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JUCILANE
Febre Reumática
2. Uma escolar de 9 anos, no percentil 25 de peso, é atendida no PAP com quadro de febre há 3
dias e odinofagia importante. Ao exame físico, apresenta placas purulentas em amígdalas.
Qual o tratamento mais apropriado?
a) Amoxicilina 70 mg/kg/dia por 7 dias
b) Amoxicilina 50 mg/kg/dia por 10 dias
c) Penicilina benzatina 600.000 UI em dose única
d) Penicilina benzatina 1.200.000 UI em dose única
e) Cefalexina 50 mg/kg/dia por 10 dias
Em maiores de 20 kg → dose de 1.200.000
4. Um lactente de 10 meses é levado ao ambulatório pela avó devido à febre, obstrução nasal e
tosse há um dia. Ao exame, apresenta hiperemia de faringe, FR normal e ausência de tiragem
intercostal. A conduta mais adequada é:
a) Prescrever amoxicilina imediatamente devido à baixa idade
b) Prescrever SMT+TMP pela facilidade de posologia
c) Prescrever penicilina benzatina devido à melhor aderência ao tratamento
d) Agendar consulta de retorno para reavaliação em 24 a 48 horas e orientações gerais
e) Encaminhar ao pronto-socorro para realizar raio x de tórax
7.
Anemia
1. Em relação a anemia
(V) Na deficiência de B12 tem palidez progressiva, anemia, atrofia das papilas gustativas e
alterações visuais (cuidado pois ela muda para hipertrofia em outras questões)
(F) A anemia por deficiência de ácido fólico e por deficiência de B12 blá blá blá. O que difere é que
a primeira, ao contrário da segunda, cursa com alterações neurológicas
(F) Rosário raquítico, bla bla bla, deficiência de vitamina C (deficiência de vitamina D)
4. Lactente, sete meses de idade normal a termo, pesando 3.250g, esteve em aleitamento
materno exclusivo até os 6 meses e continuará a ser amamentada na fase de transição
alimentar. Mãe vem ao pediatra para orientação quanto à dieta e questiona sobre a
necessidade de reposição de ferro. Sobre anemia ferropriva, assinale a alternativa correta:
a) Os estoques de Ferro dessa criança devem começar a cair, mas o leite materno ainda será
a principal fonte desse micronutriente até os dois anos de idade uma vez que continuará ser
amamentada, não sendo necessária, nesse caso, a reposição
b) Está indicada a reposição profilática de ferro que deve ser realizada com 1mg de ferro
elementar/kg/dia até 12 meses de idade
c) O ferro não-heme presente em alimentos de origem vegetal apresenta baixa
biodisponibilidade e tem sua absorção dificultada pelos fitatos, tanino e cálcio e
facilitada pelo ácido ascórbico
d) Esse lactente, por ter sido amamentado exclusivamente até os 6 meses, não necessitará de
suplementação de ferro, independentemente de continuar recebendo leite materno
Obs.: leite materno pobre em ferro, lactente tem reserva até 4-6 meses de vida, depois de 6 inicia as papas que contribuem para o nível de ferro no lactente.
→Tb não lembro onde caiu o quê das anemias, mas importante saber (acho que não tem mais o que ela inventar
de anemia, já cobrou nas provas passadas demais já):
*Complexo Férrico Hidropolimatosado: 2-6mg/kg/dia. Dose máxima: 200mg (na prova era 300mg e estava errado)
*Ferro é o mais importante dos nutrientes não calóricos, entra na constituição química da hemoglobina, faz parte
da molécula de enzima e o quadro de anemia é sempre proporcional à sua carência. Não tem via de excreção
(metabolismo em circuito fechado) e seu excesso causa no organismo produz doenças graves.
*Carência de FOLATO (mais freq. Causador de anemia megalobástica). IGUAL A CARÊNCIA DE VIT B12, exceto
por LESÕES NEUROLÓGICAS!!! IMPTE! CAI TB!
(Doses farmacológicas de vit B12 corrigem a deficiência de ácido fólico e vice-versa. Tto com ÁCIDO FÓLICO
melhora a anemia, mas não trata manifestações neurológicas.
*tto de vit b12 (1000ug em dias alternados até normalização de Hb e Ht (Se manifestação neurológica: 5000ug a
cada duas semanas nos seis primeiros meses).
*Se anemia perniciosa: 1000ug IM por mês no primeiro ano. Após: 5000ug ao ano.
*Adm de ác fólico: 1cp de 5mg ao dia até melhorar níveis de Hb e Ht desde que o fator causal tenha sido
eliminado.
LETÍCIA
Otite
2. Menino, 2 anos, com sintomas gripais há 5 dias e, há 36 horas iniciou otalgia, febre,
irritabilidade e choro fácil. Exame físico: obstrução nasal, otoscopia com perda de brilho
bilateral, vascularização aumentada e abaulamento à esquerda. A conduta mais apropriada
é:
a) Coletar hemograma, de acordo com o resultado, prescrever antibiótico
b) Prescrever anti-inflamatórios e reavaliar após 24 horas
c) Prescrever analgésicos, soro fisiológico nasal e amoxicilina
d) Prescrever anti-inflamatórios, soro fisiológico nasal e amoxicilina
e) Prescrever solução otológica contendo antibiótico e anestésico; associar corticóide oral
Uso obrigatório de ATB: OMA bilateral em < 2 anos e sinais de gravidade
3. Menino, 3 anos de idade, é trazido à Unidade Básica de Saúde com febre (38,5 ºC) e otalgia
esquerda há 3 dias. Ao exame físico, a membrana timpânica esquerda está abaulada e
hiperemiada, sendo feito diagnóstico de otite média aguda e prescrita amoxicilina (50
mg/kg/dia). Após 72 horas, a criança retorna mantendo febre baixa (37,8 ºC). Ao exame
físico: região retroauricular esquerda abaulada, hiperemiada e dolorosa à percussão, além
de deslocamento do pavilhão auricular para frente. Qual é a conduta adequada?
a) Aumentar a dose da amoxicilina e reavaliar em 48 horas.
b) Substituir o antibiótico por amoxicilina + clavulanato e reavaliar em 48 horas.
c) Manter antibiótico na dose atual e encaminhar para ambulatório de otorrinolaringologia.
d) Internar e iniciar antibiótico por via parenteral.
e) Manter antibiótico na dose atual e prescrever anti-inflamatório não hormonal.
4. Menina de oito anos de idade, é levada à UPA, com intensa otalgia e febre há seis horas.
Exame físico: febril (38,5 ºC), prostrada, otoscopia com intensa hiperemia de conduto e
membrana timpânica com bolhas na porção externa. Restante do exame físico sem
alterações. O agente etiológico nesse caso é:
a) Moraxella catarrhalis
b) Haemophilus influenzae
c) Mycoplasma pneumoniae
d) Streptococcus pneumoniae
Esta questão trouxe um tipo de otite bem peculiar, que pode ser associado à otite externa, com mudanças na descrição de sua etiologia nos
últimos anos.
A miringite bolhosa é uma condição infecciosa na qual se desenvolvem ou vesículas na membrana timpânica. Esta apresentação pode imitar uma
otite média aguda (OMA), apresentando uma membrana timpânica espessada e eritematosa. Porém, o processo patológico é limitado à membrana
timpânica, e não afeta o conteúdo da orelha média.
Duas características diferenciam esta otite da apresentação tradicional da OMA: a miringite bolhosa pode apresentar uma otalgia mais intensa, e
não leva ao abaulamento da membrana timpânica verificado na OMA.
A grande questão em relação a esta otite é a etiologia. Na OMA, temos uma tríade famosa responsável pela maioria dos casos: S. pneumoniae, M.
catarrhalis e H. influenza. Já na otite externa, a Pseudomonas aeruginosa é o agente mais identificado.
A etiologia da miringite bolhosa é desconhecida, mas acredita-se que seja viral. Porém, em estudos publicados há mais de 50 anos, a infecção
experimental de voluntários adultos por Mycoplasma pneumoniae resultou em miringite bolhosa hemorrágica. Além disso, foram verificadas
algumas associações entre esta otite e a pneumonia atípica, causada pelo referido agente.
No entanto, estudos subsequentes de miringite bolhosa não identificaram o M. pneumoniae como agente causador, sendo estes casos associados
de maneira mais recente ao S. pneumoniae, o principal causador da OMA.
A instituição liberou como gabarito a alternativa “c”, ainda mantendo o antigo conceito de predominância do Mycoplasma pneumoniae como agente
causador. Provavelmente o examinador não se atualizou há alguns anos sobre este assunto, visto que a questão foi de 2020, e esta mudança de
padrão já foi reconhecida antes de 2010.
Contudo, várias bancas já questionaram a mesma informação e o gabarito foi S. pneumoniae. Caso este questionamento seja abordado
na sua prova, marque o S. pneumoniae.
Contribuições a mais:
OME dar gotas otológicas.
Colesteatomatosa- maioria sara sozinha.
A única indicação de antibiótico com certeza era em um caso lá (mas na OMA lactente sempre da!)
12. Otites
I. Otomicose – remédio tópico / pra otalgia (Verdadeiro)
14. Criança com um ano e meio de idade, retorna para reavaliar o quadro de otite em média
aguda, uma semana após a introdução de Amoxicilina da dose de 40 mg/kg/dia. Ficou afebril
48 horas após a introdução do tratamento, porém, ainda apresenta efusão e hiperemia na
membrana timpânica esquerda. Qual a melhor conduta?
a) Aumentar a dose de Amoxicilina para 80 mg/kg/dia e manter o tratamento por mais 10 dias,
pois a dose de antibiótico originalmente prescrita é mais baixa que atualmente preconizada
b) Trocar o antibiótico para um demais amplo espectro (cefalosporinas ou associação
amoxicilina-clavulanato), pois a efusão provavelmente se deve à presença de germe
produtor de beta-lactamase
c) Recomendar o uso associado de anti-inflamatório não hormonal, para abreviar a resolução
do quadro de efusão
d) Manter antibiótico até completar 10 dias e reavaliar a criança após o término do tratamento
e) Encaminhar para otorrinolaringologista para drenagem da efusão em centro cirúrgico
Otite média secretora (efusão sem febre, otalgia ou inflamação) não é considerada falha terapêutica: conduta expectante - melhora em 3 meses;
17. OMA: Não existe razão para uso de medicações tópicas em forma de gotas otológicas.
Lembrar que: OTITE MÉDIA EXTERNA AGUDA: Gotas oftalmológicas podem ser utilizadas com a
vantagem do uso da gentamicina (potencialmente ototóxica quando houver perfuração da
membrana timpânica)
36. Em relação às otites, marque com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas: (uma
resposta errada anula uma certa)
(V) Mais de 80% das otites médias agudas (OMAs) tem cura espontânea
(V) Um lactantes menores de 6 meses é indicado o uso de antibióticos mesmo no caso de OMA
duvidosa
(F) Na maioria das OMAs, por S. pneumoniae resistente à penicilina, deve-se substituir o antibiótico
imediatamente (aumentar a dose)
(V) Na otomicose os sintomas são de prurido, otalgia e plenitude auricular e o tratamento é com
antifúngico tópico
(F) Na otite média secretora a otoscopia não é importante para o diagnóstico clínico (principal meio dx)
(F) Na otite média crônica (OMC) simples a surdez é condutiva e a perfuração timpânica é de
localização na maioria central, com otorréia geralmente fétida, associada a quadros gripais (perfuração
timpânica em qualquer localização, otorréia geralmente não fétida)
(V) Na OMC supurativa a mastóide é quase sempre comprometida pela infecção
(F) Na OMC colesteatomatosa, a ação destrutiva sobre o mastoide é pela infecção e também
enzimática dessas bactérias que causam a infecção (compressão ou ação enzimática por epitélio escamoso que
cresce no osso temporal)
Triagem
5. Sobre o teste de triagem neonatal, também conhecido como teste do pezinho, feito na
criança logo após o nascimento, para permitir a detecção de importantes doenças
precocemente, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O teste deverá ser realizado após 12 horas de vida da criança, quando já ocorreu injeta
adequada de proteínas, e portanto já é possível avaliar o metabolismo da fenilalanina (a mais
incorreta pra mim)
b) Fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e hemoglobinopatia são algumas das
enfermidades detectadas no teste do pezinho
c) A coleta do teste deve ser feita após 48 horas de vida, para adequada avaliação de
Hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria
d) A coleta pode ser feita até 30 dias de vida
e) A equipe de saúde, perante resultados alterados, deve contactar o serviço de referência
estadual de triagem neonatal
Imunodeficiências
RENATO
Diarréia Aguda
1. Uma lactente de 18 meses, previamente hígida, chega ao PAP com quadro de diarreia há 2
dias. As fezes são líquidas (sem presença de muco, sangue, pus ou restos alimentares) com
frequência de 6 a 8 episódios por dia. Segundo informações da mãe, apresentou alguns
picos febris de até 38,2ºC e alguns episódios de vômito apenas na véspera do início da
diarreia. Ao exame físico, foram constatadas as seguintes alterações quanto ao estado de
hidratação: presença de mucosas secas, olhos encovados, pulsos rápidos e turgor pastoso.
Com relação ao caso apresentado, assinale a alternativa que apresenta a classificação da
desidratação da paciente e o tratamento inicial mais adequado:
a) Desidratação grau II (moderada). Iniciar terapia de reidratação IV com solução salina (SF
0,9%) ou meia-fórmula e reavaliar paciente
b) Desidratação grau II (moderada). Iniciar terapia de reidratação IV com soro fisiológico
associada a antiemético
c) Desidratação grau II. Iniciar terapia com solução de reidratação oral de acordo com a
tolerância da paciente e reavaliar
d) Desidratação grau III (grave). Iniciar terapia de reidratação IV com solução salina (SF 0,9%)
e reavaliar paciente
e) Desidratação grau III (grave). iniciar infusão de solução meia-fórmula e administrar
antidiarreico.
Análise: está desidratada, mas sem comprometimento do estado geral, o que indica apenas desidratação e não desidratação grave; vômitos não
são contraindicações para reidratação oral. Se está hígida, aceita reidratação oral.
3. Você recebe em seu plantão um lactente de 5 meses de vida com história de febre, vômitos e
diarreia aquosa a um dia. O paciente está torporoso, sonolento e recusa as mamadas nas
últimas 12 horas. Ao exame físico apresenta pulsos finos, perfusão periférica de 5”,
fontanela escavada, olhos fundos e turgor da pele pastosa. O diagnóstico e conduta nesse
caso deve ser:
a) Diarreia aguda, desidratação moderada, terapia de reidratação por gastróclise devido
recusa em mamar
b) Gastroenterocolite aguda, desidratação grave, terapia de reidratação oral
c) Giardíase, desidratação moderada, Metronidazol 15 mg/kg/dose de 12 em 12 horas
d) Diarreia aguda, desidratação grave, expansão com solução fisiológica 20 mL/kg em 20’ e
reavaliar
e) Gastroenterocolite aguda, desidratação moderada, terapia de reidratação intravenosa uma
solução glicofisiológica
Perfusão periférica de 5 caracteriza desidratação moderada, mas ele tem letargia, olhos fundos, turgor pastoso e fontanela escavada ⇒ mais de 2
parâmetros que indicam desidratação grave
4. Criança apresenta diarreia com frequência de 15 vezes por dia, de pequeno volume, com
presença de muco e sangue e também tenesmo ao evacuar. A diarreia tem origem provável
em qual segmento do intestino? Qual agente etiológico pode corresponder a esse tipo de
diarreia?
a) Diarreia originada no delgado, Rotavírus
b) Diarreia originada no cólon, Shigella
c) Diarreia originada no delgado, Entamoeba histolytica
d) Diarreia originada no cólon, Giardia lamblia
e) Diarreia originada no delgado, E. coli enteroinvasora
Diarreia com sangue + muco + tenesmo ⇒ Diarréia inflamatória do cólon = Disenteria, por bactérias ou protozoários
Giardia é no delgado, ameba é no cólon
Shigella é a mais prevalente bactérias das disenterias
5. Paciente de um ano de idade apresenta vários episódios de diarreia aquosa, volumosa e sem
sangue há 1 dia. Está febril e apresentando vômitos. Nega patologias crônicas prévias. Ao
exame físico apresenta-se alerta, ávido por líquidos, saliva espessa e perda de brilho nos
olhos. A melhor conduta segundo o Ministério da Saúde é:
a) Alta do serviço de saúde com orientação de aumentar a oferta de líquidos e retornar se
piora
b) Soro fisiológico por gastróclise
c) Administrar soro fisiológico intravenoso 20 ml/kg em 20 minutos e reavaliar
d) Administrar antiemético via oral
e) Sais de reidratação oral e reavaliação no serviço de saúde
Vômito não contraindica VO, além de estar ávido por líquidos ⇒ terapia de reidratação oral na UBS
6. Uma criança de 4 anos, com história de 5 dias de febre não aferida e vários episódios de
vômitos, dá entrada no pronto-socorro em mau estado geral, febril, sonolenta, desidratada,
taquipneica, taquicardica, com pulso finos, tempo de enchimento capilar de 3 segundos e PA
= 70 x 40 mmHg. A conduta Inicial é:
a) Obter acesso Central
b) Terapia de reidratação oral
c) Epinefrina intramuscular 1:10000 - 0,1 mL/kg
d) Expansão volêmica com 20 mL/kg de soro fisiológico em bolus
e) Sondagem nasogástrica e terapia de reidratação por gastróclise
7. Recém-nascido (RN), masculino, nascido de parto vaginal a termo, adequado para a idade
gestacional, com 12 dias de vida, evoluindo com ganho de peso inadequado, vômitos
diários, recusa de mamadas e com relato materno de diurese protraída. Exame físico:
letárgico, olhos fundos, fontanela anterior deprimida. Encaminhado ao serviço de
emergência onde foi iniciada hidratação parenteral. Exames laboratoriais: hiponatremia,
hipercalemia e acidose metabólica. A principal hipótese diagnóstica para este paciente é:
a) Doença do refluxo gastroesofágico.
b) Estenose hipertrófica de piloro.
c) Gastroenterite aguda.
d) Hiperplasia adrenal congênita perdedora de sal.
PLANO C → desidratação grave, falha do plano B, crise convulsiva, choque ou íleo paralítico
1. Etapa Rápida (expansão)
- Hidratação venosa com solução cristalóide ⇒ SF ou Ringer Lactato
- < 5 anos ⇒ 20 mL/Kg SF a cada 30 min, repetir até hidratação
- > 5 anos ⇒ 30 mL/Kg de SF em 30 min + 70 mL/Kg de Ringer Lactato em 2,5h
- Alternativa se desidratação grave ⇒ 20 mL/kg de SF por 2-4h
- Em caso de choque (TEC > 5 seg) ⇒ SF 20 mL/kg em 20 min 3 vezes, se não
melhora ⇒ Ringer Lactato
2. Etapa de Manutenção e Reposição
- SG 5% e SF na proporção 1:4 + KCl 10% 2 mL a cada 100 mL
3. Etapa de Reposição
- SG 5% e SF na proporção 1:1
- Iniciar com 50 mL/Kg/dia
- Reavaliar de acordo com as perdas diarreicas
4. Após Hidratação ⇒ alta com plano A + orientação + zinco + fase de reposição + reavaliação
em 48h
Outros tratamentos
1. Antimicrobiano
- Se diarréia inflamatória; indicações ⇒ cholerae, Shigella grave, Amebíase, Giardíase
- Azitromicina está indicada em todas essas patologias
2. Antissecretores
- Somente se mecanismo secretor e em > 3 anos
- Racecadotrila
3. Probióticos
4. Se diarréia secretora ⇒ retirada de carboidratos da dieta
Diarréia Persistente
6.
7.
Diarréia Crônica
1. O que é diarreia crônica?
Tem duração de mais de 30 dias dos sintomas.
Apresenta sd da má absorção: condições congênitas ou adquiridas que afetam um ou vários dos
diferentes passos da hidrólise ou transporte de nutrientes (específica ou global).
11. Caso clínico de uma criança com dor abdominal e resultado do copograma. Qual das
doenças pode ser excluída de hipótese diagnóstica:
diarréia crônica funcional
12.
Alergia e Intolerância à Lactose
1. Escolar de 10 anos vem apresentando distensão abdominal, dor abdominal em cólica e...,
comia queijo em excesso. Pensou-se em intolerância à lactose. O exame com melhor
sensibilidade à lactase é:
a) Prick-test para alfa-lactoglobulina
b) Patch-test
c) Pesquisa de tripsina nas fezes
d) Trânsito intestinal
e) Medida do hidrogênio no ar expirado
2. Paciente atópico, de 8 anos, vem com queixa de edema de pálpebras e lábios após ingerir
kiwi. Refere 3 episódios semelhantes após ingerir banana. O mecanismo fisiopatológico e a
síndrome clínica e melhor explicam o quadro são:
a) Alergia alimentar IgE mediada, Síndrome da alergia oral
b) Alergia alimentar de mecanismo misto, alergia ao látex
c) Alergia alimentar IgE mediada, Síndrome da hipersensibilidade imediata
d) Alergia alimentar de mecanismo misto, urticária aguda
e) Alergia alimentar mediada por linfócitos, Enteropatia alérgica
A alergia alimentar é comumente mediada pela IgE (reações alérgicas sistêmicas agudas) ou por linfócitos (sintomas gastrointestinais crônicos)
Síndrome de alergia oral: é um exemplo de sintoma IgE mediado. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de edema de lábios, língua com sensação
de prurido associado e edema de pálpebras.
5. Recém-nascido é levado à Unidade Básica de Saúde para reavaliação com 7 dias de vida.
Nasceu a termo, pesou 3.200 gramas, permaneceu internado em alojamento conjunto, sem
intercorrências e teve alta com 48 horas de vida. A mãe tem 16 anos, é primigesta e não
apresentou intercorrências durante a gestação. Refere que o recém-nascido “chora bastante
e quer mamar o tempo todo”. Quando questionada sobre a amamentação, ela refere que
oferece um seio para o bebê mamar durante 10 minutos a cada 3 horas e, na mamada
seguinte, oferece o outro seio, repetindo o mesmo procedimento. Ao exame, o
recém-nascido apresentava-se em bom estado geral, sem anormalidades, pesando 3.000
gramas. Levando em consideração os dados apresentados, corresponde à conduta
adequada para o caso:
a) prescrever complementação com fórmula láctea após as mamadas ao seio materno
b) orientar a manter o tempo de mamada, mas diminuir intervalo entre elas, mantendo-as
rigorosamente a cada 2 horas, inclusive durante a noite
c) orientar que o bebê sugue até esvaziar a mama e que a mãe ofereça as duas mamas em
cada mamada, favorecendo a oferta de leite posterior
d) prescrever sulpirida para a mãe, 1 comprido ao dia, para aumentar a produção láctea
e) orientar o uso de chupeta para diminuir a irritabilidade do bebê e o estresse materno
Nesse caso do enunciado, o bebê tem 7 dias de vida e ainda não recuperou o peso de nascimento, está com uma perda de 6,2%, ainda
aceitável, dentro do esperado para a perda de peso fisiológica nesse momento! Ainda mais porque o exame físico está normal e o bebê
está em bom estado geral. Pode perder peso até o 5° dia de vida
O que chama atenção nessa história é o fato do bebê estar chorando bastante e querendo mamar o tempo todo. Temos sempre que
enfatizar para as mães que o choro do bebê também pode ser por outros motivos, como sono, cólica, frio, calor, entre outras coisas,
devemos ficar atentos a tudo!
Mas nesse caso, parece ser um erro na estratégia da amamentação. Os intervalos entre as mamadas parecem longos, alguns bebês
precisam mamar com intervalos mais curtos, e a duração das mamadas também parecem um pouco curtas e talvez o bebê não esteja
conseguindo esvaziar toda a mama chegando ao leite posterior que tem mais gorduras, calorias e que fazem o bebê ficar mais satisfeito
e ganhar peso.
É recomendado que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de
amamentação em livre demanda. Em cada mamada, o tempo de permanência do bebê na mama não deve ser fixado, pois, o período
necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê. Nessa mesma dupla, podem ocorrer outras variações, de acordo
com a fome da criança ou do intervalo transcorrido desde a última mamada, por exemplo. Deve-se orientar a mãe que o ideal é esvaziar
um seio por completo, assim, o bebê mama o leite anterior e o leite posterior (mais calórico), entretanto, deve-se salientar, ainda, que as
duas mamas podem ser oferecidas em uma mesma mamada, se necessário.
10. Qual a diarreia mais frequente em quem tem intolerância a lactose e qual o quadro clínico?
Diarreia osmótica, efeito osmótico fermentação (diarreia explosiva), dor abdominal, distensão
abdominal, flatulência
13.
Parasitoses
1. Uma menina de 3 anos foi internada com hipótese diagnóstica de pneumonia de base
pulmonar à direita, em uso de penicilina cristalina a 72 horas e mantém desconforto
respiratório. Foi submetida a novo raio x de tórax que evidenciou desaparecimento da
opacidade à direita e surgimento de opacidade em língula esquerda. Exame físico: FR 35
irpm, FC 98 bpm; murmúrio vesicular presente e simétrico com sibilos esparsos.
Hemograma: HB = 10,8 g/dL; leucocitos de 13,450/mm³ (5% bastões, 35% segmentados, 30%
eosinófilos, 26% linfócitos e 4% monócitos) plaquetas de 345.000/mm³. Os prováveis agentes
etiológicos são, exceto:
a) Strongyloides stercoralis
b) Ancylostoma duodenalis
c) Entamoeba coli
d) Necator americanus
e) Ascaris lumbricoides
9 - QUESTÃO ANULADA - 2022 UFES Escolar, oito anos, é levado à Unidade Básica de Saúde
apresentando há uma semana prurido anal diário, na madrugada, que o faz perder o sono. Seu
irmão mais novo teve o mesmo sintoma, melhorando após o uso de medicação. Exame físico sem
alterações. Os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento dessa doença são:
A) Levamizol e ivermectina.
B) Tiabendazol e mebendazol.
C) Pamoato de pirantel e secnidazol.
D) Albendazol e pamoato de pirvínio.
Pamoato de pirvínio ou pamoato de pirantel (dose única), mebendazol (3 dias consecutivos) ou albendazol (dose única). A ivermectina tem eficácia
contra E. vermicularis, mas geralmente não é usada para essa indicação. O grande problema é que o tiabendazol, apesar de não ser primeira
escolha, pode ser usado nos casos de hipersensibilidade ou resistência a outros medicamentos.
Por isso, ainda que a letra D contenha as melhores opções de tratamento, não podemos afirmar que a letra B esteja incorreta. Com base nisso, a
banca optou por anular a questão.
10 - 2022 HUBFS/HUJBB Pré-escolar de 4 anos de idade, é atendido na UPA com quadro de diarreia
aquosa e volumosa há 5 dias, com restos alimentares, gordurosa, sem muco ou sangue. Mãe relata
episódio semelhante há 15 dias. Ao exame físico, abdome distendido e timpânico, indolor à
palpação profunda e superficial, com ruídos hidroaéreos presentes. No contexto do caso
apresentado, o diagnóstico mais provável e sua complicação são
A) amebíase/ abscessos internos. (sanguinolenta)
B) ascaridíase/ obstrução intestinal. (não tem esteatorreia)
C) tricuríase/ prolapso retal. (habita porções distais do intestino grosso, por isso não há esteatorreia e restos alimentares)
D) giardíase/ desnutrição energético-proteica.
E) enterobíase/ insônia. (prurido anal)
11 - 2022 SURCE Um rapaz de 16 anos que vive numa favela com precárias condições, sem
instalações sanitárias, é atendido na Unidade Básica de Saúde. Seus pais relatam um episódio de
crise convulsiva sem outros sintomas. Negam casos de epilepsia na família. Qual das opções
abaixo apresenta o diagnóstico mais provável e compatível com esse caso?
A) Neurocisticercose.
B) Abscesso cerebral. (febre, cefaléia e sinais neurológicos focais)
C) Encefalite aguda. (febre e alteração do nível de consciência)
D) Meningite bacteriana. (febre, sinais de irritação meníngea)
13 - 2022 UFSC Alguns parasitas apresentam uma fase pulmonar no seu ciclo de vida, cursando
com eosinofilia e alterações radiológicas. Assinale a alternativa que indica corretamente o nome
desta síndrome e os parasitas que podem causá-la.
A) Síndrome de Löeffler / Giárdia lamblia, Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide
stercoralis.
B) Síndrome de Löeffler / Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Giárdia lamblia, Ascaris
lumbricoides.
C) Síndrome de Löeffler / Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide stercoralis,
Ascaris lumbricoides.
D) Síndrome de Ekbom / Ascaris lumbricoides, Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide
stercoralis.
E) Síndrome de Ekbom / Giárdia lamblia, Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide
stercoralis.
Os agentes que a causam podem ser lembrados a partir do mnemônico SANTA: Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Necator
americanus, Toxocara canis e Ascaris lumbricoides.
Para finalizar: a síndrome de Ekbom, também chamada de “delírio de parasitose”, é uma condição rara na qual o paciente acredita estar infectado
por algum parasita (insetos, larvas, bactérias, entre outros) na ausência de qualquer evidência clínica ou laboratorial de infecção
15 - 2022 ISCMB Nos casos de infecção por ascaridíase, devido ao ciclo larval pulmonar, alguns
pacientes apresentam sintomas pulmonares como hemoptise, pneumonites e broncoespasmos,
caracterizando a:
A) Síndrome de Löeffler.
B) Síndrome de Proteus.
C) Síndrome de Quincke.
D) Síndrome de Brugada.
E) N.D.A.
→ A Síndrome de Proteus é uma rara associação de malformações que podem afetar vários tecidos e órgãos. Caracteriza-se por macrodactilia
bilateral, hipertrofia craniana, anomalias ósseas, escoliose, hamartomas de tecidos moles, nevo verrucoso pigmentar e anormalidades viscerais.
→ O edema de Quincke – e não "síndrome" – é a desordem caracterizada por edema do tecido subcutâneo, especialmente lábios, pálpebras e
genitália, embora qualquer parte do corpo possa ser envolvida. A língua e a laringe também podem ser afetados. O edema de Quincke pode
ocorrer na urticária, anafilaxia e doença do soro.
→ A síndrome de Brugada é uma doença genética, mais comum no sexo masculino, caracterizada pela elevação do segmento ST em algumas
derivações do eletrocardiograma (V1-V2) e risco aumentado de arritmias ventriculares graves
16 - 2022 ABC Menino, 5 anos de idade, tem distensão abdominal, cólicas e disenteria com fezes
mucossanguinolentas. Já apresentou fezes desintéricas outras vezes. Mora em ocupação com a
mãe e quatro irmãos, em 2 cômodos, sem saneamento. Ao exame, está descorado ++/4, hidratado,
ausculta cardíaca e pulmonar normais, abdome globoso, sem sinais peritoneais. Não há dermatite
perianal e, ao chorar, nota-se pequeno prolapso retal. A hipótese diagnóstica provável é:
A) tricuríase.
B) amebíase.
C) doença de Crohn.
D) retocolite ulcerativa.
E) divertículo de Meckel.
Prolapso retal → clássico da tricuríase
17 - 2022 HMASP Assinale a alternativa que contém o antiparasitário de maior especificidade para o
tratamento da enterobíase:
A) Tiabendazol.
B) Metronidazol.
C) Nitazoxanina.
D) Ivermectina.
E) Pamoato de pirvínio.
18 - 2022 UNAERP Adolescente com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico será submetido a
pulsoterapia com metilprednisolona. Deve receber albendazol, 400 mg/dia, por 3 dias, antes de
instituída a terapia imunossupressora, para prevenir complicações por
A) Necator americanus.
B) Ascaris lumbricoides.
C) Taenia solium.
D) Entamoeba coli.
E) Strongyloides stercoralis.
(A estrongiloidíase disseminada corre pela acentuação do ciclo de auto infestação interna)
19 - 2022 UAM Paciente, sexo feminino, 3 anos de idade apresenta prurido perineal e perianal à
noite. A genitora da infante nega febre, diarreia ou vômitos. Refere corrimento genital
esbranquiçado. Frequenta escolinha 1/2 período. Ao exame físico, as regiões perianal e perineal
estão avermelhadas, irritadas e com escoriações. Não há traços de violência sexual. Qual a
principal hipótese diagnóstica?
A) Má higiene genital e perianal.
B) Oxiuríase.
C) Candidíase vaginal.
D) Tricomoníase.
22 - 2022 SCMRP Menina, 4 anos de idade, tem hiperemia de genital e secreção amarela na calcinha
com prurido em região genital e perianal há 5 dias. À noite, queixa-se de prurido e ardor, e melhora
com banhos na região. A conduta adequada ao quadro apresentado é
A) prescrever banho de assento com vinagre a 5% e pomada de óxido de zinco com nistatina, 3 vezes ao
dia.
B) prescrever banho de assento com benzidamina e creme vaginal de nistatina em genitais, 2 vezes ao
dia.
C) prescrever mebendazol 100 mg VO, por 3 dias.
D) prescrever albendazol 400 mg VO, repetir o tratamento após 2 semanas.
E) prescrever albendazol 400 mg VO, repetir o tratamento após 2 semanas. Tratar todos os
moradores da casa com mais de 6 meses de idade.
23 - 2022 FAMEMA Em relação ao controle das helmintíases no Brasil, é correto afirmar que a
profilaxia está recomendada
A) uma vez ao ano, para todas as crianças em idade escolar, independentemente da prevalência da região
onde moram. (em regiões de médio risco 20-50% profilaxia 1x ao ano)
B) anualmente, para os lactentes maiores de 6 meses de idade, que residam em regiões com alta
prevalência (≥ 50% da população). (profilaxia é 2x ao ano)
C) apenas para as crianças sintomáticas, independentemente da idade e da prevalência da região onde
moram.
D) de forma individualizada, nas regiões de baixa prevalência (prevalência < 20%).
24 - 2022 UNIMED - MACAÉ Paciente escolar de oito anos é levado à unidade básica de saúde
apresentando há uma semana prurido anal diário, na madrugada, que o faz perder o sono. Seu
irmão mais novo teve o mesmo sintoma, melhorando após uso de medicação. Exame físico: sem
alterações. Os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento desta patologia são:
A) Levamizol e ivermectina;
B) Tiabendazol e mebendazol;
C) Pamoato de pirantel e secnidazol;
D) Oxaminiquine e secnidazol;
E) Albendazol e pamoato de pirvínio.
O tratamento pode ser feito com: (1) pamoato de pirantel ou de pirvínio; (2) mebendazol; (3) albendazol
25 - 2022 UNIGRANRIO Uma criança com 3 anos de idade, sexo feminino, é atendida em consulta de
puericultura, com queixa de dor abdominal associada a episódios de diarreia com evolução de
aproximadamente 3 meses. A mãe da paciente relata que a família reside em bairro sem
pavimentação e sem rede de esgoto. A criança não frequenta creche, brinca muito na rua com os
irmãos de 5 e 7 anos, não bebe água filtrada e anda descalça. Após orientar corretamente a mãe
acerca das condutas de higiene e prevenção, o pediatra solicita exame parasitológico de fezes. O
resultado do exame parasitológico indica infestação por Ascaris lumbricoides, Giardia lamblia e
Necator americanus. Nessa situação, o tratamento terapêutico adequado deve ser feito com:
A) metronidazol e mebendazol.
B) mebendazol.
C) metronidazol.
D) tiabendazol e albendazol.
A ascaridíase e a ancilostomíase (necatoríase - causada pelo Necator americanus) podem ser tratadas da mesma maneira - com albendazol 400
mg em dose única OU mebendazol 100 mg/dia, por 3 dias.
Há várias opções terapêuticas para giardíase, incluindo metronidazol 15 mg/kg, 3x/dia, por 5 a 7 dias, além de albendazol (nesse caso seria 400
mg/dia, por 5 dias), tinidazol, secnidazol ou nitazoxanida.
O método da fita adesiva, utilizado para pesquisa dos ovos da enterobíase e teníase é chamado de GRAHAM. O método de Kato-Katz é o
método mais comumente empregado para quantificação de ovos de helmintos, sendo o de escolha na esquistossomose
28 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
Cerca de 10% a 15% dos indivíduos com esquistossomose mansônica, com a mesma forma clínica
desse paciente, podem apresentar síndrome nefrótica que, geralmente, melhora após o uso de
esquistossomicidas.
A) CERTO B) ERRADO
Esquistossomose crônica pode progredir para a forma hepatoesplênica ou renal, também conhecida como glomerulopatia
esquistossomótica, que geralmente está associada à forma hepatoesplênica. Clinicamente, o indivíduo pode apresentar desde
proteinúria leve até síndrome nefrótica. O tratamento da esquistossomose, mesmo que aliado à imunossupressão, não apresenta bons
resultados e estima-se que cerca de 50-60% dos pacientes irão progredir para rins em fase terminal após 10-15 anos
30 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
Caso haja mais de 25% de positividade da doença na localidade de moradia do paciente descrito, a
estratégia será tratar toda a população local. A) CERTO B) ERRADO
31 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
O diagnóstico do paciente pode ser confirmado pela técnica de sedimentação espontânea, também
conhecida por Hoffman, Pons e Janer, que permite a quantificação da intensidade da infecção pela
contagem dos ovos nas fezes. A) CERTO B) ERRADO
melhor exame é coproscópico → análise de fezes
32 - 2022 REVALIDA - UEPA Você recebe para consulta de rotina em uma UBS, um adolescente de
quatorze anos acompanhado da mãe, este se queixa de dores abdominais intermitentes há vinte
dias, com diarreia fétida, e com muco que fica no vaso sanitário, sem febre ou sangue nas fezes,
relata que não ocorre piora do quadro ao comer alimentos específicos, e relata que a água que bebe
na escola é da torneira. Assim, a melhor hipótese diagnóstica e tratamento a ser instituído, neste
caso, é:
A) provavelmente trata-se de um quadro de doença inflamatória intestinal, na qual ocorre inflamação na
parede intestinal, gerando quadro disabsortivo, o tratamento seria imunomoduladores.
B) provavelmente trata-se de giardíase, que forma um entapetamento intestinal causando uma
síndrome diarreica disabsortiva, o tratamento seria metronidazol ou secnidazol.
C) provavelmente trata-se de síndrome do intestino irritável, que se trata de uma hiper motilidade intestinal
reativa, o que faz quadros diarreicos intermitentes, melhor tratamento seria psicoterapia e antidepressivos.
D) provavelmente seria uma intolerância a lactose, já que este paciente deve ter produção de lactase,
assim tendo um quadro disabsortivo, o tratamento seria dieta e complementação com lactase exógena.
E) provavelmente seria alergia alimentar, já que este paciente apresenta quadro diarreico intermitente.
33 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
Com a confirmação diagnóstica, a droga de primeira escolha, para o tratamento do paciente, é o
praziquantel, medicamento que tem menos efeitos adversos, eficácia terapêutica semelhante e
menor custo, quando comparado à oxamniquina. A) CERTO B) ERRADO
O praziquantel é a droga de escolha para todas as formas clínicas da doença (aliás, é o único fármaco disponível distribuído gratuitamente pelo
SUS). Porém, um documento do Ministério da Saúde afirma que seus eventos adversos, perfil de toxicidade e eficácia terapêutica são semelhantes
à oxamniquina – repare que o enunciado cita que os efeitos colaterais seriam menores com o uso do praziquantel. Pelo fato de o custo ser
“significativamente mais baixo”, segundo a mesma diretriz, esta é a opção terapêutica de escolha
34 - 2022 SESAP Criança de 4 anos com diarreia aquosa e volumosa há 5 dias, com restos
alimentares, gordurosa, sem muco ou sangue. Episódio semelhante ocorreu há 15 dias. Exame
físico: abdômen distendido e timpânico, indolor à palpação profunda e superficial, com ruídos
hidroaéreos presentes. Qual o diagnóstico mais provável e complicação?
A) enterobíase/ insônia.
B) amebíase/ abscessos internos.
C) tricuríase/ prolapso retal.
D) giardíase/ desnutrição energético-proteica.
Atapetamento - má absorção intestinal
35 - 2022 FUBOG A diarreia aguda é a perda de fluidos e eletrólitos pelas fezes, com presença de
evacuações amolecidas mais que 3 vezes ao dia dentro de 24 horas. A investigação deve ser feita
em pacientes com diarreia crônica e perda de peso. Nesse contexto, a investigação que identifica
giardíase é:
A) Protoparasitológicos (PPFs) – 3 amostras.
B) pH fecal e pesquisa de substâncias redutoras.
C) Gordura nas fezes. (inespecífica)
D) Coprocultura.
1ª opção – Praziquantel, 5-10 mg/kg (máx. 600 mg), VO, dose única. Eficácia: 95%.
2ª opção – Niclosamida, VO, dose única, 2 g (adultos, crianças > 8 a), 1 g (crianças entre 2-8 anos), 0,5 g (crianças < 2 a). Eficácia: 80-90%.
3ª opção – Mebendazol, 200 mg, VO, 2x/dia, durante quatro dias. Eficácia: 70-90%.
4ª opção – Albendazol, 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg), VO, durante três dias. Eficácia de 70-90%
38 - 2022 COC Um menino de 4 anos apresenta febre e tosse há quase 1 mês. Já foi medicado com
antimicrobiano e broncodilatador sem melhora. O exame físico revela regular estado geral, FR =
40irpm, MV bilateral com sibilos difusos e abdome com hepatomegalia moderada. E mais:
hemograma = 50.000 leucócitos com 65% de eosinófilos; hematimetria normal; e radiografia de
tórax com infiltrado intersticial bilateral. O diagnóstico mais provável é:
A) Giardíase
B) Aspergilose
C) Toxocaríase (infiltrado + hepatomegalia)
D) Teníase
E) Febre amarela
40 - 2022 EMCM Um menino de 6 anos de idade, desnutrido, procedente de zona rural sem
saneamento básico, apresenta-se no pronto atendimento com dor abdominal e diarreia intermitente
com muco há 4 meses, algumas vezes associada a sangue e tenesmo. Refere piora do quadro há 1
dia. Ao realizar exame, evidenciou-se descorado ++/+4, prolapso retal e presença de vários vermes
cilíndricos de 4 cm de comprimento na mucosa retal. Assinale a alternativa correta que aponta o
parasita encontrado e seu respectivo tratamento.
A) Ascaris lumbricoides; pamoato de pirantel.
B) Trichiuris trichiura; mebendazol.
C) Ascaris lumbricoides; metronidazol.
D) Trichiuris trichiura; secnidazol.
albendazol (400 mg 1x ao dia por 3 dias) ou mebendazol (100 mg 2x ao dia por 3 dias
41 - 2022 REVALIDA INEP Uma escolar com 8 anos de idade, acompanhada da mãe, chega à
emergência com dor abdominal intensa, iniciada há 2 dias, com piora progressiva. A paciente
apresenta vômitos biliosos, que não melhoram com a medicação, e distensão abdominal. A mãe
relata que, há 1 semana, a filha eliminou o verme e está em tratamento de anemia. O exame físico
mostrou massa cilíndrica na região periumbilical e ausculta débil da peristalse. O resultado da
radiografia do abdome apresentou níveis hidroaéreos no intestino delgado e sombra radiolúcida
com forma e aparência de "feixe de charuto". Diante desses dados, considerando a principal
hipótese diagnóstica para o caso, a conduta imediata, além da hidratação da criança, é
A) realizar descompressão gástrica com sonda nasogástrica e administrar óleo mineral
B) realizar enema com solução salina hipertônica e administrar ivermectina.
C) instalar sonda nasogástrica aberta, para drenagem, e administrar piperazina.
D) suspender a ingestão oral e indicar o tratamento cirúrgico.
anemia que evolui agudamente manifestações obstrutivas – dor abdominal, vômitos e distensão abdominal = ascaris
43 - 2022 CERMAM Mãe traz sua filha de 2 anos à consulta com queixas de prurido perianal e
perineal. Ela diz que o prurido ocorre mais à noite, mas nega febre, diarreia ou vômitos. A menina
frequenta creche e é sempre muito ativa. Ao exame físico, a região perianal está bem hiperemiada e
irritada, tônus do esfíncter anal normal, sem indícios de trauma por penetração. A região perineal
também está avermelhada e escoriada. Exceto pela secreção vaginal esbranquiçada, a região da
fralda está limpa. O tratamento mais adequado para o diagnóstico em questão seria:
A) Praziquantel B) Albendazol C) Metronidazol D) Secnidazol
albendazol (400 mg por via oral uma vez; repetir em duas semanas) ou mebendazol (100 mg por via oral uma vez; repetir em duas semanas).
44 - 2022 REVALIDA INEP Em uma reunião da equipe de Unidade Básica de Saúde, localizada em
zona rural da região Nordeste, onde a esquistossomose é endêmica, é apresentado recente
inquérito coproscópico censitário mostrando 24% de positividade para ovos de Schistosoma
mansoni. Nessa situação, de acordo com a orientação do Ministério da Saúde, a conduta correta é
tratar
A) Somente os casos positivos.
B) Coletivamente a comunidade.
C) Os casos positivos e conviventes.
D) Somente os casos confirmados por meio de um segundo exame.
45 - 2022 UEPA - BELÉM Jose Pedro, 2 anos de idade, é levado ao posto de saúde de seu bairro por
sua mãe devido quadro de diarreia de grande volume, com aspecto gorduroso e restos alimentares,
associada a distensão abdominal e flatulência há 5 dias. Mãe nega sangue ou muco nas fezes.
Diante desse quadro, assinale abaixo o agente parasitário que poderia estar causando tais
sintomas no paciente, e seu respectivo tratamento são:
A) Ascaris lumbricoides/ Albendazol dose única
B) Entamoeba histolytica/ Albendazol por 5 dias
C) Giardia lamblia/ Secnidazol
D) Giardia lamblia/ Albendazol por 3 dias
E) Trichuris trichiura/ Albendazol por 3-7 dias
Opções de Tratamento: tinidazol (apenas liberado a partir dos 3 anos), nitazoxanida, metronidazol e SECNIDAZOL. Esse último na dose de 30
mg/kg, única administração. O albendazol pode ser administrado, na dose de 400 mg, por 5 dias, e não 3
47 - 2022 HMDI Gael, nove anos, há 10 dias com quadro de prurido anal diário, durante a
madrugada, o que faz perder o sono. Ao exame físico, sem alterações. Qual o agente e
medicamento respectivamente do quadro acima?
A) Ascaris lumbricoides e ivermectina.
B) Trichuris trichiura e mebendazol.
C) Strongyloides stercoralis e secnidazol.
D) Enterobius vermiculares e pamoato de pirvinio
48 - 2022 HPP Qual o parasita intestinal que em casos de parasitismo intenso, os vermes se fixam
na mucosa do cólon e do reto, provocando lesões e ulcerações com enterorragia e prolapso retal,
principalmente em lactentes desnutridos?
A) Ascaris lumbricoides B) Trichocephalus trichiuris C) Himinolepis nana D) Necator americanus
50 - 2022 UNIRV A larva migrans cutânea, chamada popularmente por bicho geográfico, é uma
infecção de distribuição mundial causada pelas larvas de parasitas que vivem no intestino de cães
e gatos, conhecidas como:
A) Enterobius vermicularis. B) Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum. C) Entamoeba
histolytica. D) Toxocara canis ou Toxocara cati.
52 - 2022 SES - GO Qual é a doença cujo helminto é o mais prevalente no mundo e o de maior
letalidade no Brasil, podendo acometer fígado e pulmões na sua forma larvária e na forma adulta
atua no intestino? A) Ancilostomíase. B) Ascaridíase. C) Estrongiloidíase. D) Giardíase.
3. Escolar de 8 anos apresenta dor abdominal há dois anos, em região periumbilical, diária, que
predomina no período vespertino e ocorre cerca de 3 vezes por semana. Refere também
apresentar alternância de hábito intestinal, de fezes formadas a cibalosas. Nega fatores de
piora da dor, mas refere melhora da dor com evacuação. Apresenta bom padrão de ganho
pondero-estatural, nega outras queixas. Segundo os critérios de Roma IV o provável
diagnóstico seria de:
a) Dispepsia funcional
b) Enterobíase
c) Dor abdominal funcional da infância
d) Migrânea abdominal
e) Síndrome do intestino irritável
5. Pré-escolar de três anos, muito irritado, é levado para atendimento médico por apresentar
quadro de diarreia crônica com fezes que flutuam na superfície do vaso de odor muito fétido,
com perda de peso e dor abdominal. Tem história perinatal de fezes espessas, com
dificuldade para evacuar. Ao exame físico, apresenta hepatomegalia. De acordo com a
história clínica, qual a hipótese e o exame a ser solicitado para confirmação do diagnóstico?
a) Fibrose cística – Dosagem de Sódio e Cloro no suor.
b) Doença Celíaca – Dosagem de Anticorpo antitransglutaminase IgA.
c) Doença de Crohn – Colonoscopia com biópsia de intestino delgado.
d) Abetalipoproteinemia – Análise lipídica em jejum na criança e nos pais
14.
15.
1. São sinais de alerta para dor abdominal crônica de origem orgânica, exceto:
a) Despertar noturno por dor
b) Febre inexplicada
c) Dor abdominal periumbilical
d) História familiar de doença celíaca
e) Puberdade retardada
Regra de Apley: quanto mais distante do umbigo for a dor abdominal, mais provável que seja causada por uma patologia orgânica, mas
existem exceções
Sinais de Alerta para dor que sugerem origem Orgânica:
- sangramento gastrointestinal (nunca será funcional)
- Vômitos persistentes
- Diarreia noturna
- febre inexplicada
- Dor abdominal persistente no hemiabdome direito
- História familiar (doença celíaca, Chron)
- Desaceleração do crescimento e perda de peso
- Disfagia
- Odinafagia
- Artrite
- Puberdade retardada
- Esplenomegalia
- Anormalidades perianais
Caso 1: Lactente de 2 meses, com genitora referindo dificuldade para evacuar, com
frequência média a cada 3 a 5 dias. Está em aleitamento materno exclusivo sob livre
demanda. Sem história de vômitos ou dor abdominal. Quando evacua, as fezes têm aspecto
pastoso. Ganho póndero-estatural adequado e, ao exame, não foi observada dor ou
distensão abdominal. Toque retal com fezes de consistência normal na ampola.
Caso 2: Criança de 1 ano, com queixa de distensão abdominal e dificuldade para evacuar
desde o nascimento. Genitora refere que é comum o menor apresentar quadro de
inapetência e vômitos. Nos antecedentes, a mãe refere atraso na eliminação do mecônio.
Apresenta ganho pôndero-estatural inadequado para a faixa etária. Ao exame, observa-se
abdome distendido com eliminação de fezes explosivas ao toque retal.
Caso 3: Paciente de 5 anos com história de dificuldade para evacuar há 6 meses. Genitora
refere que o paciente evacua, em média, 1 vez por semana, apresenta comportamento
retentivo, muitas vezes referindo ""medo de fazer cocô porque sente dor"". Quando evacua,
as fezes são bastante volumosas e chegam a entupir o vaso sanitário. Apresenta ganho
pôndero-estatural adequado. Ao exame, apresenta fezes endurecidas ao toque retal.
10. Quais exames laboratoriais são feitos para diferenciar funcional de orgânica?
Hemograma, VHS, PCR, sorologia para H.pylori, urina tipo 1, urino cultura, parasitologico de fezes,
pesquisa de sangue oculto e rx de abd
Vômitos Crônicos
6. Menina, cinco meses, é levada à Unidade Básica de Saúde pela avó por apresentar 15
episódios de regurgitação/dia de leite. Peso ao nascimento =3.250g. Peso atual = 6.850g. A
REGURGITAÇÃO DESSA LACTENTE É UMA CONDIÇÃO:
a) Que deve ser tratada com ranitidina ou omeprazol.
b) Que pode levar a baixo ganho ponderal e requer decúbito elevado.
c) Decorrente de relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico.
d) Frequente e inócua até os 12 meses.
7. 4.Lactente com 3 meses de idade, iniciou quadro de regurgitações com 4 semanas de vida.
Apresenta 3 a 4 episódios por dia, com volume variável. Há 1 mês houve aumento no número
de episódios diários associados a baixo ganho pôndero-estatural. Qual das alternativas
contêm dados sugestivos de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)?
a) Início do quadro antes de 2 meses de vida.
b) Número de episódios diários.
c) Baixo ganho pôndero-estatural.
d) Aumento na frequência dos episódios.
9. Lactente de 2 meses de vida vem para avaliação de puericultura e mãe relata que a criança
apresenta história de regurgitações frequentes iniciados na 2ª semana de vida. Relata que
estas regurgitações são após as mamadas, com volume estimado entre 1 a 2 colheres de
sopa cheia. A mãe observa que a criança não se sente incomodada com a regurgitação, nega
irritabilidade ou desconforto após as mamadas. Refere aleitamento materno de livre
demanda e a mãe relata “ter muito leite”. Refere que o lactente tem apresentado
eventualmente engasgos durante a amamentação. Relata que acha que o bebe vem
ganhando peso. Qual diagnóstico compatível com o quadro clínico e qual a melhor
orientação para o caso apresentado?
a) Refluxo Gastroesofágico Fisiológico, manter o lactente em posição supina para dormir
b) Alergia à proteína do leite de vaca, orientar exclusão de proteína do leite de vaca e
derivados da dieta materna
c) Doença do Refluxo Gastroesofágico, iniciar inibidor de bomba de prótons associado a pró
cinético
d) Estenose Hipertrófica de Piloro, encaminhar para internação e avaliação cirúrgica do quadro
e) Esofagite Eosinofílica, iniciar inibidores de bomba de prótons e dietas de restrição,
baseadas na identificação dos alérgenos por testes alérgicos
10. Em relação à síndrome dos vômitos cíclicos (SVC), assinale a alternativa correta:
a) O diagnóstico de SVC deve contar obrigatoriamente com 1 episódio por mês, em 6 meses
de intensas náuseas e vômitos paroxísticos.
b) Os episódios são sempre iguais em todos os pacientes.
c) Os episódios são separados por semanas a meses, com retorno à saúde basal entre os
episódios de vômitos
d) Os pacientes podem apresentar apenas náuseas, apenas vômitos ou náuseas e vômitos
associados.
11. Lactente de 1 mês e 13 dias de idade, trazido pela mãe ao consultório de pediatria. A mãe
refere que o paciente alterna dias de evacuações explosivas, de cor amarelada, sem
produtos patológicos e sem sangue, com dias de constipações. Refere também períodos de
choro intenso e dificuldade para dormir, com períodos de sono de aproximadamente 3 a 4
horas. Na avaliação: criança alerta, sem alterações ao exame clínico, com ganho de peso
aproximado de 30g por dia. A mãe nega alterações urinárias ou febre, e refere boa aceitação
do leite materno. Quando plotados dados antropométricos da criança nas curvas da OMS,
paciente entre SCORE -1 e zero em todos os parâmetros. História de gestação e parto sem
intercorrências. Assinale a alternativa correta:
a) Paciente com padrão intestinal e de sono e vigília comum de lactente nos primeiros meses
de vida e com cólicas do lactente. Acolher e tranquilizar a família e solucionar dúvidas sobre
padrão de gastrointestinais, orientar sinais de alarme e agendar retorno em 1 mês.
b) Paciente com provável doença inflamatória de aparecimento precoce. Prescrever óleo
mineral para os dias de constipação e terapia de reidratação oral nos dias de maiores
perdas. Encaminhar para gastroenterologista pediátrico, com quem a criança deverá fazer
seguimento.
c) Paciente com provável alergia à proteína do leite de vaca. Suspender alimentos derivados
do leite da dieta materna e introduzir complemento com fórmula láctea de aminoácidos.
Solicitar polissonografia para avaliar padrão de sono e vigília e para investigar apneia
obstrutiva do sono, com encaminhamento ao otorrinolaringologista.
d) Paciente com provável intolerância à lactose. Suspender aleitamento materno e iniciar
fórmula com leite de soja. Solicitar seguimento com alergista. Orientar que o padrão de sono
de lactentes nos primeiros meses é de períodos mais curtos, de aproximadamente 4 horas.
Agendar retorno em 1 mês.
e) Paciente com provável megacólon congênito. Solicitar radiografia de abdome e exames
laboratoriais para abordagem cirúrgica. Encaminhar com urgência ao cirurgião para
programação de abordagem corretiva. As alterações do sono são consequentes às dores
abdominais, devido ao megacólon
Primeiros meses ganha de 25-30g por dia; área entre o escore Z -2 e +2 equivale a 95% da população e ao intervalo entre os percentis 2,5 e 97,5
14. Quais são os sinais de alerta para crianças com vômitos crônicos?
Vômito biliosos, sangramento gastrointestinal (hematoquezia, hematêmese) febre, letargia,
hepatoesplenomegalia, fontanela abaulada, micro/macroencefalia, convulsões, abdome reativo e
distensão abdominal.
3. Menino, 8 anos de idade, há dois anos apresenta evacuação a cada 4 a 5 dias, com esforço,
dor e fezes que entopem o vaso. Prende as pernas quando tem vontade de evacuar. Há um
ano tem perda diária de fezes amolecidas em pequena quantidade, que borram a veste
íntima, uma a duas vezes ao dia. Nos últimos meses está muito agressivo e não quer ir para
escola devido a bullying. Exame físico: bom estado geral, muito retraído e envergonhado
durante toda a consulta, P50 nas curvas de peso e estatura. Abdome: sem distensão
abdominal, palpação com massa em hipogástrio, toque retal com esfíncter normotônico e
presença de fezes em grande quantidade na ampola retal que está muito ampla. Qual é a
hipótese diagnóstica mais provável?
a) Incontinência fecal orgânica secundária a lesão esfincteriana
b) Encoprese
c) Megacólon congênito
d) Constipação funcional com incontinência fecal por retenção
e) Displasia neuronal intestinal
Percentil 50 → sobrepeso provavelmente
4. Pré-escolar com 4 anos, apresenta dificuldade para evacuar desde os primeiros meses de
vida, havendo piora progressiva do quadro há um ano quando passou a frequentar a creche.
Atualmente só evacua com lavagem intestinal, que é realizada quando a criança fica 1
semana sem evacuar e tem muita dor abdominal, resultando em saída de fezes empedradas
em grande quantidade. É uma criança retraída, não gosta de ir à escola, prefere ficar com a
mãe. Já realizou diversos tratamentos, incluindo laxativos, aumento de fibras na dieta, sem
sucesso. Ao exame, apresenta discreta distensão abdominal, fezes endurecidas palpáveis
em hipogástrio, peso e estatura no percentil 25. Com base nesse caso clínico, qual o melhor
exame para firmar o diagnóstico?
a) Enema contrastado.
b) Trânsito intestinal.
c) Colonoscopia com biópsia.
d) Exame de bioimpedância
3 coisas chamam atenção nesse caso: a precocidade do quadro, começou quando ele tinha poucos meses de vida; a pouca resposta ao
tratamento convencional; o pouco ganho ponderal e estatural. Esses dados devem acender um alerta para uma constipação orgânica e não
funcional. E qual é a causa mais comum? Doença de Hirschsprung.
A Doença de Hirschsprung, também chamada de megacólon congênito, é causada pela ausência dos plexos nervosos murais autônomos, em
segmento colônico, que promovem a contração intestinal. O primeiro sintoma pode ser o atraso na eliminação de mecônio e com o passar da
idade, a criança apresenta constipação crônica, com massa fecal palpável abdominal e ampola retal vazia, pois as fezes impactam no segmento
anterior ao aganglionico e não chegam até o reto.
Para diagnóstico, o exame inicial deve ser o enema contrastado, ele irá mostrar distensão de alças e a zona de transição entre o intestino "normal"
e o afetado. A biópsia retal também está indicada em casos suspeitos, não necessitando de colonoscopia.
O tratamento é cirúrgico, com resseccão do segmento afetado e rebaixamento do normal.
6. Menino de 5 anos, apresenta queixa de constipação intestinal há 2 anos. Mãe refere que
mesmo sendo ressecado está sempre com a cueca manchada de fezes fétidas. Gosta muito
de leite. Andou com 1 ano e 2 meses e entrou na escola com 3 anos. Ao exame físico,
palpa-se uma massa dura de fezes no cólon. No exame retal encontra-se uma grande
quantidade de fezes em um reto dilatado. Perante esta situação clínica assinale qual a
melhor alternativa
a) Evacuação do cólon, terapia laxante crônica, estabelecimento de hábitos intestinais
regulares
b) Solicitar enema opaco e iniciar o uso agressivo de catárticos orais
c) Encaminhar para psicólogo, nutricionista e mudar de escola
d) Solicitar Rx de abdome, iniciar serie de enemas, para descompactação imediata
7. Lactente com 5 meses de idade, aleitamento artificial desde os 4 meses, apresenta quadro
de constipação intestinal que alterna com períodos de fezes explosivas e vem apresentando
baixo ganho pondero-estatural; eliminação de mecônio no 3º dia de vida. Ao exame físico a
criança apresenta distensão abdominal e ausência de fezes em ampola retal. Qual a hipótese
diagnóstica para este quadro?
a) Constipação orgânica.
b) Constipação funcional.
c) Intolerância à proteína do leite.
d) Hipotireoidismo
8. Menina de sete meses foi levada à consulta pediátrica com história de retenção fecal,
evacuações dolorosas com eliminação de fezes endurecidas em cíbalos. A mãe afirma que
desde o segundo mês de vida ela apresenta dificuldade para evacuar. Afirma ter iniciado
alimentação complementar desde os 6 meses de vida de forma adequada. Refere que faz uso
de laxativo oral há quatro semanas, diariamente, sem obter melhora do quadro. Qual o
provável diagnóstico?
a) Doença de Hirschsprung.
b) Constipação intestinal funcional.
c) Pseudoconstipação intestinal.
d) Disquezia do lactente
9. Escolar de 6 anos é levado a atendimento médico com queixa de quadro recorrente nos
últimos 3 meses de dor e sensação de distensão abdominal que melhora com a evacuação,
de início associado a mudança na frequência e aspecto das fezes, com fezes amolecidas e
com presença de muco. O diagnóstico mais provável é:
a) Síndrome do intestino irritável
b) Dor abdominal funcional
c) Síndrome da ruminação no escolar
d) Diarreia funcional
e) Enxaqueca abdominal
10. Lactente de 12 meses é levada para primeira consulta de puericultura. A mãe relata enfrentar
condições socioeconômicas difíceis; refere que a criança apresenta diarreia há um mês, com
fezes volumosas e brilhosas; o bebê já precisou de internação hospitalar por pneumonia por
três vezes (aos 5, 7 e 11 meses); não realizou teste do pezinho e está com a vacinação em
dia. Ao exame físico, a criança está em bom estado geral, apesar das más condições de
higiene. O exame do abdômen mostra distensão abdominal, porém indolor à palpação. Ao
examinar o ânus, nota-se exteriorização da mucosa retal. Considerando a idade da criança, a
estatura está abaixo do Z escore -3 e o IMC está entre o Z escore -2 e -3. Para corroborar o
provável diagnóstico, deve-se pesquisar na história neonatal dessa criança:
a) Asfixia perinatal
b) Icterícia neonatal tardia
c) Sepse neonatal precoce
d) Atraso na eliminação de mecônio
QUESTÕES MEDCURSO