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A Confraria Malkav

Já era pra lá de tarde quando Lodo chegou à casa de Helena, ainda


pensando que seus pulmões funcionam Lodo da os últimos passos para
subir os três degraus da porta da frente da casa de Helena, ele ajeita
rapidamente os cabelos, bate o pó de cima dos ombros e cautelosamente
aperta o botão velho na parede.
"Um momento, já irei abrir" diz Helena.
"Ah, é você Lodo, o que veio fazer na minha casa tão perto do
amanhecer?" diz Helena.
"Trouxe noticias de lugar nenhum, sua presença não é e nem será
solicitada por mais que demore, os Caitifs do clã que não é seu não estão
se reunindo em nenhum lugar marcado, seus serviços de invasão não
são requisitados depois de amanhã!" diz Lodo ainda Ofegante, "Agora
com sua licença, pois é minha intenção ver o sol nascer aqui na porta de
sua casa, não vou me esconder num refugio longínquo, tenha uma boa
noite", e assim Lodo sai em desabalada Carreira para proteger-se da
manha que se aproxima.

Na noite seguinte:

Em uma fabrica abandonada nos arredores da cidade alguns barris de


lata são acesos com combustível para iluminar o recinto, varias pessoas
estão ali, não existe vizinhança para perturbar a reunião a não ser
alguns drogados que já descansam nos braços de alguns dos membros
menos pacientes, Helena esta no meio da "arena montada as pressas" e
dita ordens em um radinho comunicador preso perto de seu ombro, ela
esta a trabalho hoje, cinco membros fortemente armados estão a seu
comando para garantir a segurança dos membros ali presentes, a policia
já foi enganada e a área esta fora das especificações de invasão do
Sabath, cerca de quatorze membros do clã Malkaviano esta presente,
alguns aparentemente normais, alguns falam sozinhos e outros
simplesmente balbuciam e balançam a mercê do vento sob a visão
inebriante das chamas tremulantes dos latões.

Um homem aproxima-se de Helena e toca seu ombro e ela distanciasse


dos demais para ter uma melhor vista do cenário.

O homem que antes tocará o ombro de Helena firma os pés no centro do


circulo olhando para baixo e logo depois se ostenta como se esse monte
de lixo onde todos estão fosse uma corte medieval, ele encara todos, um
a um e em seguida olha para cima, para as vigas de um prédio que
deveria ter sido construído ali mas não passou do esqueleto, sua boca se
abre as palavras começam a sair como um canto tristonho para lua, "E é
sabido que chegará o dia em que à maldição do todo poderoso não mais
será tolerada, o dia em que os alicerces dos membros começarão a ruir, o
dia em que os mais fortes anciãos tombaram e de suas gargantas sairá o
néctar do poder..." Queridos irmão, estamos aqui hoje reunidos para
discutir sobre esse assunto, devemos nós caçar e destruir toda essa prole
bastarda para evitarmos o dia em que os anciãos dos outros clãs se
levantem e nos devore? ... Devemos nós talvez... (longa pausa) abrirmos
os braços e acalentarmos uma união com esses desgraçados que de tão
fraco o seu sangue já pode se misturar ao sangue do rebanho? Minha
pergunta é ... Devemos nós nos unir em qual idéia ? Sim por que temos de
nos unir em alguma delas ou então cairmos babando e rosnado como
nossos primos do Sabath... Nada contra você Luiz, sabemos que você
segue os preceitos da camarilla como todos aqui.

Um grande silêncio se eleva das bocas de todos e então uma voz tímida
ecoa de traz de alguns membros.
"Por que não fazemos como os nossos primos gringos e acolhemos os
mais sábios que se alto intitulam videntes e deixamos o resto para a
seita" diz uma pequena figura que sai detrás dos outros e meio
cabisbaixo junta as mãos e brinca com os dedos polegares em sinal de
nervosismo e timidez.

Neste instaste Helena chega aos membros e diz, "peguem suas coisas, a
reunião acabou", tão abruptamente quanto o gesto de puxar uma de suas
ramas do coldre.

Os membros começam a olhar para todas as direções e a fazerem


perguntas sobre o que esta acontecendo e Helena fala em um tom alto de
voz, "peguem seus carros e os seus e saiam daqui antes que seja tarde",
nesse instante um ruído de passos é ouvido acima deles, alguém esta
caminhando nas vigas do esqueleto do prédio.
"Lá em cima, eu posso vê-lo em meio às trevas, um homem, casaco de
couro cru, uma arma... a droga ele esta apontando para mim."

Um disparo de Magnum .44 é ouvido e a terra ao lado do pé do membro


que avistou o visitante se levanta com o impacto do projétil no solo.

"A cada um de vocês minhas mãos frias tocará, embuste não será
tolerado nestes domínios, seus destinos estão em minhas mãos e existem
pessoas que pagariam um preço exorbitante se alguns de vocês virassem
cinzas", a figura pula de uma altura de três andares e cai no meio do
circulo com duas armas nas mãos, grandes o suficiente para derrubar um
elefante, seis balas em cada tambor, na verdade em um deles existe
apenas cinco, mas mesmo assim o suficiente para destruir alguns ali, o
homem de, sobretudo de couro cru guarda uma das armas no coldre e
ajeita cautelosamente seu óculos antiquado em cima do nariz dizendo,
"Por que vocês estão aqui e por que razão eu não recebi o chamado?".

Os homens se acotovelam e se empurram perante aquela figura e Helena


aponta uma das suas glocks de cerâmica ameaçadoramente para a
cabeça do visitante e diz, "Senhor algoz, o senhor esta invadindo uma
reunião secreta do clã Malkaviano, esta violando uma das tradições, a do
domínio, eu peço a ti que saia ou terei de tomar medidas drásticas".
"Pois então tentes mulherzinha fútil, eu sou conhecido por não ter
paciência, então aconselho-te a largares de vossa arma e mandar que
seus asseclas façam o mesmo, ou antes, de explicar a que vim enfeitarei
esse chão a que pisas com vosso cérebro! Detenha vossos criados, pois
se minhas vestes sofrerem de um furo que seja não só vossa cabeça
estarás a serviço de cinzeiro, mas também a de vosso primigenie, pois se
ele esta a minha frente isso significa que obedece a ordens de vosso
primógeno, agora... detenha-te e aos vossos".

Neste instante Helena pega o pequeno radinho e fala na minúscula


caixa para que os demais larguem suas armas, e então o arrogante
visitante guarda as armas que portava e curva-se diante da primigenie
Malkaviana e olha todos com muita atenção, seus olhos parecem pedras
de gelo resplandecendo a luz das chamas ali a iluminar.
"Venho a mando de meu Príncipe para averiguar o motivo desta reunião,
vosso clã não é conhecido por serem os mais sagazes entre os vampiros
da cidade e sempre que se reúnem alguma coisa acontece, seja um carro
de combustível desgovernado que explode em mil línguas de fogo em
vosso refugio, um assassinato a alguma primigenie ou algo do gênero, o
príncipe não pode mais tolerar esse tipo de comportamento, sempre que
reúnem-se alguma desgraça assola nossa cidade, o mau agouro do clã
quase chama a atenção dos mal falados Ravnos por essa fama, vim
averiguar o que pretendem fazer, digam vocês ...”
A confraria é o centro pulsante do clã em toda a América Central, os mais sábios
fazem parte da confraria e promovem reuniões onde cada um se esforça ao
maximo para oprimir suas loucuras e conversarem sobre os assuntos pertinentes e
proporem opções para solucionar os problemas de uma forma "normal" aos olhos
do rebanho.
A Confraria é responsável por muitos imóveis e comércios em toda cidade,
comércios e imóveis que os outros membros não podem ou não conseguem
comprar ou se apoderar, (não se sabe por que!! ) manipulando o sistema de forma
a não levantarem suspeitas já que os demais membros não aceitam os Malkavianos
mexendo em nada de assunto do Eliso eles esticam seus tentáculos insanos por toda
cidade, a influencia da Confraria se centraliza principalmente em instituições de
caridade, mesmo onde os Tremere acham que estão no controle a Confraria drena
o que precisa.
Ao Narrador

Ao introduzir a Confraria em suas crônicas lembre-se de que esses Malkavians


são um tanto diferente do convencional, a Confraria tem um lema muito simples
porem muito difícil de seguir, "use o rebanho e não deixem que nossa vitae se dilua
no já ralo sangue dos outros clãs" isso quer dizer que nenhum Malk que esta na
Confraria age como idiota e não faz muita questão de mostrar a verdade a
ninguém que não seja do sangue.

Use a Confraria principalmente como contratantes aparentemente sem muito


destaque, porem lembre-se que eles nunca chamam pessoal de fora para nenhuma
tarefa se essa tarefa for fácil.

A Confraria age principalmente na adoção de caitifs com um determinado don,


sempre correndo atrás de videntes e precursores para trazê-los ao clã e com isso
obterem mais poder nas suas fileiras.

Os quesitos básicos para fazer parte da confraria são:


Recursos acima de três
Tempo Malkaviano mínimo dois
Contatos em diversos órgãos públicos
Influencia no submundo ou política
Humanidade acima de sete
Somente membros comuns, ou seja, com uma perturbação apenas.
Ter participado de pelo menos um grande chamado
E pelo amor de Caim, sabe interpretar um Malkaviano

A Confraria esta em constante atrito com os Anjos da Noite pois a Confraria


depende basicamente de caitifs com dons especiais e os Anjos destroem todos os
desavisados que adentram na cidade, para que a mascara da Confraria não caia e
os outros membros descubram a verdade os Malkavianos são obrigados a agirem
como aranhas famintas, apenas esperando que algo toque a "teia" para que eles
possam agir.
Não importa o que, se pode conter algo novo para bem da sociedade a Confraria
vai atrás, há pouco tempo ela descobriu sobre um artefato que pode ter sido de
propriedade La sombra, trata-se de uma placa de bronze com inscrições místicas
de uma língua morta, dizem os especialistas da Confraria que essa placa pode
prover poderes La Sombra ao portador alem de instrui-lo na cultura e abetos dos
inimigos da camarilla, se a Confraria tivesse esse objeto em mãos com certeza
poderiam fazer a diferença nos dias de guerra.

Outra coisa que a Confraria procura a mais de 70 anos é a verdade por trás da
lenda do mago Tautos, dizem algumas bocas que ele realmente existe e se isso for
verdade a Confraria vai descobrir.

Eis uma pequena lista de empreendimentos da Confraria que esta atuando hoje em
dia nas mesas de RPG de dois grupos separados e independentes.

*A.D.M.P - Asilo para doentes mentais perigosos.


*Manicômio de reintegração social – Lar Feliz.
*Empreendimentos Vaklam – Construtora e demolição.
*Centro Médico de desintoxicação Vladmir Kronayev.
*Lobo – segurança particular e seguradora credenciada.
*Acervo particular para juventude – uma biblioteca enorme no lado leste da
cidade com livros um tanto interessantes. (Literatura psicológica principalmente e
livros antigos)
*Bancos de Sangue particulares espalhados pelo subúrbio, a maioria ilegal.
(compra e venda de sangue para transfusão)
*Esquema de suborno muito bem estruturado e com muitos políticos pequenos na
lista de pagamento.
*Rede de carniçais comunitários atuando em cargos de respeito da policia e
bombeiros.
*Três ou mais desmanches ativos na cidade.
*Controle sobre algumas gangues que atuam na cidade.
*Lista infindável de favores para cobranças

Estas são algumas opções para dar mais movimento aos membros da Confraria, o
mestre tem a palavra final quanto a isso, talvez ela esteja envolvida com mais
coisas ou talvez menos coisas, o importante é dar um suporte para os jogadores,
como recursos, contatos, reforços ou ferramentas para se livrarem de muitas
situações, isso tudo claro que eles terão de fazer trabalhos para a Confraria ou
pagar pela ajuda já que a confraria não faz nada de graça nem para os membros
de dentro da "sociedade".

Como um grande clube a Confraria tem suas normas de etiqueta muito bem
definidas, isso assegura a sobrevivência dos membros e sua furtividade dentro da
cidade.

As regras: (claro que o narrador poderá adicionar ou nem mesmo usar as regras )

1º Não é permitido patrocinar nenhum grupo sem o devido aval dos membros do
conselho.
2º Todos os membros dentro ou mesmo patrocinados pela Confraria devem seguir
a trilha da humanidade, outra trilha levaria todo o trabalho para o fundo do poço.
3º Nunca ofereça seus conhecimentos sobre a "realidade" a nenhum membro fora
da Confraria.
4º Não use de chantagem contra um membro que esteja na nossa lista de
devedores de favores, eles sabem que devem e pagaram.
5º Divida seus conhecimentos com todos dentro da confraria, seja polido.
6º Não abrace ninguém sobreviveria dentro da Confraria se tivesse sido abraçado
aqui dentro.
7º Finja-se de idiota e passe despercebido pelos olhares atentos dos primos
cainitas.
8º Não perca tempo, se a informação que queremos esta dentro de um balde de
excremento enfie a cabeça lá e pegue o que precisamos.
9º Por ultimo, mas não menos importante, quando entrar em um refugio da
Confraria limpe os pés.

A Confraria é a responsável por varias coisas e uma delas é a mais insana já


imaginada, durante décadas Confraria vem coletando pequenas porções de sangue
mortal o intuito ninguém sabe, mas pelos cálculos dos que já trabalharam nisso
para a Confraria já chega a mais de 20,000 litros de sangue armazenados, o que
mais chama a atenção nesse trabalho é que alguns dos membros ao entregarem o
sangue para o membro responsável pelo estoque o viu rasgando a embalagem e
jogando todo o sangue pela privada de seu escritório. Maiores informações
consulte As Catacumbas Anciãs.

Esse pequeno suplemento se enquadra perfeitamente com os demais e com a


chegada da gehenna, é uma ótima oportunidade para os jogadores experientes
borrarem as calças de seus personagens.

Para maiores informações consultem o suplemento Nova Cartago a cidade para


saber mais sobre o clã e sobre a estrutura da cidade e onde a Confraria pode atuar.

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