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Estatuto da criança e do adolescente – Revisão Prof.

Danielle Silva
Aula 05

Aula 05
Estatuto da Criança e do
Adolescente – Lei 8.069/1990
Revisão
Prof. Danielle Silva
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Estatuto da criança e do adolescente – Revisão Prof. Danielle Silva
Aula 05

Sumário
AULA 00 – ARTS. 1º A 6º 3

AULA 01 – ARTS. 7 A 69 4

AULA 02 – ARTS. 70 A 140 11

AULA 03 – ARTS. 141 A 224 20

AULA 04 – ARTS. 225 A 258-C 28

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Aula 00 – arts. 1º a 6º
Título I – Das disposições preliminares (arts. 1º a 6º)

Fase da doutrina da situação irregular = foco na “regularização” da situação de menores de idade em


abandono ou delinquência. Código Mello Mattos (1927) e Código de Menores (1979)

Fase da doutrina da proteção integral = foco na proteção integral. Todas as crianças e adolescentes como
sujeitos de direitos, em condição peculiar de pessoa em desenvolvimento físico, psíquico moral etc. Tem início
com o ECA (Lei 8.069/1990)

Art. 227, CF = assegurar direitos com absoluta prioridade e proteger crianças e adolescentes

Criança = 0 a 12 anos incompletos

Adolescente = 12 a 18 anos

Aplicação do ECA

▪ regra: criança e adolescente


▪ exceção: 18 a 21 anos (casos expressos em lei)
Criança e adolescente têm todos os direitos fundamentais

Fase de desenvolvimento: físico, mental, moral, espiritual e social

Efetivação de direitos é dever do SPFC = Sociedade, poder público, Família, Comunidade


A garantia de prioridade compreende:

▪ primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;


▪ precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
▪ preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
▪ destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.

Não poderão sofrer negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão

Violação aos direitos fundamentais por ação ou omissão será punida


Critérios de interpretação do ECA:

▪ fins sociais
▪ exigências do bem comum
▪ os direitos e deveres individuais e coletivos
▪ condição peculiar como pessoas em desenvolvimento

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Aula 01 – arts. 7 a 69
Título II – Dos direitos fundamentais

Do direito à vida e à saúde (arts. 7º a 14)

Direito a proteção à vida e à saúde = como? políticas sociais públicas. Com qual objetivo? Permitir o nascimento
e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência
Assegurado às mulheres = atendimento, inclusive psicológico: pré-natal, perinatal e pós-natal; preferência ao
parto natural (cesárea é exceção); direito a 1 acompanhante; busca ativa às que abandonarem as consultas

Aleitamento materno = quem deve propiciar? Poder público, instituições, empregadores

Obrigações dos hospitais públicos e particulares = manter prontuários individuais: prazo de 18 anos; identificar
mãe e filho; exames para diagnosticar anormalidades; declaração de nascimento constando as intercorrências;
orientações quanto à amamentação, utilizando o corpo técnico já existente.

SUS = acesso integral às linhas de cuidado, fornecimento gratuito de medicamentos, órteses, próteses e outras
tecnologias
Internação de criança ou adolescente = permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável

Comunicar ao comunicar ao Conselho Tutelar = Suspeita ou confirmação de castigo físico, tratamento cruel ou
degradante e de maus-tratos
Encaminhar à Justiça da Infância e da Juventude = Mulheres que manifestem interesse em entregar seus filhos
para adoção

Assistência médica e odontológica = programas promovidos pelo SUS para a prevenção


Vacinação de crianças = obrigatória nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias

Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade (arts. 15 a 18-B)

Artigo Direito Conteúdo

Compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros públicos


e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e
expressão; III - crença e culto religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-
16 Liberdade
se; V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; VI -
participar da vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e
orientação.

17 Respeito Consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e


do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

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18 Dignidade É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a


salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.

Castigo físico:
ação de natureza disciplinar ou a) sofrimento físico
punitiva aplicada com o uso da força b) lesão
física sobre a criança ou o adolescente
.
Tratamento cruel ou degradante: a) humilha
conduta ou forma cruel de b) ameaça gravemente
tratamento em relação à criança ou
ao adolescente c) ridiculariza

Medidas aplicáveis em caso de castigo físico/ tratamento cruel ou degradante (aplicadas pelo Conselho
Tutelar): I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; II - encaminhamento a
tratamento psicológico ou psiquiátrico; III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV - obrigação
de encaminhar a criança a tratamento especializado; V - advertência.
Direito à Convivência Familiar e Comunitária (arts. 19 a 52-D)

Família natural Família extensa ou Família substituta


ampliada

Artigo 25 Artigo 25, parágrafo único Artigo 28

A comunidade formada pelos Aquela que se estende para Formada mediante:


pais ou qualquer deles e seus além da unidade pais e filhos
▪ guarda
descendentes (se for só um ou da unidade do casal,
▪ tutela
dos pais, também é chamada formada por parentes
▪ adoção
de “monoparental”). próximos com os quais a
criança ou adolescente
convive e mantém vínculos
de afinidade e afetividade.

Regra = convivência com a família (mesmo que os pais não tenham condições financeiras ou estejam privados da
liberdade)
Exceção = colocação em família substituta, mediante guarda, tutela ou adoção

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Se os pais não têm condições financeiras = inclusão da família em serviços e programas oficiais de proteção,
apoio e promoção

Se algum genitor tem condenação criminal = só destitui o poder familiar se a condenação é por crime doloso
sujeito à pena de reclusão contra outro titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente

Mulher manifesta interesse em colocar filho para adoção = encaminhá-la à Justiça da Infância e da Juventude

Extinção do poder familiar (§ 4º) Suspensão do poder familiar da mãe (§ 6º)

Não há indicação do genitor e não Não comparecem à audiência nem o genitor


existe outro representante da nem representante da família extensa para
Hipótese
família extensa apto a receber a confirmar a intenção de exercer o poder
guarda. familiar ou a guarda.

A criança será colocada sob a


guarda provisória de quem estiver
A criança será colocada sob a guarda
habilitado a adotá-la ou de
Consequência provisória de quem esteja habilitado a adotá-
entidade que desenvolva programa
la.
de acolhimento familiar ou
institucional.

Prazos:

▪ Reavaliação programa de acolhimento familiar ou institucional = 03 meses


▪ Prazo máximo para a permanência em programa de acolhimento institucional = 18 meses (salvo comprovada
necessidade que atenda ao seu superior interesse)
▪ busca à família extensa = 90 dias
▪ detentores da guarda podem propor a ação de adoção = 15 dias
▪ acompanhamento familiar na hipótese de desistência pelos genitores = 180 dias
▪ cadastrados para adoção quanto não procurados por suas famílias = 30 dias

Apadrinhamento = programa que proporciona à criança ou ao adolescente vínculos externos à instituição para
fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral,
físico, cognitivo, educacional e financeiro.
Prioridade no apadrinhamento = crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou
colocação em família adotiva

Podem apadrinhar = pessoas maiores de 18 anos não inscritas nos cadastros de adoção e pessoas jurídicas

Filhos havidos fora do casamento = não pode haver discriminação (mesmos direitos e qualificações)

Poder familiar = exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe

Deveres dos pais com relação aos filhos menores = sustento, guarda, educação e cumprimento de
determinações judiciais

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Perda/ suspensão do poder familiar = decretada judicialmente, sendo assegurado o contraditório, nos casos
previstos na legislação civil e na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações (sustento,
guarda, educação e cumprimento de determinações judiciais).

Direito ao reconhecimento do estado de filiação = personalíssimo, indisponível e imprescritível.

Colocação em família substituta (guarda, tutela ou adoção) = menor de idade é ouvido e sua opinião é
considerada. Se for maior de 12 anos, precisa do seu consentimento

Irmãos = em regra, são colocados na mesma família. Exceção: risco de abuso ou outra situação que justifique
plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento
definitivo dos vínculos fraternais.

Indígena ou quilombola = de preferência, serão colocados no seio de sua comunidade ou junto a membros da
mesma etnia

Colocação em família substituta estrangeira = medida excepcional, somente admissível na modalidade de


adoção

Guarda:

▪ obriga a prestação de assistência material, moral e educacional


▪ confere a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais
▪ destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
▪ excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações
peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável
▪ confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive
previdenciários.
▪ o deferimento da guarda não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de
prestar alimentos (exceções: expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária
competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção)
▪ poder público estimulará a guarda, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios
▪ acolhimento familiar tem preferência ao acolhimento institucional
▪ pode ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público

Tutela:

▪ será deferida à pessoa de até 18 anos incompletos


▪ pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar
▪ implica necessariamente o dever de guarda
▪ nomeação do tutor por testamento ou qualquer documento autêntico
▪ destituição: decretada judicialmente, em procedimento contraditório

Adoção:

▪ características: excepcional, irrevogável, plena, ato personalíssimo, constituída por sentença judicial,
incaducável (a morte dos adotantes NÃO restabelece o poder familiar dos pais naturais)
▪ atribui a condição de filho, desliga de vínculo com pais e parentes (salvo os impedimentos matrimoniais)

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▪ idade máxima do adotando: 18 anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos
adotantes
▪ idade mínima do adotante: 18 anos
▪ diferença de idade mínima entre adotado e adotante: 16 anos
▪ direito sucessório é recíproco entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes,
descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária
▪ se uma pessoa adota o filho de seu (sua) cônjuge ou companheiro(a), mantêm-se os vínculos de filiação
entre essa pessoa e o adotado
▪ a pessoa pode adotar independentemente do estado civil
▪ para adoção conjunta, adotantes devem ser casados ou ter união estável
▪ divorciados/ separados podem adotar conjuntamente – requisitos: acordo sobre a guarda e o regime de
visitas; início do estágio de convivência na constância do período de convivência; vínculos de afinidade e
afetividade com aquele não detentor da guarda. Se demonstrado efetivo benefício ao adotando, será
assegurada a guarda compartilhada
▪ não podem adotar: ascendentes, irmãos, tutor ou curador enquanto não der conta de sua administração e
saldar o seu alcance
▪ adoção póstuma: após inequívoca manifestação de vontade, adotante falece no curso do procedimento,
antes de prolatada a sentença. A adoção terá efeito retroativo à data do óbito
▪ adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos
▪ depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando. Exceção: pais desconhecidos
ou destituídos do poder familiar.
▪ duração máxima do estágio de convivência: 90 dias (prorrogável por até igual período)
▪ estágio pode ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo
suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo
▪ adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País = estágio de convivência será de 30 a 45
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez, mediante decisão fundamentada da autoridade
judiciária
▪ o estágio de convivência será cumprido no território nacional
▪ a sentença conferirá ao adotado o sobrenome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar
a modificação do prenome
▪ caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando
▪ terão prioridade de tramitação os processos de adoção: adotando com deficiência ou com doença crônica
▪ prazo máximo para conclusão da ação de adoção = 120 dias, prorrogável uma única vez por igual período,
mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária
▪ a partir dos 18 anos, o adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo de adoção. Antes dos 18 anos, o adotado pode pleitear esse direito, hipótese em que
terá orientação e assistência jurídica e psicológica
▪ cadastro de adoção: haverá cadastros regionais, estaduais e nacional; as autoridades estaduais e nacional
trocarão informações e haverá cooperação mútua para melhoria do sistema; haverá cadastros distintos para
pessoas ou casais residentes fora do país, que somente serão consultados na inexistência de postulantes
nacionais habilitados, pois a adoção internacional é a exceção; o cadastro e a convocação serão fiscalizados
pelo Ministério Público; terão prioridade no cadastro: pessoas interessadas em adotar criança ou adolescente
com deficiência, com doença crônica ou com necessidades específicas de saúde, além de grupo de irmãos

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▪ podem adotar sem cadastro prévio: adoção unilateral; parente com o qual a criança ou adolescente mantenha
vínculos de afinidade e afetividade; quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 anos ou
adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e
afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou
238 do ECA (subtrair o menor, entregar ou prometer entregar a terceiro mediante pagamento)
Adoção internacional

▪ adoção internacional = o pretendente possui residência habitual em país-parte da Convenção de Haia (se o
país em que reside o adotante não for ratificante da Convenção de Haia, o adotante deverá requerer a
homologação da sentença estrangeira pelo STJ)
▪ para o deferimento, deve ser comprovado: que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso
concreto; que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família
adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de adotantes habilitados
residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente, após consulta aos cadastros
mencionados nesta Lei; que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante
parecer elaborado por equipe interprofissional
▪ a habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 ano, podendo
ser renovada
▪ somente será permitida a saída do adotando do território nacional após o trânsito em julgado da decisão que
concedeu a adoção internacional

Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer (arts. 53 a 59)

Objetivos da educação = pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho
Direitos assegurados = I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - direito de ser
respeitado por seus educadores; III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores; IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; V - acesso à escola pública
e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem
a mesma etapa ou ciclo de ensino da educação básica.

É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das
propostas educacionais.
Educação infantil = quanto à creche e pré-escola, o direito é assegurado às crianças de 0 a 5 anos de idade

Ensino fundamental = é obrigatório e gratuito. Trata-se de um direito público subjetivo, ou seja, pode ser exigido
do poder público. Caso não seja oferecido ou seja oferecido de forma irregular, enseja responsabilidade da
autoridade competente

Ensino médio = a obrigatoriedade e a gratuidade são progressivas, ou seja, segundo a literalidade do ECA, ainda
não é um direito que possa ser garantido a todos
Nível superior = o acesso aos níveis mais elevados será ofertado conforme a capacidade de cada um

Matrícula obrigatória = Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular
de ensino.

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Dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-
tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares; III - elevados níveis de repetência.

Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços
para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho (arts. 60 a 69)

Segundo o ECA, menor de 14 anos pode trabalhar como aprendiz. Segundo a CF, só pode trabalhar como aprendiz
a partir dos 14 anos. Na prova, responder de acordo com o que o enunciado pede
Princípios da formação técnico-profissional = I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; II
- atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III - horário especial para o exercício das atividades

Direitos = até 14 anos: bolsa de aprendizagem; maior de 14 anos = direitos trabalhistas e previdenciários

Adolescente com deficiência = é assegurado trabalho protegido

Vedações ao trabalho do menor de 18 anos = I – noturno (22h00 às 05h00); II - perigoso, insalubre ou penoso; III
- realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; IV -
realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola
O recebimento de remuneração não desfigura o caráter educativo

Aspectos a serem observados = respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e capacitação


profissional adequada ao mercado de trabalho

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Aula 02 – arts. 70 a 140


Título III – Da prevenção

Disposições gerais (arts. 70 a 73)

É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente

Pode público: ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante
criança e adolescente têm direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento
cruel ou degradante

comunicar maus-tratos ao Conselho Tutelar

Prevenção especial (arts. 74 a 80)

Poder público = regular as diversões e espetáculos públicos, informando sobre a natureza, as faixas etárias a que
não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada
Responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos = afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local
de exibição, informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de
classificação

crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou exibição
quando acompanhadas dos pais ou responsável

revistas e publicações = se contém material impróprio ou inadequado = embalagem lacrada, advertência do


conteúdo; se a capa contém pornografia ou obscenidade = embalagem opaca; não podem conter = ilustrações,
fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições; devem respeitar =
valores éticos e sociais da pessoa e da família

exploração comercial de bilhar, sinuca ou congênere = os responsáveis pelo estabelecimento devem vedar a
entrada e permanência de crianças e adolescentes

Produtos e serviços (arts. 81 a 82)

É proibida a venda = I - armas, munições e explosivos; II - bebidas alcoólicas; III - produtos cujos componentes
possam causar dependência física ou psíquica ainda que por utilização indevida; IV - fogos de estampido e de
artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso
de utilização indevida; V - revistas e publicações a que alude o art. 78; VI - bilhetes lotéricos e equivalentes

hospedagem em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere = é possível se a criança ou adolescente


estiver autorizada ou acompanhada dos pais ou responsável

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Autorização para viajar (arts. 83 a 85)

REGRA Para viajar, crianças e adolescentes precisam de expressa autorização judicial!

Sozinho:

▪ maior de 16 anos ou
▪ comarca contígua, na mesma unidade da Federação, ou incluída na
mesma região metropolitana

Viagem
Acompanhado:
nacional
▪ dos pais ou dos responsáveis
▪ de ascendente ou colateral maior, até o 3º grau, comprovado
EXCEÇÕES documentalmente o parentesco (exemplo: tios)
▪ de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou
responsável

Acompanhado:
Viagem ▪ de ambos os pais ou responsável
internacional ▪ de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de
documento com firma reconhecida

Parte especial: Título I – Da Política de Atendimento

Disposições Gerais (arts. 86 a 89)

Linhas de ação da política de atendimento:


I - políticas sociais básicas;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de proteção social e de prevenção e
redução de violações de direitos, seus agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos,
exploração, abuso, crueldade e opressão;

IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;

V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.


VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a
garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes;

VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades
específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.

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Diretrizes da política de atendimento:

I - municipalização do atendimento;

II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos
deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por meio
de organizações representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais;
III - criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização político-administrativa;

IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da
criança e do adolescente;
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência
Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a
quem se atribua autoria de ato infracional;

VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e


encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do
atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com
vista na sua rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar comprovadamente inviável, sua
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei;

VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade;

VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à
primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil;
IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a
intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral;
X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência.

Apenas
linhas de "proteção"
Art. 87 ação termina com
"ÇÃO"

Todas as palavras
Art. 88 diretrizes terminam com
"ÇÃO"

Função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do
adolescente = considerada de interesse público relevante e não será remunerada
Entidades de Atendimento (arts. 90 a 97)

As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades

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▪ art. 92 = princípios a serem seguidos pelas entidades


▪ art. 94 = obrigações das entidades

As entidades poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia
determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato em até 24 horas ao Juiz da Infância e da
Juventude, sob pena de responsabilidade

Fiscalização das entidades = pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares

Os planos de aplicação e as prestações de contas serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a


origem das dotações orçamentárias

Medidas aplicáveis às entidades por descumprimento das obrigações (art. 97, ECA)

entidades governamentais entidades não-governamentais

a) advertência; a) advertência;
b) afastamento provisório de seus dirigentes; b) suspensão total ou parcial do repasse de
verbas públicas;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
c) interdição de unidades ou suspensão de
d) fechamento de unidade ou interdição de
programa;
programa.
d) cassação do registro.

Título II – Das Medidas de Proteção (arts. 98 a 102)


Medidas de proteção = para crianças e adolescentes (até 18 anos)

Medidas socioeducativas = apenas para adolescentes (12 a 18 anos)


Aplicação das medidas de proteção = I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II - por falta, omissão
ou abuso dos pais ou responsável; III - em razão de sua conduta
As medidas poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo

princípios que regem a aplicação das medidas = condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos;
proteção integral e prioritária; responsabilidade primária e solidária do poder público; interesse superior da criança
e do adolescente; privacidade; intervenção precoce; intervenção mínima; proporcionalidade e atualidade;
responsabilidade parental; prevalência da família; obrigatoriedade da informação; oitiva obrigatória e participação
Título III – Da Prática de Ato Infracional (arts. 103 a 128)

Ato infracional = conduta descrita como crime ou contravenção penal

Menores de 18 anos são penalmente inimputáveis (considerar a idade na data do fato)


Garantias processuais = I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou
meio equivalente; II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e
produzir todas as provas necessárias à sua defesa; III - defesa técnica por advogado; IV - assistência judiciária

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Estatuto da criança e do adolescente – Revisão Prof. Danielle Silva
Aula 05

gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei; V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade
competente; VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento

Medidas protetivas (art. 101) Medidas socioeducativas (art. 112)

Crianças e adolescentes (menores de 18 anos) Apenas adolescentes (12 a 18 anos)

I - encaminhamento aos pais ou responsável, I - advertência;


mediante termo de responsabilidade;
II - obrigação de reparar o dano;
II - orientação, apoio e acompanhamento
III - prestação de serviços à comunidade;
temporários;
IV - liberdade assistida;
III - matrícula e frequência obrigatórias em
estabelecimento oficial de ensino fundamental; V - inserção em regime de semiliberdade;

IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou VI - internação em estabelecimento educacional;


comunitários de proteção, apoio e promoção da
família, da criança e do adolescente;

V - requisição de tratamento médico, psicológico ou


psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de
auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
toxicômanos;

VII - acolhimento institucional;


VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;
IX - colocação em família substituta.

Medida Principais características

Advertência Admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada.

Obrigação de reparar o Restituir a coisa, ressarcir o dano ou compensar o prejuízo da vítima. Havendo
dano manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada.

Realização de tarefas gratuitas de interesse geral. Pode ser aos sábados,


Prestação de serviços à
domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não prejudicar a frequência à
comunidade
escola ou à jornada normal de trabalho. Máximo: 06 meses; 08 horas por semana.

Sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,


auxiliar e orientar o adolescente. Para prorrogação, revogação ou substituição da
Liberdade assistida
medida, devem ser ouvidos: o orientador, o Ministério Público e o defensor.
Mínimo: 06 meses.

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Pode ser determinada desde o início, ou como forma de transição para o meio
Semiliberdade aberto. Pode ter atividades externas, independentemente de autorização judicial.
A escolarização e a profissionalização são obrigatórias. Sempre que possível,
utilizar os recursos existentes na comunidade.
Princípios: brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa
em desenvolvimento. Pode ter atividades externas (salvo expressa determinação
judicial em contrário). Para atos infracionais com grave ameaça ou violência,
Internação reiteração de infrações graves ou descumprimento reiterado e injustificável.
Reavaliação: a cada 06 meses. Período máximo: 03 anos (no caso de
descumprimento de medida anterior, cai para 03 meses). Liberação compulsória:
aos 21 anos de idade.

Remissão Ministerial Judicial

Quem concede? representante do Ministério Público autoridade judiciária

Em que momento? antes do início do processo processo já iniciado

Qual é a consequência? extinção do processo suspensão ou extinção do processo

Título IV – Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável (arts. 129 a 130)

Medidas = I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da


família; II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
toxicômanos; III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; IV - encaminhamento a cursos ou
programas de orientação; V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e
aproveitamento escolar; VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; VII -
advertência; VIII - perda da guarda; IX - destituição da tutela; X - suspensão ou destituição do poder familiar.

Se houver maus-tratos, opressão ou abuso sexual = a autoridade judiciária poderá determinar, como medida
cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum + fixação provisória dos alimentos.

Título V – Do Conselho Tutelar (arts. 131 a 140)

Características = órgão permanente, autônomo, não jurisdicional, integrante da administração pública local

Finalidade = encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente
Composição = No mínimo 01 por município, 05 membros escolhidos pela população local, mandato de 04 anos,
permitida recondução por novos processos de escolha
Requisitos para se candidatar a conselheiro = reconhecida idoneidade moral; idade superior a 21 anos; residir no
município.

Função de conselheiro = recebem remuneração e têm direitos trabalhistas e previdenciários. É serviço público
relevante e estabelece presunção de idoneidade moral

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Atribuições do Conselho Tutelar:

I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no
art. 101, I a VII;

II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;

III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:


a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;

b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.

IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os
direitos da criança ou adolescente;

V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
adolescente autor de ato infracional;

VII - expedir notificações;

VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;


IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II,
da Constituição Federal;

XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após
esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural.

XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.

Medidas protetivas (art. 101)

Conselho Tutelar
Inciso Medida
pode aplicar?

encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de


I SIM
responsabilidade

II orientação, apoio e acompanhamento temporários SIM

matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino


III SIM
fundamental

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inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio


IV SIM
e promoção da família, da criança e do adolescente

requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime


V SIM
hospitalar ou ambulatorial

inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e


VI SIM
tratamento a alcoólatras e toxicômanos

VII acolhimento institucional SIM

VIII inclusão em programa de acolhimento familiar NÃO

IX colocação em família substituta NÃO

Medidas aplicáveis aos pais ou responsável (art. 129)

Conselho Tutelar
Inciso Medida
pode aplicar?

encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de


I SIM
proteção, apoio e promoção da família

inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e


II SIM
tratamento a alcoólatras e toxicômanos

III encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico SIM

IV encaminhamento a cursos ou programas de orientação SIM

obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e


V SIM
aproveitamento escolar

obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento


VI SIM
especializado

VII advertência SIM

VIII perda da guarda NÃO

IX destituição da tutela NÃO

X suspensão ou destituição do poder familiar NÃO

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Controle judicial = as decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a
pedido de quem tenha legítimo interesse

Escolha dos conselheiros = Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é responsável; Ministério
Público fiscaliza; votação a cada 4 anos, no 1º domingo de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial;
posse em 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha

Impedidos de servir no mesmo Conselho = marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora,
irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Estende-se o
impedimento do conselheiro em relação à autoridade judiciária e ao representante do MP

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Aula 03 – arts. 141 a 224


Título VI – Do Acesso à Justiça (arts. 141 a 224)

Disposições Gerais (arts. 141 a 144)

Garantia de acesso = Poder Judiciário, MP, Defensoria Pública

Assistência judiciária gratuita = a quem necessitar, por defensor público ou advogado nomeado.
Custas e emolumentos = isenção, salvo litigância de má-fé

Representação e assistência = menor de 16 anos é representado; maior de 16 e menor de 18 anos é assistido;

Curador especial = sempre que os interesses do menor de idade colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual

Segredo de justiça = vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos; notícias não podem
identificar o menor de idade, nem mesmo com as iniciais do nome; cópia ou certidão de atos, somente se deferida
pela autoridade judiciária competente (demonstrar interesse e justificar finalidade)
Criação de varas da infância e da juventude = cabe aos Estados e ao DF; será observada a proporcionalidade por
número de habitantes

Competência territorial (art. 147)

Hipótese Competência

regra geral domicílio dos pais ou responsável

na falta dos pais ou responsável lugar onde se encontre a criança ou adolescente

lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão,


ato infracional
continência e prevenção (teoria da atividade)

local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a


infração por transmissão simultânea de rádio
sentença eficácia para todas as transmissoras ou
ou TV, atingindo mais de uma comarca
retransmissoras do respectivo estado.

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Competência material (art. 148)

Exclusiva (caput) Concorrente (parágrafo único)

não precisa de fator adicional só é competente se também incidir o art. 98

I - conhecer de representações promovidas pelo a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;


Ministério Público, para apuração de ato
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar,
infracional atribuído a adolescente, aplicando as
perda ou modificação da tutela ou guarda;
medidas cabíveis;
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o
II - conceder a remissão, como forma de
casamento;
suspensão ou extinção do processo;
d) conhecer de pedidos baseados em discordância
III - conhecer de pedidos de adoção e seus
paterna ou materna, em relação ao exercício do poder
incidentes;
familiar;
IV - conhecer de ações civis fundadas em
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil,
interesses individuais, difusos ou coletivos afetos
quando faltarem os pais;
à criança e ao adolescente, observado o disposto
no art. 209; f) designar curador especial em casos de apresentação
de queixa ou representação, ou de outros
V - conhecer de ações decorrentes de
procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja
irregularidades em entidades de atendimento,
interesses de criança ou adolescente;
aplicando as medidas cabíveis;
g) conhecer de ações de alimentos;
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos
de infrações contra norma de proteção à criança h) determinar o cancelamento, a retificação e o
ou adolescente; suprimento dos registros de nascimento e óbito.

VII - conhecer de casos encaminhados pelo


Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.

Portarias e alvarás (art. 149) = para, respectivamente, disciplinar ou autorizar:

▪ a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em: a)


estádio, ginásio e campo desportivo; b) bailes ou promoções dançantes; c) boate ou congêneres; d) casa que
explore comercialmente diversões eletrônicas; e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
▪ a participação de criança e adolescente em: a) espetáculos públicos e seus ensaios; b) certames de beleza.

Procedimentos (arts. 152 a 197-F)

Disposições gerais (arts. 152 a 154)

Legislação processual = aplicação subsidiária

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Prazos = contados em dias corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em
dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público.

Procedimentos em espécie:

Perda e suspensão do poder familiar (arts. 155 a 163)


início = provocação do MP ou de quem tenha legítimo interesse

suspensão do poder familiar antes do julgamento definitivo = liminar ou incidentalmente; motivo grave; ouvido
o MP; menor fica com pessoa idônea, mediante termo de responsabilidade

citação = pessoal (inclusive se privado de liberdade), hora certa, edital (10 dias)

se não contestar o pedido = prazo ao MP para vista em 05 dias (salvo quando este for o requerente); juiz decidirá
em igual prazo. Se contestou, marcar audiência.
prazo máximo para conclusão do procedimento = 120 dias
Destituição de tutela (art. 164)

Segue o procedimento para a remoção de tutor previsto na lei processual civil e, no que couber, segue o mesmo
procedimento da perda e suspensão do poder familiar previsto no ECA

Colocação em família substituta (arts. 165 a 170)

pais falecidos, destituídos ou suspensos do poder familiar ou aderiram expressamente ao pedido de colocação
em família substituta = pedido poderá ser formulado diretamente em cartório, dispensada a assistência de
advogado

Se há concordância dos pais = o juiz, na presença do MP, ouvirá as partes, assistidas por advogado ou por defensor
público, para verificar sua concordância com a adoção, no prazo máximo de 10 dias, e declarará a extinção do
poder familiar (consentimento por escrito NÃO terá validade se não for ratificado na audiência!)

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Consentimento = retratável até a data da realização da audiência (somente terá valor se for dado após o
nascimento da criança)

Arrependimento = prazo de 10 dias a partir da data de prolação da sentença de extinção do poder familiar

Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente (arts. 171 a 190)

Flagrante COM violência ou grave ameaça = auto de apreensão


Flagrante SEM violência ou grave ameaça = boletim de ocorrência

Comparecimento dos pais = adolescente prontamente liberado, mediante termo de apresentação ao MP no


mesmo dia ou, se impossível, no 1º dia útil imediato

Adolescente permanece internado = se por causa gravidade do ato + repercussão social for necessário garantir a
segurança pessoal ou manter a ordem pública
Apresentação ao MP = o representante do MP procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo
possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas
Se o adolescente não se apresentar ao MP = o representante do MP notificará os pais ou responsável para
apresentação do adolescente, podendo requisitar o concurso das polícias civil e militar

Se MP promove arquivamento ou remissão = se juiz concorda, homologa. Se juiz não concorda, remete os autos
ao PGJ (se MP ratificar, o Juiz é obrigado a homologar)

prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento estando o adolescente internado


provisoriamente = 45 dias

onde fica internado = se na comarca não tem entidade exclusiva para adolescentes, transferir para a localidade
mais próxima; se a transferência imediata não for possível, aguarda na repartição policial (seção isolada dos
adultos; instalações apropriadas; prazo máximo: 05 dias)
adolescente notificado não comparece à audiência = juiz designa nova data, determinando sua condução
coercitiva

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casos em que o Juiz não aplicará qualquer medida = I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova
da existência do fato; III - não constituir o fato ato infracional; IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido
para o ato infracional

Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de Criança e de
Adolescente (190-A a 190-E)
Quem requer = MP ou delegado

Quem autoriza = Juiz

Prazo = 90 dias, renovável até 720 dias


Quem tem acesos aos autos = Juiz, MP, delegado

Ocultação de identidade do policial = não comete crime o policial que oculta a sua identidade para esse fim, mas
se deixar de observar a estrita finalidade da investigação responderá pelos excessos praticados. Os órgãos de
registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados as informações necessárias à efetividade da
identidade fictícia criada. Assegura-se a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade das
crianças e dos adolescentes envolvidos.

Apuração de irregularidade em entidade de atendimento (arts. 191 a 193)


início = portaria da autoridade judiciária ou representação do MP ou do Conselho Tutelar

se há motivo grave = ouvido o MP, juiz pode decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da
entidade, mediante decisão fundamentada
designação de audiência = se necessário, apresentada ou não a resposta

afastamento provisório ou definitivo de dirigente = juiz oficiará à autoridade administrativa imediatamente


superior ao afastado, marcando prazo para a substituição
extinção sem julgamento do mérito = juiz pode fixar prazo para a remoção das irregularidades verificadas (se
satisfeitas as exigências, extinguir processo)
multa e advertência = podem ser impostas ao dirigente

Apuração de infração administrativa às normas de proteção à criança e ao adolescente (arts. 194 a 197)
início = representação do MP ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor efetivo ou
voluntário credenciado, e assinado por 02 testemunhas, se possível

formas de intimação = I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença do requerido; II -
por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, que entregará cópia do auto ou da representação ao
requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão; III - por via postal, com aviso de recebimento, se não
for encontrado o requerido ou seu representante legal; IV - por edital, com prazo de 30 dias, se incerto ou não
sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante legal.

não apresentou defesa no prazo legal = vista dos autos do MP (05 dias), decidindo em igual prazo
apresentou defesa = sendo necessário, juiz designará audiência de instrução e julgamento

Habilitação de pretendentes à adoção (arts. 197-A a 197-F)

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Vista ao MP = prazo de 48 horas. MP terá o prazo de 05 dias para as providências que entender cabíveis, tais como:
apresentar quesitos e requerer a designação de audiência, a juntada de documentos ou a realização de outras
diligências.

Avaliação dos postulantes = mediante estudo elaborado por equipe interprofissional para verificação da
capacidade e preparo para o exercício de uma paternidade ou maternidade responsável
Após conclusão do programa de preparação = juiz, no prazo de 48 horas, decidirá acerca das diligências
requeridas pelo MP e determinará a juntada do estudo psicossocial, designando, conforme o caso, audiência de
instrução e julgamento. Se não houver diligências, vista ao MP por 05 dias e decisão em igual prazo
renovação da habilitação = no mínimo trienalmente, mediante avaliação por equipe interprofissional.

candidatura a uma nova adoção = não precisa renovar a habilitação, bastando a avaliação por equipe
interprofissional.

habilitado, por 03 vezes, se recusa injustificadamente à adoção dos indicados = reavaliação da habilitação
concedida.

desiste ou “devolve” a criança ou adolescente = exclusão dos cadastros e vedação de renovação da habilitação.
Tem exceção? Sim! Se houver decisão judicial fundamentada.
prazo máximo para conclusão da habilitação à adoção = 120 dias, prorrogável por igual período, mediante
decisão fundamentada da autoridade judiciária

Recursos (arts. 198 a 199-E)


▪ Adota-se o sistema do CPC, com adaptações
▪ interposição independe de preparo
▪ prazo MP e defesa = 10 dias (exceto ED)
▪ recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor
▪ Juízo de retratação = despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de 05 dias
▪ Remessa à instância superior = 24 horas
▪ Contra portarias e alvarás (art. 149) cabe apelação
▪ Recursos sobre adoção e destituição de poder familiar = distribuição imediata, colocados em mesa para
julgamento sem revisão e com parecer urgente do MP
▪ prazo máximo para o processo ser colocado em mesa para julgamento = 60 dias a partir da conclusão
▪ O MP pode requerer a instauração de procedimento para apuração de responsabilidade ante o
descumprimento de providências ou prazos
▪ Fazenda Pública e MP NÃO tem prazo em dobro. Segundo jurisprudência do STJ, Defensoria Pública tem
prazo em dobro
▪ Sentença que destitui poder familiar é sujeita a apelação e tem efeito devolutivo
▪ Sentença que defere adoção é sujeita a apelação e tem efeito devolutivo. Porém, há exceções: adoção
internacional ou perigo de dano

Ministério Público (arts. 200 a 205)


▪ Competências do MP = previstas no art. 201, tais como promover e acompanhar os procedimentos relativos
às infrações atribuídas a crianças e adolescentes e promover e acompanhar as ações de alimentos e os
procedimentos de suspensão e destituição do poder familiar

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▪ A atuação do MP é obrigatória quando não for parte (custos legis)


▪ Falta de intervenção do MP = nulidade do ato (de ofício ou a requerimento)
▪ A intimação do MP é sempre pessoal
▪ manifestações processuais do MP deverão ser fundamentadas

Advogado (arts. 206 a 207)


▪ intimação do advogado = pessoal ou por publicação oficial
▪ adolescente não constituiu advogado = juiz nomeará um defensor
▪ adolescente ausente ou foragido = NÃO poderá ser processado SEM defensor
▪ ausência do defensor = NÃO acarreta o adiamento de atos (juiz nomeará substituto provisório ou somente
para o ato)
▪ outorga de mandato é dispensada = nestas hipóteses: 1) quando se tratar de defensor nomeado; 2) quando
seja advogado constituído, mas que tenha sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da
autoridade judiciária.

Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos (arts. 208 a 224)

Ações por ofensa a direitos referentes ao não oferecimento ou oferta irregular nas áreas de educação, saúde,
assistência social e programas de atendimento. Ex: ação civil pública para fornecimento de vagas em creche

Rol do art. 208 é exemplificativo, pois não excluem da proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos pela CF e pelas leis
Investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes = realizada imediatamente após notificação aos
órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação do
desaparecido.

Competência = regra: foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão; exceções: competência da
Justiça Federal ou competência originária dos tribunais superiores.

Legitimados = MP; União, estados, municípios, DF e territórios; associações


Características das associações que podem ser legitimadas = legalmente constituídas há pelo menos 1 ano e que
incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos pelo ECA, dispensada a
autorização da assembleia, se houver prévia autorização estatutária

Litisconsórcio facultativo = entre os Ministérios Públicos da União e dos estados na defesa dos interesses e
direitos de que cuida o ECA

Desistência ou abandono da ação por associação legitimada = o MP ou outro legitimado “PODERÁ” assumir a
titularidade ativa

TAC = os órgãos públicos legitimados (associações não!) poderão tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de conduta às exigências legais (eficácia de título executivo extrajudicial)

tutela específica da obrigação = juiz pode conceder na obrigação de fazer ou não fazer

multa diária ao réu = juiz pode impor independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com
a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento

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exigibilidade da multa = exigível após o trânsito em julgado, mas será devida desde o dia em que se houver
configurado o descumprimento

destinatário da multa = os valores das multas reverterão ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da Criança e
do Adolescente do respectivo município (“MU” de Multa, “MU” de Município). Enquanto o fundo não for
regulamentado, o dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção
monetária

MP DEVE / demais legitimados PODEM promover a execução = após 30 dias, se as multas não foram recolhidas;
após 60 dias, se a associação autora não promoveu a execução
A associação autora poderá ser condenada a pagar:

▪ honorários advocatícios (se a manifestação for manifestamente infundada)


▪ 10 x o valor das custas (em caso de litigância de má-fé; condenação solidária: associação autora e os diretores
responsáveis)

adiantamento = não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas

Qualquer pessoa PODERÁ e o servidor público DEVERÁ provocar a iniciativa do MP, prestando-lhe informações
sobre fatos que constituam objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de convicção

Se, no exercício de suas funções, os juízos e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a
propositura de ação civil, remeterão peças ao MP para as providências cabíveis
O MP poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo público
ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar (mínimo 10 dias úteis)

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Aula 04 – arts. 225 a 258-C


Título VII – Dos Crimes e Das Infrações Administrativas (arts. 225 a 258-C)

Palavras-chave dos CRIMES Palavras-chave das INFRAÇÕES


ADMINISTRATIVAS (art. 245 a 258-C)
(art. 228 a 244-B)

obrigações dos hospitais, declaração de nascimento, não comunicar maus-tratos, divulgar dados
identificação do neonato e da parturiente, privar da menor infrator, descumprir deveres poder
liberdade, não comunicar apreensão, submeter a familiar, hospedar, transportar, diversão,
vexame ou a constrangimento, não ordenar a imediata espetáculo, peças teatrais, aviso de classificação,
liberação de apreensão ilegal, descumprimento de revistas e publicações, cadastro de adoção,
prazos, impedir ou embaraçar ações, “subtrair”, encaminhamento por interesse em entregar para
entregar, enviar ao exterior com o fito de lucro, sexo, adoção.
pornografia, ato libidinoso, arma, munição ou explosivo,
bebida alcoólica, produtos que causam dependência,
fogos, corrupção de menores.

▪ As infrações são sempre punidas com multa (não tem detenção, tampouco reclusão)
▪ A pena de detenção para crime doloso é sempre de 06 meses a 02 anos; para crime culposo, é 02 a 06 meses
(apenas arts. 228 e 229)
▪ Todos os crimes que envolvem sexo, pornografia e ato libidinoso são puníveis com reclusão + multa
▪ Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada
▪ O crime previsto no art. 240 é o único que aumenta a pena por relação de parentesco (Produzir, reproduzir,
dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo
criança ou adolescente)
▪ Os crimes previstos nos artigos 228 e 229 são os únicos que admitem modalidade culposa (deixar de cumprir
obrigações dos hospitais, de fornecer declaração de nascimento e de identificar corretamente o neonato e a
parturiente)
▪ Se a pena máxima é inferior a 02 anos, a competência para julgamento é do Juizado Especial Criminal
(JECRIM)
▪ As condutas que dizem respeito a diversão, espetáculo, peças teatrais e similares são INFRAÇÕES, e não
crimes
▪ Na reincidência de infrações, a multa é aplicada em dobro, exceto quando houver previsão de que a
reincidência pode acarretar fechamento do estabelecimento
▪ No crime de venda, fornecimento ou entrega de arma (art. 242), entende-se que se trata de “arma branca”,
pois arma de fogo tem previsão específica no art. 16 do Estatuto do Desarmamento
▪ A venda, fornecimento e entrega de fogos de estampido ou de artifício com “reduzido potencial” e
incapacidade de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida NÃO configura crime
▪ A expressão “em horário diverso do autorizado” foi declarada inconstitucional na ADI 2.404; então, não há
“autorização”, mas sim “orientação” para a transmissão de programas considerados inadequados em
determinados horários.

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Fernando Oliveira de Sousa - 03252080184

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