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FQ Sup Cinetica Quimica Empirica
FQ Sup Cinetica Quimica Empirica
Nov-2009
CINÉTICA QUÍMICA EMPÍRICA 2
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 3
CONCEITOS IMPORTANTES .............................................................................................................. 3
Molecularidade ............................................................................................................................ 3
Classificação das Reações ............................................................................................................ 3
Ordem .......................................................................................................................................... 3
t1
Período de Meia-Vida , 2 ........................................................................................................... 3
OBJETIVOS DA CINÉTICA QUÍMICA .................................................................................................. 3
REAÇÕES DE ORDEM ZERO .................................................................................................................. 5
Modelo Único ................................................................................................................................... 5
Lei de Velocidade Integrada......................................................................................................... 5
Período de Meia-vida ................................................................................................................... 5
Análise dimensional da constante de velocidade k .................................................................... 5
REAÇÕES DE PRIMEIRA ORDEM ........................................................................................................... 6
Modelo 1/2 ...................................................................................................................................... 6
Lei de Velocidade Integrada......................................................................................................... 6
Período de Meia-vida ................................................................................................................... 6
Análise dimensional da constante de velocidade k .................................................................... 6
Modelo 2/2 ...................................................................................................................................... 6
Lei de Velocidade Integrada......................................................................................................... 7
EXEMPLO 1 ................................................................................................................................... 7
REAÇÕES DE SEGUNDA ORDEM........................................................................................................... 9
Modelo 1/3 ...................................................................................................................................... 9
Lei de Velocidade ......................................................................................................................... 9
Período de Meia-vida ................................................................................................................... 9
Análise dimensional da constante de velocidade k .................................................................... 9
Modelo 2/3 ...................................................................................................................................... 9
Lei de Velocidade Integrada....................................................................................................... 10
Modelo 3/3 .................................................................................................................................... 10
Lei de Velocidade Integrada....................................................................................................... 10
EXEMPLO 2 ................................................................................................................................. 13
EXEMPLO 3 ................................................................................................................................. 14
EXEMPLO 4 ................................................................................................................................. 15
REAÇÕES DE TERCEIRA ORDEM ......................................................................................................... 16
Modelo 1/2 .................................................................................................................................... 16
Lei de Velocidade Integrada....................................................................................................... 16
Período de Meia-vida ................................................................................................................. 17
Análise dimensional da constante de velocidade k .................................................................. 17
Modelo 2/2 .................................................................................................................................... 17
Lei de Velocidade Integrada....................................................................................................... 17
RESUMO ............................................................................................................................................. 20
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ................................................................................................................... 21
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 34
INTRODUÇÃO
A cinética química estuda a velocidade das reações químicas e os fatores que interferem nessa velocidade, além de
propor equações cinéticas que possibilitam o entendimento matemático das transformações dos reagentes e dos
produtos.
CONCEITOS IMPORTANTES
Molecularidade
• Molecularidade de uma reação química se define como o número de moléculas do reagente
que participam em uma reação elementar.
• A maioria das reações químicas têm uma molecularidade igual a 1 ou 2.
• Algumas vezes 3 moléculas colidem simultaneamente para que o fenômeno ocorra. Nesse
caso a molecularidade é igual a 3.
• Muito raramente, basicamente em dissoluções, a molecularidade é igual a 4.
Ordem
• A ordem de uma reação é o expoente das concentrações dos reagentes utilizados na lei
cinética.
• A soma das ordens dos reagentes fornece a ordem da reação. Por exemplo, para uma lei
cinética escrita na forma v = k[ A][ B]2 , a ordem da reação em relação ao reagente A é 1, em
relação a B é 2 e a ordem total da reação é 3.
t1
Período de Meia-Vida , 2
A cinética química tem por objetivo predizer a velocidade de qualquer reação frente a um conjunto de dados
de condições experimentais, propondo um mecanismo que esteja de acordo com a reação, seja no caráter
qualitativo, seja no caráter quantitativo. Tal mecanismo proposto para uma reação química deve obedecer
aos seguintes critérios:
• Ser consistente com os dados experimentais.
• Ser viável energeticamente.
• A reação inversa deve ocorrer pelo mesmo mecanismo.
• Ser consistente com reações análogas.
REAÇÕES IRREVERSÍVEIS
[ A] − [ A]0 = − kt ⇒ [ A]0 − [ A] = kt
Período de Meia-vida
[ A]0
Para : t = t 1 , [ A] =
2 2
[ A]0 [ A]0
[ A] = [ A]0 − kt ⇒ = [ A]0 − kt 1 ⇒ t 1 = − [ A]0 = − kt 1 ⇒
2 2 2 2 2
[ A]0
t1 =
2 2k
{ }
t1
2
=
{[ A]0 } ⇒ k = {[ A]0 } = mol.L−1 ⇒
2 {k }
{}
{ }
2 t1 tempo
2
{k } = mol.L−1.tempo −1
Modelo 1/2
Nesse modelo, a velocidade da reação depende da concentração de A e essa concentração
pode ser medida experimentalmente.
A → Produtos São exemplos de reações de primeira ordem:
d [ A] • decaimentos radioativos.
v=− = k[ A]1 • Pirólise do oxalato de cálcio e do etano.
dt
• Decomposição térmica do peróxido de hidrogênio e do princípio ativo de diversos
medicamentos.
[ A]
Fazendo-se um gráfico de ln 0 × t , a inclinação da curva será exatamente o valor da
[ A]
constante de velocidade de primeira ordem.
Período de Meia-vida
[ A]0
Para : t = t 1 , [ A] =
2 2
[ A]0 − kt 1 − kt 1 [ A]0 − kt 1
[ A] = [ A]0 e − kt ⇒ = [ A]0 e 2 ⇒ e 2 = ⇒ e 2 = 0,5 ⇒
2 2[ A]0
− kt 1 0, 693
ln e 2
= ln 0,5 ⇒ − kt 1 = −0, 693 ⇒ t 1 =
2 2 k
{t } = 0,693
1
2{k }
⇒ {k } =
0,693
{t }
=
1
temp o
⇒ {k } = tempo
1
−1
Modelo 2/2
A →B
[ A ]0 0 Nesse modelo, certa quantidade de A é colocada para reagir, mas apenas B
−x +x
[ A ]0 − x x
pode ser medido experimentalmente. Como a proporção da reação é 1:1, para
toda quantidade de A que reage ( x ), forma-se B , de modo que o valor de
d [ B ] dx
v= = = k ([ A]0 − x ) [ B ] = x = [ A]0 − x .
dt dt
(
x = [ A]0 1 − e − kt )
Essa mesma equação pode ser reescrita em função das concentrações de A , inicial e no tempo t :
[ A]0 [ A]0
ln = kt ⇒ ln = kt
[ A]0 − x [ A]
obtendo-se a mesma equação do modelo 1/2.
[ A]
Fazendo-se um gráfico de ln 0 × t , a inclinação da curva será exatamente o valor da
[ A]
constante de velocidade de primeira ordem.
EXEMPLO 1
A cinética da decomposição da glicose em solução aquosa foi estudada e os seguintes valores
experimentais foram obtidos:
[glicose]/mol.dm-3 56,0.10-3 55,3.10-3 54,2.10-3 52,5.10-3 49,0.10-3
t/min 0 45 120 240 480
Sabendo-se que esse fenômeno é de ordem 1, encontre a constante de velocidade e t 1 .
2
[ glic]0
Sendo de primeira ordem, o valor de k será obtido fazendo o gráfico de ln × t , pois, se
[ glic]
[ glic]0
ln = kt e, assim, encontrando-se o coeficiente angular da reta de ajuste dos pontos,
[ glic]
automaticamente, obtém-se o valor de k .
0,14
0,12
0,10
ln([glic]0/[glic])
0,08
0,06
0,04
0,02
-4 -4
0,00 ln([glic]0/[glic]) = 2,77461.10 t - 4,46771.10
2
R = 0,99984
-0,02
0 100 200 300 400 500
t/min
Modelo 1/3
2 A → Produtos Nesse modelo, a velocidade da reação depende do quadrado da concentração de A e essa
concentração pode ser medida experimentalmente. Bons exemplos desse modelo são: (1) a
d [ A]
v=− = k[ A]2 decomposição do HI em fase gasosa e (2) a dimerização do ciclopentadieno em fase gasosa
dt ou líquida.
Lei de Velocidade
d [ A]
v=− = k[ A]2
dt
[ A]
[ A]−2 +1
[ A] t
d [ A] d [ A] 1 1
[ A] 2
= − kdt ⇒ ∫
[ A ]0
[ A] 2
= − k ∫
0
dt ⇒
−2 + 1 [ A ]
= −kt ⇒ −
[ A]0 [ A]
= − kt
0
1 1
− = kt
[ A] [ A]0
1 1
Fazendo-se um gráfico de − × t , a inclinação da curva será exatamente o valor da
[ A] [ A]0
constante de velocidade de segunda ordem.
Período de Meia-vida
[ A]0
Para : t = t 1 , [ A] =
2 2
1 1 2 1 1 1
= + kt ⇒ = + kt 1 ⇒ = kt 1 ⇒ t 1 =
[ A] [ A]0 [ A]0 [ A]0 2 [ A]0 2 2 k[ A]0
{k } = L.mol −1.tempo −1
Modelo 2/3
A + B → Produto
[ A ]0 [ B ]0 0
−x −x +x Nesse modelo, a velocidade da reação depende da concentração de A
[ A ]0 − x [ B ]0 − x x
e da concentração de B . As concentrações iniciais de ambas são iguais,
[ A]0 = [ B ]0 mas não se pode determinar, nem a concentração de A nem a de B ,
mas pode-se medir experimentalmente a concentração do produto.
d [ A] d [ B ] dx
v=− =− = = k[ A][ B ] Proporção = 1:1:1.
dt dt dt
d [ A] d [ B ] dx
v=− =− = = k[ A][B ] = k[ A]2 = k ([ A]0 − x )
2
dt dt dt =[ A ]
x t x
dx dx dx
= k ([ A]0 − x ) ⇒ ∫ = k ∫ dt ⇒ ∫
2
= kt
0 ([ A]0 − x ) 0 ([ A]0 − x )
2 2
dt 0
1 1
− = kt
[ A] [ A]0
1 1
Fazendo-se um gráfico de − × t , a inclinação da curva será exatamente o valor da
[ A] [ A]0
constante de velocidade de segunda ordem.
Modelo 3/3
A + B → Produto
[ A ]0 [ B ]0 0
−x −x +x Nesse modelo, a velocidade da reação depende da concentração de A
[ A ]0 − x [ B ]0 − x x
e da concentração de B . As concentrações iniciais de ambas são
[ A]0 ≠ [ B ]0 diferentes, mas não se pode determinar, nem a concentração de A
nem a de B , mas pode-se medir experimentalmente a concentração do
d [ A] d [ B] dx
v=− =− = = k[ A][ B] produto. Proporção = 1:1:1.
dt dt dt
Disso resulta:
1 1
1 [ B]0 − [ A]0 [ B]0 − [ A]0 1 1 1
≡ − = −
([ A]0 − x )([ B]0 − x ) ([ A]0 − x ) ([ B]0 − x ) [ B]0 − [ A]0 ([ A]0 − x ) ([ B]0 − x )
Agora, por substituição:
x
dx
x
1 1 1
∫0 ([ A]0 − x )([ B]0 − x ) = kt ⇒ ∫0 [ B]0 − [ A]0 ([ A]0 − x ) − ([ B]0 − x ) dx = kt ⇒
1
x
1 1
[ B]0 − [ A]0 ∫0 ([ A]0 − x ) ([ B]0 − x ) dx = kt
−
A resolução dessa nova integral deve ser feita mudando-se a variável de integração, como já feito
anteriormente:
֏ [ B ]0 − x = β
֏ d β = − dx
β =[ B ]0 − x
−d β [ B] − x [ B ]0
∫
β 0 =[ B ]0 − 0 =[ B ]0
β
= − ln 0
[ B ]0
= ln
[ B ]0 − x
1 1
x
1 1 [ A]0 [ B]0
[ B]0 − [ A]0 ∫0 ([ A]0 − x ) ([ B]0 − x )
− dx = kt ⇒ ln
[ B]0 − [ A]0 [ A]0 − x
− ln = kt ⇒
[ B]0 − x
1 [ A]0 [ B]0 − x
ln + ln = kt ⇒
[ B]0 − [ A]0 [ A]0 − x [ B]0
1
ln[ A]0 − ln ([ A]0 − x ) + ln ([ B]0 − x ) − ln[ B]0 = kt ⇒
[ B]0 − [ A]0
1
ln[ A]0 − ln[ B]0 + ln ([ B]0 − x ) − ln ([ A]0 − x ) = kt ⇒
[ B]0 − [ A]0
1 [ A]0 [ B]0 − x
ln + ln = kt
[ B]0 − [ A]0 [ B ]0 [ A]0 − x
1 [ A]0 [ B]0 − x
ln + ln = kt ⇒
[ B]0 − [ A]0 [ A]0 − x [ B]0
1 [ A]0 [ B] 1 [ A]0 [ B]
ln + ln = kt ⇒ ln = kt ⇒
[ B]0 − [ A]0 [ A] [ B ]0 [ B ]0 − [ A]0 [ A][ B ]0
[ A]0 [ B]
ln = k ([ B]0 − [ A]0 ) t
[ A][ B]0
[ A]0 [ B]
Fazendo-se um gráfico de ln × t , a inclinação da curva será igual a k ([ B]0 − [ A]0 ) .
[ A][ B]0
Como as concentrações iniciais dos reagentes são iguais, k pode ser obtido fazendo-se o gráfico de
1 1
− ×t . Nesse caso, deve-se, inicialmente, calcular o valor da
[ A] [ A]0
[ A] = [ A]0 − x = (0,05 − x) mol.dm −3 , em cada intervalo de tempo:
[ A] = [ A]0 − x / 4,4090.10- 3,8580.10- 3,3700.10- 2,7930.10- 2,2830.10- 1,8530.10- 1,3560.10-
2 2 2 2 2 2 2
mol.dm-3
1
22,6809 25,9202 29,6736 35,8038 43,8020 53,9665 73,7463
[ A]
1 1 1
− = − 20 /
[ A] [ A]0 [ A] 2,6809 5,9202 9,6736 15,8038 23,8020 33,9665 53,7463
dm3.mol-1
t /min 4 9 15 24 37 53 83
60
50
40
(1/[A] - 1/[A]0)
30
20
10
y = 0,64453 t + 0,08208
0 2
R = 0,99995
0 20 40 60 80
t/min
[ A ]0
[
B ]0
Os valores da tabela já são os valores de [ A] = [ Na2 S 2O3 ]0 − x e de [ B ] = [CH 3 I ]0 − x no tempo t .
[ A]0 [ B]
Basta, agora, criar uma tabela contendo ln e t:
[ A][ B]0
0,0
-0,5
ln([A]0[B]/[A][B]0)
-1,0
-1,5
As concentrações iniciais dos reagentes são iguais, mas como um mesmo volume de ambas foram
misturados, a concentração inicial dos reagentes no início do processo será dividida por 2 (pois o
volume total dobrou) e, nesse caso, se a reação se ajustar a uma equação de primeira ordem, a curva
[ A]
ln 0 × t deve dar uma reta, sendo o coeficiente angular o valor de k . Caso a reação se ajuste a
[ A]
1 1
uma equação de segunda ordem, o gráfico − × t também deve dar uma reta e o coeficiente
[ A] [ A]0
angular será o valor de k . Portanto, antes dos cálculos para construção das curvas, deve-se
encontrar os valores de [A]:
0,8 12
0,7
10
0,6
(1/[A]-1/[A]0)
8
ln([A]0/[A])
0,5
0,4 6
0,3
4
0,2
Observe que os dados experimentais se ajustam melhor a uma reação de segunda ordem do que a
uma de primeira ordem. Os pontos estão menos dispersos no gráfico para segunda ordem
(R2 = 0,99923) e, portanto, a constante de velocidade será dada por:
Modelo 1/2
A + B + C → Produto
[ A ]0 [ B ]0 [ C ]0 0
−x −x −x +x
[ A ]0 − x [ B ]0 − x [ C ]0 − x x
[ A]0 = [ B ]0 = [C ]0
d [ A] d [ B] d [C ] dx
v=− =− =− = = k[ A][ B ][C ] = k[ A]3 = k ([ A]0 − x )
3
dt dt dt dt
Nesse modelo, a velocidade da reação depende da concentração de A , da concentração de B e da concentração de
C . As concentrações iniciais de todos os reagentes são iguais e nenhuma das concentrações dos reagentes pode ser
medida ao longo do experimento, mas a concentração do produto pode. Proporção: 1:1:1:1.
d [ A] d [ B] d [C ] dx
v=− =− =− = = k ([ A]0 − x )
3
dt dt dt dt
dx dx
= k ([ A]0 − x ) ⇒
3
= kdt ⇒
([ A]0 − x )
3
dt
x t x
dx dx
∫ ([ A]
0 − x)
3
= k ∫ dt ⇒
0
∫ ([ A]
0 − x)
3
= kt
0 0
A resolução dessa integral deve ser feita mudando-se a variável de integração, como já feito
anteriormente.
֏ [ A]0 − x = α ⇒ x = [ A]0 − α
֏ dα = − dx
α =[ A ]0 − x α =[ A ]0 − x α =[ A ] − x
α −3 +1
1 1
0
∫ − α 3 dα = − −3 + 1
α 0 =[ A ]0 − 0 =[ A]0
⇒ 2
2α α0 =[ A]0 − 0 =[ A]0
⇒
α 0 =[ A ]0 − 0 =[ A ]0
1 1 1
−
2 ([ A]0 − x ) 2 ([ A]0 )2
Por substituição:
1 1
x
dx 1 1 1
∫ ([ A]
0 − x)
3
= kt ⇒ − = kt ⇒
2 ([ A]0 − x ) ([ A]0 )
2 2
−
[ A] [ A]02
2
= 2kt
0
1 1
Fazendo-se um gráfico de − 2
× t , a inclinação da curva será igual a 2k .
[ A] [ A]0
{k } = L2 .mol −2 .tempo −1
Modelo 2/2
A + B + C → Produto
[ A ]0 [ B ]0 [ C ]0 0
−x −x −x +x
[ A ]0 − x [ B ]0 − x [ C ]0 − x x
[ A]0 = [ B]0 ≠ [C ]0
d [ A] d [ B] d [C ] dx
v=−
=− =− = = k[ A][ B][C ] = k[ A]2 [C ] = k ([ A]0 − x ) ([C ]0 − x )
2
dt dt dt dt
Nesse modelo, a velocidade da reação depende da concentração de A , da concentração de B e da concentração de
C . As concentrações iniciais de A e B são iguais, mas diferentes da concentração inicial de C . Por isso,
A + B + C pode ser substituído por 2 A + C . Nenhuma das concentrações dos reagentes pode ser medida ao
longo do experimento, mas a concentração do produto pode. Proporção: 1:1:1:1.
d [ A] d [ B] d [C ] dx
v=− =− =− = = k[ A][ B][C ] = k[ A]2 [C ] = k ([ A]0 − x ) ([C ]0 − x )
2
dt dt dt dt
dx dx
= k ([ A]0 − x ) ([C ]0 − x ) ⇒ = kdt ⇒
2
([ A]0 − x ) ([C ]0 − x )
2
dt
x t x
dx dx
∫ ([ A]
0 − x ) ([C ]0 − x )
2
= k ∫ dt ⇒
0
∫ ([ A]
0 − x ) ([C ]0 − x )
2
= kt
0 0
( px + q )([C ]0 − x ) + r ([ A]0 − x )
2
1 px + q r
≡ + =
([ A]0 − x ) ([C ]0 − x ) ([ A]0 − x ) ([C ]0 − x ) ([ A]0 − x ) ([C ]0 − x )
2 2 2
1 = ( px + q )([C ]0 − x ) + r ([ A]0 − x )
2
(
1 = px[C ]0 − px 2 + q[C ]0 − qx + r [ A]o2 − 2 x[ A]0 + x 2 )
1 = px[C ]0 − px 2 + q[C ]0 − qx + r[ A]o2 − 2rx[ A]0 + rx 2
1 = rx 2 − px 2 + px[C ]0 − qx − 2rx[ A]0 + q[C ]0 + r[ A]o2
1 = ( r − p ) x 2 + ( p[C ]0 − q − 2r[ A]0 ) x + q[C ]0 + r[ A]o2
( )
p [C ]02 − 2[ A]0 [C ]0 + [ A]02 = 1 ⇒ p =
1
⇒ p=
1
(
[C ] − 2[ A]0 [C ]0 + [ A]0
2
0
2
) (
[C ]0 − [ A]0 )
2
([ C ] )
2
0 −[ A ]0
Disso resulta:
1
֏ p=r=
([C ]0 − [ A]0 )
2
[C ]0 − 2[ A]0
֏q=
([C ]0 − [ A]0 )
2
Por substituição:
x ([C ]0 − 2[ A]0 ) 1
+
([C ] − [ A] )2 ([C ] − [ A] )2 ([C ] − [ A] ) 2
≡ + ⇒
1 0 0 0 0 0 0
([ A]0 − x ) ([C ]0 − x )
2
([ A]0 − x )
2
([C ]0 − x )
x + [C ] − 2[ A] 1
0 0
([C ] − [ A] )2 ([C ] − [ A] ) 2
≡ +
1 0 0 0 0
([ A]0 − x ) ([C ]0 − x )
2
([ A]0 − x )
2
([C ]0 − x )
x + [C ] − 2[ A] 1
0 0
([C ]0 − [ A]0 ) ([C ]0 − [ A]0 )
x
x 2 2
dx
∫0 ([ A] − x )2 ([C ] − x ) = kt ⇒ ∫0 ([ A] − x )2 + ([C ]0 − x ) dx = kt ⇒
0 0 0
x x + [C ]0 − 2[ A]0 x
1
∫0 ([C ] − [ A] )2 ([ A] − x )2 ∫0 ([C ] − [ A] )2 ([C ] − x ) dx = kt ⇒
dx +
0 0 0 0 0 0
1 x x + [C ] − 2[ A] x
1
∫ 0 0
dx + ∫0 ([C ]0 − x ) dx = kt
([C ]0 − [ A]0 ) 0 ([ A]0 − x )
2 2
A resolução dessas integrais deve ser feita mudando-se a variável de integração, como já feito
anteriormente.
Resolução da 1ª Integral = ∫ x + [C ]0 − 2[2A]0 dx
x
0
([ A]0 − x )
֏ [ A]0 − x = α ⇒ x = [ A]0 − α
֏ dα = − dx
α =[ A ]0 − x α =[ A ]0 − x
[ A]0 − α + [C ]0 − 2[ A]0 α + [ A]0 − [C ]0
∫ − dα ⇒ ∫ dα ⇒
α 0 =[ A ]0 − 0 =[ A]0
α 2
α 0 =[ A ]0
α2
α =[ A ]0 − x α =[ A ]0 − x α =[ A ]0 − x α =[ A ]0 − x
α [ A]0 − [C ]0 dα dα
∫ dα + ∫ dα ⇒ ∫ + ([ A]0 − [C ]0 ) ∫ ⇒
α 0 =[ A ]0
α2 α 0 =[ A ]0
α 2
α 0 =[ A]0
α α 0 =[ A ]0
α2
[ A]0 − x 1 1 [ A]0 − x [ A] − x − [ A]0
+ ([ A]0 − [C ]0 ) − ⇒ ln + ([ A]0 − [C ]0 ) 0 ⇒
[ A] ([ A] − x )
ln
[ A]0 [ A]0 [ A]0 − x [ A]0 0 0
[ A]0 − x ([ A]0 − [C ]0 ) x
ln −
[ A]0 [ A]0 ([ A]0 − x )
x
1
Resolução da 2ª Integral = ∫ dx
0(
[C ]0 − x )
֏ [C ]0 − x = α ⇒ x = [C ]0 − α
֏ dα = − dx
α =[ C ]0 − x α =[ C ]0 − x
1 1 [C ]0 − x [C ]0
∫ dx = ∫ − dα ⇒ − ln ⇒ ln
α 0 =[ C ]0 − 0 =[ C ]0 (
[C ]0 − x ) α 0 =[ C ]0
α [C ]0 [C ]0 − x
v = k .[ A]0 = k [ A]0 − [ A] = kt t1 =
[ A]0
{k } = mol.L−1.tempo −1
2 2k
[ A] pode ser medida
A→ B
v = k .[ A]
[ A] pode ser medida
Primeira
A →B [ A]0
[ A ]0
−x
0
+x ln
[ A]
= kt t1 =
0,693
{k } = tempo −1
[ A ]0 − x x 2 k
v = k .[ A]
[ A] não pode ser medida
[ B] pode ser medida = x
2A → B
v = k .[ A]2
[ A] pode ser medida
A + B →C 1 1 1
[ A ]0
−x
[ B ]0
−x
0
+x −
[ A] [ A]0
= kt t1 =
2 k[ A]0
{k } = L.mol −1.tempo −1
[ A ]0 − x [ B ]0 − x x
[ A]0 = [ B]0
Segunda
v = k .[ A].[ B]
[ A] e [ B] não podem ser medidas
[C ] pode ser medida = x
A + B →C
[ A ]0 [ B ]0 0
−x −x +x
[ A ]0 − x [ B ]0 − x x
2
[ A]0 = [ B ]0 = [C ]0
A + B + C → Produto
[ A ]0 [ B ]0 [ C ]0 0
−x −x −x +x [ A][C ]0
= k ([C ]0 − [ A]0 ) t +
2 ([ A]0 − [C ]0 ) x
[ A]0 − x [ B ]0 − x [ C ]0 − x x ln
[ A]0 [C ] [ A]0 [ A] --- ---
[ A]0 = [ B ]0 ≠ [C ]0
1) A reação SO2Cl2 → SO2 + Cl2 é uma reação de primeira ordem com uma constante de
velocidade igual a 2,0.10-5 s-1, a 320oC. Que percentagem do reagente se decomporá se o
aquecimento for mantido em 320oC por 90 min?
[ A]0 [ A]0
Para uma reação de primeira ordem, o período de meia-vida é dado por ln = ln = kt ,
[ A] [ A]0 − x
então, por substituição:
[ A]0
ln = 2,0.10 −5 s −1 × 90 × 60 s = 1,08.10 −1 ⇒
[ A]0 − x
[ A]0 −1
= e1,08.10 = 1,1140 ⇒
[ A]0 − x
[ A]0 [ A]0 1,1140[ A]0 − [ A]0
= [ A]0 − x ⇒ x = [ A]0 − =
1,1140 1,1140 1,1140
Fazendo-se a concentração inicial de SO2Cl2 igual a 100%, tem-se que a decomposição deste após
90 min será igual a:
1,1140 × 100% − 100%
x= = 10, 233%
1,1140
ou seja, em 90 min o SO2Cl2 se decompôs em 10,233% da quantidade inicial.
a)
Para se chegar à ordem da reação em relação NO, deve-se analisar os dados experimentais nos quais
a concentração do NO varia e a do H2 permanece constante, como se observa nos experimentos I e
III:
Experimento [ NO] / mol.L−1 [ H 2 ] / mol.L−1 v / mol.L−1.s −1
I 0,025 0,01 2,4.10-6
III 0,0125 0,01 0,6.10-6
Fazendo-se uma proporção entre a [NO] e ν, obtém-se a ordem da reação em relação ao NO:
0,025 2, 4.10 −6
= ⇒ 2 = 4 ⇒ 2 = 22
0,0125 0,6.10−6
A interpretação da igualdade apresentada é que sempre que a concentração do NO é dobrada,
mantendo-se a concentração do H2 constante, a velocidade da reação é quadruplicada. Assim, a
ordem da reação em relação ao NO é igual a 2, ou seja, é o expoente do resultado da razão obtida
das velocidades: [ NO]2 .
Fabiano Ramos Costa
CINÉTICA QUÍMICA EMPÍRICA 22
O mesmo se faz com a obtenção da ordem da reação em relação ao H2, só que agora, a [H2] deve
variar, mas a [NO] deve permanecer constante, como observado nos experimentos I e II:
Experimento [ NO] / mol.L−1 [ H 2 ] / mol.L−1 v / mol.L−1.s −1
I 0,025 0,01 2,4.10-6
II 0,025 0,005 1,2.10-6
Fazendo-se novamente a proporção entre as concentrações do H2 e as velocidades respectivas:
0,01 2, 4.10−6
= ⇒2=2
0,005 1, 2.10−6
obtendo-se ordem 1 em relação ao H2: [ H 2 ]1 = [ H 2 ] .
b)
Uma vez determinada a equação cinética empírica da reação, basta substituir os valores
experimentais (de qualquer experimento) para se chegar ao valor da constante de velocidade, k .
Apenas para provar que a constante é a mesma para uma mesma reação a uma mesma temperatura,
o cálculo será feito para cada experimento proposto:
2, 4.10−6 mol.L−1.s −1 = k .( 0,025mol.L−1 ) .0,01mol.L−1
2
Experimento I
( ) k = 3,84.10−1 L2 .mol −2 .s −1
2
Experimento II 1,2.10 −6 mol.L−1.s −1 = k . 0,025mol.L−1 .0,005mol.L−1
3) A hidrólise de certo açúcar em solução aquosa a 23oC, teve sua cinética estudada e os
valores experimentais estão apresentados na tabela abaixo:
t/min 0 60 130 180
-1
[açúcar]/mol.L 1,000 0,807 0,630 0,531
a) Demonstre que a reação é de primeira ordem
b) Obtenha o valor da constante de velocidade a 23oC.
a)
Nessa reação de hidrólise, os valores medidos correspondem à [açúcar] no tempo t e, portanto, ao se
[açúcar ]0
fazer um gráfico de ln × t deve-se obter uma reta, para que se satisfaça a imposição de
[açúcar ]
reação de primeira ordem:
0,7
0,6
[açúcar ]0 0,5
t / min ln
ln([açúcar]0/[açúcar])
[açúcar ] 0,4
0,3
0 0
0,2
60 0,21443
0,1
130 0,462035
0,0 y = 0,00352 t + 0,00172
180 0,63299 2
R = 0,99996
-0,1
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
t/min
a)
Nessa reação as concentrações iniciais dos reagentes são conhecidas, ambas são iguais e a
[(C2H5)3N] é determinada ao longo do tempo. Nessas condições, ao se fazer o gráfico de
1 1
− × t se for obtida uma reta, a reação será de segunda ordem.
[ A] [ A]0
t/min 10 40 90 150 300
1 1
− 0,252695 1,000195 2,247124 3,732436 7,440476
[ A] [ A]0
5
(1/[A]-1/[A]0)
1
y = 0,02478 t + 0,01062
0 2
R = 1,0000
0 50 100 150 200 250 300
t/min
b)
A inclinação da reta equivale ao valor de k , ou seja, k = 0,02478 L.mol −1.min −1 .
Se essa reação é de segunda ordem e as concentrações iniciais dos reagentes são diferentes, então a
constante de velocidade será obtida pela equação:
[ A]0 [ B]
ln = k ([ B]0 − [ A]0 ) t
[ A][ B]0
[ A]0 [ B]
fazendo-se o gráfico de ln ×t .
[ A][ B]0
O primeiro passo é obter o valor de x , tomado em relação à concentração de A
t/min 0 10 20 30 40
[A]/mol.L-1 [A]0 = 10,00.10-4 7,94.10-4 6,31.10-4 5,01.10-4 3,98.10-4
[ A]0 − x = [ A]
0 2,06.10-4 3,69.10-4 4,99.10-4 6,02.10-4
x = [ A]0 − [ A]
e depois aplicando-o a B :
t/min 0 10 20 30 40
x 0 2,06.10-4 3,69.10-4 4,99.10-4 6,02.10-4
([ B] = [ B]0 − x ) /mol.L-1 [B]0 = 2,5 2,4998 2,4996 2,4995 2,4994
[ A]0 [ B]
Conhecidos os valores da [A] e [B] com o tempo, faz-se o gráfico de ln ×t :
[ A][ B ]0
1,0
0,8
0,6
k ([ B]0 − [ A]0 ) = 0,02302 ⇒
ln([A]0[B]/[A][B]0)
0,02302 0,02302
k= = ⇒
( )
0,4
Se essa reação é de segunda ordem e as concentrações iniciais dos reagentes são diferentes, então a
constante de velocidade será obtida pela equação:
[ A]0 [ B]
ln = k ([ B]0 − [ A]0 ) t
[ A][ B]0
[ A]0 [ B]
fazendo-se o gráfico de ln ×t .
[ A][ B]0
Como [A]0 = 0,0505 mol.L-1, [B]0 = 0,0762 mol.L-1 e x são conhecidos, pode-se determinar
[ A]0 [ B]
[A] e [B] e em seguida ln , para construção do gráfico.
[ A][ B]0
t/min 0 5 10 17 30 40 60
x /mol.L-1 0 5,9.10-3 10,7.10-3 16,6.10-3 23,0.10-3 27,7.10-3 33,5.10-3
[ A] = [ A]0 − x /
5,05.10-2 4,46.10-2 3,98.10-2 3,39.10-2 2,75.10-2 2,28.10-2 1,70.10-2
mol.L-1
[ B] = [ B]0 − x /
7,62.10-2 7,03.10-2 6,55.10-2 5,96.10-2 5,32.10-2 4,85.10-2 4,27.10-2
mol.L-1
[ A]0 [ B] 3,8481.10-3 3,55015.10-3 3,30775.10-3 3,0098.10-3 2,6866.10-3 2,44925.10-3 2,15635.10-3
[ B]
ln 0 0,0436498 0,086795 0,152852 0,248484 0,343415 0,509597
[ A]
Definições: A = brometo de isobutila e B = etóxido de sódio.
0,6
0,5
0,4
ln([A]0[B]/[A][B]0)
0,3
0,2
0,1
0 10 20 30 40 50 60
t/min
REAÇÕES REVERSÍVEIS
k
B , o reagente A forma o produto
⇀
2
B com uma velocidade governada pela constante k1 , ao mesmo tempo em que o produto B forma o reagente A
com uma velocidade governada pela constante k2 , até atingir o equilíbrio do processo, ou seja, até que a reação
tenha a mesma velocidade, tanto no sentido direto quanto no sentido inverso.
Modelo 1/4
Nesse modelo, o reagente A é colocado sozinho num recipiente para que ocorra a
formação de B , mas como o processo é reversível, ao mesmo tempo em que A se
decompõe (com certa velocidade), B forma novamente A (com outra velocidade,
inicialmente diferente da anterior), ou seja:
k1 d [ A] d [ A]
A
t = t0 ⇒[ A]0
k2
B
⇀
0
= − k1[ A] + k2 [ B ] ou − = k1[ A] − k2 [ B ]
dt dt
t ≠ t0 ⇒[ A]0 − x +x
A [B] equivale à [A]0 – [A] e, assim,
t = teq ⇒[ A ]0 − xe + xe
d [ A]
− = k1[ A] − k2 ([ A]0 − [ A]) = k1[ A] − k2 [ A]0 + k2 [ A] ⇒
dt
d [ A]
− = ( k1 + k2 ) [ A] − k2 [ A]0
dt
[ A]
d [ A]
− ∫ (k
[ A]0 1 + k 2 ) [ A] − k 2 [ A]0
=t
A resolução dessa integral deve ser feita mudando-se a variável de integração, como já feito
anteriormente.
֏ ( k1 + k2 ) [ A] − k2 [ A]0 = α
dα
֏ dα = ( k1 + k2 ) d [ A] ⇒ d [ A] = ( k + k )
1 2
α = ( k1 + k2 )[ A ] − k2 [ A ]0 α = ( k1 + k2 )[ A ] − k 2 [ A]0
1 dα 1 dα
∫
α 0 = ( k1 + k2 )[ A]0 − k2 [ A ]0
⇒
α ( k1 + k2 ) ( k1 + k2 ) ∫
α 0 = k1 [ A]0
α
⇒
α 0 = k1 [ A ]0 + k2 [ A]0 − k2 [ A]0
α 0 = k1 [ A ]0
1 ( k + k ) [ A] − k2 [ A]0
ln 1 2
( k1 + k2 ) k1[ A]0
Por substituição:
[ A] =
( ke ( 1
− k1 + k2 ) t
+ k2 [ A]0 )
( k1 + k2 )
Como [ B ] = [ A]0 − [ A] ,
[ A]0 − [ B] =
( ke ( 1
− k1 + k2 ) t
)
+ k2 [ A]0
⇒ [ B] = [ A]0 −
( ke (
1
− k1 + k 2 ) t
)
+ k2 [ A]0
( k1 + k2 ) ( k1 + k2 )
[ B] = 1 −
(
k1e− ( k1 + k2 ) t + k2 ) [ A]
( k1 + k2 )
0
Modelo 2/4
Nesse modelo, tanto o reagente A quanto o produto B são colocados ao mesmo
tempo num recipiente. Devido à reversibilidade do processo, um se converte no outro
em determinadas velocidades até atingir o equilíbrio:
d [ A] d [ A]
= − k1[ A] + k2 [ B] ou − = k1[ A] − k2 [ B]
dt dt
k1
A
[ BB]
⇀ Devido à proporcionalidade 1:1 na conversão, em qualquer momento,
t = t0 ⇒[ A]0 k2
0
[ A]0 + [ B]0 = [ A] + [ B] , de modo que, em termos da [A], tem-se
t ≠ t0 ⇒[ A ]0 − x [ B ]0 + x
t = teq ⇒[ A ]0 − xe [ B ]0 + xe
[ B] = [ A]0 + [ B]0 − [ A] :
d [ A]
− = k1[ A] − k2 ([ A]0 + [ B]0 − [ A]) = k1[ A] − k2 [ A]0 − k2 [ B]0 + k2 [ A] ⇒
dt
d [ A]
− = ( k1 + k2 ) [ A] − ([ A]0 + [ B]0 ) k2
dt
A resolução dessa integral deve ser feita mudando-se a variável de integração, como já feito
anteriormente.
֏ ( k1 + k2 ) [ A] − ([ A]0 + [ B]0 ) k2 = α
dα
֏ dα = ( k1 + k2 ) d [ A] ⇒ d [ A] = ( k + k )
1 2
α = ( k1 + k2 )[ A ] − ([ A ]0 + [ B ]0 ) k2 α = ( k1 + k2 )[ A] − ([ A ]0 + [ B ]0 ) k2
1 dα 1 dα
∫
α 0 = ( k1 + k2 )[ A]0 − ([ A ]0 + [ B ]0 ) k2
⇒
α ( k1 + k2 ) ( k1 + k2 ) ∫
α 0 = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0
α
⇒
α 0 = k1 [ A ]0 + k2 [ A]0 − k2 [ A]0 − k2 [ B ]0
α 0 = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0
1 ( k + k ) [ A] − ([ A]0 + [ B]0 ) k2
ln 1 2
( k1 + k2 ) k1[ A]0 − k2 [ B]0
Por substituição:
1 ( k + k ) [ A] − ([ A]0 + [ B]0 ) k2
− ln 1 2 = t ⇒
( k1 + k2 ) k1[ A]0 − k2 [ B]0
( k + k ) [ A] − ([ A]0 + [ B]0 ) k2
ln 1 2 = − ( k1 + k2 ) t ⇒
k1[ A]0 − k2 [ B]0
( k1 + k2 )[ A] − ([ A]0 + [ B]0 ) k2 = e−( k1 + k2 )t ⇒
k1[ A]0 − k2 [ B]0
[ A] =
( k1[ A]0 − k2[ B]0 ) e− ( k + k )t + ([ A]0 + [ B]0 ) k2
1 2
( k1 + k2 )
Essa expressão possibilita determinar a concentração de A num tempo t qualquer.
[ A]0 + [ B]0 − [ B] =
( k1[ A]0 − k2[ B]0 ) e−( k + k )t + ([ A]0 + [ B]0 ) k2 ⇒
1 2
( k1 + k2 )
( k [ A] − k2 [ B]0 ) e − ( k + k )t + ([ A]0 + [ B]0 ) k2
1 2
[ B] = [ A]0 + [ B ]0 − 1 0
( k1 + k2 )
[ B] =
( [ A]0 + [ B]0 )(1 − k2 ) − ( k1[ A]0 − k2 [ B]0 ) e (
− k + k )t 1 2
( k1 + k2 )
[ BB]
⇀ dt dt dt dt
t = t0 ⇒[ A]0 k2
0
Até atingir o equilíbrio, a concentração inicial de A variou em xe , ocorrendo o mesmo
t ≠ t0 ⇒[ A ]0 − x [ B ]0 + x
k1 ([ B]0 − xe )
k1 ([ A]0 − xe ) = k2 ([ B]0 − xe ) ⇒ =
k2 ([ A]0 − xe )
A resolução dessas integrais deve ser feita mudando-se a variável de integração, como já feito
anteriormente.
֏ k1[ A]0 − k2 [ B]0 − ( k1 + k2 ) x = α
dα
֏ dα = − ( k1 + k2 ) dx ⇒ dx = − ( k + k )
1 2
α = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0 − ( k1 + k2 ) x α = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0 − ( k1 + k2 ) x
1 dα 1 dα
∫
α 0 = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0 − ( k1 + k2 ) 0
−
α ( k1 + k2 )
⇒−
( k1 + k2 ) ∫
α 0 = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0
α
⇒
α 0 = k1 [ A ]0 − k2 [ B ]0
Por substituição:
1 k1[ A]0 − k2 [ B]0 k1[ A]0 − k2 [ B]0
k [ A] − k [ B] − ( k + k ) x ( 1 2 )
ln = t ⇒ ln = k +k t
( k1 + k2 ) k1[ A]0 − k2 [ B]0 − ( k1 + k2 ) x 1 0 2 0 1 2
k1 ([ B]0 − xe )
No equilíbrio, = , então, k1 ([ A]0 − xe ) = k2 ([ B ]0 − xe ) ⇒ k1[ A]0 − k 2 [ B ]0 = ( k1 + k 2 ) xe :
k2 ([ A]0 − xe )
( k1 + k2 ) xe ( k1 + k2 ) xe
ln = ( k + k ) t ⇒ ln = ( k1 + k2 ) t ⇒
( k1 + k 2 ) xe − ( k1 + k 2 ) x
1 2
( k
1 2
+ k ) ( xe − x )
xe
ln = ( k1 + k2 ) t
( xe − x )
⇀
B
k3
⇀
C • = − k1[ A] + k2 [ B] .
t =t0 ⇒[ A ]0 k2 0 k4 0 dt
t ≠ t0 ⇒[ A ]0 −[ A] ([ A ]0 −[ A ]) −[ B ] ([ A ]0 −[ A ]) −[ B ]−[ C ] d [ B]
• = k1[ A] − k2 [ B] − k3 [ B] + k4 [C ] .
dt
d [C ]
• = k3 [ B] − k4 [C ]
dt
Transformada S
d
O operador S ≡ S é específico para casos em que f(t) e todas as suas derivadas são
dt
iguais a zero em t = 0.
dx
Exemplo 1: + ax = 1 , para a constante e x e t variáveis.
dt
transformada
transformada inversa
d
dt
x + ax = 1 ⇒ Sx + ax = 1 ⇒ x ( S + a ) = 1 ⇒ x =
1
S +a
1
⇒ x = 1 − e − at
a
( )
d 2x dx
Exemplo 2: 2
+ 2a + a 2 x = 1 , para a constante e x e t variáveis.
dt dt
d 2x dx
2
+ 2a + a 2 x = 1
dt dt
d d d
x + 2a x + a 2 x = 1 ⇒ SSx + 2aSx + a 2 x = 1 ⇒ S 2 x + 2aSx + a 2 x = 1 ⇒
dt dt dt
transformada
transformada inversa
1 1 + at
(
x S 2 + 2aS + a 2 ) =1⇒ x =
1
⇒ x = 2 − 2 e − at
(S + a)
2
a a
d2x df (t )
= Sx − Sx0 e 2 = S 2 x − ( S 2 x0 − Sx1 ) , onde x0 = f (t )t = 0 ; x1 =
dx
Quando x ≠ 0 ,
dt dt dt t =0
d 2 f (t )
e x2 = 2 .
dt t = 0
d [ B]
֏ = k1[ A] − k2 [ B ] − k3 [ B] + k4 [C ] " x = 0"
dt
S [ B] = k1[ A] − k2 [ B] − k3 [ B] + k4 [C ]
d [C ]
֏ = k3 [ B] − k4 [C ] " x = 0"
dt
S [C ] = k3 [ B] − k4 [C ]
S [ B] = k1[ A] − k2 [ B] − k3 [ B] + k4 [C ]
S [C ] = k3 [ B] − k4 [C ]
BIBLIOGRAFIA
AVERY, H. E. Cinética química básica y mecanismos de reacción. Editorial Reverte S.A.
Barcelona, Espanha, 1977.
SMITH, J.M. Ingenieria de la cinética química. Compañia Editorial Continental, México, 1986.