Você está na página 1de 2

Matalane e a hipocrizia colectiva disfarcada em 15 policias

• A maioria dos dirigentes que condenam, que aparecem em discursos e


laudos condenatórios e de alta intensidade moralista, sao os que mais abriram o zipper
das calças para garantirem promoções de emprego, viagens e presentes de luxo, cargos
no Estado e nos partidos políticos as suas “vitimas(?)”, e o mais curioso disto, é que
sabemos que este comportamento é normalíssimo na nossa sociedade. O que falhou
desta vez, foi o excesso de zelo de Bernardino Rafael, e que podem ter certeza, ele não é
um santo neste assunto. Cavem que encontrarão seus podres.

Tenho que confessar que estou preocupado com o rumo da nossa sociedade! Não me refiro ao
puritanismo de esguelha adoptado em momentos de apontar o dedo, não! Refiro-me ao
adentramento da perspicácia do nosso modus operandi de discutir o superficial e acessório, na
sempre vã tentativa de minimizar, ignorar esconder a raiz dos problemas do nosso aborto
colectivo de socieade normal.

Desde que despoletou o assunto Matalane, tal como em vários outros escândalos de natureza
económica, politica, cultural, etc, a sociedade esmera-se, e sempre em doses elevadas de
fanatismo puritano, condenar, exigir justica, num frenesim de hipocrisia colectiva que faz gemer
o Diabo, olhando para a galeria dos intervenientes, parte dela encharcada de “betumados” a
políticos, empresários, sociedade civil, juristas, governantes, e parte das suas vitimas de ontem,
mulheres grandes (?) cujo status foi produto de orgias em motéis e gabinetes de trabalho!
Falsidade só!

O coro colectivo das condenações hipócritas ocorre para manipular a genética da raiz do
problema, uma forma bastante usada em Moçambique mas pouco usual como expediente de
disfarce, pois desde que este Pais se tornou independente, há mulheres e mulheres que merecem
o lugar onde chegaram, mas a maioria das nossas governantes e outras boisses, dá mesmo para
torcer o nariz. O que é Matalane para os escândalos que escondem os vossos gabinetes?

Todos sabemos que para se ocupar cargos de chefia politica, governamental ou empresarial neste
pais, por parte das mulheres, mesmo que elas sejam inteligentes ou capazes, há um código de
ética da falta de ética que as mais ambiciosas tem de se submeter, uma atitude de concordância
tácita feminina da participação de que chegar longe, depende de aceitar passar por uma sessão de
rebaixamento de autoestima e assim funcionam as coisas em vários círculos de Mocambique.
Matalane não é nada, podem ter certeza!

Quando as Organizacoes femininista vem ao publico, exigem justica aos quatro ventos, fazem
senão o papel comum das nossas ONGs, que são a faceta light dos mercenários modernos,
autênticos receptaculos de dólares e boa vida apenas, fazendo isto e aquilo para impressionar o
doador. Papel real, profundo, de assumpcao do problema na sua natureza, nada. Parte destas
femininistas, podem ter certeza, chegou onde chegou pelos mesmos canais de Matalane.

Muitas das mulheres que hoje abrem a boca para condenar, são produto do método Matalane, e
podem até ser piores que isso tendo em conta que foram elas as obreiras mestras do assedio, da
incúria sexual, pretendendo o cargo no governo, no ministério, no partido, na assembleia, até na
igreja existe isso.

Quem finge que Matalane foi uma excepcao, então não conhece a dimensão da podridão sexual
que esta em cada Ranger Rover, em cada Mansao, em cada fato italiano, em cada discurso
apaixonado, em cada púlpito, ou é agente sereno do caos, atrapalhador dos incaustos, como tem
sido o papel de muitas das organizações que pululam por aqui, inventando novos argumentos de
defesa no caduco léxico de direitos humanos e justica à moda moçambicana.

Não quero com isto defender os policias, nem quero dizer que as vitimas não foram vitimas, nem
o contrario pois não conhecemos a historia para andarmos aqui a darmos certeza de assuntos que
sabemos à metade. O que peço a todos e que comecemos a reflectir com seriedade sobre os nosso
problemas, nada de encontrar coisa por cima e começarmos a julgar e a criarmos cronicas e
testículos que nos ridicularizam na senda da defesa de algo que por vezes também participamos
do problema.

Não há por via disto moralidade alguma na maioria dos nosso dirigentes em virem ao publico.
Eles assumem que vivem assim. Não vira o presidente da Republica dizer seja o que for, e todos
sabemos porquê. Os palermas que aceitam fazer papel, são meros expedientes, descartáveis que
são, não representam seriedade nenhuma, nem algum tipo de enfeite que preste.

Quanto a nós, está na hora de reconhecermos que estamos doentes em várias frentes, infectados
até a medula p

Você também pode gostar