrence, Massachusetts, nos
Estados Unidos. A empresa tinha 3.000 funcionários nesta época.

Feuerstein poderia ter usado o dinheiro do seguro e transferido a produção para o exterior.
Ou então, já com 70 anos, ele poderia ter-se aposentado. Mas não. Prometeu aos operários
que reergueria a fábrica e salvaria os empregos. E manteve todos na folha de pagamento
com os benefícios. 

Ao ir contra as práticas comerciais comuns, especialmente num momento em que a maioria


das empresas fazia redução de mão de obra, ele conseguiu fama mundial declarando que não
poderia ter tomado outro curso de ação devido ao seus estudos do Talmud e da Bíblia Judaica.

Sua declaração a uma revista da época foi intrigante. Ele disse: "Eu
tenho uma responsabilidade tanto para com o trabalhador de colarinho azul quanto com o de
colarinho branco. Tenho  igual responsabilidade para com a comunidade. Seria injusto 
colocar 3.000 pessoas na rua, e dar um golpe mortal na cidade de Lawrence. Talvez, no papel, 
nossa empresa seja inútil para Wall Street. Mas eu posso assegurar que ela é a que mais vale
para todas estas pessoas".

A preocupação de Feuerstein com o pessoal, apesar do custo, conquistou a confiança de todos


eles. Infelizmente, o líder perdeu a confiança dos bancos, que preferiam que a parcela maior
da preocupação fosse dirigida a eles. A dívida resultante acabou levando a empresa à
concordata.

Isso ilustra um desafio real na gestão da confiança, isto é: “Como equilibrar interesses
diversos, e às vezes até conflitantes?”

O caso Feurstain pode parecer paradoxal ou loucura para muitos. Mas ele é um modelo ímpar,
desses que um entre milhões seja número grande demais. Mas como é bom saber que existe
gente coerente a esse ponto.

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