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RESUMO N2 SEMIOLOGIA  Perguntar sobre uso de bebidas alcóolicas,

tabagismo, alimentação excessivamente quente ou


SISTEMA RESPIRATÓRIO muito condimentada

SINAIS E SINTOMAS TOSSE

DOR TORÁCICA Resulta de estimulação dos receptores da mucosa das vias


respiratórias. Estímulos podem ser:
Causas mais comuns da dor torácica:
 Natureza inflamatória (hiperemia, secreção, etc)
 Isquemia do miocárdio  Mecânica (poeira, corpo estranho, etc)
 Pleurites  Química (gases irritantes)
 Alterações músculo-esqueléticas  Térmica (frio ou calor excessivo)
 Disfunções do esôfago
 Afecções pericárdicas Investigação clínica deve incluir:

Considerar três características da dor:  Frequência


 Intensidade
 Localização  Tonalidade
 Irradiação  Presença ou não de expectoração
 Referência  Relações com o decúbito
Pleurites/Pleurisias: em geral, a dor vem acompanhada de  Período do dia em que é maior a intensidade
tosse seca de timbre alto Tosse úmida/produtiva: acompanhada de secreção, não
 Pode existir febre e surgir dispneia devendo ser combatida
 Dor aguda, intensa e em pontada (localizada com Tosse seca: é inútil, causando apenas irritação das vias
precisão e facilidade) respiratórias
 Dor aumenta com a tosse
 O decúbito sobre o lado da dor nem sempre traz  Pode ter origem fora da árvore brônquica (canal
alívio auditivo externo, faringe, seios paranasais, palato
 Em vários casos, quando a dor desaparece, surge mole, pleura e mediastino)
dispneia (indica instalação do derrame)  Pode ser provocada por corpo estranho, sendo
quase contínua e rebelde ao tratamento
Angina do peito clássica: aparece após esforço ou grandes
emoções Tosse quintosa: surge em acessos, geralmente pela
madrugada, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia
 Sensação de aperto e opressão
 Duração de alguns minutos, cessando com  Característica da coqueluche
interrupção do esforço ou com uso de
Tosse-síncope: após crise intensa de tosse, ocorre perda de
vasodilatadores coronários
consciência
 Dor do infarto dura horas e não melhora com
coronariodilatadores Tosse bitonal: ocorre devido à paresia ou paralisia de uma
das cordas vocais, comprometendo o nervo laríngeo
Dissecção aórtica aguda/Aneurisma dissecante da aorta:
recorrente
principal característica da dor é a intensidade, pois são
lancinantes Tosse rouca: própria da laringite crônica e é comum em
tabagistas
 Paciente relata sensação de ruptura retroesternal
 Repercute posteriormente entre as escápulas Em pacientes enfisematosos (tipo PP [magro]), a tosse é mais
seca. Em pacientes bronquíticos (tipo BB [gordo]), a tosse é
Pericardite: diferenciada da angina porque não é
produtiva
desencadeada por esforço
No tromboembolismo a tosse costuma ser improdutiva, mas
 Menor intensidade
pode ser acompanhada de expectoração com traços de
 Não irradia
sangue. Também ocorre em:
 Acompanhada, frequentemente, de quadro
infeccioso  Insuficiência ventricular esquerda
 Paciente normalmente assume posição de prece  Estenose mitral
maometana  Edema pulmonar agudo
Hipertensão da artéria pulmonar: decorre do estiramento e Tosse reprimida: o paciente evita por conta da dor torácica
lembra a dor cardíaca, porém não melhora com nitritos ou abdominal. Ocorre em:
Esofagites: queimação retroesternal que aparece quando o  Início de pleuropneumopatias
paciente se deita  Pneumotórax espontâneo
 Neuralgias intercostais
 Traumatismos toracoabdominais
 Fraturas de costela As principais causas são bronquiectasias e tuberculose

Tosse associada a beber ou comer está relacionada com Hematêmese: hemorragia em que o sangue possui aspecto
doença do esôfago superior de borra de café, podendo conter ou não restos alimentares,
de odor ácido
EXPECTORAÇÃO
 Normalmente, há referência de úlcera
Na maioria das vezes é uma consequência da tosse gastroduodenal, esofagite ou melena
É importante para diferenciar uma síndrome brônquica de  São de grande volume
uma síndrome pleural Hemoptise é grave quando surge pela primeira vez em
Presença de expectoração contribui para diferenciar lesões paciente adulto do sexo masculino, fumante por muitos anos
alveolares (pneumonias bacterianas) das intersticiais  Hipótese de lesão brônquica maligna
(pneumonias viróticas)
Um episódio de hemoptise em um jovem, com aparente bom
 Início de pneumonias bactérias: não existe estado de saúde, é chamado de hemoptise providencial
expectoração ou ela é discreta, sendo seguida de
secreção abundante amarelo-esverdeada e densa.  Diagnóstico precoce de tuberculose
Presença de hálito fétido
Na infância, as causas mais frequentes de hemoptise ou
Características semiológicas importantes: expectoração são pneumonias bacterianas e corpos
estranhos
 Volume
 Cor Em jovens, as principais causas são tuberculose e estenose
 Odor mitral
 Transparência
 Consistência  Lembrar da paracoccidioidomicose

Tipos de escarro: Hemoptise em paciente pós-cirúrgico faz pensar em embolia


pulmonar
 Seroso
VÔMICA
 Mucoide
 Purulento É a eliminação mais ou menos brusca de uma quantidade
 Hemoptoico abundante de pus ou líquido de outra natureza
Expectoração causada por edema pulmonar agudo possui Causas mais frequentes:
aspecto seroso, rico em espuma, pode apresentar coloração
rósea  Abscesso pulmonar
 Empiema
Expectoração causada por asma possui alta viscosidade,  Mediastinites supuradas
estando aderido às paredes do recipiente que a contém  Abscesso subfrênico
 Sua presença marca o término na crise asmática DISPNEIA
 Podem ser encontrados formações sólidas, brancas e
arredondadas (“escarro perolado”) Dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não
consciência desse estado
Paciente com DPOC tipo PP quase não expectora, enquanto o
tipo BB o faz quase constantemente É subjetiva quando for percebida pelo doente

A expectoração da tuberculose, na maioria das vezes, contém É objetiva quando é acompanhada por outras manifestações
sangue desde o início da doença observadas durante o exame físico

HEMOPTISE Pode ser acompanhada de taquipneia (frequência


aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada)
Eliminação de sangue pela boca
Quando relacionada aos esforços físicos, pode-se classificar
Podem ser devidas a hemorragias brônquicas ou alveolares em dispneia de:
Quando é de origem brônquica, o mecanismo é de ruptura de  Pequenos esforços
vasos previamente normais ou anormais  Médios esforços
 Exemplo de ruptura de vasos normais: carcinoma  Grandes esforços
brônquico Dispneia de repouso: dificuldade respiratória mesmo em
 Exemplo de ruptura de vasos anormais: repouso
bronquiectasias e tuberculose
Ortopneia: dispneia que impede o paciente de ficar deitado e
Quando é de origem alveolar, a causa é ruptura de capilares o obriga a sentar ou ficar de pé para obter alívio
ou transudação de sangue, sem que haja solução de
continuidade no endotélio
Trepopneia: dispneia que aparece em determinado decúbito o Congênitas ou adquiridas
lateral, como acontece em pacientes com derrame pleural o Localizadas ou difusas
quando se deita sobre o lado não afetado o Simétricas ou assimétricas

Inspeção dinâmica: observar


CAUSAS DA DISPNEIA:  Movimentos respiratórios
o Em pessoas sadias: predomínio da
Podem ser divididas em:
respiração torácica
 Causas atmosféricas  Características
 Causas obstrutivas  Alterações
 Causas parenquimatosas
Morfologia torácica varia de acordo com o biótipo do
 Causas toracopulmonares
paciente (definido pelo ângulo de Charpy – abertura do
 Causas diafragmáticas
ângulo formado pelas últimas costelas)
 Causas pleuras
 Causas cardíacas Na pele, observar:
 Causas de origem tecidual
 Causas ligadas ao sistema nervoso  Coloração
o Cianose
SIBILÂNCIA o Palidez
 Grau de hidratação
Também conhecido como “chiado” ou “chieira”
 Presença de lesões elementares sólidas
É um ruído que o paciente pode perceber,  Conteúdo líquido
predominantemente na fase expiratória da respiração  Correlacionar com doenças pulmonares

 Quase sempre acompanhada de dispneia Cianose: pelo menos 5% da hemoglobina reduzida.

Resulta da redução do calibre da árvore brônquica, devido,  Cianose central: menor saturação arterial em função
principalmente, a espasmo do transporte insuficiente de O2 até o pulmão ou
presença de shunt cardíaco direita-esquerda
Na infância, costuma antes de um resfriado  Cianose periférica: ocorre devido a vasoconstrição
No adulto, pode ser manifestação de asma infecciosa, não Mamas: examinadas por inspeção e palpação. Comparar:
atópica
 Volume
Quando for persistente, localizada ou unilateral, pode indicar  Posição do mamilo
presença de neoplasia ou corpo estranho  Existência de nódulos
Principais causas brônquicas e pulmonares de sibilo: Sistema muscular deve ser examinado de maneira
 Asma comparativa
 Bronquite aguda e crônica Nas partes ósseas, procurar retrações e abaulamentos
 Infiltrados eosinofílicos
 Tuberculose brônquica TIPOS DE TÓRAX
 Neoplasias malignas e benignas
Tórax chato ou plano: parede anterior perde convexidade
 Embolias pulmonares
normal, havendo redução do diâmetro anteroposterior
 Drogas colinérgicas
 Bloqueadores beta-adrenérgicos  Costelas aumentam inclinação
 Inalantes químicos, vegetais e animais  Espaços intercostais se reduzem
 Ângulo de Louis mais nítido
Insuficiência ventricular esquerda é a causa não-pulmonar
 Fossas supra e infraclaviculares mais profundas
que mais provoca chiado
Tórax em tonel ou globoso: aumento exagerado do diâmetro
CORNAGEM
anteroposterior
É a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias
 Maior horizontalização dos arcos costais
respiratórias superiores (na altura da laringe)
 Abaulamento da coluna dorsal
Para facilitar a entrada de ar, o paciente desloca a cabeça  Tórax mais curto
para trás, em extensão forçada
Tórax infundibuliforme: depressão na parte inferior do
EXAME FÍSICO esterno e região epigástrica

INSPEÇÃO Tórax cariniforme: esterno proeminente

Inspeção estática: observar  Costelas horizontalizadas


 Tórax de “pombo”
 Forma do tórax
 Anomalias
Tórax cônico ou em sino: parte inferior exageradamente
alargada

Tórax cifótico: curvatura da coluna dorsal formando


gibosidade

Tórax cifoescoliótico: além da cifose, tem desvio da coluna


para o lado (escoliose)

TIPOS RESPIRATÓRIOS Tiragem: durante a inspiração normal, espaços intercostais se


deprimem ligeiramente devido ao aumento da pressão
Lembrar que inspiração dura quase o mesmo tempo que
negativa na cavidade pleural
expiração, intercalados por leve pausa
PALPAÇÃO
Respiração de Cheyne-Stokes: fase de apneia seguida de
incursões respiratórias cada vez ais profundas até atingir um Avaliar:
máximo para decrescer até uma nova pausa
 Expansibilidade
 Frêmito tóracovocal (FTV)
o Afecções pleurais diminuem o FTV
o Afecções do parênquima aumentam FTV
 Frêmito brônquico e frêmito pleural
o Brônquico: equivalente tátil dos estertores
o Pleural: resulta da sensação tátil do ruído
de atrito provocado pelas superfícies
rugosas dos folhetos pleurais

PERCUSSÃO
Respiração de Biot: respiração em duas fases: apneia seguida
de movimentos inspiratórios e respiratórios anárquicos em Quatro tipos de som:
relação ao ritmo e amplitude
 Som claro pulmonar das áreas de projeção dos
pulmões
 Som timpânico no espaço de Traube
 Som submaciço na região inferior do esterno
 Som maciço na região inframamária direita e região
precordial

A percussão sob a concavidade do hemidiafragma direito


produz som maciço correspondente ao fígado
Respiração de Kussmaul: quatro fases:
Percussão sob a concavidade do hemidiafragma esquerdo
1. Inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, produz som timpânico
alternadas com inspirações rápidas e de pequena
amplitude  Ausência de timpanismo indica esplenomegalia
2. Apneia em inspiração Doenças pulmonares que provocam redução da quantidade
3. Expirações ruidosas gradativamente mais profundas de ar nos alvéolos causam som maciço
alternadas com inspirações rápidas e de pequena
amplitude Doenças pulmonares que aumenta a quantidade de ar
4. Apneia em expiração provocam hipersonoridade e até mesmo timpanismo

AUSCULTA

SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS

Som traqueal: audível na projeção da traqueia, pescoço e


região esternal

 Causada pela passagem de ar através da fenda


glótica e na própria traqueia
Respiração suspirosa: paciente executa série de movimentos  Componente inspiratório é seguido por um intervalo
inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração que separa do componente expiratório (um pouco
breve e rápida mais forte e prolongado)

 Pode acontecer dos movimentos respiratórios Som brônquico: som audível na zona de projeção dos
normais serem interrompidos por suspiros isolados brônquios de maior calibre
ou agrupados
 Se assemelha ao traqueal, diferindo no componente
o Indica tensão emocional e ansiedade
expiratório menos intenso
Murmúrio vesicular: ruídos ouvidos na maior parte do tórax  Na respiração formada ocorre intensificação desse
som
 Componente inspiratório mais intenso, duradouro e
mais alto em relação ao expiratório Atrito pleural: ruído irregular, descontínuo
 Não tem intervalo silencioso entre as duas fases
 Intensidade mais forte na parte anterossuperior,  Mais intenso na inspiração
axilas e regiões infraescapulares  Causado por pleurite (folhetos pleurais se recobrem
de exsudato)
Som broncovesicular: soma dos sons brônquicos com
murmúrio vesicular AUSCULTA DA VOZ

 Intensidade e duração da inspiração e expiração tem Em condições normais, a voz falada e cochichada produz sons
igual magnitude, um pouco mais forte que no incompreensíveis
murmúrio vesicular A diminuição ocorer no espessamento pleural e derrames
 Ausculta: regiões esternal superior,
interescapulovertebral direita e ao nível das 3ª e 4ª O aumento ocorre na condensação pulmonar, com
vértebras dorsais broncofonia (ausculta-se a voz sem nitidez)

SONS OU RUÍDOS ANORMAIS DESCONTÍNUOS Pectorilóquia fônica: quando se ouve a voz falada com
nitidez
Estertores: ruídos audíveis na inspiração ou expiração,
superpondo-se aos sons normais Egofonia: broncofonia de qualidade nasalada e metálica

 Estertor fino ou crepitante: ocorrem no final da DOENÇAS


inspiração, tem frequência alta (aguda) e duração
curta ASMA
o Não se modificam com a tosse Caracterizada por sibilos, roncos e/ou estertores grossos
o Ouvidos principalmente nas zonas
pulmonares influenciadas pela força da Inspeção e palpação podem estar normais
gravidade
Pode haver aumento da frequência respiratório e redução
o Causada pela abertura de vias respiratórias
bilateral da expansibilidade se o paciente estiver
anteriormente fechadas devido à pressão
hiperinsuflado (asma em crise)
exercida pela presença de líquido no
parênquima pulmnonar ou por alteração no Nesse caso, também haverá hipersonoridade, redução do
tecido suporte das paredes brônquicas frêmito toracovocal e do murmúrio vesicular bilateralmente
 Estertor grosso ou bolhoso: frequência menor
(grave) e maior duração BRONQUITE AGUDA
o Pode ser ouvido em todas as regiões do
Geralmente causada por vírus que compromete as vias
tórax respiratórias desde a faringe
o Audíveis no início da inspiração e durante
toda a expiração Quadro clínico:
o Causada pela abertura e fechamento das
vias respiratórias contendo secreção viscosa  Febre, cefaleia
e espessa ou afrouxamento da estrutura de  Desconforto retroesternal
suporte das paredes brônquicas  Rouquidão
 Tosse seca
SONS OU RUÍDOS ANORMAIS CONTÍNUOS  Após alguns dias, expectoração mucosa que se
transforma em mucopurulenta se houver infecção
Roncos: constituídos por sons graves
bacteriana secundária
 Causados pela vibração das paredes brônquicas e do Inspeção: dispneia, tórax em posição de inspiração profunda,
conteúdo gasoso quando há estreitamento desses tiragem
ductos
 Aparecem na inspiração e expiração, predominando Palpação: FTV normal ou diminuído
na última
 São mutáveis e desaparecem em curto período Percussão: normal ou hipersonoridade

Sibilos: sons agudos Ausculta: diminuição do MV com expiração prolongada,


sibilos predominantemente expiratórios em ambos os
 Causados por vibrações das paredes bronquiolares e campos pulmonares. Pode haver roncos e estertores grossos
de seu conteúdo gasoso
 Aparece na inspiração e expiração BRONQUITE CRÔNICA DA DPOC
 São múltiplos e disseminados por todo tórax Excessiva secreção de muco na árvore brônquica
Estridor: produzido pela semiobstrução da laringe ou Principal manifestação: tosse com expectoração
traqueia mucopurulenta de pequeno volume por meses
Alterna períodos de melhora e piora, dependendo de  Retração do hemitórax e tiragem
infecções, poluição atmosférica e uso de tacado  Expansibilidade diminuída
 FTV diminuído ou abolido
 Submacicez ou macicez
Exame físico:  Som broncovesicular
 Ressonância vocal diminuída
 Estertores grossos disseminados em ambos os
hemitórax ENFISEMA PULMONAR
 Roncos e sibilos
Hiperaeração por aumento anormal dos espaços aéreos
 Redução bilateral da expansibilidade
distais ao bronquíolo terminal, com modificações estruturais
 Hipersonoridade e redução do FTV e do murmúrio das paredes alveolares
vesicular nos indivíduos com enfisema associado
Manifestação clínica mais importante: dispneia que se
BRONQUIECTASIA agrava lentamente
Dilatação irreversível dos brônquios devido a destruição de No final surge insuficiência respiratória
componentes da parede
Fases iniciais: ao exame físico, encontra-se apenas redução
Pode comprometer segmentos ou lobos em ambos os do murmúrio vesicular e expiração prolongada
pulmões
Exame físico:
Principal manifestação: tosse produtiva com expectoração
mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã  Expansibilidade diminuída
 Tórax em tonel em casos avançados
Pode levar a alterações da frequência respiratória, da
 FTV diminuído
expansibilidade e do FTV (hipersonoridade)
 Sonoridade pulmonar normal no início
Ausculta: estertores grossos, roncos e sibilos  Hipersonoridade quando agrava
 Mumúrio vesicular diminuído
Quando extensas, observa-se submacicez  Fase expiratória longa
SÍNDROME DE CONSOLIDAÇÃO PULMONAR  Resosnância vocal diminuída

Ocupação dos espaços alveolares por células e exsudato CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES

Principais manifestações clínicas: dispneia e tosse, que pode Principais causas: insuficiência ventricular esquerda e
ser seca ou produtiva estenose mitral

Quando há expectoração, é comum achados de sangue Líquido se acumula no interstício, causando dispneia de
misturado com muco ou pus (hemoptoica) esforço, dispneia de decúbito e dispneia paroxística noturna,
além de tosse seca e, às vezes, sibilância
Na tuberculose, hemoptises são frequentes,
Exame físico:
Quando há comprometimento da pleura:
 Expansibilidade normal ou diminuída
 Desconforto restroesternal  FTV normal ou aumentado
 Dor localizada em um dos hemitórax  Submacicez nas bases pulmonares
 Estertores finos nas bases dos pulmões
Exame físico:
 Prolongamento do componente expiratório quando
 Expansibildiade diminuída há broncoespasmo
 FTV aumentado  Ressonância vocal normal
 Submacicez ou macicez durante percussão ESCAVAÇÃO
 Respiração brônquica substituindo o murmúrio
vesicular Cavernas pulmonares são consequência de eliminação do
 Broncofonia ou egofonia parênquima em uma área que sofreu necrobiose
 Pectorilóquia
Pode ocorres nos abscessos, neoplasias, micoses
 Estertores finos
Principal causa: tuberculose
ATELECTASIA
Tosse produtiva e vômica fracionada ou não
Principal elemento: desaparecimento de ar dos alvéolos sem
que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato Exame físico:
Causas mais comuns: neoplasias e corpos estranhos que  Tosse seca com expectoração purulenta ou
ocluem a luz dos brônquios hemoptoica
Sintomas: dispneia, tosse seca  Expansibilidade diminuída na região afetada
 FTV aumentado se houver secreção
Exame físico:  Sonoridade normal ou som timpânico
 Som broncovesicular ou brônquico no lugar do  Dor em queimação ou ardência no precórdio,
murmúrio vesicular formigamento ou facada podem ser expressões de
 Ressonância vocal aumentada ou pectorilóquia dor cardíaca

Duração

SISTEMA CARDIOVASCULAR  Dor da angina tem duração curta (2-3min) por conta
da sua origem ser na hipóxia cardíaca
SINTOMAS E SINAIS  Na angina instável, a dor chega a durar 20min por
conta de alterações histológicas
DOR
 No infarto do miocárdio, a dor pode durar mais de
Características importantes na avaliação semiológica da dor 20 min quando ocorre alterações necróticas
precordial:
Intensidade
 Localização
 Varia de acordo com o grau de comprometimento
 Irradiação
isquêmico
 Caráter
 Intensidade Fatores desencadeantes/agravantes:
 Duração
 Frequência  Dor de angina no peito ocorre quase
 Fatores desencadeantes ou agravantes invariavelmente após esforço físico, mas pode ser
 Fatores atenuantes desencadeada por condições que aumentam
 Sintomas concomitantes trabalho cardíaco
 No infarto do miocárdio, a dor normalmente inicia
DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA com o paciente em repouso
 Dor retroesternal, que ocorre após vômitos intensos,
Admite-se que toda dor de origem isquêmica seja devida à deve-se à laceração da mucosa do segmento inferior
hipóxia celular do esôfago
 Desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio  Dor torácica que surge com mudanças de decúbito
ou movimentos do pescoço está relacionada com a
Causa mais comum de isquemia micárdica: aterosclerose coluna cervical ou dorsal (osteoartrite, hérnia de
coronária disco)
 Dor retroesternal e epigástrica durante deglutição é
Localização
causada por espasmo esofágico e esofagite
 Localização mais típica é a retroesternal, podendo  Dor que se agrava com tosse pode ser por
ser sentida à esquerda ou raramente à direita da pericardite, pleurite ou compressão de uma raiz
linha esternal nervosa
 Pode ser restrita a uma pequena área ou ocupar
Fatores atenuantes da dor
toda a região precordial
 Na angina do peito, o paciente encontra alívio pelo
Irradiação
repouso
Está relacionada com a intensidade (maior a intensidade, o Uso de vasodilatadores coronários também
maior a chance de irradiar-se) faz a dor desaparecer
 Na angina de peito, a dor desaparece 3-4min após
Irradiação da dor por obstrução de artéria coronária: uso de nitrato sublingual
 Na angina instável, a dor desaparece 5-10min após o
 Pavilhões auriculares
uso de nitrato sublingual
 Maxilar inferior
 Dor da pericardite pode aliviar-se quando o paciente
 Nuca
inclina o tórax para frente ou o comprime com
 Região cervical
travesseiro
 Membros superiores
 Ombros Manifestações concomitantes
 Região epigástrica
 Região interescapulovertebral  Infarto do miocárdio: precordialgia intensa,
náuseas, vômitos e sudorese fria
Caráter ou qualidade:  Isquemia provocada por taquiarritmia: dor
precordial durante crise de palpitações
 Dor anginosa é quase sempre do tipo constritiva
o Sensação de aperto no tórax ou região DOR DE ORIGEM PERICÁRDICA
retroesternal
o Sensação de nó na garganta Provavelmente causada por atrito entre as membranas ou
o Nas áreas de irradiação, o paciente tem distensão rápida do saco pericárdico por líquido
impressão de aperto no braço Dor da inflamação do pericárdio é mais aguda que da angina
do peito
Localizada na região retroesternal com irradiação para  As causadas por alterações do ritmo cardíaco
pescoço e costas  As causadas por distúrbios emocionais
Não tem relação com exercícios físicos SÍNCOPE E LIPOTÍMIA
Fatores agravantes: Síncope: perda súbita e transitória de consciência e tônus
muscular postural
 Respiração
 Decúbito dorsal Lipotímia: perda parcial da consciência
 Movimentos na cama
 Deglutição Pode ser de origem psicogênica ou redução aguda e
transitória do fluxo sanguíneo cerebral
 Movimentação do tronco
Quando relacionado com alteração da circulação cerebral,
Fatores de melhora: quando inclina o tórax para frente ou se
pode ser consequência de:
coloca na posição genupeitoral
 Transtorno do ritmo cardíaco e da condução do
DOR DE ORIGEM AÓRTICA
estímulo
Aneurismas de aorta geralmente não provocam dor  Diminuição do débito cardíaco
 Perturbação dos mecanismos vasomotores
Dissecção aguda da aorta determina quadro doloroso  Diminuição do retorno venoso
importante  Hipovolemia
 Início súbito Na maioria das vezes, se inicia com sensação de fraqueza,
 Muito intensa tonturas, sudorese e palidez
 Tipo lancinante
 Localização retroesternal ou face anterior do tórax Na síncope, a pressão arterial cai rápida e intensamente, a
 Irradiação para o pescoço, região interescapular e frequência cardíaca diminui e a respiração torna-se irregular
ombros
CIANOSE
 Paciente fica inquieto
Coloração azulada da pele e mucosas devido ao aumento de
DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA hemoglobina reduzida no sangue capilar
Aparece em indivíduos com ansiedade e/ou depressão Quatro tipos de cianoses:
Pode fazer parte da síndrome de astenia neurocirculatória ou
 Central
“neurose cardíaca”
 Periférica
Dor limita-se à região da ponta do coração e persiste por  Mista
horas ou semanas  Por alterações da hemoglobina

 Piora quando o paciente tem contrariedades ou EDEMA


emoções desagradáveis
Causa básica do edema cardíaco é a insuficiência ventricular
 Não está relacionada com exercícios
direita por aumento da pressão hidrostática associado à
Nas crises de dor, também ocorre palpitações, dispneia retenção de sódio
suspirosa, dormências, astenia, instabilidade emocional e
Localiza-se primeiramente nos membros inferiores, é
depressão
bilateral e pode ser assimétrico
Dor alivia parcialmente com repouso, analgésicos,
Intensifica-se com o decorrer do dia, atingindo máxima
tranquilizantes e placebos
intensidade à tarde
PALPITAÇÕES
Diminui ou desaparece com repouso noturno
É a percepção incômoda dos batimentos cardíacos
Com o agravamento da função cardíaca, o edema atinge todo
 Nem sempre essa percepção significa alterações do o corpo, inclusive o rosto (anasarca)
ritmo cardíaco (arritmia)
Quando é de origem cardíaca, encontram-se outros sinais de
Decorre de transtornos do ritmo ou da frequência cardíaca insuficiência ventricular direita:

Devem ser analisadas quanto:  Ingurgitamento das jugulares


 Refluxo hepatojugular
 Frequência  Hepatomegalia
 Ritmo
 Horário de aparecimento EXAME FÍSICO
 Modo de instalação e desaparecimento
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
Três tipos principais de palpitações:
Deve-se analisar:
 Palpitações de esforço
 Pesquisa de abaulamento
 Análise do ictus cordis  Indica dilatação
 Análise dos batimentos ou movimentos visíveis ou
palpáveis Ictus cordis propulsivo: a mão que o palpa é levantada a cada
 Pesquisa de frêmito cardiovascular contração

ABAULAMENTO  Indica hipertrofia

Abaulamento da região precordial pode indicar: BATIMENTOS OU MOVIMENTOS

 Aneurisma de aorta Outros batimentos visíveis ou palpáveis:


 Cardiomegalia  Retração sistólica
 Derrame pericárdico  Levantamento em massa do precórdio
 Alterações da caixa torácica  Choques valvares
ICTUS CORDIS  Cliques
 Pulsação epigástrica
Investiga-se:  Pulsação supra-esternal

 Localização FRÊMITO CARDIOVASCULAR


 Extensão
 Mobilidade Sensação tátil determinada por vibrações produzidas no
coração ou nos vasos
 Intensidade e forma da impulsão
 Ritmo Características que devem ser investigadas:
 Frquência
 Localização (utilizando como referência as áreas de
Nos mediolíneos, o ictus cordis localiza-se no cruzamento da ausculta)
linha hemiclavicular esquerda com o 5º espaço intercostal  Situação no ciclo cardíaco (diferenciar pela
coincidência ou não com ictus cordis)
Nos brevelíneos, desloca-se 2 cm para fora e no 4º
 Intensidade (avaliar em cruzes)
espaço intercostal
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS DAS HIPERTROFIAS E
Nos longilíneos, costuma estar no 6º espaço intercostal, 1 ou DILATAÇÕES VENTRICULARES
2 cm para dentro da linha hemiclavicular
Ventrículo direito dilatado:
Ictus cordis pode tornar-se invisível e impalpável em:
 Abaulamento da região precordial
 Obesidade  Levantamento em massa dessa região (impulsão
 Musculatura muito desenvolvida sistólica)
 Grandes mamas o Mais visível nas proximidades do esterno
 Enfisema pulmonar  Retração sistólica ao nível do ictus cordis
 Pulsações epigástricas
Deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ou
hopertrofia do ventrículo esquerdo, ocorrendo em: Hipertrofia ventricular esquerda:

 Estenose aórtica  Deslocamento do ictus cordis


 Insuficiência aórtica o Se torna vigoroso e com caráter propulsivo,
 Insuficiência mitral difuso
 Hipertensão arterial o Precisa de 3 polpas digitais ou mais para
recobrir
A extensão do ictus cordis é feita determinando quantas
polpas digitais são necessárias para cobri-lo AUSCULTA

 Condições normais: uma ou duas polpas digitais FOCOS OU ÁREAS DE AUSCULTA


 Hipertrofia ventricular: três polpas ou mais
Foco mitral: 5º espaço intercostal esquerdo na linha
 Grande dilatação e hipertrofia: até toda a palma da
hemiclavicular
mão
 Corresponde ao ictus cordis
Intensidade é avaliada com o repouso da palma da mão sobre
a região dos batimentos Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo, junto ao
esterno
 Hipertrofia ventricular esquerda: choques de ponta
mais vigorosos  Análise da 2ª bulha pulmonar
 Quando a hipertrofia ventricular esquerda é
consequência da insuficiência aórtica, encontra-se Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito, justaesternal
ictus cordis de grande intensidade
 Muitas vezes, o melhor local para perceber
Ictus cordis difuso: área corresponde a três ou mais polpas fenômenos acústicos de origem aórtica é a área
digitais entre o 3º
e 4º espaço intercostal esquerdo, próximo ao esterno (foco  Insuficiência mitral
aórtico acessório)  Miocardite
 Shunts da esquerda para direita
Foco tricúspide: base do apêndice xifoide, ligeiramente para
a esquerda Na ausência desses dados, considera-se a B3 fisiológica
BULHAS CARDÍACAS O ritmo tríplice por B3 fisiológica se assemelha a um
desdobramento longo da B2
PRIMEIRA BULHA (B1)
 TUM-TA-TU
Principal elemento é o fechamento das valvas mitral e
tricúspide RITMO DE GALOPE
Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo Os sons que se ouvem lembram o ruído das patas de um
cavalo galopando
Timbre mais grave e tempo de duração um pouco maior que
da segunda bulha  PA-TA-TA
 Representado por TUM É bem mais audível quando se apoia a câmpanula com
suavidade sobre a parede torácica
Em condições normais, tem maior intensidade no foco mitral,
onde costuma ser mais forte que a 2ª bulha Mais audível na ponta do coração ou junto à borda esternal,
com o paciente em decúbito lateral esquerdo
SEGUNDA BULHA (B2)
Às vezes é mais palpável do que audível
Principais elementos são os fechamentos das valvas aórtica e
pulmonar Significa sempre um comprometimento do miocárdio
 Representado por TA Três tipos:
Desdobramento fisiológico da segunda bulha: ocorre na  Ritmo de galope ventricular
inspiração, quando o componente pulmonar sofre um  Ritmo de galope atrial
retardo que é suficiente para perceber os dois componentes  Ritmo de galope de soma
da B2
SOPROS
Quando se ouve o desdobramento, o ruído é representado
por TLA Os sopros são produzidos por vibrações decorrentes de
alterações do fluxo sanguíneo.
Em condições normais, a B2 é mais intensa no foco aórtico
para adultos Os sopros aparecem nas alterações do próprio sangue, da
parede do vaso ou das câmaras cardíacas, principalmente nos
TERCEIRA BULHA (B3)
aparelhos valvares
Ruído que se origina das vibrações da parede ventricular
subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra Investigar:
a cavidade durante o enchimento  Situação no ciclo cardíaco
 Localização
É mais auscultado em crianças e adultos jovens e mais audível  Irradiação
na área mitral com a campânula  Intensidade
É representada por TU  Timbre e tonalidade
 Modificação com a fase da respiração, com a posição
QUARTA BULHA (B4) do paciente e com exercício físico.
Ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e raramente é ouvida 1) Situação no ciclo cardíaco
em condições normais Sopros sistólicos.
RITMO E FREQUÊNCIA CARDÍACA Sopro de ejeção: Causado por estenose da valva aórtica ou
pulmonar, começa alguns centésimos de segundo após a 1ª
Quando há apenas duas bulhas, é um ritmo binário bulha.
Quando há um terceiro ruído, trata-se de um ritmo tríplice
Sopro de regurgitação: Este tipo de sopro é audível desde o
Em condições normais em adultos, a frequência vai de 60-100 início da sístole; por isso aparece com a 1ª bulha, recobrindo-
batimentos por minutos a e mascarando-a. Ocupa todo o período sistólico com
intensidade mais ou menos igual e termina imediatamente
RITMOS TRÍPLICES antes da 2ª bulha ou pode recobri-la. Esses sopros são
causados pela regurgitação de sangue dos ventrículos para os
O 3º ruído acontece na diástole
átrios, quando há insuficiência mitral ou tricúspide, ou de um
Para diferenciação da B3 fisiológica da patológica, deve-se ventrículo para o outro, quando existe uma comunicação
levar em considerações outros dados que indiquem entre eles.
existência de cardiopatia:
Sopros diastólicos. Os sopros diastólicos, como o nome Pulso dicrótico: percebe-se dupla onda em cada pulsação,
indica, aparecem durante a diástole e, conforme o momento sendo a primeira mais nítida e intensa
em que nela se situam, são classificados em protodiastólicos,
mesodiastólicos e telediastólicos ou pré-sistólicos. Pulso bisferiens: duas ondulações aparecem no ápice da onda
O sopro diastólico das estenoses atrioventriculares (estenose do pulso
mitral e estenose tricúspide) ocupa a parte média da diástole. Pulso alternante: de modo sucessivo percebe-se uma onda
ampla seguida de uma mais fraca
Outro grupo de sopros diastólicos são os que aparecem
quando as valvas sigmoides aórticas e pulmonares não se Pulso filiforme: pulso de pequena amplitude e mole
fecham completamente. Características:
 início imediato após a 2ª bulha  Indica colapso circulatório periférico
 sopros de alta frequência Pulso paradoxal: diminuição da amplitude das pulsações
 tonalidade aguda durante a inspiração forçada
São consequência da "regurgitação" de sangue de um dos
vasos da base para um dos ventrículos. PULSO CAPILAR

Observado principalmente nas unhas


Sopros contínuos:
São ouvidos durante toda a sístole e a diástole, sem PULSAÇÃO DAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS
interrupção, recobrindo e mascarando a 1ª e a 2ª bulha.
Aparecem na persistência do canal arterial, nas fístulas Em pacientes com aumento da pressão arterial diferencial, as
arteriovenosas, nas anomalias dos septos aortopulmonares e pulsações carotídeas se tornam mais evidentes
no rumor venoso.
 Ex: insuficiência aórtica e hipertireoidismo
EXAME DA AORTA
Verificar:
INSPEÇÃO
 Estado da parede arterial
Examinar a parede torácica olhando-a obliquamente
 Amplitude do pulso
Procurar evidenciar abaulamentos pulsáteis que são o Quando há diferença entre as carótidas, é
indicativos de aneurisma aórtico indicativo de estenose ou oclusão do vaso
 Presença de frêmito
Nos abaulamentos torácicos provocados por aneurismas da o Pode ter origem na oclusão ou estenose da
aorta, as pulsações são multidirecionais carótida
PULSOS INGURGITAMENTO E PULSAÇÕES DAS VEIAS JUGULARES
Deve-se analisar: Pulso venoso: pulsações observadas na base do pescoço
 Pulso radial  São dependentes das modificações de volume que
 Pulso capilar ocorrem nas veias jugulares externas durante o ciclo
 Pulsações das artérias carótidas cardíaco
 Pulsações das veias jugulares (pulso venoso)  Reflete a dinâmica do coração direito e as ondas que
Obs: déficit de pulso o constituem

Quando o número de batimentos cardíacos é maior que o O examinador deve avaliar o estado de turgência das
número de pulsações da artéria radial, jugulares externas e a presença de frêmito ou sopro nos
vasos do pescoço
Causada por contrações ventriculares ineficazes
Em condições normais, as veias jugulares tornam-se túrgidas
Principais causas: apenas quando o paciente está em decúbito

 Extra-sistolia ventricular Ingurgitamento jugular: as veias jugulares permanecem


 Fibrilação atrial túrgidas quando o paciente adota a posição semi-sentada ou
sentada
TIPOS DE ONDA:
 Traduz hipertensão venosa no sistema da veia cava
Onda de pulso normal superior
Pulso célere ou em martelo d’água: aparece e some com  Aparece quando há compressão da VCS, insuficiência
rapidez ventricular direita ou pericardite constritiva

 Decorre do aumento da pressão diferencial PRESSÃO ARTERIAL

REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

Pulso anacrótico: pequena onda inscrita no ramo ascendente Sistema humoral, feito pelos rins e suprarrenais, é mediado
da onda pulsátil por substâncias como: renina, aldosterona, angiotensina,
prostaglandinas, vasopressina, etc
Mecanismos nervosos e humorais influenciam todos os Frequência cardíaca inferior a 60bpm
fatores que determinam a pressão arterial, agindo
principalmente sobre a reatividade vascular Acontece por exacerbação vagal e/ou redução do tônus
simpático
Os fatores determinantes e os mecanismos reguladores da
pressão arterial influenciam-se reciprocamente Pode ocorre em condições:

PULSO ALTERNANTE  Fisiológicas: sono


 Patológicas: hipotireoidismo
Importante sinal de insuficiência ventricular esquerda  Ação de medicamentos: beta bloqueadores
É pesquisado durante a medida da pressão arterial RITMO JUNCIONAL
Ao desinsuflar o manguito, observar a intensidade dos ruídos Formação do estímulo situa-se na junção atrioventricular
que constituem a fase I da escala de Korotkoff
Emite estímulos de 40-50 por minuto, impedindo a parada
 Pulso alternante é reconhecido nesse momento pela cardíaca
alternância entre um ruído forte e um fraco
Os átrios passar a ser ativados por via anterógrada
PRESSÃO DIFERENCIAL
ARRITMIA SINUSAL
É a diferença entre a pressão sistólica e a distólica
Variação na frequência cardíaca, geralmente relacionado com
Na maioria das vezes, está entre 30 e 60mmHg a respiração
Pressão convergente: quando há decréscimo da pressão Na inspiração há aumento e na expiração diminui
diferencial. Encontrado em:
Deve-se a variação da influência vagal que se relaciona com a
 Doenças que determinam hipotensão arterial aguda respiração
 Estenoso aórtica
 Derrame pericárdico Na ausculta, percebe-se uma irregularidade na sequência das
 Pericardite constritiva bulhas
 Insuficiência cardíaca grave EXTRASSÍSTOLES
Pressão divergente: aumento da pressão diferencial. É São sístoles extras de causas variadas
encontrado em:
Anterior à sístole normal, habitualmente seguida de uma
 Síndromes hipercinéticas pausa (pausa compensadora)
o Hipertireoidismo
o Fístula arteriovenosa Pode ser de origem supraventricular ou ventricular
o Insuficiência aórtica
Apresenta-se isoladas ou agrupadas
 Fibrose senil dos grandes vasos
Podem ter causas extracardíacas, cardíacas ou por ação de
DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR medicamentos
ARRITMIAS Quando muito frequentes, podem ocasionar o aparecimento
Ausência de regularidade do ritmo cardíaco de manifestações de baixo débito cardíaco

Classificação: Na ausculta são percebidas como batimentos extras

TAQUICARDIA PAROXÍSTICA
 Por perturbação na formação do estímulo
 Por perturbação na condução do estímulo Quando há estímulos em uma frequência entre 150-250 bpm
 Por ambos os fatores e o coração passa a ser por ele mesmo comandado
TAQUICARDIA SINUSAL Sua etiologia assemelha-se à da extrassístole
Frequência cardíaca superior a 100bpm Manifestações:
Acontece por exacerbação do tônus simpático e/ou redução  Palpitação
vagal  Baixo débito cardíaco
Atua como mecanismo de compensação para aumento do  Restrição diastólica
débito cardíaco Comum em paciente com miocárdio lesado
Pode ocorrer em duas condições: Na ausculta, deve-se dar atenção à alta frequência
(>180bpm)
 Fisiológicas: esforço e emoção
 Patológicas: febre, IC, anemia BLOQUEIO DE RAMO
BRADICARDIA SINUSAL Retardo ou impossibilidade de condução do estímulo no feixe
de His
Causa um atraso na despolarização do ventrículo Estreitamento do orifício atrioventricular esquerdo

Causas mais frequentes: Exame físico:

 Doença de Chagas  Abaulamento paraesternal esquerdo


 Cardiopatia isquêmica  Ictus impalpável ou de pequena intensidade
 Bulhas palpáveis e hiperfonéticas
FIBRILAÇÃO ATRIAL  Estalido de abertura mitral
Ritmo cardíaco completamente irregular  Sopro diastólico

Atividade do nó sinusal substituída por estímulos dos mm INSUFICIÊNCIA MITRAL


atrial em uma frequência de 400 a 600bpm
Fechamento incompleto da valva mitral com refluxo de
Há somente movimentos irregulares, sem contrações atriais sangue para o átrio esquerdo

Causas mais comuns: Exame físico:

 Estenose mitral  Quando causado por IAM:


 Doença de Chagas o VE hipercinético
 Cardiopatia isquêmica o Sopro sistólico de regurgitação
 Hipertireoidismo o 4ª bulha
 Quando causada por moléstia reumática:
FLUTTER ATRIAL o Dilatação do VE
o Frêmito sistólico no foco mitral
Mesmo princípio da fibrilação, mas com frequência cardíaca
de 300-400 por minuto o 3ª bulha cardíaca
o Sopro sistólico de regurgitação
VALVULOPATIAS o Sopro diastólico curto
Principais alterações: INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE
 Estenose: estreitamento do orifício da valva, Pode ser orgânica ou funcional
obstruindo o fluxo de sangue
 Insuficiência: incapacidade de fechamento, Sinais:
permitindo refluxo de sangue  Ventrículo direito hipertrofiado
ESTENOSE AÓRTICA  Sopro holossistólico de alta frequência (aumenta
com inspiração profunda)
Valva aórtica se torna espessa, fibrótica e calcificada, com
redução da mobilidade e diminuição do orifício Tardiamente, aparecem sintomas de insuficiência cardíaca

Obstrui fluxo sanguíneo do VE para aorta ascendente ESTENOSE TRICÚSPIDE

Ocorre hipertrofia ventricular esquerda Estreitamento do orifício tricúspide, obstruindo fluxo


sanguíneo do AD para o VD
Exame físico:
Sintomas:
 Pulso radial de pequena amplitude
 Ictus intenso e deslocado para baixo e esquerda  Fadiga
 Sopro sistólico de ejeção  Pele fria
 Desconforto abdominal
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA
Sintomas:
Paciente apresenta:
 Dispneia de esforço
 Ortopneia  Insônia e irritabilidade
 Dispneia paroxística noturna  Dispneia
 Palpitações  Tosse
 Angina  Asma cardíaca
 Edema pulmonar agudo
Sinais:  Noctúria
 Fadiga e astenia
 A nível do coração: ictus cordis deslocado para baixo
e esquerda, sopro diastólico, aspirativo e em INSUFICIÊNCIA VENTRICULAR DIREITA
decréscimo
 Periféricos: pulso radial amplo e célere, pulsações Paciente apresenta:
visíveis das carótidas e na base da língua, duplo
 Insônia e irritabilidade
sopro à compressão da artéria femoral
 Cianose
ESTENOSE MITRAL  Jugulares ingurgitadas
 Reflexo hepatojugular  Queimação epigástrica
 Hepatomegalia  Vômito
 Noctúria e oligúria  Eructação
 Fadiga e astenia
 Edema Causas:

TETRALOGIA DE FALLOT  Refluxo esofágico


 Úlcera
Constituída de 4 defeitos anatômicos:  Neoplasias

 Hipertrofia do VD PIROSE
 Estenose pulmonar
 Deslocamento da aorta para a D Dor ou sensação de queimação retroesternal
 Comunicação interventricular Frequente em casos de refluxo gastroesofágico
Gravidade depende do grau de estenose Se não lesa a mucosa, é dita pirose funcional
Pacientes podem ter crises de hipóxia EXAME FÍSICO
 Aumento da cianose INSPEÇÃO
 Perda de consciência
 Taquipneia Detecção de tumores

Crianças adotam a posição de cócoras Quando há obstrução do trato de saída do estômago, o


peristaltismo gástrico é visível
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
Peristaltismo é normal em pacientes caquéticos com
Desproporção entre a oferta e o consumo de oxigênio por: hipotonia abdominal
 Diminuição da oferta PALPAÇÃO
 Aumento do consumo
Dor intensa pode decorrer de doenças orgânicas nas camadas
Em qualquer condição, ocorre isquemia miocárdica muscular e mucosa
Isquemia pode ser de 3 tipos clínicos: Dor à descompressão brusca é sinal de irritação peritoneal
(sinal de Blumberg)
 Angina de peito
 IAM ABDOME – INTESTINO DELGADO
 Cardiomiopatia isquêmica
SINAIS E SINTOMAS
MIOCARDITES AGUDAS
DOR
Inflamação do músculo cardíaco
Dor difusa: por todo o abdome. Com manobras palpatórias é
Causa reumática é a mais comum possível localizar o órgão em que iniciou-se o processo.
Manifestações: Peritonite, colite, obstrução intestinal

 Taquicardia persistente Dor no quadrante superior D: destaque para impactação


fecal e colecistite
 Dor precordial atípica
 Diminuição da intensidade das bulhas Dor no quadrante inferior D: destaque para apendicite,
 Ritmo de galope câncer de ceco, processos inflamatórios
 Arritmias
Dor no quadrante superior E: diverticulite, impactação fecal
ABDOME – ESTOMAGO E DUODENO alta, obstipação intestinal crônica

SINAIS E SINTOMAS Dor no quadrante inferior E: irritação da mucosa, doença


diverticular do cólon, processos inflamatórios e obstipação
DISPEPSIA intestinal
Dor ou desconforto na parte alta do abdome DIARREIA
Pode ter causa orgânica ou funcional Número aumentado de dejeções
Funcional pode ser por síndrome do desconforto pós-prandial Diminuição da consistência fecal
ou síndrome da dor epigástrica
Às vezes, restos alimentares nas fezes
Síndrome dispéptica:
DISENTERIA
 Dispepsia associada a pirose
 Plenitude pós-prandial
 Saciedade precoce
Síndrome que, além da diarreia, tem cólicas intensas, fezes ANORMALIDADES DE DESENVOLVIMENTO
mucossanguinolentas e tenesmo (dor na região anal com
desejo contínuo de evacuar) Artresia e estenose: estreitamento de determinados pontos
do intestino
OBSTIPAÇÃO INTESTINAL
Íleo meconial: obstrução pela aderência de mecônio na
Fezes retidas por mais de 48h parede intestinal

EXAME FÍSICO Divertículo de Meckel: remanescente do ducto


onfalomesentérico. Suscetível a transformação neoplásica,
INSPEÇÃO compressão e oclusão de alças
Paciente em decúbito dorsal. Avaliar forma e volume e ver se
há movimentos peristálticos visíveis
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
PALPAÇÃO
Bactérias e vírus:
Inicia-se pela fossa ilíaca direita (ceco)
Atuam sobre enterócitos, induzindo secreção de água e
Ao palpar o ceco, deve-se pesquisar o ‘sinal de gargarejo’ eletrólitos, o que leva à diarreia
(ruído provocado pela compressão e descompressão brusca
do órgão) Causa náuseas, vômitos, dor abdominal e desidratação

 Presença: existência de líquido. Comum na diarreia Tuberculose entérica

Em seguida palpa-se o cólon transverso e depois o sigmoide Causada por deglutição de escarro contaminado

PERCUSSÃO Perda da integridade da parede intestinal e ulcerações

Iniciar pela fossa ilíaca direita (ceco) Dor contínua ou cólica no QID, diarreia crônica, febre e
comprometimento do estado geral
Distensão gasosa no ceco: som timpânico
Doença de Chron:
Distensão gasosa no cólon transverso: faz com que o cólon
possa ser percutido no nível do epigástrio Doença granulomatosa crônica

AUSCULTA Íleo é o mais acometido

Ausculta os ruídos intestinais em duas situações: Apresenta fístulas, diarreia, dor abdominal e emagrecimento

 Casos de diarreia: aumento dos ruídos hidroaéreos DOENÇA CELÍACA


 Íleo paralítico: silêncio abdominal
Afecção difusa e crônica do ID proximal
DOENÇAS DO DELGADO Provoca má absorção de nutrientes
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA Causa atrofia das vilosidades intestinais e hiperplasia das
Analisar: criptas

 Localização do sangramento ABDOME – CÓLON, RETO, ÂNUS E PÂNCREAS


 Volume
DOENÇAS DO CÓLON, RETO E ÂNUS
 Velocidade
 Duração da perda sanguínea SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL
Principal manifestação é a melena (fezes com maior Sintomas indicativos de alterações emocionais
viscosidade e aspecto de borra de café)
Principal manifestação: dor em cólica, sem ritmo, às vezes
Pode acontecer enterorragia em 3 situações: acompanhada de distúrbios no ritmo intestinal
 Local de sangramento próximo à válvula ileocecal COLITES
 Perda sanguínea rápida e volumosa
 Existência de fatores que acelerem o trânsito Processo inflamatório de qualquer segmento do intestino
intestinal grosso. Pode ser:

Manifestações:  Colite amebiana


 Colite actinomicótica
 Tonturas ao esforço físico  Colite tuberculosa
 Escurecimento da visão  Colite granulomatosa/Doença de Crohn
 Sensação de vertigem  Retocolite ulcerativa inespecífica
 Palpitações  Colite isquêmica
 Hipotensão postural
 Febre DIVERTICULITE
Divertículos: pequenas bolsas saculares na parede dos cólons Exame físico:

Divertículo isolado: no ceco. Evolui com pouco ou nenhum  Fácies de sofrimento


sintoma, mas pode causar hemorragia e sediar processo  Abdome flácido
inflamatório  Em casos avançados:
o Sinal de Cullen: manchas azuladas
Difusa dos cólons: acomete pessoas acima de 65 anos.
periumbilicais
Relacionada com processos degenerativos dos tecidos.
o Sinal de Grey-Turner: manchas azuladas nos
Diverticular espástica do sigmoide: tem evolução mais grave, flancos
com episódios de cólica abdominal e alterações do ritmo
intestinal e instabilidade emocional. Pode causar
complicações como abdome agudo, fístulas, estenose do PANCREATITE CRÔNICA
sigmoide
Persistência e evolução de lesões, levando a insuficiência
MEGACÓLON CHAGÁSICO endócrina do órgão
Caracterizado por obstipação intestinal crônica Principal causa: etanol
Causada por incoordenação motora, consequente à lesões Duas formas clínicas:
dos neurônios dos plexos nervosos intramurais pela doença
de Chagas  Pancreatite crônica calcificante
 Pancreatite crônica obstrutiva (neoplasia, estenose
Manifestações: ou traumatismo)
 Estagnação das fezes Sintomas:
 Retenção de gases
 Dor na região epigástrica com irradiação. É pós-
Possui timpanismo abdominal prandial
 Icterícia por compressão do colédoco
Complicações: fecaloma e volvo do sigmoide
 Diarreia dissabsortiva e diabetes melitus (sintomas
APENDICITE tardios)

Processo inflamatório agudo e purulento, decorrente da


dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular

Dor na região epigástrica ou periumbilical, de início súbito


que se estaciona na FID

Palpação a dor no ponto de McBurney na FID

Sinal de Blumberg positivo: sensação dolorosa após


compressão vagarosa

Geralmente, movimentos peristálticos e ruídos hidroaéreos


ausentes

DOENÇAS DO PÂNCREAS
SÍNDROME DE INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA

Instalação gradual

Apresenta dor, perda de peso, icterícia, má absorção de


nutrientes e diabetes

PANCREATITE AGUDA

Principal etiologia: colelitíase

Causa dor abdominal contínua, de intensidade variável,


localizada na região epigástrica e no hipocôndrio D com
irradiação para o dorso

Manifestações:

 Náuseas
 Vômitos
 Desidratação
 Íleo paralítico
 Distensão abdominal

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