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Nascido no interior de Brumas de uma região distante, em meio a

sanguinolência e o duro percurso da sobrevivência, Grexes é um jovem


Leonin, que atingiu sua maturidade há alguns anos, mas sua história
começa antes mesmo de sua juba ter crescido.
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25 anos atrás
Tribo Leonin

O estampido gutural de rugidos, e ossos sendo quebrados, da indicio ao


principal palco do que estava a ocorrer naquela Tribo antiga, em meio ao
deserto escaldante. Os honrosos Leões rugiam, e massacravam os inimigos
Bárbaros que os invadiam, sangue pintava o chão, que se enchia de corpos
pouco a pouco, tanto dos adversários, como dos próprios leões

Há alguns metros dali, escondida em uma tenda pálida e arenosa, uma


Leonin de meia-idade e olhos cansados, estava deitada em meio a panos
avermelhados. O suor gélido descia pelo rosto, a medida que a respiração
da mesma buscava um compasso inexistente naquele momento

-- Porque... logo agora...

Ela sussurrava para sí mesma, apertando os lençóis com força, rasgando o


tecido frágil com as garras que despertavam, reflexo da dor iminente que
surgia junto com a contração em seu ventre. O grito da femea ecoava pelo
campo, sendo ocultado pelos tambores de guerra que soavam lá fora. Ela
estava sozinha, com lençóis manchados de sangue, e um filho prestes a
nascer.

-- Só mais um pouco... espera só mais um...

E outro rugido ecoava, junto um feto implorando para sair. A mãe já


chorava, tendo ciência de seu destino, mas ela não podia fazer nada além
de aceita-lo. A Leonin então, puxou os lençois, mordendo eles com força,
e com o restante de coragem e vida que lhe restava, trouxe seu filho ao
mundo.

Quando os corpos dos inimigos, ja pereceriam sob a areia, os Leões


remanescentes uniam suas coisas. Desfazendo tendas, unindos comidas, e
enterrando corpos. Até, que proximo de um jovem guerreiro, um choro é
escutado.

-- An? Você ouviu isso Aletha?


O pequeno falava para uma mais velha, forte e robusta Femea, a medida
que se aproximava com cautela da Origem do som

-- Deixe isso ai, pode ser uma armadilha

-- Isso é um choro sua ímbecil... um choro de criança. Espera, você


reconhece essa tenda?

O olhar calído da de Aletha, analísa a construção de tecido, e uma faísca


percorre sua calda quando ela se da conta daonde esta

-- É tenda de Grexes

-- Grexes?

-- Nosso senhor de Guerra, braço direito do nosso líder... Morto em


campo hoje

-- Vamos logo, vamos ver o que tem lá

Os dois caminharam para a tenda, abrindo o tecido com cautela.


Instantaneamente, o cheiro de sangue era sentido pelo olfato aguçado de
ambos, e seus olhos mar gearam o interior dos aposentos, até que
pudessem ver. Entre lençóis ensanguentados, o corpo desfalecido de uma
Leoa, e sob seus braços um pequeno filhote.

-- Ela... está morta Aletha?

-- Sim. Agora eu entendo, porque Grexes pedira para cuidarmos de sua


esposa... Aqui Oriz, segure minhas coisas

A Leonin entrega suas armas e bolsas, para o jovem e caminha a passos


lentos para proximo do corpo já morto da outra. Ela abaixa-se, e fecha os
olhos do cadaver, em respeito ao seu espirito

-- Que Paimon abrace teu espírito, devore teus inimigos, e proteja os teus...
Aletha Oríki Koíla.

A Leonin ergue-se, tomando o pequeno nos braços, enrolando o filhote


com suas vestes limpas. Sáindo da tenda, com um pesar em seu peito

-- Vamos, temos que achar nosso novo lar


-- E o que vamos fazer com ele? Ou Ela?

-- Cuidar, ensinar, proteger. Como o Pai dele pediu que fizéssemos.

-- Certo! E qual nome dele?

Aletha encara o pequeno Leonin, que dormia em seus braços. Um sorriso


melancólico despontava de seus lábios

-- Crescido em meio a guerra e ao sangue, Paimon buscara tua mãe pra te


dar forças jovem guerreiro. Teu pai ruge teu nome aos ventos, e os
tambores do Grande senhor ecoam teu chamado. Eu te nomeio, pelo
sangue caído dos teus inimigos

Um risco é desenhada na testa do filhote, e beijado por Aletha

-- Que eles pereçam diante do guerreiro de Paimon, que fujam em tua


presença... Aletha Oriki Grexes... Paimon Oriki Grexes

E atrás de sí, os Leonins uniam-se, observando a saudação do novo


guerreiro. E juntos, toda a tribo assolada, rugia aos ceús fugosos, o nome
do filhote, chamando o olhar de Seu Deus para ve-lo. Grexes havia
nascido.
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Anos se passaram, e o Pequeno filhote crescerá sob a tutela de Aletha e de


Oriz, um arduo treino por parte dela, uma vida tranquila por parte dele.
Os irmãos mais velhos, como Grexes chamava, eram exemplos de
guerreiros e de honrosos Leonins. Aletha ensinou o pequeno a arte da
guerra, e Oriz ensinou os conceitos, a sociabilidade e a religião. Mas seu
destino, feito e construído por ele mesmo, seria o que vinha pela frente
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1 ano atrás
Tribo Leonin

Aletha afiava sua espada, molhando e a passando na pedra varias vezes,


abrilhantando o fio de corte da mesma. Seu olhar era concentrado, mas
seu ouvidos detectavam os passos ansiosos e exitantes que caminhavam até
sua tenda.

-- Entre Grexes
O Leonin, agora maior, forte e robusto. Encara a guerreira, abaixando-se e
ajoelhando-se diante a ela em respeito

-- Você me chamou... e eu vim

-- Sente-se.

Obedecido, o jovem senta-se em frente ao tapete de sua mestra. Que logo,


deixando a espada de lado, vira-se para ele, e o observa com cautela

-- Está crescido, forte, como seu pai era

-- Você nunca me falou muito dele

-- Seu pai era um homem incrivel, um guerreiro nato, e talvez um dos mais
honrosos de nosso povo. Ele liderou nosso exercito naquele dia, o dia em
que você nasceu, mas mesmo com tanta maestria, a vitória custou a vida de
seu pai

-- E a de minha mãe...

-- Sim.

-- Como ela era?

-- Uma mulher doce, gentil, mas forte. Não havia um dia, em que ela não
batesse o pé contra seu paí, e ate mesmo contra os anciões. Ela era meu
exemplo. Sinceramente, você se parece mais com ela do que com ele

-- Pareço?

-- Sim, embora hábil para a guerra, assim como seu pai, você é muito
melhor nos ritos de nosso povo, e na cultura. Oriz não cansa de dizer o
quanto você ajuda nosso pequeno templo. Você não é um guerreiro
Grexes, é um sacertode

-- Mas... esse tempo todo que cresci com seus ensinamentos. Não me
fazem um guerreiro?

-- Não. O conhecimento não é o suficiente para sobreviver a uma guerra,


precisa de muito mais, pratica, raiva, sabedoria. Você ainda não tem o que
é preciso
-- Me ensine mais então, eu vou aprender.

-- Já não há mais nada que posso lhe ensinar... o que tiver que aprender,
deverá fazer sozinho. É por isso que chamei você aqui

-- Como assim Aletha?

A leonin puxa uma mochila, e a deixa entre os dois, junto de um escudo


refinado

-- Você ainda não é um guerreiro, para isso você precisa encontrar seu
próprio equilíbrio, e para isso deve caminhar sozinho. É a caminhada de
Paimon, seu Deus deve lhe reconhecer, e não há ninguém que possa fazer
isso além de você.

-- A caminhada de Piamon?

-- Antes de nos reconhecer, o Deus olha 3 vezes para nós. A primeira, no


nosso nascimento, quando ele sauda seu nome. A segunda, quando
matamos pela primeira vez, no nosso primeiro grande combate, quando
ele ruge nosso nome de volta. A terceira e última vez, quando
completamos sua caminhada, quando deixamos nossas dores para trás,
quando deixamos aqueles que foram, descansar, e aceitamos a nós
mesmos. Quando estamos em sintonia com nossos demônios, é nesse
instante, que o vemos e recebemos sua benção. E somos um com Paimon.

-- E pra onde eu vou?

-- É com você meu pequeno, eu não posso ditar seu destino. Muitos de
nós, vivemos como aventureiros, outros como mercantes. Esteja, aonde
seu coração falar, e Paimon estará com você, esperando o momento certo.

-- Eu devo ir então?

-- Deve... mas so pode voltar quando for reconhecido por ele. Se não, não
será parte de nós.

-- Ta. Eu juro que vou honrar o nome que recebi.

A Leonin assente, e se vira, pegando novamente sua espada e voltando a


afia-la. O jovem, agarra sua mochila e caminha para fora, antes virando-se
para dentro
- Grexes Oriki Aletha

E então ele sai, com a mulher sentindo uma lágrima de orgulho escorrer
pelo seu rosto, sussurrando a saudação de volta a ele.

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1 ano depois, o jovem Leonin afiliou-se a uma igreja em Tel’moon,
servindo-a por alguns meses até que entrou na guilda de aventureiros como
um sacerdote de guerra, auxiliando pequenos grupos em andanças, com
sabedoria, e proteção. Dias, e dias ele ora a Paimon, questionando-se se
esta no caminho certo, mas o Deus permanece silencioso. Grexes espera,
o momento em que ele vera Paimon, que ele se sentira em equilíbrio, e
que voltara a sua terra, como merecedor de seu nome.

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