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2 Semanas Depois

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O brilho ralo do sol, oculto pelas nuvens densas, esuqenta a pele


da silhueta sentada no alto de um grande relogio envelhecido. A
mulher de vestes escuras, cabelos negros e olhos sem cor, encara
o horizonte do reino que a margeia, enquanto tudo o que ela
pode escutar é o silencio ao seu redor.

-- Isso não sai da sua cabeça não é?

Uma voz grossa e retumbante é escutada atrás da garota, e da


sombra que a espreitava, uma silhueta escura abre olhos brancos
claros. Observado as costas da mulher

-- É dificil sair, quando a cena que se repete é de você mesma


sendo estripada ate morte.

-- Mas não é sua morte que a deixa tão pensativa, é?

-- Não...

-- Aquela garota...

-- Ela não sai da minha cabeça, é como se de alguma forma eu a


conhecesse, fosse familiar para mim, como se eu, tivesse um
dever com ela... Nia... Quem é ela?

A sombra, se aproxima, tocando o ombro da garota com


sutileza. E levando delicadamente a visão da mesma para a
floresta ao redor do Reino

-- Alí... por que não damos uma volta?

-- Na floresta?

-- Eu juro que vai fazer sentido.


Rendida, sem muito esforço, ela salta do edificio, envolvendo
seu corpo em sombras e caindo ao chão com leveza. E ainda
penativa, olhando para o horizonte, aquele nome, aquela mulher,
continua acessa em sua mente.

----------- Algumas Horas Depois ----------

A caminhada é silenciosa, e Nic margeia a floresta cada vez


mais fundo, ouvindo os fervilhados das folhagens, o cantar dos
passaros lamuriosos, que pareciam ressoar uma melodia
melancolica, e com ela, uma sensação estranha, que subia a
espinha da mulher.

-- Aonde estamos indo Beliel?

-- Você verá.

-- Andamos a horas, cada vez mais dentro do mato e parece ser


uma caminhada inútil

-- Para de resmungar. É aqui, a sua frente

Ela para alguns metros antes de pedras derrubadas ao redor de


um arco natural de marmore. Uma especime de ruína estranha.
No arco, talhado em todo seu redor, parece ter runas escritas,
apagadas e algumas ate quebradas.

-- O que é isso?

-- Suas respostas Nic

-- Respostas? É um portal velho, que tipo de respostas pode ter?

-- É ironico não crer que possa ter nada ai, considerando seu
apreço por ruínas... Devo lembra-la aonde me achou?
-- Ja entendi... vamos ver então.

Ela se aproxima, contrariada, mas não descrente, talvez nervosa


e com medo. Seus passos são exitantes, mas ela se aproxima, e
leva sua destra ate o arco. Esperava passar por ele, ler as runas,
mas não fora o que aconteceu. Quando sua derme tocou o
frigido marmore, seu corpo foi tomado por um choque, e os
olhos que ja eram claros, passaram a ficar esbranquiçados. A
mulher via diante de si, uma cena... impossivel, confusa.
Uma silhueta, tomada por uma forte luz ao seu redor, que
parecia afastar uma escuridão que se aproximava cada vez mais.
A cada segundo, a luz que ela emanava se intensificava, e um
grito era ouvido, ate que aquela luz, consumisse tudo, e logo se
apagasse definitivamente. Flashs tomaram conta da visão, dias
pareciam decadas e decadas se tornavam milenios, e cada vez
que o ciclo solar passava, era possivel ouvir um choro cada vez
mais alto, ate que Nic pode ver, o que parecia ser uma floresta
iluminada, se tornando doente, e uma pequena figura sentada,
chorando, sendo coberta por vinhas densas, mais um flash, e
dessa vez um corpo, de aspecto masculino, ao redor de metais,
cada vez mais que a visão se aproximava, parecia mais vivo, ate
abrisse o olho azul, e então mais um flash, e dessa vez, uma
criança, chorando aos braços de sua mãe. Uma pequena menina,
de pele escura, que aos poucos que abria os olhos, era notavel
uma luz em suas pupilas, e quando o choro da menina cesou, a
voz de sua mãe era ouvida “Minha pequena Nia...”.

O corpo da mulher foi para tras, afastando-se do arco com sua


cabeça fervilhando em perguntas. A sombra atras de si, a olhava

-- O que isso quer dizer Beliel?

-- O que voce viu... O Ara-

-- ONDE ESTA ELE?

Um grito, sombrio e gultural é ouvido detrás da mulher, que


rapidamente se vira, encar4ando uma ciratura horrenda e
deformada. Que parecia bufar enfurecida a sua frente

-- AONDE ESTÁ O ARAUTO RÚNICO?

-- Que? Que Arauto? Ele esta morto, há anos, do que você ta


falando, quem enviou voc~e aqui?

A criatura parece ignorar a mulher, farejando e analisando o


local. Notando atras dela, o portal de marmore. Quando a
criatura se da conta, ela avança rapidamente com uma
velocidade sobrenatural, e acerta com um de seus braços um
golpe que faz a mulher ser jogada para a direita, e dar de costas
nas arvores, caindo ao chão

-- SAIA DA MIHA FRENTE!

Nic levanta de joelhos, com sangue saindo de seus labios e seu


corpo doendo. Ela encara a criatura, que começa a bater no
portal repetidas vezes, chamando pelo arauto, ameaçando-o de
diversas formas.

-- Nic... Aquele portal é antigo, mas funcional. Se aquela


criatura ativa-lo, poderemos ter um grande problema

-- Por que caralhos... ai... ele ta chamando pelo arauto?

-- Voce não percebeu?

-- An? Como assim?

Quando ela questiona a sombra, as garras da criatura fecha uma


das runas, fazendo a mesma brilhar

-- Nic, não temos tempo! Faz alguma coisa

Ela se levanta, limpando o sangue que escorria por sua boca e


então começa a andar na direção da criatura. Sua postura muda,
e uma aura negra começa a envolver a mulher

-- Eu não sei o que você quer... mas seja o que estiver buscando,
não vai conseguir. Então... SE AFASTA

Ela corta o ar com sua mão, num movimento rapido e uma onda
de sombras joga a criatura para tras, cortando alguns braços que
ela tem. A mulher caminha para frente do portal, ficando entre
as ruínas e a criatura, qu começa a ficar de pé novamente

-- Escolhida... saia da minha frente

-- Me perdoe. Mas não.

A criatura ruge, e avança mais uma vez na direção da mulher,


com suas garras mirando seu peito

-- Nic...

-- Relaxa, não vai ser agora que vou morrer mesmo

Ela fala, num riso ironico, e une as mãos fazendo um circulo


aparecer a sua frente com varios sigilos e ua runa central, a
medida que a criatura se aproxima, zizagueando para tentar
confudir a mulher, ela abre as mãos, e uma parede de fogo se
ergue, queimando a criatura no exato momento que ela chega a
alguns metros de distancia. Com a explosão, a criatura é jogada
para longe, com seu corpo queimando e definhando aos poucos ,
a medida que as chamas se apagam

-- Você desiste? Ou prefere morrer?

A mulher pergunta, enquanto as chamas a revela aos poucos, o


olhar frio e o sorriso ironico, debochando da criatura. Esta, ruge
novamente e mesmo fraca se levanta, correndo denovo na
direção da mulher em um ataque direto. Nic então sorri mais
largo, e rapidamente desvia do golpe, e ao lado dela, as sombras
se retorcem em linhas que se unem e formam uma estaca, que
atravessa e empala o corpo da criatura a matando de vez. Nic,
apenas larga o corpo morto, o vendo desaparecer aos poucos

-- O que isso queria?

-- O portal... abrir ele.


-- Por que?

-- Voce vai saber... por enquanto temos que proteger essa area

-- Deixa comigo vai. Não que você possa fazer muito mesmo
Ela começa a usar as sombras para talhar um grande circulo ao
redor do portal, acendendo runa por runa. A energia sombria,
desfaz a runa que fora acessa pela criatura e a quebra novamente

-- Afaste tudo que aqui pisar, repudie aqueles que a ti tentarem


ativar. Que todo aquele que querer te usar, para as sombras hei
de retornar. Protega tudo ao redor do que te criou, e que somente
aquele que for seu mestre, seja capaz de desfazer o que te
orquestrou.

O circulo acende, em ua energia negra e uma redoma é criada ao


redor do portal e logo se torna translucida, invisivel. Nic então,
começa a voltar para sua casa, ouvindo e repassando tudo o que
aquela criatura disse em sua cabeça.

-- O Arauto runico...

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