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" A força de muitos homens, não vem de seu treinamento, mas de toda sua vida.

Os
obstáculos em seu caminho, os enrijece, e os tornam duros guerreiros. " - Phty'aro, O
Orador.

Há anos atrás, quando os reis ainda sentavam sobre seus tronos, e bebiam do vinho
espremido do suor de sua plebe, vivia em um casebre do Império Taurino, uma mulher, uma
doce jovem de pele pálida, que encantava os olhos de quem a olhassem. Embora linda, a
jovem vivia simplista, sua economia era apenas o que ela poderia fazer com suas próprias
mãos. Porém, sua beleza tocou a atenção de olhos, curiosos e por muitos indesejados.

Uma noite, a qual a bela fiava seus tecidos, uma sombra se erguerá em sua porta, e três
batidas forá ouvidas. Acostumada a receber seus clientes a qualquer hora, a dama apenas
se levantou e abriu sua porta, a visão que ela tinha, era de um homem, um homem curioso,
bonito, e com uma aura sedutora, mas aqueles que podiam olhar sua sombra, viriam sua
verdadeira face. Mas essa estava oculta a dama, que convidou o homem para entrar. Em
uma conversa com chá, o homem pediu a moça, um terno novo, entre elogios simplicios
que deixavam ela envergonhada, o que fez com que a dama, começasse a olhar aquele
desconhecido, de outra forma.

Naquela noite em questão, nada acontecerá a não ser o pedido de seu terno, mas os dias
que se passaram, ela sentiu como se a sombra do homem, ainda tivesse próximo a ela, não
tinha medo, mas sim ansiedade, talvez por querer ouvir mais de sua voz, talvez por querer
sentir seus lábios, seu toque, descobrir o que a atraia tanto naquele homem.

No último dia, o terno já estava pronto, e o homem, no mesmo horário, quando as ruas
vazias estavam, ele bateu novamente na porta da mulher, naquele dia, ela estava diferente.
Não vestia suas vestes simples, mas sim, um vestido prateado, que transparecia sua pele
por debaixo do fino toque de seda, era seu único tecido mais caro, e ela usou tanto para
fazer o terno, como para se apresentar ao homem. Ele então, adentrou a casa, seus olhos
reluziam satisfação ao trabalho da Dama, e enquanto ele ia se despedir, atraída por um
magnetismo Sobrenatural, ela puxou o pulso do homem, e o trouxe para si. Seus lábios se
tocaram, seus corpos se uniram nus, fora a noite mais maravilhosa de sua vida.

Dessa união carnal, meses depois surgiu uma garota, a pequena curiosamente havia
pequenas protuberâncias em sua testa, que ninguém conseguia distinguir ainda o que era.
Porém, quando crescia, as protuberâncias cresciam juntas, e logo todos olhavam com
desprezo a cria demoníaca. E por conta disso, os negócios de sua mãe decaiu. A pobreza
que já era vivida, assolava as duas com ainda mais força, e num ato de desespero, a mãe,
depois de noites em pranto, buscou nas vielas do império, um destino. No dia do 11°
inverno de sua filha, homens chegaram a sua casa, e a mãe com um olhar melancólico,
deixou sua pequena ser levada.

Os Homens a levaram, até a casa de uma Nobre, está desprezível, judiava da pequena, e a
tratava como nada mais que lixo, nos momentos de má criação, a Nobre a acorrentava,
algemava, ou até mesmo a colocava em uma coleira, e a levava para os locais como seu
animal de estimação. Quando mais velha, após seu 14° ano, a Nobre começou a por a
garota, em ringues ilegais, coliseus de gladiadores, muito tempo passou apanhando,
chegou algumas vezes perto da morte, mas aquilo fez com que ela aprendesse muito mais
do que só a dor que sentia.

E isso foi sua vida, até o momento da Queda. Quando o império foi assolado, e muitos
depostos de seus tronos, muitos plebeus aproveitaram para fugir, a menina em questão, se
via sozinha com sua Dona, o que levou ela a seu último ato naquela casa. A garota rebelde,
quebrou seus grilhões, e tomada pela raiva e pela esperança de liberdade, socou o
estômago da Nobre, e bateu repetidas vezes contra o solo com a face da mulher, enquanto
está sangrava até pelo olhos, a gladiadora fugiu.

Agora, vivia apenas de si mesma, porém livre. Lutava quando queria, pegava o que queria,
sem amarras a prendendo, as ruas agora eram sua morada, era seu território e ela que
mandava em suas próprias ações.

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