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QUESTÕES PEDIATRIA - OUTROS PROFESSORES

JUCILANE
Febre Reumática

1. Em relação à infecção de vias aéreas superiores, é correto afirmar que:


a) O quadro clínico de infecção de vias aéreas superiores no lactente cursa com febre alta,
geralmente é causada por estreptococo beta-hemolítico
b) A faringoamigdalite por estreptococo beta-hemolítico no escolar apresenta-se apenas com
hiperemia de orofaringe, mas sem exsudato amigdaliano ou petéquias no palato
c) Toda infecção de orofaringe que cursa com febre, sintomas respiratórios inespecíficos,
aumento e hiperemia das amígdalas deve ser tratada com antibiótico independente da idade
d) As crianças que frequentam creches apresentam mais episódios de infecções de vias
aéreas superiores, sendo superior a 6 vezes ao ano
e) a medicação de escolha para a erradicação do estreptococo é a penicilina benzatina na
dose de 1.200.000U independentemente do peso da criança

2. Uma escolar de 9 anos, no percentil 25 de peso, é atendida no PAP com quadro de febre há 3
dias e odinofagia importante. Ao exame físico, apresenta placas purulentas em amígdalas.
Qual o tratamento mais apropriado?
a) Amoxicilina 70 mg/kg/dia por 7 dias
b) Amoxicilina 50 mg/kg/dia por 10 dias
c) Penicilina benzatina 600.000 UI em dose única
d) Penicilina benzatina 1.200.000 UI em dose única
e) Cefalexina 50 mg/kg/dia por 10 dias
Em maiores de 20 kg → dose de 1.200.000

3. Um menino de 15 meses é levado ao pronto atendimento com quadro de febre há 2 dias


(máximo de 38 °C), coriza, tosse, inapetência e irritabilidade. Ao exame físico, está em
regular estado geral, afebril, com FR: 32 ipm, FC: 144 bpm, ausculta pulmonar com alguns
estertores grossos difusos, oroscopia sem alterações e otoscopia com hiperemia e
opacidade bilateral. Dentre as abaixo, a melhor conduta é:
a) Prescrever amoxicilina via oral, na dose de 100 mg/kg/dia por 5 dias.
b) Prescrever amoxicilina com clavulanato de potássio, na dose de 90mg/kg/dia por 7 a 10
dias.
c) Prescrever claritromicina oral na dose de 15-20 mg/kg/dia, por 7 a 10 dias.
d) Prescrever amoxicilina via oral, na dose de 50 mg/kg/dia por 7 a 14 dias.
e) Orientar analgésicos, antitérmicos, hidratação e repouso, com retorno em 48 horas.

4. Um lactente de 10 meses é levado ao ambulatório pela avó devido à febre, obstrução nasal e
tosse há um dia. Ao exame, apresenta hiperemia de faringe, FR normal e ausência de tiragem
intercostal. A conduta mais adequada é:
a) Prescrever amoxicilina imediatamente devido à baixa idade
b) Prescrever SMT+TMP pela facilidade de posologia
c) Prescrever penicilina benzatina devido à melhor aderência ao tratamento
d) Agendar consulta de retorno para reavaliação em 24 a 48 horas e orientações gerais
e) Encaminhar ao pronto-socorro para realizar raio x de tórax

5. Comprovada a evidência de infecção prévia pelo Streptococcus beta-hemolítico do grupo A


(títulos elevados de anticorpos anti estreptocócicos). Qual o “Padrão Ouro” para
diagnosticar Febre Reumática?
Critérios de Jones
6. Critérios maiores e menores da Febre Reumática
Segundo os critérios de Jones, temos sinais maiores e menores considerando o risco da população
População de baixo risco
→ Critérios maiores:
1. Cardite (clínica ou Subclínica)
2. Poliartrite
3. Coréia de Sydenham
4. Eritema marginado
5. Nódulo subcutâneo
→ Critérios menores:
1. Poliartralgia
2. Febre (≥ 38,5°C)
3. Elevação de VHS (≥ 60 mm na primeira hora) e/ou PCR ≥ 3 mg/dL (ou > valor de referência
indicado)
4. Intervalo PR prolongado no ECG (mas somente se não tiver cardite)

População de risco moderado/alto


→ Critérios maiores:
1. Cardite (clínica ou Subclínica)
2. Poliartrite, monoartrite e/ou poliartralgia
3. Coréia de Sydenham
4. Eritema marginado
5. Nódulo subcutâneo
→ Critérios menores:
1. Monoartralgia
2. Febre (≥ 38°C)
3. Elevação de VHS (≥ 60 mm na primeira hora) e/ou PCR ≥ 3 mg/dL (ou > valor de referência
indicado)
4. Intervalo PR prolongado no ECG (mas somente se não tiver cardite)

Para diagnósticos no 1° surto: 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 2 critérios menores


Para diagnóstico caso recidiva: 2 critérios maiores, ou 1 maior e 2 menores, ou 3 menores

7.

Anemia
1. Em relação a anemia
(V) Na deficiência de B12 tem palidez progressiva, anemia, atrofia das papilas gustativas e
alterações visuais (cuidado pois ela muda para hipertrofia em outras questões)
(F) A anemia por deficiência de ácido fólico e por deficiência de B12 blá blá blá. O que difere é que
a primeira, ao contrário da segunda, cursa com alterações neurológicas
(F) Rosário raquítico, bla bla bla, deficiência de vitamina C (deficiência de vitamina D)

2. Sobre anemia carencial:


(F) Principal causa de morte entre os RN
(V) Fe é o micronutriente não calórico mais importante, entra na constituição química da
hemoglobina
(F) Pouco ferro diminui a hemoglobina, o hematócrito devido a diminuição de produção de hemácia
pela medula óssea- alguma coisa parecida com isso
3. Um lactente de 1 ano faz seguimento na UBS. O médico suspeita de anemia ferropriva, pois
apresenta baixo volume corpuscular médio ao hemograma. O melhor exame diagnóstico,
nesta situação é:
a) Eletroforese de hemoglobina
b) Ferro sérico
c) Saturação de ferritina
d) Dosagem do receptor de transferrina
e) Ferritina sérica

4. Lactente, sete meses de idade normal a termo, pesando 3.250g, esteve em aleitamento
materno exclusivo até os 6 meses e continuará a ser amamentada na fase de transição
alimentar. Mãe vem ao pediatra para orientação quanto à dieta e questiona sobre a
necessidade de reposição de ferro. Sobre anemia ferropriva, assinale a alternativa correta:
a) Os estoques de Ferro dessa criança devem começar a cair, mas o leite materno ainda será
a principal fonte desse micronutriente até os dois anos de idade uma vez que continuará ser
amamentada, não sendo necessária, nesse caso, a reposição
b) Está indicada a reposição profilática de ferro que deve ser realizada com 1mg de ferro
elementar/kg/dia até 12 meses de idade
c) O ferro não-heme presente em alimentos de origem vegetal apresenta baixa
biodisponibilidade e tem sua absorção dificultada pelos fitatos, tanino e cálcio e
facilitada pelo ácido ascórbico
d) Esse lactente, por ter sido amamentado exclusivamente até os 6 meses, não necessitará de
suplementação de ferro, independentemente de continuar recebendo leite materno
Obs.: leite materno pobre em ferro, lactente tem reserva até 4-6 meses de vida, depois de 6 inicia as papas que contribuem para o nível de ferro no lactente.

5. Adolescente 12 anos, sexo masculino, apresenta-se com adinamia, indisposição e


inapetência. Hemograma: hemoglobina = 12 g/dL; hematocrito = 35%; VCM =< 75 fL; CHCM <
26,5 g/dL. Baseando-se nesses dados, é correto afirmar que:
a) Deve-se investigar outras causas que justifiquem as queixas do paciente, uma vez que não
apresenta anemia
b) O Adolescente em questão não apresenta anemia, mas os resultados de seus exames
e sintomatologias sugerem deficiência de ferro que deve ser corrigida com dieta
adequada e administração de sulfato ferroso
c) O diagnóstico é de anemia, sugerindo como causa a deficiência de ferro e, portanto, deverá
ser tratado com correção dietética e administração de sulfato ferroso
d) Trata-se de um quadro de anemia megaloblástica de grau leve e, portanto, deve-se fazer
apenas correção dietética
Adolescente pode estar na fase de estirão pubertário,
De 12 a 15 anos normal ⇒ HB entre 12-15; se menor que 12 = anemia
anemia ferropriva (primeiro = depleção de ferro, a ferritina diminui/ depois = falta de ferro sérico → se não corrige = falta ferro sérico → anemia
ferropriva)
A dosagem de hemoglobina possui maior acurácia quando comparada ao hematócrito e à contagem de hemácias, devendo, portanto, ser a
medida de escolha utilizada para o diagnóstico de anemia. As consequências fisiopatológicas do quadro anêmico estão diretamente relacionadas à
diminuição dos teores de hemoglobina
É importante ressaltar que os valores normais de hemoglobina, hematócrito e contagem eritrocitária são baseados em estudos populacionais,
existindo ampla faixa de "normalidade"
regra - hematócrito = 3x a hemoglobina
hematócrito > 36 → está baixo na questão
VCM normal é acima de 74; se abaixo de 74 → anemia microcítica = anemia ferropriva
Concentração de Hb corpuscular média ⇒ CHCM 33-34 em qualquer idade → está diminuída na questão
→ VCM e CHCM estão baixos, podem significar anemia por deficiência de ferro, ou outras condições como a talassemia (doença genética que
diminui a produção de hemoglobinas), e quando o VCM está aumentado, pode indicar anemia devido à deficiência de ácido fólico ou vitamina B12
e desordens congênitas
→ Valores de CHCM abaixo de 30%: indicam hipocromia, condição em que as hemácias estão menos coradas que as normais por apresentarem
uma concentração hemoglobínica subnormal.
→ HCM e CHCM discretamente diminuídos na anemia megaloblástica
→ Alterações morfofisiológicas (VCM, CHCM) = redução de estoques de ferro
→ Vi em um doc que B e D estão corretas
6. Anemia (Valores das anemias)
a) Anemia maior causa de morte entre os neonatos (F. estoque dura 12 semanas)
b) Adolescência (FEMININO: <12,0g/dl e Ht<35% / MASC:<12,5g/dl < 35%. (NA PROVA
ELA COLOCA 33% EM ALGUM DELES E COLOCA 13g/dl. TÁ FALSO)

7. A anemia falciforme provoca hiperbilirrubinemia de grande intensidade no RN?


SIM ( ) ; Não (X)
Não, pois o RN tem hemoglobina fetal na constituição da hemácia. Essa hemoglobina representa
80% da hemoglobina total do RN e ele não apresenta alterações nos portadores de anemia
falciforme

8. Recém-nascido realizou teste do pezinho, o resultado para triagem de hemoglobinopatias


foi FAS. Qual é o significado?
a) Exame normal.
b) Provável anemia falciforme.
c) Traço beta-talassêmico.
d) Traço falciforme.
e) Provável esferocitose

9. Tratamento de anemia em menino com peso de 10 kg


Necessita de 3 a 6 mg/kg de ferro elementar
10 kg = de 30 a 60 mg de ferro elementar por dia
SUS disponibiliza Sulfato Ferroso de 125 mg/mL
125 mg de Sulfato ferroso = 25 mg de Ferro elementar
Portanto 1 mL = 25 mg de ferro elementar
1 mL = 20 gotas
20 gotas = 25 mg ferro elementar
x ———— 30 a 60 mg
x = 24 a 48 gotas por dia
30 a 45 dias de tratamento → Hb aumenta em 1,0

→Tb não lembro onde caiu o quê das anemias, mas importante saber (acho que não tem mais o que ela inventar
de anemia, já cobrou nas provas passadas demais já):

*Complexo Férrico Hidropolimatosado: 2-6mg/kg/dia. Dose máxima: 200mg (na prova era 300mg e estava errado)

*Anemias carenciais são SECUNDÁRIAS à falta de um ou mais elementos imprescindíveis à citoformação de


glóbulos vermelhos.

*Ferro é o mais importante dos nutrientes não calóricos, entra na constituição química da hemoglobina, faz parte
da molécula de enzima e o quadro de anemia é sempre proporcional à sua carência. Não tem via de excreção
(metabolismo em circuito fechado) e seu excesso causa no organismo produz doenças graves.

*Períodos de MAIOR necessidade de absorção: Gestação e Fase de Crescimento.

*Causa mais comum de carência de ferro:


->Infância (DIETÉTICA)
->Adolescência (1o. Necessidades aumentadas 2o.Perdas sanguíneas após menarca e 3o.DIETÉTICA). Aqui a
dietética NÃO é a causa mais comum. Atenção!

*Fases da carência de ferro:


1°.Sem anemia (consumo dos estoques. ACHO QUE É ASSINTOMÁTICA MESMO! VER!! CAI NA PROVA)
2° alteração morfológica das hemácias (Redução de estoques).
3° Presença de anemia.

*Carência de FOLATO (mais freq. Causador de anemia megalobástica). IGUAL A CARÊNCIA DE VIT B12, exceto
por LESÕES NEUROLÓGICAS!!! IMPTE! CAI TB!
(Doses farmacológicas de vit B12 corrigem a deficiência de ácido fólico e vice-versa. Tto com ÁCIDO FÓLICO
melhora a anemia, mas não trata manifestações neurológicas.

*tto de vit b12 (1000ug em dias alternados até normalização de Hb e Ht (Se manifestação neurológica: 5000ug a
cada duas semanas nos seis primeiros meses).

*Se anemia perniciosa: 1000ug IM por mês no primeiro ano. Após: 5000ug ao ano.

*Adm de ác fólico: 1cp de 5mg ao dia até melhorar níveis de Hb e Ht desde que o fator causal tenha sido
eliminado.

→Saber o que acontece com a MEDULA quando o paciente tem anemia.

LETÍCIA
Otite

1. O agente etiológico mais comum na otite média aguda em crianças é:


a) Estafilococos
b) Pneumococo
c) Pseudomonas
d) Moraxella catarrhalis
e) Haemophilus influenzae

2. Menino, 2 anos, com sintomas gripais há 5 dias e, há 36 horas iniciou otalgia, febre,
irritabilidade e choro fácil. Exame físico: obstrução nasal, otoscopia com perda de brilho
bilateral, vascularização aumentada e abaulamento à esquerda. A conduta mais apropriada
é:
a) Coletar hemograma, de acordo com o resultado, prescrever antibiótico
b) Prescrever anti-inflamatórios e reavaliar após 24 horas
c) Prescrever analgésicos, soro fisiológico nasal e amoxicilina
d) Prescrever anti-inflamatórios, soro fisiológico nasal e amoxicilina
e) Prescrever solução otológica contendo antibiótico e anestésico; associar corticóide oral
Uso obrigatório de ATB: OMA bilateral em < 2 anos e sinais de gravidade

3. Menino, 3 anos de idade, é trazido à Unidade Básica de Saúde com febre (38,5 ºC) e otalgia
esquerda há 3 dias. Ao exame físico, a membrana timpânica esquerda está abaulada e
hiperemiada, sendo feito diagnóstico de otite média aguda e prescrita amoxicilina (50
mg/kg/dia). Após 72 horas, a criança retorna mantendo febre baixa (37,8 ºC). Ao exame
físico: região retroauricular esquerda abaulada, hiperemiada e dolorosa à percussão, além
de deslocamento do pavilhão auricular para frente. Qual é a conduta adequada?
a) Aumentar a dose da amoxicilina e reavaliar em 48 horas.
b) Substituir o antibiótico por amoxicilina + clavulanato e reavaliar em 48 horas.
c) Manter antibiótico na dose atual e encaminhar para ambulatório de otorrinolaringologia.
d) Internar e iniciar antibiótico por via parenteral.
e) Manter antibiótico na dose atual e prescrever anti-inflamatório não hormonal.

4. Menina de oito anos de idade, é levada à UPA, com intensa otalgia e febre há seis horas.
Exame físico: febril (38,5 ºC), prostrada, otoscopia com intensa hiperemia de conduto e
membrana timpânica com bolhas na porção externa. Restante do exame físico sem
alterações. O agente etiológico nesse caso é:
a) Moraxella catarrhalis
b) Haemophilus influenzae
c) Mycoplasma pneumoniae
d) Streptococcus pneumoniae
Esta questão trouxe um tipo de otite bem peculiar, que pode ser associado à otite externa, com mudanças na descrição de sua etiologia nos
últimos anos.
A miringite bolhosa é uma condição infecciosa na qual se desenvolvem ou vesículas na membrana timpânica. Esta apresentação pode imitar uma
otite média aguda (OMA), apresentando uma membrana timpânica espessada e eritematosa. Porém, o processo patológico é limitado à membrana
timpânica, e não afeta o conteúdo da orelha média.
Duas características diferenciam esta otite da apresentação tradicional da OMA: a miringite bolhosa pode apresentar uma otalgia mais intensa, e
não leva ao abaulamento da membrana timpânica verificado na OMA.
A grande questão em relação a esta otite é a etiologia. Na OMA, temos uma tríade famosa responsável pela maioria dos casos: S. pneumoniae, M.
catarrhalis e H. influenza. Já na otite externa, a Pseudomonas aeruginosa é o agente mais identificado.
A etiologia da miringite bolhosa é desconhecida, mas acredita-se que seja viral. Porém, em estudos publicados há mais de 50 anos, a infecção
experimental de voluntários adultos por Mycoplasma pneumoniae resultou em miringite bolhosa hemorrágica. Além disso, foram verificadas
algumas associações entre esta otite e a pneumonia atípica, causada pelo referido agente.
No entanto, estudos subsequentes de miringite bolhosa não identificaram o M. pneumoniae como agente causador, sendo estes casos associados
de maneira mais recente ao S. pneumoniae, o principal causador da OMA.
A instituição liberou como gabarito a alternativa “c”, ainda mantendo o antigo conceito de predominância do Mycoplasma pneumoniae como agente
causador. Provavelmente o examinador não se atualizou há alguns anos sobre este assunto, visto que a questão foi de 2020, e esta mudança de
padrão já foi reconhecida antes de 2010.
Contudo, várias bancas já questionaram a mesma informação e o gabarito foi S. pneumoniae. Caso este questionamento seja abordado
na sua prova, marque o S. pneumoniae.

5. Quais são os patógenos mais relacionados à otite média aguda?


a) S. Pneumoniae / Anaeróbios / M. Catarrhalis
b) S. Pneumoniae / H. Influenzae não tipável / M. Catarrhalis
c) S. Pneumoniae / H. Influenzae não tipável / Streptococcus hemolítico do grupo A
d) S. Pneumoniae / H. Influenzae não tipável / Anaeróbios
e) M. Catarrhalis / H. Influenzae / Anaeróbios

6. A conduta expectante (“wachtful waiting”) no manejo de otite média aguda em crianças é


cada vez mais preconizada. Contudo, há situações nas quais a introdução de antibiótico
imediato é necessária. De acordo com as recomendações mais recentes da Academia
Americana de Pediatria, é obrigatória a introdução imediata de antibiótico em pacientes com
otite que apresentem em qual situação?
a) Presença de supuração, uni ou bilateral.
b) Acometimento bilateral, independente da idade.
c) Febre acima de 38,5°C.
d) Otalgia por mais de 24 horas.
e) Idade inferior a 2 anos.

7. A antibioticoterapia de primeira escolha para tratamento de otite média aguda, em crianças


acima de 2 anos, é:
a) Amoxicilina + clavulanato.
b) Azitromicina.
c) Claritromicina.
d) Amoxicilina.
e) Cefalexina

8. Pode-se afirmar sobre a otite média aguda (OMA) na infância


a) O aleitamento materno é um fator de risco.
b) Evidências epidemiológicas mostram que a OMA costuma decorrer de infecções das vias
aéreas superiores (IVAS), e que tanto IVAS quanto OMA apresentam maior incidência nos
meses mais frios (inverno).
c) O tabagismo passivo não é considerado como fator de risco.
d) A minoria das crianças (10%) apresenta evolução favorável durante um episódio de OMA,
com resolução espontânea.
e) É fundamental um diagnóstico preciso e acurado, devendo ser indicado o uso precoce de
antimicrobianos na grande maioria dos casos

9. Sobre otite média aguda, julgue as assertivas a seguir:


I - Cerca de 80% dos casos têm resolução espontânea, sem uso de antibióticos.
II - Possui associação significativa com quadro de resfriado comum ou de gripe.
III - Otalgia intensa ou febre acima de 39 graus são critérios para início de antibioticoterapia.
IV - A amoxicilina é a primeira escolha de antibioticoterapia.
a) Todas as alternativas estão corretas;
b) Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas;
c) Apenas as alternativas I, II, e IV estão corretas;
d) Apenas as alternativas II e III estão corretas.

10. Sobre OMA:


(V) 80% dos OMA possuem cura espontânea
(V) ATB para lactentes <6m mesmo na dúvida
(F) OM simples é fétida, lesão central, (...).

11. Sobre Otite:


(F) A perfuração (de OMA supurada) quando presente é de FÁCIL visualização
(V) O reflexo luminoso não é importante para o diagnóstico de OMA
(V) Analgesia é a única (...) como “forte recomendação” na OMA
acho que aqui tinha aquela hist de dar ABT na OMA, até 6 meses vc dá mesmo se o diagnóstico é duvidoso pois os riscos de
complicação justificam a ABT.
(F) Fala que alguma otite evoluía para outro tipo de otite facilmente (colesteatomatosa?)

Contribuições a mais:
OME dar gotas otológicas.
Colesteatomatosa- maioria sara sozinha.
A única indicação de antibiótico com certeza era em um caso lá (mas na OMA lactente sempre da!)

12. Otites
I. Otomicose – remédio tópico / pra otalgia (Verdadeiro)

13. São fatores de risco para otite média aguda:


a) Obstrução nasal crônica, baixa renda familiar e casa com baixa insolação
b) Idade acima de 3 anos, frequência a creches e baixa renda familiar
c) Aleitamento materno, faringite aguda atual e casa com baixa insolação
d) Obstrução nasal crônica, idade acima de 3 anos e promiscuidade ambiental (aglomeração
em casa)
e) Rinofaringite aguda atual, aleitamento em decúbito horizontal e frequência a creches
Análise: Obstrução nasal crônica → fator menos importante que os outros

14. Criança com um ano e meio de idade, retorna para reavaliar o quadro de otite em média
aguda, uma semana após a introdução de Amoxicilina da dose de 40 mg/kg/dia. Ficou afebril
48 horas após a introdução do tratamento, porém, ainda apresenta efusão e hiperemia na
membrana timpânica esquerda. Qual a melhor conduta?
a) Aumentar a dose de Amoxicilina para 80 mg/kg/dia e manter o tratamento por mais 10 dias,
pois a dose de antibiótico originalmente prescrita é mais baixa que atualmente preconizada
b) Trocar o antibiótico para um demais amplo espectro (cefalosporinas ou associação
amoxicilina-clavulanato), pois a efusão provavelmente se deve à presença de germe
produtor de beta-lactamase
c) Recomendar o uso associado de anti-inflamatório não hormonal, para abreviar a resolução
do quadro de efusão
d) Manter antibiótico até completar 10 dias e reavaliar a criança após o término do tratamento
e) Encaminhar para otorrinolaringologista para drenagem da efusão em centro cirúrgico
Otite média secretora (efusão sem febre, otalgia ou inflamação) não é considerada falha terapêutica: conduta expectante - melhora em 3 meses;

15. Abertas: raio x e otoscopia de OMS colesteatomatosa

16. Atb só nos virais de recém-nascidos- supurativos?

17. OMA: Não existe razão para uso de medicações tópicas em forma de gotas otológicas.
Lembrar que: OTITE MÉDIA EXTERNA AGUDA: Gotas oftalmológicas podem ser utilizadas com a
vantagem do uso da gentamicina (potencialmente ototóxica quando houver perfuração da
membrana timpânica)

18. Defina otite média.


É uma entidade clínica que se caracteriza por lesões anatomopatológicas inflamatórias agudas do
revestimento conjuntivo epitelial cas cavidade da orelha média.

19. Qual a etiologia da Otite média?


Os agentes causadores são S.pneumoniae (30 – 50%), H. influenza (20-30%), M. catarrhalis(15%),
O estafilococo é encontrado em 1% dos casos, podem ser isolados: S Pyogenes, anaerobios e
virus sincicial respiratorio.

20. Quais são os fatores predisponentes ?


Base fisiopatológica é a disfunção da trompa de eustáquio, suscetibilidade do lactente a infecções
repetidas do trato respiratório, presença de irmãos, creche, refluxo gastroesofágico, alimentação
artificial (principalmente em posição horizontalizada), natação (especialmente em piscinas
aquecidas), exposição passiva a fumaça de cigarro, edema alérgeno, presença de massas
nasofaríngeas – adenoide hipertrofiada.

21. Quais são alguns sinais e sintomas da otite média?


Otalgia, febre, irritabilidade, otorréia fluida ou purulenta em um terço. Na otoscopia vemos
membrana timpanica hiperemiada, abaulada, mobilidade alterada, lactentes menores, alterações
otoscópicas não são de fácil visualização e levam rapidamente complicações intracranianas

22. Como é feito o DX?


Ex fisico, anamnese, otoscopia, timpano normal (posição neutra, transparente), cor pérola
acinzentada – ficando hiperemiada com choro, abaulada, opaca com aumento da vascularização,
diminuição da mobilidade na pneumotoscopia ou otoscopia pneumática, de todos, o abaulamento é
o mais importante. Se perfuração é de dificil visualização devido ao edema e a secreção. O reflexo
luminoso não é tão importante para o DX.

23. Como é feito o tto?


Antimicrobianos que atinjam os agentes mais comuns – amoxicilina, sulfametazol – trimetoprim.
Caso haja resposta inadequada: amoxicilina + clavulanato, cefaclor, cefuroxima, claritromicina,
azitromicina.
Não existe razão pra uso de medicação topica em forma de gotas otológicas medidas de
desobstrução das fossas nasais com instilação de soro fisiológico.
OMA É A PRINCIPAL CAUSA DE TTO COM ATB NA INFANCIA. 81% DA OMA cura
espontaneamente.

24. Como é o critério de ROSENFELD para antibioticoterapia?


<6meses – ATB (dx correto pra oma), - ATB (dx duvidoso de oma)
>6meses a 2 anos –ATB (dx correto pra oma) – ATB se doença severa, observar se não severa (se
duvida)
>2anos – ATB se doença severa, observar se não severa (dx correto), observar (se duvida do dx)

25. Como é o fator resistência da Haemophilus influenza resistente e Moraxella catarrhalis?


Eles produzem beta-lactamase, destruindo o anel beta lactâmico das penicilinas em qualquer
concentração. A pneumonia é resistente à penicilina!! dessa forma aumenta a dose para 80-90
mg/kg/dia de amoxi

26. Como é a otite média recorrente e como prevenir?


É a recorrência de três episódios de otite média aguda em seis meses ou quatro episódios em 12
meses. A prevenção é feita estimulando o aleitamento, evitar tabagismo passivo, retardar o
ingresso de creche, suspender mamadeira deitada, tratar rinossinusite, vacina contra o vírus
influenza e vacina conjugada contra o S. pneumoniae 10 valente.
Prevenção cirúrgica – timpanotomia com colocação de tubo de ventilação.

27. Defina Otite externa.


É uma inflamação do conduto auditivo externo, que tem propensão a sede de inúmeros processos
inflamatórios devido:
1. Possui forma de uma canal estreito com facilidade de acúmulo de umidade ou água.
2. Falha nos mecanismos de proteção pela repetida e constante exposição à água e remoção de
camada lipídica e ceruminosa dessa região. Nadadores são mais propensos ao eczema – criando
porta de entrada. Quanto ao tempo (aguda ou crônica), quanto ao agente – bacteriana, micótica e
viral.

28. Quais são os agentes etiológicos mais comuns?


Pseudomonas aeruginosas que pode entrar no CAE por meio da água contaminada, associação ao
estafilo e estreptococos

29. Quadro clínico?


INICIAL: desconforto, prurido, dor que piora ao toque e a mastigação. Pode ter a sensação de
plenitude auricular, queda da acuidade auditiva por oclusão da CAE pelo edema ou exsudato
purulento

30. O que vemos no exame?


Dependendo do grau de infecção, dor a palpação local, presença de hiperemia, edema no início do
CAE, otoscopia pode ser dolorosa pela introdução do otoscópio em pele edemaciada, hiperemia
ausência de brilho e do cerume.
SE A INFECÇÃO PROGREDIR: PODE OCORRER LINFADENOPATIA REGIONAL.

31. Como é realizado o tratamento de OTITE EXTERNA?


Restabelecer a fisiologia da pele do CAE, remover secreções purulentas, instilar soluções tópicas
com atb – geralmente combinações de neomicina, polimixina B e corticoide. ATB sistêmico é
controverso – reservado a casos de pior evolução – cefalexina ou ciprofloxacina por 10 dias.
Corticoide pode ser favorável para o edema, mas prolonga a infecção – uso sistêmico indicado para
edema grave. Não esquecer da analgesia, evitar a entrada de água por 6 semanas. Nadadores
protetor de ouvido, instilar solução acidificante do meio com vinagre ou ácido acético a 2% em
propilenoglicol como medida preventiva.

32. O que é otite externa localizada (furunculose)?


Furunculose é um inflamação aguda da pele do CAE circunscrita devido a infecção dos folículos
pilosos e sebáceos.
Localização mais frequente – terço externo na porção posterior superior à entrada do meato.
O agente mais comum: Staphylococcus aureus.
Sintomas: dor aguda e progressiva e hipoacusia.
No exame: membrana timpânica normal.
Tto: limpeza local com aplicação de antisséptico (timerosal em solução aquosa sem corantes),
seguida de aplicação de creme de atb (genta ou neo ou cloranfenicol), associação a cortisona, não
ocluir.
Nos estágios iniciais: antibióticos sistêmicos- cefalexina, norfloxacina, ciprofloxacina e oxacilina,
ANTI INF, analgesico e calor local.
Se flutuar: drenagem delicada com anestesia local

33. Otomicose. O que é?


É um processo inflamatório decorrente da infestação da pele do CAE por fungos. Comum em
regiões tropicais e em imunocomprometidos, causada por introdução de estiletes para coçar ou
praias ou piscinas. Ocorrem após uso de corticosteróides ou uso de atb a longo prazo.
Agentes comuns: aspergillus (niger, flavus, fumigatus), candida albicans, actinomyces, dermatófitos
e levedos.
Sintomas: otalgia, prurido e plenitude auricular.
No exame: tecido de descamação recoberto por membrana aveludada, cinza salpicada de manchas
escuras (aspergillus niger), presença de secreção cremosa levemente amarelada preenchendo o
CAE- candida.
TTO: limpeza do canal com remoção da secreção, quando sólidas por pinças ou curtas e quando
cremosas – lavagens se não tiver perfuração timpânica.
Antifúngicos tópicos – miconazol, isoconazol, cetoconazol gotas por 15 dias, casos rebeldes –
estudo micológico e bacteriológico – evitar entrada de água por 30 dias.

34. O que é OTITE MÉDIA SECRETORA?


Caracterizada pela presença de secreção do tipo seroso ou mucoso, sem perfuração da membrana
timpânica, determinado geralmente disacusia condutiva e ocasionalmente disacusia mista ou
sensorioneural, frequente na infância, na idade pré-escolar (acima de 3 anos), idade de vital
importância na aquisição de linguagem falada e escrita.
Sintomas: diminuição da audição, compromete a aquisição do desenvolvimento da linguagem, mau
aproveitamento escolar, repercussão social negativa.
Sintomas: otite serosa, otite catarral, hidropsia ex vácuo da orelha média, glueear, otite média com
efusão.
Etiopatogenia: combinação de fatores: disfunção da tuba auditiva que causam hipoventilação e
distúrbios e drenagem, inflamação pós infecciosa, patência tubária (abertura mais que o normal),
propiciando passagens da nasofaringe para a cavidade timpânica, levando acúmulo de secreção,
presença de microorganismo, é a infecção mais frequente na orelha média
Quadro clínico: cças de 3 a 9 anos – perdas de audição sem outros sintomas otológicos,
desatenção, pergunta varias vz, tv muito alta, mau aproveitamento escolar, orelha bloqueada,
plenitude auricular, desconforto otológico, audição que se altera com a mudança de posição da
cabeça. Bilateral nas cças e unilateral nos adultos, sem dor, nem febre a não ser no barotrauma,
passado de OMA de repetição, rinossinusites alérgicas ou infecciosas, adeno tonsilites crônicas.
No exame: otoscopia: MT perde a translucidez – opaca, sem brilho dando impressão de plenitude
da orelha média, trama vascular aumentada, excedendo-se sobre a porção do conduto externo. O
acúmulo de secreções na orelha média pode ser notado como verdadeiro nível líquido, muitas
vezes mistura-se com ar – sendo visualizadas bolhas no interior da caixa. Dependendo da
viscosidade do fluido, o nível permanece na linha horizontal mesmo com mudança de posição da
cabeça. Abaulamento da MT – nos casos recentes de OMS, retração, atrofia, diminuição da
espessura da Tem atelectasia da MT.
Confirmação do DX é pela impedanciometria - audiometria tonal limiar revelará disacusia de
condução de 25 a 40 dB. Rx do cavo – confirma hipertrofia da adenóide, RX dos seios
paranasais-sinusite, ex bacteriológicos.
TTO: tratar disacusia, ATB, anti-histamínico, descongestionantes nasais, gotas nasais,
corticosteróides.
AMOXI e AMPICILINA – 12 dias. Impedanciometria e audiometria 20 dias após .
Corticosteróide- antiedematoso e potente anti alérgico na rinossinusite é mucolítico e fluidificante é
benéfico auxiliar com antibiótico por 7 a 10 dias.
Descongestionantes para adultos e adolescente – em alergias de VAS, em cça aumenta a
viscosidade do muco. O muco desce pela tuba ao mastigar e engolir, manobra de valsalva.
Cirurgia – instalar drenos de ventilação

35. O que é otite média crônica?


É a perfuração timpânica permanente, pode estar ou não associada a patologia da orelha média e
da mastoide.
SIMPLES: Perfuração timpânica em qualquer localização apresenta surdez condutiva, sem otalgia
pode ter otorreia em geral não é fétida de cor amarelada ou mucóide, Otorréias associadas a
quadros gripais.
Diagnóstico: anamnese e otoscopia-perfuração.
TTO: ATB: local e sistêmico, timpanoplastia caso não ocorra o fechamento espontâneo e a
reconstrução ossicular.
SUPURATIVA: otorreia constante amarelada ou esverdeada com odor forte, comum em
imunodeprimidos, diabéticos, grandes perfurações marginais as vz com retrações, mucosa sempre
edemaciada pode ter tecido de granulação, presença de pólipos sangrantes ao toque, mastóide
sempre comprometida pela infecção. Pode compreender a orelha interna com disacusia
neurossensorial.
COLESTEATOMATOSA: constituído de epitélio escamoso estratificado com grande quantidade de
queratina que segue a arquitetura da orelha média e mastoide. Considerada um tumor benigno. É
classificada em congênitos: devido a inclusão de ep escamoso queratinizado que cresce no osso
temporal, pode ser confundida com otite média secretora.
Adquirida: há necessidade prévia de uma lesão da orelha média, originam-se a partir de uma
perfuração da parte flácida da membrana timpânica, enquanto os secundários a partir de uma
perfuração marginal da MT.
ETIOLOGIA:
congênita: decorrente de inclusões embrionárias,
MIGRATÓRIAS: possibilidade de crescimento da pele do conduto auditivo externo para o interior da
orelha média por meio de uma perfusão marginal.
COLESTEATOMA: OTORREIA DE COR AMARELADA espessa e muito fétida presença de germes
anaeróbios – peptococcus aeróbios (pseudomonas e estafilococos), otorreia não encontrada na
congênita, hipoacusia, freq lesa a cadeia ossicular, podendo atingir a orelha interna. Fazer raio x
permite ver erosão da parede do tímpano e erosão da cadeia ossicular, comprometimento da
mastoide. TTO: essencialmente cirúrgico.
Complicações da OMC: FÍSTULA LABIRÍNTICA, LABIRINTITES, PARALISIA FACIAL E
MENINGITES.

36. Em relação às otites, marque com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas: (uma
resposta errada anula uma certa)
(V) Mais de 80% das otites médias agudas (OMAs) tem cura espontânea
(V) Um lactantes menores de 6 meses é indicado o uso de antibióticos mesmo no caso de OMA
duvidosa
(F) Na maioria das OMAs, por S. pneumoniae resistente à penicilina, deve-se substituir o antibiótico
imediatamente (aumentar a dose)
(V) Na otomicose os sintomas são de prurido, otalgia e plenitude auricular e o tratamento é com
antifúngico tópico
(F) Na otite média secretora a otoscopia não é importante para o diagnóstico clínico (principal meio dx)
(F) Na otite média crônica (OMC) simples a surdez é condutiva e a perfuração timpânica é de
localização na maioria central, com otorréia geralmente fétida, associada a quadros gripais (perfuração
timpânica em qualquer localização, otorréia geralmente não fétida)
(V) Na OMC supurativa a mastóide é quase sempre comprometida pela infecção
(F) Na OMC colesteatomatosa, a ação destrutiva sobre o mastoide é pela infecção e também
enzimática dessas bactérias que causam a infecção (compressão ou ação enzimática por epitélio escamoso que
cresce no osso temporal)

Triagem

1. O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) é uma forma de rastreamento


populacional, com o objetivo de identificar distúrbios e doenças no RN, em tempo oportuno,
para investigação adequada. Considerando o teste de triagem neonatal, leia as frases e a
seguir assinale a alternativa incorreta
I. São doenças que podem ser detectadas no teste, fenilcetonúria, hipotireiodismo congênito,
hemoglobinopatias e fibrose cística (V)
II. Recomenda-se que o período ideal de coleta da primeira amostra esteja compreendida
entre o terceiro e quinto dia de vida da criança (V)
III. A coleta para o exame deve ser realizada a partir de 30 dias de vida da criança para evitar
resultados falso negativos (F) (até 28/30 dias - período neonatal)
IV. A punção deve ser executada em uma das laterais da região plantar do calcanhar, pois
nessa localização há menor risco de se atingir o osso e menor número de terminações
nervosas, sendo menos dolorosa (V)

2. O Teste do Pezinho é um exame realizado em recém-nascidos que tem por objetivo


identificar e prevenir o desenvolvimento de doenças que podem levar à deficiência
intelectual e causar inúmeras outras sequelas à saúde da criança. Trata-se de um exame
gratuito e obrigatório, motivo pelo qual todo bebê nascido em território brasileiro deve fazer
o teste no momento da alta hospitalar. O Programa Nacional de Triagem Neonatal,
implantado pela Portaria n° 822/2001 do Ministério da Saúde, garante o direito ao exame a
todos os recém-nascidos e tratamento àqueles com diagnóstico positivo para alguma das
doenças pesquisadas. Qual alternativa apresenta as doenças avaliadas por esse teste em
todos os recém-nascidos?
a) Fenilcetonúria, hipotireoidismo, fibrose cística, hemoglobinopatias, deficiência da biotinidase
e hiperplasia adrenal congênita

3. O hipotireoidismo congênito, uma das primeiras doenças incluídas no teste de triagem


neonatal (“teste do pezinho”), é a principal causa evitável de deficiência mental. Assim, é
importante que o pediatra ou médico da família esteja familiarizado com as manifestações
clínicas desta patologia para identificação e suspeita clínica antes mesmo de receber o
resultado do teste de triagem neonatal. Sobre o hipotireoidismo congênito, podemos
afirmar:
a) Os sintomas mais comuns entre lactentes são: hérnia umbilical, constipação, sudorese,
taquicardia e irritabilidade
b) Nos casos de resultados duvidosos da triagem neonatal, procede-se a observação por 3
meses, e então repete-se o exame de papel filtro
c) O tratamento deve ser iniciado nos primeiro dia de vida, com a administração de
levotiroxina
d) O tratamento com levotiroxina dos casos com diagnóstico tardio permite a recuperação do
desenvolvimento neuropsicomotor
e) A triagem neonatal apenas com a dosagem de TSH permite identificar todos os casos nos
primeiros dias de vida e iniciar terapêutica, portanto não há necessidade de dosar T4 livre

4. O hipotireoidismo congênito é a principal causa evitável de deficiência mental. Assim, é


importante que o pediatra esteja familiarizado com as manifestações clínicas desta patologia
para identificação e tratamento adequados. Sobre o hipotireoidismo congênito, podemos
afirmar:
a) A triagem neonatal permite identificar todos os casos nos primeiros dias de vida e iniciar a
terapêutica nos primeiros meses de vida
b) O tratamento deve ser iniciado nos primeiros 15 dias de vida, com administração de
levotiroxina
c) Os sintomas mais comuns entre os lactentes são: hérnia umbilical, constipação, sudorese,
taquicardia e irritabilidade
d) O tratamento com levotiroxina dos casos com diagnóstico tardio permite recuperação do
desenvolvimento neuropsicomotor
e) Nos casos de resultados duvidosos da triagem neonatal, procede-se à observação por 2 a 3
meses e repete-se a triagem com dosagem de TSH

5. Sobre o teste de triagem neonatal, também conhecido como teste do pezinho, feito na
criança logo após o nascimento, para permitir a detecção de importantes doenças
precocemente, assinale a alternativa INCORRETA:
a) O teste deverá ser realizado após 12 horas de vida da criança, quando já ocorreu injeta
adequada de proteínas, e portanto já é possível avaliar o metabolismo da fenilalanina (a mais
incorreta pra mim)
b) Fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e hemoglobinopatia são algumas das
enfermidades detectadas no teste do pezinho
c) A coleta do teste deve ser feita após 48 horas de vida, para adequada avaliação de
Hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria
d) A coleta pode ser feita até 30 dias de vida
e) A equipe de saúde, perante resultados alterados, deve contactar o serviço de referência
estadual de triagem neonatal

6. A triagem neonatal para fibrose cística de um recém-nascido foi positiva em amostra


coletada no quinto dia de vida. Com base nesse quadro, o médico deve
a) desconsiderar o resultado se o paciente estiver assintomático, pois a coleta foi tardia.
b) aguardar o resultado da segunda dosagem de tripsinogênio imunorreativo a ser realizada
em até 30 dias de vida.
c) solicitar dosagem de eletrólitos no suor.
d) encaminhar o paciente para centro de referência em tratamento de fibrose cística.
e) preparar os pais para aceitação do diagnóstico e oferecer informações gerais sobre
tratamento e prognóstico, pois o índice de falso-positivos do teste de triagem é muito baixo.

7. Na consulta de puericultura, aos 30 dias de vida, um lactente saudável, alimentado


exclusivamente no seio e sem alterações no exame físico, o teste do pezinho apresentou
baixa atividade da enzima galactose-1-fosfato uridil-transferase. Novo exame confirmou o
resultado anterior. A conduta mais adequada para este lactente é:
a) Manter o leite materno e checar periodicamente a atividade da enzima.
b) Manter o leite materno e acompanhar clinicamente.
c) Retirar o leite materno independente da condição clínica.
d) Retirar o leite materno e retornar quando a atividade enzimática normalizar.
8. Sobre a Hepatite B: antígenos E, C e S – negativos. Anticorpos: C (IgG positivo e IgM
negativo) e S – presentes. Anticorpos: E – negativo
I- janela imunológica (F)
II- cicatriz imunológica (V)
III- vacina (F)
9.
10. Hepatite B aguda replicando

11. Hepatite B crônica latente


12.

Imunodeficiências

1. Em relação as imunodeficiências primárias na infância, são considerados sinais de alerta:


a) Dois ou mais episódios de pneumonia no último ano e infecções intestinais de repetição,
necessitando de internação
b) Estomatite de repetição e dois ou mais episódios de infecção de trato urinário em meninas
c) Dois episódios de otite média aguda em um ano e um episódio de broncoespasmo em
crianças abaixo de 2 anos
d) História de internação por sepse ou infecção grave de garganta (amigdalite)
e) Efeito adverso na vacina da febre amarela e abscesso / ectimas de repetição
Os 10 Sinais de Alerta para Imunodeficiências Primárias em Crianças:
• Duas ou mais pneumonias no ano
• Quatro ou mais otites no último ano
• Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses
• Abcessos de repetição ou ectima
• Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia)
• Infecções intestinais de repetição/diarréia crônica
• Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune
• Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por micobactéria
• Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada à imunodeficiência
• História familiar positiva de imunodeficiência

2. Podem aparecer na artrite reumatóide:


I. Antinucleossomo (V)
II. Anti-RNP (V)
III. Anti-SSA (V)

3. Anticorpos encontrados nas pessoas normais:


I- Anti-La (V)
II- Anti-Ro (V)
III- Anti-jo 1 (V)

RENATO
Diarréia Aguda

1. Uma lactente de 18 meses, previamente hígida, chega ao PAP com quadro de diarreia há 2
dias. As fezes são líquidas (sem presença de muco, sangue, pus ou restos alimentares) com
frequência de 6 a 8 episódios por dia. Segundo informações da mãe, apresentou alguns
picos febris de até 38,2ºC e alguns episódios de vômito apenas na véspera do início da
diarreia. Ao exame físico, foram constatadas as seguintes alterações quanto ao estado de
hidratação: presença de mucosas secas, olhos encovados, pulsos rápidos e turgor pastoso.
Com relação ao caso apresentado, assinale a alternativa que apresenta a classificação da
desidratação da paciente e o tratamento inicial mais adequado:
a) Desidratação grau II (moderada). Iniciar terapia de reidratação IV com solução salina (SF
0,9%) ou meia-fórmula e reavaliar paciente
b) Desidratação grau II (moderada). Iniciar terapia de reidratação IV com soro fisiológico
associada a antiemético
c) Desidratação grau II. Iniciar terapia com solução de reidratação oral de acordo com a
tolerância da paciente e reavaliar
d) Desidratação grau III (grave). Iniciar terapia de reidratação IV com solução salina (SF 0,9%)
e reavaliar paciente
e) Desidratação grau III (grave). iniciar infusão de solução meia-fórmula e administrar
antidiarreico.
Análise: está desidratada, mas sem comprometimento do estado geral, o que indica apenas desidratação e não desidratação grave; vômitos não
são contraindicações para reidratação oral. Se está hígida, aceita reidratação oral.

2. Um paciente de 7 meses deu entrada no setor de emergência com quadro de evacuações


líquidas e vômitos há 4 dias. Apresenta-se irritado e moderadamente desidratado. Foram
coletados exames e o latente foi internado. O nível de sódio sérico é de 178 mEq/L e a
glicemia é de 240 mg%. A conduta mais adequada para este caso é:
a) Administração imediata de insulina e expansão do volume extracelular com solução de
glicose a 5% sem sódio
b) Administração de fenobarbital e expansão rápida do volume extracelular com solução de
glicose a 2,5% sem sódio
c) Administração de solução fisiológica ou normotônica com reposição do volume extracelular
em um período superior a 48 horas
d) Administração IV de Ringer lactato, tendo como meta a redução do nível de sódio sérico
para 140 mEq/L em 24 horas
e) Administração imediata de insulina e fenobarbital e expansão do volume extracelular com
solução de glicose a 5%
Análise:
Valores de referência de Na: ≤1 ano → ≥129 ≤143 mEq/L; >1 ano → ≥132 ≤ 145 mEq/L; ⇒ Desidratação hipernatrêmica é menos sintomática
Possui muita glicose ligada à hemoglobina
É uma diarréia osmótica causando uma desidratação hipernatrêmica grave

3. Você recebe em seu plantão um lactente de 5 meses de vida com história de febre, vômitos e
diarreia aquosa a um dia. O paciente está torporoso, sonolento e recusa as mamadas nas
últimas 12 horas. Ao exame físico apresenta pulsos finos, perfusão periférica de 5”,
fontanela escavada, olhos fundos e turgor da pele pastosa. O diagnóstico e conduta nesse
caso deve ser:
a) Diarreia aguda, desidratação moderada, terapia de reidratação por gastróclise devido
recusa em mamar
b) Gastroenterocolite aguda, desidratação grave, terapia de reidratação oral
c) Giardíase, desidratação moderada, Metronidazol 15 mg/kg/dose de 12 em 12 horas
d) Diarreia aguda, desidratação grave, expansão com solução fisiológica 20 mL/kg em 20’ e
reavaliar
e) Gastroenterocolite aguda, desidratação moderada, terapia de reidratação intravenosa uma
solução glicofisiológica
Perfusão periférica de 5 caracteriza desidratação moderada, mas ele tem letargia, olhos fundos, turgor pastoso e fontanela escavada ⇒ mais de 2
parâmetros que indicam desidratação grave

4. Criança apresenta diarreia com frequência de 15 vezes por dia, de pequeno volume, com
presença de muco e sangue e também tenesmo ao evacuar. A diarreia tem origem provável
em qual segmento do intestino? Qual agente etiológico pode corresponder a esse tipo de
diarreia?
a) Diarreia originada no delgado, Rotavírus
b) Diarreia originada no cólon, Shigella
c) Diarreia originada no delgado, Entamoeba histolytica
d) Diarreia originada no cólon, Giardia lamblia
e) Diarreia originada no delgado, E. coli enteroinvasora
Diarreia com sangue + muco + tenesmo ⇒ Diarréia inflamatória do cólon = Disenteria, por bactérias ou protozoários
Giardia é no delgado, ameba é no cólon
Shigella é a mais prevalente bactérias das disenterias
5. Paciente de um ano de idade apresenta vários episódios de diarreia aquosa, volumosa e sem
sangue há 1 dia. Está febril e apresentando vômitos. Nega patologias crônicas prévias. Ao
exame físico apresenta-se alerta, ávido por líquidos, saliva espessa e perda de brilho nos
olhos. A melhor conduta segundo o Ministério da Saúde é:
a) Alta do serviço de saúde com orientação de aumentar a oferta de líquidos e retornar se
piora
b) Soro fisiológico por gastróclise
c) Administrar soro fisiológico intravenoso 20 ml/kg em 20 minutos e reavaliar
d) Administrar antiemético via oral
e) Sais de reidratação oral e reavaliação no serviço de saúde
Vômito não contraindica VO, além de estar ávido por líquidos ⇒ terapia de reidratação oral na UBS

6. Uma criança de 4 anos, com história de 5 dias de febre não aferida e vários episódios de
vômitos, dá entrada no pronto-socorro em mau estado geral, febril, sonolenta, desidratada,
taquipneica, taquicardica, com pulso finos, tempo de enchimento capilar de 3 segundos e PA
= 70 x 40 mmHg. A conduta Inicial é:
a) Obter acesso Central
b) Terapia de reidratação oral
c) Epinefrina intramuscular 1:10000 - 0,1 mL/kg
d) Expansão volêmica com 20 mL/kg de soro fisiológico em bolus
e) Sondagem nasogástrica e terapia de reidratação por gastróclise

7. Recém-nascido (RN), masculino, nascido de parto vaginal a termo, adequado para a idade
gestacional, com 12 dias de vida, evoluindo com ganho de peso inadequado, vômitos
diários, recusa de mamadas e com relato materno de diurese protraída. Exame físico:
letárgico, olhos fundos, fontanela anterior deprimida. Encaminhado ao serviço de
emergência onde foi iniciada hidratação parenteral. Exames laboratoriais: hiponatremia,
hipercalemia e acidose metabólica. A principal hipótese diagnóstica para este paciente é:
a) Doença do refluxo gastroesofágico.
b) Estenose hipertrófica de piloro.
c) Gastroenterite aguda.
d) Hiperplasia adrenal congênita perdedora de sal.

8. Prescreva o soro de manutenção de um paciente de 8 kg, que não apresenta perdas ou


distúrbios metabólicos:

Até 10 kg 100 x peso = 800 cal


Manutenção:
1. SG 5% = cal + reposição (como não perdeu nada, só reposição) = 800 ml
2. NaCl 20% = SG/5 = 800/5 = 160 x 4,4/100 = 7.04 ml
3. KCl 19.1%= cal + perdas (exceto insensíveis)/100 = 800/100 = 8 ml
4. MgSO4 = 0.4 ml/kg = 0.4 x 8 = 3,2 ml
5. Gluc de Ca = 1-2 ml/kg = 8-16 ml

Diarreia severa = 60-100 ml/kg -- 80x8 = 640 ml


Manutenção + reposição:
1. SG 5% = cal + reposição =800 + 640 = 1440 ml
2. NaCl 20% = 7.04 ml
3. KCl 19.1% = 800 + 640 / 100 = 1440/100 = 14.4 ml
4. MgSO4 = 3.2 ml
5. Gluc de Ca = 8-16 ml

9. Caso clínico de criança desidratada de 8 meses, conduta:


SRO + manter aleitamento;

10. Causa a síndrome de Reiter:


(V) Shigella
(V) Campylobacter
(V) Salmonella

11. Tem reservatório animal além do homem:


(F) Shiguella
(F) Vibrio colerae
(V) E. coli enteroagregativa

12. Transmissão animal-pessoa


(V) E. coli enterohemorragica
(F) E. coli toxigenica
(V) E. coli enteroagregativa

13. Sobre as E. coli enteroagregativas:


(F) A diarreia é secretória, aquosa, febre baixa e vômito intenso (pouco vômito)
(F) 50% com fezes sanguinolentas (1/3 com fezes sanguinolentas)
(F) Quadro auto limitado que se resolve normalmente em 1 semana (14 dias)

14. Quadro clínico semelhante a rotavirus:


(F) Calicivirus
(F) Norwalk
(V) Astrovirus

15. Diarréia dos viajantes:


(V) E. coli enterotoxigenica
(V) Campylobacter
(V) E.coli enteroagregativa

16. Pequena dose infectante:


(V) Salmonella em lactante
(V) E. coli enteropatogenica, enteroinvasiva e enterohemorragica
(V) Shigella, Cryptosporidium

17. Transmissão por água de piscina:


(V) Astrovirus
(V) Norwalk
(V) E. coli enterohemorragica

18. Sobre rotavírus:


(F) Diarréia por adenovírus pode causar conjuntivite
(V) O rotavirus é encontrado em altas titulações apenas em fezes - única amostra corporal
(F) ... tem sido documentada a transmissão animal pessoa de rotavírus

19. Libera shiga toxinas:


EnteroHEMORRÁGICA

20. Mais parecida com a Shigella:


EnteroINVASIVA.
21. Shiguella
Febre Tifóide – tórax anterior e abdômenUro e coprocultura: 2a/3a semana F. Tifóide
Hemocultura: 1a semana na F. Tifóide

22. Sobre diarreias


I- Diarréia por Adenovírus causa conjuntivite. (F) (A diarreia é causada pelo Adenovírus ENTÉRICO que é diferente do
Adenovírus RESP. Este sim causa conjuntivite.)
II- O rotavírus está presente em altas titulações em fezes de pacientes com diarréia, sendo nas
fezes a única amostra corporal consistentemente positiva para o vírus. (V)
III- Rotavírus com transmissão animal humano (F)

23. Qual a definição de diarreia?


É um sintoma que consiste na alteração do hábito intestinal caracterizado por alteração do hábito
intestinal e diminuição da consistência das fezes (pastosas ou aquosas) devido a presença de
maior fluido e aumento do número de evacuações

24. Como é classificada a diarreia?


Aguda: origem predominantemente infecciosa, evolução potencialmente autolimitada, duração até
14 dias;
Persistente: Originária da aguda, se perpetua por alt secundárias do TGI, duração > 14 dias;
Crônica: evolução não é potencialmente autolimitada> 30 dias

25. Como é a fisiopatogenia da diarreia aguda infecciosa?


Adquirida via fecal-oral (Água, alimentos, objetos contaminados por MO patogênicos) infecção
individual e em surtos. Enteropatogênicos ultrapassam a barreira da defesa do TGI e colonizam o
intestino.
O mecanismo de diarréia: distúrbio de motilidade, inflamatória, esteatorreia, secretora e osmótica.

26. Definia diarreia secretora:


As ptn tem efeito sobre o AMPc que abre o canal de cloro fazendo um refluxo de cloro pra luz
intestinal puxando H2O e eletrólitos junto com o cloro.
Bactérias comuns: E. coli, Staphylococcus aureus, rotavírus e vibrio cholerae.
Clínica: apresentam fezes muito volumosas, pH fecal prox a 7, geralmente persistem durante o
jejum, com ausência de pus, sangue ou gordura nas fezes.

27. Defina diarreia osmótica:


Ocorre por excesso de soluto.
O vírus infecta e destrói as vilosidades (área nobre de absorção) que não consegue absorver o
açúcar, que acaba fermentando no cólon, gerando um efeito de hiperosmolaridade com excesso de
líquidos no abdome provocando distensão abdominal.
São diarreias ácidas, de pH abaixo de 5.5, gases são voláteis ou seja há flatulência – diarreia
explosiva aquosa, dermatite, volumosas, odor, moderadamente volumosas, aquosas; pH fecal
menor que 5.5, geralmente cessa durante o jejum, usualmente sem pus, sangue ou gordura

28. Mecanismo de diarreia inflamatória:


geralmente ocorre no cólon, causando destruição das células e resposta inflamatória, causando
pus. A principal bactéria é a salmonella, podendo causar sepse e infecção generalizada. Ocorre
produção de enterotoxinas, ruptura/destruição da borda em escova, produção de citocinas e
invasão da mucosa. Apresentam fezes pouco volumosas, aquosas ou semi-pastosas, frequência
evacuatória alta, usualmente com sangue e/ou muco nas fezes, tenesmo. pH fecal maior que 5.5,
não cessa durante o jejum e pesquisa de leucocitos fecais positivas

29. Quais os sinais de desidratação?


Olhos encovados, turgor frouxo, existem dois tipos de desidratação, a hipernatremica e a
hiponatrêmica. A hipernatrêmica provoca febre alta, taquipneia, vômitos e maior perda de água;
enquanto a hiponatremia tem perda maior de eletrólito, tem hipotermia e letargia.

30. Quais os exames laboratoriais úteis na diarreia aguda?


Copograma, eletrólito U, Cr, gasometria, Coprocultura, hemograma, pesquisa rotavírus, pesquisa
toxina de clostridium sp, PPF e pesquisa de cryptosporidium.
Copograma: análise detalhada das fezes com fitinha de PH, se abaixo de 5.5 pode ser acidez (fazer
o teste de benedict-substâncias que detectam os reagentes di e monossacarídeos). No teste do
SUDAN 3 pega gorduras, má digestão e má absorção de GORDURA.

31. Como é o tratamento da diarreia aguda?


Tto de suporte: hidratação, nutricional, até que a mucosa intestinal se recupere.
Nutrição durante os ep diarreicos, aleitamento materno,acesso a água limpa e uso de
antimicrobianos na desinteria.
Mecanismo de SRO: transporte acoplado de sódio e glicose e consequente absorção mais efetiva
de água.
Uso de SRO: solução 45 e 90 mmol/L, hidratação oral rápida (3-4h), suplementação com SRO para
perdas ainda por vir.
Realimentação rápida com dieta habitual, inclusive sólidos , uso desnecessário de fórmula
especial/diluída, continuação do leite materno em qualquer tempo.
Sulfato de zinco: tto de diarreia em desnutridos.
ATB: AZITROMICINA.
Antisecretores: racecadotrila – reduz o volume de perda fecal e duração do quadro

PLANO A → tratamento domiciliar de suporte para prevenir desidratação


1. Oferta de líquidos adicionais durante o dia e após cada evacuação
- Soro Caseiro ⇒ 200mL de água limpa + sal e açúcar na proporção 1:8
- Soro de Reidratação Oral ⇒ Soro Glicosado 5% + Soro Fisiológico na proporção 1:1
- 50-100 mL/kg
- Período de 4-6h
2. Dieta
- Alimentação habitual continuada ou realimentação rápida da dieta habitual, porém
evitar excesso de gorduras e fibras durante diarreia
- Aleitamento materno continuado
- Diarréia resolvida ⇒ ofertar 1 alimentação a mais por dia, para recuperação
nutricional
3. Suplementação com Zinco
- Redução da duração e gravidade da diarreia, diminuindo a mortalidade
- Diminui ocorrência de novos episódios
- Indicado em < de 5 anos
- Crianças < 6 meses ⇒ 10 mg/dia
- Crianças > 6 meses ⇒ 20 mg/dia
- Período de 10 a 14 dias
4. Reavaliação em 24h

PLANO B → tratamento de manutenção e reposição em UBS, para avaliar evolução


1. Terapia de Reidratação Oral - Fase de Reposição
- Soro de Reidratação Oral ⇒ Soro Glicosado 5% e Soro Fisiológico na proporção 4:1
+ KCl 10% 2 mL para cada 100 mL
- Período de 4 a 6h
2. Dieta
- Somente aleitamento materno
- Não ofertar água
3. Antiemético
- Se vômitos frequentes
- ONDANSETRONA único antiemético que pode ser utilizado
- VO ou VI, a depender da aceitação
4. Gastróclise
- Se vômitos persistentes (> 4/h), perda de peso após 2h de tratamento, distensão
abdominal ou dificuldade de ingestão
- Reidratação por sonda nasogástrica
- 20-30 mL/Kg/h
5. Reavaliação pós tratamento
- Se melhora ⇒ alta com plano A + zinco + orientação + retorno em 48h
- Se não há melhora ⇒ Plano C

PLANO C → desidratação grave, falha do plano B, crise convulsiva, choque ou íleo paralítico
1. Etapa Rápida (expansão)
- Hidratação venosa com solução cristalóide ⇒ SF ou Ringer Lactato
- < 5 anos ⇒ 20 mL/Kg SF a cada 30 min, repetir até hidratação
- > 5 anos ⇒ 30 mL/Kg de SF em 30 min + 70 mL/Kg de Ringer Lactato em 2,5h
- Alternativa se desidratação grave ⇒ 20 mL/kg de SF por 2-4h
- Em caso de choque (TEC > 5 seg) ⇒ SF 20 mL/kg em 20 min 3 vezes, se não
melhora ⇒ Ringer Lactato
2. Etapa de Manutenção e Reposição
- SG 5% e SF na proporção 1:4 + KCl 10% 2 mL a cada 100 mL
3. Etapa de Reposição
- SG 5% e SF na proporção 1:1
- Iniciar com 50 mL/Kg/dia
- Reavaliar de acordo com as perdas diarreicas
4. Após Hidratação ⇒ alta com plano A + orientação + zinco + fase de reposição + reavaliação
em 48h

Outros tratamentos
1. Antimicrobiano
- Se diarréia inflamatória; indicações ⇒ cholerae, Shigella grave, Amebíase, Giardíase
- Azitromicina está indicada em todas essas patologias
2. Antissecretores
- Somente se mecanismo secretor e em > 3 anos
- Racecadotrila
3. Probióticos
4. Se diarréia secretora ⇒ retirada de carboidratos da dieta

32. Qual é o plano de tto do MS para diarreias ou outras perdas?


Plano A: se tem diarreia mas não está desidratado: aumenta a oferta de líquidos para prevenir a
desidratação, retornar ao médico se em até dois dias aparecerem pioras.
Plano B: se tem diarreia, está desidratado não grave: ADM sro VOLUME 50-100 ML/KG EM 4-6h,
manter o aleitamento.
Plano B: se vômitos: se persistirem mais de 4 vômitos por hora passar sonda nasogástrica. Plano
C: diarreia GRAVE: pode apresentar crise convulsiva, alteração no nível de consciência, choque,
íleo paralítico.
Choque: SF -20ml/kg em 20 min tentar por 3 vz. Se não melhorar trocar.
Diarréia inflamatória – antimicrobiano, osmótica – tirar carboidrato da dieta, secretora-hidratação
33. Qual a prevenção para diarreia aguda?
Lavagem das mãos e condições sanitárias + vacinação
- Vacinação contra rotavírus humano: elabora com o tipo G1 atenuado mas confere
imunidade cruzada com outros 5 sorotipos ⇒ realizada aos 2 e 4 meses de idade, porém é
contraindicada em imunossuprimidos e/ou história prévia de invaginação intestinal.
- Rotarix monovalente (GSK) – aplicada pelo SUS (2 doses)
- Pentavalente (Merck) – rede privada (3 doses)

Diarréia Persistente

1. Qual a definição de diarreia PERSISTENTE?


É uma síndrome que consiste na alteração do hábito intestinal caracterizado por diminuição da
consistência das fezes, devido à presença de maior conteúdo fluido e/ou aumento do número de
evacuações. Sd clínica decorrente de um episódio de diarreia aguda que se caracteriza pela
perpetuação do quadro por um período superior a 14 dias acarretando graus variáveis de
comprometimento nutricional em crianças menores de 5 anos.

2. Diarréia persistente por que 14 dias?


Porque a taxa de mortalidade observada em cças com diarreia persistente sobe de 0.8 para 14%
quando a duração do quadro é superior a 2 semanas

3. Quais são os mecanismos de persistência?


1. Desequilíbrio entre hospedeiro e parasita “estável”, ocorre o aparecimento do microorganismo
que se aproveita do desequilíbrio de ingestão de medicamentos levando a lesão morfofuncional da
mucosa intestinal.
2. Intolerância secundária a carboidratos supercrescimento bacterianos nos intestinos delgado,
carboidrato fermentam no organismo puxando água levando a efeito osmotico+fermentação
bacteriana (produção de AGCC, CO2, H2 E CH4), no colon ou delgado levando a diarreia osmotica.
3. Alergia secundária à ptn heteróloga da dieta - Processo inflmatório de um intestino: o intestino
absorve porções proteicas maiores (cças supersensíveis tem potencial alergênico) leva a reção de
hipersensibilidade e agravamento por lesão da mucosa.
4. Sd de contaminação do intestino delgado: fatores predisponentes(menor prod de acido cloridrico
nos desnutridos, clareamento intestinal deficiente, baixa resistencia imunológica, excesso de
substratos alimentares, não absorvidos na luz intestinal.

4. Quais os fatores de risco para diarréia persistente?


Idade: lactentes do primeiro ano de vida princp; falta de aleitamento materno e desmame precoce,
contaminação ambiental por agua ou alimetnos, desnutrição, imunodeficiencia, antecedente de
diarreia aguda/persistente, infecções por patógenos, uso incorreto dos atb, infecções associadas.

5. Como é feita abordagem do paciente com diarreia persistente?


Colher exames de fezes (pH fecal, SUDAM 3, pra ver se há perda de gordura –benedict, ver o local
melhor para o tto em ambulatorio ou hospital, se tiver desnutrido P/E <2z ou deficit >20% correções
hidroelétrolíticas, dieta VO, VG e IV colestiramina, suplementação de micronutrientes. Usar ATB e
antiparasitarios se for colite bacteriana: coco pastoso com muco e sangue. Usar dietético

6.
7.

Diarréia Crônica
1. O que é diarreia crônica?
Tem duração de mais de 30 dias dos sintomas.
Apresenta sd da má absorção: condições congênitas ou adquiridas que afetam um ou vários dos
diferentes passos da hidrólise ou transporte de nutrientes (específica ou global).

2. Qual é a classificação de Martins campos?


Defeitos pré-entéricos, defeitos entéricos, Defeitos pós-entéricos

3. Como é feita a digestão e a absorção?


O nutriente sofre hidrólise e solubilização intraluminal, logo após sofre outra hidrólise na membrana
do enterócito que é quebrado em partes diretas, em seguida sofre absorção através da membrana
do enterócito, por fim, sofre processamento celular e é transportado do enterócito aos vasos
sanguíneos e linfáticos.

4. Qual a consequência da má digestão proteica?


Ocorre putrefação bacteriana produzindo indois e escatois (odor fecal), fezes pútridas.

5. Qual a consequência da má absorção de carboidratos?


Causa diarreia osmótica podendo levar a dermatite de fraldas.

6. Qual a consequência da má absorção de gorduras?


TCL + AGL + sabões de cálcio leva a distensão abdominal e Esteatorreia – fezes com gordura,
pastosas, pálidas, brilhantes, pútrido-rançosas.

7. Qual a tríade da FIBROSE CÍSTICA?


DPE + DISTENSÃO ABDOMINAL + PNM CRÔNICA

8. Qual a tríade para SD da má absorção?


Diarreia crônica, Failure to Thrive e distensão abdominal

9. Quais exames indicados para a avaliação de SD de má absorção?


Copograma, PPF, coprocultura, Hemograma, eletrólitos, proteínas totais e frações, função renal
urina 1 e urocultura.
1ª fase: copograma + parasitológico em crianças e suspeita intestinal, PPF, urina 1 e hemograma.
2ª fase: mais específicos, teste H2 expirado, alfa 1 tripsina fecal (forma de perda de ptn nas fezes,
esteatócrito/van de kamer. D- xilosemia, CL suor, sorologia de dç celíaca.
3ª fase: dosagem de vitamina A, D, E, Rx contrastado, cintilografia para pesquisa de perda ptn
intestinal, biópsia intestinal

10. Como é feito o tratamento medicamentoso, suporte, microelementos e avaliação nutricional


de diarreia crônica?
Suporte: hidroeletrolítico, tto da dor
Avaliação nutricional: fórmula hidrolizada de ptn e aminoácido, fórmulas hipercalóricas, TCM,
exclusão do glúten se dç celíaca
Reposição de microelementos: vitaminas e minerais
Tto medic: corticoesteroides, 5-ASA, imunobiológico, enzimas pancreáticas, antiparasitário,
colerético

11. Caso clínico de uma criança com dor abdominal e resultado do copograma. Qual das
doenças pode ser excluída de hipótese diagnóstica:
diarréia crônica funcional
12.
Alergia e Intolerância à Lactose

1. Escolar de 10 anos vem apresentando distensão abdominal, dor abdominal em cólica e...,
comia queijo em excesso. Pensou-se em intolerância à lactose. O exame com melhor
sensibilidade à lactase é:
a) Prick-test para alfa-lactoglobulina
b) Patch-test
c) Pesquisa de tripsina nas fezes
d) Trânsito intestinal
e) Medida do hidrogênio no ar expirado

2. Paciente atópico, de 8 anos, vem com queixa de edema de pálpebras e lábios após ingerir
kiwi. Refere 3 episódios semelhantes após ingerir banana. O mecanismo fisiopatológico e a
síndrome clínica e melhor explicam o quadro são:
a) Alergia alimentar IgE mediada, Síndrome da alergia oral
b) Alergia alimentar de mecanismo misto, alergia ao látex
c) Alergia alimentar IgE mediada, Síndrome da hipersensibilidade imediata
d) Alergia alimentar de mecanismo misto, urticária aguda
e) Alergia alimentar mediada por linfócitos, Enteropatia alérgica
A alergia alimentar é comumente mediada pela IgE (reações alérgicas sistêmicas agudas) ou por linfócitos (sintomas gastrointestinais crônicos)
Síndrome de alergia oral: é um exemplo de sintoma IgE mediado. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de edema de lábios, língua com sensação
de prurido associado e edema de pálpebras.

3. Lactente com 1 mês de vida apresenta há 1 semana episódios de hemorragia digestiva,


apresenta sangue(?) fezes em cada evacuação. Refere também aumento de frequência e
diminuição das evacuações em geral, em aleitamento materno exclusivo com boa aceitação.
A síndrome Clínica e o melhor tratamento:
a) Proctocolite alérgica; fórmula de proteína extensamente hidrolisada
b) Enteropatia alérgica; fórmula de aminoácidos livres
c) Síndrome da hipersensibilidade imediata; fórmula de proteína de soja
d) Proctocolite alérgica; bebida Láctea à base de soja
e) Enteropatia alérgica; fórmula com baixo teor de lactose
→ Proctite alérgica: manifesta-se geralmente nas primeiras três a seis semanas de vida com evacuações com muco e estrias de sangue.
Ocorre mesmo em crianças em aleitamento materno exclusivo, com passagem de proteínas heterólogas pelo leite materno, vindo a
sensibilizar o bebê. (Não mediado por IgE)
→ Enteropatia alérgica: apresenta-se clinicamente de modo semelhante à doença celíaca: diarréia crônica, esteatorréia, perda de
proteínas, déficit de peso e estatura, e déficit nutricionais. (Não mediado por IgE)
→ Síndrome da hipersensibilidade imediata: primeiro contato com o alérgeno produz anticorpos que agem rapidamente em caso de
segundo contato = quadro de anafilaxia(Mediado por IgE)
→ Fórmulas à base de hidrolisado proteico: tratamento de escolha na alergia à proteína do leite de vaca em todas as crianças menores
de seis meses e nas crianças maiores de seis meses com os quadros não IgE mediados (nos quadros IgE mediados em maiores de seis
meses pode ser considerado o uso de fórmulas à base de soja ou em galactosemia para qualquer idade);

4. Lactente de 4 meses de idade, apresenta diarreia persistente há 15 dias. Apresenta


evacuações de fezes líquidas, volumosas, sem sangue, sem flatulência; acompanhadas de
vômitos persistentes geralmente 1 hora após alimentação. Paciente evolui com o quadro de
desidratação recorrente a despeito de terapia de reidratação intravenosa contínua. No
momento está internado na UTI pediátrica pois ontem evoluiu para quadro de choque. Em
aleitamento misto há 3 semanas, pois a mãe voltou a trabalhar. Se pensarmos em alergia
alimentar, qual síndrome clínica seria mais provável? Qual o melhor tratamento?
a) Enterocolite alérgica (FPIES); fórmula de proteína extensamente hidrolisada
b) Enteropatia alérgica; leite de cabra pasteurizado
c) Proctocolite alérgica; fórmula com baixo teor de lactose
d) Síndrome da hipersensibilidade imediata; fórmula de proteína de soja
e) Proctocolite alérgica; fórmula de proteína extensamente hidrolisada

5. Recém-nascido é levado à Unidade Básica de Saúde para reavaliação com 7 dias de vida.
Nasceu a termo, pesou 3.200 gramas, permaneceu internado em alojamento conjunto, sem
intercorrências e teve alta com 48 horas de vida. A mãe tem 16 anos, é primigesta e não
apresentou intercorrências durante a gestação. Refere que o recém-nascido “chora bastante
e quer mamar o tempo todo”. Quando questionada sobre a amamentação, ela refere que
oferece um seio para o bebê mamar durante 10 minutos a cada 3 horas e, na mamada
seguinte, oferece o outro seio, repetindo o mesmo procedimento. Ao exame, o
recém-nascido apresentava-se em bom estado geral, sem anormalidades, pesando 3.000
gramas. Levando em consideração os dados apresentados, corresponde à conduta
adequada para o caso:
a) prescrever complementação com fórmula láctea após as mamadas ao seio materno
b) orientar a manter o tempo de mamada, mas diminuir intervalo entre elas, mantendo-as
rigorosamente a cada 2 horas, inclusive durante a noite
c) orientar que o bebê sugue até esvaziar a mama e que a mãe ofereça as duas mamas em
cada mamada, favorecendo a oferta de leite posterior
d) prescrever sulpirida para a mãe, 1 comprido ao dia, para aumentar a produção láctea
e) orientar o uso de chupeta para diminuir a irritabilidade do bebê e o estresse materno
Nesse caso do enunciado, o bebê tem 7 dias de vida e ainda não recuperou o peso de nascimento, está com uma perda de 6,2%, ainda
aceitável, dentro do esperado para a perda de peso fisiológica nesse momento! Ainda mais porque o exame físico está normal e o bebê
está em bom estado geral. Pode perder peso até o 5° dia de vida
O que chama atenção nessa história é o fato do bebê estar chorando bastante e querendo mamar o tempo todo. Temos sempre que
enfatizar para as mães que o choro do bebê também pode ser por outros motivos, como sono, cólica, frio, calor, entre outras coisas,
devemos ficar atentos a tudo!
Mas nesse caso, parece ser um erro na estratégia da amamentação. Os intervalos entre as mamadas parecem longos, alguns bebês
precisam mamar com intervalos mais curtos, e a duração das mamadas também parecem um pouco curtas e talvez o bebê não esteja
conseguindo esvaziar toda a mama chegando ao leite posterior que tem mais gorduras, calorias e que fazem o bebê ficar mais satisfeito
e ganhar peso.
É recomendado que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de
amamentação em livre demanda. Em cada mamada, o tempo de permanência do bebê na mama não deve ser fixado, pois, o período
necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê. Nessa mesma dupla, podem ocorrer outras variações, de acordo
com a fome da criança ou do intervalo transcorrido desde a última mamada, por exemplo. Deve-se orientar a mãe que o ideal é esvaziar
um seio por completo, assim, o bebê mama o leite anterior e o leite posterior (mais calórico), entretanto, deve-se salientar, ainda, que as
duas mamas podem ser oferecidas em uma mesma mamada, se necessário.

6. O recém-nascido de termo é levado pela mãe em consulta médica devido à queixa de


amarelecimento da pele e dos olhos, vômitos, irritabilidade e dificuldade para se alimentar. O
resultado do teste do pezinho expandido veio alterado, indicando provável galactosemia.
Dentre as condutas abaixo, a melhor conduta é
a) suplementar o aleitamento materno com multivitaminas.
b) iniciar a fototerapia em biliberço.
c) descontinuar o aleitamento e iniciar leite de soja.
d) Solicitar ultrassonografia abdominal.
e) pedir parecer da endocrinologia pediátrica

7. Qual a diferença entre intolerância e alergia?


Intolerância e Hipersensibilidade alimentar não imunológica causada por características do
hospedeiro (metabólicas – enzimas/substrato) ou do alimento (tóxicas e infecciosas)
hipersensibilidade não é alérgica. Alergia: hipersensibilidade causada por reações imunológicas
mediadas por células ou IgE-hipersensibilidade alérgica

8. Como são os carboidratos na dieta?


Monossacarídeos: glicose, galactose, frutose – absorvidos Dissacarídeos: sacarose, maltose e
lactose (necessita de digestão para ser bsorvido) Oligossacarídeos: dextrino-maltoses,
polissacarideos (amido, CHO não absorvíveis ( necessitam de digestão para absorção)

9. O que é deficiência primária e secundária


Primária: deficiencia genetica determinada de transportadores monossacarídeos ou enzimas
responsáveis pela hidrólise de dissacarídeos e polissacarídeos
Secundária: as msm deficiências por lesão de mucosa (reduz a superfície absortiva e a enzima)

10. Qual a diarreia mais frequente em quem tem intolerância a lactose e qual o quadro clínico?
Diarreia osmótica, efeito osmótico fermentação (diarreia explosiva), dor abdominal, distensão
abdominal, flatulência

11. Como é feito o Dx em laboratório?


Biopsia intestinal, dosagem de dissacarídases, determinação de PH nas fezes e substâncias
redutoras nas fezes (benedict), teste de tolerância a carboidrato (curva glicêmica), teste respiratorio
( formação de H2 pela ação bacteriana e o gas é eliminado pelos pulmões – mt confiavel).

12. Como é feito o tto de intolerância à lactose?


Diminuir da dieta a lactose, substituir o leite convencional por leite de moll, soja ou leite com baixo
teor de lactose. Pode fazer tbm reposição da lactase sendo adm antes de ingerir a dieta em lactose.

13.

Parasitoses

1. Uma menina de 3 anos foi internada com hipótese diagnóstica de pneumonia de base
pulmonar à direita, em uso de penicilina cristalina a 72 horas e mantém desconforto
respiratório. Foi submetida a novo raio x de tórax que evidenciou desaparecimento da
opacidade à direita e surgimento de opacidade em língula esquerda. Exame físico: FR 35
irpm, FC 98 bpm; murmúrio vesicular presente e simétrico com sibilos esparsos.
Hemograma: HB = 10,8 g/dL; leucocitos de 13,450/mm³ (5% bastões, 35% segmentados, 30%
eosinófilos, 26% linfócitos e 4% monócitos) plaquetas de 345.000/mm³. Os prováveis agentes
etiológicos são, exceto:
a) Strongyloides stercoralis
b) Ancylostoma duodenalis
c) Entamoeba coli
d) Necator americanus
e) Ascaris lumbricoides

2. A ancilostomose tem como principal complicação:


a) Colecistite aguda
b) Pancreatite aguda
c) Obstrução intestinal
d) Anemia
e) Diarreia crônica e “Failure to thrive”

3. Parasitoses intestinais são doenças endêmicas e universais provocadas por protozoários e


helmintos, constituindo sérios problemas de saúde pública. Assinale a alternativa
CORRETA:
a) A amebíase, infecção causada pela Entamoeba coli, geralmente assintomática, podendo
apresentar quadros de colite, caracterizada por surtos de diarreia leve, fezes líquidas, com
ou sem muco, dor abdominal e náuseas esporádicas, tem como tratamento de escolha o
mebendazol, na mesma dose utilizada para ascaridíase. (coli = comensal; histolytica = patogênica)
b) A estrongiloidíase, causada pelo Strongyloides stercoralis, que acomete principalmente o
cólon, geralmente é assintomática e sem repercussão e quando indicado o tratamento este
deve ser realizado exclusivamente com mebendazol. (vão para pulmão e acometem o jejuno)
c) A ancilostomíase tem como droga de escolha para seu tratamento a ivermectina. (mebendazol
e albendazol)
d) A ascaridíase causada pelo Ascaris lumbricoides, que além da dor abdominal, distensão,
anorexia e flatulência pode causar quadros de obstrução ou suboclusão intestinal, tem como
opções de tratamento o mebendazol e o albendazol.

4. Sobre o tratamento das parasitoses intestinais:


(F) Tratamento de escolha para protozooses é albendazol 400 mg por 5 dias (albendazol é alternativa,
primeira escolha é metronidazol)
(F) Mebendazol para strongyloides, ancylostoma, ascaris e enterobius. Praziquantel 30 mg/kg para
teníase (até 15 mg/kg) (ascaris → primeira escolha é albendazol, mas pode usar mebendazol; e praziquantel é na dose de 5-10
mg/kg)
(V) Ivermectina para hiperinfecção de strongyloides em dose de 200mg/kg/dia por 2 dias

5. Em relação às parasitoses intestinais:


(F) Tem ciclo pulmonar obrigatório: Ascaris lumbricoides, Schistosoma mansoni, Trichiura,
Strongyloides (S. mansoni é atípico no pulmão, Trichiura tem ciclo simples no ceco)
(F) Não tem ciclo pulmonar obrigatório: Enterobius vermicularis, Necator americano, Taenia solium
e Taenia saginata (tênia só se cisticerco)
(F) Na estrongiloidíase as manifestações da fase aguda entre a 3ª e a 7ª após a penetração do
parasita são: fraqueza, anorexia, dor abdominal e hepatomegalia (Na estrongiloidíase aguda, a manifestação
inicial pode ser um exantema pruriginoso e eritematosa no local em que as larvas entraram na pele. Pode-se desenvolver tosse à medida
que as larvas migram pelos pulmões e pela traqueia) (esquistossomose)

6. Quais as vias de infecção e dê exemplos de microorganismos?


Boca: água, alimentos e objetos contaminados: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, larvas de
ancylostoma duodenale, ovos de ascaris;
PELE: penetração de larva infectante em contato com o solo contaminado: Strongyloides
stercoralis, Ancylostoma duodenale e Necator americanus ou água contaminada por cercárias.

7. Quais os fatores de risco para maior morbidade?


Baixa idade, desnutrição, intensidade de infestação, migração anômala.

8. Quando suspeitar de parasitose intestinal?


Dor abdominal, nausea crônica, prurido anal, eosinofilia em criança não atópica, quando presente
as situações predisponentes

9. Como investigar parasitoses intestinais?


Exames: protoparasitológico de fezes
Método de sedimentação para ovos pesados de helmintos e cistos de protozoários (Hofman, Pons,
Janes, Lutz),
Método de flutuação para cistos e ovos leves (Willis, Faust),
outro específico de acordo com suspeita (Baermann, Kato Katz), tamisação das fezes (taenia
solium e saginata), Graham (fita gomada).

10. Quais os parasitas que causam eosinofilia?


Ascaris lumbricoides, ancilostomídeos, Trichuris trichiura, toxocara spp, fasciola spp, solitária.

11. Quem são os representantes dos grupos dos helmintos?


Ascaridiase, enterobiase, tricuriase, ancilostomíase, estrongiloidíase

12. Descreva o ciclo de Loss


A larva 2 cresce e penetra os alvéolos pulmonares, sofre mudanças passando a ser larva 3.
Geralmente são as larvas Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis,
Ascaris lumbricoides.

13. Descreva síndrome de Loeffler:


Parasita interage no pulmão levando a febre +tosse + eosinofilia. A tosse é seca e em excessos,
podendo eliminar um parasita, a febre é baixa, pode haver perda de peso e pneumonia persistente
não responsiva a ATB. No RX: infiltrado intersticial difuso, transitório e migratório.

14. Como é a obstrução intestinal provocada pela ascaridíase?


O risco é maior em desnutridos, leva a cólicas e distensão abdominal, febre, desidratação e
anorexia. No exame físico há massa cilíndrica palpável em região periumbilical ou próxima aos
flancos. De complicação leva isquemia das alças, necrose, perfuração e volvismo do intestino. RX
sinal do miolo de pão. US sinal do trilho de trem e sinal do olho de boi.

15. Como é o tratamento para a obstrução intestinal provocada pela ascaridíase?


Hospitalização, jejum, SNG para descompressão gástrica e mediação, hidratação parenteral, óleo
mineral VG 10 a 30 ml a cada 3h por 24h até que o óleo saia pelo ânus.
Piperazina – 75 a 100 mg/kg/dia durante 5 dias.
Albendazol (400mg) – dose única (maiores de 2 anos de idade), mebendazol 100mg 12/12h por 3 a
6 dias (repetir em 21-30 dias maiores de 1 ano de idade)

16. Como é feita a investigação da ascaridíase?


PPF: técnica de sedimentação FAUST E HOFFMANN

17. Quais os principais sintomas e tratamento de Enterobiose?


O agente Enterobius vermiculares faz o seu ciclo simples e auto-infestação, faz ovoposição fora do
intestino na região anal provocando intenso prurido anal e vulvovaginites. O diagnóstico é feito com
fita gomada (Graham).
O TTO é a base de mebendazol 100 mg 12/12h por 3 dias e Albendazol 400mg dose única e
Nitazoxanida 7.5mg 12 em 12h por 3 dias.

18. Descreva Tricuríase.


Ciclo simples, vive no ceco – trauma, anemia, causa enterorragia e diarréia crônica. Pode levar ao
prolapso retal por perda de tônus da mucosa retal.
O Dx é feito com Faust, Lutz e Kato-katz.
Tto: MEBENDAZOL, ALBENDAZOL E NITAZOXANIDA.

19. Descreva ancilostomose:


Ciclo simples se ingerido, ciclo pulmonar se cercária. Pendem-se á parede intestinal e sugam
sangue, tbm mudam de lugar, lesando a mucosa. O diagnostico é feito com anemia e Faust.
TTO: albendazol e mebendazol.

20. Descreva Estrongiloidíase:


SEMELHANTE ao ciclo do ancylostoma porem pode ocorrer autoinfestação interna ou externa.
Qc: bronquite, loeffler, nausea, diarreia, SD de má absorção dores abdominais pode levar a sepse
por enterobacterias e sd hiperinfecciosa pelo uso de C.E.
Dx: Rugai e Baermann.
TTO: tiobendazol, albendazol 400mg por 3 dias e ivermectina 200mcg/kg/dia dose única

21. Descreva amebíase:


FORMA PATOGÊNICA – Entamoeba histolytica
FORMA COMENSAL: Endolimax nana, Entamoeba coli, Dientamoeba fragilis, Entamoeba dispar.
Infecção por ingestão de cisto em alimentos e aguas contaminadas.
QC: 90% é assintomático.
Forma intestinal: disenteria amebiana + insidiosa, ao longo de 1-2 semanas: diarreia com muco de
sangue, febre, nauseas, tenesmo e dor abdominal. Pode cronificar com diarreia recorrente.
Ameboma: resposta inflamatoria proliferativa levando a subestenose intestinal.
Forma extraintestinal: invade corrente sanguinea e acomete pulmão, coração e cérebro e
principalmente o figado levando a abcesso hepático: febre dor em QSD, irradia para o ombro e
escapula e piora com tosse, ao caminhar e respirar profundamente.
DX: faust, SOROLOGIA E EX DE IMAGEM.
Tto ASSINTOMATICO: teclosan 50mg 8/8h por 5 dias ate 40kg e 200mg nos maiores de 40kg.
TTO de Amebíase invasiva: metronidazol 35- 50mg/kg/dia 8/8h por 10 dias.

22. Descreva a giardíase.


Causada por um protozoário flagelado, fonte de contaminação: água contaminada, alimentos,
insetos. Ciclo é assexuado, cisto e trofozoíto. Patogenia:
BARREIRA MECÂNICA na mucosa duodenal (atapetamento), leva a atrofia vilosária dem graus
variados e causa sd da má absorção.
Qc: 90% É ASSITNOMATICO, se def de IgA maior morbidade desde cólica e diarreia aguda e
autolimitada até sd de má absorção.
Dx: Faust, aspirado duodenal e antígeno nas fezes.
TTO: metronidazol 115mg/kg/8/8h por 5 dias

PARASITOSES - INFECTO - MEDCURSO

6 - 2022 FJG A parasitose intestinal que, em imunodeprimidos, à síndrome de hiperinfecção


caracterizada por dor e distensão abdominal, febre, petéquias, púrpuras, sibilos, hemoptise e que
pode evoluir para septicemia é:
A) giardiase B) amebiase C) ascaridíase D) estrongiloidíase
7 - 2022 HUBFS/HUJBB MODIFICADA POR MIM → MENINO vem à consulta médica em unidade
básica de saúde trazendo resultados de exames solicitados na consulta anterior. O paciente refere
alternância de episódios de constipação e diarreia (sem muco ou sangue) há 3 meses. O exame
protoparasitológico das fezes identificou os seguintes agentes: Giardia lamblia e Strongyloides
stercoralis. O esquema antiparasitário indicado para este paciente deve ser
A) mebendazol 100mg de 12/12h por 3 dias.
B) Ivermectina 12mg em dose única.
C) Albendazol 400 mg/dia 1x/dia por 5 dias; → cobre os dois
D) mebendazol 100mg de 12/12h por 3 dias + ivermectina 6mg em dose única.
E) albendazol 400mg ao dia por 3 dias + ivermectina 6mg em dose única.

8 - 2022 AMRIGS Sobre a ivermectina, analise as assertivas abaixo:


I. Estrongiloidíase, oncocercose, filariose, ascaridíase e pediculose são algumas das doenças que
podem ser combatidas com seu uso.
II. Elevação dos níveis de creatinina e ureia podem acontecer em pacientes que utilizam a
medicação devido a sua excreção renal. (excreção é hepática)
III. Seu uso em doses elevadas pode levar à crise de psicose, confusão mental e crises epilépticas.
Quais estão corretas?
A) Apenas I e II.
B) Apenas I e III.
C) Apenas II e III.
D) I, II e III.

9 - QUESTÃO ANULADA - 2022 UFES Escolar, oito anos, é levado à Unidade Básica de Saúde
apresentando há uma semana prurido anal diário, na madrugada, que o faz perder o sono. Seu
irmão mais novo teve o mesmo sintoma, melhorando após o uso de medicação. Exame físico sem
alterações. Os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento dessa doença são:
A) Levamizol e ivermectina.
B) Tiabendazol e mebendazol.
C) Pamoato de pirantel e secnidazol.
D) Albendazol e pamoato de pirvínio.
Pamoato de pirvínio ou pamoato de pirantel (dose única), mebendazol (3 dias consecutivos) ou albendazol (dose única). A ivermectina tem eficácia
contra E. vermicularis, mas geralmente não é usada para essa indicação. O grande problema é que o tiabendazol, apesar de não ser primeira
escolha, pode ser usado nos casos de hipersensibilidade ou resistência a outros medicamentos.
Por isso, ainda que a letra D contenha as melhores opções de tratamento, não podemos afirmar que a letra B esteja incorreta. Com base nisso, a
banca optou por anular a questão.

10 - 2022 HUBFS/HUJBB Pré-escolar de 4 anos de idade, é atendido na UPA com quadro de diarreia
aquosa e volumosa há 5 dias, com restos alimentares, gordurosa, sem muco ou sangue. Mãe relata
episódio semelhante há 15 dias. Ao exame físico, abdome distendido e timpânico, indolor à
palpação profunda e superficial, com ruídos hidroaéreos presentes. No contexto do caso
apresentado, o diagnóstico mais provável e sua complicação são
A) amebíase/ abscessos internos. (sanguinolenta)
B) ascaridíase/ obstrução intestinal. (não tem esteatorreia)
C) tricuríase/ prolapso retal. (habita porções distais do intestino grosso, por isso não há esteatorreia e restos alimentares)
D) giardíase/ desnutrição energético-proteica.
E) enterobíase/ insônia. (prurido anal)
11 - 2022 SURCE Um rapaz de 16 anos que vive numa favela com precárias condições, sem
instalações sanitárias, é atendido na Unidade Básica de Saúde. Seus pais relatam um episódio de
crise convulsiva sem outros sintomas. Negam casos de epilepsia na família. Qual das opções
abaixo apresenta o diagnóstico mais provável e compatível com esse caso?
A) Neurocisticercose.
B) Abscesso cerebral. (febre, cefaléia e sinais neurológicos focais)
C) Encefalite aguda. (febre e alteração do nível de consciência)
D) Meningite bacteriana. (febre, sinais de irritação meníngea)

12 - 2022 HUBFS/HUJBB Pré-escolar, portador de hipogamaglobulinemia transitória da infância,


comparece ao ambulatório de pediatria acompanhado dos pais, que relatam início de diarreia há 5
dias, recusa alimentar e cólicas abdominais. O pediatra diagnosticou blastocitose e iniciou
tratamento com
A) gamaglobulina hiperimune.
B) amoxicilina com clavulanato.
C) albendazol.
D) metronidazol.
E) terapia de reidratação oral.
Blastocistose é causada por espécies de uma bactéria anaeróbia chamada Blastocystis. Tratam-se de patógenos que normalmente habitam o trato
gastrointestinal (TGI), mas, na presença de algum tipo de “desorganização” da flora intestinal (mesmo em imunocompetentes) ou do próprio
sistema imune, como é o caso do nosso paciente, podem causar doença. O quadro clínico é marcado por diarreia aquosa e dor abdominal. O
tratamento costuma ser iniciado após a detecção do patógeno nas fezes na ausência de outro microrganismo potencialmente causador de diarreia
(lembre-se que os Blastocystis habitam o TGI). As drogas de escolha são o metronidazol (por cinco a dez dias) ou o tinidazol (dose única).

13 - 2022 UFSC Alguns parasitas apresentam uma fase pulmonar no seu ciclo de vida, cursando
com eosinofilia e alterações radiológicas. Assinale a alternativa que indica corretamente o nome
desta síndrome e os parasitas que podem causá-la.
A) Síndrome de Löeffler / Giárdia lamblia, Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide
stercoralis.
B) Síndrome de Löeffler / Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Giárdia lamblia, Ascaris
lumbricoides.
C) Síndrome de Löeffler / Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide stercoralis,
Ascaris lumbricoides.
D) Síndrome de Ekbom / Ascaris lumbricoides, Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide
stercoralis.
E) Síndrome de Ekbom / Giárdia lamblia, Necator americanos, Ancylostoma duodenalis, Strongiloide
stercoralis.
Os agentes que a causam podem ser lembrados a partir do mnemônico SANTA: Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Necator
americanus, Toxocara canis e Ascaris lumbricoides.
Para finalizar: a síndrome de Ekbom, também chamada de “delírio de parasitose”, é uma condição rara na qual o paciente acredita estar infectado
por algum parasita (insetos, larvas, bactérias, entre outros) na ausência de qualquer evidência clínica ou laboratorial de infecção

14 - 2022 HCG A manifestação clínica e parasitose intestinal estão relacionadas em:


A) pancreatite aguda = ascaridíase.
B) prolapso retal = enterobíase. (tricuríase)
C) síndrome de Loeffler (migração errática para a via respiratória) = tricuríase. (não é manifestação da tricuríase)
D) diarreia sanguinolenta = ancilostomíase.
Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. O instinto migrador do verme e seu potencial de penetração
em pequenos orifícios do corpo pode determinar a obstrução de via biliar com icterícia, ou mesmo a obstrução do ducto pancreático com
pancreatite aguda
Letra D → A ancilostomíase é uma parasitose humana causada por dois vermes nematoides: Necator americanus e Ancylostoma duodenalis. O
Necator americanus é a espécie mais prevalente no Brasil. A maioria dos pacientes, assim como na ascaridíase, são assintomáticos. Entretanto,
pode haver dermatite maculopapulosa pruriginosa no local de penetração da larva; pneumonite transitória durante a migração pulmonar; e dor
epigástrica com acentuação pós-prandial, diarreia ou outros sintomas abdominais acompanhados de eosinofilia, durante a fase intestinal. A fixação
dos ancilostomídeos na mucosa duodenal (ou jejunal), formando lesões inflamatórias, leva a uma enterite catarral e possibilita a sucção sanguínea
pelo verme, o que resulta em anemia ferropriva. A diarreia não costuma ser sanguinolenta e a ferropenia ocorre pela sucção do sangue
diretamente para o corpo do parasita

15 - 2022 ISCMB Nos casos de infecção por ascaridíase, devido ao ciclo larval pulmonar, alguns
pacientes apresentam sintomas pulmonares como hemoptise, pneumonites e broncoespasmos,
caracterizando a:
A) Síndrome de Löeffler.
B) Síndrome de Proteus.
C) Síndrome de Quincke.
D) Síndrome de Brugada.
E) N.D.A.
→ A Síndrome de Proteus é uma rara associação de malformações que podem afetar vários tecidos e órgãos. Caracteriza-se por macrodactilia
bilateral, hipertrofia craniana, anomalias ósseas, escoliose, hamartomas de tecidos moles, nevo verrucoso pigmentar e anormalidades viscerais.
→ O edema de Quincke – e não "síndrome" – é a desordem caracterizada por edema do tecido subcutâneo, especialmente lábios, pálpebras e
genitália, embora qualquer parte do corpo possa ser envolvida. A língua e a laringe também podem ser afetados. O edema de Quincke pode
ocorrer na urticária, anafilaxia e doença do soro.
→ A síndrome de Brugada é uma doença genética, mais comum no sexo masculino, caracterizada pela elevação do segmento ST em algumas
derivações do eletrocardiograma (V1-V2) e risco aumentado de arritmias ventriculares graves

16 - 2022 ABC Menino, 5 anos de idade, tem distensão abdominal, cólicas e disenteria com fezes
mucossanguinolentas. Já apresentou fezes desintéricas outras vezes. Mora em ocupação com a
mãe e quatro irmãos, em 2 cômodos, sem saneamento. Ao exame, está descorado ++/4, hidratado,
ausculta cardíaca e pulmonar normais, abdome globoso, sem sinais peritoneais. Não há dermatite
perianal e, ao chorar, nota-se pequeno prolapso retal. A hipótese diagnóstica provável é:
A) tricuríase.
B) amebíase.
C) doença de Crohn.
D) retocolite ulcerativa.
E) divertículo de Meckel.
Prolapso retal → clássico da tricuríase

17 - 2022 HMASP Assinale a alternativa que contém o antiparasitário de maior especificidade para o
tratamento da enterobíase:
A) Tiabendazol.
B) Metronidazol.
C) Nitazoxanina.
D) Ivermectina.
E) Pamoato de pirvínio.

18 - 2022 UNAERP Adolescente com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico será submetido a
pulsoterapia com metilprednisolona. Deve receber albendazol, 400 mg/dia, por 3 dias, antes de
instituída a terapia imunossupressora, para prevenir complicações por
A) Necator americanus.
B) Ascaris lumbricoides.
C) Taenia solium.
D) Entamoeba coli.
E) Strongyloides stercoralis.
(A estrongiloidíase disseminada corre pela acentuação do ciclo de auto infestação interna)

19 - 2022 UAM Paciente, sexo feminino, 3 anos de idade apresenta prurido perineal e perianal à
noite. A genitora da infante nega febre, diarreia ou vômitos. Refere corrimento genital
esbranquiçado. Frequenta escolinha 1/2 período. Ao exame físico, as regiões perianal e perineal
estão avermelhadas, irritadas e com escoriações. Não há traços de violência sexual. Qual a
principal hipótese diagnóstica?
A) Má higiene genital e perianal.
B) Oxiuríase.
C) Candidíase vaginal.
D) Tricomoníase.

20 - 2022 SCML As seguintes manifestações patogênicas: atapetamento da mucosa duodenal,


atrofia vilositária de vários graus no intestino delgado associada a infiltrado inflamatório e
hipertrofia de criptas, lesões nas estruturas do enterócito e diminuição da atividade das
dissacaridases, são possíveis de serem encontradas em crianças com infestação por
A) Ascaris lumbricoides. (oclusão intestinal)
B) Ancylostoma duodenale. (anemia ferropriva)
C) Trichuris trchiura. (prolapso retal)
D) Entamoeba histolytica. (invasão intestinal)
E) Giardia lamblia.
atapetamento é típico de giardia

22 - 2022 SCMRP Menina, 4 anos de idade, tem hiperemia de genital e secreção amarela na calcinha
com prurido em região genital e perianal há 5 dias. À noite, queixa-se de prurido e ardor, e melhora
com banhos na região. A conduta adequada ao quadro apresentado é
A) prescrever banho de assento com vinagre a 5% e pomada de óxido de zinco com nistatina, 3 vezes ao
dia.
B) prescrever banho de assento com benzidamina e creme vaginal de nistatina em genitais, 2 vezes ao
dia.
C) prescrever mebendazol 100 mg VO, por 3 dias.
D) prescrever albendazol 400 mg VO, repetir o tratamento após 2 semanas.
E) prescrever albendazol 400 mg VO, repetir o tratamento após 2 semanas. Tratar todos os
moradores da casa com mais de 6 meses de idade.

23 - 2022 FAMEMA Em relação ao controle das helmintíases no Brasil, é correto afirmar que a
profilaxia está recomendada
A) uma vez ao ano, para todas as crianças em idade escolar, independentemente da prevalência da região
onde moram. (em regiões de médio risco 20-50% profilaxia 1x ao ano)
B) anualmente, para os lactentes maiores de 6 meses de idade, que residam em regiões com alta
prevalência (≥ 50% da população). (profilaxia é 2x ao ano)
C) apenas para as crianças sintomáticas, independentemente da idade e da prevalência da região onde
moram.
D) de forma individualizada, nas regiões de baixa prevalência (prevalência < 20%).

24 - 2022 UNIMED - MACAÉ Paciente escolar de oito anos é levado à unidade básica de saúde
apresentando há uma semana prurido anal diário, na madrugada, que o faz perder o sono. Seu
irmão mais novo teve o mesmo sintoma, melhorando após uso de medicação. Exame físico: sem
alterações. Os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento desta patologia são:
A) Levamizol e ivermectina;
B) Tiabendazol e mebendazol;
C) Pamoato de pirantel e secnidazol;
D) Oxaminiquine e secnidazol;
E) Albendazol e pamoato de pirvínio.
O tratamento pode ser feito com: (1) pamoato de pirantel ou de pirvínio; (2) mebendazol; (3) albendazol

25 - 2022 UNIGRANRIO Uma criança com 3 anos de idade, sexo feminino, é atendida em consulta de
puericultura, com queixa de dor abdominal associada a episódios de diarreia com evolução de
aproximadamente 3 meses. A mãe da paciente relata que a família reside em bairro sem
pavimentação e sem rede de esgoto. A criança não frequenta creche, brinca muito na rua com os
irmãos de 5 e 7 anos, não bebe água filtrada e anda descalça. Após orientar corretamente a mãe
acerca das condutas de higiene e prevenção, o pediatra solicita exame parasitológico de fezes. O
resultado do exame parasitológico indica infestação por Ascaris lumbricoides, Giardia lamblia e
Necator americanus. Nessa situação, o tratamento terapêutico adequado deve ser feito com:
A) metronidazol e mebendazol.
B) mebendazol.
C) metronidazol.
D) tiabendazol e albendazol.
A ascaridíase e a ancilostomíase (necatoríase - causada pelo Necator americanus) podem ser tratadas da mesma maneira - com albendazol 400
mg em dose única OU mebendazol 100 mg/dia, por 3 dias.
Há várias opções terapêuticas para giardíase, incluindo metronidazol 15 mg/kg, 3x/dia, por 5 a 7 dias, além de albendazol (nesse caso seria 400
mg/dia, por 5 dias), tinidazol, secnidazol ou nitazoxanida.

26 - 2022 SMA - VR Assinale a alternativa FALSA a respeito do diagnóstico e tratamento das


parasitoses intestinais (helmintos e protozoários).
A) O Brasil, a partir de 2016, saiu da situação endêmica de helmintíases transmitidas pelo solo, não
necessitando mais de administração em massa de medicações anti-helmínticas como quimioterapia
preventiva. Atualmente, nosso país se encontra em vigilância para garantir que os níveis de infecção
permaneçam abaixo dos limiares de eliminação comunitária.
B) A higienização das mãos com água e sabão pela equipe e pelas crianças deve ser enfatizada,
especialmente no uso do banheiro ou no manuseio de fraldas sujas, ação preventiva fundamental para a
disseminação da giardíase.
C) Dentre as técnicas baseadas em microscopia para diagnóstico das helmintíases pelo exame
parasitológico de fezes, o método de Kato - Katz é específico para pesquisa de ovos de Taenia sp. e
Enterobius vermicularis. A técnica é simples, recolhendo-se os ovos que ficam na região anal,
perianal e perineal pela parte adesiva, aplicando-se a seguir sobre uma lâmina para visualização
por microscopia.
D) A nitazoxanida é um novo composto de nitrotiazol benzamida com atividade no tratamento de várias
infecções intestinais por protozoários e helmintos. No Brasil, está aprovada em bula pela ANVISA para
crianças maiores de 12 meses de idade para os seguintes helmintos: Enterobius vermicularis, Ascaris
lumbricoides, Strongyloides stercolaris, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Trichuris trichiura,
Taenia sp e Hymenolepis nana.
E) O tratamento da enterobíase ou oxiuríase pode ser feito com Albendazol ou Mebendazol devendo ser
administrado como dose única inicial e repetida em duas semanas. A segunda dose é para eliminar a
reinfecção por vermes adultos que eclodem de quaisquer ovos não mortos pelo primeiro tratamento.

O método da fita adesiva, utilizado para pesquisa dos ovos da enterobíase e teníase é chamado de GRAHAM. O método de Kato-Katz é o
método mais comumente empregado para quantificação de ovos de helmintos, sendo o de escolha na esquistossomose

28 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
Cerca de 10% a 15% dos indivíduos com esquistossomose mansônica, com a mesma forma clínica
desse paciente, podem apresentar síndrome nefrótica que, geralmente, melhora após o uso de
esquistossomicidas.
A) CERTO B) ERRADO
Esquistossomose crônica pode progredir para a forma hepatoesplênica ou renal, também conhecida como glomerulopatia
esquistossomótica, que geralmente está associada à forma hepatoesplênica. Clinicamente, o indivíduo pode apresentar desde
proteinúria leve até síndrome nefrótica. O tratamento da esquistossomose, mesmo que aliado à imunossupressão, não apresenta bons
resultados e estima-se que cerca de 50-60% dos pacientes irão progredir para rins em fase terminal após 10-15 anos

30 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
Caso haja mais de 25% de positividade da doença na localidade de moradia do paciente descrito, a
estratégia será tratar toda a população local. A) CERTO B) ERRADO

31 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
O diagnóstico do paciente pode ser confirmado pela técnica de sedimentação espontânea, também
conhecida por Hoffman, Pons e Janer, que permite a quantificação da intensidade da infecção pela
contagem dos ovos nas fezes. A) CERTO B) ERRADO
melhor exame é coproscópico → análise de fezes

32 - 2022 REVALIDA - UEPA Você recebe para consulta de rotina em uma UBS, um adolescente de
quatorze anos acompanhado da mãe, este se queixa de dores abdominais intermitentes há vinte
dias, com diarreia fétida, e com muco que fica no vaso sanitário, sem febre ou sangue nas fezes,
relata que não ocorre piora do quadro ao comer alimentos específicos, e relata que a água que bebe
na escola é da torneira. Assim, a melhor hipótese diagnóstica e tratamento a ser instituído, neste
caso, é:
A) provavelmente trata-se de um quadro de doença inflamatória intestinal, na qual ocorre inflamação na
parede intestinal, gerando quadro disabsortivo, o tratamento seria imunomoduladores.
B) provavelmente trata-se de giardíase, que forma um entapetamento intestinal causando uma
síndrome diarreica disabsortiva, o tratamento seria metronidazol ou secnidazol.
C) provavelmente trata-se de síndrome do intestino irritável, que se trata de uma hiper motilidade intestinal
reativa, o que faz quadros diarreicos intermitentes, melhor tratamento seria psicoterapia e antidepressivos.
D) provavelmente seria uma intolerância a lactose, já que este paciente deve ter produção de lactase,
assim tendo um quadro disabsortivo, o tratamento seria dieta e complementação com lactase exógena.
E) provavelmente seria alergia alimentar, já que este paciente apresenta quadro diarreico intermitente.

33 - 2022 HOB - DF Um paciente de 38 anos de idade procurou atendimento médico com queixas de
sensação de plenitude, dor epigástrica e hiporexia há quatro meses. Relatou ainda episódios
diarreicos e, por vezes, disenteriformes, intercalados com constipação intestinal crônica. Ao exame
físico, detectou-se fígado de consistência endurecida e aumentado de volume. Na ultrassonografia,
verificou-se, além da hepatomegalia, a presença de fibrose hepática moderada, sem
esplenomegalia. O paciente mora em zona endêmica de esquistossomose mansônica. Foram,
então, solicitados exames complementares para confirmação do diagnóstico. Com relação ao caso
clínico apresentado e de acordo com as publicações do Ministério da Saúde, julgue o item a seguir.
Com a confirmação diagnóstica, a droga de primeira escolha, para o tratamento do paciente, é o
praziquantel, medicamento que tem menos efeitos adversos, eficácia terapêutica semelhante e
menor custo, quando comparado à oxamniquina. A) CERTO B) ERRADO
O praziquantel é a droga de escolha para todas as formas clínicas da doença (aliás, é o único fármaco disponível distribuído gratuitamente pelo
SUS). Porém, um documento do Ministério da Saúde afirma que seus eventos adversos, perfil de toxicidade e eficácia terapêutica são semelhantes
à oxamniquina – repare que o enunciado cita que os efeitos colaterais seriam menores com o uso do praziquantel. Pelo fato de o custo ser
“significativamente mais baixo”, segundo a mesma diretriz, esta é a opção terapêutica de escolha

34 - 2022 SESAP Criança de 4 anos com diarreia aquosa e volumosa há 5 dias, com restos
alimentares, gordurosa, sem muco ou sangue. Episódio semelhante ocorreu há 15 dias. Exame
físico: abdômen distendido e timpânico, indolor à palpação profunda e superficial, com ruídos
hidroaéreos presentes. Qual o diagnóstico mais provável e complicação?
A) enterobíase/ insônia.
B) amebíase/ abscessos internos.
C) tricuríase/ prolapso retal.
D) giardíase/ desnutrição energético-proteica.
Atapetamento - má absorção intestinal

35 - 2022 FUBOG A diarreia aguda é a perda de fluidos e eletrólitos pelas fezes, com presença de
evacuações amolecidas mais que 3 vezes ao dia dentro de 24 horas. A investigação deve ser feita
em pacientes com diarreia crônica e perda de peso. Nesse contexto, a investigação que identifica
giardíase é:
A) Protoparasitológicos (PPFs) – 3 amostras.
B) pH fecal e pesquisa de substâncias redutoras.
C) Gordura nas fezes. (inespecífica)
D) Coprocultura.

36 - 2022 SCMGO É tratamento de primeira linha para teníase:


A) Albendazol. B) Ivermectina. C) Mebendazol. D) Praziquantel.(eficácia de 95%)

1ª opção – Praziquantel, 5-10 mg/kg (máx. 600 mg), VO, dose única. Eficácia: 95%.
2ª opção – Niclosamida, VO, dose única, 2 g (adultos, crianças > 8 a), 1 g (crianças entre 2-8 anos), 0,5 g (crianças < 2 a). Eficácia: 80-90%.
3ª opção – Mebendazol, 200 mg, VO, 2x/dia, durante quatro dias. Eficácia: 70-90%.
4ª opção – Albendazol, 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg), VO, durante três dias. Eficácia de 70-90%

38 - 2022 COC Um menino de 4 anos apresenta febre e tosse há quase 1 mês. Já foi medicado com
antimicrobiano e broncodilatador sem melhora. O exame físico revela regular estado geral, FR =
40irpm, MV bilateral com sibilos difusos e abdome com hepatomegalia moderada. E mais:
hemograma = 50.000 leucócitos com 65% de eosinófilos; hematimetria normal; e radiografia de
tórax com infiltrado intersticial bilateral. O diagnóstico mais provável é:
A) Giardíase
B) Aspergilose
C) Toxocaríase (infiltrado + hepatomegalia)
D) Teníase
E) Febre amarela

39 - 2022 FHSTE As parasitoses intestinais constituem um importante problema de saúde pública,


Em relação ao parasita que, em infestações maciças, apresenta como uma das manifestações
clínicas o prolapso retal:
A) Ascaris lumbricoides
B) Balantidium coli
C) Trichuris trichuris
D) Taenia solium
Ascaris - obstrução intestinal
Ancylostoma duodenale - anemia ferropriva
Entamoeba histolytica - invasão intestinal
Balantidium - cefaleia e desidratação
Tênia Solium - neurocisticercose

40 - 2022 EMCM Um menino de 6 anos de idade, desnutrido, procedente de zona rural sem
saneamento básico, apresenta-se no pronto atendimento com dor abdominal e diarreia intermitente
com muco há 4 meses, algumas vezes associada a sangue e tenesmo. Refere piora do quadro há 1
dia. Ao realizar exame, evidenciou-se descorado ++/+4, prolapso retal e presença de vários vermes
cilíndricos de 4 cm de comprimento na mucosa retal. Assinale a alternativa correta que aponta o
parasita encontrado e seu respectivo tratamento.
A) Ascaris lumbricoides; pamoato de pirantel.
B) Trichiuris trichiura; mebendazol.
C) Ascaris lumbricoides; metronidazol.
D) Trichiuris trichiura; secnidazol.
albendazol (400 mg 1x ao dia por 3 dias) ou mebendazol (100 mg 2x ao dia por 3 dias
41 - 2022 REVALIDA INEP Uma escolar com 8 anos de idade, acompanhada da mãe, chega à
emergência com dor abdominal intensa, iniciada há 2 dias, com piora progressiva. A paciente
apresenta vômitos biliosos, que não melhoram com a medicação, e distensão abdominal. A mãe
relata que, há 1 semana, a filha eliminou o verme e está em tratamento de anemia. O exame físico
mostrou massa cilíndrica na região periumbilical e ausculta débil da peristalse. O resultado da
radiografia do abdome apresentou níveis hidroaéreos no intestino delgado e sombra radiolúcida
com forma e aparência de "feixe de charuto". Diante desses dados, considerando a principal
hipótese diagnóstica para o caso, a conduta imediata, além da hidratação da criança, é
A) realizar descompressão gástrica com sonda nasogástrica e administrar óleo mineral
B) realizar enema com solução salina hipertônica e administrar ivermectina.
C) instalar sonda nasogástrica aberta, para drenagem, e administrar piperazina.
D) suspender a ingestão oral e indicar o tratamento cirúrgico.
anemia que evolui agudamente manifestações obstrutivas – dor abdominal, vômitos e distensão abdominal = ascaris

43 - 2022 CERMAM Mãe traz sua filha de 2 anos à consulta com queixas de prurido perianal e
perineal. Ela diz que o prurido ocorre mais à noite, mas nega febre, diarreia ou vômitos. A menina
frequenta creche e é sempre muito ativa. Ao exame físico, a região perianal está bem hiperemiada e
irritada, tônus do esfíncter anal normal, sem indícios de trauma por penetração. A região perineal
também está avermelhada e escoriada. Exceto pela secreção vaginal esbranquiçada, a região da
fralda está limpa. O tratamento mais adequado para o diagnóstico em questão seria:
A) Praziquantel B) Albendazol C) Metronidazol D) Secnidazol
albendazol (400 mg por via oral uma vez; repetir em duas semanas) ou mebendazol (100 mg por via oral uma vez; repetir em duas semanas).

44 - 2022 REVALIDA INEP Em uma reunião da equipe de Unidade Básica de Saúde, localizada em
zona rural da região Nordeste, onde a esquistossomose é endêmica, é apresentado recente
inquérito coproscópico censitário mostrando 24% de positividade para ovos de Schistosoma
mansoni. Nessa situação, de acordo com a orientação do Ministério da Saúde, a conduta correta é
tratar
A) Somente os casos positivos.
B) Coletivamente a comunidade.
C) Os casos positivos e conviventes.
D) Somente os casos confirmados por meio de um segundo exame.

45 - 2022 UEPA - BELÉM Jose Pedro, 2 anos de idade, é levado ao posto de saúde de seu bairro por
sua mãe devido quadro de diarreia de grande volume, com aspecto gorduroso e restos alimentares,
associada a distensão abdominal e flatulência há 5 dias. Mãe nega sangue ou muco nas fezes.
Diante desse quadro, assinale abaixo o agente parasitário que poderia estar causando tais
sintomas no paciente, e seu respectivo tratamento são:
A) Ascaris lumbricoides/ Albendazol dose única
B) Entamoeba histolytica/ Albendazol por 5 dias
C) Giardia lamblia/ Secnidazol
D) Giardia lamblia/ Albendazol por 3 dias
E) Trichuris trichiura/ Albendazol por 3-7 dias
Opções de Tratamento: tinidazol (apenas liberado a partir dos 3 anos), nitazoxanida, metronidazol e SECNIDAZOL. Esse último na dose de 30
mg/kg, única administração. O albendazol pode ser administrado, na dose de 400 mg, por 5 dias, e não 3

46 - 2022 UDI Sobre as parasitoses intestinais, marque a alternativa CORRETA:


A) Ancilostomíase pode levar a anemia ferropriva por perda crônica de sangue.
B) O Trichocephalus trichuris é parasito do intestino delgado. (ceco e reto)
C) O Strongyloides stercoralis é parasito do intestino grosso. (delgado)
D) O tratamento da isosporíase é feito com albendazol como primeira escolha. (sulfa e trimetropim)
E) O tratamento com albendazol deve ser sempre repetido 1 semana depois. (não é sempre, ancilostomíase não há
necessidade)

47 - 2022 HMDI Gael, nove anos, há 10 dias com quadro de prurido anal diário, durante a
madrugada, o que faz perder o sono. Ao exame físico, sem alterações. Qual o agente e
medicamento respectivamente do quadro acima?
A) Ascaris lumbricoides e ivermectina.
B) Trichuris trichiura e mebendazol.
C) Strongyloides stercoralis e secnidazol.
D) Enterobius vermiculares e pamoato de pirvinio

48 - 2022 HPP Qual o parasita intestinal que em casos de parasitismo intenso, os vermes se fixam
na mucosa do cólon e do reto, provocando lesões e ulcerações com enterorragia e prolapso retal,
principalmente em lactentes desnutridos?
A) Ascaris lumbricoides B) Trichocephalus trichiuris C) Himinolepis nana D) Necator americanus

49 - 2022 HEDA Qual é a alternativa correta em relação à estrutura epidemiológica da


esquistossomose?
A) O ser humano infectado elimina ovos viáveis nas fezes por toda a vida. (5 semanas pós infecção e por 6-10 anos)
B) As cinco espécies de Schistosoma que infectam seres humanos estão presentes no Brasil. (só Mansoni)
C) Envolve três espécies: o helminto, o ser humano e um vetor. (observada também em alguns animais, roedores…)
D) A infecção humana ocorre pela penetração ativa do agente através da pele íntegra.
E) Nenhuma das afirmações anteriores.

50 - 2022 UNIRV A larva migrans cutânea, chamada popularmente por bicho geográfico, é uma
infecção de distribuição mundial causada pelas larvas de parasitas que vivem no intestino de cães
e gatos, conhecidas como:
A) Enterobius vermicularis. B) Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum. C) Entamoeba
histolytica. D) Toxocara canis ou Toxocara cati.

51 - 2022 SES - GO Qual é o tratamento de primeira linha para teníase?


A) Mebendazol. B) Albendazol. C) Praziquantel. D) Ivermectina.

52 - 2022 SES - GO Qual é a doença cujo helminto é o mais prevalente no mundo e o de maior
letalidade no Brasil, podendo acometer fígado e pulmões na sua forma larvária e na forma adulta
atua no intestino? A) Ancilostomíase. B) Ascaridíase. C) Estrongiloidíase. D) Giardíase.

53 - 2022 HAC - PR As parasitoses intestinais em geral são oligossintomáticas e muitas vezes


cursam com sintomas inespecíficos, como dor abdominal e diarreia. Entretanto, alguns sintomas
são peculiares a cada parasita. Sobre sintomatologia das enteroparasitoses, é correto afirmar:
A) A suboclusão intestinal pode ocorrer pela ascaridíase e pela oxiuríase. (tricuríase)
B) Prurido anal é um sintoma comum na tricuríase. (enterobius)
C) A cisticercose pode ser causada pela Taenia solium ou pela Taenia saginata.
D) A criptosporidiose é uma protozoose que cursa com diarreia crônica, em pacientes tanto
imunocompetentes como imunossuprimidos, em igual proporção.
E) Entre as protozooses, a amebíase pode causar abscesso hepático e/ou disenteria e a giardíase
pode causar síndrome disabsortiva.

Distúrbios Funcionais do TGI

1. Lactente de 4 meses de idade apresenta episódio de esforço evacuatório, choro intenso,


pletora em face para logo em seguida eliminar fezes de aspecto pastoso, sem sangue. O
lactente está em uso de aleitamento materno exclusivo, apresenta bom ganho ponderal e
aparenta estar bem. Considerando os critérios de Roma IV, o provável diagnóstico é:
a) Retenção fecal funcional
b) Disquesia do lactente
c) Proctocolite alérgica
d) Escape fecal
e) Síndrome do intestino irritável

2. Os distúrbios funcionais do trato gastrointestinal em crianças são definidos segundo os


critérios de Roma IV como sintomas crônicos ou recorrentes que após a investigação
adequada não podem ser atribuídos a qualquer outra condição. Podemos afirmar sobre os
distúrbios funcionais do trato gastrointestinal na infância:
a) Abordagem biopsicossocial é a mais adequada pois o uso de terapia medicamentosa não
altera a evolução dos distúrbios funcionais do trato gastrointestinal (admite-se o uso de tratamento
medicamentoso que exista evidência de eficácia terapêutica, por exemplo, na constipação funcional podemos usar
laxantes para facilitar a evacuação da criança)
b) São mais frequentes que os distúrbios orgânicos na prática clínica diária
c) Não impacta na qualidade de vida dos pacientes (Apesar de não terem uma causa orgânica os
transtornos funcionais podem cursar com dor intensa, por exemplo, o que impacta a qualidade de vida da criança e
família)
d) Dependem de extensa investigação diagnóstica (São diagnosticados através dos critérios de Roma IV,
ou seja, diagnóstico clínico)
e) Os critérios de Roma IV são protocolos clínico-laboratoriais que orientam o tratamento dos
distúrbios funcionais do trato gastrointestinal (não existe critério laboratorial, mas apenas clínico)

3. Escolar de 8 anos apresenta dor abdominal há dois anos, em região periumbilical, diária, que
predomina no período vespertino e ocorre cerca de 3 vezes por semana. Refere também
apresentar alternância de hábito intestinal, de fezes formadas a cibalosas. Nega fatores de
piora da dor, mas refere melhora da dor com evacuação. Apresenta bom padrão de ganho
pondero-estatural, nega outras queixas. Segundo os critérios de Roma IV o provável
diagnóstico seria de:
a) Dispepsia funcional
b) Enterobíase
c) Dor abdominal funcional da infância
d) Migrânea abdominal
e) Síndrome do intestino irritável

4. Considerando abordagem para o diagnóstico da fibrose cística, o teste do suor será


considerado positivo se o
a) cloro "maior ou igual a" 60 mEq/L.
b) sódio "maior ou igual a" 40 mEq/L.
c) cloro "maior ou igual a" 40 mEq/L.
d) sódio "maior ou igual a" 60 mEq/L.
e) cloro "maior ou igual a" 60 mEq/L

5. Pré-escolar de três anos, muito irritado, é levado para atendimento médico por apresentar
quadro de diarreia crônica com fezes que flutuam na superfície do vaso de odor muito fétido,
com perda de peso e dor abdominal. Tem história perinatal de fezes espessas, com
dificuldade para evacuar. Ao exame físico, apresenta hepatomegalia. De acordo com a
história clínica, qual a hipótese e o exame a ser solicitado para confirmação do diagnóstico?
a) Fibrose cística – Dosagem de Sódio e Cloro no suor.
b) Doença Celíaca – Dosagem de Anticorpo antitransglutaminase IgA.
c) Doença de Crohn – Colonoscopia com biópsia de intestino delgado.
d) Abetalipoproteinemia – Análise lipídica em jejum na criança e nos pais

6. A fibrose cística é uma doença monogênica autossômica recessiva, mais frequente em


crianças. O exame com maior sensibilidade e maior especificidade para fazer o diagnóstico,
nessa condição clínica, é:
a) cariótipo.
b) teste do suor.
c) triagem neonatal.
d) ressonância nuclear magnética (RNM) de pulmão

7. A primeira manifestação clínica que pode estar presente na fibrose cística é:


a) Desidratação com hiprocloremia e hiponametrimia com acidose metabólica.
b) Colestase neonatal.
c) Cirrose biliar focal.
d) Desidratação com hipocloremia e hiponatremia com alcalose metabólica.
e) Íleo meconial.

8. Qual exame não é pedido na Doença celíaca: anti transglutaminase IgG

9. LES atinge rins


I. Anti-nucleossomo (V)
II. Anti – Ro (F)
III. Anti- Sm (V)

10. Podem ser encontrados em indivíduos normais:


I. Anti Ro (V)
II. Anti La (V)
III. Anti-Jo-I (V)

11. LES alterações neurológicas: Anti-Sm;

12. Psicose lupica: anti-P

13. Lúpus cutâneo subagudo: anti-SSA(RO)

14.
15.

Dor Abdominal Crônica

1. São sinais de alerta para dor abdominal crônica de origem orgânica, exceto:
a) Despertar noturno por dor
b) Febre inexplicada
c) Dor abdominal periumbilical
d) História familiar de doença celíaca
e) Puberdade retardada
Regra de Apley: quanto mais distante do umbigo for a dor abdominal, mais provável que seja causada por uma patologia orgânica, mas
existem exceções
Sinais de Alerta para dor que sugerem origem Orgânica:
- sangramento gastrointestinal (nunca será funcional)
- Vômitos persistentes
- Diarreia noturna
- febre inexplicada
- Dor abdominal persistente no hemiabdome direito
- História familiar (doença celíaca, Chron)
- Desaceleração do crescimento e perda de peso
- Disfagia
- Odinafagia
- Artrite
- Puberdade retardada
- Esplenomegalia
- Anormalidades perianais

2. Paciente de 10 anos, masculino, apresenta quadro de dor abdominal há 6 meses. A dor é


periumbilical e mal definida, e ocorre sem irradiação, no final da tarde, quase diariamente. O
paciente nega relação com alimentação. Não há fatores de piora ou melhora. O paciente não
apresenta febre, diminuição de peso e nega perda de apetite e vômitos; tem evacuação diária
e as fezes apresentam consistência normal. A dor não melhora com as evacuações. Não
apresenta outros sintomas. Exame físico normal, incluindo toque retal. Em relação ao caso
apresentado, considere as seguintes afirmativas:
I. Para esclarecimento do diagnóstico, está indicada a realização de uma radiografia simples
de abdome.
II. A prescrição de amitriptilina é indicada.
III. Uma colonoscopia com biópsia de íleo terminal está indicado para descartar a doença de
Crohn.
IV. Para a abordagem correta do diagnóstico, é importante investigar o perfil psicossocial,
incluindo relacionamento e dificuldades familiares ou com amigos, mudança de escola ou
endereço e dificuldades na escola.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras

3. 13. Leiam os três casos clínicos abaixo:

Caso 1: Lactente de 2 meses, com genitora referindo dificuldade para evacuar, com
frequência média a cada 3 a 5 dias. Está em aleitamento materno exclusivo sob livre
demanda. Sem história de vômitos ou dor abdominal. Quando evacua, as fezes têm aspecto
pastoso. Ganho póndero-estatural adequado e, ao exame, não foi observada dor ou
distensão abdominal. Toque retal com fezes de consistência normal na ampola.

Caso 2: Criança de 1 ano, com queixa de distensão abdominal e dificuldade para evacuar
desde o nascimento. Genitora refere que é comum o menor apresentar quadro de
inapetência e vômitos. Nos antecedentes, a mãe refere atraso na eliminação do mecônio.
Apresenta ganho pôndero-estatural inadequado para a faixa etária. Ao exame, observa-se
abdome distendido com eliminação de fezes explosivas ao toque retal.

Caso 3: Paciente de 5 anos com história de dificuldade para evacuar há 6 meses. Genitora
refere que o paciente evacua, em média, 1 vez por semana, apresenta comportamento
retentivo, muitas vezes referindo ""medo de fazer cocô porque sente dor"". Quando evacua,
as fezes são bastante volumosas e chegam a entupir o vaso sanitário. Apresenta ganho
pôndero-estatural adequado. Ao exame, apresenta fezes endurecidas ao toque retal.

Sobre esses casos, assinale a alternativa CORRETA.


a) Os casos 1 e 3 necessitam de tratamento medicamentoso, e o 2, provavelmente,
necessitará de intervenção cirúrgica.
b) O caso 1 descreve uma situação fisiológica. Os casos 2 e 3 descrevem quadros de
constipação funcional, sem sinais de alarme.
c) O caso 1 evidencia uma situação fisiológica. O caso 2 mostra uma constipação de etiologia
orgânica. O caso 3, provavelmente, se trata de uma constipação crônica funcional.
d) O caso 1 é um quadro fisiológico. O caso 2, provavelmente, se refere a um paciente com
constipação funcional. O caso 3 evidencia um paciente com constipação de provável
etiologia orgânica.
e) Os casos 1, 2 e 3 necessitam de tratamento medicamentoso

4. Definição de dor abdominal crônica na infância?


Pelo menos 3 ep de dor abdominal em um período mínimo de 3 meses com intensidade o suficiente
pra intervir nas atividades da cça

5. Como é classificada a dor abdominal?


Em funcional (sem evidências de condições patológicas, anatômicas, inflamatórias, infecciosas,
metabólicas ou neoplásicas).
Em orgânica possui evidências, que são:
1. sangramento gastrointestinal (nunca será funcional)
2. Vômitos persistentes
3. Diarreia noturna
4. Febre inexplicada
5. Dor abdominal persistente no hemiabdome direito
6. História familiar (doença celíaca, Chron)
7. Desaceleração do crescimento e perda de peso
8. Disfagia
9. Odinafagia
10. Artrite
11. Puberdade retardada
12. Esplenomegalia
13. Anormalidades perianais

6. Quais são as 4 forças primárias?


Estilo de vida e hábitos, temperamento e tipos de respostas aprendidas, meio e evento crítico e
predisposição ou disfunção de doença somática.

7. Quais são os principais sintomas?


Hiperalgesia visceral, distúrbios da evacuação e vômitos – critérios de ROMA IV

8. Quais os sinais de alerta para dor abdominal orgânica?


Sangramento gstro intestinais, diarreia noturna, febre inexplicável, dor abdominal persistente,
historia familiar de ulcera e gastrite ou qualquer outra doença gastrointestinal inflamatória

9. O que é regra de apley?


Quanto mais distante do umbigo for a dor abdominal, mais provavel que seja causada por uma
patologia orgânica.

10. Quais exames laboratoriais são feitos para diferenciar funcional de orgânica?
Hemograma, VHS, PCR, sorologia para H.pylori, urina tipo 1, urino cultura, parasitologico de fezes,
pesquisa de sangue oculto e rx de abd

11. Quem são os diferentes grupos dos criterios de ROMA IV ?


- lactentes e pre-escolares < 4 anos : cólica do lactente
- escolares e adolescentes >4 anos : dispepsia funcional, sd do intestino irritável, migrânea
abdomial, dor abdominal funcional

12. O que é colica do lactente?


Cças de 1 a 4 meses de paroxismos de irritabilidade, inquietação, choro que se inicia e termina sem
uma causa obvia (do final da tarde até inicio da madrugada), sem evidência de failure to thrive,
febre ou doença aparente, choro começa no final da tarde e vai ate inicio da madrugada.
TTO: não é necessario medicar

13. Como classificamos o choro do lactente?


Primário – colica do lactente
Secundário – gastrointestinal (constipação, alergia, esofagite de refluxo e fissura anal) e
extragastrointestinal

14. Como classificamos a dor abdominal crônica quanto a apresentação clínica?


-Dor abdominal associada a sintomas de dispepsia: dor abdominal superior, pós prandial azia
vomitos e nauseas, saciedade precoce e distensão abdominal.
Sinais de alerta: dispepsia crônica , endoscopia digestiva alta e h.pylori. evitar AINE, inibidores de
secreção ácida, H2 ou IBP, se sintomas pós prandiais: dieta para dispeptico, procineticos:
domperidona e ciproeptadina
-Dor abdominal associada a alterações de hábitos intestinais: etiologia desmotilidade, diarreia e
constipação intestinal , alivio com a avacuação inicio com mudança na consistencia nas fezes. Tto:
laxantes mudanças nos habitos alimentares. Dieta dos 4 f: fat, fiber, fruit e fluid.
-Dor abdominal cíclica : horas/dias seguida de periodo assintomático bem definido
(semanas/meses) e novamente outro surto de dor semelhante à crise anterior
-Dor abdominal somente: paroxismo de dor não associados a sintomas dispepticos ou alterações
intestinais, ciclos bem marcados de dor/periodo assintomatico

15. O que é migrânea abdominal?


Deve ocorrer todos os seguintes pelo menos duas vz nos ultmos 6 meses: ep de dor aguda,
incapacitante, na regiã periumbilical e linha media. A dor esta associada a 2 ou mais dos seguintes:
anorexia, nausea, cefaleia e fotofobiae palidez. Tto: pizotifeno e ciproeptadina

16. Como é o tratamento da dor abdominal crônica?


Educação, modificar os hábitos e gatilhos socio familiares, intervenção dietética (aumentar a fibra,
diminuir a lactose e diminuir a frutose), intervenção farmacocinética com procinéticos,
anticolinérgicos, laxantes não estimulntes, probioticos, antisecretores IBP H2RA e antidepressivos.
Intervenção psicológica

17. Cólica do Lactente


18. Síndrome de intestino irritável

Vômitos Crônicos

1. Sobre o refluxo gastro esofágico


I- 30% dos RN apresentam refluxo e é considerado fisiologico (F- 50%)
II- … Refluxo oculto é sempre patológico (F- pode ser fisiológico Tb)
III- Complicação da esofagite grave o esôfago de barret (estenose esofágica cicatricial) e síndrome
de sandifer (esofagite grave, anemia ferropriva e movimentos espasmódicos da cabeça)- (V)

2. Quanto ao refluxo gastroesofágico (RGE)


I. Aproximadamente 50% dos recém-nascidos apresentam RGE e tem como manifestação
clínica única a regurgitação
II. Quanto ao RGE primário, podemos afirmar que o refluxo é decorrente de causas como
disfunção na junção esofagogástrica, obstrução de via de saída do estômago e má rotação
intestinal
III. A síndrome de Sandifer é uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico e se
caracteriza por uma estenose esofágica cicatricial (a DRGE pode ser a causa de episódios de torcicolo em
crianças neurologicamente normais. Este quadro clínico recebeu a denominação de Síndrome de Sandifer)
IV. Regurgitação: é eliminação do conteúdo gástrico pela boca, sem esforço não precedido
de náuseas diferindo dos vômitos que geralmente são precedidos de náuseas e com esforço
a) As alternativas I e III estão incorretas
b) As alternativas I e IV estão incorretas
c) As alternativas II e IV estão incorretas
d) As alternativas II e III estão incorretas
e) As alternativas I, II, III e IV estão incorretas

3. Ainda quanto a doença do refluxo gastroesofágico


I. Tosse, dispnéia, “chiado” no peito e crises de apneia são alguns dos sintomas presentes
II. A seriografia, que é o raio-x contrastado do esôfago, estômago e duodeno, apesar de sua
baixa sensibilidade é um exame de primeira escolha entre os exames por não ser invasivo (É
o exame mais utilizado em virtude da menor disponibilidade de procedimentos mais sensíveis e específicos)
III. São indicações de realizarmos a endoscopia digestiva alta: hematêmese e/ou melena,
presença de sangue oculto nas fezes e sintomatologia sugestiva de esofagite importante em
crianças maiores
IV. A phmetria é “padrão ouro” um diagnóstico do RGE com sensibilidade ao redor de 85%
(não existe exame padrão ouro da DRGE)
a) As alternativas I e III estão incorretas
b) As alternativas I e IV estão incorretas
c) As alternativas II e IV estão incorretas
d) As alternativas II e III estão incorretas
e) As alternativas I, II, III e IV estão incorretas

4. Sobre investigação da doença do refluxo gastroesofágico podemos afirmar exceto:


a) A phmetria esofágica é um método adequado para medir a exposição esofágica ao refluxo
ácido
b) A impedanciometria com múltiplos canais associados a phmetria é superior a phmetria
isolada
c) O exame contrastado do esôfago, estômago e duodeno (EED) é um exame útil no
diagnóstico de anormalidades anatômicas do trato gastrointestinal alto
d) A biópsia esofágica É recomendada para diagnóstico de esôfago de Barret e outras causas
de esofagite diferentes do refluxo gastroesofágico
e) O EED tem grande especificidade para o diagnóstico de doenças do refluxo gastroesofágico

5. Lactente do sexo masculino, 4 meses de idade, apresenta regurgitações frequentes e


volumosas após as mamadas há 2 meses. Nasceu de parto cesárea, de termo, sem
intercorrências, pesando 3450g. Recebe fórmula láctea desde o nascimento, mantendo boa
aceitação até os 3 meses de idade quando passa a recusar e chorar em todas as mamadas.
Nega ter feito uso de medicamentos ou investigação laboratorial. Ao exame físico: BEG,
corado, hidratado, eupneico. Fontanela normotensa, neurológico normal para idade. Peso
atual 3800g. Abdome globoso, normopalpável, normotimpânico, sem visceromegalias.
Restante do exame físico sem alterações. Sua conduta seria:
a) Orientar sinais de alerta, medidas posturais e dietéticas por tratar-se de refluxo
gastroesofágico fisiológico
b) Solicitar ultrassom de abdome para pesquisar estenose hipertrófica do piloro
c) Prescrever medicamento inibidor da secreção ácida por provavelmente tratar-se de doença
do refluxo gastroesofágico
d) Prescrever medicamento pró-cinético por tratar-se de refluxo gastroesofágico fisiológico
e) Realizar EED pela suspeita de fístula traqueoesofágica
Comprometimento do crescimento: doença do refluxo

6. Menina, cinco meses, é levada à Unidade Básica de Saúde pela avó por apresentar 15
episódios de regurgitação/dia de leite. Peso ao nascimento =3.250g. Peso atual = 6.850g. A
REGURGITAÇÃO DESSA LACTENTE É UMA CONDIÇÃO:
a) Que deve ser tratada com ranitidina ou omeprazol.
b) Que pode levar a baixo ganho ponderal e requer decúbito elevado.
c) Decorrente de relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico.
d) Frequente e inócua até os 12 meses.

7. 4.Lactente com 3 meses de idade, iniciou quadro de regurgitações com 4 semanas de vida.
Apresenta 3 a 4 episódios por dia, com volume variável. Há 1 mês houve aumento no número
de episódios diários associados a baixo ganho pôndero-estatural. Qual das alternativas
contêm dados sugestivos de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)?
a) Início do quadro antes de 2 meses de vida.
b) Número de episódios diários.
c) Baixo ganho pôndero-estatural.
d) Aumento na frequência dos episódios.

8. Lactente, 2 meses de idade, sexo masculino, é trazido a consulta ambulatorial de rotina. Os


pais estão preocupados porque a criança tem episódios de regurgitação após quase todas
as mamadas, com saída de grande quantidade de leite, algumas vezes chegou a sair leite
pelo nariz. Refere que, apesar disso, a criança não fica incomodada, e aceita bem as
mamadas, sem irritabilidade ou desconforto. Hábito intestinal de 3 a 4 evacuações por dia,
as fezes são pastosas, sem sangue ou muco. Nega qualquer outro sintoma. O lactente está
em seio materno exclusivo desde o nascimento, eliminou mecônico com 24 horas de vida,
tem teste do pezinho normal. Ao exame clínico, criança em bom estado geral, abdome
globoso, flácido, sem distensão ou massas palpáveis. Sem outras alterações ao exame
clínico. Peso atual de 5.050 g (na consulta realizada há 30 dias o peso era 4.000 g). A conduta
é:
a) Introduzir leite extensamente hidrolisado e restringir dieta da mãe em relação a leite e
derivados.
b) Introduzir leite espessado e iniciar ranitidina e domperidona com reavaliação em 4 semanas.
c) Encaminhar para avaliação fonoaudiológica e solicitar estudo contrastado de estômago,
esôfago e duodeno.
d) Orientar medidas posturais e manter o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses
de idade.
e) Realizar intervalos mais curtos entre as mamadas e solicitar pHmetria com
impedanciometria.

9. Lactente de 2 meses de vida vem para avaliação de puericultura e mãe relata que a criança
apresenta história de regurgitações frequentes iniciados na 2ª semana de vida. Relata que
estas regurgitações são após as mamadas, com volume estimado entre 1 a 2 colheres de
sopa cheia. A mãe observa que a criança não se sente incomodada com a regurgitação, nega
irritabilidade ou desconforto após as mamadas. Refere aleitamento materno de livre
demanda e a mãe relata “ter muito leite”. Refere que o lactente tem apresentado
eventualmente engasgos durante a amamentação. Relata que acha que o bebe vem
ganhando peso. Qual diagnóstico compatível com o quadro clínico e qual a melhor
orientação para o caso apresentado?
a) Refluxo Gastroesofágico Fisiológico, manter o lactente em posição supina para dormir
b) Alergia à proteína do leite de vaca, orientar exclusão de proteína do leite de vaca e
derivados da dieta materna
c) Doença do Refluxo Gastroesofágico, iniciar inibidor de bomba de prótons associado a pró
cinético
d) Estenose Hipertrófica de Piloro, encaminhar para internação e avaliação cirúrgica do quadro
e) Esofagite Eosinofílica, iniciar inibidores de bomba de prótons e dietas de restrição,
baseadas na identificação dos alérgenos por testes alérgicos

10. Em relação à síndrome dos vômitos cíclicos (SVC), assinale a alternativa correta:
a) O diagnóstico de SVC deve contar obrigatoriamente com 1 episódio por mês, em 6 meses
de intensas náuseas e vômitos paroxísticos.
b) Os episódios são sempre iguais em todos os pacientes.
c) Os episódios são separados por semanas a meses, com retorno à saúde basal entre os
episódios de vômitos
d) Os pacientes podem apresentar apenas náuseas, apenas vômitos ou náuseas e vômitos
associados.

11. Lactente de 1 mês e 13 dias de idade, trazido pela mãe ao consultório de pediatria. A mãe
refere que o paciente alterna dias de evacuações explosivas, de cor amarelada, sem
produtos patológicos e sem sangue, com dias de constipações. Refere também períodos de
choro intenso e dificuldade para dormir, com períodos de sono de aproximadamente 3 a 4
horas. Na avaliação: criança alerta, sem alterações ao exame clínico, com ganho de peso
aproximado de 30g por dia. A mãe nega alterações urinárias ou febre, e refere boa aceitação
do leite materno. Quando plotados dados antropométricos da criança nas curvas da OMS,
paciente entre SCORE -1 e zero em todos os parâmetros. História de gestação e parto sem
intercorrências. Assinale a alternativa correta:
a) Paciente com padrão intestinal e de sono e vigília comum de lactente nos primeiros meses
de vida e com cólicas do lactente. Acolher e tranquilizar a família e solucionar dúvidas sobre
padrão de gastrointestinais, orientar sinais de alarme e agendar retorno em 1 mês.
b) Paciente com provável doença inflamatória de aparecimento precoce. Prescrever óleo
mineral para os dias de constipação e terapia de reidratação oral nos dias de maiores
perdas. Encaminhar para gastroenterologista pediátrico, com quem a criança deverá fazer
seguimento.
c) Paciente com provável alergia à proteína do leite de vaca. Suspender alimentos derivados
do leite da dieta materna e introduzir complemento com fórmula láctea de aminoácidos.
Solicitar polissonografia para avaliar padrão de sono e vigília e para investigar apneia
obstrutiva do sono, com encaminhamento ao otorrinolaringologista.
d) Paciente com provável intolerância à lactose. Suspender aleitamento materno e iniciar
fórmula com leite de soja. Solicitar seguimento com alergista. Orientar que o padrão de sono
de lactentes nos primeiros meses é de períodos mais curtos, de aproximadamente 4 horas.
Agendar retorno em 1 mês.
e) Paciente com provável megacólon congênito. Solicitar radiografia de abdome e exames
laboratoriais para abordagem cirúrgica. Encaminhar com urgência ao cirurgião para
programação de abordagem corretiva. As alterações do sono são consequentes às dores
abdominais, devido ao megacólon
Primeiros meses ganha de 25-30g por dia; área entre o escore Z -2 e +2 equivale a 95% da população e ao intervalo entre os percentis 2,5 e 97,5

12. Assinale a alternativa correta sobre regurgitação, vômitos e ruminação:


a) Regurgitação, assim como o vômito, envolve o diafragma, o estômago e o intestino.
b) A regurgitação é um vômito pequeno.
c) Ruminação é um vômito que é mastigado e engolido novamente.
d) Vômito envolve o sistema nervoso central com envolvimento de músculos esqueléticos nos
quais o conteúdo gástrico é expelido pela boca por causa da coordenação de movimentos
do intestino delgado, do estômago, do esôfago e do diafragma

13. Qual a diferença de Vômito, ruminação e regurgitação?


Vômito é expulsão do conteúdo gástrico refluído pela boca
Regurgitação é passagem do conteúdo gástrico refluído para a orofaringe.
Ruminação é regurgitação voluntária do conteúdo gástrico para a boca, sendo ou remastigado ou
deglutido ou eliminado pela boca, visando a auto-estimulação

14. Quais são os sinais de alerta para crianças com vômitos crônicos?
Vômito biliosos, sangramento gastrointestinal (hematoquezia, hematêmese) febre, letargia,
hepatoesplenomegalia, fontanela abaulada, micro/macroencefalia, convulsões, abdome reativo e
distensão abdominal.

15. Como é a regurgitação do lactente?


Lactentes sadios de 3 semanas a 12 meses de idade que realizam regurgitação 2 ou mais vezes
por dia por 3 ou mais semanas. Sem ânsia de vômito, hematêmese, aspiração, apneia, dificuldade
de deglutição ou postura normal Sintomas ficam pelo menos 2 meses. Contração repetida dos mm
abdominais diafragma e lingua.
Confirma com 3 ou mais dos seguintes: Inicio entre 3 a 8 meses de idade, não responde a tto para
DRGE, não ocorre durante o sono não acompanhada por sinais de sofrimento.

16. Defina síndrome da ruminação do adolescente.


Regurgitação repetida e indolores com remastigação e redeglutição ou expulsão do alimento,
inicia-se após a ingestão de uma refeição. Não ocorre durante o sono. Não acompanhada por ânsia
de vômito.

17. Descreva a Síndrome dos vômitos cíclicos do lactente e do adolescente.


Dois ou mais episódios de nauseas intensas e vomitos incoercíveis ou ansia de vomito durando
horas ou dias em um período de 6 meses. Ocorre retorno ao estado de saúde usual durando
semana a meses. Após investigação adequada, os vômitos não podem ser atribuidos a outra
condição.

18. O que é aerofagia?


Deglutição de ar, distensão abdominal a custas de ar intraluminal que aumenta ao longo do dia,
repetidas eructações e/ou aumento da flatulência.
Critérios preenchidos pelo menos nos 2 meses precedentes.

19. O que é náusea funcional?


Náusea como sintoma predominante, ocorrendo pelo menos 2 vezes por semana e geralmente não
relacionado a refeição. Nem sempre associado a vômitos

20. O que é vômito funcional?


NA MÉDIA 1 OU MAIS EP DE VOMITOS POR SEMANA, ausencia de vomitos autoinduzidos ou
criterio para disturbios aliementar ou ruminação. Após investigação adequada, as nauseas não
podem ser atribuidos a outra condição.

21. Como é a classificação de DRGE-boyle?


1- Rge FISIOLOGICO: pssagem de conteúdo gastrico para o esôfago com ou sem regurgitação ou
vomito (pcs fisiolog, RN nos primeiros meses, duração menor que tres min e pós-prandial.
2- RGE Patológico: DRGE: quando o refluxo do conteudo gástrico causa incômodo e complicações
(ESOFAGITE, ESTENOSE DO ESOFAGO, esofago de barret, anemia, pneumonia). QC: baixo
ganho ponderal, vômitos recorrentes, recusa alimentar, irritabilidade, disturbios do sono, sintomas
respiratórios (RN e lactente) em ccças maiores e adolescentes (DISFAGIA, DOR ABDOMIAL, dor
retroesternal, vomitos recorrentes, tosse/rouquidão, asma/pneumonia recorrente). DX: ANAMNESE
e lab: hg, eletrolitos, ureia, creatinina, URINA1, gasometria screening neonatal e TC de cranio,
phMetria de 24h. TTO: controle dos sintomas, cicatrização da mucosa, prevenção de complicações,
evitar efeitos colaterias do tto, DRGE grupos especiais: IBP (dar 1⁄2 a 1 h antes das refeições),
cirurgia (com falha terapeutica, se asma ou PNM – tecnica de nissen), drge: antagonistas dos
receptores H2, IBP e teste terapeutico com hidrolisado proteico. Refluxo gastroesofágico:
Espessamento da dieta, adicionar procinetico, teste terapeutico com hidrolisado proteico.
Terapia conservadora: decubito supino, evitar refeições copiosas, perder peso se obeso, evitar
cafeina e chocolate.
RANITIDINA 150 e 300mg, OMEPRAZOL capsulas de 10,20 e 40, ESOMEPRAZOL,
PANTOPRAZOL

Distúrbios Funcionais da Evacuação

1. Quanto a constipação intestinal:


I. A constipação pode ser conceituada como a eliminação de fezes endurecidas, com
esforço, dor ou dificuldade, associada a aumento no intervalo entre as evacuações, escape
fecal e sangramento em torno das fezes (pequeno sangramento e só se fissura anal associada)
II. Soiling é a perda involuntária de pequenas quantidades de fezes em crianças que já
deveriam ter adquirido o controle esfincteriano (soiling usualmente ocorre a partir dos 4 anos, quando o controle
esfincteriano foi adquirido)
III. Encoprese é alteração psicogênica manifestada pela eliminação involuntária de
movimento intestinais completos nas roupas íntimas ou locais inapropriados (pode ser voluntária)
IV. Após os 12 meses, a criança já é capaz de ter a percepção da distensão retal e está apta a
iniciar o controle da retenção das fezes (18 meses)
a) As alternativas I e III estão incorretas
b) As alternativas I e IV estão incorretas
c) As alternativas II e IV estão incorretas
d) As alternativas II e III estão incorretas
e) As alternativas I, II, III e IV estão incorretas

2. Todas as alterações abaixo dizem a favor da constipação orgânica, exceto:


a) Constipação de início precoce (antes dos 12 meses)
b) Eliminação tardia de mecônio
c)
d) Massa intestinal extra-fecal
e) Escape fecal

3. Menino, 8 anos de idade, há dois anos apresenta evacuação a cada 4 a 5 dias, com esforço,
dor e fezes que entopem o vaso. Prende as pernas quando tem vontade de evacuar. Há um
ano tem perda diária de fezes amolecidas em pequena quantidade, que borram a veste
íntima, uma a duas vezes ao dia. Nos últimos meses está muito agressivo e não quer ir para
escola devido a bullying. Exame físico: bom estado geral, muito retraído e envergonhado
durante toda a consulta, P50 nas curvas de peso e estatura. Abdome: sem distensão
abdominal, palpação com massa em hipogástrio, toque retal com esfíncter normotônico e
presença de fezes em grande quantidade na ampola retal que está muito ampla. Qual é a
hipótese diagnóstica mais provável?
a) Incontinência fecal orgânica secundária a lesão esfincteriana
b) Encoprese
c) Megacólon congênito
d) Constipação funcional com incontinência fecal por retenção
e) Displasia neuronal intestinal
Percentil 50 → sobrepeso provavelmente
4. Pré-escolar com 4 anos, apresenta dificuldade para evacuar desde os primeiros meses de
vida, havendo piora progressiva do quadro há um ano quando passou a frequentar a creche.
Atualmente só evacua com lavagem intestinal, que é realizada quando a criança fica 1
semana sem evacuar e tem muita dor abdominal, resultando em saída de fezes empedradas
em grande quantidade. É uma criança retraída, não gosta de ir à escola, prefere ficar com a
mãe. Já realizou diversos tratamentos, incluindo laxativos, aumento de fibras na dieta, sem
sucesso. Ao exame, apresenta discreta distensão abdominal, fezes endurecidas palpáveis
em hipogástrio, peso e estatura no percentil 25. Com base nesse caso clínico, qual o melhor
exame para firmar o diagnóstico?
a) Enema contrastado.
b) Trânsito intestinal.
c) Colonoscopia com biópsia.
d) Exame de bioimpedância
3 coisas chamam atenção nesse caso: a precocidade do quadro, começou quando ele tinha poucos meses de vida; a pouca resposta ao
tratamento convencional; o pouco ganho ponderal e estatural. Esses dados devem acender um alerta para uma constipação orgânica e não
funcional. E qual é a causa mais comum? Doença de Hirschsprung.
A Doença de Hirschsprung, também chamada de megacólon congênito, é causada pela ausência dos plexos nervosos murais autônomos, em
segmento colônico, que promovem a contração intestinal. O primeiro sintoma pode ser o atraso na eliminação de mecônio e com o passar da
idade, a criança apresenta constipação crônica, com massa fecal palpável abdominal e ampola retal vazia, pois as fezes impactam no segmento
anterior ao aganglionico e não chegam até o reto.
Para diagnóstico, o exame inicial deve ser o enema contrastado, ele irá mostrar distensão de alças e a zona de transição entre o intestino "normal"
e o afetado. A biópsia retal também está indicada em casos suspeitos, não necessitando de colonoscopia.
O tratamento é cirúrgico, com resseccão do segmento afetado e rebaixamento do normal.

5. Sabendo-se que o diagnóstico de constipação intestinal é clínico, assinale um importante


sinal de alerta para crianças que apresentam esse problema.
a) Déficit de crescimento
b) Vômitos claros
c) Presença do reflexo cremastérico
d) Eliminação meconial precoce
e) Abdome escavado

6. Menino de 5 anos, apresenta queixa de constipação intestinal há 2 anos. Mãe refere que
mesmo sendo ressecado está sempre com a cueca manchada de fezes fétidas. Gosta muito
de leite. Andou com 1 ano e 2 meses e entrou na escola com 3 anos. Ao exame físico,
palpa-se uma massa dura de fezes no cólon. No exame retal encontra-se uma grande
quantidade de fezes em um reto dilatado. Perante esta situação clínica assinale qual a
melhor alternativa
a) Evacuação do cólon, terapia laxante crônica, estabelecimento de hábitos intestinais
regulares
b) Solicitar enema opaco e iniciar o uso agressivo de catárticos orais
c) Encaminhar para psicólogo, nutricionista e mudar de escola
d) Solicitar Rx de abdome, iniciar serie de enemas, para descompactação imediata

7. Lactente com 5 meses de idade, aleitamento artificial desde os 4 meses, apresenta quadro
de constipação intestinal que alterna com períodos de fezes explosivas e vem apresentando
baixo ganho pondero-estatural; eliminação de mecônio no 3º dia de vida. Ao exame físico a
criança apresenta distensão abdominal e ausência de fezes em ampola retal. Qual a hipótese
diagnóstica para este quadro?
a) Constipação orgânica.
b) Constipação funcional.
c) Intolerância à proteína do leite.
d) Hipotireoidismo

8. Menina de sete meses foi levada à consulta pediátrica com história de retenção fecal,
evacuações dolorosas com eliminação de fezes endurecidas em cíbalos. A mãe afirma que
desde o segundo mês de vida ela apresenta dificuldade para evacuar. Afirma ter iniciado
alimentação complementar desde os 6 meses de vida de forma adequada. Refere que faz uso
de laxativo oral há quatro semanas, diariamente, sem obter melhora do quadro. Qual o
provável diagnóstico?
a) Doença de Hirschsprung.
b) Constipação intestinal funcional.
c) Pseudoconstipação intestinal.
d) Disquezia do lactente

9. Escolar de 6 anos é levado a atendimento médico com queixa de quadro recorrente nos
últimos 3 meses de dor e sensação de distensão abdominal que melhora com a evacuação,
de início associado a mudança na frequência e aspecto das fezes, com fezes amolecidas e
com presença de muco. O diagnóstico mais provável é:
a) Síndrome do intestino irritável
b) Dor abdominal funcional
c) Síndrome da ruminação no escolar
d) Diarreia funcional
e) Enxaqueca abdominal

10. Lactente de 12 meses é levada para primeira consulta de puericultura. A mãe relata enfrentar
condições socioeconômicas difíceis; refere que a criança apresenta diarreia há um mês, com
fezes volumosas e brilhosas; o bebê já precisou de internação hospitalar por pneumonia por
três vezes (aos 5, 7 e 11 meses); não realizou teste do pezinho e está com a vacinação em
dia. Ao exame físico, a criança está em bom estado geral, apesar das más condições de
higiene. O exame do abdômen mostra distensão abdominal, porém indolor à palpação. Ao
examinar o ânus, nota-se exteriorização da mucosa retal. Considerando a idade da criança, a
estatura está abaixo do Z escore -3 e o IMC está entre o Z escore -2 e -3. Para corroborar o
provável diagnóstico, deve-se pesquisar na história neonatal dessa criança:
a) Asfixia perinatal
b) Icterícia neonatal tardia
c) Sepse neonatal precoce
d) Atraso na eliminação de mecônio

11. Qual a definição de distúrbios gastrointestinais funcionais?


Sintomas crônicos ou recorrentes que ocorrem sem evidências de um processo inflamatório
anatômico metabólico ou neoplásico que explique os sintomas do indivíduo (critérios de ROMA III)

12. Qual o nome da conexão entre o cérebro e o intestino?


Brain-gut-axis

13. Descrição de diarreia funcional.


Eliminação diária, indolor, de 4 ou mais evacuações de fezes volumosas e não formadas, sintomas
que duram mais de 4 semanas, inicio de 6 e 60 meses de idade, déficit de ganho pôndero estatural
se a ingesta calórica é adequada

14. O que é a disquesia do lactente?


Menor de 9 meses de idade, pelo menos 10 min de esforço evacuatório e choro antes que se
consiga eliminar fezes pastosas, nenhum outro problema de saúde

15. O que é constipação funcional?


Dois ou ais dos sintomas seguintes: Hist de retenção fecal excessiva, presença de uma grande
massa fecal, historia de fezes de grande que intupiram o vaso sanitario e 1 ep de incontinência na
semana
16. O que é incontinência fecal funcional não retentora?
Pelo menos 1 mês de história dos seguintes sintomas em uma criança com idade mental de 4 anos
ou mais, defecações em lugares inapropriados, sem ev de retenção fecal

17. O que é cólica do lactente?


Paroxismo de dor e irritabilidade, inquietação entre 0 a 5 meses de idade e termina sem um causa
óbvia – sem evidência de mal ganho pondedra-estatural. EP duram 3h ou mais por dia que ocorrem
pelo menos 3 dias por semana por pelo menos 1 sem.

18. 8. O que é dispepsia funcional?


Deve incluir 1 ou mais dos seguintes sintomas por pelo menos 4 dias por mês: plenitude
pós-prandial, saciedade precoce, dor epigástrica ou queimação não associada a defecação.

19. O que é a síndrome do intestino irritável?


Relaciona a defecação, mudança de frequencia das fezes e na forma, a dor não resolve com a
resolução da constipação

20. O que é a migrânea abdominal?


Episódios paroxísticos de dor abdominal aguda e intensa, periumbilical ou em todo o abdome que
dura 1h ou mais. Ep de dor são separados por semanas ou meses. A dor é incapacitante e interfere
com as atividades normais, a dor é associada mais pelo menos dois sintomas dos seguintes:
cefaleia, anorexia, palidez, nauseas, vômitos, fotofobia.

21. O que é dor abdominal funcional da infância?


Critério preenchido pelo menos 4 vz por mês e inclui os seguintes: dor abdominal episódica ou
continua que não ocorre somente durante eventos fisiológicos,

QUESTÕES MEDCURSO

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