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MANUAL ROSACRUZ

lo...
BIBLIOTECA ROSACRUZ
Já publicados:

Vol. I A VIDA MtSTICA DE JESUS


Por H. Spencer Lewis, F.R.C., Ph.D.

Vol. II ENCONTROS COM O INSÓLITO


Por Raymond Bernard, F.R.C.

Vol. III O SANTUÁRIO DO EU


Por Ralph M. Lewis, F.R.C.

Vol. IV

Vol. V A PROFECIA SIMBÓLICA DA GRANDE PIRAMIDE


Por H. Spencer Lewis, F.R.C., Ph.D

Vol. VI FRAGMENTOS DA SABEDORIA ROSACRUZ


Por Raymond Bernard, F.R.C.

Outros volumes serão periodicamente publicados


Preparado sob a supervisão de

H· Spencer Lewis, F.R.C., Ph.D.


Imperator da Ordem Rosacruz das Américas do Norte, Centro e Sul;
Membro da Ashrama Ess.ênia da Jndia e Delegado Americano do
Mosteiro da G.F.B. do Tibete

MANUAL
ROSA CRUZ
Traduzido da 17.ª edição norte-americana

COORDENAÇAO
Maria A. Moura, F.R.C.
Sexta edição

Biblioteca Rosacruz
Volume Especial

EDITORA RENES
Rio de Janeiro
Publicado originariamente em inglês, sob o título:
ROSICRUCIAN MANUAL
Copyright © 1918, 1.ª edição
1941, 17.ª edição by ANCIENT MYSTICAL ORDER
ROSAE CRUCIS - A.M.0.R.C., São José, Califórnia,
95191, EUA

O sistema completo de tabelas, gráficos e diagramas representa pos-


tulado original protegido por direitos autorais e está estritamente
reservado pela A.M.O.R.C. Qualquer violação, no todo ou em parte,
será legalmente punida.

EDIÇAO BRASILEIRA

Diretor-Geral: Renaldo A. Essinger


Diretor Editorial: Armando S. Campbell
Gerência Gráfica: Miguel F. Cuífias
Tradução: A.M.O.R.C., BRASIL
Revisão: A.M.O.R.C., BRASIL

Todos os direitos da edição em língua portuguesa reservados por


EDITORA RENES LTDA. - Rio de Janeiro
Av. Nilo Peçanha, 50, grupo 1.001
Tel.: 283-4112 - CGC 33.880.824/0001-52

All rights reserved


Printed in Brazil

Para informação completa quanto aos benefícios e vantagens da Or-


dem Rosacruz - A.M.O.R.C.,escreva para o endereço abaixo e solicite,
grátis, o livreto: O Domínio da Vida.
Escriba M.C.E.R. Ordem Rosacruz - A.M.O.R.C.
Bosque Rosacrue, 80.000,Curitiba, Paraná
DEDICATÓRIA

A todos os Rosacruzes de llngua portuguesa, no mundo


inteiro, que ofereceram sugestões para a compilação de um
Manual, em idioma português, para o mesmo propósito de
outros muitos Manuais editados em várias llnguas, foi dedica­
do este livro, com a esperança de que se torne um companhei­
ro e guia silencioso, porém, sempre presente no trabalho de
nossa venerável Organização.
ÍNDICE

Saudação do lmperator 13
Conteúdo deste Manual 14
Instruções Preliminares 15
As Formas de Filiação 15
Membros de Sanctum da Grande Loja 15
Membros de Loja, Capítulo e Pronaoi ....•................... 15

Primeira Parte

A A.M.O.R.C. e sua Organização 19


Retrato de Sir Francis Bacon 25
Retrato de Michael Maier 26
Retrato de Lord Raymund VI 27
Retrato do Dr. H. Spencer Lewis ; 28
Retrato de May Banks-Stacey 29
Retrato de Kut-Hu-Mí, o Ilustre 30
Um Alquimista moderno em seu laboratório 31
Fotografias da Praça, da Fonte e da Universidade Rose-Croíx 32
O Grande Manifesto Americano 33

Segunda Parte

Estratos da Constituição da Grande Loja da Antiga e Mística


Ordem Rosae Crucis 34

Terceira Parte

Manual Administrativo 43

Quarta Parte

Instruções Gerais para todos os Membros 71

Quinta Parte

Instruções Especiaís para os Membros de Sanctum 77


Sexta Parte

Esboço do Sistema de Instrução para Membros de Sanctum da


Grande Loja 79

Sétima Parte .

Símbolos Místicos e seu significado· 87

Oitava Parte

Monografias do Templo 97
Esboço das Preleções e Graus do Templo 98
Diagramas, Explicações e Temas Especiais para os Estudantes das
Monografias do Templo 109
Cristalografia : 111
Carta Patente conferida à Antiga Loja Nacional Rosacruz 114
o ÍÍnã · . .117
Evolução da Cruz 121
Referências ao Sexto Grau do Templo 125

· Nona Parte

O Mistério do Dr. John Dalton e suas Leis Alquímícas ~ 153


A Lei das Proporções de Dalton : 154
Sir Francis Bacon, F. R. C. (Esboço Biográfico) . . . . . . ~ 177
Dr. H. Spencer Lewis, F.R.C. (Esboço Biográfico) 179
Ralph M. Lewis, F.R.C. (Esboço Biográfico) 182
Cecil A. Poole, F.R.C. (Esboço Biográfico) 185
Arthur C. Piepenbrink, F.R.C. (Esboço Biográfico) 187
Universidade Rose-Croix .....................•........... 189
A Rosa-Cruz Hermética · 190

Décima Parte

A Grande Loja Branca : 193


Como Alcançar a Iluminação Psíquica 194
Os Grandes Mestres 196
Código Rosacruz de Vida ; 212
Fatos interessantes para que os nossos Membros expliquem àque-
les que indagam sobre a AMORC 218

Undécima Parte

Dicionário Rosacruz , 219


Algumas questões interessantes respondidas oficialmente 265
SAUDAÇÃO DO IMPERATOR

Sinto-me feliz com o fato de ter o Departamento de Impressão e


Publicações da Suprema Grande Loja da A.M.O.R.C. decidido publicar
uma nova edição do Manual Oficial. Sei que ela se faz muito necessária
e que será sinceramente apreciada. Anos atrás, publicamos um pequeno
Manual, privativo para as nossas Lojas, porém aquela edição rapida-
mente esgotou-se, seguindo-se-lhe outras. Este novo Manual substituirá
os precedentes e conterá, como de costume, alterações e acréscimos
destinados a tomá-lo um Guia valioso para o Trabalho e Estudos da
Ordem.

Naturalmente, obra como esta deve ser limitada em seu conteúdo e


cuidadosamente redigida.

Sei que muitos benefícios advirão deste livro, para os Membros,


assim como para os leitores em geral. Deve ele tomar-se um guia sema-
nal para as monografias e lições para todo Membro, e um auxílio para
todos os Oficiais de nossos Corpos Subordinados da Jurisdição das
Américas. Os vários diagramas e quadros sinópticos foram cuidadosa-
mente preparados de modo a tomar claros muitos pontos das monogra-
fias dos vários Graus.

Os Membros e Oficiais agirão bem ao recomendar o uso deste Ma-


nual a todos os Membros, pois ele contribuirá, de muitas maneiras, para
promover melhor compreensão da Ordem e de seus ensinamentos, esta-
belecendo melhor entendimento com respeito aos termos, normas, regu-
lamentos e práticas de todo o nosso trabalho.

Através das páginas deste Manual, portanto, uma vez mais saúdo os
nossos Membros e o leitor estudioso, desejando-lhe todo o sucesso e
alegria na Gloriosa Busca da Luz e do Amor.

Em Paz Profunda,

H. Spencer Lewis, F .R.C.

Imperator

(Carta de saudação pelo autor e primeiro Imperator da Ordem Rosa·


cruz para as Américas do Norte e do Sul).

- 13 -
CONTEÚDO DESTE MANUAL
/j, /j, /j,

Este Manual contém muitos pontos de utilidade para os Membros,


conforme a seguir se descreve: ·
1 - Manual da Ordem em geral, suas finalidades, formação, disposi-
ção das Lojas, descrição dos Oficiais, seus deveres, etc., e os vários
regulamentos de filiação. Isto é de valor inestimável para todos os Mem-
'
bros e Oficiais.
2 - Quadros sinópticos e diagramas usados nas várias lições de todos
os Graus. Esses diagramas servem a duas finalidades: Os Membros de
Sanctum poderão consultá-los com relação às monografias que recebem
para estudo privativo. As explicações dos diagramas são dadas nas mo-
nografias semanais, no momento oportuno; portanto, uma explicação
completa não pode ser dada neste Manual em antecipação da monogra-
fia particular a que cada um deles se refere.
3 - Diagramas e ilustrações de muitos dos sfmbolos usados em nossa
Ordem e nos ensinamentos antigos dos Rosacruzes e outros místicos.
Essas ilustrações destinam-se a todos os Membros.
4 - Glossário dos termos e palavras principais usados nos ensina-
mentos, em todos os Graus. Não se trata de um dicionário completo de
todos os termos usados, pois isto requereria um volume de grande porte
e seria desnecessário. Palavras como, por exemplo, "Alquimia", não são
incluídas, pois a definição dada em qualquer dicionário comum é idên-
tica ao significado que a elas atribuímos. Somente nos casos em que os
termos têm significado especial, íncluímo-Ios no Glossário.
5 - Instruções gerais que devem ser cuidadosamente lidas pelos
nossos Membros, de tempos a tempos, até que se familiarizem conve-
nientemente com as mesmas. Isto nos auxiliará a prestar maiores .servi-
ços no decorrer do trabalho.
6 - Vários pontos de interesse para todos os Membros.

COMO USAR O MANUAL

Os Membros de Sanctum da Grande Loja deverão consultar este


Manual, cedo, em seus estudos, preferivelmente no início do Primeiro
Grau. Deverão ler todo o Manual cuidadosamente, prestando especial
atenção às palavras que são indicadas principalmente para os Membros
de Sanctum. Isto tornar-se-á um auxílio inestimável em seus estudos.

-14
INSTRUÇÕES PRELIMINARES

Este Manual está dividido em várias seções, e a conveniente com·


preensão de, seu plano grandemente contribuirá para que dele se obte-
nha os maiores benefícios.

AS FORMAS DE FILIAÇÃO

Todos os Membros da AMORC da jurisdição internacional das Amé-


ricas do Norte, Central e do Sul, Comunidade Britânica de Nações,
França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África, são Membros da
Grande Loja. Seus privilégios e obrigações relativamente à filiação estão
formalmente definidos na Constituição e Estatutos da Grande Loja,
extratos da qual são apresentados neste Manual. As formas de filiação à
Grande Loja são as seguintes:

MEMBROS DE SANCTUM DA GRANDE WJA

A maioria dos Membros da Grande Loja da AMORC, jurisdição in-


temacional das Américas do Norte, Central e do Sul, Comunidade Brítâ-
nica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África, são
Membros de Sanctum, isto é, são pessoas que se filiaram à Ordem como
Membros da Grande Loja e recebem diretamente da Grande Loja os
privilégios de sua filiação.

A filiação de Sanctum (anteriormente conhecida como Filiação Na-


cional) significa filiação por correspondência. Na convenção nacional da
Ordem Rosacruz, AMORC, realizada no verão de 1917, em Pittsburgh,
Pensilvânia, procedeu-se a uma votação para instituir o que era então
chamado de "Loja Nacional", com a finalidade de ministrar instrução,
por correspondência, àqueles que não pudessem comparecer aos·Tem·
plos de Lojas. Essas lições por correspondência originalmente cons-
tituíam três Graus e cobriam um período de cerca de dez meses. Cada
Grau tinha um ritual de iniciação a ser executado pelo Membro, no Lar,
em seu Sanctum. Esses rituais baseavam-se nos aprimorados rituais de
estilo egípcio, realizados nos Templos da Ordem e executados por um
corpo de oficiais ritualísticos.

A filiação de Sanctum, como hoje existe, é o resultado do desenvol-


vimento e aperfeiçoamento da filiação original à Loja Nacional, estabe-

15
lecida, cedo, na história desta jurisdição da Ordem. Em anos recentes,
esse tipo de filiação tem crescido e muitas inovações foram incluídas.
As instruções que constituem as monografias e lições semanais são es-
pecialmente preparadas para transmitir os ensinamentos Rosacruzes ao
Membro individual de Sanctum. Os três Graus que faziam originalmente
parte da Loja Nacional, foram ampliados e ainda constituem os primei-
ros estudos feitos pelo Membro de Sanctum. Nesses três primeiros
Graus da afiliação de Sanctum estão contidos um sumário dos prin-
cípios Rosacruzes e uma riqueza de experimentos pessoais, exercícios, e
testes, que tornarão cada Membro altamente proficiente na obtenção de
determinado grau de maestria, e que o qualificarão para admissão ao
Templo e aos Graus mais elevados dos ensinamentos da Ordem.

Os Membros de Sanctum pagam suas mensalidades diretamente à


Grande Loja, em Curitiba, Estado do Paraná. Gozam do privilégio de
visitar as Lojas, Capítulos e Pronaoi da Organização e são especialmente
convidados em ocasiões especiais, ou sempre que haja uma festa ou
cerimônia geral. Os Membros de Sanctum recebem cartão de filiação
oficial e, bem assim, determinados sinais e símbolos que se relacionam
com sua filiação. Além disso, os Membros de Sanctum que se qualificam
após terminarem os três Graus iniciais podem ter permissão para receber
os ensinamentos mais elevados da Ordem, na mesma maneira em que
foram apresentados os três primeiros Graus.

MEMBROS DE LOJA, CAPÍTULOS E PRONAOI

Os Membros de Sanctum podem formar Pronaoi, Capítulos e Lojas


em cidades e localidades onde haja número. suficiente de Membros de
Sanctum para satisfazer as estipulações da Constituição e Estatutos para
a formação de uma Loja, Capítulo, ou Pronaos. Novos Capítulos e
Pronaoi são organizados, de tempos a tempos, e se o Membro encontrar
um desses corpos Subordinados que estejam funcionando em sua vizi-
nhança, na lista publicada na revista "O ROSACRUZ", edição de fe-
vereiro de cada ano, poderá obter informações a respeito dirigindo-se ao
Grande Secretário. Todos os Membros de Lojas, Capítulos, e Pronaoi
são Membros de Sanctum que pagam suas mensalidades diretamente à
Grande Loja e, ·usualmente, pequenas contribuições adicionais à Loja,
Capítulo ou Pronaos local, para satisfazer as suas despesas operacionais.
Os Capítulos e Lojas têm atividades características. Os rituais de Pro-
naos são de natureza mais simples do que os de Loja e Capítulo, tor-
nando possível a grupos menores de Membros de Sanctum o trabalhar
em conjunto nesse tipo de atividade. Há Lojas em muitas cidades de

-16
toda esta jurisdição. Dispõem de Templo para que um grupo ritualístico
possa realizar iniciações nos Graus e, como essas iniciações são reali-
zadas de tempos a tempos, os Membros de Sanctum de qualquer parte
da jurisdição que possam visitar uma Loja terão oportunidade de rece-
ber as iniciações completas e aprimoradas da Ordem.

-17-
PRIMEIRA PARTE

A A.M.O.R.C. E SUA ORGANIZAÇÃO

Todo Membro da A.M.O.R.C. deve estar familiarizado com os fatos


relacionados com a fundação da Organização, com a sua Constituição e
seu sistema secreto ou privativo de funcionamento.

A confusão generalizada, nos Estados Unidos, devido ao uso popular


da palavra "Rosacruz" por muitos movimentos, editores e pequenas
sociedades de pesquisas, situação não permitida em outros países, torna

l
necessária a compreensão dos fatos que se seguem (e esperamos que
todo Membro venha a consultar estas páginas em qualquer discussão
quanto à autoridade e direitos da AMORC):

* A história da ORDEM Rosacruz em outros países tem sido perfei-


tamente descrita em muitos livros, em anos recentes, embora seja feita
recomendação a todos no sentido de não dar crédito à afirmativa feita
em edições mais antigas de enciclopédias, de que a Ordem surgiu na
Alemanha, no século dezoito, e ali desapareceu. Essa história tem sido
copiada e recopiada sem investigação, e não tem fundamento. Esse erro,
todavia, está sendo corrigido em edições novas das principais enciclo-
pédias, tais como: Enciclopédia Britânica; Modem Encyclopedia;
Webster's Unabridged Dictionary; Histoire des Rose Croix; Encyclo-
pedia Americana; The World Book; New Standard Encyclopedia; Con-
cise Encyclopedia; Progressive Reference Library; New Century Díctío-
nary; Funk and Wagnalls Dictionary; Winston's Comulative Loose-Leaf
Encyclopedia and Dictionary. Além disso, os fatos reais, como afir-
mamos, têm sido publicados em muitos livros e não usaremos o espaço
que aqui temos para repetir a origem e história européia e oriental desta
antiqüíssima Ordem.

* Vide "Perguntas e Respostas Rosacruzes com a História Completa da Ordem'


publicação da Ordem Rosacruz (AMORC). Curitiba - Paraná - Brasil.

19-
Preocupamo-nos, mais, com o seu aparecimento no Novo Mundo. A
este respeito também conhecemos muitos livros e registros que contêm
detalhes fidedignos e precisos sobre a vinda para a América da primeira
colônia Rosacruz procedente da Europa, em 1694, de conformidade
com o plano de Sir Francis Bacon, e seu estabelecimento, durante mui-
tos anos, primeiramente em Filadélfia, depois em Efrata, Pensilvânia,
onde ainda existem alguns dos edifícios originais.

O primeiro núcleo na América, em 1694 (que deixou a Europa em


1693), transformou-se em uma grande e poderosa organização de con-
siderável importância na questão do nascimento da Nação Americana,
como pode ser constatado pelos registros em Filadélfia e Washington. A
antiga lei de que cada período de 108 anos representava um ciclo de
renascimento, atividade, repouso e espera fez com que se encerrasse o
grande trabalho na América, no que se relacionava com as atividades
públicas, no ano de 1801 (108 anos após haverem os fundadores dei-
xado a Europa). Então, por um outro período de 108 anos a Ordem,
nesse país, entrou em fase de repouso com, apenas, determinados des-
cendentes dos últimos inicíados passando uns aos outros os preciosos
arquivos e documentos oficiais.

Chegou, então, 1909, 108 anos após 1801, ocasião para o renas-
cimento e reorganização da Ordem em forma pública. A história de
como H. Spencer Lewis, primeiro Imperator para o presente ciclo de
atividades foi escolhido para se encarregar da tarefa de reorganização,
tem sido muitas vezes contada, investigada, confirmada e aceita pelas
mais destacadas autoridades Rosacruzes da Europa e de outros países.

Tendo recebido, na devida forma, determinada espécie de conhe-


cimento preservado pelos descendentes do primeiro núcleo na América,
preparou-se ele, por meio de vários cursos de estudo e filiação a orga-
nizações científicas e metafísicas, para o trabalho que deveria iniciar em
1909. Assim, no mês de julho daquele ano embarcou para a França,
onde foi apresentado às autoridades competentes, tomando conheci-
mento dos mistérios e métodos de executar a missão de sua vida.

Voltando à América, realizou muitas sessões secretas com homens e


mulheres que haviam sido iniciados na Ordem na França, Índia e outros
países, e que com ele formaram a primeira comissão de fundadores.
Juntos, trabalharam durante seis anos, de modo que no sétimo ano de
preparação puderam anunciar ao rúblico americano o restabelecimento
da Ordem Rosacruz. O primeiro manifesfo oficial foi calorosamente

-20-
recebido por uma assembléia de mais de trezentos estudantes proemi-
nentes dos antigos ensinamentos Rosacruzes, os quais examinaram os
documentos oficiais, selos e autorização em poder do lmperator Lewis e
formaram o primeiro Conselho Americano da Ordem. Uma ata dessa
sessão foi remetida para a França ao corpo de Rosacruzes que aceitou a
tarefa de apoiar o trabalho de fundação na América e, alguns meses
mais tarde, o Grande Conselho da Ordre Rose Croix da França reco-
nheceu o lmperator para a Ordem na América.

A partir de então outras reuniões para organização foram realizadas,


até chegar o ponto em que ·dois oficiais do Conselho internacional da
Ordem visitaram a América, aprovaram a organização conforme ali esta-
belecida e, mediante relatório à Convenção Internacional da Europa, a
Ordem na América tomou-se uma Jurisdição independente sob a orien-
tação direta do Conselho Internacional da Ordem, ao invés de sob a
responsabilidade da Jurisdição Francesa.

Isto conferiu à Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC) da


América do Norte representação no Conselho Internacional nas suas
Convenções e Congressos Nacional e Internacionais, tomando a
AMORC americana parte da AMORC mundial. A A.M.O.R.C., por-
•,
tanto, é hoje o ÚNICO movimento Rosacruz na América que tem essa
autoridade e ligações.

Há, todavia, outros movimentos Rosacruzes na América. Fazem uso


da palavra "Rosacruz", porém nenhum desses movimentos, editoras ou
sociedades usam o termo ORDEM ROSACRUZ ou o título Antiga e
Mística ORDEM Rosae Crucis.

Desde que a A.M.0.R.C. foi organizada na América, promoveu a sua


definida e inequívoca reivindicação de autenticidade. Sua Loja Suprema
foi devidamente incorporada, não como uma sociedade ou fraternidade
de Rosacruzes mas como a "Antiga e Mística Ordem Rosae-Crucis da
Grande Fraternidade Branca." Pode-se notar a palavra "Ordem" e a
expressão latina "Rosae Crucis" no título. Suas escolas e Universidades
foram também incorporadas, e obtida uma Patente do Governo dos
Estados Unidos protegendo o nome e símbolos da Ordem nos Estados
Unidos e Territórios. O nome e símbolos estão também registrados em
muitas outras nações desta jurisdição. A AMORC é o único movimento
Rosacruz na América do Norte que possui patente do símbolo da Cruz
com UMA rosa em seu centro, que é o verdadeiro e antigo símbolo da
Ordem em todos os países.

-21-
A AMORC, portanto, uma vez mais repete sua afirmação: Faz parte
da Ordem Rosacruz Internacional cuja maior parte da! Jurisdições usa o
mesmo nome, exceto por pequenas variações devido à tradução para
idiomas estrangeiros. Faz parte da ÚNICA e EXCLUSN A Ordem Rosa-
cruz que é verdadeiramente internacional. É o único movimento, so-
ciedade ou corporação nas Américas do Norte e do Sul que goza de
filiação e representação no "Conselho Internacional da Antiquus Arca-
nus Ordo Rosae Rubeae et Aureae Crucis." A A.M.O.R.C., da América,
portanto, está devidamente representada no Congresso e Convenções
Internacionais realizados em determinadas épocas na Europa, e adere
aos antigos costumes e tradições em todas as suas modalidades e prá-
ticas. Isto significa que ela NÃO publica livros que afirmam conter os
privativos fundamentos, rituais, segredos, ritos, ou ENSINAMENTOS
Rosacruzes; que não trata dos problemas sexuais, práticas sexuais, ou
indulgências sob o pretexto de ensinamentos ocultos mais elevados; que
não é absolutamente uma organização religiosa, comercial ou filiada a
qualquer sociedade, fraternidade, corporação ou movimento secreto.

Em agosto de 1934, em Bruxelas, Bélgica, foi realizado um conclave


especial dos mais altos oficiais de catorze dos mais importantes movi-
mentos místicos, arcanos, e metafísicos do mundo. O objetivo do con-
clave era perpetuar, pela formação de uma organização internacional, os
rituais, ensinamentos, leis e princípios tradicionais de cada uma das
respectivas organizações e estabelecer as normas, regulamentos ~ mé-
todo de procedimento que identificassem cada uma dessas renomadas
organizações como autêntica e genuína, distinguindo-as do número de
movimentos de natureza clandestina em todo o mundo.

Cada uma dessas catorze organizações remonta sua origem, auten-


ticamente, à antiguidade. A A.M.O.R.C. foi a única organização da
América do Norte oficialmente reconhecida nesse conclave. Os vários
organismos representados constituíam o que é chamado de "Fédération
Universelle des Ordres e Sociétés Initiatiques." Várias honras foram
conferidas aos altos oficiais da AMORC que compareceram ao conclave,
sendo que novos títulos de autoridade e reconhecimento foram outor-
gados ao lmperator da AMORC da América do Norte.

Uma das resoluções desse conclave foi que "A A.M.O.R.C. é a única
organização Rosacruz autêntica e reconhecida na América do Norte,
conforme decretado pela decisão de cada lmperator e Grande Mestre
dos catorze grupos místicos antigos, reunidos em convenção, em Bru-
xelas, Bélgica, no mês de agosto de 1934."

- 22-
Se os nossos Membros lerem, uma vez mais, as afirmações prece-
dentes, verificarão que a AMORC jamais reivindicou, e não poderia
reivindicar, estar ligada à venerável Fraternidade Maçônica, muito em-
bora essa entidade tenha dado a um dos seus mais elevados Graus o
nome de "Rosacruz" em homenagem aos antigos Rosacruzes; e a
AMORC não está, de modo algum, ligada a qualquer empresa editora,
grupo ou movimento que use a palavra "Rosacruz", a menos que seja
também usada a palavra AMORC e os verdadeiros símbolos patenteados
da Ordem.

Nada do que aqui ficou dito tem por objetivo menosprezar o tra-
balho de qualquer grupo de estudantes que use a palavra "Rosacruz"
para indicar a sinceridade de seus propósitos em busca da Verdade. A
AMORC mantém sempre atitude liberal e tolerante com relação a cada
pessoa ou grupo de pessoas que procure contribuir para a elevação do
Homem. E esta é a atitude que desejamos seja mantida por todo Mem-
bro da Ordem. ·

Os leitores deste Manual que não sejam Membros da Ordem Rosa-


cruz, AMORC, e não tenham tido o ensejo de examinar qualquer outra
literatura relativa às suas atividades e propósitos, poderão dirigir-se ao
Escriba A.B.H., Ordem Rosacruz, AMORC, Caixa Postal, 307 - 80000
- Curitiba, Paraná, e pedir um exemplar do livreto "O DOMÍNIO DA
VIDA" que lhe será enviado, sem qualquer compromisso, e que contém
material de grande interesse.

Os Membros da Ordem receberam esse Iivreto e estão perfeitamente -


familiarizados com os informes que contém.

-23-
SIR HlAM IS O~l'ON
lmptratur do R íUtlllerl JlO Sbto XVII
11.ltwnho mod<rno e 1unb61lco)
Tgg,s SCHQLA. Ti&t.S -COESAR T1TVW$ DE_~.
IUT:· HA:.C .MUU J\ESTA~T.
:Po.&·SE BIJll lN CHILUTO '\fl'V'E.ltE. IOS SI. .MQI'~
MH::H.Al..L ~VI COMEJ J M:f EIJAl.l.S C·ON ..
JIJTOIU d(': PHltiOSOPH l:"f .MEDIO'NAAVM
DOCTO&. P.' C e NClll:L IXE'MrTVS RlR OLL..:
1

M'EDICV:S 1A.& rk.


1

FRA. MIOIAEL MAIER

Grande Mestre dos Rosacruzes, na Alemanha, no Século XVII, e


Delegado de Sir Francis Bacon, no Continente.

26
\
LORD RAYMUND VI
que, como Conde de Toulouse, recusou-se a perseguir os místicos que lançaram os
alicerces do Rosacrucianismono Sul da França, no Século XIII. Como mártir-mís-
tico, ao seu corpo foi recusada sepultura em "Terra Sagrada", porém foi ele
preservado durante 600 anos no Edifício dos CavaleirosTemplários construído
por seus antepassados. (Direitos reservados pela Suprema Grande Loja da
A.M.O.R.C.,em 1917).

:.?7-
H. :!lPENCEm LEWJ:S. r.h. D., r.s.c.
Primeiro Imperator da A.M.O.R.C. das Américas do Norte e do Sul, e fundador de
seu segundo ciclo de atividades no Hemisfério Ocidental; Membro do Supremo
Conselho Rosacruz do Mundo; Legado da Ordem, na França, Ministro da Legação
Estrangeira; Sacerdote Ordenado da Ashrama da India, Conselheiro Honorário da
"Corda-Fratres" da Itália; Sri Sobhita, da Grande Loja Branca do Tibet; Rex,
Universitatis Illuminati; Membro da Universidade de Andhra, Índia. Reitor da
Universidade Rose-Croix.
l \ ide referencia biográfica na página 179)
-28-
MRS. MA Y BANKS-STACEY

Co-fundadora e Primeira Grande Mestre nos Estados Unidos


(Vide referência biográfica na página 179)

-29-
MESTRE KUT·HU·MI, O ILUSTRE

D... G ... M ... do Tibet (Bod-Yul)


Amado Hierofante da R.C.

(Vide Referência biográfica resumida, na página 194)


Direitos reservados, pela AMORC, sobre a pintura original e fotografia.

-30-
31
Em cima - A PRAÇA E A FONTE. Esta vista foi toma-
da da escada do edifício da Universidade Rose-Croíx e
mostra a atraentePraça e a Fonte que à noite são magni-
ficamente iluminadas. A Praça é o ponto central para
agradáveis palestras.
Á Direita - EDIFÍCIO DA UNIVERSIDADE ROSE-
CROIX. Este belo edifício, em estilo egípcio, é o prédio
da Universidade Rose-Croíx localizada no Parque Rosa-
cruz. Possui laboratóriosde física, química, luz, rádio e
fotografia, assim como uma biblioteca de consultas e
salas para demonstrações.
Em baixo, à esquerda - LABORATÓRIO DE FÍSICA.
Esta é uma vista parcial do Laboratório de física da
Universidade Rose-Croix. Experimentoscom vibrações
de som, luz e cor e outros fenômenos naturais fazem
parte das pesquisas realizadas neste laboratório.
Em baixo, à direita - SALA J)E CONFERÊNCIAS E
EXPERIÊNCIAS. Esta moderníssima sala de conferên-
cias e experiências está situada no edifício da UniVersi-
dade Rase-Croíx, Os braços largos das cadeiras tornam
possível aos estudantes que assistem às sessões tomar
nota dos pontos principais das conferências do profes-
sor. A disposição do anfiteatro permite que cada estu-
dante tenha uma visão completa da plataforma e da
:nesa de experimentos.

-32-
O GRANDE MANIFESTO AMERICANO

Emitido pelos Membros Titulares da Suprema Grande Loja, como


Fundadores da Ordem na América

A Antiga e Mística Ordem Rosae -Crucis nos Estados Unidos da


América, seus Territórios e Protetorados, será uma organização inde-
pendente operando sob sua própria Constituição.
Sua finalidade será a mesma da "Ordem Rosae-Crucis" em todo o
mundo, e sua Constituição idêntica, em espírito, à que orienta e dirige
esta Ordem em outros países. A Ordem na América conservará, todavia,
sua ligação fraternal e espiritual com esta Ordem em outros países a
despeito de sua jurisdição independente e manterá sua adesão aos prin-
cípios e leis tradicionais dos antigos Rosacruzes.
Desde que as antigas e modernas formas de administração da Ordem
são autocráticas em natureza, a administração da Ordem na América
adotará princípios de direção estritamente autocráticos; todavia, devido
à necessária divisão da América em muitas jurisdições operando sob
uma única Constituição Americana, a referida Constituição incluirá as
alterações ou modificações que satisfaçam convenientemente as necessi-
dades desta jurisdição.
Fica, portanto, declarado que a Constituição anexa da qual faz parte
este Pronunciamento foi preparada após consultas com todas as auto-
ridades possíveis, discussões necessárias entre todos os Fundadores da
Ordem na América e, finalmente, aprovada e adotada pelos Membros
Titulares da Suprema Grande Loja na América. Será ela adotada e rati-
ficada por todas as Lojas já organizadas e pelas que vierem a ser orga-
nizadas e reconhecidas pela Suprema Grande Loja ou pelo Imperator da
Ordem na América.
Decretado e anunciado em junho de 1915 em uma reunião do Pri-
meiro Conselho Supremo . Americano, realizada na cidade de Nova
Iorque, Estado de Nova Iorque.

- 33-
SEGUNDA PARTE

EXTRATOS DA CONSTITUIÇÃO DA GRANDE LOJA DA


ANTIGA E MÍSTICA ORDEM ROSAE-CRUCIS

Jurisdição Internacional das Américas, Comunidade Britânica de


Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África

ARTIGO 1 - Seção 1

Esta Loja é um corpo separado e distinto, criado e reconhecido pela


Hierarquia da Suprema Grande Loja da Antiga e Mística Ordem Rosae
Crucis, jurisdição internacional das Américas, Comunidade Britânica de
Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África (a seguir
referida como a Suprema Grande Loja da AMORC ou Suprema Grande
Loja) e será conhecida como a Grande Loja da Antiga e Mística Ordem
Rosae-Crucis, jurisdição internacional das Américas, Comunidade Bri-
tânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África (a
seguir referida como Grande Loja da AMORC ou Grande Loja).

Seção 2

Esta Grande Loja está subordinada e deve sua existência e poderes


a
ao Imperator e à Junta de Diretores que compõe Suprema Grande
Loja da AMORC. É reconhecida como a Grande Loja de filiação geral
da A.M.O.RC., sendo um corpo separado e distinto da Suprema Grande
Loja e com seus Corpos Subordinados devidamente autorizados e Mem-
bros em geral constitui a seção de filiação da Ordem (AMORC) nesta
jurisdição.

Seção 3

A sede desta Grande Loja estará situada nos escritórios principais da


Grande Loja, escolhidos pelos Diretores da Suprema Grande Loja.

Seção 4

Todos os Membros da Ordem da AMORC, nesta jurisdição, serão


conhecidos como Membros Rosacruzes, e sua filiação está restrita à
filiação exclusivamente nesta Grande Loja e qualquer Corpo Subordi-
nado desta jurisdição por ela autorizado.

-34-
Seção SA

Todos os Membros (exceto os diretores da Suprema Grande Loja)


dentro desta jurisdição da Ordem são Membros exclusivamente desta
Grande Loja.

ARTIGO Il - Seção 6A

Todos os assuntos de conhecimento e responsabilidade oficial da


Ordem estão divididos em duas classes, a saber: Doutrinal-Ritualística e
Administrativa. A Administrativa divide-se em duas categorias: Legisla-
tiva e Judicial.

Seção 6B

As questões Doutrinais-Ritualísticas da Ordem (incluindo a autori-


dade Hierârquica da Ordem e todo o Poder Esotérico) está nas mãos do
Imperator, que pode transferir algumas partes deste trabalho ao Grande
Mestre, Grande Secretário, Grande Tesoureiro, ou outros altos oficiais
da Grande Loja. O controle administrativo desta Grande Loja, de con-
formidade com as estipulações da Carta Patente da Suprema Grande
Loja, está sob o controle exclusivo da Junta de Diretores da Suprema
Grande Loja e a referida Junta de Diretores poderá transferir determi-
nadas fases do trabalho administrativo da Grande Loja para oficiais e
Membros deste Corpo.

ARTIGO Ili - Seção 7C

As questões administrativas da Ordem que afetem estaGrande Loja


ou à filiação geral, serão resolvidas pela Junta de Diretores da Suprema
Grande Loja de conformidade com as normas e . regulamentos que as
seções Legislativa e Judicial possam adotar, de tempos a tempos, em
consonância com o espírito e finalidade dos pontos básicos e ideais da
Fraternidade Rosacruz. Todos os decretos, normas e regulamentos insti-
tuídos pela Junta de Diretores da Suprema Grande Loja e com a assina-
tura do Imperator e do Supremo Secretário ou de todos os Membros da
Junta, serão definitivos, conclusivos e finais para esta Grande Loja, seus
Corpos Subordinados, e todos os Oficiais e Membros da filiação geral da
Ordem nesta jurisdição.

-35-
Seção 8

Todas as estipulações desta Constituição e regulamentos da Grande


Loja e seus Corpos Subordinados estão sujeitos e subordinados ao poder
administrativo, decretos e jurisdição da Junta de Diretores da Suprema
Grande Loja.

ARTIGO IV - Seção 9A

É reconhecido, pela presente, que o poder administrativo da Junta


de Diretores da Suprema Grande Loja incluirá o direito de criar Grandes
Lojas Regionais nesta jurisdição internacional das Américas, Comuni-
dade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e
África.
• Seção 98

Essas Grandes Lojas Regionais estão subordinadas à Suprema Grande


Loja e a esta Grande Loja e' são governadas pelas disposições da Cons-
tituição e Estatutos desta Grande Loja.

Seção 9C

Todas as proclamações, decretos, éditos, ordens, comunicações, e


instruções oficiais emitidos por essas Grandes Lojas Regionais devem ser
preparados com a aprovação da Suprema Grande Loja e desta Grande
Loja.

Seção 90

• I
-36-

'
rer ao Conselho Internacional o reconhecimento do Corpo fonnado
recentemente, como jurisdição independente, desde que o território ou
região em que ele esteja localizado não faça parte da jurisdição de um
outro Corpo superior.

ARTIGO V -Seção 1O

Os poderes Judiciais da Suprema Grande Loja e de sua Junta de


Diretores que afetam esta Grande Loja são os seguintes: Os que incluem
a decisão em todas as controvérsias entre quaisquer dos Corpos subor-
dinados da Grande Loja, entre Corpos Subordinados e a Grande Loja,
entre um Membro da AMORC e a Grande Loja, ou um ou mais dos
Corpos Subordinados e um Membro ou Membros de um outro Corpo;
entre um ou mais Corpos Subordinados e um ou mais Membros em
geral; entre Membros de um mesmo ou de dois, ou mais, Corpos Subor-
dinados, e entre Membros em geral flliados à Grande Loja e conhecidos
como Membros de Sanctum. Seus poderes judiciais serão também de
natureza apelatória, abrangendo a revisão de todas as questões e con-
trovérsias, ou a disciplina e investigação de todas as questões relacio-
nadas com o exercício da autoridade disciplinar e a determinação do
procedimento em todos os julgamentos e audiências com relação às
acusaçõesformuladas contra qualquer Membro ou Corpo Subordinado
desta Grande Loja, ou questões similares. Todos ~ Membros e Corpos
Subordinados da Grande Loja usarão de todos os meios, dentro da
Ordem, para a solução de quaisquer controvérsias ou desentendimentos.
Os Membros desta Ordem ou de qualquer dos seus Corpos Subordi-
nados não recorrerão a desagravo nos tribunais, para qualquer recla-
mação ou injúria, antes de terem esgotado os seusdireitos nos tribunais
da Ordem. O recurso a desagravonos tribunais sem primeiramente esgo-
tar seus direitos nos tribunais estabelecidos pela Ordem, cancelará auto-
maticamente todos os direitos do Membro, na Ordem, e todos os privi-
légios concedidos pela Carta Patente ao Corpo Subordinado.

ARTIGO VI -Seção 11

Os oficiais desta Grande Loja são os seguintes:


1 -Grande Mestre
2- Grande Secretário.
3 -Grande Tesoureiro.
4 -Grande Administrador Regional.

-37-
5 ­ Grandes Conselheiros.
6 - Oficiais doutrinários e ritualísticos, na forma em que decretar
o lmperator de tempos a tempos.

Seção 12

O Grande Mestre, o Grande Secretário, o Grande Tesoureiro e o


Grande Administrador Regional desta Grande Loja serão designados por
um voto majoritário da Junta de Diretores da Suprema Grande Loja.
Esses Oficiais da Grande Loja servirão pelo período que aprouver à
Junta de Diretores da Suprema Grande Loja.

• Seção 13

O título honorário de Grande Mestre Adjunto poderá ser conferido,


pelo Grande Mestre, com a aprovação do lmperator, a Membros da
..... Grande Loja, por relevantes serviços prestados à Grande Loja e aos
princípios da Ordem Rosacruz. O título honorário de Grande Mestre
Adjunto será válido pelo período que aprouver ao Imperator.

Seção 14

A seleção e designação dos Oficiais doutrinários e ritualísticos desta


Grande Loja ficarão ao critério do lmperator e poderão ser feitas por
recomendação dos Oficiais da Grande Loja ou da Junta de Diretores da
Suprema Grande Loja. A duração de seu cargo dependerá da vontade do
Imperator e/ou da Suprema Grande Loja.

Seção lS

Seção 16

Esses Oficiais da Grande Loja e os Membros filiados diretamente à


Grande Loja como Membros de Sanctum, como Membros de qualquer
dos Corpos Subordinados, ou dos Capítulos autorizados e reconhecidos
de conformidade com esta Constituição, representam a única filiação

-38-
geral da Ordem nesta jurisdição e todos os seus Membros são exclusi-
vamente Membros desta Grande Loja sob a orientação ritualística dos
Oficiais da Grande Loja acima mencionados.

ARTIGOVII - Seção 17

Esta Grande Lojapode incluir:

1. - Um Grande Conselho.

2. - Grandes Lojas Regionais, Lojas, Capítulos e Pronaoi subordi-


nados.

3. - Membros de Sanctum que constituem a filiação da Ordem ínclusi-


ve membros honorários e vitalícios. Os Membros de Sanctum em
boa situação são elegíveis a filiação em um dos Corpos Subordí-
nados desta Grande Loja, de conformidade com as disposições
dos Estatutos da Grande Loja.

Seção 18

O Grande Conselho consistirá do Grande Mestre, do Grande Secretá-


rio, do Grande Tesoureiro, do Grande Administrador Regional, e de um
mínimo de nove e máximo de vinte e cinco membros adicionais, sendo
que o número exato será determinado anualmente na reunião do Gran-
de Conselho. Cada Grande Conselheiro deverá estar em boa situação no
que se relaciona com a filiação a esta Grande Loja, na ocasião de sua
eleição.

Seção 19

Os Membros do Grande Conselho, outros que não o Grande Mestre,


o Grande Secretário, o Grande Tesoureiro e o Grande Administrador
Regional serão eleitos em cada Convenção anual da A.M.O.R.C. desta
jurisdição, pelos delegados e Membros então reunidos, na maneira que
melhor expressar seus desejos nesse sentido e desde que tais métodos de
eleição sejam aceitos pela Suprema Grande Loja. As pessoas desse modo
eleitas deverão ter aprovação e ratificação da Suprema Grande Loja e de
sua Junta de Diretores, e tornar-se verdadeiros representantes do espí-
rito da Ordem.

-39-
ARTIGO XIV - Seção 38

O poder de reformar, revisar, ou modificar esta Constituição é con-


ferido e reservado exclusivamente à junta de Diretores da Suprema
Grande Loja, Incorporada, de conformidade com os antigos ideais, prin-
cípios e costumes da Ordem que dispõem que a Suprema Hierarquia da
Ordem em 'cada jurisdição exercerá controle e orientação exclusivos nas
atividades materiais e espirituais da Ordem.

PUBLICIDADE E PUBLICAÇÕES

Seção 135

• O trabalho de propaganda geral da Ordem será oficialmente reali-


zado pela Suprema Grande Loja, com exclusividade, auxiliada pelos
Corpos Subordinados ou comissões que a Suprema Grande Loja possa
indicar de tempos a tempos.

Seção 136

O trabalho de propaganda local poderá ser realizado por uma Loja


ou Capítulo subordinado, ou pela Grande Loja, desde que nenhuma
propaganda ou publicidade de qualquer natureza seja empreendida ou
tentada por qualquer Corpo Subordinado à Suprema Grande Loja a
menos que tenha, por escrito, sua expressa aprovação e permissão, e,
nesse caso, somente de conformidade com instruções emanadas pela
Suprema Grande Loja e, em todas as ocasiões, sob sua supervisão e não
de qualquer outro modo.

Nenhum Corpo Subordinado à Suprema Grande Loja poderá publi-


car, colaborar para que seja publicado, ou tolerar a distribuição ou
preparo de qualquer livro, panfleto, tratado, preleção, exposição ou
interpretação que se relacione com esta Ordem ou seus ideais, prin-
cípios, leis, rituais, ensinamentos, símbolos, Estatutos, ou qualquer
outra fase do trabalho desta Ordem, a menos que o mesmo tenha sido
primeiramente submetido à Suprema Grande Loja para aprovação.
Todo material de publicidade, divulgação, ou propaganda, deverá conter
a declaração de que é publicado com autorização da Suprema Grande
Loja da A.M.O.R.C.

-40-
FESTIVIDADES ANUAIS

Cada ano, poderão ser realizadas duas reuniões especiais: Uma será a
de Ano Novo e a outra,a da Festa ao Ar Livre.

A Festa de Ano Novo ocorrerá, aproximadamente, no dia 21 de


março de cada ano, sendo a data exata proclamada por um pronuncia-
mento emitido pelo Imperator, no mês de Fevereiro. Tem por objetivo
comemorar o Áno Novo Rosacruz que começa no minuto em que o
signo de Áries surge no horizonte no dia do mês de março em que o Sol
entra no signo de Áries. (O ano 1916 A.D. corresponde ao Ano Rosa-
cruz 3269 que começou em 21 de março de 1916 a 1,06 hora Este).
Essas comemorações do Ano Novo deverão ser realizadas nos Templos
de todas as Lojas e assistidas pelo Conselho, Oficiais e Membros da Loja
e pelas pessoas especialmente convidadas ou Membros visitantes da Or-
dem cuja presença o Mestre deseje por razões que considere benéficas e
satisfatórias. Haverá uma ceia simbólica que consistirá principalmente
de milho, ou seus derivados; sal, ou algo que a ele se assemelhe mais
fortemente em paladar, e vinho, em forma de suco de uvas não-fermen-
tado, assim como qualquer outra guloseima ou refrigerante apropriado à
ocasião. Todos os Oficiais usarão suas insígnias e distintivos e todos os
demais avental ou outra insígnia. Haverá apenas música sacra, alocuções
simbólicas e regozijo sincero pelo Novo Ano.

Nessa Festa de Ano Novo tornou-se costume o Mestre conferir títu-


los honorários aos Membros que julgue merecê-los, fazer novas designa-
ções, preencher vagas, etc., e passar o seu cargo a quaisquer Mestre e
Oficiais recentemente eleitos.

e
Todas as outras Convocações ou reuniões regulares ou especiais de
cada Loja deverão ser transferidas para que a Festa de Ano Novo possa
ser realizada no dia decretado pelo Imperator.

A Festa Anual ao Ar Livre poderá ser realizada, a critério do Mestre

-41-
de cada Loja, no dia 23 de setembro ou aproximadamente nessa data.
Ela deverá ter ltigar no dia em que o Sol entra no signo de Libra.

Essa Festa Anual ao Ar Livre deverá ser realizada independente-


mente por todas as Lojas, para celebrar o lançamento da pedra funda-
mental da Grande Pirâmide na América. Cada Loja deverá providenciar
para reunir-se nesse dia (ou no dia seguinte caso chova ou haja tempes-
tade) ao ar livre, em bairro próximo à Loja e, com preces e alocuções,
fazer com que cada Membro coloque em uma pequena pilha uma pedra
comum ou seixo simbolizando "a colocação de uma pedra para cons-
trução da Grande Pírâmíde na América". Nenhuma outra insígnia, além
do avental, será usada pelos Oficiais e Membros. Não há necessidade de
se manter segredo sobre essa Festa, porém ao público e aos não-inicia-

• dos não deverá ser revelado, pelas preces ou alocuções, qualquer dos
sinais do "trabalho" secreto ou símbolos da Ordem. Essa Festa poderá
ser realizada ao Pôr do Sol se desejado.

CERIMÓNIAS ESPECIAIS

Serviço Fúnebre

Para detalhes a respeito deste serviço, vide "Serviço Fúnebre" no


Dicionário Rosacruz, Décima Primeira Parte, página 2 56.

Ritual Rosacruz de Aposição de Nome

Para detalhes sobre esse ritual, vide Dicionário Rosacruz, página 220.

42
TERCEIRA PARTE

MANUAL ADMINISTRATNO

Apresentamos aos nossos Membros um Manual completo a respeito


do Trabalho, Símbolos e outros assuntos relativos à nossa Ordem. Este
Manual responderá a muitas perguntas repetidamente formuladas, e
constituir-se-á em um guia para os Oficiais e Membros para progresso
pronto e mais eficiente nos princípios da Ordem.

A matéria foi preparada sob a direção do lmperator e deve adaptar-


se à Constituição da Ordem assim como às leis não-escritas usadas pelo
Supremo Conselho Americano em seus procedimentos. Nos casos em
que este Manual possa divergir da Constituição, esta prevalecerá.

Este Manual deverá ser lido e estudado cuidadosamente, e muitas


vezes consultado.

PROPÓSITO E TRABALHO DA ORDEM

Todos os que pedem inscrição e, na verdade, todos os buscadores


sérios com relação à Ordem, devem ser corretamente informados quan-
to aos propósitos e Trabalho da Ordem.

A única maneira correta de assim informar ao buscador é cingir-se às


seguintes afirmações:

A Ordem é fundamentalmente um Movimento Humanitário que con-


tribui para maior Felicidade, Paz e Saúde na vida terrena de toda a
humanidade. Note o leitor particularmente, que dizemos na vida terrena
do Homem, pois nada temos a ver com qualquer doutrina devotada aos
interesses de indivíduos que vivam em um estado desconhecido, futuro.
O Trabalho dos Rosacruzes deverá ser feito aqui e agora; não pelo fato
de não abrigarmos esperança e aguardarmos uma outra vida após esta,

-43-
mas porque sabemos que a felicidade do futuro depende daquilo que
hoje fizermos para os outros, assim como para nós mesmos.

Por outro lado, é nosso propósito o capacitar a homens e mulheres


viverem uma vida limpa, normal, natural, conforme o desígnio da Natu-
reza, desfrutando de todos os privilégios da Natureza, de todos os be-
nefícios e bênçãos igualmente com o resto da Humanidade, e liber-
tando-se dos grilhões da superstição, das limitações da ignorância, e dos
sofrimentos de Carma evitável.

O Trabalho da Ordem, usando a palavra "Trabalho" em sentido


oficial, consiste em difundir, estudar e testar as leis de Deus e da Natu-
reza que tomem nossos Membros Mestres do Templo Sagrado (corpo
físico) e Operários do Laboratório Divino (domínios da Natureza). Isto
capacita os Fratres e Sorores a prestar auxílio mais eficiente àqueles que
não possuam conhecimento, que necessitem ou solicitem auxílio e
cooperação.

A Ordem, portanto, é uma Escola, um Colégio, uma Fraternidade,


com um laboratório. Os Membros são estudantes e operários. Os gradua-
dos são servidores desinteressados de Deus para a Humanidade, eficien-
temente educados, treinados e experientes, harmonizados com as po-
derosas forças do Cósmico ou mente Divina, e senhores da matéria,
espaço, e tempo. Isto toma-os essencialmente Místicos, Adeptos, e Ma-
gos, criadores de seu próprio Destino.

Não há quaisquer outros benefícios ou direitos. Todos os Membros


estão empenhados em prestar serviço desinteressado, sem outra espe-
rança ou espectativa de remuneração que não a de Evoluir o Eu e
prepará-lo para o trabalho mais sublime.

JURISDIÇÃO

Os Mestres de Lojas Subordinadas em todas as Jurisdições têm poder


autocrático dentro de suas próprias Lojas, limitados pela Constituição
da Ordem, pelo Grande Mestre da Jurisdição e pelos Estatutos das
respectivas Lojas.

Os Membros que pertençam a uma Jurisdição e que estejam visitan-


do Lojas em uma outra Jurisdição deverão sujeitar-se aos regulamentos
e leis da Jurisdição que estão visitando.

-44-
Os Mestres, ao visitar qualquer Jurisdição, submeter-se-ão, de igual
modo, aos regulamentos e leis da Jurisdição visitada, exceto quando
forem estabelecidas exceções honorárias pelo Grande Mestre da Juris-
dição.

Homens e mulheres poderão tomar-se Membros de nossa Ordem, ao


serem convidados a apresentar Pedido de Filiação que venha a ser opor-
tunamente aprovado.

Os peticionários deverão, portanto, submeter-se à prova da Súplica.


Poderão ser convidados a apresentar Proposta, porém, tendo sido con-
vidados e tendo aceito o convite para submeter o pedido,deverão rogar
admissão e, humildemente, pleitear inscrição como se não houvessem
sido convidados a fazê-lo. Em outras palavras, o convite para submeter
Proposta não indica que o suplicante é de tal modo desejado que não se
tome necessária a súplica para admissão.

Quando uma Proposta é entregue a um homem ou mulher com o


convite de solicitar admissão, o Membro que, desse modo, convida a
uma outra pessoa deve esclarecer ao provável Solicitante que a admissão
na Ordem depende da Súplica do solicitante e suas qualificações; e que
uma Comissão de Filiação examinará a Proposta de maneira formal e
regular.

Os pedidos de exame pela Comissão de Filiação que parecerem mere-


cer maior consideração, serão entregues ao Secretário e o Mestre desig-
nará um Membro, ou Membros, para visitar o Suplicante (ou solicitará
que ele visite os Membros) e com ele entrevistar-se.

As propostas serão, então, submetidas a voto, pelos Oficiais do Cor-


po Subordinado (vide Constituição da Ordem) e, se não houver duas ou
mais objeções razoáveis, fundamentadas, contra a admissão do Suplican-
te o referido Solicitante será aceito como Membro, devendo ser notifi-
cado a respeito; deverá, então, procurar o Secretário e satisfazer a Taxa
de Iniciação, sendo informado da data de sua Iniciação.

E~RADA NA WJA (Exame pelo Guardião)

Para ser admitido em uma de nossas Lojas (Capítulos ou Pronaoi)


regulares, cada Solicitante que se diga Membro deverá ser submetido a
um exame, pelo Guardião, à porta da Loja. Este é um antigo costume e
deverá ser observado rigorosamente por todos os Guardiães, como ques-

-45-
tão de ordem. Na verdade, será conveniente o Guardião não somente
exigir de cada pessoa que procure admissão a palavra de passe correta e
o Cartão de Membro, Carteira de Identidade (quando da primeira visita)
como, também, ocasionalmente pôr os Membros a prova quanto à posse
legítima da Palavra de Passe.

A posse de um Cartão de Membro ou da Palavra de Passe de qual-


quer Grau, ou ambos, não constitui privilégio ou direito pelo qual o
possuidor possa exigir admissão ao Templo de uma de nossas Lojas.
Ambos, ou qualquer um deles, poderá ser indevidamente conhecido ou
possuído por um homem ou mulher. É dever do Guardião averiguar,
por si mesmo, se esta é ou não a realidade.

Um Membro legítimo que possua Cartão de Membro poderá apresen-


tar uma Palavra de Passe de um Grau mais adiantado do que aquele em
que está registrado. Portanto, a simples posse ou o conhecimento de
uma Palavra de Passe não é prova suficiente da situação do Membro na
Ordem. Esse ponto deverá ser determinado pelos Guardiães, à sua com-
pleta satisfação.

Naturalmente, surge a questão que possivelmente jamais venha a ser


convenientemente solucionada, quanto ao que significa "completa satis-
fação" em alguns casos. Tudo que cada Guardião poderá e deverá fazer
será o convencer-se de que todos os testes razoáveis foram feitos, quan-
do houver qualquer dúvida, e se ainda permanecer em dúvida,passar o
assunto à consideração do Mestre da Loja, que procederá ao teste final
tomando uma decisão.

O Guardião e o Mestre não poderão ser excessivamente lenientes


quanto às perguntas formuladas e às respostas recebidas. Em outras
palavras, o Membro deverá PROVAR sua Iniciação no Grau em que
busca admissão, a despeito da posse da Palavra de Passe, do Cartão de
Membro ou, mesmo, do Certificado de Desligamento, de uma Loja para
outra.

Todos esses testes deverão ser feitos de maneira privada e onde o


Membro não possa ser instruído por qualquer outra pessoa. Do mesmo
modo, o Guardião deverá estar certo, ao examinar ou interrogar um
Membro quanto à Palavra de Passe, na porta do Templo, de que nin-
guém mais poderá ouvir a Palavra que for dada. A Palavra de Passe
deverá sempre ser sussurrada ao Guardião, na porta.

-46-
Abono de Visitantes. Um Membro visitante poderá ser abonado por
um outro Membro de uma Loja se o Membro que o fizer puder assegu-
rar ao Guardião que viu realmente o Membro visitante em uma de
nossas Lojas na ocasião da realização de uma Convocação regular ou
preleção, ou se o Membro que fizer o abono puder assegurar ao Guar-
dião que o Membro visitante passou por todos os testes para a posse
legítima da Palavra de Passe e, ainda, souber, por evidência válida e
satisfatória, que o visitante é um Membro Iniciado, devida e propria-
mente, de algum Grau da Ordem. Nesse caso, o Guardião poderá pedir a
Palavra de Passe na maneira usual, solicitar a apresentação do Cartão de
Membro, a Identidade, e em seguida admitir o visitante à Loja.

O Cartão de Membro deverá ser apresentado, por solicitação, por


todos os Membros, e deve provar que todas as mensalidades da Loja a
que pertence o Membro foram pagas pelo menos para os três últimos
meses. Nenhum Membro será admitido em uma Loja (a sua própria ou
qualquer outra) a menos que suas mensalidades estejam satisfeitas para
o período dos últimos três meses. Em algumas Lojas ou Jurisdições o
Membro não poderá desfrutar dos privilégios da Filiação Ativa se as suas
mensalidades estiverem com um atrazo de três meses. O único critério
para os Guardiães no caso de Membros visitantes é estabelecer o perío-
do de quatro meses como limite para atrazos. Naturalmente, os Mem-
bros que apresentam Certificado de Demissão devem ter um Cartão de
Membro que indique estarem suas mensalidades pagas até a data do
desligamento de um outro Corpo Subordinado. As mensalidades na
Loja para a qual se transferir deverão começar na ocasião da sua ad-
missão à Loja.

Responsabilidade pela Admissão às Lojas. Os Guardiães, assim como


os Mestres, são responsáveis perante a Ordem e a Suprema e Grande
Lojas pela adrnissão,em qualquer Loja, de alguém que não seja Membro
devidamente Iniciado ou não esteja em dia com o pagamento de mensa-
lidades.

Se um visitante desejar cursar um Grau completo ou receber uma


Iniciação, deverá obter licença de sua Loja para o período de sua visita.

VISITANTES

Os Membros que visitarem uma Loja deverão submeter-se aos regu-


lamentos e leis dessa Loja e à Constituição da Ordem. As visitas a uma
Loja não poderão ultrapassar o período de três meses, findo o qual o

-47-
visitante deverá se transferir para essa Loja. Durante o tempo de visita a
uma Loja, seja na mesma ou em uma outra cidade que não aquela em
que está localizada a Loja a que pertence, o visitante deverá pagar suas
mensalidades à Loja a que está filiado. A apresentação do Cartão de
Membro ao Secretário de uma Loja provando que as mensalidades fo.
ram pagas a uma outra Loja, permite ao Membro visitar qualquer Loja
sem pagar mensalidades a essa Loja. Atrazo nas mensalidades de mais de
três meses (inclusive o mês em curso), na Loja a que estiver filiado,
vedará ao Membro visitar uma outra Loja.

• Os Membros que visitam wna Loja deverão ser considerados como


hóspedes da Loja e, se Oficiais de uma outra Loja, deverão ocupar
assento no Este com o Mestre da Loja visitada. Os visitantes apenas
poderão assistir às reuniões dos Graus que tiverem alcançado na Loja a
que estiverem filiados.

Os Membros de Sanctwn da Grande Loja poderão visitar, assistir as


reuniões gerais ou participar das Cerimônias Festivas realizadas em wn
Templo. Poderão assistir a uma Iniciação ou Revisão do Grau que tive-
rem alcançado na Grande Loja (ou de qualquer Grau anterior) porém
não poderão repetir essa visita mais de duas vezes seguidas sem se toma-
rem Membros dessa Loja, sujeitos aos seus regulamentos.

TRANSFERÊNCIAS

Os Membros poderão ser transferidos de uma para outra Loja somen-


te quando pretenderem ou estiverem aguardando tornar-se Membros da
Loja para a qual se transferiram por três meses ou mais. Se um Membro
desejar freqüentar uma Loja por período menor de três meses, deverá
ser classificado como visitante dessa Loja e merecer a hospitalidade
dessa Loja.
• Visitas continuadas a uma determinada Loja somente deverão ser
feitas quando o Membro estiver em uma cidade que não aquela em que
está localizada a sua Loja.

Quando um Membro se transfere para uma Loja e apresenta a essa


Loja um Certificado de Desligamento devidamente assinado, o Secre-
tário dessa Loja deverá dar prioridade a esse Membro transferido com
relação a todos os demais pretendentes a filiação nessa Loja, caso haja
lista de candidatos para admissão.

-48-
Ao transferir-se, o Membro deverá assumir todas as obrigações e
contribuições para com a Loja para a qual for transferido, a despeito de
quais tenham elas sido na Loja anterior.

DESLIGAMENTO

Seção 126

Um Membro que esteja em boa situação, que não esteja suspenso por
falta de pagamento de mensalidades, que não esteja aguardando julga-
mento e que tenha pago ou se comprometa pagar todas as suas mensali-
dades à Grande Loja, poderá solicitar ao Grande Secretário o seu Desli-
gamento, o qual, imediatamente, concedê-lo-á. O Membro, então, passa-
rá ao estado de filiação inativa na Grande Loja. Poderá reintegrar-se
como Membro ativo de conformidade com as estipulações da Seção 159
destes Estatutos.

Seção 159

O Membro inativo poderá solicitar ao Grande Secretário reintegração


na filiação total, ativa, anexando ao seu pedido a importância corres-
pondente às mensalidades em atrazo ou reme;endo a quantia que for
indicada pela Grande Loja. Será, então, readmitido na Grande Loja, a
menos que o seu pedido de reintegração seja negado pelo Imperator
e/ou pelo Grande Mestre.

ANTECÂMARA DE UM TEMPW

É o compartimento em que os Iniciados são primeiramente prepara-


dos para a Iniciação nos vários Graus. Nessas ocasiões, será ela protegida
pelo Guardião do Templo assistido pelo Mestre Auxiliar. Na Iniciação
ao Primeiro Grau esse compartimento fica sob a responsabilidade do
Guia da Loja, e ninguém poderá nele penetrar sem a sua permissão,a
menos que assim seja autorizado pelo Mestre.

CÂMARA DO TEMPLO

É o compartimento Secreto onde tem lugar a primeira parte da


Iniciação ao Primeiro Grau. É a Câmara da Cruz, a Morada da Vida e da
"Morte", o Túmulo do Silêncio, e o Local do Terror. Todos esses
nomes foram a ele aplicados no passado, e cada um deles expressa para
a mente do Iniciando sua função na Iniciação ao Primeiro Grau.

Esta Câmara é guardada nas Iniciações ao Primeiro Grau, primeira-


mente pelo Guia, na Antecâmara, depois pelo Arauto e finalmente pela
Portadora do Archote.

Quando não estiver sendo usada para Cerimônias, deverá ser reveren-
ciada e mantida imaculada pelos não-iniciados. Jamais deverá ocorrer
algo nessa Câmara que possa profaná-la (demonstrações de leviandade,
conduta inconveniente, ou trabalho profano).

UMBRALDO TEMPLO

É o lugar Mais Amado em cada Loja, para o Iniciando, pois represen-


ta o Portal para a Luz e. a Sabedoria.

É a entrada da Câmara para a Loja e, na Iniciação ao Primeiro Grau,é


protegido pelo Guardião do Templo enquanto que qualquer outra en-
trada para a Loja é guardada pelo Secretário ou pelo Mestre Auxiliar.

O Umbral jamais deverá ser cruzado após ou no decorrer de Convo-


cações ou conferências, sem que seja demonstrada a devida reverência
pela pessoa que o trespassa, que deverá permanecer de pé, à sua porta, e
fazer o Sinal da Cruz ao fitar o interior da Loja.

O Umbral representa a passagem das Trevas para a Luz, e da vida


finita para a infinita.

TEMPLO

O termo Templo é aplicado aos nossos edifícios devotados à adora:


ção de Deus e das leis de Deus, onde há Câmaras para estudo, trabalho,
e meditação. Devido à santidade desse estudo, trabalho e meditação,
nossos Templos são sagrados e devem ser corno tal considerados e res-

-50-
peitados, passiva e ativamente, por todos os Membros. " Assim como é
em cima, é embaixo". O Templo de Deus é universal, não-sectário,
carregado com as energias Cósmicas e forças vibratórias, e destinado
pelo Supremo Arquiteto a continuar seu trabalho criativo, em amor,
bondade e justiça; assim, nossos Templos devem representar um lugar
em que as mentes em geral, a despeito de credos ou dogmas, possam se
reunir harmoniZadas com as forças vibratórias em seu interior e que
promovem o amor, a bondade, a justiça, e a paz, de modo que a Natu-
reza possa continuar sua criação sem interrupção ou interferência.

LOJA

Em nossos sagrados Templos há muitas Câmaras, sendo a Loja a


principal. A Loja é a Câmara Central de todos os Templos, devotada às
Convocações Gerais e ao estudo formal das Obras de Deus. É, portanto,
a Câmara "interior" ou "central", a Alma do Templo, o primeiro círcu-
10 no interior do grande círculo, o Santuário, o "local permanente da
Presença de Deus."

As nossas Lojas representam, também, a superfície da Terra com os


quatro pontos cardeais, ou horizontes, &te, Sul, Oeste e Norte, com
terra, fogo, e água debaixo de nossos pés, e ar e "Nous" acima de nossa
cabeça, além dos quais estão as "estrelas e o céu", o mundo imaterial.

A Loja é disposta de modo a servir às suas fmalidades e permitir a


realização de suas atividades,. simbólica e praticamente. Seu equipa-
mento é tal que permite eficiência no Trabalho a ser realizado, e regu-
laridade nas práticas a serem por ela executadas. Essa disposição e equi-
pamento são explicados a seguir.

Os acessórios de uma Loja de nossa Ordem são padronizados e ser-


vem ao propósito excelente de prover os artigos necessários e os meios
para Trabalho e Adoração. Esses também são explicados a seguir.

"ESTE"

o "Este" da Loja é o primeiro ponto do horizonte e, portanto, o


mais importante ponto de orientação na Loja para todos os Rosacruzes.
Foi no "Este" que o Homem primeiramente viu o "Símbolo da Vida" e
compreendeu, pelo que via, que as Leis de Deus eram mecânica e mate-

-51-
maticamente perfeitas. O aparecimento diário do Sol, com precisao
absoluta, após um período de transição do declínio da vida no Oeste
para as sombrias trevas do Norte, ensina de maneira semelhante ao
Homem que a vida é contínua e imortal, surgindo repetidas vezes no
Este, no Sul e no Oeste.

No Este está a vida que se inicia. Do Este surge a Glória de Deus,


"que provém de Deus". Portanto, o Este em nossas Lojas é o ponto em
que todos os Fratres e Sorores buscam o Alvorecer da Iluminação e a
Ressurreição Divina (libertando-se das "sombrias trevas do Norte") que
os tornarão livres das superstições das trevas (ignorância) e dos temores
da noite (mal).

Por essa razão, o Este é sempre respeitado e saudado como o "lugar


da Iluminação Divina e da Ressurreição." Deverá ser assim considerado
em todas as ocasiões, e jamais ocupado por profanos (não-iluminados,
não-iniciados) ou por pessoas indignas.

"SUL'

O "Sul" em nossas Lojas é o ponto em que o Sol (fonte de ilumina-


ção) brilha em sua maior glória e intensidade, encontrando a culmina-
ção de sua ascendência no reino dos Céus (espiritualidade). Esse ponto,
portanto, é onde a Mente Divina encontra a mais completa expressão
(espiritual), sendo ocupado em todas as Lojas pelo Capelão, represen-
tante espiritual de Deus em Seu Templo.

Do "Sul" virão palavras de prece e bênçãos sagradas em todas as


fases de nosso Trabalho e Serviço por Deus e pelo Homem.

"OESTE"

No "Oeste" o Sol da vida lentamente se submete ao fim de sua


jornada e, em radiante esplendor, vai repousar nos "braços ga Mãe"
(paz e quietude).

O "Oeste" em nossas Lojas é o ponto em que os Fratres e Sorores


buscam paz, repouso, e harmonização com o Cósmico por meio de
preces e meditação. É o local em que a Matre (mãe) da Loja aguarda a
chegada de seus filhos e recomenda-lhes "repousar um pouco e entre-
gar-se à Comunhão com Deus."

-52-
"NORTE"

O lugar das "trevas sombrias" onde o Sol não lança sua gloriosa luz.
É o abismo do mal, o vale da morte (estagnação), o reino das trevas
(ignorância), as horas da noite (o mal).

É "o lugar' de onde nada provém senão o desejo de para aqui se


dirigir"; essa a razão de ser o lugar ou ponto da Loja onde o Buscador
de luz (pretendente a filiação) habita, e o Neófito (novo Iniciado) pene-
tra na Loja em busca de mais luz.

ALTAR

No Este da Loja está situado o Altar do Mestre, que representa a Luz


Maior e é na verdade a Luz Menor em todas as Convocações de Loja,
exceto quando a "Luz Vestal pode mais simbolicamente representar o
aparecimento da Luz Maior em toda a sua glória."

Sagrado e Puro deve ser o Altar para que, de seu seio, possa se
irradiar a iluminação intelectual e espiritual igual à iluminação física
proporcionada pelo Sol.

SHEKINAH

No centro da Loja onde as linhas dos quatro pontos do horizonte se


cruzariam, está o Coração da Alma do Templo.

Este, o quinto ponto da Loja, é ocupado pelo Triângulo Sagrado


chamado "Shekinah" (pronunciado "che-qui-na", com acentuação na
sílaba central).

O Shekinah é o Lugar Simbólico que representa "a Presença de Deus


entre nós." •

Assim, representa "o triângulo dentro dos dois círculos."

Indica, portanto, que Deus está em toda a parte (Lojas, local de

-53-
reuniões), em todas as ocasiões (Templo, tempo); portanto, que Ele é
onipresente.

O Shekinah é iluminado em todas as Convocações para simbolizar "o


fogo e o fervor, a chama e a Luz" da Presença Divina.
f

Três velas são usadas sobre o Shekinah para lembrar-nos da lei que
requer o mínimo de três "pontos" para que possa haver uma manifesta-
ção perfeita.

O Shekinah é colocado com o seu terceiro ponto na direção do


Oeste para que a "Presença de Deus" possa-se manifestar no Oeste,
onde habitam os filhos da Luz em paz, amor e meditação.

Os dois pontos externos do Shekinah estão na direção Norte e Sul.

O Shekinah recebe o seu poder das Vibrações Sagradas e Místicas


geradas no Este da Loja, que se irradiam através do Sanctum para o
Shekinah, que é o ponto focal para essas Vibrações. Assim, a "Presença
de Deus" é levada em Vibrações do Este para "o Coração da Alma do
Templo."

SANCTUM

Em toda Loja há um lugar, uma condição chamada "Sanctum".


Localiza-se entre o Shekinah e o Altar. O Lugar Sagrado ocupa todo o
espaço entre a extremidade Este do Shekinah e a linha Oeste do Altar,
porém não atinge ambos os lados da Loja. Os limites Sul e Norte desse
espaço são determinados, deixando-se, de cada lado da Loja, suficiente
espaço para movimentação, cerca de 75 a 90 cm, para se chegar aos
lados Norte ou Sul do Altar. O resto do espaço entre o Altar e o
Shekinah forma o Sanctum Sagrado.

No Sanctum, em sua extremidade Este, em frente do Altar, está a


Coluna Vestal e a "estação" da Columba. •

O Sanctum é mantido sagrado, e reservado exclusivamente para a


tomada de Juramentos Sagrados e Obrigações, sendo também o local
em que aos Fratres e Sorores são Outorgados título de Cavaleiro Rosa-
cruz, ou cargos.

54-
Sanctum" é não somente proibido a todos, exceto ao Mestre ou à
Columba, e constitui um sério e grave erro trazendo para a Loja e, mais
especialmente, para o infrator, uma lição do Cósmico.

O fundamento para advertência tão solene repousa na afirmação


previamente feita (vide Shekinah) no sentido de que do Altar irradiam-
se "a Vida, a LÚz, e o Amor", e que o Shekinah recebe seu poder (a
Presença de Deus) das Vibrações que passam do Altar para o Shekinah.
Isto tomaria o Sanctum um lugar sempre carregado com vibrações sa-
gradas, e cruzar entre o Altar e o Shekinah interromperia o fluxo dessas
Vibrações perturbando a Harmonia ali estabelecida.

O Mestre tem a autoridade, na verdade o dever, de repreender qual-


quer pessoa que macule o Sanctum cruzando-o do Norte para o Sul ou
do Sul para o Norte. Quando se penetra no Sanctum para qualquer
propósito legítimo, aquele que nele penetra poderá apenas ir até ao
centro do mesmo,devendo retirar-se pelo mesmo ponto em que entrou.
Do mesmo modo, deverá todo aquele que nele penetra fitar o Este, do
centro do mesmo, e fazer o "Sinal da Cruz" .antes de realizar o ato ou
executar a função que exigiu sua entrada no Sanctum.
,,'
Ao deixar o Sanctum, deverá a pessoa não somente retirar-se pelo
mesmo ponto em que entrou, porém ao retirar-se deverá caminhar para
trás, fitando sempre o Este.

MESTRE

"Pois que aquele que é o maior entre vós, será o maior Servo para
todos."

O Mestre de toda Loja é o Servidor-Mor. Este título e esta posição


. têm sido conferidos a determinadas pessoas devido à sua capacidade,
caráter, dignidade e disposição para servir.

O Mestre de uma Loja é, por força da Constituição, o dirigente


ritualístico da Loja, limitado em seus atos apenas pela Constituição e
Decretos do Imperator, do Grande Mestre, ou do Conselho Supremo.

Simbolicamente, ele representa a Luz Maior de cada Templo e Loja.


É o representante do Imperator em cada Templo, e o representante do
Grande Mestre em cada Loja.

-55-
Sua "estação" é o Este, de onde provém todo o conhecimento.
Coloca-se no Este em todas as Convocações e preleções, para atuar
como transmissor, Mestre Mensageiro, das Radiações de Luz e Dissemi-
nação do Conhecimento.

Ao Grande Mestre será dado o tratamento de: Mui Venerável Grande


Mestre. Durante todas as Convocações será ele saudado como adiante se
explica (vide Saudações), prestando-se-lhe, por todas as maneiras, o
respeito, consideração e honra devidos à sua posição nobre, desinte-
ressada, e ritualística.

Nas Lojas subordinadas,o Mestre será tratado como: Digno Mestre..


Será saudado e respeitado, do mesmo modo que o Grande Mestre, no
que se relaciona com a forma e o cerimonial, embora submisso ao
Grande Mestre de sua Jurisdição e seu Grande Conselho.

MATRE

A mãe de cada Loja tem nesse organismo uma posição semelhante à


do Mestre. Sua estação está no Oeste, onde o Sol se recolhe em glória e
a vida encerra suas atividades materiais e encontra o doce repouso.

É ela a Mãe, no sentido material e espiritual, de todos os filhos de


cada Loja (os Fratres e Sorores) e a ela deverão ser confiados os proble-
mas íntimos e pessoais da Vida, os quais ninguém,a não ser uma mãe,
pode compreender. Ela, por sua vez, poderá então secretamente e em
absoluta confidência solicitar a ajuda do Mestre da Loja e dos Fratres e
Sorores que possam prestar o auxílio, material ou espiritual, necessárío,

Quantas vezes há pequenos problemas, questões delicadas e íntimas,


que oprimem o nosso coração e exigem os maiores esforços para serem
solucionados! E, quantos deles se tornam insignificantes ou desapare-
cem tão logo o confiamos à Mãe! Mãe que compreende, mãe que conos-
co se solidariza, mãe que sabe, confia, ama, e se sacrifica para que
sejamos felizes.

Mantenhamos sempre sagrados e puros o nome, o espírito, a sublimi-


dade da missão Divina da Mãe, e jamais nos tornaremos orgulhosos ao
ponto de deixar de ajoelhar-nos diante do coração acolhedor e do bon-
doso sorriso de nossa Matre, nela encontrando o doce repouso e a Paz
Profunda em qualquer ocasião.
CHAMA DA VESTAL

Este elemento simbólico de todas as Lojas (e Capítulos) de nossa


Ordem ocupa lugar diretamente à frente do Altar no Este. A Coluna em
que é colocada a Urna da Vestal deve estar, pelo menos, sessenta centí-
metros distante da beira do Altar, para prover espaço para que a Vestal
(Columba) se situe entre ela e o Altar.

Nos tempos antigos, toda Loja possuía um Altar da Vestal sobre o


qual o Fogo Sagrado queimava continuamente (dia e noite) sob os
cuidados de um zelador, ou uma luz azul durante todas as Convocações
de Loja.

Atualmente, em nossa Loja o Altar da Vestal pode ser substituído


por uma Coluna de qualquer tipo, de desenho apropriado, tendo em
cima uma Urna de metal na qual é queimado incenso para representar a
an!iga "Chama da Vestal", e demonstrada a "Luz Menor" nas Inicia-
ções.

Uma luz vermelha de baixa intensidade, de conformidade com a


tradição, poderá também ser usada colocando-se luz, com um globo
vermelho, na Coluna da Vestai.

COLUMBA VESTAL

A Vestai de cada Loja é a "Columba" ritualística. Além de sua


função ritualística deverá providenciar para que a luz vermelha, o incen-
so, ou ambos, na Coluna da Vestal, estejam acesos para qualquer Convo-
cação.

Deverá ter assento permanente no lado direito da Coluna da Vestal,


o qual jamais deverá ser ocupado por qualquer Oficial ou Membro da
Ordem. Uma Vestal visitante deverá sentar-se à esquerda da Coluna da
Vestal.

A Columba de cada Loja representa "Vida, Luz e Amor" e também


a Consciência de cada Frater e Sóror da Loja.

Em todas as convocações, cerimônias, preleções, audiências do Con-


selho, ou debates, deverá ela ter precedência sobre todos os demais,
excetuado o Mestre, ao expressar qualquer sentimento ou conduzir

-57~
qualquer ato de uma Cerimônia ou Rito. "Quando a Columba fala,
todos deverão permanecer em silêncio!", diz uma antiga lei do Templo,
pois da Boca de uma Criança vem a Sabedoria, e do âmago da Consciên-
cia,a Verdade.

As Columbas devem ter menos de 16 anos ao serem designadas para


o cargo, e não menos de 12 anos. Deverão servir até completar 18 anos
e durante esse tempo deverão conservar sua virtude (permanecer soltei-
ras). Ao completarem 18 anos, deixarão o . cargo com honras, sendo,
então, sua sucessora instalada com Cerimônia apropriada. As Columbas
são, na verdade, "Noivas da Ordem" durante o tempo em que servem.
Deverão ser instaladas e comparecer às convocações regulares.

À COLUMBA VESTAL
Por Charles Cline Hubbard
Caráter Imaculado, Verdadeiro Arauto da Nova Marcha do Ciclo.
Adolescência Nova e Pura de uma Raça Mais Nova e Mais Pura - diante
do Sacratíssimo Relicário de Teu Coração, em Confissão solenemente
proferida.
Meus pensamentos, condignamente reverenciados, a Ti acorrem para
adotar Tua Pureza!
Doce Vestal, os senhores do mundo de Ti escarneceram e tentaram
macular Tuas Vestes.
Zombaram e riram-se de Ti, porém com clemente doçura, protegida
pela Rosa e pela Cruz, Buscaste o Reino sempre Perfeito.
Onde Te aguardava o Teu Deus com a Coroa de Sua Perfeição!
E agora, Doce Paloma da Mais Pura Adolescência, o suave repicar
dos Sinos do Templo.
Os melodiosos tons de Felicidade Pura, cessam, ao envolver-te.
Amigos, cujas fisionomias são familiares, cantam alegremente à Tua
entrada,
Pois Tu mesma representas a Evolução do Ciclo - sua própria Eter-
nidade!

-58-
DIAGRAMA DO TEMPLO E LOJA R.C,

59
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA

O Diagrama representa um típico Templo Rosacruz com suas "esta-


ções" e acessórios. Quando as Lojas projetam seus próprios Templos,
este diagrama deve ser observado o mais fielmente possível.

As figuras do diagrama indicam o seguinte:

1 - Cadeira do Mestre sobre o estrado triangular no Este - com um


púlpito triangular em frente à cadeira;
2 e 3 - Assentos para Mestres Visitantes;
4 - Cadeira da Vestal;
5 ­ Coluna da Vestal;
6 - Cadeira do Mestre Auxiliar;
7 - Cadeira e escrivaninha do Secretário;
8 - Cadeira e escrivaninha do Tesoureiro;
9 - Cadeira do Cantor;
1 O - Cadeira do Organista;
(NOTA: Se o órgão estiver colocado no lado oposto da Loja,
então as cadeiras indicadas pelos números 6, 9 e 10 deverão
também ser mudadas).
11 - Cadeira do Guia;
12 - Estação e cadeira do Capelão;
13 - Cadeira do Arauto;
14 - Shekinah com as velas;
15 - Genuflexório;
16 - Cadeira da Medalhista;
17 - Estação e cadeira da Grande Sacerdotisa;
18 - Cadeira da Portadora do Archote;
19- Umbral
20 - Cadeira do Guardião na entrada do Templo;
21 - Estação e cadeira da Matre;
22 - Cruz Rosacruz na Câmara;
23 e 24-Assento para Oficiais visitantes.
Para uma descrição das outras partes do Templo e Loja, ler a defini-
ção de vários termos neste Manual.

-60-
O SINAL DA CRUZ

Têm sido feitas referências repetidas vezes, nas páginas precedentes,


ao Sinal da Cruz. Torna-se portanto necessária uma explicação dessa
expressão e Sinal.

Abreviada em antigos manuscritos e documentos oficiais, a expres-


são é indicada por "S. C." Outras vezes, a expressão e Sinal são repre-
sentados por uma Cruz(+) ou pelas palavras "Sinal da +"

O Sinal é feito da seguinte maneira: Com o braço esquerdo em


posição natural, ao lado do corpo, eleva-se a mão direita ao nível do
peito, cerca de 15 a 25cm à frente do corpo. Os dedos da mão direita
devem estar fechados, exceto o polegar e os dois primeiros dedos que se
conservam estendidos e se unem, nas pontas, em sentido oposto ao
corpo.

Então, a mão direita com os dedos na posição indicada começa a


fazer o Sinal, sendo levada para cima em linha perpendicular perfeita
até estar, mais ou menos, à altura dos olhos. Em seguida, é abaixada em
linha curva até a frente do lado esquerdo do peito; depois, em linha
horizontal e em ângulo reto com a perpendicular, é movimentada até o
lado direito do peito, sendo, então, levantada, em linha curva semelhan-
te a um arco, até a altura dos olhos onde começou o Sinal, e logo após
abaixada em uma outra perpendicular até o coração. Levar, em seguida,
a mão direita ao lado do corpo.

Essas linhas perpendiculares e horizontais cruzam-se em frente ao


coração, local em que na Cruz é colocada a Rosa. Em nenhuma ocasião
devem a mão e os dedos estar a menos de 1 Scm do corpo. O Sinal não é
feito em direção ao corpo e, sim, na direção a ele oposta.

O Sinal deve ser feito lenta e solenemente, e com sincera reverência.


Representa ele as Obrigações e Juramentos assumidos por todos os
Iniciados na ocasião da Iniciação ao Primeiro Grau e em outras ocasiões,
em Cerimônias e convocações. As várias linhas que se formam quando é
feito o Sinal contêm muitos dos símbolos e sinais antigos.

O Sinal é usado pelos Mestres, Oficiais e Membros ao assumirem


uma obrigação solene para com a Ordem ou seus Membros. Jamais
deverá ser substituído por qualquer forma de promessa. Mesmo nos
tribunais judiciários ou em qualquer outra parte, quando se é solicitado

-6}-
a prestar um juramento ou declaração colocando as mãos sobre a Bíblia
Sagrada ou levantando a mão, deverá ser usado de preferência o Sinal da
Cruz. Na América, ao prestar um juramento a pessoa tem o prívílégío de
usar a forma de juramento que considerar mais sagrada; isto permite aos
Rosacruzes manifestar fidelidade a uma obrigação ou jurar por qualquer
declaração, em uma Corte ou fora dela, fazendo o Sinal da Cruz de
preferência a qualquer outro. Essa preferência jamais deverá ser de·
monstrada, explicando, porém, se solicitado a fazê-lo, que em seu caso
o "Sinal, na forma em que foi feito, é o mais sagrado e solene de
todos." O SINAL OBRIGA A PESSOA QUE O FAZ A DIZER A
VERDADE A DESPEITO DE TUDO E DE TODAS AS CONSEQü~N·
CIAS, ciente que está do Terror do Umbral e dos ditames de sua Cons-
ciência.

SAUDAÇÕES

As seguintes Saudações deverão ser usadas por todos os Membros,


nas ocasiões indicadas:

AO ENTRAR NA LOJA: Sempre que estiver sendo realizada uma Iní-


ciação de Grau na Loja e a Loja estiver franqueada aos Membros, estes
deverão se aproximar da porta da Loja e, em voz baixa, transmitir ao
Guardião a Palavra de Passe correspondente ao Grau que motivou a
reunião. Quando· exigido, deverá o Membro submeter-se a um exame
(vide Entrada na Loja, pag. 45). Caso não possa ser dada a Palavra de
Passe, a admissão à Loja será negada pelo Guardião.

APÔS ENTRAR NA LOJA: O Membro deverá fazer a Saudação ao Este


caminhando em linha reta para um ponto ao Oeste do Shekinah, colo-
cando-se de frente para o Este e, com o dedo indicador esquerdo, fazer
o Sinal que na Iniciação ao Primeiro Grau foi feito quando todos os
Iniciados se encontravam nessa mesma posição para assumir a Primeira
Obrigação Solene de Serviço. A finalidade dessa Saudação, ao entrar na
Loja, é indicar que o Membro renova ou tem em mente a Obrigação
assumida na Iniciação ao Primeiro Grau. Após esse Sinal de Saudação o
Membro poderá sentar-se. Este é o Sinal comum de Saudação em todas
as Jurisdições.

AO SAUDAR O MESTRE: Se durante uma Convocação ou preleção o


Membro tiver de aguardar a oportunidade para interromper o Mestre,
deverá colocar-se de pé em frente ao seu assento, fitar o Este e, em

-62-
seguida, quando o Mestre notar sua atitude, fazer o Sinal da Cruz. O
Mestre então dirá: "Em que lhe posso servir, Frater?" (ou Sóror). O
Membro responderá: "Mui Venerável Grande Mestre", "Venerável Gran-
de Mestre", ou "Digno Mestre", formulando a pergunta, súplica, ou
permissão para se retirar da Loja, etc. Enquanto estiver falando, o Mem-
bro deverá ficar der frente para o Este e expressar-se com solenidade. Ao
terminar, sentar-se-á calmamente ou fará o que desejava,sem interrom-
per a Convocação ou preleção.

OBRIGAÇÃO DE SERVIR

A todos os Iniciados, na Iniciação ao Primeiro Grau, é solicitado


colocarem-se no Sanctum Sagrado da Loja e, de frente para o Este,
fazer determinado Sinal e repetir após o Mestre a seguinte Promessa
sagrada que voluntariamente assumem e que une para sempre todos os
Membros:

"Diante do Sinal da Cruz e em nome de nosso Deus, prometo para


sempre fazer tudo ao meu alcance para restituir ao mundo a luz que se
extinguiu e os Segredos que maisconvém ao Homem conhecer."

Esta obrigação de Servir torna indispensável que os Membros estu-


dem e pratiquem, experimentem e ponham à prova as sagradas Leis
ensinadas em nossa Ordem, APLICANDO-AS EM TODAS AS OPOR-
TUNIDADES para que a LUZ que se extinguiu possa ser restaurada, e
dissipadas as trevas (ignorância e o Mal).

DECORo' NA WJA

Não deveria ser necessário mencionar este assunto a um Rosacruz


pois todos reconhecem a Santidade e pureza do Templo e da Loja.

Tão logo penetrem no recinto da Loja os Membros deverão evitar a


conversação em altas vezes ou a movimentação desnecessária. Deverão
ter em mente que alguns Membros no interior da Loja podemestar em
meditação, necessitando de silêncio, e outros realizando convocações
solenes e sagradas. A entrada na Loja não deverá perturbar esses traba-
lhadores silenciosos.

-63-
SAfDA DA LOJA

Ao término de todas as Convocações ou preleções, depois que o


Mestre tiver devidamente encerrado o Trabalho e solicitado aos Mem-
bros que se retirem, deverão estes permanecer de pé à frente do assento
que ocuparam, voltados para o Este, até que o Mestre tenha deixado o
Altar no Este e vagarosamente caminhado, cruzando a porta da Antecâ-
mara. Então, os Membros poderão encaminhar-se em silêncio para a
porta ou realizar uma reunião informal até que a Loja seja finalmente
fechada pelo Guardião, que comunicará a todos que devem-se retirar,
pois o recinto da Loja vai ser fechado.

PRELEÇÕES

Os principais ensinamentos da Ordem são transmitidos aos Membros


em forma de preleções, oralmente, nas Convocações regulares de cada
Grau, na Loja do Templo ou, no caso do Estudante de Sanctum, em
monografias. Na verdade, cada Grau de nossa Ordem consiste de uma
Iniciação e doze a cinqüenta, ou mais, monografias. Nos Graus mais
adiantados, as monografias aumentam em número em cada Grau.

Essas preleções são preparadas pelo Corpo de Assistentes do Impe-


rator, na Suprema Grande Loja, e remetidos aos Membros de Sanctum
em toda a Jurisdição das Américas, Comunidade Britânica de Nações,
França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e Africa.

Todos os Membros recebem, de maneira idêntica, as mesmas lições.


Para beneficar os países de língua espanhola, as monografias são tradu-
zidas para o espanhol, porém remetidas diretamente pelo Departamento
de Instrução da Grande Loja em San Jose, Nenhum Mestre de Loja ou
Capítulo subordinado será autorizado ou terá permissão para acrescen-
tar algo ao trabalho ou ensinamentos ou para neles inserir qualquer
opinião pessoal. Grandes Lojas da AMORC, como as da França, Brasil, e
outros países, preparam as monografias no idioma do próprio país.

Uma vez por semana, no Templo Egípcio da Suprema Grande Loja,


no Parque Rosacruz, em San Jose, Califórnia, é realizada uma reunião
para todos os Membros que moram nas circunvizinhanças do Parque
Rosacruz, para os que o estejam visitando ou de passagem pelo lugar. A
cerimônia, nessa ocasião, é de natureza mística, com ritual inspirador, e
poderá ser assistida por Membros de qualquer Grau, sejam de Sanctum

-64-

.. _
ou de Lojas Subordinadas, que estiverem com a sua situação regu-
larizada.

Os ensinamentos são modificados ou ampliados, de tempos a tem-


pos, de conformidade com as descobertas mais recentes. Essas modifi-
cações ou acréscimos serão comunicados a todas as Lojas para trans-
missão aos Membros.

Não há vantagem especial em assistir às preleções na Grande Loja, de


preferência a outras Lojas. Em todas as Lojas há Membros que se entre-
gam ao trabalho de pesquisas, entre as preleções, e estão preparados
para formular perguntas ou estabelecer debate sobre o assunto de cada
preleção. Portanto, é dever de todo Mestre estimular a apresentação de
perguntas e o debate sobre pontos contidos nas preleções.

Quando ao Mestre são formuladas perguntas que ele não possa res-
ponder, de nosso ponto de vista, deverá ele francamente isso declarar e
dirigir-se à Grande Loja solicitando a resposta.

Se houver perguntas cujas respostas o Mestre acredite pertencer ao


Trabalho de Graus mais adiantados, deverá abster-se de respondê-las,
invalidando-as.

"ROSAE-CRUCIS"

Esta é a forma latina do nome e, de modo geral, usada em todos os


países pelo fato de se adaptar mui facilmente ao uso em todos os
idiomas, sendo, ao mesmo tempo, a tradução perfeita do verdadeiro
significado. As palavras, traduzidas para o português, significam: "Da
Rosa Cruz"; portanto, a palavra "da" jamais deverá preceder às palavras
"Rosae-Crucís". O nome de nossa Ordem é o seguinte: "Antiga e Mís-
tica Ordem Rosae-Crucis". Ordem Rosae-Crucis é uma forma abreviada
de seu nome, e significa: Ordem da Rosa Cruz. A abreviatura Oficial do
nome, todavia, é, segundo a Constituição, A.M.O.R.C.

As palavras "Rosae-Crucis" nunca são traduzidas quando usadas em


outros idiomas. Por exemplo: A Divisão Latino-Americana da Grande
Loja, que usa o idioma espanhol, traduz o nome inglês "Ancient and
Mystical Order Rosae Crucis" como: Antigua y Mística Orden Rosae
Crucis.

-65-
ROSA CRUZ

Este termo não é usado oficialmente pela nossa Ordem, a não ser
como explicação do termo "Rosae-Crucis", A razão para isso é dupla.
Usando o termo "Rosae-Crucís" cingimo-nos ao costume tradicional e,
do mesmo modo, evitamos nos identificar com qualquer dos empreen-
dimentos comerciais que usam o termo "Rosa Cruz" como título para
livros com finalidade puramente comercial e que nenhuma relação tem
com o nosso trabalho ou com o nome; para planos de colonização,
escolas, etc.

Poderia ser escrito um volume sobre a questão da Simbologia ou


significado místico da Rosa e da Cruz. A explicação mais popular dos
dois símbolos, a explicação que os enciclopedistas gostam de usar com
grande demonstração de autoridade aparente, é que a Cruz e a Rosa têm
grande relação com orvalho e outros termos alquímicos. Esta é sim-
plesmente uma explicação fantástica, embora satisfatória, para o leitor
casual; todavia, não representa a Verdade.

No que se refere à lenda, temos informações em nossos próprios


arquivos de que o Homem primeiramente usou o símbolo da Cruz
quando, no Egito ou possivelmente na Atlântida, um Místico colocou-
se, ao nascet do sol, em urna planície e olhando em direção ao Este
levantou os braços ao nível dos ombros, em adoração ao Sol, o dis-
pensador de vida. Em seguida, voltando-se para o Oeste para saudar o
ponto onde a vida terminava simbolicamente, verificou que seus braços
e corpo, durante o ato de saudação, lançavam urna sombra no chão à •
sua frente, produzida pelo Sol nascente. A sombra tinha a forma de
uma Cruz, e para ele teve a significação de que a vida era apenas uma
sombra, a sombra da Cruz.

Uma explicação repetidamente apresentada pelos sábios é que a ori-


gem da Cruz foi a crux ansata dos egípcios, a cruz com uma abertura
ovalada na parte superior, freqüentemente encontrada nos desenhos
egípcios e usada simbolicamente nos escritos místicos do Egito e do
Oriente. A crux ansata, chamada a cruz da vida, foi desenhada pelos
egípcios e Místicos para representar a continuidade ou imortalidade da
vida. A afirmação de que com o passar do tempo a parte ovalada ou
superior da crux ansata foi fechada tomando a forma de uma peça
perpendicular, transformando-se, desse modo, no original da Cruz que
usamos, é um erro.pois em nossos arquivos encontramos, como outros
encontrarão nos antigos registros egípcios sobre Misticismo e História,

-66-
ambas as cruzes usadas no mesmo período. Parece que elas vieram à
existência na mesma época, na ocasião em que as Mentes Duminadas do
Oriente estavam idealizando e criando símbolos que tivessem signi-
ficado positivo na mente dos estudantes eruditos. Se a Cruz e outros
símbolos confundem os sábios contemporâneos, não é de admirar que
em épocas passadashouvesse muitos que nada viam nessessímbolos
senão sinais de natureza indefinida.

A Rosa, por outro lado, oferece pouco trabalho ao estudante de


Simbologia. Sua fragrância, seus ciclos de germinação, de total flores-
cimento e encanto para, depois, decompor-se e transformar-se em pó,
representam os Ciclos da Vid3, mesmo da vida humana. O fato de que a
semente da Rosa em desintegração cai na terra e na própria terra en-
contra nova oportunidade para renascer, simboliza a compreensão do
Místico quanto à continuidade da vida, ou reencarnação.

Em nosso Trabalho, a Cruz, do mesmo modo que a Rosa, representa


muitas coisas esotericamente; todavia, exotericamente a Rosa repre-
senta Sigilo e Evolução, enquanto que a Cruz simboliza as Lutas e
Fardos da Vida e o Carma que devemos suportar em nossa existência
terrena.

No ritual de Iniciação ao Primeiro Grau é feita a seguinte referência


â Cruz e â Rosa: " A vida é representada pela Luz; a Aspiração, pela
Rosa e pela Cruz, e a Morte, pelas Trevas." Por isso, chegamos a c()m-
preender que a Aspiração, o desejo de fazer algo, de servir, de concluir
uma obra, de dominar as situações saindo finalmente vitoriosos, é possí-
vel por meio do Carma {cruz) que devemos suportar e da evolução
{rosa) que dessemodo atingimos.

OS TRIÂNGUWS

Tem havido muita controvérsia quanto à razão de usarmos como


Símbolo o Triângulo Invertido. Jamais nos foi explicada a razão de ser
chamado de invertido o triângulo com o vértice para baixo. Não há
razão, exceto Misticamente, para que um triângulo como o nosso deva
ter qualquer posição definida. Um triângulo é sempre um triângulo, a
despeito de sua posição, e usar a palavra invertido é presumir que o
triângulo tenha uma posição exata, qualquer que seja ela, para que
possa ser invertido.

67
Não desconhecemos o fato de que determinadas organizações na
América têm usado o triângulo com o vértice para cima como Símbolo
Místico, porém isto não conferiu a essa posição do triângulo uma posi-
ção definida ou exata que não deva ser modificada.

A explicação melhor, e verdadeira, da razão de usarmos o triângulo


dessa maneira é o fato de que ele foi usado, pelos antigos Místicos do
Egito e possivelmente da Atlântida, para simbolizar as criações Divinas
(chamadas espirituais) do Universo, enquanto que o triângulo com o
v~rtice para cima era usado para representar o triângulo materíel.

A doutrina da Trindade é urna criação posterior à antiga lei Mística


do triângulo. Pela comparação das leis contidas em nossas monografias
do Templo a respeito dos dois triângulos (Monografias do Primeiro
Grau), com esta doutrina, verificar-se-á imediatamente a similaridade
bem como a explicação de representar o triângulo com o vértice para
baixo as Criações Divinas ou Espirituais.

Em todo o Trabalho dos Graus mais adiantados o triângulo ou a


"Lei das Três Pontas" contribui para a solução de muitos problemas. Na
verdade, no trabalho que está sendo realizado na Suprema Grande Loja,
nos laboratórios ou fora deles, na química, eletricidade, terapêutica,
música, e mesmo nas mais sutis manifestações das leis da Natureza, o
triângulo, em uma de suas duas posições, é usado, tornando-se sempre o
grande e decisivo Solvente Universal.

A Cruz no interior do Triângulo Espiritual é um dos Símbolos Ofi-


ciais de nossa Ordem, sendo também um símbolo muito sagrado. De
uma forma ou de outra, é encontrado no selo de todas as Lojas. É um
sinal de identificação que não é usado por qualquer outra organização
ou sociedade do mundo.

SIGILO

Parece haver alguma dúvida na mente de muitos de nossos Membros


quanto ao que é Confidencial em nosso Trabalho e o que não o é. Esta
_dúvida poderá ser eliminada pela seguinte explicação:

O objetivo principal do Sigilo em nossa Ordem é evitar que aqueles


que não pertençam à Ordem (aqueles que não tenham sido examinados,
postos à prova, experimentados, iniciados e· instruídos) assistam as nos-

-68-
sas reuniões e convocações, gozando dos privilégios ou direitos a que
fazem jus os nossos Membros em virtude de suas Obrigações e Promessa
de Servir.

Portanto, as Normas de Sigilo estão associadas com tudo o que


ocorre em cada, Cerimônia de Iniciação, imediatamente, antes ou de-
pois. Em outras palavras, as coisas que todo Membro promete, por
Juramento, manter em segredo são: As características de cada Ceri-
mônia de Iniciação inclusive o que é dito pelo Mestre e cada Oficial bem
como pelos Membros durante a Cerimônia; o que foi feito pelos Mes-
tres, Oficiais, e Membros, durante, antes ou após a Cerimônia. Isto
inclui o método de abertura e encerramento dessas Cerimônias, os ter-
mos, palavras, frases, sinais, símbolos, etc., usados na Loja do Templo
ou nas Câmaras Externas, na véspera ou no dia dessas Iniciações, assim
como os Toques, Palavras de Passe, Saudações, e Sinais de Reconhe-
cimento.

As coisas acima mencionadas devem ser consideradas pelos Membros


como segredos sagrados. O primeiro Juramento prestado por todo Mem-
bro antes de ser iniciado, e subscrito pelo .Iniciado no livro Negro
Oficial de cada Loja, é o seguinte: "Diante do Sinal da Cruz prometo,
por minha honra, não revelar a qualquer pessoa, exceto a um Frater, ou
Sóror declarado desta Ordem, os Sinais, Segredos ou Palavras que venha
a conhecer antes, durante, ou após passar pelo Primeiro Grau." Este
Juramento, feito antes da Filiação, é considerado válido pelo Membro
para todos os Graus. Cada Grau, contudo, tem seu próprio Juramento,
semelhante em substância ao anterior no que se relaciona ao Sigilo
quanto aos Sinais, Palavras e Símbolos.

O QUE NÃO e CONFIDENCIAL


Não há, todavia, qualquer obrigação por parte dos Membros da Or-
dem no sentido de manterem em segredo todas as leis e princípios que
aprenderem em nossas preleções e ensinamentos. Não é propósito da
Ordem educar homens e mulheres em leis vitais e fundamentais que
jamais possam usar, eficiente e convenientemente, para benefício de
outros. Afirmar que nenhuma de nossas leis, ou princípios, deve ser
divulgada ou usada fora de nossa organização frustraria o verdadeiro
propósito de nossa Ordem.

É claro, todavia, que deverá ser exercida certa discreção. Aos nossos

-69-
Membros são ensinadas determinadas leis vitais para que possam USÁ-
LAS e aplicá-las para as finalidades específicas da Ordem. De nada
valerá a um homem ou mulher fora de nossa Ordem, que necessite
auxílio, explicarmos a operação das leis da Natureza. O que se toma
necessário, na média dos casos, é colocar em operação as leis e princí-
pios que promo,verão os resultados desejados. Portanto, explicações que
revelem nossas leis e princípios são desnecessárias e algumas vezes
prejudicam o objetivo em mente podendo, em outros casos, causar
aborrecimentos, preocupações ou efeitos desagradáveis.

Há casos, todavia, em que se verificará ser conveniente, senão abso-


lutamente necessário, explicar a uma pessoa fora de nossa Ordem a·
operação de alguma das leis da Natureza,pois essa compreensão poderá
produzir tudo que se toma necessário para aliviar um mal-estar ou fazer
com que um coração angustiado ou um corpo enfermo readquira a
Saúde, a Felicidade e a Paz Profunda.
~
Certamente, nenhum Membro verá neste privilégio razão para pegar
todas as preleções ou ensinamentos de nossa Ordem, ou mesmo parte
deles, para usá-los como base para uma outra escola ou sistema, ou
vender, publicar, e difundir as instruções. O privilégio de que desfruta
cada Membro ao transmitir alguns princípios ou leis àqueles que deles
necessitem, exige a discreção necessária e, quando esta não é usada
porém deliberadamente posta de parte, o Membro viola sagradas Obri-
gações e será, para sempre, alijado do seio da Grande Loja Branca. Esta
é a razão por que os verdadeiros ensinamentos jamais foram publicados
em livros.

Todos os que estão sinceramente interessados e são dignos de Filia-


ção em qualquer época, são facilmente admitidos. A eles deve-se falar
cuidadosamente e apenas de maneira casual sobre a Ordem, até que se
verifique estarem ansiosos para colaborar no Trabalho e Propósitos da
Ordem. Então, e somente então, deverão eles ser convidados por um
Membro para apresentar Proposta na maneira aqui explicada. ·

De todos os modos e em todas as coisas, mantenha a dignidade e


austeridade da Ordem e esteja sempre atento com relação ao buscador
de conhecimento que grandemente apreciará o ser informado da exis-
tência da Ordem e a maneira de a ela se filiar.

70
QUARTA PARTE

INSTRUÇÕES GERAIS
PARA TODOS OS MEMBROS

Os benefícios reais da filiação à Grande Loja da AMORC, quer para


os Membros de Sanctum, quer para os Membros de uma Loja Regional,
são inúmeros, sendo os mais importantes os seguintes:

( 1) Associação com um grupo de homens e mulheres de mente e


propósito afins sempre disposto a auxiliar e cooperar como verdadeiros
Fratres e Sorores;

(2) Associação com um organismo nacional e internacional de Ofi-


ciais e Diretores que controlam uma organização de interesses amplos,
facilidades incomuns, e poderes distintos para a execução de trabalho
pessoal e prático em favor da humanidade em geral, e especialmente dos
Fratres e Sorores;

(3) Privilégio de orientação Rosacruz direta e especializada em pro-


blemas pessoais relativos à saúde, negócios, e questões éticas;

(4) Benefício muito especial que advém da mudança gradual e con-


veniente dos pontos de vista sobre todos os assuntos essenciais da vida,
elíminando, desse modo, as questões misteriosas e complicadas que
mantêm muitas pessoas na pobreza, doença e descontentamento;

(5) Despertar o desenvolvimento de certas faculdades latentes ou


adormecidas em seu interior, que lhe permitirão melhorar sua posição
na vida, aumentar sua capacidade de idealizar e realizar, trazendo-lhe
maior sucesso;

(6) Harmonização Cósmica e espiritual com a Mente Universal e as


Mentes Iluminadas, de modo a poder viver em cooperação com as Leis
Divinas e construtivas e a Mente Divina que é Amor;

-71-
(7) Cuidadosa instrução e orientação para obter o conhecimento que
o tomará eficiente e penetrante na compreensão e domínio das vicissi-
tudes e obrigações da vida, além de instrução completa sobre os funda-
mentos das artes e ciências que o tomará forte em intelecto, dominante
em suas ocupações diárias, perfeito em compreensão, e magnético em
sua influência sobre as mentes menos evoluídas do mundo.

Nossos Membros verificarão, portanto, que dos sete itens de benefí-


cio acima relacionados somente um, o SÉTIMO, está ligado ao curso de
instrução e que, portanto, considerar a filiação à AMORC como sendo
simplesmente aprendizado em uma escola é ignorar muitos dos mais
importantes benefícios.

Na realidade a média de nossos Membros ou, pelo menos, setenta e


cinco por cento tem necessidade, todos os meses, de muitos dos outros
seis itens de benefícios e em ocasiões de emergência, aflição, sofri-
mento, perplexidade, ou complicações sérias em questões pessoais, re-
corre mais aos seis primeiros benefícios do que ao sétimo.

Em muitos países estrangeiros onde há Membros com vinte, ou mais,


anos de estudo que há muito completaram os cursos regulares de instru-
ção incluídos no item sete, eles ainda mantêm a filiação à fraternidade
devido às outras seis vantagens.

O GRANDE OBJETIVO' dos Rosacruzes tem sido sempre auxiliar a


humanidade a evoluir ao mais alto grau de perfeição terrena e prestar
ajuda a todo Ser vivente "para glória de Deus e Benefício da Humani-
dade." Isto está contido no item número dois da relação acima. Para
isso realizar, todavia, a organização MINISTRA cursos completos de
estudo.

Nossos Membros, portanto, verificarão que o pagamento de suas


mensalidades não tem a finalidade de manter os CURSOS DE ESTUDO
ou as LIÇÕES SEMANAIS, mas a lista total de benefícios e muitos
outros de natureza tão pessoal e diversificada que não poderiam ser aqui
relacionados sem consumir muitas páginas. Os verdadeiros BENEFÍ-
CIOS SECRETOS da associação com os Rosacruzes têm sido sempre as
poderosas LUZES que anualmente têm atraído milhares de pessoas aos
portais da Ordem, as quais humildemente buscam permissão para es-
tabelecer contato com aqueles que poderiam convidá-los a se filiar à
Ordem.

-72-
O curso de estudos poderá ser interrompido em determinadas oca-
siões devido a modificações na rotina diária do Membro, mudanças
temporárias de ambiente, ou por outras razões, porém os demais benefí-
cios da filiação perduram em todas as ocasiões desde que o Membro
mantenha ativa a sua filiação.

Por outro lado, como já afirmamos, o simples pagamento das mensa-


lidades sem dar atenção aos estudos, sem procurar prestar serviços a
outros e sem expressar a vida progressista, construtiva, de um verdadei-
ro Rosacruz, NÃO REPRESENTARÁ POSIÇÃO LEGÍTIMA NA OR-
DEM.

Por essa razão, aos Membros da Ordem é solicitada a apresentação de


relatórios sobre seus estudos, experiências, ou atividades com relação à
sua filiação. Os Membros de Sanctum fazem esses relatórios diretamente
aos Oficiais e corpo de assistentes da Grande Loja. Para passar de um
para outro Grau, determinado exame deverá ser satisfatoriamente pres-
tado após haver sido estudado o Grau anterior.

Um importante ponto deve ficar perfeitamente claro a todos os que


lerem este Manual: A A.M.O.R.C. NÃO aceitará como Membros aqueles
que pretendam gozar de seus benefícios e que NÃO QUEIRAM seguir o
seu curso de estudos para se tomarem capazes de colaborar na evolução
geral da humanidade. Centenas de propostas são recebidas, durante o
ano, de homens e mulheres que acreditam ter conhecimento suficiente
das ciências ocultas e místicas e que desejam, portanto, apenas os bene-
fícios da associação com os Rosacruzes, A despeito do fato de que essas
. pessoas se propõem pagar suas anuidades adiantadas ou prestar ajuda
financeira, não são, todavia, convidadas a fazer parte da A.M.O.R.C.
como Membros.

-73-
~
·
'~;.· .... : . .. ..-- '
- :i
•.·.•.

ALGUNS DOS SELOS OFICIAIS DA A.M.O.R.C.

1. - Símbolo geral da Ordem, no mundo.


2. - Grande Selo do Supremo Conselho.
3. - Selo da Comissão Americana de Publicações.
4. Selo do Fundador.
5. Emblema original usado pelos Fratres e Sorores.
6. Rosa-Cruz (oficial).
7. - Selo e Insígnia do Supremo Secretário.
8. - Grande Selo do Grande Mestre.
- Insígnia Sagrada do Imperator,

-74
. \• .
• . 1
,;
QUINTA PARTE

INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA OS


MEMBROS DE SANCTUM

As páginas que se seguem contêm informação para os Membros que


recebem os GRAUS PRELIMINARES DE ESTUDO, mais tarde segui-
dos pelas monografias, mais adiantadas, do Templo, por intermédio da
Grande Loja, pelo Correio.

O trabalho, na filiação de Sanctum, é notável. Consiste do mais


completo curso sobre metafísica e ocultismo jamais oferecido para estu-
do no lar, além de outros benefícios relativos à filiação.

Os Membros de Sanctum não pagam os ensinamentos que recebem.


As lições não são vendidas, e a filiação de Sanctum não consiste da
simples leitura das monografias semanais e da prática de experimentos.
Por outro lado, o simples pagamento das mensalidades não constitui
filiação legítima.

Para estar em situação genuína como Membros de Sanctum da Gran-


de Loja, os Membros não deverão apenas satisfazer as suas obrigações
mensais, que são módicas, mas viver as regras e normas dos adeptos
Rosacruzes, sendo que o estudo e a prática cuidadosa dos ensinamentos
são apenas dois dos pontos do sistema.

As lições, monografias, rituais e experimentos recebidos pelos Mem-


bros de Sanctum são preparados de maneira tal que o Membro de
Sanctum pode adquirir compreensão completa e conhecimento efetivo
e útil dos ensinamentos Rosacruzes. As lições iniciais recebidas pelo
Membro de Sanctum foram organizadas em duas divisões: Uma delas
contém as sete monografias preliminares e, a outra, três Graus com doze
a dezessete preleções cada. Material suplementar, experimentos, e mui-
tas aplicações práticas dos princípios apresentados são incluídos em
cada Grau. Por outro lado, cada Grau encerra um ritual de iniciação que

77
permitirá a realização da cerimônia pelo Membro de Sanctum em seu
próprio lar. Esses rituais ilustram e demonstram alguns dos importantes
ensinamentos Rosacruzes. '

A Divisão Preliminar e os Três Graus são descritos nas páginas que se


seguem. As lições desses Graus estão sendo constantemente melhoradas,
revistas e ampliadas, recebendo os Membros instrução adicional de con-
formidade com as suas necessidades, progresso e desenvolvimento pes-
soais. As lições e monografias NÃO são preparadas em quantidade para
consumo em vários anos, como acontece com os cursos por correspon-
dência, porém feitas apenas em grupos de classificação que satisfaçam às
necessidades especiais das várias categorias de Membros. As monografias
dos vários Graus estão sujeitas a alterações, e acréscimos a elas feitos
continuamente aperfeiçoam os ensinamentos. As instruções, portanto,
são praticamente PESSOAIS e DIRETAS e, quando aliadas às recomen-
dações e instruções enviadas separadamente das lições, em cartas, for-
mam um sistema de instrução verdadeiramente pessoal.

As lições, monografias, rituais e experimentos dos três Graus iniciais


da filiação de Sanctum são destinados apenas aos Membros de Sanctum.
Não se trata de material elementar e, sim, preliminar às monografias
mais adiantadas do Templo, proporcionando o meio pelo qual os Mem-
bros de Sanctum podem-se qualificar para os Graus do Templo e rece-
bê-los para estudo em seu próprio lar da mesma maneira que os Graus
iniciais.

78
SEXTA PARTE

ESBOÇO DO SISTEMA DE INSTRUÇÃO PARA MEMBROS DE


SANCTUM DA GRANDE LOJA

Durante sete semanas os novos Membros recebem comunicações pes-


soais, privctivas, de um Mestre especialmente designado, da mais elevada
categoria na Organização, que cuidadosamente analisa as necessidades e
deficiências do novo Membro, instruindo-o nos princípios e leis funda-
mentais da Natureza que permitirão ao Estudante qualificar-se de ma-
neira a mais rápida e perfeita possível. Essas instruções tomam a forma
de Mandamentos Secretos, discursos e outro material remetido ao
Membro em envelope fechado. O Membro estuda essas instruções preli-
minares e põe em prática determinados experimentos de natureza fun-
damental que são altamente reveladores e intensamente interessantes,
enviando aos Mestres de Classe relatórios com seus comentários, resul-
tados alcançados nos experimentos, e compreensão dos pontos aborda-
dos. Dessa maneira, durante sete semanas o novo Membro e um Oficial
da organização estão em estreito contato por correspondência e de
maneira psíquica por meio dos métodos Rosacruzes. Ao término da
sétima semana se o Membro não estiver devidamente qualificado, outras
e mais completas instruções serão transmitidas por um departamento
especial de instrução para que o Membro possa se preparar e estar apto
para o trabalho do Primeiro Atrium dentro do menor prazo possível.

As instruções, lições, leis e princípios transmitidos ao Membro nessas


monografias preliminares contêm inúmeras concepções admiráveis e
contribuem mais para inculcar na consciência do Membro o verdadeiro
propósito Rosacruz, do que qualquer sistema preliminar jamais imagi-
nado.

Primeiro Atrium

Após conveniente preparação e desenvolvimento de determinadas


faculdades e funções psíquicas durante as sete semanas, ou mais, de

79
preparo preliminar, o Membro está pronto para a iniciação pessoal, de
natureza psíquica e espiritual, pela qual vem a tomar conhecimento, em
seu próprio lar, de alguns dos princípios mais sublimes.

O primeiro material que é enviado ao novo Membro após sua admis-


são ao Primeiro Atrium inclui não somente a bela e simbólica cerimônia
de iniciação que poderá fácil e tranqüilamente realizar em lugar reser-
vado de seular, mas também muitos outros papéis que contêm impor-
tante instrução e orientação.

A partir de então recebe o Membro instruções em envelopes fecha-


dos contendo as monografias secretas, lições e instruções do Primeiro
Atrium, incluindo muitos testes fascinantes com as leis Cósmicas, expe-
rimentos com princípios admiráveis e inúmeros princípios, práticos e
úteis, que o Membro poderá demonstrar e aplicar em sua vida diária
para seu próprio benefício e evolução. As monografias e preleções do
Primeiro Atrium, cobrindo um período de doze semanas, incluem in-
formação sobre os assuntos abaixo mencionados. Deve ficar entendido
que a ordem dos assuntos dados não é exatamente a mesma aqui rela-
cionada. (Alterações progressivas e acréscimos a esses assuntos são, de
tempos a tempos, realizados.)

Consciência Objetiva e Cósmica, Cérebro e Mente, Simbolismo Mís-


tico, Triângulo, Significado dos Números, Espírito, Alma, Experi-
mentos para Desenvolver a Consciência Psíquica, Exercícios Respira-
tórios, Manifestações de Espírito, Manifestações das Vibrações, Lei do
Triângulo, Vibrações Mentais, Energia Universal, Existência Mortal da
Matéria, Formas de Matéria, Existência do Mal, Existência Positiva do
Bem, Conhecimento Verdadeiro, Mutações da Matéria, Ilusões e Desi-
lusões, Experimentos para provar sua Diferença, Visão Psíquica e Mate-
rial, Sonhos, Compreensão Mística, Proteção contra o Erro, Teorias
Falsas, o Cosmos, Relação do Homem para com o Cosmos, o Misterioso
Sistema Nervoso do Homem, Atividades Misteriosas desse Sistema Ner-
voso, Efeitos da Luz, Cor, Música, e Temperatura, Vibrações de Saúde,
Natureza da Vida, Força Vital, Demonstrações com Vibrações do Pen-
samento, Demonstrações Místicas com Vibrações do Pensamento,
Como Dirigir as Vibrações do Pensamento, Demonstrações com as Co-
res, Centros Místicos do Cérebro, o Segredo da Concentração, Ondas
Mentais Concentradas, Experimentos com a Meditação, Produção de
Manifestações, Como os Cegos Podem Ver, Visão Mística, Experi-
mentos com a Visão, o Mistério do Sono, Demonstração de Curas por
meio do Sono Normal, Milagres da Bíblia, Tratamentos Mentais durante

80
o Sono, Autotratamento, Expressões Falsas, Consciência Mística, Cons-
ciência, Registros Cósmicos, Intuição, Harmonização Cósmica,
Harmonização com os Mestres, Harmonização com Outros em Lugares
Distantes, e Revisão Geral das Leis Rosacruzes.

Segundo Atrium:

Ritual de Iniciação incluindo demonstração de algumas leis. Em se-


guida dezessete lições semanais abrangendo palestras e preleções pri-
vativas, alteradas pelo acréscimo de descobertas recentes sobre os assun-
tos que se .seguem: (Os assuntos não aparecem na ordem aqui relacio-
nada. Alterações progressivas e substituições são feitas, de tempo a
tempos.)

Ego, Eliminação do Ego, Elevação do Eu Psíquico, Direitos Divinos,


Bênçãos Divinas, Dons Cósmicos, Segredos Orientais destes Princípios,
Nirvana, Desenvolvimento Psíquico Individual, Assistência de Mestres
Visíveis e Invisíveis, Assembléia Sagrada, Jesus e Sua Obra, A Obra de
Outros Grandes Mestres, Desenvolvimento da Aura Psíquica, Expe-
rimentos Interessantes, Métodos Práticos de Harmonização Cósmica,
Novos Exercícios Respiratórios, Sons Místicos, Lei da Encantação,
Experimentos com Sons Vocálicos, Produção de Maior Força Vital,
Significado Místico de Letras e Sons, Mistério da Palavra Perdida, Como
Buscá-la, Finalidade de Outras Organizações Secretas, Características
úteis de Outras Escolas, Razões de Necessitar a Humanidade de Ajuda e
Instrução, Relação Entre o Corpo, Mente e Alma, Trindade Divina,
Trindade Terrena do Homem, Experimentos para Provar as Afirmações,
Homem, um Conjunto Maravilhoso, Partes Misteriosas desse Conjunto,
Energias Misteriosas da Natureza no Homem, a Única Energia Mística
no corpo humano, Controle dessa Energia pela Mente, Natureza da Dor,
Maneira Eficiente de Aliviá-la, Vários Processos Místicos para "Curar" a
Dor em Várias Partes do Corpo, Aplicação de Tratamentos a Outros,
Sistemas Orientais, Métodos Americanos, inclusive o da Ciência Cristã,
Saúde e Higiene, Princípios Orientais Rosacruzes sobre a Saúde, Raça
Ocidental e suas Necessidades Especiais, Demonstração das Correntes
Místicas da Força Vital no Corpo, Vários Experimentos para Aumentar
essa Energia, O Olho e suas Condições Anormais, Métodos Secretos para
Tratamento dos Olhos, Várias Espécies de Doença, Causa Real das
Doenças, Experimentos para Tratamento de Algumas Doenças, Como
Estabelecer a Harmonia no Corpo Humano, Dualidade da Vida e Doen-
ça, Os Dois Elementos Secretos para Obter Saúde e Prolongar a Vida,
Métodos Simples para Atrair esses Elementos para o Corpo, Classífí-

-81-
'cação das Doenças Simples, Autotratamento e Tratamento de Outros
por Métodos Simples, Mistério das Células Vitais, Efeitos do Pensa-
mento e da Ação sobre o Corpo, Períodos Construtivos e Destrutivas da
Vida, Leis simples sobre Alimentação, Dietética Rosacruz, Uso das Afir-
mações, Uso da Medicina, Experimentos para Intensificar·o vigor Men-
tal e Físico, Verdade sobre a Dieta Vegetariana, Relação entre o De-
senvolvimento Espiritual e Mental e a Dieta, Instruções Importantes
com Respeito ao Valor dos Alimentos, Métodos para Evitar a Doença,
Experimentos e Demonstrações Práticas, Afirmações de Cientistas
Proeminentes, Experimentos com a Água, Regras Adicionais para o
Tratamento de Outros, Tratamento à Distância, Tratamentos de Con-
tato, Método Secreto Rosacruz, Ritmos e Ciclos da Vida, Período Mís-
tico dos Anos, Ciclos de Encarnações, Lei da Reencarnação, Idade
Avançada e Morte, Renascimento e Regeneração, Sumário de Novos
Princípios Rosacruzes e Importante Material Privativo de Leitura e Ins-
trução.

Terceiro Atrium

Ritual de Iniciação no qual os Estudantes se preparam para Har-


monização Cósmica e Demonstrações Psíquicas antes de prosseguirem
com as lições que, se não forem ampliadas ou modificadas, deverão
abordar os seguintes assuntos:

As Quatro Principais Manifestações da Matéria, Mistério da Alquimia


e da Química, Experimentos com o Controle Mental da Matéria, Pro-
jeção de Vibrações Mentais na Matéria, Alquimia Mental, Magnetismo
Místico do Corpo Humano, Fonte desse Magnetismo, Seu Rápido De-
senvolvimento, Leis Metafísicas Rosacruzes, Influência sobre o Sangue
do Corpo Humano, Recomendações Privativas quanto à Saúde de Cada
Membro, Plexo Solar, Demonstrações com ele Relacionadas, Centros
Psíquicos do Corpo Humano, Exercícios para Desenvolvê-los,Controle
do Sistema Nervoso, Controle dos Órgãos do Corpo, Como Melhorar
Seu Funcionamento, Corpo Psíquico do Homem, Experimentos para
Provar Sua Existência, Ensinamentos dos Antigos, O Que Sabem os
Modernos Rosacruzes, .Mistério do Fogo, Seu Lugar no Universo e no
Corpo Humano, Alguns Experimentos Místicos com o Fogo, Alguns
Experimentos Alquímicos Simples, Experimentos com as Vibrações,
Como Afetar a Matéria Por Meio do Pensamento, Verdadeira Natureza
da Alma, sua Relação com a Mente, Manifestações da Alma, Alto Sim-
bolismo Místico, Simbolismo no Cristianismo e Filosofias Orientais,
Uso de Símbolos em Experimentos Mentais, Simbolismo no Corpo

82-
Humano, Simbolismo no Cósmico, Desenvolvimento da Religião, Cons-
ciência Religiosa, Manifestação de Deus por intermédio do· Homem,
Provas da Existência de Deus, Desígnios Misteriosos de Deus, Métodos
Divinos de Criação e Evolução, Poderes Criativos na Mente e Corpo do
Homem, Capacidade do Homem para Criar Mentalmente, Controle das
Forças Naturais, Como Orientar os Desejos para que sejam Realizados,
Como Pensar para Tomar Realidade as Formas-Pensamento, Desen-
volvimento dos Poderes Criativos de Deus em Cada Estudante, Valor
das Sugestões, ldéias Errôneas sobre o Hipnotismo, Falsas Crenças sobre
a Magia Negra, O Verdadeiro Poder da Magia Branca, Experimentos
para Comprovar esses Princípios, Exercícios para o Desenvolvimento do
Magnetismo Pessoal, Como Estabelecer a Harmonia entre o Corpo Hu-
mano e o Cósmico, Métodos Rosacruzes para Diagnosticar a Desar-
monia e a Doença, Contato com Mestres Verdadeiros, Como Receber
Iluminação e Instrução dos Mestres Cósmicos, Transmissão de Quadros
Cósmicos e de Pensamentos, Telepatia e Harmonização Universal, Mé-
todos para Estabelecer Contato com os Santuários Secretos do Cósmico
e com os Santuários Mais Sublimes da Ordem, Exercícios para Aper-
feiçoar o Desenvolvimento Psíquico de cada Membro, Instruções Es-
peciais para Alcançar os Ensinamentos Mais Sublimes, e Sumário Geral
dos Três Graus seguido por uma série de Cartas Pessoais dos Mestres da
Ordem e do Imperator, para ajudar a cada um dos Membros a se quali-
ficar para qualquer trabalho mais sublime oferecido pela Ordem.

Ao Término do Terceiro Atrium

Praticamente são necessários de nove a doze meses para que sejam


completados os três Graus precedentes de filiação de Sanctum da Gran-
de Loja. Como, no entanto, poderá ser notado as lições são de tal modo
preparadas que, após as primeiras poucas semanas, o Estudante é capaz
de testar e demonstrar muitos princípios e, depois das doze primeiras
lições, apreender por meio das lições os princípios e exercícios que
permitirão promover importante transformação nos negócios e nos
acontecimentos sociais, melhorar física e mentalmente, tomando-se
também capaz de auxiliar a outros. A média dos Estudantes que têm
consultado e lido muitos livros no passado verifica que as lições e pre-
leções semanais e as cartas pessoais desses três Graus contêm toda a
informação que um Estudante sincero pode, com proveito, absorver em
cada semana, e poucos manifestam ansiedade de caminhar mais rapi-
damente no Trabalho do que é recomendado pelo nosso sistema.

-83
O Membro deve ter em mente que, com este Manual, as monografias
contêm tudo que é necessário para estudo, exceto o uso de um dicio-
nário comum de quando em vez, ou de uma enciclopédia quando ele se
toma interessado em consultar assuntos que são de seu interesse espe-
cial. Não há compêndios de qualquer espécie que devam ser adquiridos,
e o Estudante encontrará na revista "O ROSACRUZ" muitos artigos
úteis e de aplicação prática em seus assuntos materiais e terrenos.

OROSACRUZ

Mencionamos também nesta oportunidade que além das interessan-


tes lições semanais, monografias, tabelas, diagramas e outros serviços,
recebem os Membros, cada dois meses, um exemplar da revista "O
ROSACRUZ" editada pela nossa Organização. Esta revista é enviada
gratuitamente aos Membros, sendo-lhes muito útil,pois contém artigos
interessantes de natureza construtiva sobre assuntos em que o Membro
está interessado. É ela, na verdade, a mais importante revista sobre
metafísica e ocultismo da América. "O ROSACRUZ" não contém ma-
terial estranho de propaganda e todas as suas páginas estão cheias de
conhecimento útil.

PARTICIPAÇÃO NOS ENSINAMENTOSMAIS ELEVADOS

Quando os Membros de Sanctum completam os três Graus iniciais


descritos acima e são considerados como suficientemente qualificados
pelo Mestre de Classe e pelo Imperator da Ordem, podem receber os
ensinamentos dos Graus do Templo da Ordem. As Iniciações e Rituais
para os Graus do Templo são apresentados de maneira especial para que
o Membro de Sanctum possa realizá-los em seu próprio Sanctum. O
Membro de Sanctum goza também do direito e privilégio de receber
iniciação de qualquer Grau, para o qual tenha sido preparado conve-
nientemente, em qualquer Loja que possa visitar na ocasião em que
esteja sendo realizado o Ritual. Além disso, todas as tabelas e diagramas
que podem ser utilizados e perfeitamente compreendidos na intimidade
do lar, necessários para a realização de muitos dos experimentos e de-
monstrações, são remetidos ao Membro de Sanctum juntamente com as
monografias.

-84-
ALGUNS ESPÉCIMES DE SEWS DE VÁRIAS WJAS.
CADA LOJA DEVE ADOTAR UM SELO COMPOSTO DE UM
TRIÂNGULO, CÍRCULO E CRUZ.
SÍMBOLOS MÍSTICOS

e seu significado

PREPARADOS ESPECIALMENTE PARA ESTE MANUAL


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FIGURA 1
Aqui vemos o esquema e origem de um dos primeiros.
símbolos místicos e filosóficos, baseados no símbolo da
criação, como mostram os diagramas (61 e (12) na página
anterior. A serpente, aqui representa a criação terrena ma-
nifesta. com o poder de perpetuar seu próprio corpo e sua
existência. A cabeça representa o foco.

FIGURA 3
Aqui temos um antigo
símbolo místico que repre-
FIGURA 2 senta as leis geométricas ele-
mentares que se usam em to-
Outro símbolo baseado dos os simbolos místicos.
no 'diagrama n9 4 da página Está baseado no diagrama
anterior. (11) da página anterior.
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1
1.
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MODIFICAÇÕES PROGRESSIVAS DO TRIÂNGULO


A GRANDE PIRÂMIDE
DE GIZEH

-~----- do Nilo em
2170a.C.

Equador

ao~.1

1
O Baixo Egito está no Centro
Geográfico da Superfície da Terra 90°

Carreira Horizontal de
-, ,~oi! Alvenaria
',, 40~
'.,3611
-, 3otli
Entrada

Plano da Base

Câmara Secreta
A interdependência do "Macrocosmo" e
"Microcosmo''
(Extraído de um antigo livro alemão)

Diagrama da Doutrina Cabalística

O Diagrama Místico: O Templo de Salomão.


(Usado, em simbolismo, pelos Cavaleiros
Templérios. Note-se a Cruz com a Rosa; nas
partes superior e inferior.
OITAVA PARTE

MONOGRAFIAS DO TEMPW

Os ensinamentos mais elevados foram especialmente preparados e


compilados pelos mestres mais evoluídos da Ordem para apresentação,
por mestres e Oficiais devidamente designados, nos salões de Loja de
Templos privatívos sob o compromisso de sigilo e sinceridade.

Esses ensinamentos contêm a mais completa revelação das leis ocul-


tas e princípios que têm sido transmitidos através das épocas. Editados
por autoridades modernas de modo a se tornarem de valor prático na
atualidade, abrangem todos os pontos, leis e princípios abordados nos
três Graus de Neófito da filiação de Sanctum da Grande Loja, sendo
cada princípio e lei apresentado em forma mais completa e demons-
trável. Além disso, são também incluídos assuntos e leis místicas que
não poderiam ser considerados nos três Graus de Neófito. Conforme
anteriormente explicado, são eles reservados aos Membros de Sanctum
que tenham feito o necessário preparo e progresso. As demonstrações
são de natureza tal que podem ser realizadas no lar; assim, os Membros
de Sanctum podem se beneficiar com instrução pessoal.

Essas lições e monografias são as mesmas em toda a Jurisdição In-


ternacional da A.M.O.R.C. para as Américas, Comunidade de Nações
Britânicas, França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África. Além
das preleções e material de estudo, todos os Membros gozam do privi-
légio de se filiar a Lojas, Capítulos, ou Pronaoi da AMORC onde os
rituais e debates fazem parte das atividades do grupo.

A todos os Membros de Sanctum é solicitado visitar, em determi-


nada ocasião, um dos Templos da Ordem em sua jurisdição e, especial-
mente, assistir à bienal Convenção Rosacruz ou algum outro aconte-
cimento especial da Grande Loja. Os estudos especialmente preparados
pelo Corpo de Assistentes do Imperator são completos e os Membros
que não possam freqüentar as reuniões de Loja ou Capítulo não serão
prejudicados.

-97
ESBOÇO

DAS

PRELEÇÕES E GRAUS 00 TEMPLO

Primeiro Grau:

Ritual de Iniciação constituindo a famosa cerimônia do "Cruza-


mento do Umbral" que é também conferida simbolicamente aos Mem-
bros Neófitos de Sanctum, e representa sempre a meta de todos os
buscadores da Iluminação Rosacruz. A Iniciação é seguida por uma série
de monografias e lições do Templo que abrangem os assuntos que se
seguem. (A ampliação e supressão dos assuntos relacionados em qual-
quer dos Graus são feitas quando se objetiva melhorar todo o sistema de
instrução).

Ética da Doutrina Rosacruz, Significado da Iniciação, Busca dos


Portais pelos Antigos Místicos, Segredo de Seus Elevados Ensinamentos,
Mistério do Misticismo, Lei do Simbolismo, Antigos Alfabetos Secretos,
Números e Símbolos, Significado dos Números, Matéria e Sua Existên-
cia, Lei do Triângulo, Cristalografia, Leis do Universo, Mundo Material
e Sua Composição, Composição Física do Homem e de toda a Vida
Animal, Primeiras Leis da Ontologia Rosacruz, Diferença entre Matéria
Animada e Inanimada, O Que Toma o Homem um Ser Vivente, Ele-
mentos da Fisiologia, Papel do Espírito no Homem, Distinção entre
Espírito e Alma, Manifestação da Energia de Espírito, Vibrações de
Espírito, Elétrons e Átomos, Lei Natural da Composição da Matéria,
Lei do Movimento e do Ritmo da Matéria, Princípios Ocultos a respeito
da Natureza da Matéria e Sua Manifestação, Lei das Vibrações e Teclado
Cósmico, Sumário das Principais Leis do Universo a respeito da Matéria,
e Corpo Material do Homem e de Todas as Espécies de Coisas Vivas.

Segundo Grau

Ritual de Iniciação ilustrando o progresso do Membro no Trabalho e


no crescimento mental. Série de monografias abrangendo os seguintes
assuntos, em detalhe:

Alfabeto Rosacruz de Assuntos Místicos tratados nas Futuras Li-

-98-
ções, Mente do Homem, Suas Faculdades e Funções, Suas Divisões
Objetiva e Subconsciente, Escala de Funcionamento, Relação da Mente
para com a Consciência Cósmica e a Mundana, Funções Voluntárias e
Involuntárias no Homem, Análise da Mente e Cérebro em Ação, Cons-
ciência Dual no Homem, Perturbações da Mente e do Cérebro, Várias
Espécies de Raciocínio, Aperfeiçoamento do Raciocínio, Força de Von-
tade, Seu Desenvolvimento, Sua Relação com a Saúde e a Doença,
Memória, Sua Origem, Localização e Desenvolvimento, Como Usar a
Memória, Finalidade da Memória com relação à Alma e o Cósmico, O
Engenheiro-Chefe (Secreto e Interior) de cada Ser, Condições Subjetivas
do Corpo, Funções Objetivas do Corpo, Natureza dos Hábitos, Como
São Formados e Eliminados, Poder da Mente Subconsciente sobre o
Corpo Humano, Sugestão Mental, Arte e Ciência da Sugestão, Alma
Vivente no Interior do Corpo e Razão para Estar Encarnada no Corpo
Humano, De Onde veio e para Onde Vai, e Análise das Partes Mental e
Psíquica do Homem.

Terceiro Grau:

Ritual de Iniciação incluindo demonstração de princípios alquímicos


e fenômenos mentais, seguido por uma série de monografias abrangendo
os seguintes assuntos em geral:

Leis do Movimento e da Transmutação em Todo o Universo, Leis da


Regeneração, Evolução e Involução, Evolução da Consciência na Vida,
Natureza da Consciência e Seus Atributos, Razão da Vida, Propósito
dos Organismos Vivos, Sensações da Consciência, Manifestação e Desa-
parecimento da Consciência, Consciência Individual e Coletiva, Inteli-
gência, Intelecto, Imaginação, Visualização e Criação Mental, Perfeição
da Ação Mental, Idealismo, Alquimia Mística, Métodos Mentais Rosa-
cruzes, Percepção Objetiva, Percepção Psíquica, Atualidade das Coisas e
Realização que Delas Temos, Realidades Criadas, Atualidades que po-
dem Desaparecer, Atualidades Talvez Não Existam, Demonstrações de
Atualidade e Realidade, Criações Psíquicas, Criações Mentais, Ilusões,
Efeitos do Meio-Ambiente, Efeitos do Pensamento, Memórias da Alma,
Exercícios para Despertar a Memória e Desenvolver a Consciência
Psíquica, Associação do Homem com o Cósmico, Deus e Mestre Inte-
rior, Como Estabelecer Contato com a Mente Psíquica de Outros,
Homem Psíquico Separado do Homem Físico, Como Podem Ser Vistos
ao Mesmo Tempo, e Análise Geral da Dualidade Mental e Psíquica da
Consciência humana.

-99-
Quarto Grau

Cerimônia de Iniciação mui esmerada que apresenta ao Membro o


estágio seguinte dos Elevados Ensinamentos, para ele ilustrando os mis-
térios da Vida; seguida por uma série de monografias abrangendo, exce-
to quando alterada por acréscimos ou supressões, os seguintes e impor-
tantes assuntos:'

Origem e Natureza da Força Vital no Homem, Sua Fonte, Sua For-


ma de Manifestação, Conhecimento secreto dos Rosacruzes a respeito
da Força Vital, Como Penetra a Força Vital no Corpo Humano, Como
Controlá-la no Corpo Humano, Como Dirigi-la Para Toda a Matéria
Viva, Método Rosacruz para Intensificar a Força Vital, Prevenção do
Processo de Degeneração no Corpo Humano, Completa Apresentação
do Antigo e Secreto Manuscrito de Nodin explicando a Natureza da
Força Vital em Todas as Células Vivas e Como Pode ser Ela Dirigida e
Controlada, Métodos para Irradiar essa Força Vital, do Corpo Humano
para Tratar Outros, Criação de uma Aura Forte e os Segredos da Vida
Longa e da Saúde Perfeita, e Análise Geral do conhecimento Mais Im-
portante a Respeito da Força Vital jamais ministrado ao Homem.

Quinto Grau

Interessante Ritual de Iniciação seguido por uma série de preleções,


apresentada neste estágio do progresso do Estudante para que ele possa
ter tempo para o desenvolvimento psíquico por meio dos muitos expe-
rimentos que está realizando pela manhã e à noite e em períodos de
folga, sem se preocupar com novos assuntos metafísicos ou psíquicos.
Assim as monografias deste Grau incluem uma apreciação completa de
todas as Antigas Filosofias, mostrando o desenvolvimento do pensa-
mento místico e filosófico e promovendo uma análise das filosofias
modernas e doutrinas religiosas para que o Estudante se torne bem
familiarizado com a Filosofia, a Religião, e a Ética.

Sexto Grau:

Cerimônia Ritualística muito tocante, que confere honras àqueles


que alcançaram devidamente este Grau, seguida por uma longa série de
monografias e lições com tabelas, diagramas, ilustrações e exercícios
que explicam, na maneira mais simples e fascinante, os processos secre-
tos do corpo humano para a digestão do alimento, os princípios da
dietética, a formação do sangue, a penetração da Força Vital no sangue,

100
a finalidade real dos exercícios respiratórios Rosacruzes, a verdadeira
causa de todas as doenças e sofrimento, o diagnóstico das doenças, e os
métodos secretos Rosacruzes para dirigir as Forças Curativas do Uni-
verso para as diferentes partes do Corpo ou para aqueles que estejam
sofrendo, incluindo processos rápidos para promover mudança imediata
nos estados perigosos e explicando todas as funções dos órgãos, nervos e
plexos do Corpo Humano em sua relação para com as Forças Psíquicas
e Cósmicas do Universo. É este o mais completo curso de estudo de
terapêutica metafísica jamais ministrado a estudantes de misticismo, e é
exclusivamente Rosacruz.

Sétimo Grau:

Iniciação Psíquica, muito comovente, que ilustra alguns dos ensi-


namentos mais elevados da Ordem, seguida por uma série de monogra-
fias e lições que tratam da existência metafísica e psíquica do Homem,
deixando de parte os assuntos materiais e terrenos abrangidosnos seis
primeiros Graus. Este Grau explica, de maneira completa, a verdadeira
finalidade e natureza do corpo psíquico d9 Homem, no interior do
corpo físico, e contém exercícios para intensificação da vitalidade e
poder do corpo psíquico com sua Consciência Psíquica; em seguida,
passa a explicar como o corpo psíquico pode ficar temporariamente
separado do corpo físico e ambos tomarem-se visíveis ao mesmo tempo.
Depois de serem completados esses experimentos, o Estudante é ins-
truído nos métodos Rosacruzes para projetar o corpo psíquico no
espaço, a qualquer ponto ou lugar, tomando-o visível a outros sem
afetar o funcionamento contínuo do corpo físico. Outros exercícios
contribuem para o desenvolvimento da Aura, para que ela possa se
tomar bem visível em um compartimento escuro e suficientemente for-
te para irradiar luminosidade e tomar magnéticas as mãos. São minis-
trados também exercícios com os mais poderosos sons vocálicos e mís-
ticos com instrução para sua pronúncia, de modo a que produzam
manifestações psíquicas à vontade. Também a Palavra Perdida, buscada
pelos antigos, é mais detalhadamente explicada neste Grau, e o Estu-
dante começa a compreender que esteve gradativamente se apossando
da Palavra Perdida e adquirindo poderes ocultos muito incomuns. Este é
o mais místico Grau de estudo dos princípios dos ensinamentos Rosa-
cruzes até o presente ministrado no Mundo Ocidental.

Oitavo Grau:

Uma outra tocante Cerimônia Ritualística ou Iniciação para aqueles

-101-
que alcançaram sucesso no trabalho do Grau anterior, seguida por vinte
e nove monografias sobre os princípios metafísicas mais elevados, pelos
quais ao Estudante é revelada gradualmente sua natural relação para
com Deus e o Cósmico, sendo-lhe também ministradas lições e exer-
cícios precisos sobre a possibilidade de projetar seu corpo psíquico,
através de toda, a matéria e do espaço, para qualquer pessoa ou lugar,
tornando-se visível como é nesta encarnação ou como foi em encar-
nação anterior, com a capacidade adicional de fazer com que deter-
minadas coisas materiais se movimentem ou reajam na forma em que
determinar, inclusive promovendo a produção de sons de instrumentos
musicais, de sua própria voz, ou das coisas que possa psiquicamente
tocar. É ele também instruído nos princípios ensinados pelos antigos
Rosacruzes, pelos quais poderá ministrar tratamentos a outros durante
essas projeções ou levar a efeito atividades humanitárias sem revelar sua
identidade, e comparecer a sessões ou convocações em Templos da
Ordem, em lugares distantes, pela projeção e harmonização, e, de outras
maneiras, realizar os experimentos descritos pelos Mestres do Extremo
Oriente e outrora ensinados pelos Rosacruzes somente nos Templos do
Tibete, onde os Mestres da Grande Loja Branca realizavam suas Con-
vocações Sagradas. Este Grau revela também as Leis com relação à
personalidade em cada um de nós, e muitos fatos acerca de nossas
encarnações passadas. Os verdadeiros fatos a respeito dos chamados
princípios e fenômenos espíritas são revelados e muitos outros Ensi-
namentos Rosacruzes importantes, inclusive as Chaves para o Nono
Grau.

Nono Grau

Outro Ritual de Templo altamente tocante, pelo qual os Membros


que alcançaram convenientemente este Grau e devidamente para ele se
qualificaram recebem títulos e honras do mais elevado grau na Ordem
no que se relaciona com as cerimônias no Templo. Obrigações sérias de
Sigilo e devotamento à Doutrina Rosacruz são exigidas daqueles que
recebem no Templo essa Iniciação, as mais importantes Pálavras de
Passe e métodos de identificação nos Graus do Templo.

O acima exposto é seguido por uma série de quarenta monografias e


lições completas que tratam de assuntos, muitos dos quais não podem
ser descritos num Manual desta espécie, que incluem revelações a res-
peito da relação do Homem para com Deus e as mais sublimes Forças
do Cósmico, e o desenvolvimento dos mais elevados poderes metafísicas
no interior de seu próprio corpo. Tornar-se-á ele capaz de usar algumas

102-
dessas forças da Natureza para encobrir ou ocultar coisas materiais
assim como eliminar coisas mentais e psíquicas que possam-se tornar
obstáculos em sua vida, controlando ou modificando o curso dos acon-
tecimentos naturais na parte com ele relacionados, de modo a promover
determinados resultados em seus próprios assuntos e nos assuntos de
outros. Este é o último Grau em que o Estudante recebe Iniciação no
Plano Material,' em Templos materiais, e a partir deste ponto recebe
instrução adicional e Iniciação Psíquica na medida em que para elas
estiver preparado. Neste Grau, também, o Estudante recebe o último
som vocálico da Palavra Perdida e aprende como usá-la para afetar
instantaneamente Leis, Princípios e Manifestações em toda a Natureza.

Décimo Grau:

Décimo Primeiro Grau:

Décimo Segundo Grau

As Iniciações a esses Graus são conferidas psiquicamente aos Mem-


bros que tenham merecimento e que tenham atingido os Graus ante-
riores, sendo que muitas vezes essas Iniciações ocorrem psiquicamente
nos Templos da Ordem, no Oriente. Muitas das monografias e preleções
serão recebidas pelos Membros e Estudantes de maneira mística que
aqui não pode ser explicada, e eles reunir-se-ão de tempos a tempos com
outros do mesmo Grau para a troca de conhecimento e experiências
enquanto realizam suas atividades místicas em todas as partes do mun-
do sem interferir com seus negócios e rotina social regulares.

AO TÉRMINO DO NONO GRAU

Os Membros que atinjam e completem a instrução psíquica do Nono


Grau ou daqueles além deste poderão entrar para o ILLUMINATI, que
é 'a organização mais elevada da Ordem na qual os Membros que têm
merecimento continuam a executar trabalho e estudo especializado sob
a direção do Imperator de sua Jurisdição e dos Mestres Cósmicos indi-
viduais. Os Membros não podem solicitar admissão ao lliuminati, deven-
do aguardar até que tenham sido considerados como preparados e rece-
bam o convite para participar desse trabalho adicional.

-103-
...

.\7600+~
Simbolismo Rosacruz Prático

1. 2. 3. 4. 5 6
Infinito Finito

Lh W EB@ 1. . a. V 9. 10.

4
O Alfabeto Rosacruz

/\~c.d~~rb~IJ~L
u e e / !l t ;· /e l .

+ t 1_
;CV /t-
A Chave

/T\í\ I:l } \ f\ J' T ~ ~ ~

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m noJJy r s t wvw Py T
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tE 12·
A Chave
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1 L -L
2­ 3
Números Smbólicos

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5 6 <'?'
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1 CI 1-~- CI I_ 1 l_ _J
J' ..9 o

19. 19A. 20. ZOA. 21. 21A.


GRÁFICO 1

No. li
HOMEM

No. 111
o

IMORTALIDADE REENCARNAÇÃO
A. 6. e. D.

Ü= Negativo

Dagrama N<? 1

ESTRUTURA HIPOT~TICA DA CIÊNCIA QUANTO AO ÁTOMO DO RADIUM


OITAVA PARTE
(Continuação)

Diagramas, Explicações e Temas Especiais


para os Estudantes
das Monografias do Templo

Preparados especialmente para este Manual

-109-
r PHINCÍPlOS CRIATIVOS (a}

4i
;f\
1

'\/

ILUSTRAÇÃO N~ 1

1 LUSTFl Çii.o NC? 2

Cristais da Gelo
CRISTAWGRAFIA

Em várias partes de nossas monografias é feita referência à lei do


triângulo na composição da matéria, manifestação da matéria e manifes-
. .tação da energia de' espírito e energia psíquica. Em outros lugares referi-
mo-nos à cristalografia, ou lei da formação de cristais na matéria.

A cristalografia tão fascinantemente ilustra a lei do triângulo em


toda a Natureza, que instamos para que o Estudante investigue o assun-
to em enciclopédias ou outros livros de consulta. Para aqueles que isso
não possam fazer, aqui incluímos um pequeno artigo sobre o assunto.
Antes de ler esse artigo, todavia, permita-nos chamar sua atenção para o
diagrama que aparece na página oposta.

A ilustração NC? 1 mostra algumas das formas típicas de cristais


como conhecidas pela Ciência. Essas são apenas algumas das inúmeras
formas, e chamamos atenção não só para a muito evidente atuação da
lei do triângulo mas também para a bela delicadeza das formas.

Na ilustração NC? 2 vemos como a lei do triângulo se manifesta com


respeito a uma demonstração de vibrações. Colocando-se um pedaço de
vidro sobre um pedestal e espalhando areia sobre o vidro, será possível
tomar manifestas as vibrações pela fricção de um arco de violino na
borda do vidro e fazer com que as vibrações se propaguem pela super-
fície do vidro dispondo, desse modo, a areia em várias formas,conforme
mostrado nos sete quadrados pretos da ilustração N<? 2. Nas lições de
nossos Graus mais adiantados onde são ensinados os princípios meta-
físicos, aprendemos que as vibrações do pensamento podem ser con-
vertidas em desenhos e "formas" como aconteceu com a areia e as
vibrações físicas provocadas no vidro.

O resto do diagrama mostra como a Natureza obedece à lei do


triângulo na formação de cristais de neve, cristais de gelo, cristais mi-
nerais e cristais ácidos. A Natureza é verdadeiramente um artista, em
seu grande trabalho; isso unicamente porque usa SISTEMA e ORDEM.

CRISTALOGRAFIA

Ciência que trata dos Cristais

Um cristal é uma porção de matéria inorgânica com uma estrutura

-111-
molecular definida e uma forma exterior limitada por superfícies pla-
nas, chamadas de "faces de cristal", que tomam a forma dos ângulos de
um triângulo. Essas faces de cristal resultam da disposição regular das
partículas da substância que está sofrendo solidificação, amontoando-se
cada acréscimo de matéria ao cristal em processo de formação sobre as
partículas já solidificadas, do mesmo modo que as balas de canhão ou
laranjas são colocadas em pilha. Tudo isso revela a "Lei do Triângulo".
A razão de assim acontecer é que cada diminuta partícula de substância
que está-se cristalizando, que chamamos de "molécula de cristal",
possui determinadas camadas de força de atração pelas quais atrai, para
si mesma, outras moléculas de cristal da mesma substância e de modo
idêntico ao que um ímã se liga a um pedaço de ferro ou a um outro
ímã, As moléculas de cristal de diferentes substâncias geralmente pos-
suem diferentes camadas de atração, algumas de diferente intensidade;
segue-se daí que na maioria dos casos o sólido formado pelo acúmulo de
moléculas de cristal de determinado composto químico assume a forma
exterior característica desse composto. Supomos também que a direção
de atração da unidade de acréscimo do cristal (a molécula de cristal)
depende da estrutura da molécula química da substância em cristali-
zação, isto é, que ela é formada por um número de moléculas químicas
que se agrupam. Daí somente formarem cristais as substâncias químicas
elementares e os compostos químicos positivos. Para que as moléculas
de cristal de uma substância possam chegar a uma suficiente proxi-
midade pa& permitir o serem mutuamente atraídas ao longo de suas
camadas de força cristalizante, necessário se torna que se agrupem, por
força da contração do espaço em que estão confinadas. Isto acontece
nos casos em que uma massa se solidifica por resfriamento ou quando,
por evaporação, a quantidade de uma substância dissolvida em um líquí-
do (como a água) excede em quantidade a parte que o solvente pode
manter em solução sob as condições prevalecentes. Qualquer dessas
condições resulta na formação de cristais. Um estado de formação mais
raramente encontrado é aquele em que os cristais se formam diretamen-
te dos vapores, como no caso da iodina ou do cloreto de amônia.

O melhor meio de estudar a formação dos cristais é proporcionado


pela evaporação da solução de algum composto solúvel, como o sal ou o
ácido sulfúrico, até que se torne supersaturada, quando os cristais da
substância dissolvida serão lançados para baixo. Se duas substâncias,
como o sal e o bórax, forem dissolvidas na mesma solução, o resultado
da evaporação será de cristais de ambas as substâncias, cada jogo de
moléculas assumindo formas distintas. As soluções apresentam conside-
rável inércia e muitas vezes torna-se necessário iniciar o processo de

112
cristalização pela introdução de alguma substância sólida (um cristal da
substância) para formar um núcleo para o cristal em desenvolvimento.
A forma exterior (o sólido limitado pelas faces planas) é apenas uma
expressão do agrupamento regular de moléculas que ocorre quando uma
substância se cristaliza; conseqüentemente podemos esperar outras eví-
dências da disposição molecular. Essas evidências tornam-se aparentes
quando analisamos as propriedades físicas, tais como a transmissão de
luz, calor e eletricidade, pelos cristais. Uma esfera extraída de um cristal
de quartzo não se expande uniformemente em todas as direções quando
aquecida, como acontece com uma esfera de substância não-cristalizada,
como o vidro e o âmbar; tampouco transmite um pedaço de berilo a luz
-polarizada, na maneira em que o faz um pedaço de vidro do mesmo
formato. Esta última propriedade dos cristais é grandemente empregada
na descoberta das imitações de pedras preciosas. Na esfera de quartzo
verificamos que a ação do calor separa as moléculas em determinada
direção mais do que em outras, e que a esfera se toma elipsóide. Subs-
tâncias como o vidro, que não apresentam sinais de cristalização, são
consideradas amorfas. Uma substância em que as moléculas tenham se
ajustado à cristalização, porém na qual as faces de cristal ainda não se
tenham desenvolvido, é considerada como cristalina. As massas crista·
linas são muitas vezes o resultado do agrupamento cerrado dos cristais,
o qual impede o desenvolvimento dos contornos do cristal.

-113-
CARTA PATENTE CONFERIDA A ANTIGA
LOJA NACIONAL ROSACRUZ
CARTA MAGNÉTICA

..No. :J.. •

..)\J o 5'.
.Alo. 6.

·/\lo. 7 /'lo. 8.
OiMÃ

(Com relação às lições do Primeiro Grau das


Monografias do Templo)

Em várias lições é feita referência ao ímã, e leis e princípios por ele


demonstrados são usados para ilustrar outras leis.

Determinadas características simples quanto ao ímã serão de inte-


resse para os nossos Membros e, por essa razão, referir-nos-emos à
ilustração constante da página oposta.

O ímã que nos é mais familiar tem a forma de uma ferradura (ilus-
tração N<? 2), porém poderá ter também a forma indicada no N<? 1 na
página ao lado. A finalidade dessas formas é fazer com que os dois pólos
do ímã se unam, porque todo pedaço de aço ou de um mineral qualquer
que tenha qualidades magnéticas deve ter dois pólos ou pontos de po-
laridade diferente - o pólo norte e o pólo sul, marcados N e S no
diagrama.

Quando os dois pólos chegam a uma determinada distância entre si,


torna-se manifesto um efeito magnélíco, Isto é devido a que cada pólo
tem uma aura ou campo de atração magnética ao seu redor. Se disser-
mos que o pólo norte é negativo e o pólo sul positivo em polaridade,
então, o pólo norte tem um espaço à sua volta no qual se irradia o
magnetismo negativo, e ao redor do pólo sul há um campo, ou espaço,
no qual se irradia o magnetismo positivo.

Não podemos ver essa radiação magnética, da mesma maneira que


não podemos ver qualquer espécie de energia elétrica; todavia, podemos
demonstrá-la. Segurando uma das extremidades ou pólo do ímã, por
baixo de um pedaço de papel e em seguida espalhando uma camada
muito fina de pó de aço sobre o papel, veremos que o pó se movimenta
em várias linhas que claramente indicam as linhas da atração e repulsão
magnética.

Na ilustração N<? 3 vemos um ímã pequeno, reto, por baixo de um


pedaço de papel de seda e os grãos de pó de aço espalhados sobre o
papel. Isto permite-nos notar as radiações do magnetismo de cada pólo.

Quando os pólos norte e sul de um ímã são de tal modo aproxi-

117
mados que seus campos magnéticos, ou aura, começam a entrar em
contato um com o outro, estabelece-se um estado de tensão que é maior
no centro do espaço entre os dois pólos. Estes campos magnéticos e
estado de tensão são usados em muitas invenções elétricas maravilhosas,
e o mesmo princípio na Natureza é a causa de muitos fenômenos natu-
rais surpreendentes. Mesmo nas mais diminutas formas de vida celular
no corpo de animais, os princípios do magnetismo representam a causa
da continuação e reprodução da vida. A ilustração N<? 4 mostra o estado
de tensão entre os pólos norte (negativo) e sul (positivo). O negativo é
atraído para o positivo e o positivo se expande para unir-se ao negativo;
combinando-se, formam um campo magnético de potencialidade dual,
ativa. Quanto maior é o ímã maior será esse campo e mais poderosa .a
força.

Se dois pólos norte ou dois pólos sul forem unidos ou aproximados


um do outro, suas linhas de magnetismo se repelirão. Isto prova o
princípio de que "o semelhante repele o semelhante e atrai o disse-
melhante".

Na Ilustração N<? 5 temos demonstração de um outro princípio inte-


ressante. Se tomarmos a barra de aço mostrada na ilustração N<? 3, a
qual tem pólos norte e sul e sua região neutra no centro da barra, e
serrarmo-la em quatro pedaços, verificaremos que haverá quatro ímãs
perfeitos, cada um deles tendo pólos norte e sul como a barra mais
comprida.

Na ilustração N<? 6 obsejvamos os efeitos peculiares, e não obstante


rigorosamente lógicos, dos campos magnéticos quando dois ímãs, em
forma de barra, são colocados em ângulo reto.

Na ilustração N<?7 uma pequena barra magnética é colocada por


baixo de um papel e girada com rapidez. Observamos que o campo
magnético giratório carrega consigo o pó de aço.

Até mesmo uma bola de aço, ou um pedaço de tubo, poderá ser


magnetizada, caso em que o interior da bola poderá ter um pólo, e o
exterior o outro, apresentando os lados opostos do tubo diferentes
polaridades. Isto é mostrado na ilustração N<? 8.

Deve-se ter em mente que quando falamos de polaridade em nossas


lições, estamos nos referindo às polaridades magnéticas como as que são
mostradas nessas ilustrações. Todos os corpos vivos, vitalizados, sejam

-118-
minerais, plantas, ou animais, têm polaridade magnética, e todas as
coisas vivas são, portanto, ímãs com pólos, ou polaridades, positivo
(sul) e negativo (norte); todavia, em um ou outro sentido cada uma
delas tem uma dessas polaridades predominante devido à sua maior
intensidade. Falamos assim de um corpo como sendo de polaridade
positiva ou de polaridade negativa, referindo-nos ao magnetismo pre-
dominante de seus dois polos.

-119-
EVOLUÇÃO DA CRUZ

Muitos dos que pela primeira vez vêem o súnbolo da Rosa-Cruz


pensam representar ele um símbolo cristão, provavelmente um símbolo
católico-romano, e, sem dúvida, um símbolo religioso. Temos consta·
tado que diariamente nos é solicitado prestar explicação, em nossa
correspondência, não somente a respeito da Rosa-Cruz como também
quanto à Cruz em qualquer forma.

Antes de mais, seja-nos permitido dizer que a Cruz originalmente


não era um símbolo religioso e que é usada, por muitas organizações, de
uma ou outra forma,como símbolo sem qualquer sentido religioso. Não
havia também durante a época do nascimento das doutrinas cristãs
conforme ensinadas pelo Mestre Jesus, o que hoje é chamado de cruz
cristã. É pura coincidência em questões religiosas que Jesus, como mui-
tos outros durante séculos que precederam à Sua vinda, tivesse sido
crucificado em uma Cruz, e nem mesmo uma Cruz semelhante à que
agora é usada como símbolo cristão; e foi também devido a uma outra
coincidência que a Cruz chegou a ser adotada pelos Sacerdotes cristãos
séculos após a Crucificação, como símbolo da Fé Cristã. Eles poderiam
ter adotado o uso exclusivo de uma Coroa de Ouro (coisa que fazem
algumas vezes), a Coroa de Espinhos, ou muitos outros súnbolos típicos
de algum acontecimento de Sua vida e obra.

As pessoas que pertencem à raça hebraica ou à religião judaica sen-


tem justificadamente que a Cruz é, para eles, um súnbolo de sofrimento
em forma de perseguição. Basta que se leia a verdadeira história da raça
hebraica para notar quanto sofreu ela, desnecessária e continuamente,
por campanhas movidas por aqueles que sempre gritavam, alto: "Via
Crucis!" Por intermédio da Cruz o judeu foi tomado um proscrito e
vítima da perseguição de antigos sistemas que apenas usavam o símbolo
sagrado para ocultar seus verdadeiros propósitos, pois na verdade os
princípios cristãos nada encerram que justifique tudo aquilo que tem
sido perpetrado em seu nome; o mesmo, todavia, pode ser dito de
muitos outros movimentos religiosos em sua fase inicial.

Desejamos, contudo, assegurar igualmente a judeus e gentios, a cató-


lico-romanos e a protestantes, que para os orientais, que não pertencem
a qualquer dessas quatro classificações, o símbolo da Rosa-Cruz é sa-
grado não como símbolo religioso, mas como Símbolo Divino, porque

121
representa a verdadeira Divindade do Homem e de toda a Natureza.

A origem da Cruz perde-se na antiguidade; ela é muito antiga! Possi-


velmente o primeiro uso que dela se fez foi ao traçar linhas dos quatro
pontos cardeais, Norte, Sul, Este e Oeste. As linhas partindo desses
pontos, verdadeiramente importantes para os antigos, formavam uma
Cruz; todavia, a primeira forma definida da Cruz como símbolo místico
ou secreto foi a que é muitas vezes chamada CRUZ DE TAU, usada
pelos antigos fenícios. Esta Cruz aparece na primeira ilustração no dia-
grama de Cruzes (página 89).

A modificação seguinte e importante foi o acréscimo de um laço à


parte superior da Cruz de Tau. Isto deu origem ao que é muitas vezes
chamado de Cruz Egípcia, pelo fato de ter ela se tornado símbolo
muito importante em seus rituais. Por eles era chamada de Crux Ansata,
ou Cruz da Vida, e aparecia nas mãos de estátuas e em retratos de seus
reis, rainhas, deuses e deusas, como a "Chave da Vida". Por algumas
pessoas que desconhecem totalmente os fatos é afirmado que a Crux
Ansata era um símbolo fálico. Isso é devido a que para os antigos
egípcios o processo de reprodução em toda a Natureza, em toda a vida
vegetal e animal, representava um grande mistério. O fato de que a
semente no solo, ou de que qualquer célula de matéria viva podia repro-
duzir sua espécie, provava a continuidade de toda a vida ou, em outras
palavras, demonstrava o princípio da imortalidade pelo nascimento,
transição e renascimento. Isto levou-os à doutrina da reencarnação, e a
Crux Ansata tomou-se o símbolo dessa crença na imortalidade. Todos
verão imediatamente que a ligação com questões fálicas foi remota e
puramente incidental, como deve ser o estudo dos processos físicos com
relação à totalidade do esquema da continuidade da vida.

Os Rosacruzes hoje em dia usam a Crux Ansata como símbolo da


Imortalidade e da Reencarnação exclusivamente. Para eles, ela não tem
qualquer outro significado.

Na análise de algumas das outras Cruzes verificamos mudanças arbi-


trárias e acréscimos para a criação de símbolos originais e, bem assim,
que a Cruz era comum entre quase todas as raças antigas anteriores à era
Cristã.

A Rosa-Cruz dos Rosacruzes é sempre uma cruz dourada com as


características extremidades lobuladas, conforme mostra a ilustração.
Há sempre UMA rosa vermelha no centro da Cruz e, algumas vezes,
simplesmente para finalidades decorativas pode ser adicionada uma
haste verde à rosa; todavia, nunca há mais de uma rosa, e o símbolo
composto de uma Cruz com sete, três, ou quatro rosas em forma de
grinalda ao redor da Cruz ou sobre a Cruz não representa um símbolo
Rosacruz verdadeiro e, sim, uma adaptação pessoal, falsificação ou imi-
tação fraudulenta, A mais antiga de todas as gravuras do símbolo Rosa-
cruz e de todas as referências a seu respeito nos mais antigos manus-
critos descrevem-no como uma cruz dourada, com uma "Rosa verme·
lho-vivo." O símbolo aqui descrito como a verdadeira Rosa-Cruz está
registrado no Departamento de Patentes dos Estados Unidos da Amé-
rica do Norte como o Símbolo Rosacruz Oficial, e esse registro de
patente pertence exclusivamente à AMORC. O nome e símbolo estão
também registrados em todos os países desta Jurisdição.

-123-
~
uC;.çA(,
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. :-::--::-

•011•
REFERÊNCIAS AO SEXTO GRAU DO TEMPLO

EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq

Digestão e Nutrição

O diagram'a aqui mostrado não é considerado como um desenho


anatômico das partls internas do corpo humano. Os vários órgãos e
ligações mostrados no diagrama estão de tal modo dispostos para que a
ação mecânica se torne clara e compreensível e, não, de acordo com a
verdadeira relação existente no corpo humano. Por exemplo, a posição
do fígado e da vesícula não representam a sua verdadeira posição. O
mesmo deve ser dito quanto ao baço. As ligações dos intestinos para o
fígado, na parte inferior da página, indicam onde o fígado deveria estar
localizado se quiséssemos estar parcialmente corretos quanto ao que se
relaciona com o diagrama. Esse desenho mecânico, todavia, servirá a
uma finalidade melhor do que qualquer desenho anatômico que possa
ser encontrado em qualquer livro.

É conveniente que os nossos Membros compreendam o processo


mecânico da ingestão e digestão dos alimentos. Devemos ter em mente
que o alimento, seja em forma líquida ou sólida, fornece os elementos
negativos ao corpo humano, da mesma maneira que a respiração fornece
os elementos positivos. Quando os elementos positivos do sopro da vida
entram em contato com os elementos negativos do corpo físico, forma-
se uma unidade de polaridade negativa e positiva que constitui a vida
pela ação química assim como psíquica. Este diagrama auxiliará o Mem-
bro a compreender como o alimento é transformado em elementos
negativos que desprendem sua eletricidade negativa, ou força, formando
assim metade da vitalidade necessária à vida.

Os alimentos e os líquidos são colocados na boca onde, enquanto


estão sendo triturados, mastigados e reduzidos a partículas, como num
triturador na parte inferior de um moinho, determinada quantidade de
saliva com eles se mistura para prepará-los para a digestão. Na deglu-
tição passam pela faringe, descendo pelo esôfago (ou garganta) para o
estômago.

No estômago tem lugar a ação de fermentação. A pequena válvula,


ou abertura, do estômago para os intestinos, chamada "piloro", per-
manece parcialmente fechada durante o processo de fermentação. Após
o estômago haver-se expandido e mexido o alimento de um para outro

-125-
lado, misturando-o bem, o "piloro" se abre automaticamente (somente
quando é chegado o momento precioso!) e o alimento passa para o
começo do intestino delgado. Na descida pelos intestinos mistura-se ao
alimento triturado certa quantidade de bílis, da vesícula biliar (através
das vias biliares) e também determinada quantidade de "suco pancreá-
tico", proveniente do pâncreas.

Esses dois fluidos misturando-se com o alimento ajudam a "cortá-


lo" e a dissolvê-lo em seus "elementos negativos" primários.

-126-
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 2

Nutrição e Circulação do Sangue

A finalidade deste diagrama é dupla. É ele, de forma incomum, claro


e explicativo especialmente para o nosso trabalho.

Primeiramente observamos como a nutrição proveniente do alimento


é levada ao sistema circulatório. Ao lado do diagrama vemos os vasos
que saem dos intestinos. Estes comunicam-se com o fígado. Desse mo-
do, toda a nutrição· produzida pelo alimento que ingerimos passa para o
fígado. Aí, é ela filtrada, purificada, e transformada no que chamamos
de "Elementos Negativos" do sangue. Do fígado, esses "Elementos Ne-
gativos" passam para a veia principal que leva sangue ao coração.

Todavia, todos os elementos gordurosos que são separados do sangue


no processo da digestão e assimilação nos intestinos não penetram no
fígado passando, porém, através do chamado "Dueto Torácico" dire-
tamente para o coração para formar os "Elementos Linfáticos". Isto
está claramente mostrado no diagrama.

Os "Elementos Negativos" que formam o sangue negativo penetram


no lado direito do coração, e daí são enviados aos pulmões, através das
"artérias pulmonares", para se tomarem positivos, isto é, cada célula de
sangue negativo é enviada aos pulmões para receber uma Polaridade
Positiva. Dos pulmões esse sangue vitalizado volta ao lado esquerdo do
coração, e. ali é bombeado para fora, através das artérias, para todas as
partes do corpo. À medida que esse sangue Positivo, vitalizado, circula
pelo organismo, consome sua vitalidade ou Polaridade Positiva e, uma
vez mais, transforma-se em células Negativas ou sangue Negativo. No
lugar em que se transforma de Positivo para Negativo realiza seu maior
trabalho no que é chamado de vasos "capilares". O sangue Negativo
deve, portanto, novamente voltar ao coração e dali ser levado uma vez
mais aos pulmões para ser vitalizado com uma nova Polaridade Positiva.
Este processo é contínuo.

Em nossos vários exercícios respiratórios procuramos colocar em


nosso corpo maior quantidade de elementos positivos do que no pro-
cesso normal de respiração. Todos os elementos negativos do corpo
absorverão, através do sangue, a mesma intensidade de vitalidade positi-
va que nele colocarmos por meio da respiração. Na respiração normal,
que deveríamos chamar de respiração subnormal, simplesmente absor-

129 -
vemos uma pequena intensidade do positivo que chega às células nega-
tivas do sangue e carrega apenas uma pequena parte do negativo, com o
positivo. Pela respiração mais profunda, ou pela retenção da respiração
conforme explicado em nossas monografias, fazemos com que mais
células negativas do sangue fiquem carregadas com a vitalidade positiva
do ar tornando, desse modo, o sangue mais forte ou mais poderosos em
sua vitalidade. Outros exercícios respiratórios em nossas lições provam
como poderemos absorver maior intensidade de energia positiva para os
experimentos psíquicos e para o trabalho especial de cura. Tudo isto,
naturalmente, é explicado em detalhe nas monografias.

-130-
Gráfico N.0 3
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 3

Artérias Principais

No uso que fazemos do sangue para finalidades curativas assim como


para todas as finalidades místicas ou psíquicas, valemo-nos do sangue
vitalizado ou sangue Positivo. Este é o sangue que circula através das
Artérias do corpo humano. As artérias levam o sangue, o sangue vitali-
zado, do coração para todas as partes do corpo para realizar o trabalho
construtivo da Natureza. As veias, por outro lado, devolvem o sangue
desvitalizado ao coração, e não nos interessam muito.

O diagrama N<? 3 mostra as principais artérias. Da parte superior do


coração projeta-se o Arco Aórtico (indicado no gráfico 1. Vide também
diagrama no Gráfico 2). Desse arco, ou grande vaso, ramificam-se todas
as artérias que fornecem a maior quantidade de sangue vitalizado ao
corpo.

Toda artéria que leva sangue às mais diminutas partes do corpo


liga-se a uma das principais artérias mostradas neste diagrama. Em nosso
trabalho sempre que se toma necessário saber qual a fonte sangüínea de
qualquer pequena artéria, basta apenas consultar um livro de medicina,
anatomia, ou um dicionário, e verificar qual a principal artéria a que
está ligada e, em seguida; relacioná-la com a artéria principal constante
deste diagrama.

Nas artérias de todo o corpo circula o sangue positivo do organismo.


Portanto, as artérias irradiam a vitalidade máxima no sentido físico e
também no sentido psíquico. Por essa razão, todo o trabalho de cura
em que sejam usadas as mãos aproveita a radiação natural da energia
dessas artérias. Nas mãos de cada pessoa há artérias, assim como veias, e
é justamente das artérias que as mãos recebem a vitalidade usada no
trabalho de cura. Parte dessa vitalidade provém da saúde natupl e da
disposição do corpo físico, e parte da energia psíquica que está também
no sangue e é por ele gerada.

Nas monografias e lições dl> Sexto Grau são feitas muitas referências
aos métodos pelos quais o sangue pode ser estimulado ou intensificado,
em vitalidade, em determinadas partes do corpo por meio de certos
processos secretos conhecidos apenas pelos Rosacruzes. Esta é a razão
por que este gráfico se toma tão interessante e útil ao trabalho do Sexto
Grau. É fácil compreender como o sangue vitalizado dessas artérias se

133-
enfraquece e se torna menos vitalizado à medida que circula através do
corpo e finalmente penetra nas veias. Em alguns tratamentos, contudo,
torna-se necessário evitar que o sangue dessas artérias se torne fraco ou
desvitalizado ao atingir a parte ou região do corpo que está enferma.
Nossos métodos mostram aos Membros corno pode isso ser conseguido.
Trata-se de um dos importantes métodos secretos do trabalho terapêu-
tico, de conhecimento exclusivo dos Rosacruzes.

-134-
costela (de cada lado
das vértebras)

Os dois "Ra-
rni" ligam os
gânglios com
os nervos da
coluna.

,,·
Nervos da coluna que
partem da medula em
cada lado da vértebra
entre as costelas.
Medula passando atra-
vés das vértebras da
coluna
Plexortpíco em um vaso na
extremidade de um nervo
Cordão nervoso simpático ou)
tronco em cada lado das vér-
tebras, com seus gânglios e
nervos. Nervos e suas ramificações
que se estendem em cada
gânglio
Tronco anterior e posterior da
medula que saem por entre cada
vértebra.
Gânglio da coluna onde os tron-
cos anterior e posterior da medula
unem cada vértebra.

•tmneo simpãtlcu, êõffi


"Rami" ligando cada um
Nervo da coluna que está
entre as costelas de cada la-
do da coluna vertebral.

com os nervos da coluna.

Gráf íco n. 0 4
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA NQ 4

Sistema Nervoso Geral

A finalidade deste diagrama é mostrar, de maneira mecânica, a dis-


posição das,vértebras da coluna e a localização dos sistemas nervosos.

A parte superior do diagrama mostra cinco vértebras com suas cos-


telas desenhadas mecanicamente como se fossem seções de uma estru-
tura metálica de uma peça de maquinaria. Os quadrados centrais repre-
sentam as vértebras, enquanto que ligadas, de cada lado dessas vérte-
bras, estão as costelas. As vértebras representam as seções de uma colu-
na vertebral (Vide Diagrama 6).

Pelo centro das vértebras passa a medula espinhal, grosso cordão de


nervos cuja parte superior é a Medula Alongada (conforme mostrada na
parte superior do diagrama 8), que está ligada ao cérebro. Esse cordão é
o centro do sistema nervoso geral.

Ramificando-se desse cordão, entre cada duas vértebras, estão os


nervos menores, chamados "nervos espinhais", que se ligam em cada
lado com os troncos do simpático.

Há dois troncos simpáticos, um de cada lado das vértebras da coluna


vertebral (na parte interna das costelas), que correm paralelos à medula
espinhal conforme indicado no diagrama.

Cada tronco simpático consiste de um grosso cordão de muitos ner-


vos com "gânglios" opostos a quase todas as costelas. De cada gânglio
partem dois nervos, chamados "Rami", que ligam os nervos da medula
ao sistema simpático, e de cada "gânglio", partem nervos simpáticos
que se ligam a vários plexos de órgãos, músculos, ou vasos do corpo.
Chama-se a atenção do leitor para o fato de que o Homem tem dois
sistemas nervosos, o Sistema Nervoso Espinhal e o Sistema Nervoso
Simpático. Ambos esses sistemas são mostrados no diagrama da página
oposta, o qual naturalmente não é perfeitamente exato no que se rela-
ciona com a anatomia. Queira notar que ó sistema nervoso simpático é
dual ou duplo, estando cada uma de suas partes aos lados das vértebras
da coluna vertebral. Os Rosacruzes foram os primeiros a perceber o
trabalho maravilhoso do sistema nervoso simpático e suas ligações com
o corpo psíquico do Homem. Muitos sistemas de tratamento moderno

-137-
visam o sistema nervoso espinhai e qualquer lesão ou pressão sobre ele;
os kosacruzes, no entanto, centralizam sua atenção no simpático e
indicam, nas fáceis e simples lições do Sexto Grau, como pode ele ser
usado para curar doenças ou aliviar estados que não podem ser tratados
de qualquer outro modo. Por essa razão, ao Estudante é solicitado ter
em mente o fato de que está lidando com princípios novos em nosso
trabalho, e que encontrará muitas revelações e leis surpreendentes de
modo geral desconhecidas.

138
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·eomum
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CORTIE DO SISTEMA SIMPÁTICO


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Gráfico N.0 5
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 5

Detalhes do Sistema Simpático

No desenho superior vemos uma seção do corpo humano aberta, sem


os órgãos e músculos, para mostrar o cordão nervoso simpático ao lado
direito das vértebras.

Exatamente abaixo de cada costela vemos o nervo espinhal que corre


paralelo à costela. Partindo desses nervos vemos também os dois
"Rami" que se unem aos gânglios do grosso cordão simpático.

Alguns vasos são também mostrados, e nota-se como os nervos sim-


páticos dos vários gânglios ramificam-se pela parede do esôfago, o bron-
quio direito e a aorta. Isto mostra que um "plexo" cobre a parede de
um vaso ou órgão (conforme mostrado no diagrama N<? 4).

O diagrama inferior mostra o aspecto aumentado de uma seção do


tronco simpático, com, representação exata dos gânglios, seu tamanho,
forma e localização.

(Será interessante para o Estudante sincero ler em vários compêndios


sobre o "Sistema Nervoso", as várias explanações e teorias das finali-
dades e formação dos gânglios e neurônios).

A razão da existência de dois sistemas nervosos no corpo humano


será facilmente compreendida quando dissermos que o sistema nervoso
espinhal transporta energia e força de natureza grosseira para atender às
ações físicas e funções do corpo humano. O sistema nervoso simpático,
porém, pertence à parte psíquica do Homem e há um lugar no corpo
humano, mostrado em nossas monogfafías e explicado de maneira com·
pleta, onde a força e a energia psíquica são geradas e transmitidas ao
sistema nervoso simpático. Este sistema, portanto, usa uma freqüência
de energia muito mais elevada que é quase uma energia Cósmica, e esta
energia pode ser usada para o tratamento de doenças e cura de anor-
malidades porque sua verdadeira finalidade no corpo humano é realizar
o trabalho de reconstrução do mesmo. Esta função do sistema nervoso
simpático não era conhecida até os Rosacruzes revelarem-na, e mesmo
hoje é ela perfeitamente compreendida apenas por aqueles que recebem
as preleções e lições do nosso trabalho. Ela torna compreensível a 'cura e
prevenção das doenças e proporciona a cada um de nossos Membros
uma energia maravilhosa que não é proporcionada àqueles que não
conhecem as leis e princípios.

-141-
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Gráfico N.0 6
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 6

Nome das Vértebras e Nervos

A Coluna Vertebral consiste de 25 ou 26 partes no corpo normal. A


25~ parte, na parte inferior da coluna, pode ter a 26~ parte a ela ligada
livremente, ou esta 26~ parte poderá ser complemento da 25~. Todavia,
originalmente, em determinada época, essa volumosa 25~ parte consis-
tiu de nove divisões definidas, cada uma das quais tinha a mesma finali-
dade que as vértebras separadas acima referidas. Portanto, continuamos
a considerar a Coluna Vertebral como consistindo de 33 partes (isto é,
incluindo a chamada "Atlas" como primeira parte). Sobre a primeira
parte, a "Atlas", repousa o crânio que, de certo ponto de vista, forma
uma outra parte da coluna e perfaria, portanto, 34 seções.

Usando porém o plano ou diagrama da Coluna conforme adotado


por todos os compêndios de Anatomia temos, conforme mostram os
dois diagramas na página oposta, 33 ou 34 seções ou divisões. Através
dessa coluna corre a medula espinhal do sistema nervoso geral ou cen-
tral. Partindo do centro das vértebras, ou seções da coluna, há dois
nervos espinhais. Estes ramificam-se da medula espinhal e descem pelo
centro das vértebras passando pelos lados direito e esquerdo da coluna.
Unindo-se a estes nervos espinhais, há dois "Rami" em cada lado. (Vide
diagrama inferior no Gráfico N<? 4 ).

Em nosso trabalho incluímos as colunas "Nota do Nervo" e "Nota


Musical" para cada um dos nervos espinhais entre as vértebras. Estão
claramente indicadas no diagrama oposto, assim como o nome de cada
vértebra universalmente adotado.

Nas monografias do Sexto Grau há instruções completas sobre a


maneira pela qual os Membros poderão facilmente se beneficiar com a
relação entre os vários nervos e sua associação com as cores, a música,
os sons e a energia nervosa. Provamos aos nossos Membros que as notas
musicais colocam em atividade especial determinadas ligações do siste-
ma nervoso simpático fazendo, desse modo, com que a energia desses
nervos atue mais livre e integralmente. O mesmo é verdade quanto às
cores. Provamos também aos nossos Membros como a mente ou ondas
de pensamento podem atingir as ligações do simpático e contribuir para
a cura ou alívio de certas condições. Tudo isto faz parte do sistema
maravilhoso e secreto dos ensinamentos, leis e princípios Rosacrnzes.

-143-
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EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 7

Primeira Parte

FUNÇÕES DOS GÂNGLIOS

Primeiramente deverá ser estudada a Explicação dos Símbolos


constante da :!! Parte, na página seguinte.

"A" representa q Tronco Simpático que corre para o Cérebro e para


baixo, através do corpo.

Ligado aos quatro primeiros "Ramí" está o Gânglio Cervical Supe-


rior. Ramificando-se desse Gânglio há seis Nervos Simpáticos com seus
prolongamentos até os Plexos de Números l, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, e 9, a
dois outros Gânglios numerados 1-A e 11, e a um Nervo Espinhal, de
Número 10. Notamos também que do segundo Ramus projeta-se um
Nervo Simpático independente do Gânglio, que se liga ao nervo que
termina em 1-A.

Os 4<?, 5<? e 6<? Rami ligam-se ao Gânglio Cervical Médio, e este tem
dois nervos que dele se propagam aos Plexos N<?s 12 e 13.

Os 79 e· 89 Rami ligam-se ao Gânglio Cervical Inferior, do qual


partem 5 nervos que se ligam aos Plexos N9s 13, 18, aos Nervos Espi-
nhais N9 17, 19 e 20 e indiretamente ao Nervo Espinhal N9 22 que se
liga ao Plexo N9 23.

Entre o Gânglio Cervical Médio e o Gânglio Cervical Inferior há um


nervo que atua como um "laço", ligando os dois Gânglios conforme
mostrado no diagrama. Desse "laço" há três nervos simpáticos que se
projetam para o Plexo N9 14 e os Nervos Espinhais 15-A e 15-B.

Dos 69 e 79 Rami Nervos Simpáticos se projetam, independentes


dos Gânglios, ao Nervo Espinhal N9 16 e Nervo Espinhal N9 20

As ligações entre as várias partes do corpo iniciada nos diagramas


sete e oito constituem o mais completo esboço deste assunto jamais
apresentado a qualquer estudante. Esses gráficos e as referências a eles
feitas no Sexto Grau representam o trabalho de muitos anos de pesquisa
científica pelas maiores autoridades da Europa e da América. Os Rosa-
cruzes foram os primeiros a dispor de um esboço completo deste siste-

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'ºs f!ÍIMllli!l!!J, H~U~M•i. à -uO.!i'!i!o~ .. H G'U "1 ·~·m··.

Gráfico N.0 7-A


ma e a conhecer exatamente cada parte do corpo humano que estava
ligada às demais. Portanto, nossos Membros encontrarão nesses gráficos
e nas monografias do Sexto Grau um sistema completo que não repre-
senta a opinião pessoal de um homem qualquer ou o resultado de
alguma descoberta. Ele significa que milhares de experimentos tiveram
de ser realizados para comprovar o princípio de cada concepção, à
medida que 'era descoberto pela experimentação, e que somente após
testes e provas por milhares de nossos Membros em muitos países e
durante muitos anos dispuzemo-nos a incluir este assunto nos ensina-
mentos para aplicação prática.

O assunto poderá parecer difícil quando examinado por esses gráfi-


cos, porém as monografias do Sexto Grau são redigidas de maneira tão
simples e interessante que muito antes do Estudante se aperceber de
que tem estado estudando absorve conhecimento que levaria muitos
anos para adquirir através de qualquer escola de medicina ou fisiologia.
As várias monografias do Sexto Grau, organizadas em sete estágios,
gradualmente conferem ao Estudante uma capacidade de conhecimento
que não pode ser avaliada de qualquer forma.exceto pelo padrão Rosa-
cruz, e este representa o padrão mais elevado de eficiência e poder.
Centenas de nossos Estudantes todos os meses informam-nos que apren-
deram mais acerca de seu próprio corpo, como evitar as doenças, e
corno se tornar fortes e vigorosos, do que jamais aprenderam em qual-
quer colégio ou escola que freqüentaram. Mesmo médicos e cientistas
entusiasticamente endossam o conhecimento incomum contido no
Sexto Grau.

EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 7

Segunda Parte

FUNÇÕES DOS GÂNGLIOS

Partindo do 9<? ramus (que está localizado entre as 1 ~e 2~ Vértebras


Torácicas) vemos o Primeiro Gânglio Torácico. Deste projetam-se três
Nervos Simpáticos que se ligam aos Nervos Espinhais N<?s 19 e 20,
dirigindo-se ao Nervo Espinhal N<? 21.

Os 10<?, 11 <?, 12<?, e 13<? Rami têm gânglios separados, porém estes
estão ligados por quatro Nervos Simpáticos que levam ao Plexo N<? 24,

147 -
por meio do Nervo N<? 25, ao Plexo N<? 5. É
ligando-se indiretamente,
também estabelecida ligação com os Nervos Simpáticos que levam ao
Plexo N<? 30.

Pelo estudo dos gráficos, dessa maneira, fácil será formar uma idéia
das ligações de cada Ramus e Gânglio.

A "2~ Parte" deste gráfico completa a "H Parte" e mostra todas as


ligações dos outros Rami.

Deve-se notar que o término de cada Plexo e Nervo é numerado,


sendo porém a ele feita referência apenas de quando em vez se julgado
necessário para maior explicação.

-148-
r
1
EXPLICAÇÃO DO DIAGRAMA Nq 8

Detalhes da Cabeça e Pescoço

Análise do desenho superior na página oposta auxiliará o Estudante


a compreender a localização das Vértebras do pescoço. Deve-se notar
que no pescoço as vértebras estão afastadas da superfície e não podem
ser sentidas do mesmo modo que é possível no tórax. As 7~ e 8~
Vértebras Cervicais são geralmente as primeiras a chegar à superfície do
corpo. A mais saliente em sua projeção no pescoço ou logo abaixo do
pescoço é a 1 ~Vértebra Torácica.

- Vestíbulo Oral entre os dentes e lábios.

2 - Cavidade Oral.

3 - Osso Hióide.

4 - Epiglote.

5 - Cartilagem Tiróide.

6 - Cartilagem Cricóide.

- Cartilagem Traqueal.

8 - Laringe.

9 - Vértebra da Coluna com a Medula Espinhal que corre para


baixo, da Medula Alongada, através do centro de cada Vértebra Torá-
cica.

A parte inferior do desenho mostra as principais artérias da cabeça


que se ligam, de cada lado do pescoço, com a carótida (vide Diagrama
3). Mostra também a localização do começo do Tronco Simpático, de
cada lado do pescoço.

10 - O Gânglio Cervical Superior do Tronco Simpático (imedia-


tamente atrás da orelha, em linha com a boca.)

11 - O Gânglio Cervical Médio (em linha reta abaixo do Gânglio


Superior e no nível do "Pomo de Adão", na garganta.)

-151
NONA PARTE

O Mistério do

DR. J O H N D A L TO N

e suas

LEIS ALQUfMICAS

Reimpresso do
American Rosae Crucis
de novembro de 1916
A LEI DAS PROPORÇÕES DE DALTON

HISTÓRIA DO ÁTOMO

(Preparado especialmente para todos os Membros da Ordem)


Pelo Dr. H. Spencer Lewis, F.R.C

(Direitos autorais reservados)

Irmãos e Irmãs, permitam-me apresentar o Dr. John Dalton, exposi-


tor público das leis atômicas, místico de sua época, e enigma científico
do mundo científico.

E com isso o Dr. Dalton aparece nestas páginas para apresentar-lhes


os fatos e as leis que a ciência imbuída de preconceitos e a cética
natureza humana têm mantido nas trevas para destruir e obliterar o
nome de uma pessoa que tanto tem feito pela química, mas que agora
recebe comentários depreciativos como: "Imaturo e Inexperiente obrei-
ro da Ciência", "Descuidado e indiferente observador dos fatos", "In-
trometido inexperiente em campos por demais profundos para sua capa-
cidade", e "Sonhador empírico e expositor de sofismas dos alquimis-
tas".

Durante vários anos tenho mantido em mente uma tentativa para


excitar interesse sério por Dalton e seu trabalho. Parece-me não só que
os livros de consulta a ele não dão importância mas que a química
ignora-o agora; uma vez porém que a química continua a usar suas leis,
não pode sem elas passar, e ainda deliberada e firmemente e com propó-
sitos próprios, egoísticos, se empenha para que suas leis continuem
ocultas ao buscador da verdade, é tempo de lançar luz, mais forte do
que nunca, sobre as coisas em que Dalton consumiu toda uma existên-
cia para desenvolver, da teoria aos fatos, demonstrando-os.

Dalton tem para nós interesse especial porque ele ERA membro da
Ordem, ASSISTIA às preleções e trabalhava no laboratório das Lojas de
duas diferentes cidades onde realizava seus experimentos e observações.
Os princípios em que trabalhava, que constituíram o fundamento da
Filosofia da Química, ele aprendeu em nossas Lojas nos primeiros três
Graus e nos Oitavo, Nono e Décimo Graus. Todo Membro da Ordem,
hoje em dia, que passou pelo Primeiro Grau e, depois, pelo Quarto Grau
sabe que os princípios de Dalton (conforme aqui esboçados em suas
próprias palavras) são o resultado lógico do estudo regular de nossos

-154-
ensinamentos. O grande mistério que desconcerta os cientistas contem-
porâneos, quanto ao "lugar onde Dalton adquiriu suas primeiras
concepções e se elas provieram de Newton", é revelado por aqueles que
estão em nossa Ordem,pois Dalton e todos os demais Membros DEVEM
receber esses mesmos princípios para poder compreender mesmo o tra-
,
balho elementar de nossos Graus.

Analisemos porém o valor do trabalho de Dalton. Pouco depois de


ter ele feito descobertas importantes, foi convidado a discursar perante
certas organizações científicas, as mais importantes do país na época, e
tão grande tornou-se o interesse por seu trabalho que ele decidiu, como
um dos muitos discípulos otimistas da verdade, contribuir para a quími-
ca e a física publicando algumas de suas teorias de forma tal que se
tornasse útil aos próprios cientistas que, mais tarde, taxaram seu traba-
lho de "grosseiro". Como Dalton não era um de seus colegas, como não
pertencia à mesma escola e não aceitava os seus acanhados pontos de
vista e acanhada educação materialista, foi considerado um "hereje" em
Ciência e inepto para penetrar em seus domínios e provar o que eles
desconheciam. Com o ardor de viajantes que buscam um guia, agarra-
ram-se às suas teorias que agora são reconhecidas como leis e, após
torná-las degraus para a realização de descobertas muito maiores, igno-
raram Dalton e até o presente momento têm conseguido ocultar dos
olhos do sincero buscador de luz seus documentos originais e relatórios
verdadeiros.

Os documentos de Dalton, conforme por ele publicados de 1805 a


1808, não continham todas as leis por ele formuladas como resultado
de suas pesquisas e experimentação. Bem sabia ele que publicar todas as
leis, explicar todas as funções do Triângulo R. C. na composição da
matéria, como agora explicadas a todos os Membros dos Primeiro e
Quarto Graus, seria revelar aquilo que jamais seria compreendido pelo
profano e sempre mal-interpretado por seus críticos. Dalton, todavia,
referiu-se ao triângulo em determinados trechos do seu manuscrito e em
algumas de suas conferências públicas. Na verdade o triângulo era a
chave do seu trabalho, tornando-se o seu uso para ele uma obssessão.
Ao todo, Dalton fez muitos milhares, não centenas, de observações
sobre as atividades da Natureza, guardando-as bem tabuladas e classifi-
cadas. Realizou muitas centenas de experimentos de laboratório, e tinha
a assistência de estudantes e amigos para realizar outros experimentos.
Subia montanhas, quase que diariamente, para registrar determinados
efeitos; possuía determinados instrumentos, dentro e fora de sua casa,
permanentemente sintonizados para registrar várias manifestações e de-

155
monstrações da Natureza. De muitas maneiras vivia ele a vida de um
eremita; abandonava todos os prazeres, construía seus próprios instru-
mentos, criava seus próprios métodos, e acumulava fatos que requere-
riam uma dúzia de volumes para registrar. E tudo isso porque ele procu-
rava descobrir o triângulo e sua lei em tudo que existia ou parecia
existir. Entre todas essas provas realizou 200.000 observações meteoro-
lógicas que ainda são conservadas em arquivos pertencentes a uma socie-
dade científica estrangeira.

Em carta a Jonathan Otley, em 1796 (seis anos antes de tornar


públicas muitas de suas descobertas), afirmou: "Posso responder que
minha cabeça está por demais cheia de triângulos, processos químicos e
experimentos elétricos.para pensar em casamento."

No material que se segue tentarei tomar claras, para os nossos Mem-


bros, as leis que Dalton desenvolveu baseado na atuação do triângulo.
Tomarei para eles compreensível aquilo que pode não estar tão claro
para os ainda não-iniciados em nossa Ordem. Além disso, acrescentei
aos gráficos originais de Dalton aqui reproduzidos os pontos e ilustra-
ções a respeito dos Átomos que ele não tomou públicos. Os gráficos em
si não foram publicados dessa forma ou completos, em qualquer forma,
desde sua transição e sem dúvida os estudantes de química de modo
geral assim como os pesquisadores no campo da física apreciarão este
raro tratado.

A vida de Dalton pode ser conhecida praticamente por meio de


qualquer bom livro de consulta ou enciclopédia. O que se segue, toda-
via, foi extraído de seus próprios escritos e de meus próprios manuscri-
tos Rosacruzes e Mandamentos Secretos. Constitui sólido exemplo de
quão completos e repletos de informações valiosas, inéditas e pouco
conhecidas são os documentos possuídos pelos Mestres de nossa
Ordem.

Passando então das generalidades para os pontos específicos do tra-


balho de Dalton, devemos fazer referência aos gráficos de quando em
vez. Citarei as próprias palavras de Dalton sempre que sua linguagem for
bastante clara para os nossos Membros (pois muitas vezes está ela velada
com simbolismo que requer interpretação). Na maioria das vezes usarei
meus próprios métodos de apresentação dos fatos e, quando as afirma-
ções não forem diretamente citadas, estarão em minhas próprias pala-
vras revelando os fatos como EU OS CONHEÇO e conforme os com-
provei no trabalho da Ordem e em meus próprios experimentos em um
típico laboratório R. C.

156
É difícil abordar um assunto como este pelo fato de estar ele ligado
a muitas coisas que têm de ser reduzidas a um curto artigo de revista,
Essencialmente, porém, as duas primeiras monografias do Primeiro Grau
de nossa Ordem provam que a matéria é composta das partículas que
manifestam a primeira distinção da expressão material.

Em outras palavras, as coisas especiais que constituem um livro são


as folhas, em tamanho e número, a capa e o título. As folhas isoladas
não constituem um livro; a capa também, a despeito de sua aparência de
livro e de ter as características de um livro, não constitui um livro, não
representando, por outro lado, um livro; sem elas não será possível
termos um livro e cada uma delas deverá ter determinadas qualidades
próprias para contribuir para a formação de um livro. O mesmo acon-
tece com a matéria. A matéria como um todo é uma coisa composta;
todavia, os elementos que a compõem podem apresentar as diferenças
ou qualidades naturais necessárias para formar a matéria sem que elas
próprias sejam matéria. Os Rosacruzes, portanto, iniciam seu estudo da
matéria e uma das partículas desse modo estudada é o ÁTOMO ...

Dalton não descobriu o Átomo nem jamais reivindicou, pública ou


secretamente, tê-lo descoberto. Constatou, todavia, que o Átomo estava
sujeito a algumas'leís maravilhosas e que essas leis são imutáveis e uni-
versais em sua aplicação.

Começando, pois, com a premissa, o FATO de que a matéria em


todas as suas manifestações, em todas as suas classificações, é composta
de moléculas e que essas moléculas representam apenas um conjunto de
átomos unidos e mantidos coesos por uma força ou energia, estaremos
imediatamente em condições de estudar os próprios átomos, e a nossa
primeira conclusão é que deve existir várias espécies de átomos para
formar diferentes espécies de moléculas de matéria.

Esta conclusão é algumas vezes refutada pelos cientistas que têm


teoria diferente quanto à composição da matéria, ou por aqueles que
nenhuma teoria têm e nenhuma aceitam; todavia, não perderemos tem-
po em discutir o FATO neste caso.

Dalton continuou com o fato e determinou que havia não somente


uma qualidade definida, mas também um peso definido para cada Áto-
mo, como chamava a outra característica nítida do Átomo. E, justa-
mente a este respeito encontro-me num dilema. Devo explicar o que
significa "peso", e para fazê-lo teria de referir-me a termos que não me

157
apraz publicar. Os Membros de nosso Primeiro Grau lembrar-se-ão de
que a matéria se torna manifesta por uma certa condição, um certo
itributo, que distingue uma de outra espécie de matéria. As partículas
que compõem os Átomos, conforme explicado nas monografias do Pri-
meiro Grau, são o resultado dessa caracterfstica de diferenciação que
apresenta vários tipos de manifestação. Quando Dalton aludia ao "peso
dos Átomos" n'ão se referia a "peso" conforme é, de modo geral, com-
preendido por essa palavra. Os químicos têm sempre imaginado que ele
queria se referir a "peso" em seu sentido físico e comum, e gradualmen-
te têm verificado que há uma diferença entre as observações por eles
feitas e o que imaginaram querer Dalton significar. Isso tem provocado
enorme crítica às teorias de Dalton e não acredito que os químicos
venham a dar crédito à minha explicação; assim, não dirigir-me-ei a eles
e sim aos nossos Membros.

Dalton começou então a classificar os Átomos de acordo com a sua


natureza interior. Quando digo "natureza interior" refiro-me à natureza
que possuem e que é resultante das partículas menores que os com-
põem. Nossos Membros lembrar-se-ão de que a matéria é manifestada
pelo triângulo, em nosso trabalho, e que nas três pontas do triângulo há
determinados estágios de evolução ou composição da matéria. O Átomo
está na segunda ponta. Assim, designarei os Átomos como "ponto DOIS
do triângulo" e as partículas que os compõem como "ponto UM do
triângulo." O ponto UM é o resultado de determinados números, e esses
números contribuem para a formação de Átomos. Dalton, portanto,
empenhou-se em descobrir os NÚMEROS QUE COMPÕEM CADA
ÁTOMO. Evitou as grandes cifras e usou uma escala designando mil por
um, dois mil por dois, etc., até 200.000 que ele designou como 200, e
assim por diante. Isso tomou fácil o registro de notas rápidas.

O resultado dos seus anos de labuta foi o que se encontra na parte


superior do Diagrama N<? 1.

Diagrama Número Um

Aí temos a divisão dos Átomos em elementos, feita por Dalton.


Analisemos primeiramente os "Elementos Simples", numerados de 1 a
37. Esses números não se referem a "pesos", tamanho ou natureza.
Todos os números no diagrama referem-se unicamente à matéria conti-
da no texto.

Dalton inventou uma série de símbolos para representar os Atomos,

158-
cada símbolo baseado num círculo com marca ou letra definida em seu
interior. Muitos desses símbolos ele tirou do trabalho Rosacruz, espe-
cialmente na parte que se relaciona com a astrologia, a alquimia e o
Triângulo e a Cruz. (Vide, por exemplo, os símbolos numerados 1, 5, 6,
7, 10, 11, 20, 32, 33, 34, 35, 36 e 37.)

Esses primeiros 37 símbolos indicam que há 37 formas definidas de


matéria que expressam sua natureza, clara e precisamente, QUANDO
COMPOSTAS APENAS POR UM ÁTOMO. Algumas formas de matéria
não se toinam definidas em natureza até que dois, três, quatro, ou
possivelmente sete Átomos se unam. Esses primeiros 37, ou "Elementos
Simples" todavia, são formados apenas por UM ÚNICO ÁTOMO. Natu-
ralmente os Átomos são diferentes, diferentes em tamanho, em "peso",
e em constituição, ou não haveria diferença na matéria que manifestam.
Assim, Dalton relacionou esses Elementos conforme abaixo indicado e,
ao mesmo tempo, estabeleceu o peso de cada Átomo. Deve ser lembra-
do que "peso" é o número das partículas do "ponto" UM do triângulo,
que formam o Átomo, e que cada número deve ser lido em milhares.
Assim, o primeiro Átomo tem 1 como seu "peso"; deve-se ler 1.000. O
número 4, o oxigênio, tem 7 como seu "peso" que se deve ler como
7.000.

Lista dos Elementos Simples

NÚMERO NATUREZA "PESO"

Hidrogênio
2 Azoto (nitrogênio) .. .5
3 Carbono ou Carvão ... 5
4 Oxigênio . . .. 7
5 Fósforo . ... 9
6 Enxofre . . .13
7 Magnésio . . .20
8 Cálcio . . .23
9 Sódio . . .28
10 Potássio . .. 42
Estrôncio . . .46
12 Bório . . .68
13 Ferro .. 38
14 Zinco . .. 56
15 Cobre . .. 56
16 Chumbo . .. 95

-159-
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Este· diagrama teve os seus
direitos aurorais reservados
m 1917 pela A.M.O.R.C.
da América do Norte,
Suprema Grande Loja

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GRÁFICO N? 1
17 Prata .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 100
18 Platina 100
19 Ouro 140
20 · Mercúrio 167
21 Níquel ~ 25 ou 50
22 Estanho : 50
23 Bismuto .: ,. 68
24 Antimônio · .40
25 Arsênico 42
26 Cobalto 55
27 Manganês 40
28 Urânio , 60?
29 Tungstênio 56?
30 . Titânio 40?
31 Cério 45?
32 Magnésio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
33 Alumírio IS
34 Sílex : 45
35 Ítrio · 53
36 Glucínio 30
37 Zircônio 45

Esses, conforme já afirmado, são os elementos mais simples. O traba-


lho de Dalton foi demonstrar e provar que desses e de alguns outros
elementos provieram todas as formas conhecidas de matéria. Atualmen-
te aumentamos o número de elementos simples, de Dalton, para 98 (99
e 100 são agora tentativamente indicados.) Dos 37 acima indicados,
todavia, considerável número das formas de matéria mais conhecida é
criado, por assim dizer, pela combinação de vários dos elementos sim-
ples acima indicados.

A Lei das Proporções, de Dalton

Na combinação de dois ou mais Átomos para criar uma outra forma


de matéria, uma outra manifestação de matéria, é que Dalton descobriu
a atuação do triângulo. Ele isso não expressou em termos do triângulo,
como fazemos em nossas monografias do Templo, pois suas conferên-
cias eram preparadas para o público; porém, enunciou-a da seguinte
maneira: "UM adicionado a DOIS para fazer UM, é equivalente a DOIS
adicionado a UM para fazer UM; e adicionando DOIS a DOIS para fazer
UM, ou UM a TRÊS para fazer UM, a mesma lei, ao quadrado, está em
ação devido à sua conformidade à lei de TRÊS, sendo cada múltiplo a

-161-
duplicação da lei original."

Isto está magnificamente ilustrado nos gráficos aqui inseridos e à


medida que chegarmos a cada exemplo chamarei atenção para esta lei.

Elementos Binários

UM adicionado a UM para fazer UM, é aí ilustrado com cinco exem-


plos. O N<? 38 representa "Um Átomo de água ou vapor, composto de
um Átomo de oxigênio e um de hidrogênio mantidos em contato físico
por uma forte afinidade, supondo-se estarem circundados por uma
atmosfera comum de calor; seu peso relativo é 8." *

As palavras acima são do próprio Dalton e significam precisamente


isto: Que a água ou vapor em sua molécula compõe-se de um Átomo de
oxigênio e um Átomo de hidrogênio. O "peso" do hidrogênio é 1; o
"peso" do oxigênio é 7; portanto, o peso combinado dos dois, que
formam a molécula de água ou vapor, é 8. Os dois Átomos são conser-
vados unidos pela forte afinidade de-----------, que é a qua-
lidade a que se refere Dalton quando usa a palavra "peso" simbolica-
mente para representar essa qualidade, conforme explicado no 16<? pa-
rágrafo deste artigo. Essa forte afinidade, qualidade, ou energia, é expli-
cada mais adiante por gráficos e palavras.

Quando os Átomos se unem, como os do hidrogênio, oxigênio e


outros, eles o fazem de conformidade com uma lei. Essa lei é a base da
chamada afinidade entre determinados elementos. Resumidamente é a
seguinte: O SEMELHANTE ATRAI O DISSEMELHANTE E REPELE
O SEMELHANTE: dois Átomos de natureza semelhante repelem-se e
não se unirão de conformidade com essa lei; todavia, dois ou mais
Átomos de natureza dissemelhante atrair-se-ão. Portanto, se os Átomos
do gráfico N<? 1 fossem bolas de gude colocadas sobre uma mesa, movi-
mentar-se-iam uns em direção aos outros e formariam uma unidade tão
sólida quanto possível. Todavia, se mais algumas bolas fossem adiciona·
das (e que fossem duplicatas das que já se encontrassem na mesa) seriam
repelidas pelas que lhes fossem semelhantes e atraídas para as que lhes
fossem dissemelhantes.

Uma outra característica dessa lei é que quando três, quatro, cinco,
seis ou mais Átomos são colocados perto uns dos outros, novamente
como bolas de gude, unir-se-ão formando uma unidade de uma forma
definida qualquer, e essas formas são baseadas no triângulo, no quadra-

-162-
do e no círculo, ou numa combinação destes. Note-se essas duas ca-
racterísticas da lei:

* N<? 38a - 1 Átomo de água ou vapor composto de


1 de oxigênio e 1 de hidrigênio . .8

* N<? 39b 1 Átomo de amônia composto de 1 de


azoto e 1 de hidrogênio .

* N<? 4lc - 1 Átomo de gás nitroso composto de 1


de azoto e 1 de oxigênio .

* N<? 42d- Átomo de gás oleificante composto de


de carbono e 1 de hidrogénio . .6

* N<? 43e - 1 Átomo de óxido carbónico composto


de l de carbono e l de oxigénio .

* Concepção original de Dalton.

Os cinco exemplos acima referem-se a Átomos unidos para formar


um novo composto. Cada um deles assim formado tem um "peso"
molecular igual ao total dos dois Átomos que o compõem, conforme
mostrado pelo número à frente da linha pontilhada. Os dois Átomos
unem-se estreitamente um ao outro. Se estiverem um em cima do outro
ou um ao lado do outro em um diagrama, isso nenhuma importância
terá, mas sempre dois Átomos dissemelhantes estarão em contato em
alguma posição relativa.

Elementos Ternários

Uma outra especie de elementos é composta de dois Átomos de


determinada natureza e um de uma outra. Os três Átomos que com-
põem um elemento não podem ser da mesma natureza; repelir-se-iamde
conformidade com a lei de que o semelhante repele o semelhante. Por·
tanto, quando um elemento é composto de três Átomos, dois deles são
semelhantes e um, dissemelhante. O ÁTOMO DISSEMELHANTEESTÁ
SEMPRE NO CENTRO. A razão de tal acontecer é que dois Átomos
* N'? 38a - Concepções originais de Dalton. Refere-se ele a 1 Átomo, ou
molécula, composto. A água, ou vapor, é, na verdade. composta
de 2 Átomos de hidrogênio e 1 de oxigênio.

163
semelhantes ao se repelir, distanciam-se tanto quanto possível; isto per-
mite que o Átomo dissemelhante penetre entre eles, pois os dois Áto-
mos semelhantes são atraídos para esse único Átomo que, por sua vez, é
para eles atraído. Portanto, o único Átomo dissemelhante atrai forte-
mente os dois outros, enquanto que estes procuram-se afastar um do
outro. Dessa maneira, os dois Átomos semelhantes ficariam em lados
opostos. Isto está claramente indicado nos diagramas NC?s 44, 45, 46 e
47 do gráfico NC? 1.

Os diagramas representam elementos como segue:

* NC?44- 1 Átomo de óxido nitroso composto de


2 de azoto e 1 de oxigênio . 17

* NC?45 - 1 Átomo de ácido nítrico composto de


1 de azoto e 2 de oxigênio : . 19

* NC?46- 1 Átomo de ácido carbônico composto de


1 de carbono e 2 de oxigênio . . . . . . . ... 19

NC?47- 1 Átomo de hidrogênio carburetado composto


de 1 de carbono e 2 de hidrogênio .

Em cada caso dos quatro elementos Ternários acima, o "peso" do


elemento é indicado à frente da linha pontilhada. Notar-se-á que· dois
deles, embora totalmente diferentes em natureza, têm o mesmo "peso".
Essa contradição pode ser difícil para a Ciência compreender ou expli-
car.

Elementos Quaternários

Chegamos agora aos elementos compostos de quatro Átomos primá-


rios. Na verdade, os quatro exemplos de elementos quaternários rela-
cionados no gráfico NC? 1 são moléculas compostas de vários Átomos.
* N<? 39b - 1 Átomo (composto) de arnônia é formado por 1 Átomo de
azoto e 3 de hidrogênio.
* N<? 41c - 1 Átomo (composto) de gás nitroso seria agora conhecido como
1 de óxido nítrico com a fórmula NO.
* N<? 42d - Urna das qualidades fundamentais do elemento carbono é ser ele
quadrivalente, isto é, ter 4 títulos e combinar-se com 4 Átomos
de outros elementos.
* N<? 43c - Atualmente 1 Átomo (composto) de óxido carbónico é conhe-
cido como monóxido de gás carbônico, fórmula CO.

164-
Notemos primeiramente a maneira em que esses Átomos se unem
quando há três de uma natureza e um de natureza diferente. Neste
particular temos um outro magr ífico exemplo do semelhante atrair o
dissemelhante e repelir o semelhante. Tomemos, por exemplo, o N<? 48.
O Átomo dissemelhante permanece no centro, enquanto que os outros
três Átomos dispõem-se em perfeita ordem ao redor do Átomo disseme-
lhante. Cada um dos três Átomos externos é igualmente atraído pelo
Átomo dissemelhante, ao centro. Isto faz com que eles abracem, por
assim dizer, o Átomo central tão fortemente quanto possível, afastan-
do, todo o tempo, os outros Átomos semelhantes. O fato de que cada
um dos três Átomos externos está repelindo o outro faz com que eles se
conservem eqüidistantes e os espaços entre os três Átomos sejam mate-
maticamente iguais como se tivessem sido colocados em posição por um
instrumento cuidadosamente ajustado, na verdade em posição mais per-
feita nesse particular, do que poderia ser obtida por meio de qualquer
sistema de medição por nós conhecido.

Uma outra lei demonstrada por esta atração e repulsão entre os


Átomos é que quando há mais de uma espécie do que de outra, confor-
me os N<?s 48, 49, 50 e 51, o número maior de Átomos semelhantes
estará na parte de fora.

Deve-se também notar que quatro Átomos dispostos desta maneira


tomam a forma de um triângulo; assim, o triângulo no "plano material"
é usado para indicar elementos quaternários, conforme mostradoantes
da palavra "quaternário" no gráfico N«? 1. Alguns dos mais interessantes
e profundos problemas da química são solucionados pelo estudo da
composição dos elementos quaternários, e a isto é que Dalton se referiu
muitas vezes ao afirmar, como fazem muitos Rosacruzes em suas expe-
riências químicas, que ele estava "ocupado com os triângulos".

N<? 48 - Molécula de ácido oxinítrico composta de 1 Átomo de azo-


to e 3 de oxigênio 26
N<? 49 - Molécula de ácido sulfúrico composta de 1 Átomo de en-
xofre e 3 de oxigênio 34
N<? 50 - Molécula de hidrogênio sulfídico composta de 1 Átomo de
enxofre e 3 de hidrogênio 16
N<? 51 - Molécula de álcool composta de 1 Átomo de hidrogênio e 3
de carbono 16

-165-
ELEMENTOS lcontinuaçãol
Ouinários
e Senários

Heptenários

ss.

LEIS ATÔMICAS FIXÃS

Fifi. G.
(Direitos reservados em 1917 pela Suprema Grande Loja da A.M.0.A.C. da
América do Nortel ·

GRÁFICO N? 2
Analisemos agora duas outras espécies de elementos chamados Qüin-
qüenários e Sexenários. Estão ilustrados nos Nqs 52 e 53.

No Nq 52 temos uma disposição muito diferente de cinco Átomos.


Três deles são semelhantes e dois dissemelhantes. No elemento chamado
"ácido nítrico" temos uma combinação de ácido nítrico e gás nitroso.
Reportando-nos ao N<? 41 do gráfico N<? 1 veremos que o gás nitroso é
composto de um Átomo de azoto e um Átomo de oxigênio. Os dois,
combinados, fazem o gás nitroso. Consultando o N<? 45 do gráfico Nq 1
veremos também que o ácido nítrico é composto de um Átomo de
azoto e dois Átomos de oxigênio. Em outras palavras, a diferença entre
o ácido nítrico e o gás nitroso é a diferença de mais um Átomo de
oxigênio no ácido; todavia, para transformar esses em Ácido Nitroso
deveremos combinar o ácido nítrico e o gás nitroso. Isto significa com-
binar os cinco Átomos. A ilustração N<? 52 mostra a única maneira
possível em que esses cinco Átomos de duas naturezas diferentes pode-
riam se combinar. Quatro unir-se-iam conforme indicado com o quinto
Átomo, unido a um dos lados do Átomo de azoto tão distante quanto
possível dos Átomos de oxigênio seus companheiros, sem cortar a atra-
ção que entre si e o Átomo de azoto existe. A relação entre esses cinco
Átomos e a forma que assim assumem ilustra um dos princípios de
Dalton em sua lei das proporções: que, ao se unirem, os Átomos obede-
cem à lei do triângulo, do quadrado, ou urna combinação de ambos,
pois no N<? 52 podemos ver o triângulo e o quadrado. Seu "peso" é 31.

No Nq 53 é apresentado um problema diferente. Aí ternos seis Áto-


mos de três naturezas diferentes. Representa ele uma molécula de ácido
acetoso, compondo-se de dois Átomos de carbono e dois de água. En-
quanto que o carbono é composto de um único elemento simples, a
água compõe-se de dois Átomos (um de hidrogênio e um de oxigênio).
A maneira em que esses seis Átomos se agrupam é interessante e, não
obstante, em nenhuma outra maneira poderiam eles ser colocados e
ainda conservar sua atração e repulsão. O seu "peso" relativo é 26.

Chegamos finalmente aos elementos Septenários. O Nq 54 represen-


ta o nitrato de amônia. Compõe-se ele de um Átomo de ácido nítrico,
um de amônia e um de água, conforme se poderá ver consultando os
N<?s 45, 39 e 38 do gráfico N<? 1. Seu "peso" relativo é 33. O Nq 55
representa o açúcar e é composto de um Átomo de alcool e um de ácido
carbônico, conforme mostrado nos Nqs 51 e 46 do gráfico N<? 1. Seu
"peso" relativo é 35.

167
Ambos esses elementos são compostos de sete Átomos e, em forma,
representam um círculo no interior do qual há três triângulos sendo o
Átomo central o vértice de cada um dos três triângulos. Assim, uma vez
mais encontramos a lei do triângulo, do quadrado e do círculo em
demonstração.

Para ilustração diagramática os Átomos serão considerados como


esferas perfeitas. O fato de que podem às vezes apresentar formas dife-
rentes é devido a que podem ser comprimidos ou achatados, em vários
lugares, pelo contato com outros Átomos. Ultimamente a Ciência tem
considerado o Átomo como semelhante a uma bola de borracha que
pode ser comprimida para perder sua forma esférica perfeita, mas sem-
pre conserva determinada semelhança com uma esfera.

A forma esférica dos Átomos explica muita coisa que não poderia
ser de qualquer outro modo explicada e a forma também provoca mui-
tas condições e fenômenos, na química e na física, de natureza muito
interessante. Na verdade, a forma esférica dos Átomos assim como sua
natureza química permitem que se manifestem de muitas maneiras di-
ferentes.

Este último fato Dalton ilustrou nos diagramas mostrados no gráfico


N<? 2.

Neste temos, na figura A, nove Átomos colocados num quadrado


para que possamos estudar a relação que entre si têm. Notamos que
fazemos com que os Átomos toquem uns nos outros, conforme é mos-
trado no diagrama; o Átomo N<? 5 estabelece contato somente com 4
outros Átomos, N<?s 2, 4, 6 e 8. Notamos também que há considerável
espaço entre esses nove Átomos.

Se considerarmos cada camada de Átomos nesse espaço quadrado


como se fosse um estrato, teremos três estratos na figura A. Entre essas
camadas, ou estratos, temos as grandes aberturas ou espaços do "ar".
Isto significa que em qualquer disposição semelhante dos Átomos have-
rá grande espaço entre os Átomos, e este espaço será ocupado por
aquilo que chamaremos simplesmente de "ar".

Ora, se tomarmos esses nove Átomos colocando-os conforme indica-


do na figura D daremos ao quadro uma forma rornboídal. Dispondo os
Átomos dessa maneira faremos várias coisas de considerável importân-
cia. O Dr. Dalton, em seus relatórios às organizações científicas de sua

168-
época, mencionou apenas um ou dois resultados alcançados com essa
disposição dos Átomos, porém referir-me-ei a um outro resultado que
ele bem conhecia.mas que não ilustrou completamente.

Antes de mais verificar-se-á, conforme salientou o Dr. Dalton, que


essa disposição dos Átomos faz com que o Átomo NC? 5 estabeleça
contato com SEIS outros Átomos ao invés de quatro apenas, conforme
indicado na figura A. Assim, o Átomo NC? 5 está em contato com os
Átomos NC?s 2, 3, 4, 6, 7 e 8. Além disso os Átomos NC?s 2, 4, 6 e 8
tocam agora uns nos outros enquanto que não o faziam na disposição
na figura A.

Esta disposição diferente torna cada Átomo na composição de qual-


quer coisa o centro de um grupo místico, por assim dizer, pois cada um
desses Átomos centrais terá seis outros Átomos à sua volta, cada um
deles estabelecendo contato com um outro. Assim, cada grupo consisti-
rá de sete Átomos, Át~mos central e seus seis companheiros. É por essa
razão que semelhante grupo é chamado de grupo místico. A verdadeira
força desse grupo é geralmente determinada pela natureza do Átomo
central. O resultado desse agrupamento, no sentido verdadeiramente
místico, será explicado mais tarde.

Era este, todavia, o ponto principal que o Dr. Dalton desejava provar
por essa ilustração de agrupamento: Que quando os Átomos estavam
desse modo dispostos, o volume de ar entre os Átomos era reduzido.
Analisando o agrupamento na figura D, verificar-se-á que há um espaço
de ar consideravelmente menor entre os Átomos do que entre os da
figura A. Afirmava ele, e isso já foi demonstrado como verdade, que
quando o ar é extraído da matéria por uma disposição diferente de seus
Átomos,a mudança ou condição nova é provocada por esta lei.

O ponto mais interessante, todavia, que o Dr. Dalton abordou, em-


bora não o explicasse completamente durante sua existência, está ilus-
trado nas figuras B, C, E e F.

Modificando-se a disposição dos Átomos conforme mostrados na


figura D, os estratos dos Átomos são alterados na maneira claramente
indicada nos diagramas. Tomando-se três Átomos quaisquer da figura A
e agrupando-os na mesma relação que entre si têm, conforme consta da
figura B, descobrimos uma outra lei. Por exemplo, mostramos os Áto-
mos numerados 6, 8 e 9 da figura A. Na figura B vemos esses três
Átomos precisamente na mesma relação que entre si tinham na figura
A.
169
Traçando uma linha do centro de cada um desses três Átomos para o
centro dos outros,teremos um triângulo. Se considerarmos o Átomo N<?
9 como descansando sobre dois outros,formando camadas ou estratos,
verificaremos, na figura E, que o triângulo tem determinada altura indi-
cada pelas linhas pontilhadas. Notaremos também que o triângulo não é
equilátero. (Ist~ é importante para todos os Rosacruzes.)

Se, por outro lado, tomarmos três Átomos do agrupamento na figura


D descobriremos uma outra lei. Tomando três Átomos quaisquer ou,
neste exemplo, os Átomos numerados 4, S e 7, e colocando-os na
mesma relação em que estão na figura D, verificaremos que poderá ser
formado um triângulo traçando-se uma linha do centro dos Átomos.
Neste caso, porém, o triângulo é eqüilátero.

Comparando esses dois triângulos, conforme mostrados nas figuras E


e F, verificaremos que têm altura diferente (indicada pelas linhas ponti-
lhadas), sendo que a altura é indicada pelas duas linhas fortes no centro
do diagrama.

Isto, afirma o Dr. Dalton, mostra a altura dos estratos de cada grupo
de Átomos.

Chama ele também atenção para o fato de que no agrupamento


constante da figura D os ângulos são, sempre, de 60 ou 120 graus, fato
que deve ser tido em mente por todos os Rosacruzes.

Vemos, portanto, que quando a lei do triângulo (triângulo eqüiláte-


ro) atua ou se manifesta na composição da matéria ou na disposição dos
Átomos temos uma demonstração inteiramente diferente e importante
das leis atôrnicas.

O agrupamento na figura D representa a união de Átomos para a


formação do gelo. Por essa disposição dos Átomos,o espaço aéreo, ou
"ar", é consideravelmente eliminado e, desse modo, o líquido se torna
mais sólido. Isto se explica por dois fatos: Que uma vez que os Átomos
se combinam mais estreitamente, a matéria se torna mais sólida, e que a
eliminação do ar tira da água grande parte de sua elasticidade.

Para melhor demonstrar o agrupamento dos Átomos, dessa maneira,


na formação do gelo, o Dr. Dalton salienta um outro fato interessante.
Chama a atenção do leitor para a formação do gelo. Pede que note que
quando a água congela subitamente (isto é, quando a água é colocada

-170-
(&()1
(]X) eo
ro mo
eco cro

a'
101t11he R~•l[J'' <ma1 'J' 1, P11111 Sup,rumJi'
Gr1nt!li Lo 1da A,M D.F! 'C. dil AiM~i~ M
'r!.!orhd,

GRÁFICO N'? 3
em atmosfera abaixo do ponto de congelamento, tornando-se subita-
mente fria) determinadas formas de cristais podem ser vistas em sua
superfície. A figura G mostra uma dessas formas que ilustra dois pon-
tos: Que os Átomos estão correlacionados entre si, conforme mostrado
nas figuras C e D, e que os ângulos são muito significativos.

Uma análise dos desenhos que representam flocos de neve nos prova-
rá muitos fatos interessantes a respeito das leis contidas nas afirmações
precedentes.

COMBINAÇÕES DE ÁTOMOS

GRÁFICO NÚMERO 3

Voltemos nossa atenção para o gráfico N<? 3. Aí o Dr. Dalton ilustra


muitas outras leis com relação aos Átomos.

Para compreender o que o Dr. Dalton queria dizer e para tornar


claras para os nossos leitores Rosacruzes as leis que têm estado estudan-
do, devemos ter em mente que todos o~ Átomos têm determinada aura
ao seu redor devido às suas vibrações. Considerando a natureza de um
Átomo e sua composição do ponto de vista Rosacruz, não é surpreen-
dente que falemos de uma aura circundando um Átomo. Essa aura de
influência, ou qualidade magnética, tem sido reconhecida por cientistas
há muitos anos. David A. Wells escreveu, em seu livro publicado em
1863, que os Átomos possuíam uma certa polaridade que lhes conferia
determinada força magnética e afirmou que "a ação dessas forças com-
pele o Átomo, ao assumir seu lugar em um cristal (de matéria), a manter
determinada direção com relação às partículas contíguas (ou Átomos).

Nas figuras 1, 2 e 3 do gráfico N<? 3 Dalton mostra Átomos em


grupos para formar determinados fluidos elásticos. A figura 1 mostra
Átomos que formam o hidrogênio. A figura 2,o gás nitroso. A figura 3,o
ácido carbônico. O que pretende ele provar é que a aura dos Átomos
que compõem esses três faz com que a atmosfera ao redor dos Átomos
seja carregada com determinadas emanações dos Átomos, e que essa
atmosfera e as vibrações que nela existem fazem com que a composição
ou elemento formado pelos Átomos seja "elástica". Desse modo, afirma
ele, são formados os fluídos ou gases elásticos.

Na figura 4, contudo, deparamos com um dos mais interessantes


diagramas e ilustrações da Lei Atônúca. Na verdade,o ponto que Dalton
procurou apresentar de maneira velada não foi antes oferecido aos pes-
quisadores da química; e é somente com a esperança de que alguns
químicos ou pesquisadores da.química possam encontrar algum auxílio
em minhas explicações mais ou menos veladas, que me arrisco a elucidar
uma de nossas leis Rosacruzes.

Supondo (e esta poderá não ser absolutamente uma suposição) que


os Átomos emitem permanentemente determinados raios, poderemos
melhor ilustrar essas emanações tornando-as diagramáticas. Considera-
remos, portanto, que os raios partem do centro de cada Átomo diri-
gindo-se para fora do Átomo em linhas retas. Por uma razão muito
apropriada suporemos que esses raios formam uma aura ao redor de
cada Átomo e que essa aura tem a forma de um quadrado. (Repito que
isto TALVEZ NÃO SFJA absolutamente uma suposição.) Verificamos,
todavia, que há quatro emanações de cada Átomo que formam linhas
diagonais na aura quadrada que circunda cada Átomo. Em outras pala-
vras, há quatro raios exatos que partem de cada Átomo, mais fortes do
que os outros, que emanam do Átomo em pontos eqüidistantes, e esses
raios são chamados de RAIOS POTENCIAIS.

Um outro ponto que deve ser lembrado é que nem todos os Átomos
são do mesmo tamanho. A figura 5 do gráfico N<? 3 mostra vários
Átomos que representam dezesseis fluidos elásticos diferentes, de A a P.
Os Átomos são desenhados em sua proporção com relação aos demais, e
o quadrado da aura que circunda cada Átomo é desenhado em propor-
ção ao tamanho dos Átomos. Assim, podemos claramente notar, pelo
tamanho da aura quadrada, a diferença na aura de cada um desses
dezesseis Átomos.

Na raiz de todas as leis conhecidas pela química para a combinação


de determinados Átomos ou para a mistura de certos elementos, está a
seguinte lei: Que os raios de cada Átomo devem se encontrar e harmoni-
zar-se com os raios de outros Átomos, se puderem se misturar ou unir.
Esta lei é ilustrada na figura 4 do gráfico N<? 3. Há quatro Átomos de
azoto (nitrogênio) com sua aura quadrada, na parte superior da figura 4.
Notar-se-á que os raios desses quatro Átomos que formam a aura qua-
drada em torno de cada Átomo unem-se ou se encontram.

Como esses raios se unem dessa maneira, os quatro Átomos formam


um elemento unido. Notar-se-á ainda que os RAIOS POTENCIAIS de
cada um dos quatro Átomos se encontram e, desse modo, formam
diagonais no grande quadrado composto pelos quatro quadrados meno-
res. Na parte inferior dos quatro quadrados de azoto há dois quadrados
contendo Átomos de hidrogênio. Estes últimos quadrados são maiores
do que os outros que estão por cima deles porque os Átomos e auras do
hidrogênio são maiores do que os Átomos e 'auras do azoto, conforme
mostrado nos diagramas G e P, na figura 5.

Os Átomos de hidrogênio, todavia, unem-se bem com os Átomos de


azoto porque os raios diagonais, ou RAIOS POTENCIAIS de todos os
Átomos na combinação da figura 4 encontram-se e unem-se perfeita·
mente. Isto está ilustrado na figura 4 pelas linhas diagonais FORTES
que passam pelos quatro quadrados e que representam os Raios Poten-
ciais.

Para tomar mais claro este ponto, a figura 6 tem três Átomos dife-
rentes e sua aura aumentada. Por ela verificamos que devido à diferença
dos raios que formam a aura desses Átomos nenhum dos raios de qual-
quer desses Átomos ou auras se encontra com outros. A despeito da
maneira em que coloquemos ou tentemos unir esses três Átomos, sejam
eles quais forem, eles não formarão a associação perfeita desejada.

Por meio disso aprendemos que quando os raios potenciais dos Áto-
mos se unem,há uma espécie de mistura, e que quando todos os raios se
encontram (conforme mostrado nos quatro quadrados superiores da
figura 4),há uma outra mistura de natureza mais pura e inalterada. E
quando nenhum dos raios se une, verificamos que os Átomos não pro-
porcionam mistura verdadeira de qualquer espécie.

Compreendemos assim que, teoricamente pelo menos, há muito a


estudar e aprender a respeito da potencialidade dos Átomos e das ema-
nações dos Átomos, pois na potencialidade e nos raios repousa o segre-
do da combinação dos Átomos e da formação da matéria.

Este, pois, é o grande trabalho da química Rosacruz e em nossa


Ordem, como em nenhum outro sistema de ensino, são encontradas leis
que tornam claras todas essas coisas a que· pude-me referir apenas de
maneira velada nesta interpretação do trabalho e descobertas do Dr.
John Dalton.

Conclusão

Instamos com nossos Membros para que estudem o acima com muita

-174-
atenção. A consulta a qualquer compêndio-padrão de química será útil.
Deve-se ter em mente que desde a época de Dalton tem havido modi-
ficação na fraseologia e que instrumentos modernos, como o espectô-
grafo, o microscópio eletrônico, a balança elétrica, o raio-X, e muitos
outros maravilhosos instrumentos de precisão têm revelado coisas que
não eram conhecidas por Dalton, e provado, de várias maneiras, que
parte de sua terminologia ou explicações está errada. Seus princípios
fundamentais, todavia, eram positivamente sólidos e algumas de suas
concepções ainda são consideradas como um campo a ser investigado
pela ciência moderna. Sobre a natureza dessas concepções o estudante
Rosacruz está bem informado por seus estudos.

-175-
SIR FRANCIS BACON

Barão de Vendam, Visconde de Saint A lbans,


Eminente Imperator dos Rosacruzes

Devido ao. crescente interesse pela vida e obra de Francis Bacon,


incluímos nesta obra o seu retrato (página 25) e alguns comentários
resumidos a seu respeito.

Nasceu ele em Londres, em 22 de janeiro de 1561. Ocupou cargos


muito importantes no governo britânico e foi representante secreto de
muitos altos oficiais sendo, muitas vezes, forçado a assumir a responsa-
bilidade e culpa daqueles cuja reputação deveria salvar. Durante anos,
aqueles que lhe eram hostis acreditaram no mal que a ele era atribuído e
que ele não procurava negar para evitar maiores esclarecimentos. Nos
últimos cinqüenta anos, todavia, certos documentos incontestáveis pro-
varam a afirmação Rosacruz de que ele era um dos homens nobres da
Inglaterra, de coração, alma e ações.

Como pioneiro da revolução nos métodos educacionais continua ini-


gualável, e o efeito de sua "sociedade secreta" sobre os povos da Europa
constituiu sempre um enigma para as massas, até que foi descoberto que
a sociedade secreta à qual grande parte de sua correspondência parecia
se referir era a Ordem Rosacruz. Então, ficou provado que alguns de
seus colaboradores literários eram seus emissários oficiais ou represen-
tantes da Ordem Rosacruz que empreendiam viagens a jurisdições es-
trangeiras.

Foi Bacon quem, como Imperator da Ordem Rosacruz, escreveu o


livro agora internacionalmente famoso "Fama Fraternitatis", no qual
foi assinado o nome fictício de Christian Rosenkreutz, significando
Rosa-Cruz. Pela descoberta do código secreto nesse manuscrito e pelos
vários escritos aceitos em códigos secretos, foi também revelado que
Bacon escreveu as famosas peças atribuídas àquele que as apresentou,
Shakespeare. Um exame das páginas das peças originais revela não so-
mente o nome e título de Bacon ocultos nas linhas do texto, singular-
mente dispostas, mas também os símbolos Rosacruzes e os de Bacon
são encontrados como marcas-d'água no papel. Escrever e apresentar
peças naquela época era considerado uma ocupação vulgar, indigna e
sórdida, e embora as "Peças Shakespeareanas" fossem de um nível mui-
to elevado e completamente diferente de todas as peças anteriores, o
próprio caráter de suas revelações íntimas impediria o autor de admitir

-177-
suas ligações com as mesmas, sob pena de provocar a sua destruição.
Foi, para a civilização, uma circunstância feliz o ter Bacon concebido o
seu maravilhoso plano de escrever e publicar as peças sob o nome do
ator principal, conservando, no entanto, no interior do texto, o nome
do verdadeiro autor.

Foi Bacon' quem primeiro planejou a conquista Rosacruz da Amé-


rica. Publicou um livro intitulado "The New Atlantis" (muitas vezes
citado como "The House of Solomon"), no qual todo o esquema é
descrito em fascinante simbolismo. Muitos anos mais tarde, em 1693,
um grupo de Rosacruzes especialmente selecionados, com suas famílias,
procedentes de todas as partes da Europa, reuniu-se em determinado
porto e navegou para a América em um navio por eles mesmos fretado,
Chegaram ao local onde hoje se encontra a cidade de Filadélfia, no
início de 1694 e fundaram muitas das primeiras instituições educacio-
nais dos Estados Unidos. Seu registro, bem conservado, nos arquivos
desse país atesta a magnífica influência dos Rosacruzes na fundação
dessa grande República.

A transição de Bacon ocorreu em 9 de abril de 1626, no apogeu de


seu trabalho Rosacruz, quando procedia a alguns testes científicos im-
portantes.

A ilustração de Bacon, em página completa, em uma outra parte


desta obra, acompanhada de muitos dos símbolos usados com referên-
eia à sua pessoa foi feita pelo nosso finado lmperator, D. H. Spencer
Lewis, em 1919, como frontispício para um livro que estava compílan-
do. Tem sido reproduzida várias vezes e foi tirada de um dos mais
conhecidos retratos de Bacon, com outras decorações e enfeites tão
familiares aos Rosacruzes. Não se assemelha a nenhuma página que
possa ser encontrada em qualquer dos livros de Bacon em composição
integral, contendo, porém, partes duplicadas de muitos. Desse modo,
nossos Membros têm uma excelente recordação do eminente lmperator
Rosacruz do século XVII.

-178-
DR. H. SPENCER LEWIS, F. R. C., Ph. D.

Primeiro Jmperator (1915­1939) da A.M O.R. C. para as


Américas do Norte e do Sul

O que se segue representa uma biografia resumida, compilada de


fatos colhidos em várias de nossas publicações e registros Oficiais.

Harvey Spencer Lewis nasceu em Frenchtown, New Jersey, em 25


de novembro de 188.3, às 12,38 hs. (hora astrológica correta). Seus pais
dedicavam-se, na época, ao trabalho educacional e, assim, recebeu ele
boa instrução, sendo levado mais tarde para Nova Iorque com seus dois
irmãos. Era de origem gaulesa, descendendo da família Lewis cujo gran-
de antepassado foi Sir Robert Lewis e cujos outros descendentes ín-
cluiam Merry-weather Lewis, da famosa expedição Lewis e Clark, e
muitos outros, proeminentes na primitiva história americana.

Educado nas escolas da cidade de Nova Iorque, uniu-se à Igreja


Metodista e foi um dos primeiros Membros do bem conhecido ''Templo
Metropolitano" Metodista do qual o Dr. S. Parkes Cadman foi o primei-
ro clérigo e maravilhoso promotor de grande bem.

Devotando-se aos estudos científicos ingressou também no mundo


da arte, como profissão, e em muitas partes da América, atualmente, há
pinturas a óleo, pastel e aquarela, assim como centenas de desenhos de
sua fecunda pena. Muitos destes tornaram-se nacionalmente conhecidos.
Antes de vinte e um anos assumiu a chefia das atividades artísticas
especiais do New Yorle Herald.

Quase nessa mesma ocasião foi eleito Presidente do Instituto de


Pesquisas Psíquicas de Nova Iorque, e entre os muitos colaboradores
eficientes em seu trabalho estavam Ella Wheeler Wilcox e "Fra"
Hubbard, fundador dos Roycrofters. Estes dois colaboraram, mais tar-
de, na fundação da Ordem Rosacruz na América e fizeram parte do
primeiro Conselho Americano da Ordem quando o Dr. Lewis foi esco-
lhido para Supremo Grande Mestre da América.

Após muitos anos de contínuas pesquisas científicas e psíquicas,


mesmo no campo da telegrafia-sem-fio (rádio) quando essa ciência era
pouco conhecida, fez ele seu primeiro contato com o trabalho dos
Rosacruzes que estabeleceram sua sede perto de Filadélfia, em 1694.
Membro da Divisão Inglesa que apoiou o primeiro movimento na Amé-

179
rica, a senhora May Banks-Stacey ~ descendente de Oliver Cromwell e
dos D'Arcys da França,colocou em suas mãos os documentos que lhe
haviam sido oficialmente transmitidos pelo último dos primeiros Rosa-
cruzes americanos, com a Jóia e o Signo de Autoridade por ela recebi-
dos do Grande Mestre da Ordem na Índia durante o tempo em que foi
Oficial do movimento naquele país.
r

Durante vários anos foi mantida correspondência com diferentes re-


presentantes das Jurisdições estrangeiras, até que investigação acurada
pudesse ser feita para determinar o merecimento do Dr. Lewis para
executar as incumbências então em seu poder. Finalmente em 1909 foi
ele instruído a comparecer diante de determinados altos Oficiais da
França. Visitou Toulouse, antigo centro do conclave internacional Ro-
sacruz, e voltou daquele país em posse de maior autoridade. Esta e os
documentos possuídos pela Sóror Stacey foram apresentados a uma
Comissão de mais de cem cidadãos americanos, sendo lançadas as bases
para o reativamento decretado do trabalho na América, ficando a Sóror
Stacey como Grande Matre e o Dr. Lewis como Supremo Grande Mes-
tre.

Desde aquela época muitos títulos honoríficos lhe foram conferidos


por sociedades estrangeiras e americanas, academias, instituições cientí-
ficas e corporações escolásticas.

Como cidadão americano havia sido citado como exemplo para con-
decoração honrosa com a Cruz de Honra e para Cavaleiro da Bandeira
pela Associação da Bandeira dos Estados Unidos. Na Europa recebeu
várias condecorações similares,inclusive a Cruz de Ouro dos Cavaleiros
Templários de Jerusalém. Era Membro ou Oficial de várias sociedades
educacionais européias e americanas, e havia sido admitido aos Graus
mais elevados de catorze, ou mais, das mais destacadas sociedades esoté-
ricas, místicas e filosóficas do mundo,inclusive a "Rose-Croix Kabalisti-
que de France", "Ordem Martinista da França, Bélgica e Suíça", "So-
ciedade Alquímica Rose-Croix", da França, "Samaritanos Incógnitos",
da Europa, "Fraternidade Bramânica", "Ritos Egípcios de Mênfis e
Mizraim" e outras; foi ele também um dos poucos iniciados a serem
recebidos em um templo arcano de Luxor, Egito, em 1929. Foi distin-
guido com altas honras no Congresso Internacional da Federation Uni-
verselle des Ordres et Sociétés lnitiatiques (FUDOSI) realizado em Bru-
xelas, Bélgica, em 1934. Foi o único Oficial Rosacruz na América do
Norte a ser tão amplamente autorizado a representar os santuários anti-
gos e esotéricos do mundo.

180-
Sua esposa, Martha Morphier Lewis, descendente do famoso general
francês Morphier, foi a primeira senhora na América a cruzar o Umbral
da Ordem no novo regime, e seus quatro filhos foram instruídos no
trabalho; seu filho, Ralph M. Lewis, serviu, como Supremo Secretário
da Ordem para as Américas do Norte e do Sul durante muitos anos.

O Dr. Lewís passou pela transição para a Grande Iniciação, em San


Jose, Califórnia, às 15:15 hs., hora do Pacífico, na quarta-feira, 2 de
agosto de 1939. Centenas de pessoas compareceram às exéquias e vários
milhares de cartas, telegramas e cabogramas foram recebidos de todos
os países civilizados do mundo manifestando pezar pela perda de sua
presença física e personalidade, regozijando-se porém com sua final
realização. De conformidade com desejo expresso em seu Último Testa-
mento e Disposições,suas cinzas foram enterradas no Parque Rosacruz
em baixo de um triângulo simbólico, na magnífica Capela Egípcia, re-
produção de um templo do Egito no qual havia realizado uma iniciação.
É agora visitada anualmente por grande número de Membros, amigos e
admiradores.

V ide retrato na página 29.

181
RALPH M. LEWIS, F. R. C.

lmperator da A.MO.R. C para a Jurisdição Internacional


das Américas, Comunidade Britânica de Nações, França,
Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África.

A biografia resumida que se segue é baseada em fatos extraídos dos


arquivos da Ordem.

Ralph Maxwell Lewis nasceu na cidade Nova Iorque, domingo, 14 de


fevereiro de 1904, às 10:30 hs. Seu pai, primeiro Irnperator da
A.M.O.R.C. para as Américas do Norte e Sul, nasceu em Nova Jersey e
era de origem gaulesa sendo descendente de Sir Robert Lewis, antigo
colonizador americano. Sua mãe nasceu em Boston, Massachussetts. Seu
pai na ocasião de seu nascimento era redator de um jornal de Nova
Iorque e, embora ainda jovem,era conhecido em toda a Nação por seus
artigos sobre questões metafísicas e pesquisas psícolôgicas em renoma-
das revistas e na imprensa diária.

Ralph M. Lewis recebeu sua educação inicial nas escolas de Nova


Iorque e na academia militar de Nova Jersey. Em 1918 sua família
fixou residência em San Francisco, Califórnia. Em 1919 passou a viver
com os seus, estudando mais tarde Direito e Contabilidade, naquela
cidade, ao mesmo tempo que se dedicava a trabalhos de escritório e
outras atividades para sua subsistência. Ainda quando adolescente mani-
festou profunda aversão pela rotina e detalhes, embora possuísse inco-
mum capacidade de organização, dispondo cada atividade individual em
forma sistemática. Ocupações ou projetos que desafiassem a imaginação
e exigisse empreendimento criativo atraíam fortemente sua natureza. De
1919 a 1923, quando o rádio ainda estava em sua infância e não havia
qualquer aparelho receptor padronizado no mercado, colaborou, com
seu pai e outros pesquisadores em laboratório especialmente equipado,
no projeto de circuitos receptores exclusivos e no aperfeiçoamento dos
instrumentos empregados.

Sua aversão a detalhes deu origem a uma insatisfação mental e à


busca de uma profissão que proporcionasse a liberdade necessária à sua
imaginação. Tendo chegado a um ponto em seus estudos de Direito em
que breve estaria preparado para o exame para advogar no Foro, aban-
donou seu interesse pelo Direito, como profissão, porque somente sua
lógica e buscas continuavam a atraí-lo. As questões abstratas começa-
ram a exercer atração cada vez maior sobre ele. Lia obras sobre oceano-

-182-
grafia, arqueologia e geologia, especialmente os tópicos que penetravam
no campo especulativo. As conversações com seu pai canalizaram seu
interesse para os campos da ontologia, metafísica e misticismo.

Seu pai jamais com ele insistiu para que se tomasse Membro ou
Estudante Rosacruz; todavia, as respostas que recebia sobre suas cogita-
ções, e que não obtinha através de qualquer outra fonte de conhecimen-
to, despertaram sua admiração pelos ensinamentos Rosacruzes tendo ele
cruzado o Umbral da Ordem, por permissão especial, quando ainda
jovem. Os ensinamentos Rosacruzes tocaram sua sensibilidade e sa-
tisfizeram a um anseio anteriormente mal-compreendido. Passou pelos
Graus da Ordem na Loja de São Francisco iniciando também um estudo
consciencioso e sistemático do pensamento filosófico de todas as
épocas.

Em 1923 o Supremo Conselho Americano da A.M.O.R.C. elegeu-o


Supremo Secretário da Ordem Rosacruz na América do Norte para
preencher a vaga criada por aposentadoria. Esse cargo permitiu-lhe a
expansão da combinação rara de seus dotes: abstração, empreendimento
criativo e organização. Foi o criador de várias mudanças drásticas nas
normas administrativas da AMORC e na expansão da filiação de Sane-
tum. Propugnou por uma centralização de todas as atividades da Ordem
na Suprema Grande Loja com atividades subordinadas recebendo seu
poder e orientação unicamente por intermédio do poder central. Isto
deu lugar à uniformidade de ação e a uma conseqüente unificação que
fortaleceu a AMORC materialmente. À parte de seu amor filial por seu
pai, prestou-lhe sempre grande respeito por seu gênio, manifestando-lhe
irrestrita lealdade.

Foi delegado americano, em vanas ocasioes, às conferências da


F.U.D.O.S.I. (Federação das Ordens arcanas autênticas da Europa) reali-
zadas em Bruxelas, Bélgica. Foi recebido pelo Imperator da Rose Croix
da Europa com honras devidas ao seu cargo e recebeu outros Graus
Rosacruzes em Bruxelas.

Em 1936 foi iniciado na Ordem Rose-Croix Kabalistique e na Tradi-


cional Ordem Martinista da Europa. Havia anteriormente se tomado
Membro da Universidade de Pesquisas "Andhra", da Indía, que lhe
conferiu, devido às suas obras filosóficas, o Grau Honorário de Doutor
em Literatura. Havia também recebido a Estrela e Cruz da Ciência, do
Conselho Acadêmico Internacional, em 1939.

183
Em 12 de agosto de 1939, após a transição do Dr. H. Spencer Lewis,
responsabilidades ainda mais altas do cargo de Imperator foram-lhe
transmitidas, sendo ele devida e legalmente eleito pela Junta de Dire-
tores da Suprema Grande Loja da AMORC, Imperator para esta Jurisdi-
ção.

No início de 1940 o Supremo Conselho da Tradicional Ordem Mar-


tinista de todo o mundo transferiu-lhe o título de Supremo Grande
Mestre Regional da Ordem Martinista dos Estados Unidos, com autori-
dade para perpetuá-la. Até sua transição o Dr. H. Spencer Lewis havia
retido essa autoridade.

Em março de 1940 o Sr. Lewis foi eleito Presidente do Supremo


Conselho Internacional da Ordem Rosae-Crucís. Sua esposa, Gladys
Lewis, que durante anos auxiliou-o pessoalmente em suas atividades na
AMORC como membro do corpo de assistentes da AMORC, é também
membro do Supremo Conselho da AMORC.

Através dos anos organizou e realizou várias expedições cinematográ-


ficas aos lugares das antigas civilizações e berço das verdades religiosas e
filosóficas de todo o mundo. Tem viajado várias vezes através do mun-
do, filmando civilizações antigas no Egito, lndia, Indonésia, Paquistão,
Sião (Tailândia), Ceilão, Peru, Grécia e Iraque. Visitou, na verdade,
todos os continentes. Esses filmes são livremente exibidos como com-
plemento do Museu Egípcio e Oriental Rosacruz do qual é Diretor.

Tem-se pronunciado em Convenções Rosacruzes em quase todos os


países em que a AMORC esta estabelecida. Completou o restabeleci-
mento da AMORC da França e instalou seu atual Grande Mestre, Frater
Raymond Bernard, em 1959. Fundou também a Grande Loja do Brasil
e, de modo geral, expandiu a Ordem conferindo-lhe o âmbito mundial
que a caracteriza.

-184-
CECIL A. POOLE, F. R. C.

Vice-Presidente da A.M.O.R.C. para a Jurisdição Internacional das


Américas, Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Ho-
landa, Suíça, Suécia e África.

Cecil A. Poole nasceu em Monmouth, Oregon, domingo, 11 de agos-


to de 1907. De sua família faziam parte os primeiros pioneiros do
antigo Território do Oregon que vieram do Missouri e do Michigan pela
Trilha de Oregon. Seu bisavô era um pregador Metodista ambulante no
Vale de Willamette. Juntamente com muitos outros Metodistas, cuja
influência se fez sentir, tomou parte ativa na transformação do Oregon
em Estado da União.

Um ramo da família, em particular, aderiu aos pontos de vista reli-


giosos ortodoxos e optou pelo clero como profissão conveniente a
Cecil. Assim a Universidade de Willamette, em Salem, Oregon, congrega-
ção eclesiástica, foi sua escolha como lugar para receber sua educação.
Sentiu-se ele, todavia, mais atraído para o estudo da psicologia e da
música. Decidiu tornar-se um organista de teatro. Quando os filmes
falados destruíram esse anseio em botão voltou-se para a educação,
como mais importante, graduando-se finalmente pelo Southern Oregon
College of Education, em Ashland.

Começou a lecionar em 1928 e após adquirir experiência em várias


escolas da comarca de Jackson alcançou o posto de administrador esco-
lar. Nesta capacidade colaborou na fundação dos primeiros cursos nor-
mais de estudos para a formação do caráter. Seu antigo interesse pela
filosofia continuava a se expandir. Ouvindo falar da A.M.O.R.C., em um
programa de rádio, procurou as bibliotecas para obter maior informação
a seu respeito. Pouco tempo depois filiou-se à Ordem Rosacruz.

Em 1934, quando a organização Rosacruz decidiu criar o corpo de


conferencistas e representantes, o Sr. Poole foi entrevistado pelo atual
Imperator Ralph M. Lewis. O Sr. Poole iniciou sua carreira na
A.M.O.R.C. em outubro de 1934. Viajava, a princípio sozinho; mais
tarde passou a fazer duas viagens, cada uma com a duração de aproxi-
madamente dez meses, como conferencista que acompanhava o carro-
mensageiro. Desse modo realizou conferências na maioria dos Estados
da União, falando ao público assim como aos Membros de Capítulos e
Lojas.

185
Após sua segunda excursão voltou, em 1936, a San Jose, Compare-
ceu à Convenção e foi convidado a unir-se ao corpo local de assistentes
como diretor da então criada Divisão Latino-Americana. Esse cargo ele
ocupou até ser eleito Supremo Secretário, em 12 de agosto de 1939.
Permaneceu neste cargo desde então, dirigindo os assuntos comerciais e
financeiros da Organização a cargo da Junta de Diretores. Tem visitado
muitos Capítulos' e Lojas nas Américas do Norte e do Sul. Conservou
seu interesse pela Divisão Latino-Americana realizando conferências, em
espanhol, em suas viagens à América do Sul e nas Convenções interna-
cionais e anuais da Ordem.

Em seus escritos o Sr. Poole tem demonstrado a variedade de suas


inclinações. Tem escrito inúmeros artigos para o Fonun Rosacruz e
Rosicrucian Digest apreciando os aspectos filosófico e psicológico do
misticismo, relacionando-os com um conhecimento amplo e profundo
de história natural e biologia. É membro da Associação Americana para
o Progresso da Ciência, da Academia de Ciências da Califórnia, e da
União Americana de Ornitologistas.

Somente uma organização do tipo da A.M.O.R.C., com seus raros


propósitos e necessidades, poderia utilizar ao máximo conhecimento
tão eclético corno o do Sr. Poole. A religião, a filosofia, a psicologia, a
biologia e a música representam contrapartes aos seus encargos oficiais
corno administrador da A.M.O.R.C.

Sua esposa, Elise Stewart Poole, é também natural de Oregon. Cres-


ceram juntos. A Sra. Poole acompanhava seu marido nas viagens do
carro-mensageiro e através dos anos tem continuado a viajar em sua
companhia nas numerosas visitas oficiais por todo o país.

186-
/...RTHUR C PIEPENBRINK, F. R. C.

Supremo Secretário para a Jurisdição Internacional das Américas,


Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Itália,
Suíça, Suécia e África, da A.M.O.R.C.

Arthur C. Piepenbrink nasceu em Elrnhurst, Illinois, em 1 de julho


de 1922. Quando tinha quatro anos de idade, sua família mudou-se para
Beaver Dam, Wisconsin, urna comunidade agrícola com cerca de 10.000
pessoas. Ali passou os anos da crise econômica, aprendendo com sua
família como se tomar auto-suficiente num sentido quase pioneiro, do
cultivo do alimento ao ofício de carpinteiro.

Seu pai, professor, tinha muitas preocupações, e sua mente indecisa,


inquiridora e suas idéias progressistas envolviam a vida familiar em uma
mescla de questões sérias, filosóficas, religiosas, educacionais e morais.
Quando se uniu à Ordem Rosacruz, os princípios Rosacruzes que apren-
deu e viveu tocaram a corda sensível do filho e para ele se tomaram a
maneira natural de viver, nele instilando, mesmo em tão tenra idade, a
determinação de trabalhar pela Ordem, tão logo crescesse, e colaborar
na obra de disseminação dos ensinamentos Rosacruzes.

Os anos da crise econôrnica tornaram difícil para o Snr, Piepenbrink


aprimorar seus conhecimentos além da escola superior e, assim, teve ele
de trabalhar, durante dois anos, no laboratório de uma fábrica de
produtos químicos. A possibilidade de urna cultura acadêrnica parecia
remota naquela oportunidade. Com a guerra, contudo, todo o curso de
sua vida alterou-se. Após três anos e meio na Força Aérea como na-
vegador, graduou-se como Primeiro Tenente e, logo a seguir, valendo-se
da Declaração de Direitos de militar combatente, ingressou na univer-
sidade.

Sua aspiração juvenil de trabalhar para a Ordem Rosacruz havia se


conservado inabalável e, assim, ele planejou seu programa educacional
nessa conformidade, fazendo um curso especial de oratória e línguas.
Na suposição, porém, de que para ele talvez não houvesse oportunidade
imediata no Parque Rosacruz, preparou-se para lecionar, especiali-
zando-se, finalmente, em administração escolar. Esse treinamento pro-
vou ser singularmente útil para o Snr, Piepenbrink em suas atuais ativi-
dades como Supremo Secretário, urna vez que a Ordem Rosacruz, em
sentido amplo, é uma escola.

-187-
Embora de tempos em tempos, durante seus mos de faculdade, ele
indagasse a respeito de lugares disponíveis no Parque Rosacruz, nenhu-
ma vaga surgiu antes de sua formatura, quando lhe foi oferecido o cargo
de professor, durante o verão, na Universidade, por Cecil A. Poole,
naquela ocasião Supremo Secretário e Deão da Universidade Rose-
Croix. Após lecionar psicologia em 1950, o Snr. Piepenbrink voltou ao
curso de extensão universitária da Universidade de Chicago para ter-
minar sua tese, recebendo o título de Professor, em dezembro de 1950.
Breve experiência, mais tarde, em um programa de treinamento para
direção de empresas foi interrompida pela oferta de uma posição perma-
nente como representante regional da Ordem, cargo que foi aceito ime-
diatamente.

A carreira do Snr, Piepenbrink na AMORC, começando com sua


chegada a San Jose, no dia de Ano Novo, em 1951, inclui um ano como
representante regional, sete anos como Deão da Universidade Rose-
Croix e Diretor de Expansão, e cinco anos como Grande Administrador
Regional. Em 6 de dezembro de 1963, tornou-se Supremo Secretário da
Ordem Rosacruz, sucedendo a Ralph M. Lewis e Cecil A. Poole, respec-
tivamente.

Suas atividades externas compreendem serviço comunitário, esportes


como tenis, natação, marchas, filiação à Camelot Round Table, seção da
Loyal Knights of the Round Table, organização assistencial, e muitos
anos como Membro da Sociedade Humanitária do Vale de Santa Clara.

Sua esposa, Ellen Bain Piepenbrink, nascida em Vancouver, B.C.,


Canadá, e seus dois filhos também são colaboradores ativos no trabalho
da Ordem Rosacruz.

-188-
UNIVERSIDADE ROSE-CROIX

De conformidade com as práticas antigas e modernas da Ordem


Rosacruz em vários países, a Suprema Grande Loja da Antiga e Mística
Ordem Rosae-Crucís mantém uma Universidade Rose-Croix para a juris-
dição internacional das Américas, Comunidade Britânica de Nações,
França, Alemanha, Holanda, Suíça, Suécia e África, no Parque Rosa-
cruz, em San Jose, Califórnia.

O grande edifício da Universidade Rose-Croix"onde são ensinadas e


demonstradas as ciências especiais e realizadas profundas pesquisas cien-
tíficas foi construído com os donativos enviados à Ordem, para essa
finalidade, por milhares de Rosacruzes evoluídos de todas as partes da
América do Norte. É provavelmente o primeiro edifício de universidade
erigido no Novo Mundo com a contribuição de tantos milhares de pa-
tronos.

Na Universidade há cursos especiais baseados num currículo definido


consistindo exclusivamente de instrução, individual e em classes, limita-
da a um grupo de estudantes cuidadosamente selecionados. As taxas
para essa instrução pessoal foram estabelecidas em nível módico para
que aqueles que desejarem se especializar em determinados assuntos e
sejam dignos dessa instrução possam satisfazê-las. Alguns dos mais emi-
nentes cientistas e professores de várias especialidades compõem o cor-
po docente da Universidade.

Aqueles que estão sinceramente interessados em visitar San Jose para


freqüentar a Universidade e estudar com esses professores são convida-
dos a se dirigir ao Arquivista, aos cuidados da AMORC, e solicitar
literatura relativa à Universidade. Certos requisitos preliminares são to-
davia necessários, e todos os peticionários devem ser Membros da
A.M.O.R.C., em boa situação. Os simples curiosos não serão admitidos
nessas classes, não lhes sendo permitido participar de qualquer dos cur-
sos de estudo.

A Universidade Rose-Croix da jt1risdição internacional das Américas,


Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça,
Suécia e África é mantida pela Suprema Grande Loja da AMORC como
uma de suas atividades coligadas e em consonância com o trabalho
similar que está sendo levado a efeito nas universidades e colégios Rosa-
cruzes de outros países.

* Vide fotografia da Universidade na pá,:gina 32.

189
A ROSA-CRUZ HERMÉTICA

O intrincado símbolo acima ilustrado é "A Rosa-Cruz alquírnica e


hermética", sendo também um símbolo místico muito antigo. Com-
põe-se de duas cruzes Rosa-Cruz unidas em uma; a pequena Rosa-Cruz
central, que representa o Homem, o microcosmo, é, por sua vez, o
ponto central de uma rosa maior que se encontra no coração da grande
cruz, que simboliza o macrocosmo. Nas quatro extremidades da cruz
maior estão inscritos os três símbolos alquírnicos: Mercúrio, enxofre e
sal. Na parte superior da cruz o mercúrio é colocado no centro, o
enxofre à esquerda, e o sal à direita. Nas outras extremidades os símbo-
los foram inscritos em determinada ordem para obedecer à tradição
esotérica.

Além disso, em cada braço adjacente aos símbolos alquírnicos en-


contra-se o símbolo do pentagrama. Essa figura de cinco pontas é uma
simbólica representação da própria Rosa-Cruz: A vitória da quinta-
essência sobre os quatro elementos alquímicos. A roda, na parte supe-
rior de cada pentagrama, representa a quinta-essência; o pequeno triân-
gulo à esquerda, com o vértice para baixo e uma linha paralela à sua
base, simboliza a terra; o triângulo acima, com uma linha paralela à sua

-190
base porém com o vértice para cima, representa o ar; o triângulo supe-
rior, no lado direito do pentagrama com o vértice para baixo, simboliza
a água; o pequeno triângulo inferior, à direita com o vértice para cima,
representa o fogo.

No braçoinferior da figura, abaixo da rosa grande, vê-se um hexagra-


ma, símbolo 'do rnacrocosmo, composto de dois triângulos entrelaçados.
Em suas pontas estão inscritos os seis planetas, de conformidade com a
tradição astrológica antiga; na parte inferior está a lua, à sua direita
Vênus, seguida em ordem por Júpiter, Saturno, Marte e Mercúrio. Ao
centro do hexagrama está o Sol. A ordem na disposição desses símbolos
obedece a determinados rituais Cabalísticos.

A extremidade inferior do braço mais longo está dividida em quatro


seções, por duas linhas diagonais. Essas seções são coloridas de confor-
midade com as quatro cores de Malkuth da "Árvore da Vida" Cabalísti-
ca. Os quatro jogos de três raios que se projetam do centro da cruz
maior simbolizam a luz Divina. As letras inscritas em cada um dos raios
centrais maiores dão a combinação 1 N R 1 cuja combinação, de acordo
com o historiador Rosacruz Fr. Witterrnans, representa um mote latino
significando que "A Natureza é completamente renovada pelo fogo."
As letras nos raios menores representam nomes evocativos de origem
latina, egípcia e grega.

As pétalas da grande rosa, na cruz, são vinte e duas em número e


representam as vinte e duas letras do alfabeto Cabalístico hebreu. O
círculo exterior, de doze pétalas, representa as doze letras simples desse
alfabeto e, em particular, os doze signos zodiacais. O círculo seguinte,
de sete pétalas, simboliza as sete letras duplas, em especial, os sete
planetas astrológicos. O círculo interior, de três pétalas, representa as
três letras-Mãe, ar, fogo e água.

No centro da grande rosa está a Rosa-Cruz microcósmica, cubo des-


dobrado com uma rosa de cinco pétalas em seu centro. Quatro setas se
projetam da parte de trás dessa cruz, apontando nas quatro direções do
espaço.

O símbolo completo, ou Rosa-Cruz "Enciclopédia", simboliza toda


a majestade, poder, beleza e proteção da Ordem Rosacruz.

-191-
ROSA.CRUZ
Formada, mecânica e simboliatmente
A~ranheloja
16rauca

,e
0 C6digo Rosacruz:
1
1

de Vida

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193-
+
COMO ALCANÇAR A ILUMINAÇÃO PSÍQUICA

"Quando o Estudante estiver preparado"

Poderá ser formulada a pergunta: "Qual o objetivo final do estudo e


preparação Rosacruz? " É essa uma velha pergunta que tem sido respon-
dida milhares de vezes, em cada país, pela percepção que tem-se mani-
festado na vida dos estudantes mais devotados.

É conveniente que tanto o Neófito como o Adepto sejam lembrados,


uma vez mais, da finalidade real do trabalho em que estamos empenha-
dos, e da recompensa que poderão alcançar quando se tomarem prepa-
rados e dignos.

Há uma injunção, muito antiga e bem fundamentada, que diz:


"Quando o estudante estiver preparado o Mestre aparecerá." Tem ela
sido grandemente mal-interpretada, e é usada por milhares de pessoas
como razão para se oporem à filiação a qual quer escola ou organização,
preferindo elas "aguardar até que o Mestre individual se manifeste".

A injunção claramente diz: "Quando o estudante estiver preparado o


Mestre aparecerá!" Que significa estar preparado? Certamente não deve
se tratar apenas de uma questão de tempo. Deve significar, sem dúvida,
o que milhares de pessoas descobriram significar realmente: Quando o
estudante estiver pronto, pela preparação e merecimento.

Isto coloca a questão mui claramente nas mãos de cada estudante.


Ele poderá se preparar lentamente, pela leitura selecionada, por longas
horas de meditação, durante muitos anos, ou pelo comparecimento
esporádico a conferências e discursos. Se o tempo não for importante,
então o estudante poderá aguardar até o término desta encarnação ou
mesmo de uma outra, a aparição do Mestre que deverá ser seu instrutor
pessoal.

-194-
Com relação a isto poderemos ainda perguntar: "Qual Mestre, qual
instrutor? " Certamente não será um Mestre terreno, pois estes não
requerem a preparação e desenvolvimento necessários para a iluminação
Cósmica. O estudante sincero que verdadeiramente se prepara e se toma
digno da instrução pessoal de um Mestre, cedo ultrapassa o ponto em
que qualquer Mestre terreno poderia ser considerado satisfatório. So-
mente um Mestre Cósmico poderá satisfazer os anseios de uma pessoa
que esteja preparada.

COMO SE PREPARAR

Como, então, deverá o estudante se preparar de maneira mais efi-


ciente e com a maior economia de tempo? Esta também é uma secular
pergunta formulada nas escolas de mistério do Egito, do mesmo modo
que nas escolas arcanas de nossa Ordem atualmente.

Há apenas uma resposta: Recebendo os ensinamentos preliminares e


graduados nas escolas terrenas dos Mestres e alcançando os estágios de
maturidade por meio de preparação ordenada. Daí o serem fundadas
escolas arcanas em todos os países; daí o Grande Trabalho que lhes é
confiado pelos Mestres.

Onde estão os Grandes Mestres e como se poderá com eles estabele-


cer contato? A este respeito encontramos maior dificuldade para res-
ponder, não porque seja deficiente o nosso conhecimento, mas porque a
linguagem é inadequada para expressar as coisas sublimes. Há estados da
vida Cósmica que mesmo a linguagem das gemas Shakespeareanas não
poderia descrever. Poderemos compreender, poderemos apreender, e
então se nos manifestar por palavras uma fraca concepção de beleza,
magnificência, e divindade do esquema Cósmico, porém jamais ter uma
compreensão absoluta até termos estabelecido contato pessoal e alcan-
çado a Iluminação Cósmica.

Saibamos, pois, que há uma maravilhosa união ou assembléia de


Mentes Iluminadas, de Personalidades Eruditas que constitui a Assem-
bléia Sagrada do Cósmico. Um desses personagens magistrais, Kut-Hu-
Mi, o Ilustre, tem o seu retrato apresentado em uma outra parte deste
Manual. Era ele um dos dois místicos mencionados pelos antigos místi-
cos e tomados conhecidos aos Teosofistas evoluídos pela finada Mme.
Helena P. Blavatsky que era um dos discípulos especiais do Mestre.

-195
OS GRANDES MESTRES

O Mestre Kut-Hu-Mí é Grande Mestre Adjunto da Grande Loja Bran-


ca da Grande Fraternidade Branca. Foi, em determinada época, conhe-
cido na Terra como Thutmose III, do Egito, residindo em certo período
no Lago Moeris (Morías). Era mencionado no Zend-Avesta, como Ilumi-
nador, sendo tainbém conhecido, no Egito, como Kroomata (Kaí-Ra-
Au-Meta) de cujo nome surgiu o vocábulo usado em nossos rituais e
saudações, "Cromaat". (É interessante notar que se tomarmos as iniciais
do título de nossa Ordem, em inglês, The Ancient and Mystical Order
Rosae Crucis e as invertermos, teremos "Cromaat").

O Mestre K-H-M (muitas vezes chamado de "K-H") passou por uma


série de reencarnações e foi personagem importante nesta Terra muitas
vezes, tendo vivido mais de cento e quarenta e quatro anos, em muitas
encarnações. Em sua mais recente encarnação no plano terreno viveu
em um mosteiro e templo secretos perto de Kichingargha, chamado
variavelmente de Kichinjirgha, Kichi-jirg-jargha, ou Parcha-jarg-habta,
pelos tibetanos e sikimeses.

GRANDE LOJA BRANCA

Há vários outros Mestres; alguns estão no Plano Cósmico levando a


efeito seu grande trabalho enquanto aguardam sua próxima encarnação,
e outros no plano terrestre dirigindo o trabalho material enquanto se
desenvolvem para o período no Plano Cósmico. Sob seus cuidados de-
terminado grupo de altos iniciados é preparado em cada encarnação
para trabalho ainda mais elevado na encarnação seguinte, e a alguns
desses é imposto o dever, o serviço e o verdadeiro trabalho de ocuparem
a posição de Imperator, Mago e Hierofante nos vários ramos das organi-
zações da Grande Fraternidade Branca dos quais a Ordem Rosacruz é o
mais importante. O lmperator, Magos e Hierofantes, em vários países,
juntamente com os Mestres compõem a Assembléia Sagrada da Grande
Loja Branca.

A Grande Fraternidade Branca, por outro lado, é a escola, ou Frater-


nidade, da Grande Loja Branca, e para essa Fraternidade invisível de
Membros visíveis todo verdadeiro estudante na Senda se prepara para
admissão. A Grande Fraternidade Branca não tem local visível para
reuniões. Seus Membros jamais se reúnem fisicamente; portanto, qual-
quer organização física que afirme ser a Grande Fraternidade Branca é
falsa. (Vide "Iluminação Divina" e "O Trabalho dos Grandes Mestres",
na página 205).

196-
INICIAÇÃO CÓSMICA

A verdadeira preparação de que estamos falando, portanto, tem o


propósito final de permitir admissão, pela Iniciação Cósmica, na Grande
Fraternidade Branca para que, no transcorrer da mesma, o Mestre apare-
ça ao Estudante que estiver preparado, coloque-o sob sua orientação
pessoal proporcionando-lhe maior desenvolvimento, até o ponto em
que, algum dia, se tome certo o Mestrado na Grande Fraternidade
Branca e a determinação de servir como lmperator, Mago ou Hierofante
em alguma fase do trabalho na Terra possibilite a filiação à Grande Loja
Branca

Como é ministrada essa instrução pelo Mestre pessoal? Ela é verda-


deiramente pessoal, e ministrada por meios Cósmicos. Em outras pala-
vras, torna-se ela aquilo que, de modo geral, é chamado de "Iluminação
Cósmica ou Consciência Cósmica pois, em determinadas horas, dias ou
semanas de nossa vida tornamo-nos conscientes de certo conhecimento
novo ou surpreendente, muitas vezes estando, e outras não, cônscios da
presença ou contato do instrutor pessoal.

O estudante que alcança filiação na Grande Fraternidade Branca


após devida preparação e merecimento real, disso se apercebe primeira-
mente em se tomando consciente de haver passado por uma série de
acontecimentos representando uma verdadeira Iniciação. Muitas vezes
eles têm lugar durante a noite ou enquanto nos entregamos a períodos
de repouso e meditação, nas montanhas ou vales, afastados das ocorrên-
cias mundanas e ativas. Essa consciência é acompanhada por um influxo
de Percepção Divina e Despertar Espiritual, afetando mesmo o corpo
físico a um ponto tal que promove um verdadeiro renascimento do
corpo com rejuvenescimento, vigor aumentado, funcionamento restau-
rado das partes e órgãos que estavam cansados, desgastados ou sub-
normais.

CONSCI~CIA CÓSMICA

Esta é seguida por uma súbita intensificação no funcionamento de


um sentido que é erroneamente chamado de intuição na ocasião, pois
ele parece ser semelhante à faculdade intuitiva que estava sendo alta-
mente desenvolvida durante os primeiros estágios de preparação que
levaram à Iniciação original na Grande Fraternidade Branca. Não é ele
intuição, mas Consciência Cósmica dos acontecimentos que ora estão
ocorrendo e dos que deverão ocorrer no futuro. É conhecimento e não

-197-
wna impressão profética. Seguem-se então instruções orientadoras e
conhecimento positivo de leis e princípios, fatos e atualidades, de con-
formidade com as necessidades do Membro. A partir de então o Mem-
bro freqüenta a Loja como colaborador para auxiliar aqueles que se
encontram na Senda, e para participar do Grande Trabalho; todavia,
não recebe instrução de um Mestre terreno por meio de livros, prele-
ções, documentos ou diagramas.

É essa a razão por que instamos com aqueles que alcançaram o


acentuado desenvolvimento de seu corpo psíquico, tendo adquirido de·
terminado conhecimento e poderes em nossa Ordem, para que mante-
nham estreito contato com a Ordem, com seus Mestres de Classe e seu
lmperator, pois por meio desse contato esses Membros poderão receber,
em uma ocasião qualquer, súbita e inesperadamente, a Iniciação que os
ligará à Grande Fraternidade Branca. Os três últimos Graus de estudo e
preparação da Ordem Rosacruz destinam-se especialmente a preparar os
Membros, nos mais variados e minuciosos detalhes, para o objetivo
final.

Que, então, sugerimos aos nossos Membros para auxiliá-los a alcan-


çar esse objetivo final?

Que, sobre todas as coisas, se conservem leais e devotados aos ideais


dos ensinamentos Rosacruzes e mantenham estreito contato físico com
a organização material conhecida como AMORC na jurisdição interna-
cional das Américas, Comunidade Britânica de Nações, França, Alema-
nha, Holanda, Suíça, Suécia e África e por nomes similares em outros
países.

BENEFÍCIOS DE NOSSAS LIÇÕES

O simples estudo intelectual e compreensão das monografias e lições


especializadas não é suficiente. Em si e por si mesmo esse estudo repre-
senta apenas um terço do trabalho de preparação que leva à preparação
e ao merecimento. As monografias objetivam conseguir duas coisas:

(A) - Desenvolver o cérebo e intensificar o conhecimento mental


com respeito às leis e princípios fundamentais que levam à compreensão
das leis mais elevadas;

(B) - Ministrar e sugerir determinados experimentos e testes que


consciente e inconscientemente desenvolverão determinados centros

-198-
psíquicos do Membro que ativarão seus poderes e faculdades psíquicas
para um maior Domínio e controle das forças naturais.

Muitos dos Membros consideram as monografias e lições como se


fossem destinadas a satisfazer apenas o primeiro dos objetivos acima.
Para eles as lições de todos os Graus são como que discursos filosóficos
ou metafísicos, parecendo muitas vezes simples e desconexos. É na
verdade difícil fazer com que eles apreciem o fato de que a menos que
os vários exercícios e testes sejam realizados todas as semanas ou mes-
mo todos os dias durante alguns minutos, manifestar-se-á muito pouco
desenvolvimento psíquico seguindo-se à compreensão das monografias,
não sendo naturalmente conseguido qualquer progresso real.

DESPERTAR PSfQUICO

Por outro lado, um outro ponto muito difícil para tornar claro a
muitos dos Membros e Estudantes é que nem todo o desenvolvimento
psíquico e despertar dos centros psíquicos manifestar-se-á à consciência
objetiva do Estudante. Pensar que assim deveria acontecer é acreditar
que todo o funcionamento do corpo psíquico deveria se tomar, contí-
nua e periodicamente, percebido pela mente objetiva. Isto parecerá de-
sarrazoado quando nos detivermos para considerar que nem mesmo um
milésimo do funcionamento das partes do corpo objetivo, físico, é per-
cebido pela mente objetiva. Estamos conscientes do funcionamento dos
rins, do baço, do pâncreas, do cérebro, das câmaras de ar dos pulmões,
do plexo solar, do plexo em volta do arco aórtico do coração ou em
milhares de outros lugares?

Freqüentemente o Estudante mais devotado e que de maneira a mais


regular se dedica aos testes e experimentos, acha que está fazendo pou-
co progresso pelo fato de não registrar qualquer desenvolvimento acen-
tuado em seu interior. Possivelmente desencorajar-se-á sabendo que está
familiarizado, do ponto de vista intelectual, com as leis e princípios que
estudou sem manifestação aparente de faculdades extraordinárias. To-
davia, caso se conservar persistente e paciente, dia virá em que, tendo
necessidade das leis em uma maneira prática e não meramente como
teste, notará o impulso súbito de poder, a atividade súbita de uma
faculdade, patenteando-se então uma maravilhosa demonstração! Pode-
rá também praticar algum experimento que o tenha intrigado durante
semanas, e constatar, então, uma manifestação que antes era impossível.

A esses Estudantes é sempre recomendado continuarem seus estudos

-199-
e diligentemente testarem cada princípio, executar cada experimento e
aplicar cada lei na maneira descrita na lição semanal. Devem dedicar a
cada lição uma semana e, depois, se não alcançarem sucesso, ou o
sucesso que era antecipado, prosseguir com a lição seguinte como se
tivessem conseguido êxito, o mesmo fazendo com as lições subseqüen-
tes. Alguns meses após, se o Estudante retroceder e revisar alguns dos
experimentos com os quais não conseguiu êxito, verificará então que
obterá sucesso em grau maior ou menor. Essa revisão não interfere com
o estudo e prática da nova lição, não retardando, e sim acelerando, o
progresso.

DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO

As monografias estão dispostas de modo que os exercícios comple-


tam-se uns aos outros para atuar sobre determinados centros psíquicos.
Três exercícios diferentes, em três monografias semanais sucessivas, po-
derão parecer não ter qualquer relação entre si e, não obstante, cada um
deles poderá estar ligado ao mesmo objetivo em mira e, ao praticar o
segundo ou o terceiro quando os outros não forem coroados de êxito,
estaremos contribuindo para o desenvolvimento iniciado pelo primeiro.

Deveremos assim ter em mente que os exercícios e experimentos


PROMOVEM determinado grau de desenvolvimento toda vez que são
praticados, a despeito de se tomar ou não manifesto um resultado
positivo. Tão logo seja feita a aplicação séria de uma lei, processa-se o
despertar de algum centro, e quatro ou cinco aplicações em uma semana
com o mesmo objetivo darão início a um processo de desenvolvimento
que poderá não ser percebido pelo Eu exterior, mas que continuará por
semanas e meses.

Repetindo, portanto, o simples estudo das monografias na maneira


em que leríamos uma obra sobre Direito para decorar os princípios não
é suficiente para o desenvolvimento psíquico. Além disso o desenvolvi-
mento requer TEMPO, em cada Ser humano, maior ou menor, de con-
formidade com o estágio de desenvolvimento ao ser iniciado o estudo.
Começamos em cada encarnação no grau de desenvolvimento psíquico
que atingimos na ocasião da transição em uma encarnação passada.
Quando a alma e o Eu psíquico estão no Plano Psíquico aguardando a
reencarnação, determinado trabalho está sendo realizado e adquirido
certo conhecimento; todavia, a fase do desenvolvimento psíquico que é
passível de manifestação em um corpo humano deverá se processar no
plano terrenal; aquele cessa, até certo ponto, durante a permanência no

-200-
Plano Cósmico. Portanto, nem todos nascem com o mesmo Desenvolvi-
mento Psíquico; alguns terão determinadas experiências no começo dos
estudos e, outros, um pouco mais tarde. Quando porém esses que tive-
ram de esperar começam a se expressar, o processo é rápido e maravi-
lhosamente satisfatório. (A esta altura, para evitar quaisquer perguntas
que nos possam ser formuladas pelos Membros, seja-nos permitido afir-
mar que é impossível aos Oficiais da Ordem dizer a qualquer Membro
quando poderá registrar determinadas manifestações ou qual o grau de
desenvolvimento psíquico que o Membro deverá atingir para se tornar
capaz de promover manifestação de seu desenvolvimento. Depois que o
desenvolvimento tiver começado a se manifestar e o Membro puder
aplicar o seu desenvolvimento, fácil será, para ele e outros igualmente
desenvolvidos, perceber o desenvolvimento e seu grau.)

PROGRESSO E PARADAS

Desenvolvimento mais rápido é feito pelo Estudante que menos se


preocupa, durante os primeiros Graus de estudo, com o seu estado
psíquico. O estudo cuidadoso da monografia durante uma hora na noite
da lição semanal, e uns poucos minutos de meditação sobre ela cada dia,
em um local conveniente, mais o teste adicional de algum exercício,
beneficiará mais o Estudante novo (ou o Estudante antigo que estiver
recomeçando) do que qualquer outra coisa.

Os estudos e crenças anteriores constituem-se no maior impecilho.


Os Membros que estudaram Teosofia, Novo Pensamento, Ciência Cristã,
Filosofia Ioga ou Psicologia Prática durante um, dois ou cinco anos,
como freqüentemente acontece, acreditam que devem colher algum be-
nefício especial dos ensinamentos Rosacruzes após 1 O semanas de estu-
do. Tentam comparar o conhecimento adquirido através dos nossos
ensinamentos em dez semanas, com aquilo que aprenderam em cinco
anos em outros sistemas, alegando sempre que estão recebendo muito
pouco de nossa parte em comparação com o que já sabem. Na verdade
acreditam saber. Necessário se toma eliminarem de sua mente todas
essas crenças, antes de podermos iniciá-los em nosso trabalho, libertos
das doutrinas, teorias e dogmas especulativos anteriores.

A obtenção de sucesso em questões psíquicas através de ensinamen-


tos de outros sistemas não indica preparação especial para o trabalho
Rosacruz. Freqüentemente ouvimos o seguinte comentário: "Antes de
iniciar os estudos e ensinamentos Rosacruzes eu tinha visões proféticas,
podia de quando em vez ver pessoas a distância e fazer com que elas

-201-
percebessem a minha presença, e podia mesmo curar pela aposição das
mãos em outros; agora, porém, todas essas coisas acabaram e acho que
retroagi em meu desenvolvimento. Há algo errado?" Sem a intenção de
sermos indelicados dizemos a essas pessoas: "Sim, e ser-lhe-á possível
executar muito bem várias peças musicais ao piano sem nada conhecer
de música e, depóis de se dedicar ao estudo da música, durante algum
tempo, verificar não mais poder tocar as peças antigas. Seria isso indica-
ção de que retrocedeu em seu talento?"

CONTROLE DAS MANIFESTAÇÕES PSÍQUICAS

Muitas pessoas têm experiências incomuns de natureza psíquica,


mesmo antes de tomarem um curso de desenvolvimento psíquico prãtí-
co. Isto se deve a que alcançaram determinado grau de desenvolvimento
em uma encarnação passada e que essas faculdades estão procurando se
manifestar, MANIFESTANDO-SE ÀS VEZES,porém sem controle e
comando da pessoa. Torna-se então necessário que ela aprenda a contro-
lar e comandar as faculdades levando-as a um grau mais perfeito de
funcionamento. Para isso alcançar, a ação espasmódica dessas faculda-
des deverá cessar durante algum tempo, e a Natureza impedirá o seu
funcionamento até que chegue a época de poder usá-las SOB CONTRO-
LE depois de conhecer as leis e princípios.

Desse modo são os nossos Membros instruídos e orientados em seu


desenvolvimento. Além de estudo e prática das lições, aquele que verda-
deiramente se encontra na Senda dedicará o máximo de devotamento à
Ordem para auxiliá-la e aos seus demais Membros, para que os Mestres
possam ter a colaboração dos mesmos Estudantes que mais tarde busca-
rão assistência e orientação dos Mestres.

AUXÍLIO ESPECIAL NO DESENVOLVIMENTO

Manter-se sempre pronto para prestar algum serviço à Ordem, através


da Ordem ou em consideração à Ordem, é uma forma de devotamento
que proporciona a cada Membro os maiores dividendos em desenvol-
vimento, pois por esse serviço ele une a Ordem e o Cósmico a si mesmo
podendo esperar compensação do Cósmico. É essa a razão por que o
princípio dominante da Ordem é SERVIÇO. Através do estudo gradua-
do nos Templos de nossa Ordem, ao Estudante é salientado o fato de
que SERVIÇO é o seu compromisso para com ela e para com toda a
Humanidade.

-202-
Poucos Membros compreendem, naturalmente, as muitas ramifica-
ções da Ordem Rosacruz, e em sua literatura pública afirma ela muito
pouco sobre este aspecto do seu Grande Trabalho. A verdade é que não
somente tem a AMORC, na jurisdição internacional das Américas, Co-
munidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda, Suíça,
Suécia e África, três ou quatro organizações associadas muito definidas
sob sua direção, como também doze modalidades positivas de serviço e
assistência aos seus Membros, e praticamente o mesmo número em
favor da humanidade em geral. Todas essas atividades, muitas vezes
levadas a efeito em alto grau com o conhecimento de apenas umas
poucas centenas dos mais destacados editores de jornais, cientistas, juí-
zes, advogados, médicos e educadores da América, exigem técnicos pre-
parados para realizar o trabalho em segredo, fundos para satisfazer
emergências, secretários para fazer anotações e local para a preservação
do trabalho em nossa Organização nacional. Essas atividades somente se
tornam conhecidas do Membro quando se julga que ele pode e está
qualificado para cooperar em uma delas.

Talvez um dos maiores serviços prestados aos nossos Membros seja a


troca de correspondência com a Grande Loja. Pensam os nossos Mem-
bros na natureza e custo dessa correspondência, no custo tremendo para
manter em funcionamento o respectivo Departamento? Consideremos,
por exemplo, os estudantes de um curso de Direito que é difundido por
uma escola ou faculdade, por correspondência, em caráter individual.
Os estudantes desse curso devem limitar suas perguntas, orais ou escri-
tas, a pontos de estudo contidos nas lições sobre DIREITO e não po-
dem esperar receber respostas e auxílio especial em outros assuntos.
Consideremos também os estudantes de um curso de engenharia; devem
limitar suas perguntas e solicitação de auxílio a questões estritamente
limitadas aos assuntos abrangidos pelo ponto da especialidade que estão
estudando na ocasião.

Que dizer dos estudantes de nossos ensinamentos? Eles não estão


fazendo um curso único de instrução nem objetivando dominar uma
única especialidade; e nós, como orientadores dos seus estudos inte-
ressados em seu progresso, Irmãos de todos os Membros, e dirigentes de
um sistema muito amplo e completo de atividades humanitárias, deve-
mos estar preparados para prestar auxílio de mil e uma maneiras. Os
interesses de nossos Membros são também nossos; seus problemas pes-
soais são nossos problemas sempre que esteja dentro de nossas possibi-
lidades auxiliá-los. No caso de um estudante de Direito ou de Engenha-
ria não se poderia esperar que a escola da qual recebesse os ensinamen-

-203-
tos manifestasse qualquer interesse pelos membros de sua família. Isso
não acontece conosco ! Suas atividades comerciais, sua saúde, sua vida
social, tudo, enfim, tem importância para eles ao viver a vida e DEVE,
portanto, nos interessar dentro de nossas possibilidades.

É nesse aspecto que o Departamento de correspondência, o Departa-


mento de assistência, e os dirigentes espeeíalízados de determinados
setores do nosso trabalho prestam o grande SERVIÇO que tem tomado
famosa a Ordem Rosacruz como verdadeira instituição de benefícios
concretos aos seus Membros.

PERDA DO CONTATO PSÍQUICO

Quando um Membro, por qualquer razão, voluntariamente suspende


seu contato com a Ordem ou interrompe sua filiação durante curto
período com a idéia errônea de que já evoluiu bastante no trabalho,
automaticamente cerra a porta parte mais importante dos benefícios
ã

propiciados pela Ordem. Poderá interromper seus estudos, durante al-


gum tempo, devido a viagens, porém essas circunstâncias fazem com
que a média dos Membros compreenda a necessidade de contato estrei-
to com a Ordem e eles jamais permitem que sua inatividade na Ordem
exceda de uma hora.

Pode ser realmente verdadeiro, no caso de outras organizações, o


lema "Uma vez Membro, Membro até morrer." Isto pode ser verdadeiro
no sentido de que tão logo esteja o Membro iniciado e de posse das
palavras de passe secretas, dos toques e sinais, estas coisas não poderão
ser retiradas pela prescrição da filiação. Na Ordem Rosacruz, todavia,
filiação significa CONTATO, filiação ativa.

Já afirmamos que o simples estudo das lições sem a devida prática


dos exercícios e testes, não constitui a maneira conveniente a ser adota-
da. Podemos acrescentar que o mero pagamento das mensalidades ou a
posse do Cartão de Membro não representa também a filiação ideal. A
"Filiação Honorária" é conferida aos Membros destacados de outras
jurisdições da nossa Ordem, não o sendo, todavia, àqueles que não
estiverem ativos ou ligados a um dos setores do nosso trabalho. Não
haveria, na verdade, honra em semelhante outorga. A maior honraria
que a Ordem Rosacruz pode conferir a um homem ou mulher é a
filiação ativa em suas fileiras e arquivos de Membros atuantes.

Portanto, para alcançar o objetivo final cada Membro deve sentir-se

-204
orgulhoso de seu cantata, devotamento, de sua participação ativa ao
lado de outros Membros da Ordem. Nenhum Membro se apercebe real-
mente da perda que terá de suportar em urna súbita emergência em seus
próprios assuntos ou nos de sua família se cancelar seu cantata ou
filiação com a Ordem. Essa perda é a conseqüência de não gozar, na
ocasião, da ínfluência ou poder que a Organização poderia proporcio-
nar-lhe, e proporcionar-lhe-ia, caso estivesse ativamente a ela ligado.

ILUMINAÇÃO DIVINA

O Grande Objetivo da Grande Fraternidade Branca está sempre na


imaginação de todos os Rosacruzes. A alegria sublime da Consciência
Cósmica, da Iluminação Divina, somente pode ser conhecida pela expe-
riência, e aqueles que conseguiram estabelecer o cantata fizeram, em
centenas de livros no passado, descrição fascinante que, supunham, faria
com que o buscador na Senda se tornasse paciente e persistente em sua
jornada em busca desse Objetivo.

Sabemos, naturalmente, que a Grande Fraternidade Branca e a Gran-


de Loja Branca não têm organização visível. Elas nunca promovem
reuniões conjuntas; seus Membros não participam de reuniões especial-
mente convocadas; elas não têm Templos conhecidos por seus nomes, e
não fazem uso de rituais, leis de organização física ou de qualquer
forma material corno Fraternidade ou Loja. Essa é a razão por que, em
muitos escritos místicos, é afirmado que "a verdadeira Fraternidade
Rosacruz é urna organização invisível." A Ordem Rosacruz é verdadeir-
amente visível, porém a Grande Fraternidade que lhe dá origem não é
visível corno corporação.

O TRABALHO DOS GRANDES MESTRES

Conforme afirmamos, Mrne. Helena P. Blavatsky foi a primeira a


apresentar popularmente aos estudantes místicos um dos Mestres da
Grande Fraternidade Branca. Ela obteve permissão de seu Mestre para
assim fazer, o que se tomou muito benéfico,pois contribuiu para elimi-
nar alguns dos mal-entendidos predominantes naquela época. Vimos,
em sua correspondência particular com seus iniciados de confiança e em
alguns dos seus manuscritos a maneira pela qual o seu Mestre alterava e
corrigia as declarações que ela havia consignado por escrito, muito em-
bora ele estivesse a muitas centenas de milhas de distância, e como
interceptava Ele algumas das Suas cartas em trânsito alterando o seu
texto para se adaptar ao Seu maior conhecimento. Fez ela muitas des-

205
crições interessantes de manifestações de seu Mestre e Mestre Compa-
nheiro. O que ela revelou e explicou, todavia, foram as manifestações
simples que podiam ser transmitidas ao público sem qualquer inconve-
niente. Nós, que já estabelecemos contato com o seu Mestre e com
outros e que trabalhamos sob sua orientação, conhecemos as coisas
maravilhosas que por eles e por intermédio deles são realizadas diaria-
mente, embora sejamos, muitas vezes, instruídos de maneira estranha e
por métodos desconhecidos para realizar seus planos, de cujo desfecho
não temos idéia até que sejam completados.

Nossos Membros compreenderão, portanto, que as afirmações que


lêem, ou ouvem, no sentido de que um "ramo" da Grande Loja Branca
está sediado em determinada cidade e publicando livros secretos de
instruções, etc., não são somente inverídicas, mas impossíveis. E quan-
do lemos ou ouvimos dizer que um personagem proeminente, ligado a
determinada sociedade ou associação psíquica que está realizando parte
do trabalho que trás descontentamento, infelicidade ou decepção aos
seus Membros, afirma ter sido iniciado na Grande Loja Branca, sabemos
logo que essa não é a verdade,pois semelhante pessoa jamais receberia
essa iniciação. Nos casos de maior destaque é afirmado que o persona-
gem "resvalou do estado de graça para o pecado e o erro depois de ter
sido iniciado na Grande Loja Branca." Essa explicação poderá salvar a
reputação dos dirigentes do movimento que apoiaram e endossaram a
afirmação de sua iniciação para seu próprio proveito, porém é, na verda-
de, ínaceitável.poís OS MESTRES DA GRANDE LOJA BRANCA SA-
BEM SEMPRE O QUE FAREMOS NO FUTURO, E O QUE FIZEMOS
NO PASSADO, e jamais iniciariam alguém que pudesse perder o "esta-
do de graça." Se os Grandes Mestres não tivessem esse conhecimento,
não seriam infalíveis em seu julgamento e, se não fossem infalíveis em
conhecimento Cósmico, não seriam GRANDES MESTRES.

SINAIS DE PROGRESSO

Como saberá o Estudante que está verdadeiramente caminhando pa-


ra o Grande Objetivo? Por muitos sinais que a ele se manifestarão
enquanto sentir interesse vivo pela Ordem. Primeiramente receberá, de
tempos a tempos, pequenas indicações de que o Mestre de sua Loja,
depois os Oficiais mais graduados e finalmente o Imperator estão de-
monstrando interesse pessoal em seu progresso.

Essas indicações poderão tomar a forma de um convite para uma


entrevista pessoal na Loja ou nos escritórios da Ordem, de uma nota

-206-
pessoal comentando sobre algum experimento, ou carta confirmando
um experimento psíquico. Poderá não ser feita referência ao Objetivo, a
nada que esteja na mente de ambos (do Estudante e do Mestre) ou a
qualquer outra coisa que uma outra pessoa pudesse interpretar como
sendo referência a um interesse pessoal.

Manifestar-se-á então um desejo de colaborar com a Ordem ou uma


de suas Lojas; isto será a conseqüência de um crescente desejo de se
tomar parte da Ordem, de estar mais estreitamente ligado às suas ativi-
dades. O desejo de mais Luz, mais monografias, mais conhecimento,
não é a única indicação de progresso para alcançar o Objetivo, pois
mesmo os Neófitos na Senda estão verdadeiramente ansiosos a este
respeito. Os Membros freqüentemente, por decisão própria, planejam
revisar as monografias antigas, e os Mestres de Lojas sabem que este é
um sinal muito importante; traz alegria ao coração de todo Oficial que
está ansioso por constatar verdadeiro progresso em seus Membros.

A esses Membros também se manifesta o desejo contínuo de SER·


VIR; sentem vontade de ir para as ruas e tomar-se discípulos, realizando
conferências, divulgando os grandes princípios, difundindo a Luz onde
houver trevas. Buscam oportunidade para auxiliar a sua Loja, prestando
trabalho de natureza material que se coadune com suas atividades co-
merciais, profissão ou arte. Os artistas procuram decorar, pintar e embe-
lezar o Templo de sua Loja com quadros e ornamentos simbólicos;
carpinteiros, eletricistas e mecânicos oferecem-se para construir, reparar
e melhorar a estrutura material; médicos e cientistas indagam como
poderão ser úteis, e assim por diante. É fato notável que todos os
Templos egípcios e vários Templos orientais de nossa Ordem, nas Ame-
ricas assim como na Europa, foram construídos e decorados com a
colaboração voluntária, ao máximo possível, dos Membros. Tudo, obra
do Amor! E que maravilhosa recompensa têm recebido "Os Constru-
tores", na maioria dos casos!

Aqueles que não podem prestar serviço colaboram de alguma manei·


ra, talvez financeiramente ou pela doação de objetos que permitirão
pesquisas em processos mecânicos. Mostram-se ansiosos para fazer al-
gum sacrifício, concorrer com uma parte de seus bens e, desse modo,
tornar-se uma parte da ORDEM como algo mais que meros Membros-
Estudantes.

Naturalmente, não há promessa de recompensa, promoção especial,


ou certeza de progresso devido às suas ofertas. Nenhum Oficial da Or-

-207-
dem poderá isso prometer; nenhum deles aceitará qualquer auxílio ou
objeto, nessas condições, e aquele que verdadeiramente se encontra na
Senda fazendo progresso evidente sabe que seu "presente" é inspirado
pelo impulso interior de se tornar um trabalhador mais eficiente da
Ordem provando, por esse sinal ou dádiva, seu merecimento para evo-
luir.

OPORTUNIDADES ESPECIAIS PARA EVOLUIR

Tão logo os Oficiais mais graduados da Ordem têm conhecimento do


progresso daqueles que caminham, na devida forma, para o Objetivo,
oferecem-lhes diplomaticamente maiores oportunidades para estudar,
para servir e para submeter-se aos testes. Dissemos que há na Ordem
vários tipos de atividade especial e, bem assim, algumas organizações
aliadas sob a direção da AMORC. Para essas organizações são transfe-
ridos, de tempos a tempos, os Membros que estão evoluindo, sem que
lhes seja indicada a razão. Alguns Membros são subitamente solicitados
a fazer determinadas coisas. Poderão recusar, poderão hesitar, poderão,
instintiva e entusiasticamente, aceitar. Disso dependerá a sorte de seu
progresso, isto é, se será ele rápido ou regular. Nenhum Oficial da
Ordem poderá retardar ou acelerar o desenvolvimento psíquico de um
Membro, porém o Cósmico está sempre atento às intenções e motivos
que afetam a todos os estudantes místicos que buscam suas bênçãos.
Quanto mais espontânea e dedicadamente um Estudante reagir a um
impulso ou desejo interior, mais definidarnente é ele assinalado nos
registros Cósmicos.

Várias maneiras são usadas pela Ordem para auxiliar seus Membros
progressistas dos Graus mais adiantados a alcançar maior domínio das
leis e princípios. Nos Graus iniciais a aplicação devotada e sincera dos
estudos e práticas é tudo o que é exigido ou necessário; todavia, após a
passagem pelos primeiros cinco ou seis Graus,chega a ocasião, na jorna-
da de cada Membro, em que ele poderá, com segurança, estacionar um
pouco, em seu progresso e permanecer nas "Mansões" de preparação
especial. Essas Mansões ser-lhe-ão indicadas diplomaticamente, e ele po-
derá mesmo não suspeitar de que está prosseguindo em um estudo ou
setor de trabalho que não tem a participação de outros. Essas Mansões
não são explicadas ao Membro antes de estar ele para elas preparado. A
solicitação, pelo Membro, dessas oportunidades especiais quando ele
ainda não está preparado, não será atendida pelos. Oficiais que não são
influenciados por qualquer motivo futuro e nada podem ganhar, indivi-
dualmente, com o atrazo ou progresso de qualquer Membro. A Ordem

-208-
também não recebe qualquer compensação, financeira ou material, por
seu interesse pessoal por qualquer Membro, pois não há taxas ou mensa-
lidades que devam ser pagas por aqueles que dela recebem a oportuni-
dade de desenvolver suas próprias capacidades.

Tudo isto p<>de ser de difícil compreensão para os nossos Membros,


pois é difícil de explicar, conforme aliás mencionamos nos parágrafos
iniciais. Não obstante, o Estudante com discernimento lerá nas entreli-
nhas, adquirindo estímulo.

TEMPO PARA ALCANÇAR A MAESTRIA

Em tudo surge a questão do TEMPO. Os novos Membros que segui-


ram várias escolas e sistemas, durante anos, e francamente declaram em
sua Proposta que são buscadores há cinco, dez ou quinze anos querem
saber QUANDO poderão esperar a manifestação de. poderes ocultos ou
místicos. Ao tomarem conhecimento de que é necessário um ano para
concluir o trabalho preparatório (que lhes permite, desde o início, a
aplicação de muitas leis importantes),acham que é muito tempo. So-
mente depois que o Membro atinge os Graus mais adiantados, em seu
segundo ou terceiro ano, começa a compreender que o tempo tem
pouca significação VISTO QUE MESMO TODA UMA EXIST~NCIA
NÃO SERIA SUFICIENTE PARA APRENDER TUDO O QUE HÁ
PARA APRENDER, e que com o que já foi realizado grandes coisas
serão possíveis.

Que significam três ou cinco anos quando comparados com os vinte


e cinco, trinta, ou quarenta anos que temos vivido SEM CONHECI-
MENTO ESPECIAL, e os vinte, trinta, cinqüenta, sessenta, ou mais
anos em que vivemos COM O CONHECIMENTOQUE ADQUIRIMOS?
Por que, então, tomarmo-nos impacientes? Analisando este ponto de
maneira ampla, os cinco ou seis anos necessários para levar o Membro
normal ao Umbral da Maestria, em comparação com o ciclo total de sua
encarnação, é como que um ponto feito a lápis em uma linha de uma
milha de comprimento. Como, porém, podemos aumentar esse ponto e
perder de vista a linha!

A realização perfeita de nossos desejos é quase que impossível em


sua totalidade. Aquilo que desejamos hoje, e que tudo faremos para
alcançar, toma-se insignificante após o havermos alcançado e desco-
brirmos o que ainda podemos alcançar, e os nossos desejos são imedia-
tamente intensificados, tornando-se mais difíceis de realização. Alguns

209-
Membros, pouco depois de filiados à Ordem, afirmam muitas vezes
francamente que durante muitos anos tiveram o desejo de APENAS
ESTABELECER CONTATO COM A ORDEM e que, agora, sentem ter
realizado seu maior desejo. Ah, como é esquecida essa sensação de
realização nas primeiras semanas de estudo!

Cada lição, cada monografia, cada experimento e teste dos Graus


iniciais desperta desejos novos e mais fortes. Na impaciência de atingir o
Grau seguinte e os subseqüentes, são esquecidos os grandes desejos
acalentados antes da admissão na Ordem. Os resultados positivos alcan-
çados com o estudo de cada lição intensificam o desejo de evoluir.

Cada Membro verificará, contudo, que nenhuma das lições do Pri-


meiro Grau é isenta de característica especial que ativa, fortalece e
aumenta sua capacidade, suas faculdades e suas funções psíquicas espe-
ciais. Isto, desde que, conforme dissemos, o Membro pratique os exercí-
cios, leia as monografias e lições, e não se impaciente com a circunstân-
cia de não se manifestar imediatamente o desenvolvimento de determi-
nadas faculdades.

INSTRUÇÃO ATUALIZADA

O trabalho dos Rosacruzes não representa um plano arbitrário, ou


esquema, idealizado por um indivíduo ou descoberto por um líder reli-
gioso. Trata-se de um plano evolucionista idealizado pelas Mentes Ilumi-
nadas de muitas épocas, e que ainda está sendo desenvolvido. Objetiva
prestar o maior auxílio e vantagens a todo Estudante sincero na Senda e
a todo Membro devotado da Ordem. Nada que possa ser útil deixa de
fazer parte dos ensinamentos. Nenhuma concepção moderna revelada
por uma Mente Iluminada é desprezada se tiver caráter prático, sendo
imediatamente incluída em nossos ensinamentos para que nossos Mem-
bros possam dispor de tudo que realmente tem valor. Acreditar que um
místico da India, da Pérsia ou de algum outro país possui conhecimen-
to secreto ao alcance exclusivo de sua seita, conhecimento que não se
encontra nos ensinamentos Rosacruzes e que, não obstante, ele tem
oferecido a estudantes durante anos em base comercial, é acreditar que
a Ordem é negligente quanto às obrigações para com os seus Membros,
estranha· a todas as fontes de sabedoria real, e imprudente quanto aos
seus próprios interesses. Se qualquer conhecimento verdadeiro, de valor
prático comprovado para os estudantes sinceros de ocultismo e misti-
cismo, estiver na posse de um grupo de estudantes em qualquer parte,
cedo tornar-se-á parte dos ensinamentos Rosacruzes, CASO AINDA

210
NÃO SFJA. É este fato que faz da Ordem o repositório eminente de
grande sabedoria. Essa é a razão por que aos Membros é solicitado não
gastarem dinheiro e tempo com lições particulares de professores nacio-
nais ou estrangeiros que difundem sistemas pessoais, ou com a compra
de livros novos que são continuamente editados por firmas e indivíduos
exclusivamente com o objetivo de apresentar, em forma nova e enigmá-
tica, uma parte da sabedoria antiga ou sistemas pessoais de conheci-
mento descoberto e, quase sempre, a preços elevados.

Devote-se" portanto, o Estudante ao seu trabalho, seja leal às suas


promessas. e ao Grande Juramento da Ordem, dedicado aos seus estudos
e experimentos, e encontrar-se-á, mais cedo ou mais tarde, no Portal da
Grande Fraternidade Branca pronto para o Mestre que lhe deverá apare-
cer QUANDO estiver preparado. A AMORC tem satisfação em servi-lo,
e, por meio de SERVIÇO tanto por parte da Ordem como de seus
Membros, será alcançado o Objetivo final.

-211-
CÓDIGO ROSACRUZ DE VIDA

As normas que se seguem foram extraídas de manuscritos antigos e


modernos que estabelecem determinado regulamento para orientação
dos Rosacruzes que estão devotando toda a sua existência à concreti-
zação dos princípios da Ordem.

É bem possível que somente em um dos antigos mosteiros da India


ou do Tibet poderia alguém viver em estrita observância de todas as
normas antigas; todavia, as que foram selecionadas para publicação nes-
te Manual podem ser adotadas por grande número de nossos Membros
no ocidente. Sabemos, por experiência, que a maior parte dessas normas
pode ser observada por qualquer homem ou mulher sem interferir com
os deveres e obrigações exigidos pelo moderno viver; sabemos ainda que
a maioria de nossos Oficiais e Membros evoluídos está vivendo a vida
Rosacruz de conformidade com as normas aqui sugeridas, para seu
maior progresso, para alegria dos membros de sua família e associados, e
para o aperfeiçoamento da humanidade em geral.

Será de grande benefício para o Estudante procurar adotar o maior


número possível dessas normas.

1. - Ao levantar-se, pela manhã, comece o dia com uma prece de


agradecimento a Deus pela volta da consciência; pelas oportunidades
que esta lhe proporcionará para a continuação do Grande Trabalho e da
Missão de sua vida. Coloque-se de frente para o Este geográfico, inspire
ar fresco em sete respirações profundas, exalando-o vagarosamente com
a mente concentrada na vitalidade que penetra em cada parte de seu
corpo para despertar os centros psíquicos. Tome, a seguir, o seu banho,
e beba um copo de água fria antes de se alimentar.

2. - Ao se recolher, e após haver realizado todos os experimentos


psíquicos programados para a noite ou um trabalho psíquico especial
ou Rosacruz contido na lição ou programação semanal, dê agradecimen-
tos a Deus pelo dia e pelos frutos colhidos; peça às Hostes Cósmicas que
aceitem seus serviços psíquicos enquanto dorme, que usem a sua cons-
ciência na forma em que o desejarem, e que, se for da vontade de Deus
e dos Mestres, viva um outro dia na Terra; que Assim Seja! Em seguida,
com pensamentos de amor por todos os seres humanos, feche os olhos e
adormeça visualizando o seu Eu Interior na consciência de Deus.

3; .:... Antes de cada refeição lave as mãos e coloque-as, palmas para

-212-
baixo, sobre o prato com alimento, por uma fração de minuto; peça
então, mentalmente, que a bênção de Deus se comunique ao alimento
que vai ingerir, para que seja ele magnetizado com as radiações espiri-
tuais que se desprendem de suas mãos, suprindo assim grandemente as
necessidades do corpo. Em seguida, antes de levar à boca a primeira
porção diga, mentalmente: "Que todos aqueles que necessitam de ali-
mento partilhem comigo aquilo que possuo, e que Deus me indique a
maneira pela qual poderei distribuir a outros aquilo que eles não pos-
suem."

4. - Antes de aceitar qualquer bem do mundo material (conseguido


por meio de dinheiro, trabalho ou troca, ou recebido como presente)
diga, mentalmente: "Por privilégio de Deus, recebo isto pedindo que
melhor me possa auxiliar a cumprir a minha missão na vida." Isto se
aplica mesmo às coisas como: Vestuário, objetos pessoais, momentos de
prazer em teatros, na igreja, em concertos, etc., ou ainda no caso de
coisas insignificantes como livros, material de leitura instrutivo, etc.,
incluindo, naturalmente, o recebimento de dinheiro como salário, co-
missões, presente, ou de qualquer outra maneira.

5. - Toda vez que receber uma graça especial como, por exemplo,
coisas de qualquer espécie do mundo material há muito desejadas, pe-
quenas ou grandes dádivas, ou um inesperado ato de bondade, não faça
uso ou aplicação em seu próprio benefício antes de se ter recolhido ao
silêncio, durante alguns minutos, para meditar e formular esta pergunta:
"Mereci verdadeiramente esta graça, e há alguma maneira em que possa
repartir o benefício pela mesma proporcionado, direta ou indiretamente
com outros, ou para beneficiar o Ser humano?" Aguarde, então, uma
resposta do Cósmico. Se não a receber no sentido de que o benefício é
imerecido, que deve ser repartido ou transferido para uma outra pessoa,
diga em seguida: "Agradeço a Deus, ao Cósmico, e aos Mestres, esta
graça; que eu dela me sirva para glória de minha alma."

6. - Se lhe for concedida alguma honraria, militar, governamental,


pública, social ou outra qualquer, proceda sempre com a maior humil-
dade, manifeste o seu demérito (pois quem realmente merece todas as
coisas? ), e com a resolução mental de que ela não o tomará orgulhoso
ou egoísta aceite a graça com uma prece de agradecimento afirmando
que a recebe em nome daqueles a quem melhor possa ela beneficiar.

7. - Se, ao servir de testemunha em uma Corte ou qualquer outro


lugar, for solicitado a prestar juramento, jurar ou prometer sobre algum

213
livro ou emblema sagrado, tenha em mente que não há símbolo ou
emblema que lhe seja mais sagrado ou divino do que a Rosa-Cruz. (Na
maioria das Cortes do Mundo a escolha individual desse símbolo sagra-
do, para tal finalidade, é permitida). Diga, então, que como Rosacruz
prefere fazer sua afirmação "diante do Sinal da Cruz", e faça o Sinal
(conforme descrito em outra parte deste Manual). Após fazer o Sinal,
preste sua declaração e lembre-se de que se afirmar, nessa ocasião, cons-
cientemente, uma inverdade, criará uma condição Cármica que jamais
poderá desaparecer, exceto pela plena compensação, de acordo com a
Lei de Compensação.

8. - Nunca permita ser envolvido em discussões quanto às crenças


religiosas de outras pessoas, a não ser para ponderar sobre a solidez, a
excelência, ou os possíveis benefícios de certas doutrinas, provando-
lhes, dessa maneira, o Bem que existe em todas as religiões. Jamais
considere os seus pensamentos religiosos como superiores. Faça boa
referência a respeito deles, se necessário mencione como eles o auxi-
liam, porém não crie na mente de outros a impressão de que eles estão
em pecado ou erro devido às suas crenças. A religião que é melhor para
cada qual é a que permite a compreensão de Deus e dos misteriosos
desígnios de Deus.

9. - Seja tolerante em todas as questões, e tenha em mente que a


crítica destrutiva nada cria senão infelicidade. A menos que possa cons-
trutivamente comentar sobre qualquer assunto, abstenha-se de falar.

10. - Não tente reformas diretas na vida de outros. Descubra, em si


mesmo, aquilo que necessita de correção e aperfeiçoe-se para que, pela
Luz de sua Vida, possa indicar a Senda a outros.

11. - Não faça alarde de suas realizações, nem se orgulhe de seu


conhecimento Rosacruz. Poderá ser Rosacruz como Membro da frater-
nidade, porém como Rosacruz em conhecimento e poder o maior e o
mais destacado entre nós é apenas um iniciante dos estudos e indigno
do título Rosacruz, Evidencie-se, não como Mestre, mas como estu-
dante Rosacruz, sempre estudante, eternamente.

12. - Procure repartir diariamente aquilo que lhe for supérfluo,


mesmo de maneira modesta e em pequenas importâncias. Procure des-
cobrir onde aquilo que possa dar ou fazer tomar-se-á uma graça para
uma ou mais pessoas e ao realizar esse dever evite toda a glória pessoal
e tome conhecido o fato de que está apenas "realizando o trabalho do
Mestre."

-214
13. - Não aceite agradecimento por qualquer benefício que possa
prestar, qualquer presente que possa dar, ou qualquer auxílio que venha
a proporcionar. Quando forem expressados "agradecimentos", é costu-
meiro dizer: "Por favor, não me agradeça,pois quem está grato sou eu.
Procuro, e devo procurar, trabalhar para os Mestres; essa oportunidade
eu a tive por seu intermédio. Agora, porém, compete-lhe a obrigação de
passar o favor para diante; espero que encontre também a oportunidade
para servir a alguém," ou outras palavras que traduzam a mesma inten-
ção.

14. - Não aceite recompensa de natureza material por qualquer


benefício que faça, a menos que delibere, no momento de aceitá-la e
assim informe ao doador, que dividirá o que recebe com alguém que
possa aproveitar o benefício e auxílio que a recompensa poderá propor-
cionar. Isto é absolutamente essencial quando a oferta material é de tal
natureza, como dinheiro, alimentos, vestuário, etc., que pode ser dividi-
da e é absolutamente necessária a muitas pessoas.

15. - Tenha em mente que através da Ordem Rosacruz há sempre


oportunidade para auxiliar a muitas pessoas e que, com elas partilhando
as facilidades que díspuzer, transfere a outros Irmãos e Irmãs da Ordem
necessitados as graças que recebe talvez como depositário do Cósmico.

16. - Assim como deres, assim receberás! À medida que cada opor-
tunidade de dar for aproveitada com a maior impulsividade, ser-lhe-ão
concedidas pelo Cósmico as futuras bênçãos. Quanto maior a impulsi-
vidade, sem se importar com os sacrifícios pessoais, tanto maior será a
compensação creditada no Cósmico.

17. - Não deixe de mencionar a alguém, todos os dias, o trabalho


dos Mestres por intermédio do portal da Ordem da Rosa e da Cruz.
Cada dia, torne alguém mais familiarizado com o seu Grande Trabalho,
nem sempre importunando, nem sempre pregando, porém pela simples
afirmação dos fatos, demonstrações simples e palavra amiga de orien-
tação.

18. - Respeite todas as mulheres; honre seu pai e sua mãe; seja
tolerante para com o pecador, útil aos necessitados, e serviçal aos Mes-
tres. É maior entre nós aquele que é o maior servo de todos. A razão de
serem o Mestre de uma Loja, o Mestre Supremo, e o lmperator, os
maiores, é a de se tornarem os maiores servos.

-215
19. - Providencie agora, enquanto a consciência pode ajudá-lo, o
amparo daqueles que poderão se tomar dependentes apôs sua transição
e, se não tiver alguém que necessite de uma parte dos seus bens mate-
riais após sua transição, ou se possuir mais do que o necessário para
ampará-los, determine transferir, em forma legal e própria, uma parte de
seus bens terrenos para o corpo superior da Ordem Rosacruz, Antiga e
Mística Ordem Rosae-Crucis - AMORC - Grande Loja do Brasil, para
que possa ela ser auxiliada no trabalho que está realizando em benefício
de outros.

20. - Vá em auxílio de qualquer Ser humano, a despeito de raça,


credo ou cor, sempre que puder prestar assistência direta ou indireta em
uma emergência; se não puder ajudar a uma pessoa, porém estiver em
condições de procurar ou solicitar auxílio, isto também é imperativo;
realize seu trabalho com paciência e calma, preste seus serviços, e reti-
re-se com o mínimo de reconhecimento possível.

21. - Escolha uma parte de seu lar que possa santificar para seu
estudo e para a Ordem, e nela procure encontrar Paz e tempo para
meditação, diariamente. Não profane esse recinto com os prazeres da
carne, santificando-o porém com os seus pensamentos mais sublimes.

22. - Dê o seu apoio, moral ou físico, a alguma igreja de sua comu-


nidade para que ela possa conrar com a sua assistência para prosseguir
no grande trabalho que objetiva.

23. - Não aceite cargo político sem, devida e convenientemente,


notificar a todos aqueles que patrocinem ou apóiem a sua vitória quan-
to aos seus pontos de vista e princípios para com a humanidade em
geral, para que eles não esperem ou contem com a sua submissão a
princípios de categoria inferior.

24. - Não julgue, a menos que se encontre em posição tal que


aqueles que tenham de ser julgados venham, legal e formalmente, à sua
presença como servidor acreditado do povo; então, com compaixão,
ouça com clemência, compreenda com tolerância, julgue, e com amor
seja razoável,pois a Lei de Compensação fará exigências adequadas e o
Deus de todos é o único Juiz verdadeiramente competente de todos os
fatos.

25. - Não repita calúnias, não conte escândalos, e não endosse


relatos que prejudiquem ou condenem, a menos que sejam acompa-

216
nhados, pelo menos, do mesmo grau de críticas e comentários constru-
tivos, e somente depois de ter completamente investigado e com-
provado todos os fatos.

26. - Procure o lado bom de todas as coisas e faça elogio público do


que descobrir, Não leve em conta o caráter mutante do Eu exterior, mas
descubra o verdadeiro Eu, no interior. Aprenda a conhecer todos os
seres e a amá-los.

27. - Não especule com o destino de uma outra pessoa que, por
ignorância, poderá ser privada e despojada daquilo que lhe der lucro.

28. - Evite todo o excesso em pensamentos e ação; seja comedido


em todos os desejos e domine as paixões em todos os sentidos.

29. - Não tente mudanças radicais ou súbitas no esquema natural


das coisas; lembre-se da injunção Rosacruz: Não é pela revolução e, sim,
pela evolução, que todas as coisas são realizadas com caráter permanen-
te.

30. - Considere sagrados e acima de toda a crítica os ideais dos


Rosacruzes; não permita que a calúnia afete o bom nome de sua Ordem;
viva uma vida que prove a solidez de seus princípios, e esteja alerta para
defender o símbolo da Rosa Cruz com a pujança de sua vida e a luz de
seu Ser.

-217
FATOS INTERESSANTES PARA QUE OS NOSSOS MEMBROS
EXPLIQUEM ÀQUELES QUE INDAGAM SOBRE A AMORC '

Os fatos que se seguem são baseados no exame de 1000 Propostas


tiradas, ao acaso, de nossos arquivos. Revelam, portanto, toda a nature-
za de nossa filiação.

GENERALIDADES

Homens, 64%; mulheres, 36%; média de idade de todos os Membros,


quarenta e quatro anos; média de idade dos homens, quarenta e três;
média de idade das mulhares, quarenta e cinco. Com respeito ao casa-
mento, 62% dos Membros são casados. Essas percentagens indicam que
a média dos Membros é constituída de pessoas compenetradas, com
certas responsabilidades e problemas e, não, de sonhadores.

ATITUDE SOCIAL E POLITICA

Todo Membro da Ordem Rosacruz deve jurar fidelidade à bandeira


do país em que esteja vivendo. Deve, do mesmo modo, esforçar-se para
ser um cidadão que respeita as leis desse país. Isto cria um padrão
elevado de Membros Rosaciuzes dotados de espírito público, em todo o
mundo. Verificamos também que 42% de nossos Membros possuem
grau universitário, acadêmico ou honorário; 47% das mulheres possuem
esses mesmos graus. Esta representa uma outra percentagem elevada
para uma organização internacional.

ESTUDOS OCULTOS ANTERIORES

Nossos registros indicam que 98% de nossos Membros fizeram estu-


dos similares durante mais de quatro anos, antes de se filiarem a nós;
68% estudaram por mais de dez anos antes de se unirem a nós, e 52%
têm se dedicado a esses assuntos por mais de vinte anos. Filiaram-se à
AMORC porque não haviam encontrado a Luz que buscavam.

OCUPAÇÕES

Onze por cento de nossos membros são médicos de várias escolas;


9%, advogados e juízes atuantes; 12%, professores e lentes de escolas e
universidades; 42%, comerciantes e artistas com esmerada cultura; 14%,
"donas de casa"; 12%, aposentados ou estudantes de cursos especia-
lizados.

-218
UNDÉCIMA PARTE

DICIONÁRIO ROSACRUZ

Absoluto - Aquilo que tudo encerra; conseqüentemente, a Consciência


de Deus, perfeita, completa, abrangendo todas as leis Divinas, operando
em harmonia, construtiva, positiva.

Adepto - Aquele que manifesta habilidade e proficiência particular em


certa atividade ou assunto. No sentido místico, adepto é aquele que
alcançou iluminação e maestria na aplicação de seus conhecimentos das
leis e princípios cósmicos às ocorrências da vida.

Alden - Algumas vezes escrito Ahldain; A'ldain; nome de um antigo


Mestre da Grande Fraternidade Branca que concedeu jurisdição para o
estabelecimento de centros místicos no Continente Norte -Amerícano
durante o século quinze, e do qual foi tirado o nome para o primeiro
Templo nesse país, em 1603. Sua personalidade ainda está bastante
ligada ao trabalho Rosacruz que ali se desenvolve.

Alento de Vida - Nos ensinamentos Rosacruzes este termo é usado


para designar Nous, que é uma combinação, por assim dizer, da Força
Vital e da Consciência Cósmica. (Vide Nous e Força Vital.)

Alma - Erroneamente falamos da alma no Homem ou da alma do


Homem como se cada Ser humano ou cada organismo consciente tives-
se, no interior de seu corpo neste plano terreno, um algo separado e
distinto que chamamos de "Alma"; portanto, em cem seres haveria cem
Almas. Isso, no entanto, é errado. Existe apenas uma Alma no Universo;
a Alma de Deus, a Consciência Vivente e Vital de Deus. Em cada Ser
vivente há um segmento inseparável dessa Alma universal e, esse, é a
Alma do Homem. Jamais deixa de ser parte da Alma universal, do
mesmo modo que a eletricidade em uma série de lâmpadas elétricas de
um circuito não é uma porção separada da eletricidade sem ligação com
a corrente que flui através de todas as lâmpadas. A alma, no Homem, é
Deus no Homem, e torna a humanidade parte de Deus, Irmãos e Irmãs
sob a Paternidade de Deus. (Vide Personalidade).

Alucinação - Fantasia da mente. Essas fantasias podem-se tornar uma


idéia fixa em intensidade e interesse, e limitada quanto ao assunto ou
ilimitada, quando então se transforma em alucinação. Por outro lado, a
imaginação pode ser racional, intensa, variada, porém sob controle, caso

219
em que representa o pensamento criador. A alucinação definida, como é
o caso da que caracteriza a mente insana, é uma idéia fixa nascida do
raciocínio ilógico ou puramente dedutivo que se converte em obcessão
da mente subconsciente, enquanto que o pensamento objetivo pode ser
prejudicado por dano causado à mente ou por qualquer outra causa de
insânia. Essas alucinações são inteiramente do subconsciente; poderão
ser eliminadas, ou modificadas, unicamente por seu intermédio, pois
estando o objetivo incapacitado de um raciocínio sadio não pode ser
utilizado como auxílio. Caso o dano objetivo seja devido a causas fisio-
lógicas, devem elas ser primeiramente corrigidas, mas, depois, terá de
haver recurso para o subconsciente para o trabalho de cura da mente.
Isto requer um processo psíquico aplicado por aqueles que possuam
bastante experiência e conheçam todas as leis.

Amém - Palavra hebraica introduzida, em épocas remotas, nos ritos


místicos do Egito como termo para expressar o Deus oculto e invisível
ou um inspirado e verdadeiro representante de Deus. Neste último sen-
tido o termo é usado na Bíblia Cristã, uma vez; no Apocalipse 3:14
Jesus é chamado de "O Amém". Em data muito anterior, todavia, a
mesma palavra com os mesmos sons místicos vocais foi usada para
designar o nome do deus de Tebas, e o termo Amen Ra veio a expressar
o nome e hierarquia de um poderoso deus, entre os egípcios. Ame-
nhotep N mudou seu nome para Khueu-Aten devido ao significado do
vocábulo "Amém". A palavra "Amém", como usada nas práticas reli-
giosas modernas, significa "Assim seja". A origem da palavra é encontra-
da no sânscrito "aum" e também em "om".

Aposição de Nome - Os Rosacruzes têm uma cerimônia para dar nome


às crianças, a qual deve ser realizada em seus Templos. A idade da
criança não deverá execeder os dezoito meses. Um dos pais, ou ambos,
devem ser Membros da Ordem, e deles serão exigidas certas promessas
como, por exemplo, a de que a criança será devidamente educada,
durante sua adolescência, em escolas não-sectárias; que receberá ensina-
mentos para conhecer, amar e prestar obediência às leis de Deus; que
lhe será dada a oportunidade de se filiar à Ordem, quando atingir a
idade apropriada, sem interferência ou insistência desnecessária. Este
ritual poderá substituir qualquer cerimônia de batismo. A cerimônia
não é, naturalmente, sectária.

Arcano - Aquilo que não é oculto, mas visível apenas àqueles que com
ele se harmonizam ou estão preparados para sua revelação; místico,
Divino, Cósmico.

-220
Arquivos Cósmicos - Termo místico e alegórico. Refere-se ao registro
indelével de todos os acontecimentos e do conhecimento que é parte da
Consciência Cósmica, da Inteligência Divina. Os acontecimentos passa·
dos ou os que virão a ocorrer fixam-se nos registros Cósmicos, pois
todas as coisas têm lugar de acordo com a lei Cósmica e a volição do Ser
Supremo. Quando um místico ou estudante de misticismo diz que vai
consultar os arquivos Cósmicos, significa que procurará entrar em con-
tato ou harmonização com a Consciência Cósmica captando a sua oni-
ciência. O mesmo termo é também conhecido como "Arquivos Acásí-
cos." A palavra "acásico" é derivada da palavra sânscrita "Akasa" que
na filosofia sankhya significa uma essência indeterminada, como o es-
paço ou éter.

Astrologia - Ciência antiga baseada na observação rigorosa da coinci-


dência das características humanas com a data e hora do nascimento; o
tempo e a cuidadosa análise provaram que as coincidências estão basea-
das em leis fundamentais, sem se levar em consideração se os planetas
têm qualquer influência sobre o nascimento ou natureza do Homem
após ter ele nascido. Somente o extremista fanático afirma, ou acredita,
que somos governados pelos planetas; quando muito, as influências pla-
netárias poderão inspirar, impulsionar ou tentar; as influências podem
melhorar, porém não controlar. Todo místico deve ter conhecimento
dos fundamentos desta antiga e progressista ciência, embora não se
tome necessário o seu domínio profundo.

Atlântida - Nome do continente que, em determinada época, ocupou


considerável parte do espaço ora ocupado pelo Oceano Atlântico. A
Atlântida alcançou, em vários aspectos, civilização muito adiantada; foi
o antigo berço da cultura mística. O Monte Pico, que ainda se eleva
acima do oceano entre o grupo das ilhas dos Açores, era uma montanha
sagrada usada para iniciações místicas (Vide Ritual do Quarto Grau). A
história da perdida Atlântida foi contada, pela primeira vez, por Platão;
uma outra história dos povos místicos que usavam o nome de Atlantes
foi narrada por Sir Francis Bacon ("The New Atlantis"). Investigações
recentes, realizadas pela França e pela América, provaram que há o
contorno de um continente no fundo do Oceano Atlântico. (Vide tarn-
bém "The Lost Atlantis", por lgnatius Donnelly.)

Átomo - A menor divisão de qualquer forma definida de matéria; a


primeira entidade" definida que os elétrons formam após a união perfei-
ta. As divisões de matéria menores do que os átomos são chamadas de
"elétrons" (Vide elétrons) e essas divisões não têm natureza caracterís-

-221
tica. (Consulte as leis atômicas de Dalton, em nossas monografias gra­
duadas).

Aton ­ Nome para o símbolo do "Deus único" tornado compreensível


por Akhanaton depois de haver estabelecido a religião monoteísta no
Egito. Aton era­representado pelo disco solar, sendo o sol o símbolo da
radiação vivificante do Deus invisível. O disco solar é usado pelos mo­
dernos Rosacruzes, não como um símbolo de Deus ou mesmo um
símbolo sagrado, mas como símbolo objetivo da mente criadora e da
Divina Essência de Deus.

Atual ­ Aquilo que provoca excitação na consciência objetiva por meio


das sensações dos sentidos objetivos, das concepções de peso, largura,
volume, comprimento, etc. As atualidades são manifestações da lei e
natureza das vibrações, e estão associadas com a '"ação". As atualidades
nem sempre são realidades. (Vide Realidade.)

Aura ­ Campo magnético, ou eletrizado, que circunda o corpo animal


em particular, e que apresenta cores devido à freqüência da energia
existente no corpo. A energia é resultante do desenvolvimento psíquico
e das forças vitais do corpo. A aura muda de cor à medida que prosse­
gue o desenvolvimento psíquico, chegando a um violeta brilhante e,
depois, ao branco puro nos mais elevados estados. A aura é visível sob
muitas condições e tem sido fotografada, podendo afetar certos instru­
mentos ajustados para sua receptividade. Toda célula viva, assim como
os grupos de células, possui aura.

Avatar ­ Na linguagem mística corrente e como usado pelos Rosacru­


zes, um avatar é uma pessoa cuja personalidade­alma está altamente
evoluída ou espiritualmente desenvolvida devido a vários ciclos de en­
carnação neste plano. Não há número específico de encarnações que
designe alguém como um avatar. O discernimento espiritual de um
indivíduo, sua compreensão humana, domínio da vida e serviço al­
truísta são as características de um avatar. Um avatar não manifesta
maneira peculiar no vestir, no falar ou na forma de se apresentar. Seu
conhecimento da vida e de seus problemas, e sua conduta, são seus
únicos sinais exteriores de realização. Evidentemente ninguém se torna
avatar em uma encarnação. Trata­se de um processo de evolução. A
etimologia da palavra é sânscrita. É comumente usada na filosofia hin­
du, embora de maneira não totalmente compatível com a interpretação
mística ocidental.

222
e
Cabala (ou Qabbalah) ­ O vocábulo vem do antigo hebraico e, literal­
mente traduzido, significa "Doutrinas recebidas por tradições antigas."
Os ensinamentos escritos da Cabala talvez não antecedam o século XI.
Há grande evidência, todavia, de que os ensinamentos orais existiam
muito antes. Tradicionalmente acredita­se remontarem à época da Sabe­
doria Secreta transmitida por Moisés.

Por meio de um sistema de números e de letras do alfabeto hebraico,


a Cabala revela os mistérios esotéricos. Sua filosofia, em outras palavras,
relaciona­se com a ontologia, a natureza do Ser; com a cosmologia,
origem do universo, e com a teologia, natureza de Deus, e ainda, com a
antropologia e a relação do Homem para com Deus e o mundo.

Canna ­ Termo usado por nós para significar a operação da lei de


compensação. Os Rosacruzes não afirmam, contudo, que as exigências
da lei de compensação resultem em qualquer reversão da lei da evolu­
ção, conforme propalado por algumas escolas contemporâneas. Que um
Ser humano possa reencarnar em uma forma ou corpo de um animal
inferior, como punição, é incompatível com as leis da reencarnação e da
evolução que nos ensinam que cada estágio é progressivo e jamais des­
ceremos na escala da expressão física a despeito do débito cármico a ser
pago. Um dos princípios fundamentais da lei de compensação é que
para cada sofrimento ou dor que causemos a uma outra pessoa, sofrere­
mos, em intensidade e maneira igual, numa ocasião em que a lição a ser
aprendida causará maior impressão. Por outro lado, este princípio não
exige olho por olho ou vida por vida, pois não há vingança no processo
ou intenção de causar sofrimento; o propósito único da compensação é
nos ensinar a lição para fazer com que compreendamos o erro e, desse
modo, melhoremos em compreensão.

Por essas razões, não se pode ter certeza de quando ou de que maneira a
lei de compensação fará suas exigências. Disto, porém, podemos estar
certos: Não sofreremos pelas exigências do Carma, inconscientes do fato
de que é um débito cármico que estamos pagando. Esse sofrimento, sem
a compreensão viva de sua razão e de que estamos fazendo compensa­
ção, seria incompatível com os princípios fundamentais do Carma, de
que aprenderemos uma lição por seu intermédio e melhoraremos em
compreensão.

Deve também ser compreendido que a lei da balança (Carma) opera

223
em dois sentidos, isto é, um Ser humano pode ter um crédito cármico e,
assim, será colocado como recipiente da compensação.

Célula ­ Toda vez que é usado este vocábulo nos ensinamentos Rosa­
cruzes, seja com relação à fisiologia, física, química, eletricidade ou
magnetismo, significa um corpo, esférico ou não, tendo uma parede
com polaridade negativa e um núcleo com polaridade positiva.

Cérebro ­ Órgão físico para a função objetiva da mente. A mente pode,


no entanto, produzir muitas manifestações sem o uso do cérebro.

Ciclo ­ Período de tempo, evolução, processo, método ou manifes­


tação. Misticamente, toda ação progressiva se efetua em ciclos definidos
e importantes. O ciclo da vida humana divide­se em períodos de sete
anos, cada um dos quais é um ciclo no crescimento e desenvolvimento
da mente e do corpo do Ser; mesmo o período pré­natal é dividido em
ciclos. A evolução do universo, a evolução do Homem, do Ser primitivo
ao atual, podem ser divididas em ciclos. As vinte e quatro horas que
constituem um dia dividem­se em ciclos planetários. A consciência hu­
mana está, no ­momento, na fase inicial do Ciclo de Aquário. Os ciclos
constituem um método fácil, significativo e compreensível, para medir
o tempo e o progresso.

Compensação ­ Vide Carrna.

Concentração ­ Estado mental (e físico) no qual toda a atenção e


compreensão objetiva está focalizada num ponto, lugar, condição, ou
princípio, definido ou indefinido. Concentração perfeita, dessa espécie,
resulta da inatividade completa de quatro das cinco faculdades objeti­
vas, a um tempo. Quando a concentração é visual, a visão deve ser a
única faculdade em atividade. É impossível nos concentrarmos quando
duas ou mais faculdades estão ativas ao mesmo tempo. Duas faculdades,
como a visão e a audição, podem­se alternar rapidamente em sua con­
centração de modo a parecer que ambas estão concentradas simultanea­
mente, porém tal não acontece. Podemos estar conscientes, apenas, de
uma impressão objetiva a um mesmo tempo. Tudo o mais é alternação
rápida. (Vide Estado semiconsciente).

Concepção ­ Em nossos ensinamentos Rosacruzes é­nos dito que a


nossa concepção de qualquer coisa que compreendemos através das
cinco faculdades objetivas depende, no que se relaciona com a sua
clareza e efeito sobre nós, de nossos conhecimentos e crenças. Nossa

­224­
concepção das coisas materiais transforma­se à medida que envelhe­
cemos e adquirimos maior experiência, maior iluminação. Não é a atua­
lidade de uma coisa, porém, a nossa interpretação da mesma, que forma
o nosso conceito. Ao formular e conferir poder e realidade à nossa
concepção, predispomo­nos a criar. No começo de toda a Criação hou­
ve, e haverá sempre, concepção. (Vide Realidade e Atualidade).

Conhecimento ­ Os Rosacruzes sempre afirmaram que ninguém pode­


ria conhecer uma coisa a não ser pela experiência pessoal. Por essa
razão, foi estabelecida uma distinção entre crença e conhecimento. A
experiência que é, assim, necessária, poderá ser obtida pela compreen­
são objetiva ou pela realidade psíquica, porém deverá se manifestar a
compreensão pessoal. É costume do místico afirmar que sabe ou não
sabe, ao falar das experiências, problemas ou fatos da vida e da Natu­
reza; nada é por ele aceito pela fé e ele não abriga crenças.

Consciência ­ Termo que em nossos rituais e ensinamentos usamos para


indicar a "pequena e suave voz" do Mestre Interior; a Mente Cósmica,
com sua inspiração e impulsos; a Mente do Eu Interior, que conhece
toda a verdade, toda a lei, todos os princípios, sempre construtiva em
desejos, segura, "sempre presente quando o tentador tenta".

Consciência Cósmica ­ A consciência que se irradia de Deus penetrando


todo o espaço (e, portanto, todas as coisas) e que tem vitalidade, mente,
energia construtiva, Inteligência Divina. Para essa consciência se projeta
a consciência psíquica de todos os Mestres, e todos os Adeptos podem
com ela harmonizar­se. Ela tem conhecimento de tudo, passado, presen­
te e futuro, pois ela é tudo (Vide "Absoluto"). Após preparação pelo
estudo e meditação, após merecimento pela prestação de serviços, após
harmonização pela prática e nobreza de propósitos, chega a todos os
Adeptos um influxo de iluminação e inspiração que mantém ligação
permanente com a Consciência Cósmica. Isto é chamado de iluminação,
pelos místicos. Esta é uma das dádivas almejadas por todos os Adeptos.

Cósmico ­ (Na terminologia Rosacruz o vocábulo "Cósmico" é usado


tanto como substantivo como adjetivo.) O universo como relação har­
moniosa de todas as leis naturais e espirituais. Na maneira usada pelos
Rosacruzes, a Inteligência Divina, Infinita, do Ser Supremo, que tudo
penetra. As forças criativas de Deus. É uma fonte intangível, ilimitada,
de onde se irradiam as energias imutáveis e construtivas da Divindade. O
Cósmico, portanto, não é um lugar, mas um estado ou condição de
ordem e método.

225­
Cosmogonia ­ Teoria da criação ou da origem do mundo ou universo.

Cosmologia ­ Estudo da ciência ou filosofia do universo.

Cremação ~ Misticamente, é um processo de reduzir os elementos ma­


teriais do corpo aos elementos primários por meio do fogo, como se
estivesse sendo empregado um processo alquímico com crisol e fogo. Dá
cumprimento à lei antiga de que o corpo deverá voltar ao pó da terra,
de onde proveio. A cremação simplesmente acelera o processo natural,
de maneira mais higiênica. A cremação não é um método moderno e,
com o tempo, será adotada por todos os povos civilizados. As exéquias
e ritual Rosacruz manifestam preferência pela cremação do corpo e
dispersão da maior parte das cinzas sobre água corrente, em arroios, rios
ou terreno baldio. (Vide Morte e Serviço Funerário.)

Crença ­ Considerada do ponto de vista místico, a crença significa falta


de conhecimento; é como que a esperança sem fundamento. Um místi­
co não deve ter crenças, porém suplantá­las com conhecimento ou
admissão franca de que não o possui. (Vide Conhecimento.)

Cromaat ­ A palavra "Maat" é egípcia e significa "verdade". Quando


combinada com a palavra "Cro" significa "como em verdade". É uma
saudação usada, com muita freqüência, nos rituais da organização, tanto
nas Lojas dos Templos como na Grande Loja.

Crux Ansata ­ A cruz com laço. Cruz de tau ou em forma de T, com


um laço na parte superior. É de antiga origem egípcia e por eles mencio­
nada como "ankh" ou a chave da vida. Símbolo antigo da imortalidade
e da vida. Era freqüentemente incluída como parte do nome de um
faraó, como em Tutankhamen.

Dedução ­ Processo de raciocínio. A mente objetiva pode raciocinar


por todos os processos: Dedutivo, indutivo, silogístico, etc. A mente
subconsciente, por sua vez, tende a raciocinar sempre dedutivamente.
Começando com uma premissa verdadeira, compreensível, ou fato bási­
co, e raciocinando a partir de então, por dedução, chegar­se­á a uma
conclusão lógica, se o raciocínio dedutivo tiver sido lógico de confor­
midade com a lei. É a excelente capacidade de raciocínio da mente
subconsciente que produz conclusões corretas por meio do raciocínio
dedutivo. Colocando­se em um estado mental semiconsciente, poderá
uma pessoa beneficiar­se com o raciocínio subconsciente.

­226­
Deus ­ Para os Rosacruzes existe apenas um Deus, sempitemo, onipre­
sente, ilimitado e sem forma definida de manifestação. É o Deus de
nossos corações, expressão encontrada no decorrer de nossas práticas
ritualísticas e meditativas. O Deus que concebemos, do qual nos pode­
mos tomar conscientes, mais cedo ou mais tarde se manifestará naquela
singular intimidade em nosso interior. Os Rosacruzes pertencem a mui­
tos credos e seitas religiosas em todas as partes do mundo, porém há
unidade absoluta nesta concepção de Deus, da Inteligência Suprema, da
Mente Divina. Nos rituais antigos encontramos esta frase como parte da
promessa Rosacruz; "O Homem é Deus e Filho de Deus, e não há outro
Deus senão o Homem." Isto, porém, tem significado místico e não deve
ser tomado no sentido literal. A concepção Rosacruz de Deus é essen­
cialmente a de uma mente universal, inteligência e poder infinitos. Essa
concepção não é dogmática. Os Rosacruzes difundem o princípio de
que Deus é, na verdade, urna experiência subjetiva, e desse modo uma
interpretação pessoal. Conseqüentemente o Rosacruz diz: "Deus do
Meu Coração".

Doença ­ Perturbação, local ou geral, do processo harmonioso e cons­


trutivo das células vivas e criadoras. A despeito da causa, a condição é
fundamentalmente a mesma. O processo de perturbação ou de desgaste
entre as células doentes é fraca ou fortemente combatido pelas células
saudáveis, normais, de conformidade com o estado geral e constitucio­
nal do corpo. Pelos poderes criativos e construtivos das células saudá­
veis, a Natureza tenta eliminar a destruição e renovar as células doentes,
restaurando a saúde. A batalha exige concentração de energia e rouba
todo o organismo de seu estado normal, ao mesmo tempo que a doença
está incapacitando muitas células, órgãos, tecidos, e partes do corpo
para o trabalho normal e construtivo do corpo; daí surgirem a febre, a
fraqueza, as perturbações mentais e físicas, e as dores. O procedimento
lógico é auxiliar a Natureza, principalmente não interferindo e cessando
a causa da perturbação quando é ela conhecida. Respiração adequada,
alimentação adequada, exercício, repouso e maneira de pensar conve­
nientes são os principais fatores para auxiliar a Natureza a remover a
causa da interferência. Dar ao sangue, nervos, e a todo o organismo
aquilo de que estava carecendo (e que provocou a perturbação) ou que
agora necessita para auxiliar a volta à normalidade, é a providência
essencial seguinte. Depois disso as várias escolas de terapêutica poderão
auxiliar a restauração da saúde, porém somente pela assistência à Natu­
reza. Embora a chamada morte ou transição seja inevitável, a doença
não é necessária. O corpo físico poderá chegar a um estado de envelhe­
cimento e esgotamento em que o processo de desgaste das células e

227
partes do corpo seja mais rápido do que o da reconstrução e, como um
princípio de economia, a Alma abandonará ou deixará vago o corpo e
ficará à espera de um outro mais útil; todavia, esse desgaste e enfraque­
cimento gradual de todo o organismo não tem, necessariamente, de ser
acompanhado de qualquer doença específica podendo estar livre de dor
ou sofrimento.

Ego ­ O Eu Subconsciente, como distinto do Eu Objetivo. Este termo


não é usado freqüentemente nos ensinamentos Rosacruzes, pois a ex­
pressão Eu Psíquico ou Mente Psíquica expressa mais corretamente o
que se quer dizer.

Elementais ­ Às vezes chamadas Salamandras e outros termos usados


pelos primitivos filósofos e por algumas escolas modernas de pensamen­
to singular. Neste sentido, acredita­se que um elemental seja "o espírito
da Natureza que governa os elementos do fogo, ar, etc." Há uma crença
supersticiosa de que esses elementais ou seres podem causar o bem ou o
mal, que podem encher um compartimento e provocar perturbações ou
manifestações, ou influenciar nosso pensamento, audição e visão. Des­
necessário é dizer que não há elementais nesse sentido.

Elemento ­ Uma das inúmeras e diferentes naturezas expressadas atra­


vés das combinações de elétrons em átomos. Há 144 elementos que
compõem toda a criação material. Desses, 103 são positivamente conhe­
cidos pela Ciência em forma perfeita ou por suas reações nas transfor­
mações nucleares; outros, são conhecidos por meio de análise dos es­
paços vagos na tabela periódica dos elementos. Alguns só podem ser
percebidos de maneira psíquica no que se relaciona com sua natureza e
finalidades. (Não deve ser confundido com termo similar que consta das
monografias de Postulante).

Eletricidade ­ A corrente elétrica é uma força vibratória em ação; a


eletricidade estática é uma força vibratória inativa e sob tensão, pronta
para se manifestar sob certas condições. Estes termos e definições não
são os que se podem encontrar nas obras científicas, porém tornarão
claros os termos quando os utilizarmos. A eletricidade é uma energia
vibratória; a eletricidade natural é o resultado das radiações do sol
(portanto, urna das manifestações da essência de espírito e Nous); toda
outra eletricidade é artificialmente produzida por ação química e me­
cânica.

Elétron ­ Primeira forma na qual se concentra a essência de espírito,

­228­
em preparação para a manifestação material. Quando sujeita a tensão,
em certas condições, reúne­se em pequeníssimos pontos focais de carga
elétrica que chamamos de elétrons. Os elétrons são positivos e negati­
vos. Não manifestam natureza química definida até se unirem em deter­
minadas combinações, para formar átomos. (Vide Átomos e Moléculas.)
Os elétrons simples são invisíveis, porém quando formam correntes po­
dem ser vistos' e medidos.

Emanações ­ Radiações ou projeções de todas as formas materiais e


psíquicas. As emanações são extensões das vibrações da essência de
espírito no interior da forma, das vibrações de espírito que compõem a
forma. Através das emanações que a nós chegam de todas as coisas, é
que percebemos, subjetiva ou objetivamente, a existência de tudo que
nos cerca.

Esotérico ­ Em misticismo e assuntos correlatos refere­se àquilo que é


interior, inato, e muitas vezes secreto ou privativo como, por exemplo,
conhecimento esotérico com relação à iluminação Cósmica ou impres­
sões intuitivas em contraste com a experiência objetiva. Refere­se tam­
bém à sabedoria secreta transmitida ao Iniciado. Seu antônimo é exoté­
rico, o aspecto exterior.

Espiritismo ­ Doutrina religiosa que tenta se valer de algumas das mani­


festações psíquicas da Alma, de Espírito e da Personalidade, para apoio
de um esquema teórico das atividades da Alma aqui na Terra, ou no
Cósmico, após a mudança chamada "transição". O espiritismo como
sistema ou "ciência" é tabu para os Rosacruzes, pois eles sabem que a
explicação espírita de vários fenômenos é errônea, que muitos dos cha­
mados "médiuns" não têm conhecimento dos fatos, conhecem pouco
ou mesmo nada a respeito das leis e princípios que tentam demonstrar,
e muitas vezes dão origem a situações sérias e infortúnios na vida daque­
les que por eles estão sendo orientados. Além disso, os Rosacruzes
SABEM que a "alma" daqueles que partiram não volta à Terra em
forma material, que os "espíritos" não fazem demonstrações materia­
lizadas como entidades, e que as comunicações recebidas do Cósmico
ou por meio do corpo psíquico de pessoas vivas não são sempre o que
parecem ser para os espíritas.

Espírito ­ Os Rosacruzes foram os primeiros místicos a estabelecer


uma diferença clara entre Espírito e Alma. Espírito é uma essência
universal que penetra toda a Natureza, mesmo a matéria inconsciente,
manifestando­se de muitas maneiras como, por exemplo, coesão, ade­

229­
sao, etc. É uma essência divina, universal, semelhante à da Alma, porém
de freqüência inferior. A essência de espírito faz sua primeira manifesta­
ção material na formação dos elétrons que entram na composição dos
átomos. A Alma, como essência, somente pode­se manifestar psíquica­
mente devido à sua elevadíssima freqüência vibratória.

Estado Semiconsciente ­ Termo usado para designar a condição mental


e psíquica em que a consciência objetiva e as funções mentais objetivas,
assim como os processos subjetivos do Homem, estão penetrando no
subconsciente. Esse estado poderá ser provocado pela concentração,
manifestar­se naturalmente ao se recolher, ao despertar, ou ser induzido
exteriormente por meio da sugestão (porém, jamais independente da.
cooperação ou desejo do Eu). Há um estado similar em que a mente
objetiva ou o funcionamento objetivo do cérebro é tornado anormal
por meio de drogas, febre, ferimento, medo, ou esforço; nesses casos,
todavia, os benefícios alcançados pelo estado semiconsciente normal
são perdidos, pois não haverá a inteligente e compreensiva troca de
idéias ou comunicação entre as faculdades objetiva e subconsciente.
Freqüentemente, antes da chamada morte o primeiro estágio da transi­
ção se constitui em um estado semiconsciente, notável por sua quali­
dade Cósmica.

Evolução ­ Desenvolvimento progressivo e aperfeiçoamento de tudo


que se manifesta ou está na concepção da Mente Cósmica. Mesmo a
chamada degeneração ou desintegração faz parte da evolução, represen­
tando uma de suas fases. Evolução significa evolução progressiva. É a lei
fundamental da Natureza e todo elemento da Natureza tende à perfei­
ção e está­se tornando cada vez mais elevado em sua freqüência de
vibrações e mais perfeito em suas manifestações.

Fé ­ Encontramos freqüentemente o vocábulo "fé" definido como


crença "ativa" ou crença que se constitui em base para ação quanto às
premissas aceitas. Do ponto de vista místico, todavia, isto não é exato.
Deve ser estabelecida distinção entre fé, crença e conhecimento. O
místico não deve ter crenças, mas conhecimento; este poderá promo­
ver a fé ou fazer com que tenha fé em determinadas leis e princípios,
porém suplantaria a crença. Portanto, podemos afirmar que a fé é uma
expressão de confiança e que a confiança nasce somente da experiência,
do conhecimento. (Vide Conhecimento).

­230
Força Vital ­ Este termo é claramente explicado nas monografias e
ensinamentos dos vários Graus e refere­se, exclusivamente, à espécie de
energia que vitaliza o corpo humano no momento do nascimento, que o
abandona na ocasião da transição, e que existe também em toda a
matéria viva, consciente ou não. A força vital tem a mesma origem que
todas as demais energias, porém é de freqüência distinta e diferente da
que constitúi a energia de espírito e a energia da alma.

Gânglio ­ Massa de células organizadas em um só corpo que serve ou


funciona como centro para vários impulsos nervosos, mudança, trans­
formação ou transmutação desses impulsos e para coordenação das in­
fluências que penetram ou atravessam esse corpo. Um gânglio, portanto,
é como que uma estação central de um sistema telefônico ou um painel
de controle para determinadas linhas­tronco elétricas. Os gânglios do
sistema nervoso simpático são intensamente interessantes em seu fun­
cionamento e finalidades a que se destinam. O sistema nervoso e o
funcionamento fisiológico e psíquico dos gânglios são clara e atraente­
mente, apresentados no trabalho do Sexto Grau da Ordem.

Gravitação ­ Nas primeiras monografias dos Graus iniciais de nosso


trabalho, na forma em que era há muitos anos difundido na América,
constava a afirmação, muitas vezes repetida, de que a força de gravita­
ção não é atração e, sim, repulsão. Os postulados científicos, nos últi­
mos anos, tendem a provar que a afirmação Rosacruz a esse respeito é
perfeitamente correta. Embora na manifestação final os resultados se­
jam os mesmos, nas leis fundamentais em ação há considerável impor­
tância na diferença entre a ação da repulsão e da atração, especialmente
com relação à gravitação. É impossível vencer a força de gravitação;
quando muito, poderá ela ser restringida em sua ação; sua melhor apli­
cação consiste em sua utilização. Se ela pudesse ser vencida, não solu­
cionaria qualquer dos grandes problemas com que agora se defrontam
os cientistas, mas traria problemas ainda maiores do que aqueles que o
Homem poderia enfrentar.

Hábito ­ Nos Graus iniciais da Ordem o hábito é cuidadosamente ana­


lisado e estudado. Há uma definição curta, curta demais, no sentido de
que o hábito é uma lei inconsciente da mente subconsciente. Definição
mais compreensível seria a de que o hábito é uma lei da mente subcons­

­231­
ciente, lei que se tornou inconsciente para a mente objetiva. Os hábitos
são geralmente, senão sempre, formados conscientemente pelo Eu obje­
tivo; esses atos não são hábitos na ocasião, a despeito de quão sistema­
ticamente possam eles ser praticados, não objetivando mesmo a criação
de hábitos a menos que a pessoa esteja procurando tornar os atos ou
séries de atos uma prática inconsciente como, por exemplo, a de manter
ritmo na música, a formação de letras na escrita, etc. Somente quando o
ato é praticado inconscientemente é que se torna ele um hábito, uma lei
do Eu subconsciente, inconsciente para o Eu objetivo.

Hannonium - Estado de harmonia. O significado metafísico, quando


aplicado à afinidade dos seres humanos, é a unidade de pensamento, a
concordância de propósitos, a comunhão direta ou a afinidade de almas.
Aplicado à afinidade do Cósmico para com a alma humana, significa o
estado de êxtase em que o Homem se torna consciente da harmonização
das forças naturais de seu Ser com o Absoluto ou fonte de onde ema­
nam.

Hierarquia - Grupo de pessoas, ou coisas, disposto em ordem progres­


siva de conformidade com sua autoridade ou outras qualidades deter­
minadas. Misticamente, refere­se à Hierarquia Celestial ou a um grupo
de seres, espirituais ou alegóricos, disposto em nove ordens de três
tríades cada. Essas nove ordens constituem uma espécie de escada celes­
tial, sendo a tríade mais elevada ou mais espiritualmente desenvolvida a
que se encontra mais perto da mente Cósmica. Cada uma das outras
representa um estágio menos desenvolvido.

Hipnotismo - Assunto que é conveniente analisar cuidadosamente e em


detalhe. Há dois métodos distintos para provocar uma condição hipnó­
tica: Uso de drogas ou processos mentais. Em qualquer dos casos não é
necessário que se manifeste o estado de sono, nem é este estado uma
indicação de que a pessoa está sob controle, mental ou fisicamente.
Quer a hipnose seja produzida por droga ou por qualquer processo
mental, deverá existir determinada cooperação por parte do paciente;
no caso da persuasão mental essa cooperação não é somente necessária,
mas, fundamental, e sem ela a hipnose não poderá ser provocada. Por
essa razão, o processo de persuasão não representa um combate entre as
mentes, a mais forte vencendo a mais fraca, e sim o caso da mente mais
forte concentrar toda a sua atenção na idéia de passividade. A menos
que esta seja a atitude e a aptidão do paciente, resultado insignificante
será alcançado a despeito da competência do operador. Somente certos
tipos de mente não podem se submeter a um certo grau de hipnose: A

232
mente infantil, a mente anormal, e a mente dos toxicômanos e alcoóla­
tras. A mente fraca raramente pode exercer concentração suficiente
para auxiliar a manifestação da hipnose por qualquer processo mental.

A hipnose ocasional não é perigosa para a parte mental ou física do


corpo; experimentos contínuos com um paciente fazem com que esse
paciente entre nesse estado mais rapidamente, desde que o mesmo ope­
rador conduza os experimentos. Ninguém jamais foi colocado no estado
de hipnose contra sua vontade e cooperação, pois é impossível (exceto
em alguns casos raros em que é feito o uso de drogas quando, então, o
estado de hipnose manifestar­se­á mais como um sono pesado ou pro­
fundo, semelhante ao que é provocado pelo uso de cloral, sulfanal,
hipnal, éter, e drogas similares; nesse caso, o paciente não está sob o
controle mental do operador ou médico, e a mente do paciente não está
inibida como no caso do processo mental). Todavia, embora tudo isso
seja verdadeiro e objetive eliminar o medo e falsas afirmações a respeito
do hipnotismo, há raras vezes necessidade do seu emprego (especial­
mente daquele que é provocado por processos mentais) e a prática deve
ser limitada, exclusivamente, a médicos ou cientistas que tenham feito
cuidadoso estudo das leis e princípios e que não objetivem finalidades
outras que não a mais elevada pesquisa ética e científica para provocar a
hipnose. Psiquicamente, é um estado em que a mente objetiva se torna,
pelo menos, quatro quintos passiva ou adormecida em funcionamento,
passando a mente subconsciente, conseqüente e proporcionalmente, ao
estado ativo ou superativo. Para experiências psíquicas de natureza
média e desejável, o estado semiconsciente é mais eficiente e não requer
o auxílio de um operador. (Vide Estado semiconsciente.)

Ideação ­ É o poder da mente de reproduzir imagens mentais. A idea­


ção é, assim, uma espécie de visualização. Quando ideamos, reunimos
em nossa consciência todas as partes ou impressões detalhadas das coi­
sas que em determinada ocasião representaram uma experiência real ou
realidade por nós percebida. Deve ser estabelecida uma distinção entre
ideação e imaginação. Imaginação é, principalmente, o processo cons­
trutivo da mente. É a combinação das formas mentais para formar uma
imagem nova, algo ainda não percebido exteriormente. A imaginação
inclui a ideação, porém a ideação ou visualização nem sempre é uma
forma de imaginação. Se, por exemplo, recordarmos, com detalhes, uma
árvore que tivermos visto, estaremos ideando. Se, por outro lado, conce­

233
bermas a mudança ou alteração de uma coisa ou planejannos um em
preendimento estaremos imaginando.

Idealismo ­ Em filosifia, conceito de que as idéias são fundamental­


mente reais. O idealismo, como filosofia, difunde a noção de uma causa
mental para a realidade em oposição ao conceito mecânico do universo.

Iluminação ­ Especialmente no sentido Rosacruz e místico refere­se à


iluminação da mente. Esta iluminação, todavia, não é limitada ao inte­
lecto. Significa também experiências noéticas, isto é, uma espécie de
conhecimento intuitivo transmitido diretamente ao indivíduo, de fontes
transcendentais como o Cósmico.

Os Rosacruzes também distinguem a iluminação, do conhecimento.


Aquela representa a percepção ou compreensão clara e, bem assim, um
simples acúmulo de idéias obtidas pela experiência.

Oluminati ­ Para os estudantes de misticismo e ocultismo, o termo


geralmente significa "Os Iluminados". Refere­se àqueles que receberam
a Iluminação, ou Luz, no sentido de realização da Consciência Cósmica,
da oniciência. O vocábulo tem sido, tradicional e historicamente, aplica­
do aos Rosacruzes e Martinistas. Os Rosacruzes eram freqüentemente
conhecidos como "Os Irmãos do lliuminati" e, na verdade, em diferen­
tes períodos de sua história usaram exteriormente o nome de "Illumí­
nati" ou "I..es lliuminés". Os Illumínati estiveram bem estabelecidos no
sul da França, na região de Toulouse, e naturalmente eram os mesmos
Rosacruzes. Na Alemanha também, tomaram­se proeminentes em fins
do século dezoito. Em 1776, Adam Weishapt fundou uma seita à qual
deu o nome de lliuminati. Não tinha qualquer ligação com o movimen­
to mais antigo, dedicava­se grandemente à política e adquiriu má re­
putação. Alguns historiadores têm confundido o verdadeiro lliuminati
com este último movimento.

Iniciação ­ Rito, cerimônia ou processo pelo qual ao indivíduo é apre­


sentado conhecimento especial. As antigas iniciações nos mistérios obje­
tivavam revelar, em forma dramática, uma gnose ou sabedoria secreta ao
candidato. Essas iniciações, geralmente, eram divididas em quatro par­
tes; cada uma delas consistia de um rito solene. As iniciações Rosacru­
zes são dessa natureza.

Intuição ­ O conhecimento intuitivo é aquele que parece auto­evidente,


que penetra subitamente na consciência, e a cujo respeito nenhuma

234
dúvida temos. Misticamente, é referido como a inteligência da mente
Cósmica localizada no subconsciente e que periodicamente penetra na
mente objetiva como idéia compreensível e completa, comumente cha­
mada de "pressentimento". Psicologicamente, a intuição pode ser consi­
derada como a síntese inconsciente das idéias que passam para a mente
consciente sem a volição e com grande clareza.

A Lei Natural ­ A Lei ou conjunto de leis decretadas, no Princípio,


pela Mente Divina, como base de operação de toda a Criação, e sem a
qual nenhuma manifestação poderá ocorrer e existir. Essas leis são uni­
versais quanto à finalidade e maneira de operar. A lei natural atua do
mesmo modo em todos os planos e em todos os reinos. Elas são extre­
mamente simples e evidentes, como devem ser todas as leis fundamen­
tais. Seu propósito é assegurar gradações progressivas ou ciclos de evo­
lução, a despeito de todos os obstáculos colocados pelo Homem para
impedir a sua atuação. A lei natural, portanto, estabelece os poderes,
funções, atributos e fases nos vários reinos do universo que, sem desvio,
a eles imponham observância estrita na busca do ideal em cada plano,
reino, categoria, etc. A finalidade, o motivo das leis naturais é a preser­
vação da vida para a realização da expressão ideal; a preservação para
esse propósito não reconhece o ideal ou a lei estabelecida pelo Homem,
nem os preceitos da civilização em que estes forem contrários aos supe­
riores objetivos decretados pela Mente Divina.

A lei natural é sempre construtiva, mesmo quando parece inquestio­


navelmente destrutiva. Neste particular ela obedece ao método simbo­
lizado pela "Lei do Triângulo". A lei natural representa o princípio
básico que, embora pedindo, exigindo, e insistindo na observância rigo­
rosa de seus preceitos é suficientemente elástica, em determinado sen­
tido, para permitir considerável e freqüente união das entidades de
qualquer plano desde que essa união se harmonize com os seus propó­
sitos. Assim, torna­se evidente que não pode haver lei sobrenatural,
expressão que não somente é uma classificação errônea como também
grosseiramente ilusória. Os milagres não resultam da chamada lei sobre­
natural; são a conseqüência da obediência às exigências da lei natural.
Os milagres existem apenas para aqueles que não compreendem o signi­
ficado da lei natural.

Logos ­ O Cósmico criador ou energia Divina manifestada como pala­


vra falada. A idéia ou pensamento Divino objetivado pela enunciação
Divina.

235
M

Magia Negra ­ Expressão usada antigamente para indicar as práticas


misteriosas ou métodos secretos, métodos e práticas que atualmente
compreendemos e sabemos terem sido rigorosamente científicos, embo­
ra pouco conhecidos. Hoje em dia, porém, a expressão é usada em
algumas filosofias e pelas mentes ignorantes (e algumas vezes delibera­
damente para amedrontar) e objetiva infundir a idéia de que uma mente
pode colocar em ação determinadas forças da Natureza para provocar
dano a uma outra mente ou corpo a distância. Supõem­se que o espaço
Cósmico entre as duas mentes ou pessoas pode ser utilizado, por uma
delas, para transmitir pensamentos maléficos e destrutivos à outra. Na
verdade, porém, o espaço Cósmico não transmitirá esses pensamentos
destrutivos, e a pessoa que tenta enviá­los ao espaço sofre pela tentativa
e pela criação desses pensamentos que permanecem na consciência. O
único poder da Magia Negra sobre outros é o medo que dela possam
ter.

Magnetismo ­ Todo corpo eletrizado tem aura, e quando essa aura está
ativa forma um campo magnético e a aura é algumas vezes chamada de
"magnetismo". O magnetismo, do ponto de vista puramente elétrico, é
descrito de maneira um tanto diferente; mesmo assim, a lei fundamental
em ação na definição precedente ainda prevalece. O fato de que alguns
minerais são "naturalmente" magnéticos, como o ferro de certa natu­
reza, enquanto que outros podem ser tomados magnéticos indica que o
magnetismo não resulta da estrutura atômica ou molecular da matéria e,
sim, de uma ação elétrica que está­se processando no interior da subs­
tância ou que pode ser provocada na substância. Na ciência que trata da
eletricidade é­nos ensinado como induzir magnetismo em um corpo
metálico, envolvendo­o em urna carga elétrica; isto, porém, ainda mais
ilustra a lei de que o "magnetismo" resulta da ação na aura que circun­
da toda a matéria. Esta aura é fundamentalmente uma parte essencial
do elétron, e a molécula, portanto, tem uma aura que é a mistura das
auras dos elétrons que a compõem. Algumas auras são positivas, outras
receptivas ou repulsivas, e ainda outras alternadas em sua ação. As que
não são passivas provocam uma manifestação que denominamos, na
física, magnetismo, com uma tendência atrativa ou repulsiva, ou pola­
ridade positiva ou negativa.

As células que compõem o corpo humano estão circundadas por


uma aura, e o corpo do Homem também tem aura. Esta aura pode ser
tornada ativa irradiando sua energia magnética, ou passiva e mesmo

236
repulsiva ou receptiva. A mente humana, com o seu controle sobre a
energia elétrica do corpo, é o fator decisivo no processo de excitação da
carga elétrica que leva a aura do corpo humano ao seu poder máximo. A
palavra "mente" é empregada no sentido psíquico.

Matéria ­ Os Rosacruzes investigam a matéria praticamente do mesmo


ponto de vista da física. Divergindo de algumas escolas de metafísica,
sabemos que a matéria é essencial à expressão ou existência neste plano,
que tem seu lugar no esquema das coisas, e que não deve ser negada,
ignorada, humilhada, ou exaltada. Sabemos que a matéria não tem cons­
ciência ou mente independente da consciência ou mente que existe em
todas as formas vivas; e sabemos ainda que a matéria não existe inde­
pendentemente da energia de espírito que a anima. Esse conhecimento
permite­nos colocar a matéria em sua categoria apropriada, e mostra­nos
como utilizá­la para nos servir, ao invés de nos dominar. As leis funda­
mentais a respeito da composição da matéria estão totalmente incluídas
nas monografias dos Primeiro, Segundo e Quarto Graus.

Mente ­ O místico estabelece importante distinção entre cérebro e


mente. O cérebro é o órgão físico para uma parte do funcionamento da
mente, do mesmo modo que os pulmões são órgãos para funcionamento
da respiração. A mente se manifesta através do cérebro, de maneira
considerável, porém não exclusivamente através desse órgão. É possível
à mente funcionar de muitas maneiras, após a remoção do cérebro. Isto
tem sido provado por meio de testes em animais· inferiores. A mente
está dividida em dois campos de atividade, subconsciente e objetivo. O
objetivo está associado com um aspecto subjetivo como, por exemplo,
na memória e na imaginação. Embora seja comum falar desses dois
campos, objetivo e subconsciente, como duas mentes, isto não é correto
em sentido amplo. A mente do Homem é imortal porque é parte da
alma e da personalidade, enquanto que, por outro lado, o cérebro,
como todos os órgãos físicos, é mortal. A mente e a personalidade
continuam a existir após a transição do corpo físico e retêm, como
parte de seus atributos ou equipamento, o completo armazém da me­
mória. O corpo psíquico utiliza o funcionamento subconsciente da
mente como sua consciência essencial; por essa razão, em todo trabalho
psíquico e nas projeções do corpo psíquico a mente subconsciente está
em grande atividade. (Vide Estado semiconsciente.)

Mente Cósmica ­ Refere­se, mais especificamente, à mente ou inteli­


gência que forma uma parte da Consciência Cósmica. É também chama­
da de "Mente Divina".(Compare com Mente Universal.)

237­
Mente Objetiva ­ Mente mundana, mente que funciona em um mundo
material, através de um corpo físico e de maneira egoísta, com o objeti­
vo principal de preservar o veículo físico ou inst.rumento da alma en­
quanto se manifesta no plano terrenal. A mente objetiva deve, necessa­
riamente, ser egoísta em propósito, porém o egoísmo deve ser constru­
tivo em propósitos e princípios. Por "construtivamente egoísta" quere­
mos nos referir ao egoísmo que tende a preservar o corpo e todas as
suas forças e funções no melhor estado possível, para que a alma no
interior do corpo possa, sem obstáculos, cumprir sua missão aqui na
Terra. Ser "construtivamente egoísta" significa que o indivíduo procura
aperfeiçoar­se, em todos os sentidos, para que possa servir e tornar o
mundo um lugar melhor para nele se viver. Esse egoísmo tem a aprova­
ção divina. Para realizar seu propósito e finalidades, ao corpo foi dada
uma mente objetiva que poderia enfrentar, e que enfrentaria, as condi­
ções e problemas puramente mundanos ou da carne. Ser destrutiva­
mente egoísta, contudo, significa que a mente objetiva, nesse caso, está
buscando benefícios para serem usados, não para servir a outros, mas,
principalmente, para servir ao seu próprio Eu.

O propósito e a função da mente objetiva, como já afirmado, é


essencialmente mundano. Sua finalidade é manter o corpo bem nutrido,
em condições normais e capaz de, instantaneamente, dar cumprimento
às exigências da alma, à medida que se expressam através da mente
subconsciente. A mente objetiva, à semelhança do corpo físico, é sub­
serviente ao subconsciente. Sua atribuição é transferir ao subconsciente
as condições mundanas existentes, para que a mente subconsciente seja
orientada quanto à maneira em que deverá expressar os ideais Cósmicos
e Divinos em um mundo material. A mente objetiva atua sobre os cinco
sentidos físicos e suas funções, sobre os atos voluntários, sobre a memó­
ria, sobre o raciocínio indutivo e, finalmente, sobre o raciocínio com­
pleto, demonstrando tudo isso, facilmente, quão importante é no Di­
vino Esquema das Coisas a função da mente objetiva através de um
corpo e cérebro físicos.

Mente Subconsciente ­ A mente no Homem pode não ser apenas uma


mente que se manifesta, às vezes, em dois domínios distintos, ou em
duas fases, porém desde que as manifestações se agrupam em duas
classes distintas chamadas "objetiva" e "subconsciente", tornou­se co­
mum, em psicologia, e especialmente no misticismo, falar da mente
como sendo dual, subconsciente e objetiva. Há determinados aspectos
da consciência objetiva quando introvertida, como a memória e a imagi­
nação, que são chamados "subjetivos". Quanto ao funcionamento das

238
partes da mente, o Estudante deverá se reportar às muitas monografias
de nossos estudos em que são cuidadosamente transmitidos todos os
detalhes.

Mente Uni~rsal ­ Esta expressão é freqüentemente usada para designar


a Mente Cósmica ou a mente que representa a consciência de Deus e
que penetra todo o universo. Não é ela somente a mente de Deus, mas a
consciência e mente de todos os homens vivos, de todos os seres que
vivem no plano terrenal, unidas de maneira a constituir um consenso de
pensamento e mente no qual é registrada toda inspiração, idéia, e ex­
pressão de importância universal e com o qual se pode estabelecer con­
tato, por meio de harmonização apropriada, com essa Mente Universal.

Mestre ­ Termo usado, de várias maneiras, em nosso trabalho, porém


não analisaremos aqui o uso desse vocábulo para designar o Oficial de
uma Loja ou Diretor de um dos Graus do trabalho. De outro modo, o
termo é usado para designar aquele que alcançou determinado grau de
perfeição na evolução ou um alto senso de domínio das leis e princí­
pios. Neste sentido, há Mestres visíveis e invisíveis. Dos classificados
como Mestres visíveis, alguns vivem na carne, no plano terreno, e são
por nós vistos com os sentidos objetivos, físicos, e outros vivem na
carne, neste plano, e podem projetar seu corpo psíquico, pensamentos e
impressões, sem consideração de distância, de modo que seu corpo
psíquíco se torne visível, sob determinadas condições, e sensíveis à
nossa compreensão psíquica, ou objetiva, os seus pensamentos e impres­
sões. Os Mestres Invisíveis, por outro lado, são aqueles que passaram
deste plano para o plano Cósmico, e dali projetam sua personalidade
para o plano psíquico, jamais atuando ou se expressando no plano
terreno até que se reencarnem. Para que possamos perceber esses Mes­
tres, e não vê­los com a visão objetiva, deveremos nos harmonizar com o
plano psíquico em um grau tal que, na ocasião, estejamos atuando, total
e psiquicamente, no plano psíquico (isto é, com o nosso corpo psíqui­
co, enquanto o corpo físico permanece adormecido ou inativo em todo
o seu funcionamento com exceção do aspecto de natureza puramente
física, como quando adormecido, em estado passivo, ou num estado de
meditação profunda) e, nessa ocasião, estabelecer contato com a perso­
nalidade, mente, pensamentos e mensagens das Mentes Invisíveis. Esses
Mestres podem, então, ser "vistos", porém não com a visão objetiva; na
verdade, não se 'trata absolutamente de visão e, sim, de um estado
Cósmico de percepção que interpretamos como visão após recobrarmos
a consciência no plano objetivo, por falta de um termo melhor para

239
descrever a nossa sensação.

O funcionamento total no plano psíquico, por minutos ou horas em


determinada ocasião, conforme se deseje, e o contato com a personali­
dade dos Mestres Invisíveis é uma condição grandemente almejada por
todos os místícos, conseguida por meio de cuidadoso estudo e prepara­
ção, muitos experimentos preliminares e. pureza de propósito. É desse
modo que ª. Iluminação Cósmica ou Consciência Cósmica é alcançada.

Metafísica ­ A busca da realidade ou da natureza final e fundamental


do Ser, e ainda investigação sobre a natureza do conhecimento.

Microcosmo e Macrocosmo ­ Há apenas um universo, um sistema de


leis Cósmicas que controla as forças que se manifestam em todas as
coisas. As coisas são diferentes somente em sua forma e, não, nos prin­
cípios básicos que lhes dão existência. Uma célula do corpo difere de
um planeta apenas em suas particularidades, sua extensão, ou massa e
funcionamento. Ambos estão sujeitos à mesma Ordem Cósmica univer­
sal. Estamos erradamente acostumados a pensar nas chamadas coisas
finitas, coisas que nos pertencem, e em nossa Terra, como se elas consti­
tuissem um mundo, e o infinito um outro mundo. O mundo, todavia,
visto através do microscópio, é o mesmo cosmos visto através do teles­
cópio. O erro da diferenciação deu origem às palavras microcosmo e
macrocosmo. Microcosmo deriva­se das palavras gregas "míkros" que
significa "pequeno", e "kosmes" que significa "mundo"; portanto,
"mundo pequeno". Macrocosmo deriva­se de "makros" que significa
"grande"; portanto "mundo grande" ou universo. Os sábios alertavam
contra este falso pensamento, esta separação dos dois, difundindo o
adágio: "O que está em cima, está em baixo."

Misticismo ­ Percepção, íntima e direta, de Deus ou do Cósmico, atra­


vés do Eu, isto é, pelo domínio do subconsciente. O ideal do misticismo
é a consecução final da união consciente com o Absoluto. O Absoluto,
para os Rosacruzes, é interpretado como o Cósmico ou Mente Uni­
versal.

Molécula ­ (Vide Átomo e Elétron.)

Monoteísmo ­ Concepção de uma única divindade.

Morte ­ O místico não somente considera a morte como inevitável mas


também como elemento necessário no ciclo da existência. A morte e o

­240­
nascimento são sinônimos, nesse sentido, pois a chamada morte é o
nascimento em um outro plano, enquanto que o nascimento é, do
mesmo modo, uma transição. A transição da alma para penetrar num
corpo é considerada, pelo místico, tão extraordinária e cheia de possibi­
lidades desconhecidas, como a transição da alma que abandona um
veículo carnal. Ambas constituem a Grande Experiência. Ambas repre­
sentam urna espécie de Iniciação que possibilita oportunidade para
maior evolução. Portanto, ambas são aguardadas, pela alma, sem tristeza
ou temor. Por outro lado não há "morte", quer consideremos a transi­
ção do ponto de vista material ou espiritual. A matéria é indestrutível;
essa é uma lei fundamental da matéria; ela poderá apenas modificar a
sua forma ou natureza de manifestação, estando, porém, em contínua
mutação, uma outra lei fundamental. A alma é imortal e não pode ser
destruída, diminuída, aumentada, ou de qualquer modo modificada, a
não ser em aquisição de experiência. Após a transição, a parte material
do Homem, o corpo, não cessa de viver, mas, na verdade, continua
ainda vibrando com a energia de espírito, mesmo em sua menor célula.
Por essa razão, o corpo e a alma jamais morrem, e não há morte. (Vide
Nascimento e Cremação.)

Nascimento ­ Misticamente, o nascimento ocorre quando o corpo ani­


mal toma o primeiro Sopro de Vida. O corpo toma­se, então, um Ser
consciente. O nascimento é a fase oposta quando cessa a Respiração (e a
consciência), que é falsamente chamado morte. (Vide Morte.)

Negativo ­ Fase de polaridade que é o complemento do positivo. É a


fase ou condição que recebe os elementos positivos, levando­os à frui­
ção em que o resultado manifestará a união das duas fases da polarida­
de. O negativo é passivo, estático, receptivo, e nutriente, em contradis­
tinção com o positivo, que é ativo, criador e dinâmíco. O negativo
deseja ardentemente o positivo, enquanto que o positivo sente inclina­
ção, um impulso para a união com o negativo, para poder, com a
cooperação do negativo, provocar uma manifestação ou criação. Ne­
nhum deles, por si só, poderá produzir qualquer resultado, pois um
complementa o outro oferecendo o que o outro necessita. A união do
positivo e negativo, sob condições apropriadas, permite a união perfeita
dos dois, quando, então, um terceiro elemento, produto dos dois, é
criado, revelando, de maneira melhor, as características do positivo e do
negativo.

Nervos ­ Podem ser comparados aos fios de um circuito elétrico. São os


canais através dos quais é transmitida a força de energia para a estação

­241­
central, o cérebro. A força transmitida pelo cérebro a todas as partes do
corpo, e que se manifesta como crescimento e ação, é propagada pelos
nervos eferentes, enquanto que os nervos aferentes são usados no rece­
bimento das impressões e informações do mundo exterior que serão de
utilidade para o cérebro no funcionamento e proteção do corpo, para
sua preservação.

A função dos nervos é simples; servem unicamente como canais para


a disseminação da energia de qualquer natureza, do mesmo modo que a
corrente elétrica é enviada, através de fios, da fonde de produção ao
ponto em que deverá se manifestar para fornecer luz, calor, força mo­
triz, etc.

Nous ­ Energia, poder e força, que emana da Fonte de toda a Vida,


possuindo polaridade positiva e negativa, manifestando­a em vibrações
de vários graus de velocidade que, sob determinadas condições e obede­
cendo aos preceitos da lei natural, estabelecem o mundo das formas,
sejam estas visíveis ou invisíveis.

Nous possui, em si mesma, toda as potencialidades, isto é, todas as


manifestações de qualquer espécie lhe são inerentes, incriadas, e aguar­
dam o devido momento, a ocasião precisa, o local exato, para se mani­
festarem como entidades. Nous é a essência da qual provém toda a
Criação. Embora seja a substância, a Divina Substância da qual são
feitas todas as coisas, está, não obstante, sujeita à lei natural.

Nous é vibratória em caráter, dual em natureza, trina em manifes­


tação. Opera através de um sistema de harmônicos, por meio do Tecla­
do Cósmico de oitenta oitavas. Cada oitava representa um número defi­
nido de vibrações de Nous, começando com duas vibrações por segundo
na primeira oitava, e terminando com trilhões de vibrações por segundo
na última oitava.

As oitavas constituem não somente grupos de notas mas grupos de


manifestações. Assim, as dez primeiras oitavas produzem a sensação de
tato e audição, manifestações da ação que pode ser sentida e, mesmo,
vista, e bem assim as do Som. As oitavas seguintes produzem manifesta­
ções diferentes, assim acontecendo em todas as oitenta oitavas do Tecla­
do Cósmico.

Naus, em linguagem mais compreensível, pode ser considerada como


uma combinação de Força Vital e Consciência Cósmica partindo da

­242
Fonte em direção à Terra em forma ondulatória, em uma infinidade de
ondas que se propagam em diferentes graus de velocidade, cada grau
característico de uma fase especial de manifestação. Na parte interna
dessas ondas, propagando­se na mesma velocidade que as ondas, encon­
tram­se as partículas da essência de Nous que, agrupadas de conformi­
dade com combinações numéricas específicas, tornam perceptível toda
espécie de 'criação. É devido à freqüência vibratória de cada onda de
Nous que as próprias massas criadas têm a capacidade de emitir as
vibrações pelas quais se tomam conhecidas e reconhecidas.

Núcleo - Termo usado para designar o ponto focal, o centro de ação, a


fonte de manifestação agregada Este ponto é o coração de qualquer
criação que possui, latente em seu interior, todas as potencialidades de
desenvolvimento comumente usadas com relação à célula. Todavia,
aquilo que com ele tem relação em uma célula, o tem igualmente nas
massas maiores de matéria. O núcleo é dotado de polaridade comple­
mentar à do resto da massa da qual é o ponto central,

No plano terreno o núcleo de uma célula é positivo em polaridade,


embora a parede retentora e o espaço entre os dois sejam negativos. É
devido à qualidade dinâmica, criativa, da polaridade positiva, que se
manifesta a busca, pelo núcleo, de seu negativo complementar para que
o processo da vida possa ser iniciado. Dessa maneira, é obedecida a lei
da atração (tal como foi estabelecida no Princípio dos tempos) e está de
acordo com seus preceitos que seja formado, entre o núcleo e 'a perife­
ria, o campo de operação no qual a condição de tensão existente entre
as duas polaridades possa ser utilizada na criação. Este campo é conheci­
do como campo magnético e é, na verdade, o ponto de união ou agre­
gação das duas polaridades.

No plano imaterial os elementos estão em ordem inversa, isto é, o


núcleo tem polaridade negativa e a parede exterior e partes próximas,
polaridade positiva, sendo, porém o mesmo o modos operandi para as
células, simples ou coletivas, em ambos os planos.

O núcleo possui em seu interior todos os elementos, em estado


latente, aguardando as condições adequadas para o despertar, e necessá­
rias ao desenvolvimento, assimilação e reprodução da célula. Ele crista­
lizou, em seu interior, todas as características das uniões anteriores em
gerações passadas, e em cada manifestação sucessiva acrescenta as ca­
racterísticas adicionais da união atual criando, desse modo, as condições
e qualidades da hereditariedade. Esta união do núcleo com a polaridade

­243­
complementar do campo de manifestação, cada um deles com seus
traços inerentes e adquiridos e sua inevitável união, é que torna possível
a evolução.

o
Objetivo ­ Peréepção da exterioridade ou consciência do mundo exte­
rior.

Ocultismo ­ No sentido popular, o ocultismo é considerado como um


sistema de métodos ocultos, de práticas estranhas, por meio do qual
pode o Homem dispor dos meios para obter poderes inexplicáveis com
os quais poderá fazer ou conseguir, praticamente, tudo. Essa concepção
popular é a de que o ocultista é capaz de provocar fenômenos que a
média dos mortais jamais poderia experimentar. Conseqüentemente, su­
põe­se que o ocultismo inclui assuntos como: Magia, prodígios, milagres
e experiências estáticas religiosas, como a teofania e a epifania.

Além do ocultismo em geral, na forma em que é concebido pelo


homem comum, há o que é conhecido como ciências ocultas. Estas,
abrangem os assuntos e pontos de conhecimento que pertencem ao
campo científico, mas que, não obstante, foram, e muitos ainda o são,
erroneamente considerados pela religião e pela ciência ortodoxa ou
mundana como absurdos.

A color­terapia é um assunto que vem, há longo tempo, sendo consi­


derado pelos ocultistas. Afirma­se que a cor afeta as emoções humanas e
exerce influência positiva com relação à saúde, estados d'alma, e rea­
ções. Todavia, a color­terapia foi considerada, pelo mundo científico,
como uma superstição oculta! Atualmente, a color­terapia constitui um
campo de investigação psicológica pela medicina.

O ocultismo afirma que o Homem possui poderes sublimes que estão


além do nível de sua consciência normal, dos quais de modo geral não
se apercebe, e que são tanto parte de seu Ser como a visão, a audição,
ou sua capacidade para falar. O ocultismo afirma ainda que quaisquer
que sejam as realizações mundanas do Homem, como resultado da utili­
zação do seu poder material, objetivo, elas poderão ser grandemente
ampliadas se ele simplesmente recorrer ao uso das faculdades interiores,
desconhecidas, que estão sempre ao seu dispor.

Onipotente ­ Que tem poder ilimitado. Termo usado para se referir aos

­244­
poderes de Deus e do Cósmico. Esse poder, todavia, sem limites como é,
está sujeito às leis Cósmicas ou universais, conforme estabelecidas no
Princípio. Embora possa parecer que a onipotência é, portanto, dimi­
nuída, é ela, ao contrário, aumentada ou reforçada, pois pela observân­
cia de suas próprias leis nada é impossível. A observância dessas leis
assegura o si,stema e a harmonia, o plano de números, a paz que cria a
onipotência. Assim, pode ser apropriadamente afirmado que Deus é
onipotente porque, em Sua Sabedoria, criou as leis e princípios não
apenas para a Sua Criação mas para Si Mesmo, observância essa que
confere onipotência.

Ontologia ­ Estudo da natureza fundamental da realidade. É a verda­


deira ciência de todo o Ser. Em perfeita concordância com esta defini­
ção e com o padrão que ela encerra, estão os ensinamentos da AMORC.
Somente as leis e princípios podem auxiliar a humanidade a solucionar
todos os problemas que sejam universais, em caráter e aplicação. Estes
devem estar baseados nas verdades e ideais divinos, não com a idéia de
fazer santarrões na humanidade, mas de tomá­la NORMAL. Essas leis e
princípios, por serem simples e objetivos, são facilmente demonstráveis
para satisfazer a qualquer pessoa que queira despender tempo para com­
prová­los. Eles atuam na vida diária de cada indivíduo. Quando observa­
dos, promovem a felicidade, o sucesso, e o êxtase. Quando desprezados,
deliberadamente ou por ignorância, permitem a manifestação da infeli­
cidade, do fracasso e do desespero, não com o propósito de punir com
espírito retaliativo, mas unicamente com o objetivo de ensinar a obe­
decer essas leis, princípios e decretos imutáveis.

Pode parecer estranho, para o leitor desatento, que o estudo da lei


das vibrações, com suas aparentes ramificações intermináveis, nos deve­
ria dar o conhecimento por meio do qual pudéssemos solucionar proble­
mas econômicos, sociais, éticos e religiosos, e, não obstante, é isso
precisamente o que ela faz, pois as leis universais operam de maneira e
em grau idêntico em todos os planos da Criação, sob todas as condições.

Pode parecer ainda mais estranho que, pelo estudo das leis universais
e naturais conforme se manifestam e prevalecem no mundo puramente
material, a humanidade deveria saber como operam e se manifestam elas
no mundo imaterial, no mundo espiritual, e, não obstante, é isso que o
estudo realmente faz. Pelo estudo de tudo que diz respeito ao mundo
VISÍVEL, pelo reconhecimento das leis que nele prevalecem, aprenden­
do como fazer uso dessas leis e como colocá­las em ação, e se o altruís­
mo for o motivo que gerou o propósito, o mundo INVISÍVEL se tor­

24.5 ­
nará não somente compreensível mas tão intimamente conhecido e
palpável quanto o VISÍVEL. Aprendendo como utilizar as leis naturais,
universais, para transmutação das condições e coisas materiais, físicas, a
humanidade poderá aprender a transmutar as condições desfavoráveis,
de qualquer· espécie. A ontologia ensina o que são as leis universais e
naturais. Ensina como usá­las na transmutação das condições destrutivas
em construtivas. Ensina ainda que aquilo que é dominado com relação
às coisas puramente materiais, poderá ser usado, se o propósito estiver
de acordo com a Ética Divina, para espiritualizar o puramente mundano
e levá­lo ao plano mais sublime para manifestação. A ontologia ensina,
além disso, não apenas o domínio das forças físicas e Cósmicas mas
também a questão mais difícil, o domínio do Eu, dando a cada indiví­
duo a mescla correta dos traços humildes, nobres e magnéticos que
caracterizam a MAESTRIA onde quer que possa ser encontrada. Ela
isso dá por meio do CONHECIMENTO.

Oração ­ Petição, súplica ou apelo; dirigido geralmente ao Criador,


para atendimento de algum pedido especial. Em muitos casos, as Leis e
Princípios Divinos relacionados com o atendimento da prece são com­
pletamente ignorados ou esquecidos pelo suplicante. Não obstante, nem
a negligência, nem a ignorância, nem a obstinação poderão revogá­losou
diminuir, uma fração sequer, de sua eficácia ou restringir sua operação.
Deus, em Sua Sabedoria, decretou e estabeleceu determinadas leis para
operação universal para que houvesse sistema e ordem no mundo. Essas
leis são aplicáveis a todos e não podem ser violadas; portanto, qualquer
prece que não satisfaça às exigências dessas leis não será atendida, pois
caso Deus pudesse ou quisesse atender a todas as preces, a despeito de
seus motivos e finalidades, adviria o caos.

O místico bem sabe que, caso tenha de pedir algo, deverá basear sua
prece naquilo que estiver conforme com os Ideais Divinos. Ele, portan­
to, pede primeiramente, não que sua prece seja atendida, que sua súpli­
ca, em um mundo cheio de súplicas, seja escolhida para atendimento,
mas que ele receba Luz e compreensão das leis relacionadas com a
satisfação das preces e das conseqüências que decorrem do seu atendi­
mento. Em seguida, o místico assegura­sede que sua prece é altruística.
Não é necessário que ela seja totalmente altruística, porém deve ser
pelo menos cinqüenta por cento desse gênero, como no caso de solicitar
benefícios e bênçãos para nós mesmos. É justo que peçamos essas coi­
sas, quando as desejarmos, para que fiquemos em melhor situação para
servir a outros.

246
Tendo pedido compreensão das leis e Decretos Divinos, tendo pedi­
do que nos seja mostrado se é justo que a nossa prece seja expressada, e
tendo certeza de que nossa prece é, em última análise, altruística em
natureza e propósito, formularemos então a prece com um sentimento
de confiança. Este sentimento de confiança não é impossível, pois,
desde que a nossa prece é formulada em harmonia com o esquema
divino, satisfaz às exigências das Leis, e está baseada no altruísmo,
verificamos que nada há para nos impedir de abrigar o sentimento de
que alcançaremos o objetivo do nosso pedido.visto que estamos fazendo
tudo que é possível para satisfação dos requisitos impostos. E, assim,
tendo experimentado o sentimento de confiança e sabendo que nossa
prece será atendida, expressamos agradecimentos pelo atendimento,
pois, espiritualmente, ela JÁ foi atendida nessas circunstâncias.

Pelo que foi dito, pode não se tornar aparente por que as preces não
são muitas vezes atendidas. Deus, em sua misericórdia, recusa­se em
atender às nossas .súplicas sabendo quão grandes seriam as penalidades,
para nós, pudesse Ele, ou quisesse Ele revogar Suas próprias leis para
atender às nossas preces, angustiante como pudesse ser a necessidade,
do nosso ponto de vista humano. Todavia, é atendida a prece que
satisfaça às exigências e padrões do Criador, porque se trata de uma
prece que, quando atendida, contribuirá para o bem geral, não, somen­
te, do indivíduo, mas do maior número. Uma outra característica mara­
vilhosa, como conseqüência de formular a prece de conformidade com
os Princípios Divinos, é que a maneira, os meios e modos de atendimen­
to da prece nos são indicados e começamos a demonstrar que Deus
ajuda àqueles que ajudam a si mesmos.

Panteísmo ­ O conceito de que Deus é inerente a todas as coisas.

Parapsicologia ­ Literalmente, significa um campo de pesquisas contí­


guo ou próximo da psicologia. Interessa­se por questões como: Per­
cepção extra­sensorial, telepatia, telequinese e fenômenos da pesquisa
psíquica. É positivamente um caminho, empírico ou científico, para
esses fenômenos.

Percepção ­ Faculdade da mente objetiva que obtém conhecimento


através das cinco faculdades e sentidos objetivos. É o processo de aqui­
sição da infinidade de fatos, de natureza material ou mundana, que
chega a constituir a soma total do nosso conhecimento objetivo após

247
terem esses fatos sido classificados por um outro processo da atividade
mental.

Personalidade ­ Para os Rosacruzes, em contradistinção à índívídualí­


dade, é a manifestação que distingue o caráter, com suas qualidades
peculiares e inatas, e que revela ou estabelece a identidade de qualquer
entidade. A pers6nalidade pertence ao Homem Interior, à Alma, ao Ser
Psíquico ou Divino que habita no interior do corpo físico e expressa o
caráter que a alma desenvolveu através dos períodos de tempo, desde a
hora de sua criação como alma. A personalidade revela tudo que foi
acumulado através de incontáveis experiências, e absorvido como parte
de sua própria essência de expressão. Demonstra todas as qualidades
que foram adotadas pela alma como suas características peculiares ou
marcos, por assim dizer. Desse modo, há inúmeros estágios de persona­
lidade, de conformidade com a evolução de cada indivíduo. É devido à
personalidade da alma,que determinados atos que são praticados são
por nós reconhecidos como sendo os de uma personalidade particular
qualquer. A personalidade revela a verdadeira identidade psíquica de
cada membro da raça humana.

Por outro lado, a individualidade refere­se à parte transitória e mor·


tal do Homem. Embora seja verdade que a individualidade representa
aquilo que não deve e não pode ser separado, este termo se aplica, não à
alma, que não pode ser separada do seu Criador, mas ao indivíduo
objetivo que possui um corpo composto de unidades que não podem e
não devem ser divididas ou separadas uma das outras, sem destruir a
manifestação objetiva. A individualidade é, essencialmente, terrena e
material, porque sua finalidade na vida é a de funcionar no plano mun­
dano. A personalidade é, essencialmente, imaterial e incorpórea, porque
sua finalidade é a de funcionar no plano imaterial. As duas, personalí­
dade e individualidade, ou o psíquico e o mundano, o imaterial e o
material, trabalhando em harmonia, revelam uma entidade reconhecida,
através de sua individualidade e personalidade, ao se expressar na vida
cotidiana. (Vide Reencarnação e também Personalidade­alma.)

Personalidade da alma ­ A personalidade é o Eu, e o Eu é uma expres­


são da alma no interior do corpo do Homem. A alma se esforça para
manifestar sua natureza divina e qualidades Cósmicas através da cons­
ciência objetiva do Homem. Na proporção em que o Homem se toma
consciente de sua essência divina, sua alma, nessa mesma proporção o
Eu, ou personalidade, com ela se identifica. A personalidade, portanto,
é a manifestação objetiva da reação do indivíduo ao segmento insepa­

­248
rável da alma universal com que o Homem está infundido. À medida
que o Homem eleva sua consciência objetiva e se torna mais sensitivo às
influências de sua própria alma, mais a sua conduta, os seus pensamen­
tos, chegam a representar a natureza espiritual da alma. A alma é a
essência perfeita, no Homem, pois é parte da essência da Alma Universal
que flui através de todos os homens, da mesma maneira. É a persona­
lidade, portanto, que o Homem deve gradualmente evoluir. Esta evolu­
ção consiste em fazer com que a personalidade se identifique, absolu­
tamente, com a natureza da Alma, para expressar, objetivamente, todas
as qualidades espirituais interiores. (Vide, também,Alma e Personali­
dade.)

Pineal e Pituitária(Glândulas) ­ Em sua finalidade fisiológica, relacio­


nam­se com a regularidade de várias funções do corpo como, por exem­
plo, a circulação do sangue, o desenvolvimento dos ossos e tecidos e o
desenvolvimento das funções sexuais e emocionais. Atuam, essencial­
mente, nesse sentido, como controladoras. No sentido psíquico, são
transformadores trazendo à percepção objetiva as vibrações excessiva­
mente rápidas que provêm dos planos espiritual e psíquico, ou aceleran­
do as vibrações, mais lentas, de natureza material, para que possam ser
percebidas no plano imaterial. Por uma série de exercícios, podem ser
levadas ao padrão de funcionamento decretado pelo Criador e que, de
modo geral, não tem­se manifestado durante muitas eras. É uma das
fases do trabalho do misticismo permitir ao buscador sincero e dedicado
da Luz, do Conhecimento e do Poder, o privilégio e meios de colocar
essas glândulas de importância excepcional, em funcionamento normal.
Essa pessoa terá entre outras faculdades as da clarividência e da profe­
cia. Qualquer compêndio sobre fisiologia ou anatomia dará a descrição
dessas glândulas, além de suas funções e papel na atividade fisiológica.
Este assunto será encontrado sob o título de "Glândulas ENDÓCRI­
NAS"; todavia, a descrição dessas mesmas glândulas, com seu papel e
função nas atividades psíquicas do Homem, NÃO será encontrada em
qualquer livro, não sendo também ministrado conhecimento a esse res­
peito ao buscador desatento, por simples solicitação. Essas glândulas
têm importância tão grande na parte espiritual da existência, que devem
ser lentamente desenvolvidas, para que sua normalidade original seja
restaurada.

Plano Astral ­ O Plano Cósmico, etéreo, Divino. Os Rosacruzes reco­


nhecem apenas dois planos de existência: O plano material ou munda­
no, onde vivemos com consciência objetiva e subjetiva, e um outro
plano que está além do material, quer chamemos a esse plano de Astral,

­249­
Psíquico, Cósmico, ou da maneira que melhor expresse a nossa con­
cepção; é o plano em que funciona a Alma do Homem, liberta­o das
limitações do corpo, e onde a mente subconsciente do Homem funcio­
na, às vezes, independentemente da mente objetiva.

Plano Psíquico ;­ O Plano ou condição da Organização Divina que foi


criado pela Mente Divina como lugar de reunião e campo de ação para o
corpo psíquico dos habitantes dos planos Cósmicos (onde vivem somen­
te aqueles que estão libertos do funcionamento em corpo físico) e
terreno, onde podem­se encontrar para benefício mútuo. É nesse plano
que podemos estabelecer contato com os nossos entes queridos que se
libertaram do corpo físico. É aí que nossos pensamentos, esperanças,
planos e pedidos são projetados com a nossa personalidade. É aí que,
como resposta, recebemos a inspiração, os conselhos, a orientação e a
iluminação que estamos buscando quando apelamos para aqueles que
pensamos estar melhor capacitados e prontos a nos atender. É aí tam­
bém que realizamos o nosso trabalho psíquico como contribuição para
o soerguimento da humanidade. Este plano poderá ser alcançado, em
qualquer ocasião, desde que os propósitos sejam puros e nobres.

Plástico ­ Refere­se àquilo que é dotado de todas as possibilidades, mas


que não tem forma ou expressão definida e característica. É plástico
tudo aquilo que permite moldagem ou forma.de acordo com as idéias
do modelista.

Plexo Solar ­ Um dos mais importantes grupos de certo número de


pequenos plexos que formam o maior plexo do corpo humano localiza­
do no centro do abdomem. Seu funcionamento objetivo, ou físico, é
muito importante, porém muito mais importante é o seu funcionamen­
to psíquico ou simpático. Acreditavam os antigos que este plexo era o
centro da Alma no Homem, como o sol é o centro do mundo solar; daí,
o seu nome. Muitos sistemas da chamada instrução mística pretendem
nos ensinar como utilizar o plexo solar para alcançar determinados
resultados, porém necessários se tomam muitos anos de cuidadoso de­
senvolvimento desse plexo para torná­lo de valor real no verdadeiro
trabalho místico.

Polaridade ­ Predominância de uma ou da outra fase da força elétrica


ou magnética produzida por qualquer manifestação criada, e que lhe
confere caráter distinto positivo ou negativo. Isto contraria a compreen­
são comumente aceita do termo "polaridade", que é definido como
aquilo que tem dois pólos. É a qualidade de ter, ainda, mais de uma das

­ 250
fases do que da outra daquilo que se encontra nos pólos. Isto se aplica a
todas as formas e espécies da criação, pois cada uma tem sua polaridade
individual e característica pela qual é distinguida das demais manifesta­
ções da sua própria e de outras espécies. Nisto poderá ser encontrada
uma chave para a explicação da personalidade, seu poder de atração e
repulsão; ao se pensar na polaridade com relação à humanidade.

Politeísmo ­ Conceito da pluralidade de Deuses.

Postulante ­ Candidato a uma escola filosófica, religiosa, mística ou


iniciática. Aquele que pede mais conhecimento ou iluminação e assu­
me, em troca do mesmo, certas obrigações. Aquele que passou pelos
Graus elementares, ou de Neófito, dos ensinamentos Rosacruzes é cha­
mado postulante. É, portanto, um peticionário ou candidato aos ensina­
mentos mais adiantados da Ordem.

Potencial ­ Refere­se ao estado ou condição de qualquer coisa que não


esteja em um estado ativo. É uma condição estática, e não cinética. Está
latente, aguardando o toque que a transmutará da condição inativa para
a ativa, ou dinâmica. Qualquer condição potencial tem cristalizada, em
seu interior, todas rui qualidades e características necessárias ao estado
de manifestação cinética ou ativa. Ao estado potencial nada falta que
não teria no estado ativo. Sua inatividade é tudo que caracteriza essa
condição. Isto está em contradistinção com a condição que carece da­
quilo que é essencial ao seu estado ativo.

Projeção ­ Não é somente o ato de lançar, à vontade, no plano psíqui­


co, o corpo psíquico do Homem com toda a sua consciência, mente,
poderes e funções mas, também, a libertação do corpo psíquico das
limitações de tempo e espaço e outras condições restringentes e limitati­
vas. As projeções são feitas com a finalidade de estabelecer contato com
aqueles que desejamos auxiliar, ou aqueles pelos quais queremos ser
assistidos e inspirados.

As projeções são dotadas de todos os traços distintos, características


e maneirismos que distinguem a personalidade de qualquer entidade. As
projeções revestem­se das seguintes marcas características: Traços desen­
volvidos através das encarnações, que tornam as projeções reconhecíveis
em qualquer parte, em qualquer ocasião, por essas mesmas característi­
cas, pelo fato de serem imortais a alma e o corpo psíquico.

As projeções são dotadas de cinco sentidos e faculdades psíquicas

251
que permitem sua percepção e expressão, psiquicamente, da mesma
maneira que os cinco sentidos e faculdades objetivas permitem à indivi­
dualidade objetiva e física o tomar­se consciente das condições e cir­
cunstâncias. As projeções são controladas e orientadas pela alma, e
impregnadas com os ideais e esperanças da alma. Naturalmente, ao co­
mungar com o 90rpo psíquico, ou mente subconsciente de outros, a
projeção agirá de perfeito acordo com o código ético característico de
sua alma.

Tão fortes são os poderes da alma, e tão potentes suas maneiras para
se tornar percebida, que para aqueles que podem ver, ouvir e sentir,
psiquicamente, a alma é reconhecida, por sua projeção, tão fácil e com­
pletamente como é um corpo físico, ou manifestação, reconhecido por
um outro corpo físico. Isto é mais comumente realizado durante o
sono; todavia, pode ser feito, à vontade, por aqueles que estiverem
treinados para fazê­lo, treinados para libertar o corpo psíquico, manifes­
tando­se em qualquer lugar específico, em qualquer ocasião definida,
para um propósito particular. A percepção do corpo psíquico em uma
projeção e sua identificação com a personalidade de qualquer entidade
é, também, questão de treino. Ambos esses privilégios e poderes cons­
tituem parte das prerrogativas do Homem.

Pronaos ­ O vestíbulo, ou pórtico, da entrada do Templo.

Psicologia ­ Do ponto de vista comum, é a ciência da mente ou a


ciência que trata da análise das leis da relação e condições dos fenôme­
nos mentais. Do ponto de vista Rosacruz, é mais do que isso: É a ciência
que trata da alma, seus atributos, mente, consciência e sua finalidade,
localização e funcionamento, assim como de sua influência em nossa
vida com respeito aos hábitos, sua formação, adoção, rejeição ou trans­
mutação, da ação e interação das duas fases da mente, a objetiva in­
cluindo sua fase subjetiva, e a subconsciente, e muitos outros aspectos
da existência psíquica e mental.

Psíquico ­ Em nossas experiências físicas, como no caso de coisas vistas


ou ouvidas, por exemplo, podem estar muitas vezes incluídos fenôme­
nos cujas causas físicas não são aparentes e que, na ocasião, são inexpli­
cáveis. Desde que o Homem dividiu as causas de sua experiência entre as
que têm origem física e as que têm origem direta, divina, acostumou­se
a atribuir esses fenômenos misteriosos ao divino, ou a eles se refere
como sendo psíquicos, significando, com isso, que eles partilham da
qualidade da alma do Homem. A alma tomou­se, desse modo, o reposi­

­252­
tório para todas as qualidades indeterminadas da natureza do Homem.

A palavra grega antiga para alma era psyche. Na antiguidade, e mes­


mo até a época da moderna filosofia que começou com Descartes,
muitos dos atributos do Homem que agora são positivamente associados
com o funcionamento orgânico da mente, cérebro e sistema nervoso,
eram atribuídos à Alma ou à natureza psíquica. Os processos psicoló­
gicos, como o raciocínio e as emoções, eram proclamados como sendo
psíquicos no sentido de pertencerem à essência divina do Homem.

O místico verdadeiro não estabelece distinção entre o físico, ou


material, e o divino, no que se relaciona com a essência e fonte. Toda
manifestação tem origem divina, no sentido de que é a conseqüencia da
Mente e ordem Divina. Aquilo que está além do alcance de nossos
sentidos físicos, que penetra no infinito como Eu, e é aparentemente
inexplicável, caracteriza­se como divino e psíquico. É dever do Homem
transmutar tanto quanto possível do psíquico, daquilo que ele agora
relega exclusivamente ao divino, para o reino do físico, para o mundo
da existência diária. Os Rosacruzes recomendam descobrir o psíquico,
as potencialidades infinitas de seu Ser, convertendo­as em princípios
que ampliarão a existência objetiva. Desde que tudo é basicamente
divino, nada poderá ser contaminado pelo fato de ser trazido para o
reino da existência física. Afinal de contas, muito do que é hoje chama­
do de psíquico tomar­se­á, amanhã, material, não em relação ao todo
Cósmico do qual faz parte, mas em nossa capacidade de utilizá­lo em
nossa vida cotidiana.

Quarta Dimensão ­ Do ponto de vista Rosacruz, nada há de misterioso


a respeito da quarta dimensão. Dois pontos devem ser lembrados: É
uma dimensão, e a quarta. As outras três dimensões são: comprimento,
largura e espessura. Cada uma destas é expressada por números, inteiros,
frações ou decimais. Cada uma destas três dimensões, quando expressa­
da em números, auxilia­nos a ter compreensão objetiva de algum atribu­
to das coisas a que se refere. Podemos escrever no papel os algarismos 4'
x 3" x 2". Imediatamente sabemos que qualquer que seja a coisa, tem
ela quatro pés de comprimento, três polegadas de largura, e duas polega­
das de espessura. A despeito de quão irregular, na forma, a coisa possa
ser, podemos mentalmente formá­la ou expressar sua forma em núme­
ros e, por meio destes, realmente traçar no papel um diagrama de sua
forma. (Observe os desenhos e diagramas complicados e, não obstante,

253­
exatos, das partes de maquinaria, elementos arquitetônicos, etc., que se
pode expressar com números.) Inteligentemente como essas três dimen­
sões expressam determinada coisa à nossa consciência, faltam ainda
elementos essenciais na expressão, um ou mais atributos ou qualidades
estão faltando.

Qual a natureza da coisa acima referida, que mede 4' x 3" x 2"? É
de madeira, ferro, ou pedra? Qual o seu peso e cor? É dura ou mole?
Afirmamos que todas essas perguntas podem ser respondidas pela ex­
pressão da quarta dimensão, expressando­a em números como são ex­
pressadas as outras três. Nete caso, como um exemplo, os números
4'x3"x2/12.0147 significam que a coisa a que se referem é um pedaço
de mogno sul­americano (não outra qualquer espécie) com cor equiva­
lente a determinada linha do espectro solar, e tendo uma gravidade
específica, um determinado grau de dureza, força de tensão, etc. Com
as três primeiras dimensões, e conhecendo a gravidade específica, po­
der­se­ia estabelecer o peso exato do pedaço de madeira, com aproxima­
ção de uma grama, no caso de estarem corretas as três primeiras dimen­
sões. Por outro lado, os algarismos: 6'x7'x? /12006.042 significariam
que a coisa a que se referem é uma nuvem de um azul acinzentado, de
determinada densidade ou opacidade, porém, de espessura desconhe­
cida, que cobre uma área de seis por sete pés, formada por energia
Cósmica de alta freqüência de vibrações, tão balanceada no espaço de
modo a poder ser facilmente controlada (movimentada) pela energia
mental. (Os Membros dos Oitavo e Nono Graus compreenderão isto.)
Por meio da quarta dimensão (é de um dicionário com todos os núme­
ros) poder­se­ia facilmente expressar a natureza e atributos de todas as
coisas que se manifestam no plano objetivo. Do mesmo modo, seria
uma pessoa capaz de determinar qual a quarta dimensão que neutrali­
zaria ou se combinaria com uma outra.

A quarta dimensão é nada mais nada menos do que a freqüência das


vibrações eletrônicas. Todas as qualidades e atributos manifestados por
todas as coisas materiais decorrem dessa freqüência. De um outro ponto
de vista, a quarta dimensão deveria ser realmente a primeira. É ela a
projeção, do plano Cósmico para o plano mundano, material, da mani­
festação de todas as coisas materiais. Essa projeção é a primeira fase da
manifestação. A união dos elétrons e átomos e, desta, à formação mole­
cular, constitui a primeira fase da criação no mundo material da objeti­
vidade. O passo ou fase seguinte é a limitação, ou forma, causada pelas
leis naturais ou pelos desejos e trabalho manual do Homem. Por essa
razão, as três dimensões de comprimento, largura e espessura devem

­254­
obedecer às dimensões da projeção objetiva, que é um termo mais corre­
to para a quarta dimensão. Os místicos verão agora por que a quarta
dimensão, em sua verdadeira natureza, tem sempre interessado aos filó­
sofos, era uma das leis cuidadosamente estudadas e utilizadas pelos
alquimistas da antiguidade, e por que os místicos evoluídos, da atualida­
de, usam a lt;i em muitas manifestações raras.

Realidade ­ Os Rosacruzes fazem distinção muito positiva entre reali­


dades e atualidades. Conforme afirmado sob o tópico ATUAL, as atuali­
dades da vida são as coisas que se conformam às leis da sensibilidade da
mente objetiva. Por outro lado, as realidades são coisas reais para a
subconsciência ou consciência psíquica, a despeito da falta de atualida­
de. Podemos facilmente selecionar, entre nossas próprias experiências,
muitos casos de percepção de realidades que são coisas reais para a
subconsciência ou consciência psíquica, a despeito da falta de atuali­
dade. Podemos facilmente selecionar, entre nossas próprias experiên­
cias, muitos casos de percepção de realidades que não tinham atualidade
no mundo puramente objetivo, e há milhares de atualidades neste estra­
nho mundo que, até o presente, não trouxeram realização ou criaram
realidade em nossa consciência. O ponto importante para os verdadeiros
místicos, contudo, é que somos afetados tanto pelas atualidades como
pelas realidades, porém como organismos individuais o que mais nos
preocupa é a realização das coisas. No que se relaciona com a nossa
consciência, são as realidades que nos afetam, a nossa realização das
coisas, sejam atuais ou não. Portanto, místicamente vivemos no mundo
das realidades, ou da realização, e qualquer coisa ou qualquer estímulo,
impulso, desejo ou inspiração que provoque uma compreensão em nossa
consciência estará nos afetando. Poderá não afetar a todos, poderá afe­
tar apenas a um de nós, porém, para a pessoa afetada,uma realidade da
consciência é tão atual como uma coisa material do mundo objetivo.
(Vide Atual.)

Reencarnação ­ A doutrina Rosacruz da reencarnação é única, em


alguns aspectos e, não obstante, representa a doutrina religiosa ou ética
mais universalmente aceita, no mundo contemporâneo, do que qualquer
outra porque não é sectária e, sim, compreensível e reveladora. Em
síntese, afirma que a alma do Homem, uma Essência Divina, tem como
atributo uma memória e consciência que constitui a personalidade do
Eu individual. Esta personalidade é imortal, como o é a Essência de
Alma. Esta, é inseparável da Essência universal Cósmica ou Divina, uma

­255
parte da qual habita em cada Ser durante uma encarnação terrena. A
personalidade é, contudo, distinta e única em cada Ser. Esta personali­
dade se manifesta no corpo humano durante sua vida terrena como o
Eu ou caráter da pessoa e, ·na transição, demanda e penetra no Plano
Cósmico juntamente com a Essência de Alma. Ali permanece até a
ocasião própria para uma outra encarnação, com a Essência de Alma,
em um outro corpo físico, para maiores e diferentes experiências terre­
nas que são. adicionadas à memória da Personalidade, ali permanecendo
intatas como conhecimento e sabedoria acumulados do Eu interior. A
personalidade permanece consciente de si mesma, no Plano Cósmico, da
mesma forma que o era no plano terreno, e pode levar a efeito manifes­
tações psíquicas de si mesma, mais facilmente do Plano Cósmico do que
poderia fazer do plano terreno. Cada personalidade pode encarnar mui­
tas vezes, sendo o limite desconhecido. Os Rosacruzes sabem que a
personalidade jamais retroage ou penetra no corpo de animais inferio­
res, porém, ocasionalmente, penetra no corpo de um sexo diferente. (A
reencarnação não deve ser confundida com a transmigração.)

Religião ­ O conhecimento de Deus e dos desígnios de Deus leva a uma


verdadeira devoção religiosa por parte dos Rosacruzes, e o místico é
sempre um verdadeiro estudante da teologia essencial. Todavia, além de
se unir às igrejas sectarias para auxiliar no grande trabalho que estão
realizando, o Rosacruz é liberal e tolerante em sua religião e vê Deus em
todas as coisas e em todas as Suas criaturas.

Sabedoria ­ Bem distinta do conhecimento é a compreensão ou capa­


cidade de aplicar o conhecimento. Este é um acúmulo de idéias parti­
culares, ao passo que a sabedoria é o julgamento na aplicação do conhe­
cimento obtido. A sabedoria pode provocar a rejeição de determinado
conhecimento anteriormente adquirido.

Saúde ­ (Vide Doença.)

Serviço Fúnebre ­ O serviço fúnebre Rosacruz é, em seu significado,


uma cerimônia de celebração em cuja ocasião aqueles que estiverem à
volta do corpo do Frater ou da Sóror poderão tomar parte num signifi­
cativo ritual da passagem pela Grande Iniciação de uma pessoa que não
mais está limitada pelo trabalho da Ordem em sua forma material, neste
plano. O púrpura, e não o preto, é usado para expressar a santidade da
ocasião (isto é, quando forem usadas decorações ou cortinas no Templo
ou no Lar) As flores são usadas para expressar as belezas da vida. É
manifestado pezar apenas pela ausência do Membro do contato pessoal

256­
que muitas vezes desfrutou no passado. A Cerimônia de Templo deve
ser realizada depois do meio­dia (quando o sol caminha para o Oeste) e
a hora ideal é tarde à noite, de modo que o serviço possa terminar cerca
da meia­noite e o corpo permanecer no Templo (diante do Altar no
Este) até o nascer do sol na manhã seguinte, quando poderá ser levado
para o túmulq, de preferência para um lugar de cremação (Vide Cre­
mação). ·
Podem ser convidadas, para o serviço, pessoas que não sejam Mem­
bros da Ordem, e os amigos e membros da família devem estar sentados
em lugar especial, ao nordeste do Templo. A regra é que o cerimonial
R.C. deve ser a última cerimônia realizada; se houver alguma outra
cerimônia de organização religiosa ou fraternal, deverá preceder ao Ser­
viço R.C. Uma outra regra estipula que o finado deve ser Membro ativo
da Ordem Rosacruz na ocasião de sua transição ou, se inativo, somente
devido a circunstâncias fora de seu controle. Em nenhuma circunstância
será este serviço realizado para pessoa não afiliada, a despeito do fato de
poder ser ela parente de um Membro. Uma das partes mais lindas da
cerimônia tem lugar após a abertura do serviço, quando, com prece
especial e alguns outros atos, o Mestre do Templo permite ao Guardião
do Templo que o Frater ou Sóror freqüentava, colocar­se ao lado do
corpo e retirar do avental da Loja (que está sobre o corpo) a Rosa,
enquanto diz estas palavras:
"Do nosso convívio, partiu uma expressão da Alma que amamos.
Através do Umbral Cósmico passou um outro Iniciado para o Templo
de Deus. Nesse Templo, onde há graus de compreensão, graus de evolu­
ção, ciclos de progresso, e, depois, o Sublime Grau de Perfeição, tu, que
partes, serás um dos Divinos Illuminati e freqüentarás, uma vez mais, a
Escola da Experiência, onde desfrutaremos novamente de teu nobre e
afetuoso companheirismo. Nesta Iniciação terrena, a Rosa e a Cruz te
foram dadas por meio deste avental, para ser usado como símbolo de
tua disposição para servir à humanidade. Teu corpo e personalidade
foram protegidos pela Rosa e pela Cruz. Em tua iniciação Divina não
terás necessidade da Cruz, pois suportaste bem tua Cruz e Deus colo­
cou­a de parte; a Rosa, porém, com todo o seu encanto e desenvolvi­
mento perfeito, contigo permanecerá como símbolo do despertar de tua
experiência anímica. Para isto simbolizar, eu, Guardião do Templo
terreno do teu trabalho, retiro de teu avental a Rosa e nas mãos do teu
corpo terreno coloco uma outra rosa cheia de Vida, Fragrância e Pu­
reza, para que ela também possa retornar ao pó da terra para surgir
novamente, e pela ressurreição tornar­se manifesta em toda a sua gló­
. "
na.

257
Shekinah ­ (Geralmente pronunciada, no ocidente, como che­quí­na.)
Deriva­se de uma antiga palavra egípcia, embora, durante séculos, se
acreditasse tratar­se de palavra hebraica,porque é encontrada na religião
hebraica representando o mesmo símbolo. Nos Templos Rosacruzes, é
um altar triangular, todo branco, com 91,44 cm de altura e 91,44 cm de
largura, em cada . um dos seus três lados. Em cada lado (pintada em
cinza francês, ligeiramente fugindo do branco) tem uma cruz dourada,
com cerca de 45, 72 cm de altura e 30,48 cm de largura, com uma rosa
vermelha. O Shekinah pode ter uma toalha de pelúcia vermelho­escuro
(ou setim vermelho) como cobertura, sobre a qual pode ser colocado
um vidro para proteção. Três castiçais são colocados sobre o Shekinah,
um em cada ponta do triângulo. O Shekinah é geralmente colocado,
para todas as convocações, com as suas pontas como segue: Uma, em
direção ao Oeste, estação dá Matre; a segunda, em direção ao Sul,
estação do Capelão, e a terceira, em direção ao Norte, estação da Grã­
Sacerdotisa. Um genuflexório pode ser colocado diante do ponto Oeste.
O Shekinah representa a presença do Poder Concentrado da Assembléia
Sagrada do Cósmico, no centro do Templo. O Sanctum de cada Templo
é a área que fica entre o Shekinah e a plataforma, Este do Templo.

Simbolismo ­ Símbolo é um dispositivo ou objeto, como um signo, que


representa uma idéia. É a sintetização de um pensamento que, de ma·
neira simples, representa. Os símbolos são de duas espécies gerais: Natu­
ral e Artificial. Naturais são as coisas da Natureza que, pela experiência,
chegaram a representar um fenômeno como, por exemplo, as nuvens
escuras.que simbolizam uma tempestade. Símbolos artificiais são aque­
les que os homens criam para ilustrar uma idéia para uma classe especial
de pessoas, ou para aceitação universal. Estes são os símbolos da mate­
mática e das diferentes ciências.

Sistema Nervoso ­ Ainda recorrendo à analogia entre uma corrente


elétrica e o sistema nervoso, pode­se dizer que este sistema, à semelhan­
ça de um circuito elétrico, consiste de uma estação central, o cérebro, e
de nervos que funcionam da mesma maneira que os fios.embora as
extremidades dos nervos sejam os terminais onde se produzem as mani­
festações. Assim como um circuito elétrico requer dois fios ou jogos de
fios para que possa funcionar convenientemente, assim também o orga­
nismo vivo requer dois jogos. Isto se deve a que o organismo vivo é dual,
em natureza, requerendo um jogo para 'cada fase, sendo ainda cada jogo
também dual, aferente e eferente.

O sistema nervoso de um organismo vivo, portanto, consiste de um

­258­
Sistema Nervoso Espinal, para o aspecto material, e um Sistema Nervo­
so Simpático, colocado à disposição do aspecto imaterial, invisível. É
função do Sistema Nervoso Espinal fornecer energia de natureza mais
grosseira e mais material, que satisfaça às necessidades do corpo terreno,
enquanto que o Sistema Nervoso Simpático se encarrega das necessida­
des mais sutis do corpo imaterial.

Desde que, de conformidade com o Decreto Divino, a alma faz uso


de um corpo físico para expressar sua missão neste plano, é feita provi­
são para permitir, a 'cada fase ou expressão, o jogo de nervos que melhor
atenderá às suas necessidades. A alma, embora imaterial e invisível co­
mo é enquanto funciona através de um corpo físico, necessita utilizar os
meios que lhe permitirão realizar seu trabalho normalmente e' com o
mínimo de interrupções. Assim, o sistema conhecido como Sistema
Nervoso Simpático funciona, no aspecto imaterial de um organismo
vivo, na parte que funciona psiquicamente, que está em permanente
contato com o Cósmico e permite à Alma atuar através de um corpo
material. Este sistema é, naturalmente, mais sensitivo, e de tal modo
criado que pode receber .e transmitir como energia, vibrações mais sutis
do que seria possível ao Sistema Nervoso Espinal que é criado, exclusi­
vamente, para atender à manutenção e preservação de um corpo ter­
reno.

O Sistema Nervoso Espinal tem sua estação central localizada no


cérebro; o Sistema Nervoso Simpático tem uma no cerebelo, e sobre
todas está o próprio cérebro, como um todo. Os pontos de íntercomuni­
cação, os pontos onde os dois sistemas nervosos se unem para formar
um plano perfeito, harmonioso, de cooperação e colaboração, estão nas
duas pequenas glândulas, no cérebro, a cujo respeito tão pouco é conhe­
cido de modo geral.

Recapitulando, o cérebro pode ser considerado como estando em


todas as partes do organismo vivo, levando­se em consideração que os
dois sistemas nervosos, cada um com os seus nervos aferentes e eferen­
tes e centros nervosos ou subestações, de conformidade com a analogia
do circuito elétrico, podem ser considerados como um cérebro que é
prolongado e utilizado pela mente; a mente terrena, material, objetiva,
fazendo uso do Sistema Nervoso Espinal, e a mente imaterial, subcons­
ciente, 'fazendo uso do Sistema Nervoso Simpático para que a Alma
possa funcionar normalmente no plano terreno, através de um corpo
físico, satisfazendo desse modo as exigências do plano evolucionário.

259
Sonhos ­ Os sonhos ocorrem sempre quando a pessoa está passando do
estado de sono profundo para a fase do despertar; esta transição repre­
senta um estado em que a condição subjetiva está gradativamente pas­
sando para a Objetiva. (Vide Estado semiconsciente.) Este estado é
geralmente muito curto em duração, e no breve período de dois ou três
segundos a pessoa poderá "sonhar" uma longa história ou experiência.
Isto se deve a que a experiência é simplesmente compreendida pela
mente, na maneira em que compreendemos um quadro após um relance
de dois segundos, mas que requererá o uso de centenas de palavras e
muitos minutos para explicá­lo ou descrevê­lo. Depois que a pessoa
desperta, não pode estar segura de quando ocorreu o sonho, exceto nos
casos em que o despertar interrompe o sonho. As causas dos sonhos são
várias. A mais comum é a que o primeiro pensamento ou idéia objetiva
que passa da mente objetiva para a mente subconsciente, no início do
Estaêlo semiconsciente, provoca um encadeamento de raciocínio dedu­
tivo por parte da mente subconsciente, alguma cena ou idéia, há muito
esquecida, que pjrmanece no armazém da niem6ria da mente subcons­
ciente, e que é percebida pela mente objetiva no início do Estado
semiconscíente; a mente objetiva, não estando total e logicamente no
gozo 'do, seu poder de raciocínio, distorce ou aumenta, criando uma
história baseada na primeira idéia. Outras causas são: Sugestões exter­
nas, como ar frio lançado sobre o rosto ou o corpo parcialmente desco­
berto, pequenos ruídos que não são devidamente interpretados pela
mente que está despertando, movimento do corpo quando a consciência
está retornando, ou impressão mental recebida, pela mente subconscien­
te, de alguma outra pessoa que esteja se concentrando na pessoa que
está dormindo na ocasião, enviando, desse modo, consciente ou incons­
cientemente, uma impressão. Naturalmente, esse Estado semiconsciente
poderá ocorrer em qualquer ocasião durante o sono.

Subconsciente ­ Toda a corrente de consciência com seus vários níveis


subliminais, isto é, que se situam por detrás das nossas realizações do Eu
e do mundo exterior. A consciência objetiva e a subjetiva são apenas
dois dos níveis da corrente de consciência. A subconsciente está dire­
tamente relacionada com a Mente Cósmica ou Universal.

Subjetivo ­ Estado consciente que tem relação com a concepção, a


vontade, a memória, a imaginação, a razão, etc.

Summum Bonum ­ O mais elevado ou supremo Bem

­260­
T

Taumaturgia ­ Milagre ou prodígio. A prática no emprego das leis


naturais, de maneira a produzir fenômenos extraordinários. Aquilo que
dá aparência ao invocar forças sobrenaturais. A taumaturgia é, assim,
associada co~ a magia ou ritos mago­religiosos primitivos.

Terapêutica ­ Geralmente usada para indicar qualquer sistema de cura


ou método para aliviar a dor e o sofrimento físico. Os antigos, todavia,
usavam esta palavra num sentido místico, e um ramo dos Rosacruzes,
no Egito, era conhecido como "Os Terapeutas". Era um ramo da Or­
dem antiga que, naquela ocasião, usava de vários nomes, em diferentes
países, para ocultar a parte mística de seu trabalho. A mesma organiza­
ção era conhecida como "Os Essênios", na Térra Santa, e os pesqui­
sadores, no século passado, revelaram o fato de que "Os Terapeutas",
"Essêníos", e outras organizações similares faziam parte das escolas de
mistério egípcias, ou escolas arcanas, nas quais a organização Rosaêruz
teve o seu nascimento.

Transcendentalismo ­ Conceito do reino além da percepção dos senti­


dos objetivos.

Transição ­ Este termo é geralmente usado para indicar a condição


chamada "morte", nos tempos atuais, porém, desde que não há morte,
na lei natural mais do que o há na espiritual ou chamada sobrenatural, o
termo é não somente errôneo mas absolutamente contraditório. A
grande transformação que tem lugar na ocasião em que a morte suposta­
mente ocorre é, afinal de contas, uma simples transição e transposição
das várias partes componentes que, estando unidas, constituíam um ser
humano vivente ou uma entidade vivente, de matéria consciente. Esta
transição consiste na separação das partes duais do Homem (alma e
corpo) e também modifica os processos construtivos do corpo físico,
que. mantinham unidos, até certo ponto, os elementos materiais que o
compunham, permitindo a existência de uma nova condição na qual
esses elementos começam a se separar e a voltar à forma primária de
matéria viva. Trata­se, portanto, realmente, de uma transição sem qual­
quer indicação de morte de qualquer parte da primitiva expressão física
e espiritual.

Transmutação ­ Este não é apenas um termo alquímico, mas um ter­


mo místico, e a transmutação pode ser mental, assim como física, e
também espiritual, em sentido amplo. Transmutação significa a mudan­

261­
ça da natureza vibratória de um elemento material ou da expressão
vibratória de uma manifestação espiritual, de modo que a manifestação
ou expressão se torna diferente após a mudança. Os antigos Rosacruzes
afirmavam que era possível transmutar os materiais inferiores em refina­
dos, e isso demonstraram em sua época, como hoje fazemos no mundo
material ou . químico, pela transmutação de metais inferiores em ouro
ou platina, que representam uma expressão mais elevada e mais refina­
da; afirmam também, como hoje demonstramos, que a mais perfeita
demonstração de transmutação e a mais ideal, proveitosa, e nobre de­
monstração, é a que absorve toda a nossa atenção no mundo contempo­
râneo, como Rosacruzes: Transmutar os elementos inferiores de nossa
natureza física, nas expressões ideais mais sublimes, transmutando tam­
bém nossos desejos e pensamentos em ideais espirituais atuantes. Assim,
todos nós estamos procurando nos tornar verdadeiros alquimistas e de­
monstrar a verdadeira arte da transmutação.

u
Universo ­ Este vocábulo é significativo para o místico porque indica a
Cosmogonia de uma célula,e. se a palavra merece ser usada de qualquer
modo, deveria ser usada para indicar que tudo que existe representa um
universo, ou melhor, que no interior de uma grande célula, o Macrocos­
mo, há uma réplica da mais diminuta célula, o Microcosmo. Os antigos
ensinavam que não existia senão urna Terra, um mundo celular, um sol,
o sol que é visível a nós, e que é o centro do universo. Isto significaria
que o universo é uma célula limitada, de proporções enormes, e a idéia
de que o espaço é limitado e da forma de uma célula, não é mais difícil
de compreender do que a idéia do espaço ilimitado, mencionando os
místicos do oriente, atualmente, o fato de que nada do que tem sido
descoberto pela astronomia ou qualquer das ciências refuta este argu­
mento. Misticamente, a idéia de um universo como célula, com Deus e
todas as Suas expressões humanas em seu interior, estabelece os funda­
mentos para a idéia geral de um Deus único e Pai da família humana.

Verdade ­ Tudo que é real, para nós é verdade. Do ponto de vista


filosófico, tudo que carece de realidade, isto é, aquilo de que duvidamos
ou que não pode nos servir como ponto de conhecimento não é aceito
como verdade. Nada é verdadeiro simplesmente porque tem a aprovação
da tradição. Nossas experiências, para ser reais, devem ter a qualidade
de familiaridade e, se não forem reais, repetimos, não constituem a

262
verdade, para nós. A familiaridade com uma experiência deve incluir um
de dois fatores: Primeiro, a totalidade de nossos poderes de percepção,
de nossa capacidade, por exemplo, de ver ou ouvir algo satisfatoriamen­
te; segundo, deve absorver a capacidade total de nosso raciocínio. Certa­
mente, se algo não for claro à nossa visão ou à nossa compreensão, não
será real para nós. A verdade não é eterna, porém envolve­se em uma
veste sempre­mutante, veste essa que é a nossa própria consciência e
compreensão. Uma verdade eterna é apenas uma aparência da realidade
por detrás da qual o Homem ainda não foi capaz de notar mudança.

Vibrações ­ Impulso ou oscilação ondulatória de forças. As vibrações


apresentam­se nos sólidos, líquidos, no ar e nos fenômenos eletromag­
néticos. De conformidade com a ontologia Rosacruz, todo Ser é vibra­
tório.

Virgem Vestal ­ Este é um termo que tem sido freqüentemente usado


em lugar da palavra "Columba" (vide explicação a respeito das Colum­
bas na parte deste Manual que trata dos Oficiais de Lojas). Acreditou­se,
durante muitos anos, que as Virgens Vestais eram uma instituição de
origem romana, porém a pesquisa provou que nas escolas arcanas do
Egito e nos Templos Rosacruzes primitivos havia uma ou mais Virgens
Vestais que não somente mantinham sempre ardendo a chama impor­
tante e simbólica. na Coluna da Vestal, mas que também atuavam no
trabalho ritualístico e nos exercícios místicos, como símbolo do fogo,
luz, vida. e amor, assim como a pomba da consciência. Daí, a palavra
"Columba" que significa pomba e cujo símbolo tem sempre tido lugar
importante nas cerimônias místicas e religiosas dos tempos antigos e
modernos.

26:
ALGUMAS QUESTÕES INTERESSANTES
RESPONDIDAS OFICIALMENTE

Para evitar muita correspondência e, ao mesmo tempo, dar aos nos·


sos Membros respostas oficiais às perguntas que são freqüentemente
formuladas, para que estejam preparados a responder indagações simila­
res feitas por amigos ou conhecidos, publicamos o que se segue, extraí­
do dos arquivos da nossa correspondência diária:

Perg. Que representam as letra A.M.O.R.C

Resp. É a abreviação do nome "Antiga e Mística Ordem Rosae Cru­


cís". O nome da Ordem, em latim, conforme aparece em muitos manus­
critos estrangeiros e documentos antigos, é "Antiquus Arcanus Ordo
Rosae Rubeae et Aureae Crucis. Em muitos países, o latim é traduzido
para o idioma nativo e, na maioria dos casos, as iniciais AMORC repre­
sentam o nome traduzido.

Perg. Tem a A.M.O.R.C. relação com qualquer outra sociedade Rosa­


cruz na América?

Resp. A A.M.O.R.C. não faz parte nem tem relação com qualquer
outra Sociedade ou movimento chamado Rosacruz, na América, ou
com qualquer outra organização na América do Norte que use o nome
"Rosacruz", A Fraternidade genuína é sempre conhecida como "OR­
DEM ROSACRUZ, e jamais como Sociedade ou Irmandade. A expres­
são Fraternidade Rosacruz é, algumas vezes, usada pela Ordem como
termo geral substituto. Há apenas uma Ordem Rosacruz nas Américas,
Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Suíça, Holanda,
Suécia e África, reconhecida como o corpo autorizado que perpetua a
organização antiga, e afiliada à Federação internacional das ordens e
sociedades esotéricas. A A.M.O.R.C. está, todavia, filiada, no sentido
fraternal e federacional, à Ordem Rosacruz e seus corpos aliados em
outros países.

Perg, Qual é a Federação esotérica

Resp. A Federação é conhecida como "Fédération Universelle des


Ordres et Sociétés Initiatiques" (ou pelas iniciais do nome, FUDOSI). É
uma aliança de catorze, ou mais, das organizações esotéricas de todo o
mundo que estão levando a efeito o trabalho da Grande Fraternidade
Branca, e realizam iniciações para a harmonização do iniciado com a

265
Consciência Cósmica. A AMORC da jurisdição internacional das Améri­
cas, Comunidade Britânica de Nações, França, Alemanha, Holanda,
Suíça, Suécia e África, e sua afiliada, a Tradicional Ordem Martinista,
são as únicas representantes dessa Federação nesta parte do mundo
ocidental. (A FUDOSI não está, no momento, operando objetivamen­
te.)

Perg, Como podem existir várias sociedades Rosacruzes sem ligação?

Resp, A palavra, ou terino, Rosacruz tem sido abusado e impropria­


mente aplicado por várias editoras ou pequenas organizações porque
acreditam elas que a palavra Rosacruz signifique simplesmente "místi­
co", "metafísico" ou "arcano", ou porque estão deliberadamente ten­
tando enganar o público. Ficou estabelecido, em congresso internacio­
nal e em muitas controvérsias legais, que a palavra ou termo Rosacruz
pertence, exclusivamente, à fraternidade ou ordem que inventou ou
criou o símbolo da Rosa Cruz, e que o termo Rosacruz distintamente se
aplica e descreve uma organização e um sistema de pensamento filosó­
fico. O nome e símbolo da Rosa Cruz são propriedade exclusiva da
fraternidade legítima e de seus corpos autorizados em todo o mundo.

Perg. Tem a A.M.O.R.C. qualquer ligação, passada ou presente, com


a Igreja Católica Romana ou com os Jesuítas?

Resp. Houve uma ocasião, nos períodos antigos da Ordem, em que


alguns Jesuítas se mostraram grandemente interessados pelos ensina­
mentos e se filiaram à Ordem, da mesma forma que muitos outros de
várias seitas religiosas se uniram e se unem à Ordem; atualmente, porém,
não há Jesuítas ou representantes da Igreja Católica Romana servindo
em qualquer cargo oficial na A.M.O.R.C., nem há qualquer ligação,
oficial ou não, entre a A.M.O.R.C. e qualquer seita ou movimento
religioso. Na verdade, a ordem Jesuíta é hoje em dia hostil à AMORC e
a qualquer sociedade esotérica e mística similar,

Perg. Que ligação tem a A.M.O.R.C. com outras sociedades metafí.


sicas, místicas, incluindo a Teosofia?

Resp. A A.M.O.R.C. não está associada com quaisquer outras organi­


zações que não as da grande Federação de corpos esotéricos, que não
inclui a Sociedade Teosófica ou qualquer dos menores movimentos
místicos populares em todo o mundo. O trabalho da Ordem Rosacruz é
distintamente diferente do trabalho e ensinamentos dessas outras orga­

266­
nizações, e embora a AMORC olhe com simpatia todas as atividades que
contribuem para o despertar e desenvolvimento dos poderes e faculda­
des superiores do Homem, deve ser afirmado, para compreensão exata,
que nenhum dos movimentos populares se iguala ao da Ordem Rosa­
cruz.

Perg. Que explicação pode ser dada com respeito ao trabalho da


Fraternidade Rosacruz conforme difundido pelo finado Sr. Max
Heindel?

Resp, O Sr. Heindel foi dedicado estudante dos ensinamentos teosó­


ficos, e viajou para a Europa onde estudou com um professor particular
que era teosofista e, não, Rosacruz. O Sr. Heindel voltou em seguida à
América e escreveu sua versão pessoal sobre os ensinamentos que havia
recebido e, infelizmente, usou o termo Rosacruz para descrever o traba­
lho de sua organização pessoal e de sua filosofia pessoal. A Fraternidade
Rosacruz não tem templos e lojas em todo o país, como a Ordem
Rosacruz, e seus ensinamentos não são, de modo algum, similares, nem
estão de qualquer forma ligados aos ensinamentos genuínos, rituais,
ideais e princípios da fraternidade Rosacruz. A Ordem Rosacruz ge­
nuína não imprime e coloca à venda quaisquer livros ou panfletos que
afirmem conter os ensinamentos verdadeiramente internos e secretos da
fraternidade, e não trata de questões especulativas e fantásticas incluí­
das nos livros e panfletos da maior parte das organizações místicas que
se apropriaram do termo Rosacruz. A Fraternidade Rosacruz jamais foi
reconhecida pelo Conselho Rosacruz internacional, e não é reconhecida
pela Federação de ordens esotéricas. Esses comentários que podem ser
comprovados por fatos são oferecidos com boa intenção, porém perfei­
tamente francos e feitos com o espírito de definir a diferença entre as
organizações.

Perg. De que modo se distingue a A.M.O.R.C. das outras escolas


místicas, científicas ou ocultas?

Resp. Em primeiro lugar, a A.M.O.R.C. não é uma escola de filosofia


individual ou pessoal descoberta ou inventada por um indivíduo ou
pequeno grupo de indivíduos. É uma fraternidade internacional com
suas escolas, lojas, salas de aula, sistema graduado de instrução privativa
e prática, tendo­se desenvolvido através das épocas por meio de contri­
buições das mentes iluminadas de todos os países, em todas as épocas e
condições. É, principalmente, um sistema universitário de instrução e
uma fraternidade combinados de maneira que permite aos Membros

267
dominar as leis e princípios da vida que lhe permitirão auxiliar a si
mesmos e aos outros. Não é uma escola teórica ou especulativa, e não
trata unicamente de questões ocultas que não sejam de valor prático,
não promulgando idéias e crenças estranhas de qualquer mestre munda­
no individual ou que se intitule como tal.

Perg. Desde que cobra mensalidades, não é uma organização comer·


cial?

Resp. As mensalidades pagas pelos Membros, como em qualquer


outra sociedade ou ordem, são contribuições para as despesas de opera­
ção da seção fraternal da organização e, portanto, permitem a manuten­
ção dos salões das lojas, das salas de aulas, de leitura, da biblioteca, e
outras despesas que atendem à compra de materiais, às necessidades e
exigências físicas dos Membros. Os inúmeros benefícios que são propor­
cionados aos membros como compensação por seu apoio ao grande
esquema da organização, mais do que compensam as mensalidades mô­
dicas que foram estipuladas pelo voto unânime dos Membros e Delega­
dos da Ordem, em várias Convenções anuais. As lições e ensinamentos
secretos da Ordem não são vendidos, nem estipulado qualquer preço
para as instruções secretas do sistema graduado e normal da Ordem.
Estas são transmitidas gratuitamente a todos os Membros da Ordem
que estejam em boa situação e a eles emprestadas, permanecendo, sem­
pre, como da organização a propriedade real. As módicas mensalidades
pagas pelos Membros são contribuições para a manutenção das caracte­
rísticas da filiação. A Ordem está registrada como organização não­
comercial e não­lucrativa. Não tem ações, e nenhuma das utilidades,
bens ou fundos da Ordem é mantido sob o controle ou em nome de
qualquer oficial, individualmente, estando todos os edifícios, proprieda­
des e equipamento da organização em nome da entidade, para serem
mantidos, em caráter perpétuo, para o futuro da Ordem, e definitiva­
mente ficarem fora do controle ou posse pessoal de qualquer oficial ou
Membro da Ordem.

Perg. Goza a A.M.O.R.C. desta Jurisdição de boa reputação?

Resp. A Ordem, sob o atual regime de administração, tem realizado


seu trabalho publicamente durante mais de meio século, em cujo perío­
do tem gozado de excelente publicidade em jornais, revistas e outros
veículos. A organização não se envolve com política, controvérsias reli­
giosas ou eclesiásticas, não trata de questões ou práticas imorais ou
dúbias, sendo, portanto, improvável que venha a contrair qualquer no­

268
toriedade desagradável. Tem recebido aprovação dos mais destacados
personagens de todas as épocas, e é conhecida como uma organização
que trabalha pelas mais elevadas formas de cultura pessoal, boa cidada­
nia e paz universal.

Perg. Esperam os Rosacruzes algum 'futuro mestre universal", à


semelhança de outras escolas místicas?

Resp. Não. Os Rosacruzes têm conhecimento mais profundo a esse


respeito. Sabem que o Mestre que virá a cada Ser será o Mestre Interior
e, não, um personagem estrangeiro que fale um único idioma, que esteja
filiado a uma única escola e que limite sua redenção àqueles que estão
dentro de determinado aprisco. Os Rosacruzes, por outro lado, jamais
solicitaram fundos para fazer face à propaganda desses mestres ou para
organizar colônias ou locais utópicos, onde os esperados mestres ou
novas raças poderiam nascer ou ser criadas.

Perg. Quais são as convicções religiosas dos Rosacruzes'

Resp. As concepções religiosas do Rosacruz são tão diversificadas


quanto as raças e tipos de pessoas da organização. Desde que é um
movimento universal e internacional, com Membros que vivem em to­
dos os países e pertencem a todos os credos e idiomas, sua atitude
religiosa é rigorosamente não­sectária. Há altos Oficiais e Membros da
organização que são sacerdotes, clérigos, rabinos, e diretores e obreiros
em todas as várias religiões do mundo. Nada há nos ensinamentos Rosa­
cruzes que possa interferir com as convicções religiosas do indivíduo,
enquanto que, por outro lado, os ensinamentos tendem a apoiar as
revelações das verdades espirituais conforme encontradas em todos os
escritos sagrados do passado e do presente.

Perg. De que modo está a A.M.O.R.C. perpetuando a fraternidade


antiga?

Resp. Ampliando continuamente os ensinamentos antigos, com as


aplicações modificadas e as revelações tradicionais da ciência e das des­
cobertas, que permitirão ao Estudante colher o maior benefício dos
ensinamentos nas condições prevalecentes e enfrentar os problemas diá­
rios da existência. A Ordem continua também erigindo edifícios e a
estabelecer uma organização permanente e internacional, liberta de dívi­
das, e destinada a projetar, num futuro distante, as bases da organiza­
ção, a manutenção de seus ideais, ensinamentos, princípios, e atividades

269
gerais. Por esta razão, todos os bens da organização são mantidos em
forma legal que impossibilita a qualquer Oficial ou Membro controlá­los
ou controvertê­los. Os mesmos antigos marcos, ideais, e propósitos que
tornaram a Ordem Rosacruz tão eficiente em suas atividades mundiais,
durante os séculos passados, são mantidos pela atual organização. Uma
sagrada herança foi entregue à Ordem no mundo ocidental, e ela trans­
ferirá essa herança às gerações futuras.

Qualquer Membro da Ordem Rosacruz poderá solicitar um exemplar


do livreto intitulado "Quem e o que são os Rosacruzes", que contém
respostas positivas quanto à natureza, finalidades e atividades da organi­
zação e também para fornecer informação aos buscadores. Poderá ser
solicitado, por escrito, ao Departamento Rosacruz de Suprimentos, jun­
tando selos para o porte respectivo.

Os leitores do Manual Rosacruz que não sejam Membros da Ordem


Rosacruz e não tenham lido "O Domínio da Vida", livreto que explica
com maiores detalhes os objetivos, finalidades e benefícios da Ordem,
poderão solicitar um exemplar dessa esclarecedora e útil publicação
dirigindo­se ao Escriba R.H.M., Ordem Rosacruz, AMORC, Caixa Pos­
tal, 307, 80000 ­ Curitiba ­ Paraná.

SÃO DIGNOS TODOS OS BUSCADORES?

Esta é a grande questão que toda organização semelhante à AMORC


deverá resolver. A maior parte das organizações tenta encontrar uma
resposta às questões pela investigação antes de admitir o peticionário. A
~ORC leva a efeito suas investigações preliminares através dos canais
usuais, investigando, em seguida, pelos meios psíquicos de que dispõe.
Após este procedimento, determinado número de solicitantes é rejeita­
do. Os outros são admitidos nos três Graus preliminares de PROVA,
que cobrem nove meses de exame e preparação intensa. Após isso,
aqueles que forem julgados dignos serão admitidos ao trabalho regular,
durante um ano ou quinze meses, no transcorrer de cujo período são
sujeitos a outros testes que preparam o buscador para maior desenvol­
vimento. Então, aqueles finalmente considerados merecedores têm
admissão nos vários ramos do trabalho que, de modo geral; não é do
conhecimento dos profanos.

Nossas estatísticas provam que de cada mil pessoas que respondem


aos nossos avisos públicos ­

270
Somente 402 são admitidas nos graus preliminares;
Somente 329 são admitidas ao trabalho mais elevado;
Somente 260 passam pela segunda prova;
Somente 248 recebem permissão para prosseguir;
Somente 239 atingem o Sétimo Grau;
Somente 224 atingem o Nono Grau;
Somente 101 ultrapassam o trabalho geral da Ordem"

Todo encorajamento possível é prestado aos dignos e sinceros, e é


nosso desejo tomar cada Membro que penetre no Primeiro Grau verda­
deiramente capacitado para prosseguir. Lamentamos cada perda, e pro­
curamos sempre modificar essas cifras para que maior número possa
atingir os estágios mais adiantados. Determinados padrões, todavia,
devem ser mantidos, e não podemos alterar as normas Cósmicas, Psíqui­
cas e mundanas que se aplicam a todas as coisas.

271
ÍNDICE- MANUAL ROSACRUZ

Absoluto 219
Adepto , 219
Alden '. 219
Alento de Vida 219
Alma 219
Altar 53
Alucinação 219
Amém 220
Antecâmara de um Templo .49
Aposição de Nome 220
Arcano 220
Arquivos Cósmicos 221
Artérias Principais 133
Astrologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221
Atiântida 221
Átomo 221
Aton 222
Atual 222
Aura 222
Avatar 222
e
Cabala 223
Câmara do Templo .49
Carma 223
Célula 224
Cérebro 224
Cerimônias Especiais .42
Chama da Vestal 57
Ciclo 224
Columba da Vestal 57
Compensação 224
Concentração 224
Concepção 224
Conhecimento 225
Consciência 225
Consciência Cósmica 225
Cósmico 225
Cosmogonia .226
Cosmologia . .226
Cremação .. .226
Crença . .226
Cromaat . .226
Crux Ansata .226

Decoro na Loja . ... 63


Dedução . . .226
Detalhes do Sistema Simpático . . .141
Detalhes da Cabeça e Pescoço . . . . .151
Deus . .. 227
Diagrama do Templo e Loja Rosacruz . .. 59
Digestão e Nutrição . .. 125
Doença . . .227

Ego . .228
Elementais . .228
Elemento . .228
Eletricidade . .228
Elétron . .228
Emanações . .229
Esotérico . .229
Espiritismo . .229
Espírito . .229
Estado Semiconsciente .230
Evolução . .230

Fé . 230
Força Vital . 231
Funções dos Gânglios 145

Gânglio ... .231


Gravitação 231
H

Hábito . . .. 231
Harmonium .. ... 232
Hierarquia ... . .. 232
Hipnotismo .. .232

Ideação ... . .. 233


Idealismo ... 234
Iluminação ... 234
llluminati ... 234
Iniciação .. ... 234
Intuição .. . .. 234

A Lei Natural . .235


Logos . .235
Loja . ..51

Magia Negra . . .. 236


Magnetismo . ... 236
Matéria . . .. 237
Mente . ... 237
Mente Cósmica . . .. 237
Mente Objetiva . ... 238
Mente Subconsciente . . .. 238
Mente Universal . . .. 239
Mestre . . .. 239
Metafísica . . .. 240
Microcosmo e Macrocosmo ... 240
Misticismo . ... 240
Molécula . . .. 240
Monoteísmo . . .. 240
Morte . ... 240
N
Nascimento .241
Negativo .. .241
Nervos .241
Nous .. .242
Núcleo .243

o
Objetivo .. .244
Ocultismo. .244
Onipotente .244
Ontologia . .245
Oração ... .246

Panteísmo .......... .247


Parapsicologia ....... .247
Percepção .......... .247
Personalidade ....... .248
Personalidade da Alma .248
Pineal e Pituitária .... .249
Plano Astral ........ .249
Plano Psíquico ...... .250
Plástico ............ .250
Plexo Solar . . ....... .250
Polaridade ......... .250
Politeísmo ......... .251
Postulante ......... .251
Potencial .......... .251
Projeção ........... .251
Pronaos ....... ... .252
Psicologia .......... .252
Psíquico ........... .252

Quarta Dimensão

Realidade ... .255


Reencarnação .255
Religião .... .256
s
Sabedoria . .256
Saúde . .256
Serviço Fúnebre . .256
Shekinah ... , .. .258
Simbolismo . r••• .258
Sistema Nervoso . .258
Sonhos . .260
Subconsciente .. .260
Subjetivo . .260
Summum Bonum .260

Taumaturgia . .261
Terapêutica . .261
Transcendentalismo .261
Transição . .261
Transmutação . .261

Univers ~62

Verdade .... 262


Vibrações ... 263
Virgem Vestal 263
ESTA OBRA FOI EXECUTADA
NA CIA. GRAFICA LUX, ESTR.
00 GABINAL, 1521 ­ JACARE·
PAGUA ­ RIO OE JANEIRO

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