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1. Redução da largura de banda: O ruı́do é diminuı́do reduzindo-se a largura de passagem (ou largura de
banda) do ruı́do. Esta abordagem funciona bem quando os espectros de frequência do ruı́do e do sinal não
se superpõem significativamente, de forma que a redução da largura de banda do ruı́do não afete o sinal.
2. Realização de médias ou técnicas de integração: Sucessivas medidas do sinal são realizadas ou sincronizadas
e somadas umas com as outras. O sinal de interesse cresce com o número de medidas realizadas n e o
√
ruı́do cresce com n. Portanto, depois de um grande número de medidas, a relação sinal ruı́do aumentará
consideravelmente.
Mudanças
ano-1
de turnos,
nid. Arbit.)
intervalos Rede de potência
para almoço 60 Hz
180 Hz Fontes
dia-1 Elevadores
banda (un chaveadas
h d
120 Hz Monitor de PC
hora-1
gura de b
Rádi AM
Rádio
Temperatura min-1
TV analógica
de de larg
Interferências
típicas de
rádio-
rádio
Potência/unidad
frequência
Ruído 1/f
Ruído branco
Frequência (Hz)
Figura 1: Fontes de ruı́dos elétricos ambientais mais comuns.(Burdett, R. 2005. Amplitude Modulated Signals:
The Lock-in Amplifier. Handbook of Measuring System Design.)
|H( )|
|H(Z)| |H( )|
|H(Z)| |H( )|
|H(Z)| | ( )|
|H(Z)|
Zc Z Zc Z Z1 Z2 Z Z1 Z2 Z
Passa-baixa Passa-alta Passa-banda Rejeita-banda
Quando medimos a razão entre correntes a expressão é igual à da equação (2) mudando V por I.
R C
Ve(t)
Ve(t) ~ C V0(t) Ve(t) ~ R V0(t) V0(t)
Figura 3: Circuitos RC usados para investigar a função de transferência H(ω) = V0 (ω)/Ve (ω). Em (a) a tensão
de saı́da é sobre o capacitor C, em (b) sobre o resistor R. A letra (C) ilustra o conceito da função de transferência
de um circuito de duas portas.
V0 1/jωC 1
H(ω) = = = . (3)
Ve R + 1/jωC 1 + jωRC
Cujos módulo e fase são dados por
1
|H(ω)| = p (4)
1 + (ω/ω0 )2
ω
φ = −Arctg . (5)
ω0
Aqui ω0 = 1/RC.
As figuras 4(a), 4(b) e 4(c) mostram p a dependência do módulo da função de transferência |H(ω)|, da constante
de fase φ e da impedância total Z = R2 + 1/(ωC)2 em função da frequência, respectivamente, em unidades de
ω0 (= 1/RC), do circuito da figura 3(a). Observe que usamos escala log-log no gráfico de |H(ω)| × ω e monolog
no gráfico de φ(ω) √× ω. A frequência de corte definida como ω = ω0 = 1/RC é aquela para a qual a tensão de
saı́da é igual a 1/ 2 da tensão de entrada e a constante de fase é igual a π/4 = 45o . Na frequência ω0 a reatância
capacitiva 1/ω0 C é igual à resistência R. A constante de tempo τ = RC, definida na Prática 3, está relacionada
com a frequência de corte: τ = RC = 1/ω0 . Em baixas frequências, a impedância do circuito RC é dominada pelo
reatância capacitiva, significando que a tensão VC ≡ V0 (medida entre os terminais do capacitor) está atrasada
de 90o em relação à corrente. As dependências de VC e φ com a frequência são importantes em aplicações de
0
Frequência de corte
(a) (b) (c)
0
Impedância Z
-10 -30
-45 2R
-20
-60
-20 dB/década
-30 R
-75
-40 -90
0,01Z0 0,1Z0 Z0 10Z0 100Z0 0,1Z0 Z0 10Z0 100Z0 Z0 2Z0 3Z0
Frequência angular, Z Frequência angular, Z Frequência angular, Z
Figura 4: Curvas de resposta de um circuito passa baixa. Em (a) temos a dependência do módulo da função de
transferência em função da frequência de excitação. Em (b) temos o gráfico da constante de fase φ(ω) e em (c)
temos a dependência da impedância total. As frequências estão expressas em unidades da frequência de corte ω0 .
circuitos RC. Em baixas frequências, a tensão de entrada está aplicada principalmente sobre o capacitor e em
altas frequências aplicada principalmente sobre o resistor. As duas tensões se somam para resultar na tensão
aplicada pelo gerador de sinais, isto é, Ve = VC + VR . Observe que em baixas frequências a impedância total é
muito alta devido à reatância capacitiva 1/ωC (o capacitor é um circuito aberto para CC). Em altas frequências,
a reatância capacitiva tende a zero (o capacitor não tem tempo de se carregar) e assim a impedância tende a ser
igual à resistência R.
Figura 5: Circuito RC operando no domı́nio do tempo excitado por uma onda quadrada. No regime de altas
frequências, o sinal de saı́da é a integral do sinal de entrada.
C(dV0 /dt) = (Ve − V0 )/R. Se fizermos RC muito grande, tal que V0 << Ve então
dV0 Ve
C ≈ (6)
dt R
t
1
V0 (t) = Ve (t0 )dt0 . (7)
RC 0
Desta maneira, temos um circuito que realiza a integral temporal do sinal de entrada. A integral da onda quadrada
é uma onda triangular, como mostrado na figura 5.
90
Frequência de corte
(a) (b)
0
Ângulo de fase, I (graus)
-3 75
Atenuação (dB)
-10 60
45
-20
30
-30
+20 dB/década 15
-40 0
0,01Z0 0,1Z0 Z0 10Z0 100Z0 0,1Z0 Z0 10Z0 100Z0
Frequência angular, Z Frequência angular, Z
Figura 6: Curvas de resposta do circuito passa alta. Em (a) temos a dependência do módulo da função de
transferência em função da frequência de excitação. Em (b) temos o gráfico da constante de fase φ(ω).
Neste tipo de arranjo, a reatância do capacitor é muito alta em baixas frequências atuando como um circuito
aberto atenuando as componentes do sinal de entrada Ve com frequências abaixo da frequência de corte ω0 = 1/RC.
Para as componentes de sinais com frequências acima da frequência ω0 , a reatância do capacitor é suficientemente
reduzida de forma que C funciona como um curto-circuito permitindo que todo o sinal de entrada passe diretamente
para a saı́da. A curva de resposta em frequência mostrada na figura 6(a) é o oposto exato de um filtro passa baixa.
Aqui o sinal é atenuado (ou amortecido) em baixas frequências com a saı́da aumentando em +20 dB/década até
que a frequência atinge o valor da frequência de corte ω0 onde novamente XC = R. O ângulo de fase φ do sinal
de saı́da está adiantado em relação ao sinal de entrada e é igual a +45o na frequência de corte. Embora a curva
de resposta em função da frequência mostre que o filtro passa alta permite a passagem de todas as componentes
de frequência acima da frequência de corte, na prática a largura de banda está limitada pelas caracterı́sticas
intrı́nsecas dos componentes utilizados.
Sinal de entrada = Ve
V0
Figura 7: Circuito RC operando no domı́nio do tempo excitado por uma onda quadrada. No regime de baixas
frequências o sinal de saı́da é a derivada do sinal de entrada.
Para mostrar matematicamente que o filtro passa alta se comporta como um diferenciador no regime de baixas
frequências, considere a figura 4(b). A tensão através de C é Ve − V0 , tal que I = Cd(Ve − V0 )/dt = (V0 )/R. Se
fizermos RC muito pequeno, tal que dV0 /dt << dVe /dt, então
dVe V0
C ≈ (11)
dt R
dVe
V0 (t) = RC . (12)
dt
Desta maneira, temos um circuito que realiza a derivada temporal do sinal de entrada. Em baixas frequências, o
circuito da figura 7 realiza a derivada da onda quadrada gerando os pulsos (“spikes”) na saı́da.
jZL 1/jZC
Ve(t) I V0(t)
Ѻ
R
Ve (ωL)
|VL | = p . (20)
R + (ωL − 1/(ωC))2
2
É importante entender o que causa a ressonância, ou o cancelamento das reatâncias indutiva e capacitiva.
Como as tensões no capacitor e no indutor estão sempre defasadas de 180o , e uma reatância está diminuindo e a
outra aumentando, haverá uma frequência onde as duas magnitudes serão iguais. Portanto, a ressonância ocorre
quando ωL = 1/ωC. O diagrama de fasores da figura 9 ilustra detalhadamente este efeito.
Este circuito é interessante por várias razões. Uma delas é que na frequência de ressonância a tensão sobre as
reatâncias podem ser muito grandes, muito maiores do que sobre o resistor R. Em outras palavras, este circuito
apresenta um ganho de tensão. Claro que não apresenta um ganho de potência, pois é um circuito passivo. Na
ressonância as tensões sobre o resistor, sobre o indutor e sobre o capacitor podem ser escritas como
Ve
VR = RI = R = Ve , (21)
R
Ve Ve
VL = jωR LI = jωR L = jωR L = jQ × Ve , (22)
Z R
1 1 Ve 1 Ve
VC = I= = = −jQ × Ve . (23)
jωR C jωR C Z jωR C R
Aqui definimos o fator Q do circuito por Q = ωR L/R. Esta propriedade de multiplicação da tensão é uma
caracterı́stica importante deste tipo de circuito que permite utilizá-lo como um transformador de impedância.
VL VL
VL Ve
VR VR VR
Ve
Ve VC
VC
VC
aZZR bZ ZR cZ!ZR
Figura 9: O diagrama de fasores das tensões elétricas de um circuito RLC série. Em (a) está abaixo da frequência
de ressonância, em (b) está exatamente na frequência de ressonância e em (c) acima da ressonância.
O fator Q pode ser reescrito de diferentes formas como visto na equação a seguir
√ r
ωR L 1 1 LC 1 L 1 Z0
Q= = = = = , (24)
R ωR C R C R CR R
q
L
onde definimos a impedância caracterı́stica do circuito como Z0 = C .
R
|H(ω)| = q (27)
1 2
R2 + (ωL − ωC )
XL − XC
φ = Arctg (28)
R
Em termos do fator Q definido acima, o módulo da função de transferência e sua respectiva fase podem ser
reescritos como
1
|H(ω)| = r 2 (29)
ω ω
1 + Q2 ωR − ω R
ω ωR
φ = Arctg Q − (30)
ωR ω
A figura 10 mostra a magnitude da função de transferência em função da frequência de excitação do circuito
RLC da figura 8. A seletividade do circuito (largura da curva de ressonância) está relacionada com o inverso do
fator Q. No limite quando Q → ∞ o circuito é infinitamente seletivo e apenas a frequência ωR é transferida da
fonte de excitação para o resistor R (carga). Note que o ganho no pico é sempre unitário, independente do valor
de Q, pois na ressonância L e C efetivamente desaparecem e a tensão de entrada se transfere para a carga R.
A defasagem entre a corrente e a tensão é dada pela dependência do ângulo de fase φ com a frequência de
excitação. A figura 11 mostra a dependência φ × ω, normalizada pela frequência de ressonância. Observe que
φ = 0 na frequência de ressonância, φ → −π/2 para ω → 0 (reatância capacitiva) e φ → π/2 para ω → ∞
(reatância indutiva). A transição é tanto mais abrupta quanto maior for o valor do fator de qualidade Q.
1,0
0,8
0,6
Z)|
|H(Z
0,4
0,2
0
0,5 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0
Frequência, Z(ZR)
Figura 10: Magnitude da função de transferência do circuito RLC-série em função da frequência de excitação.
A tensão de saı́da é medida entre os terminais do resistor. O aumento do fator de qualidade Q torna a resposta
mais seletiva, isto é, a ressonância é mais estreita.
S/2
I(rad)
S/2
-S/2
0,2 0,5 1,0 2,0 5,0 10
Frequência ZZR
Frequência,
Figura 11: Fase entre a corrente e a tensão de excitação do circuito RLC-série em função da frequência, norma-
lizada pela frequência de ressonância. A taxa de mudança da fase depende do fator de qualidade Q.
1 1
|H(ω)|2 = 2 = , (31)
2
ω ωR
1+ Q2 ωR − ω
A equação (32) tem 4 soluções, correspondendo a duas frequências positivas e duas negativas. A largura de
banda é caracterizada pela diferença entre estas frequências, que são
s
R R 2 1
ω1 = − + + (33)
2L 2L LC
s
R R 2 1
ω2 = + + . (34)
2L 2L LC
Im ou Vm
Z1 ZR Z2 Z
Largura
de banda
Ve Ve Ve
90o
+90
0o
frequência
Observe que a frequência de ressonância ωR e a largura de banda ∆ω podem ser escritas em termos de ω1 e
ω2 como
√
ω1 ω2 ωR = (35)
R ωR 2 ωR
∆ω = ω2 − ω1 = = = ωR RC → Q = . (36)
L Q ∆ω
O fator de qualidade Q é a razão entre a frequência de ressonância ωR e a largura de banda ∆ω. Se a
largura de banda for estreita, o fator de qualidade do circuito ressonante é alto, e vice-versa.
A figura 13 ilustra a defasagem entre a corrente no resistor e a tensão de excitação para frequências no regime
capacitivo f < fR , no regime indutivo f > fR e no regime puramente resistivo f = fR .
5 Diodos retificadores
Na maioria dos equipamentos eletrônicos, a tensão de alimentação doméstica CA deve ser convertida para
tensão CC com especificações de intensidade e estabilidade adequados. Por exemplo, quando ligamos um com-
putador na tomada de energia elétrica, a fonte de alimentação do PC converte a tensão doméstica de 220 VCA
em pelo menos 5 tipos de tensão CC, que são: ±5V , ±12V e 3, 3V. A maneira mais simples de se conseguir
uma tensão CC a partir de uma tensão CA é utilizando-se circuitos de retificação elétrica baseados em diodos
retificadores. A função principal do circuito retificador é converter corrente alternada em corrente unidirecional.
A seguir serão apresentados conceitos fı́sicos elementares que explicam o funcionamento dos diodos de junção bem
como circuitos elementares de retificação.
5.1 Junção PN
Os diodos são dispositivos passivos não lineares formados pela junção de dois materiais semicondutores (Si
ou Ge) dopados com impurezas. O semicondutor tipo N é obtido a partir do Si (ou Ge) puro que é dopado com
impurezas doadoras de elétrons, tais como: o fósforo (P), o arsênio (As) ou o antimônio (Sb). O semicondutor
tipo P é obtido a partir do Si (ou Ge) puro que é dopado com impurezas aceitadoras de elétrons, tais como:
o alumı́nio (Al) e o boro (B). O elétron “extra” no semicondutor tipo N se propaga facilmente aumentando a
condutividade (termicamente ativada) do material. O elétron faltando deixa um “buraco” no semicondutor tipo
P que pode ser preenchido por um elétron vizinho, também aumentando a condutividade (termicamente ativada).
No caso do semicondutor tipo P os portadores de carga se movem no sentido contrário aos portadores de carga
do semicondutor tipo N. Os buracos podem ser pensados como portadores de cargas positivas.
Quando dois materiais semicondutores, um do tipo P e outro do tipo N, são unidos em nı́vel atômico, obtemos
uma junção PN. A figura 14 ilustra o que ocorre quando tal junção é obtida. Ao juntarmos os materiais P e N
ocorrerá a difusão de elétrons do lado N para o lado P e de buracos no sentido inverso. Devido à recombinação
que ocorre entre os elétrons e os buracos que se difundem através da junção PN, ı́ons positivos se formarão no lado
N da junção e ı́ons negativos se formarão no lado P. A presença destes ı́ons cria uma região com uma distribuição
espacial de cargas que origina uma barreira de potencial impedindo a difusão de elétrons do lado N para o lado P
e de buracos no sentido inverso. A largura da barreira de potencial não é necessariamente simétrica como aquela
mostrada na figura 14. Se a densidade de buracos (no lado P) for menor do a densidade de elétrons (no lado N),
então a largura da região de ı́ons negativos no lado esquerdo da junção será maior do que a largura da região de
ı́ons positivos no lado direito da junção. A presença de cargas não compensadas de cada lado da junção gera um
campo elétrico E que aponta no sentido de evitar a difusão dos portadores de carga. Mesmo nas condições de
equilı́brio descritas na figura 14, pares elétron buracos estão sendo continuamente formados na região da barreira
devido à agitação térmica. No entanto estes pares elétron buraco rapidamente se recombinam.
Região
ortadores
de carga
Região neutra espacial Região neutra
- -
ão de po
buracos ++ elétrons
- - ++
- - ++
- -
oncentrçã
Ti p
Tipo ++
- - ++ Tipo n
- - ++
- - ++
Co
- - ++
campo E
Difusão de buracos Difusão de elétrons
Força sobre buracos Força sobre elétrons
Figura 14: Ilustração de uma junção PN em equilı́brio. O campo elétrico gerado pela distribuição espacial de
cargas cria uma força elétrica sobre os buracos e sobre os elétrons contrária à difusão. Na situação de equilı́brio,
a barreira de potencial formada na interface PN evita o fluxo de portadores de cargas através da junção.
( ) Diferença
(a) Dif d potencial
de t i l na junção
j ã PN que surge
P N em virtude das cargas não compensadas.
V0
(b) Polarização direta. Quando aplicamos uma
P N polarização direta entre os terminais do diodo
de junção a diferença de potencial na junção
diminui diminuindo assim a barreira de
V potencial
potencial.
+ -
V0
(c) Polarização reversa. Quando uma
P N polarização
l i ã reversa é aplicada
li d nos tterminais
i i
do diodo de junção, a região de cargas
espaciais se expande para dentro das
V regiões P e N aumentando assim a barreira
de potencial.
- +
Figura 15: Ilustração das condições de polarização direta e reversa de uma junção PN.
produzindo novos portadores de cargas (pares elétron buraco). Os novos pares elétron buracos geram novos
portadores produzindo uma avalanche de portadores.
V0
Figura 16: Curva caracterı́stica de um diodo (curva sólida) e a caraterı́stica simplificada (linha tracejada). Note
as diferenças de escala entre o primeiro e o terceiro quadrantes. A equação do diodo (Eq. (37)) só explica a curva
do primeiro quadrante. Para um diodo de Si, V0 ' 0, 7V.
Saída
Saída sem
capacitor
capac o
Forma de onda de saída
(c) (d)
Figura 17: Em (a) temos um circuito retificador de meia onda. Durante cada ciclo positivo da tensão CA o
diodo é polarizado diretamente e a corrente flui através da carga RL . Durante cada ciclo negativo da tensão CA
o diodo está polarizado reversamente e a corrente não flui pela carga RL . Em (b) temos um circuito retificador
de onda completa consistindo de dois diodos conectados a uma única carga RL onde cada diodo conduz em ciclos
alternados. Quando o ponto A do transformador é positivo com relação ao ponto C, o diodo D1 conduz (como
indicado pela seta). Quando o ponto B é positivo em relação em relação ao ponto C (na parte negativa do ciclo),
o diodo D2 conduz (como indicado pela seta). Em ambos os ciclos a corrente flui no mesmo sentido pela carga
RL . Em (c) temos a introdução de um capacitor de filtro que suaviza a forma de onda de saı́da, diminuindo
consideravelmente a ondulação. Em (d) tem a situação realı́stica da forma de onda na carga no caso do retificador
de meia-onda, onde mostramos a tensão subtraı́da da barreira de potencial do diodo.
Vp
∆V ' . (40)
f RL C
((a
a))
+
D
((t))
-
RL Ve(t) V0(t)
Vm
Ve(t) = Vmsen(Zt)
(b)
- V0(t) = (Vm-1,2
1 2 )sen(Zt)
)sen( t)
D
()
(t) ((c))
+
RL
Figura 18: Ilustração do circuito ponte de diodos usado como retificador de onda completa. Observe que este tipo
de circuito pode ser utilizado tanto para retificar onda senoidal proveniente do secundário de um transformador
como proveniente da saı́da de um gerador de funções. Em (a) vemos a retificação de ciclos positivos e em (b) a
retificação de ciclos negativos. Em (c) mostramos a forma de onda de saı́da real (ciclos em preto) que deve levar
em consideração a tensão devido à barreira de potencial dos diodos que estão conduzindo. Por isto a amplitude
da senoide de saı́da deve ser Vm − 1, 2.
(a)
Descarga Saída com capacitor
“Ripple” g
Carga
Saída sem
Capacitor capacitor
de filtro RL
T
(b)
t
RLC
VC VP e
VP 'V
T/2
Tdes.
T
Figura 19: Circuito retificador de onda completa com o capacitor de filtro. Neste caso o fator de “ripple” é muito
menor do que no caso do retificador de meia-onda.
6 Bibliografia
[1] Berkeley Physics Laboratory - Electric Circuits, Alan M. Portis a Hugh D. Young. McGraw-Hill Book Company,
2a edição, 1971.
[2] Eletrônica Básica, James J. Brophy. Ed. Guanabara Dois, 3a edição, 1977.
[3] Curso de Fı́sica Básica 3 - Eletromagnetismo, H. Moysés Nussenzveig. Ed. Edgard Blucher Ltda., 1997.
[4] Fundamentos de Fı́sica - Vol. 3, David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker. Ed. LTC, 8a Edição, 2009.
[5] The Art of Electronics, Paul Horowitz e Winfield Hill. Cambridge University Press, 2a edição, 1991.