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Olá pessoal Nós faremos agora nalise da obra intitulada alfabetização e letramento de

Magda Soares Esta obra é dividida em três partes na primeira parte nós temos as
concepções onde nós podemos verificar as múltiplas facetas da alfabetização é bordada
que o conceito de língua escrita sociedade cultura e relações dimensões e perspectivas há
também o seguinte questionamento quando se está em busca da qualidade na
alfabetização né na verdade Estamos em busca de quê Possivelmente ainda nesta primeira
parte autora trata da alfabetização e cidadania uma relação intrínseca né para
desempenhar a cidadania em sua completude é de fundamental importância que ocorra a
alfabetização né na segunda parte são abordadas né as práticas de alfabetização e
letramento e na terceira parte autora faz articulações entre concepções e práticas cita a que
principalmente Paulo Freire na apresentação nós temos que este livro é fruto de releituras
de artigos publicados em um período de 13 anos de 1985 a 1998 e um dos objetivos que a
autora nos traz para mim consolidação do conteúdo presente nesses artigos em um livro é
que no caso dos artigos é esse conteúdo geralmente não ultrapassa o presente e quanto
que o livro né seria um portador de gêneros textuais mais duradouros daí a decisão de
consolidar os conteúdos abordados nesses artigos escritos nesse período de 13 anos em
um livro que a autora nos diz quando se escreve e se publicam artigo pretende-se estar
apresentando e submetendo a reflexão temas problemas do presente do momento
entretanto o futuro Pode mostrar que o momento se prolonga temas problemas perduram e
o que se julgava efêmero transitório passageiro abordados nos artigos revela duradouro
assistir Para Além do intervalo e portanto continua atual Então vamos agora para a primeira
parte concepções e Vale lembrar que nesta edição frequentemente a autora faz uma
relação com a data da escrita dos textos originais estão por exemplo aqui na parte intitulada
as muitas facetas da alfabetização logo no primeiro parágrafo nós temos a cerca de 40 anos
que não mais de 50% frequentemente menos que 50% das Crianças brasileiras conseguem
romper a barreira da primeira série daí ela destaca né uma vez que ela aborda aqui um
aspecto temporal a cerca de 40 anos mas de 40 anos em relação ao que data não é a data
em que foram produzidos aqueles artigos naquele período de 13 anos ou na data em que
esse livro foi editado por isso que ela faz aqui um comentário ao lado do texto considerada
a data de sua namoração o texto refere-se a década de 40 do século 20 época em que
intensificando-se a democratização da educação a escola passou a receber o número de
alunos muito mais numeroso e heterogêneo então é importante a gente ter em mente né
que muitos dos dados estão presentes nesse livro né se referem a uma época bem anterior
a época em que foi lançada este livro pois bem aqui Magda Soares vai tratar do conceito de
alfabetização e ela faz questão de ressaltar que esse conceito né de alfabetização não deve
ser confundido com processo de aquisição da língua escrita ou mesmo com o seu
etimologicamente o termo alfabetização não ultrapassa o significado de levar a aquisição do
alfabeto de fato se nós fossemos fazer um estudo da própria etimologia dessa palavra a
alfabetização nós teremos sair como um campo semântico fazendo referência a aquilo que
leva a aquisição do alfabeto ou seja ensinar o código da língua escrita ensinar as
habilidades de ler e escrever nessa forma ela nos traz a alfabetização em seu sentido
próprio e específico diz respeito ao processo de aquisição do código escrito das habilidades
de leitura e escrita ela vai dizer que as discussões em torno do conceito de alfabetização
envolvem aí dois pontos de vista que de certa forma forma estão presentes no duplo
significado que os verbos ler e escrever possuem nossa língua e toda traz aqui dois pontos
de vista no primeiro Pedro já sabe ler Pedro já sabe escrever aqui ler e escrever nesses
exemplos estão sendo tomados né como processos mecânicos da língua escrita nessa
perspectiva Para língua oral em língua escrita e outras palavras transformaram fonema em
grafema E também o processo contrário né transformar o grafema em fonema que diz
respeito a que atividade de leitura neste ponto de vista alfabetização seria um processo de
representação de fonemas em grafemas teremos aqui o conhecido método fônico cujo foco
principal é a relação entre sons e letras na língua portuguesa já o segundo ponto de vista
nós temos Pedro já leu Monteiro Lobato Pedro escreveu uma redação sobre Monteiro
Lobato nesse segundo exemplo nós já temos aqui a importância da apreensão e
compreensão de significados que são preces na língua escrita temos aqui o método Global
Magda Soares vai dizer que a alfabetização é um processo de representação de fonemas
em grafemas e vice-versa mas também um processo de compreensão e expressão de
significados por meio do código escrito Então como nós podemos ver Magda Soares não
elimina nenhum dos dois pontos de vista né ela ela propunha que a integração desses
pontos de vista eu não se pode dizer que ela é totalmente contra o método fônico ou que
ela seja também era totalmente contra o método Global ela ela propõe na que a integração
desses dois métodos e é o que ela diz mesmo porém que se combinam os dois conceitos
alfabetização como processo de representação de fonemas em grafemas e de grafemas e
fonemas alfabetização como processo de expressão e compreensão de significados é
preciso ainda lembrar que ambos os conceitos são apenas parcialmente verdadeiros até
porque a língua escrita não é uma mera representação da língua oral obviamente nós não
devemos compreender a escrita como a representação fonética da língua oral são dois
processos diferentes de produção textual tanto a escrita quanto a fala né tem suas
características próprias logicamente nós poderemos nós poderemos ver pontos em comum
entre essas duas formas de manifestação da língua e também né os problemas de
compreensão e expressão da língua escrita são diferentes dos problemas encontrados na
língua oral o discurso oral e o discurso escrito como já dito anteriormente são organizados
de forma diferente Então pessoal nós podemos ver que Magda Soares proponha que um
conceito de alfabetização que vá além desses dois pontos de vista logicamente sem
excluídos ela disse que esse conceito de alfabetização vai depender de características
culturais econômicas e tecnológicas ela aborda que o conceito de alfabetização funcional
que é utilizado pela Unesco Nos programas de alfabetização organizados em países
subdesenvolvidos pretende alertar também para esse conceito social da alfabetização e ela
ressalta a alfabetização não é uma habilidade mas sim um conjunto de habilidades Magda
Soares vai ver que naquela época na década de 80 o foco da análise psicológica da
formalização voltou para abordagens cognitivas daí a importância da Psicologia genética de
Piaget ela disse que apesar de Piaget não ter ele mesmo realizado pesquisas ou reflexões
sobre aprendizagem da leitura e da escrita vários pesquisadores estudaram organização a
luz de sua teoria dos processos de aquisição de conhecimento aqui nós vamos ter
influências né de Piaget em Emília Ferreiro que realizou investigações sobre os estágios de
conceitualização da escrita e o desenvolvimento da Lecto escrita na criança nessa
perspectiva o sucesso ou fracasso da alfabetização acabou se relacionando com o estágio
de compreensão da cópia da escrita em que se encontra a criança além dessa abordagem
cognitiva Nós também vamos encontrar no livro a perspectiva sócio linguística da
alfabetização Magda Soares diz que essa perspectiva ainda é pouco desenvolvida no Brasil
isso nos anos 80 nessa Perspectiva da sociolinguística né alfabetização é vista como um
processo do estreitamente relacionado com os usos sociais da língua nós temos que o
processo de alfabetização não ocorre da mesma em diversas regiões do país é porque a
distância entre cada dialeto geográfico e a língua escrita não é a mesma que a gente vai ter
que em algumas regiões uma aproximação maior dos elementos gráficos né desgraça
firmas com os fonemas e quanto que em outras regiões a gente vai ter um distanciamento
maior Magda Soares vai dizer que o processo de alfabetização de crianças das classes
favorecidas que convivem com esses falantes que justamente estão mais próximos da
língua escrita Ou seja que a língua oral está mais próxima da língua escrita está mais
próximo da representação da língua escrita vai ser diferente do processo de alfabetização
das crianças das classes populares uma vez que há um distanciamento maior da língua
falada com a língua escrita e aliado a isso há também o fato de o acesso ser bem menor
nessa dessas crianças de populares ao material escrito agora é claro mas é Soares não vai
dizer aqui que a escrita é a representação da fala né até porque já ainda no início deste livro
nós já falamos sobre isso né mas eles faz questão de dizer que são dois processos
diferentes em outras palavras não há correspondência unívoca entre o sistema fonológico e
o sistema ortográfico na língua portuguesa sendo assim o processo de alfabetização vai
significar do ponto de vista linguístico um progressivo domínio de regularidades e
irregularidades da língua esse progressivo Domínio Não pode ser executado de maneira
adequada por intermédio de uma seleção aleatória de fonemas grafemas como
normalmente ocorre no processo de alfabetização esse processo né atende ter uma
seleção que obedeça etapas posteriormente Magda vai falar dos condicionantes do
processo de alfabetização o que acaba condicionando esse processo ela vai dizer que a
escolhe uma mina geral valor Avisa a língua escrita e censura a língua oral nós vivemos
aqui numa sociedade grafocêntrica de fato a língua escrita acaba ganhando mais
importância do que as línguas se nós fossemos ver que todo o histórico da língua né
obviamente a língua oral surgiu primeiro que a língua escrita a língua escrita veio pode ser
considerado como uma invenção relativamente recente na no entanto No que diz respeito
ao prestígio social a língua escrita ela vai predominar diante da língua oral pelo menos em
uma sociedade grafocêntrica que é a nossa e esse processo de alfabetização que ocorre
nos Espaços formais de ensino e nas escolas não é um processo neutro digamos assim a
interesses ideológicos que estão presentes nesse processo de alfabetização Magda vai
defender que esse processo de alfabetização deve estar relacionado com uma postura
política em outras palavras não deve haver aqui um tratamento neutro nesse processo de
alfabetização uma vez que e seguindo né os ideais Freire anos alfabetização é um processo
de conscientização e uma forma de ação política a política aqui no sentido de participação
ativa da sociedade ainda nessa primeira parte Magda vai falar da importância da formação
desse alfabetizador Se nós queremos uma formalização que seja crítica obviamente a
formação desse alfabetizador também deve ser crítica né Deve ser um Alfa voltada para os
processos políticos econômicos culturais que tenha a realidade como ponto de partida
desse processo de alfabetização e ela diz a formação do alfabetizador que ainda não se
tem feito sistematicamente no Brasil tem uma grande especificidade e Exige uma
preparação do professor que o leve a compreender todas as facetas se coloca ciclística
sociolinguística é linguística e todos os condicionantes Vejam Só condicionantes sociais
culturais e políticos todos eles presente desse processo de alfabetização e Claro Este
alfabetizador deve assumir uma postura política diante das implicações ideológicas do
significado e do Papel atribuído a alfabetização nos temos língua escrita sociedade cultura
relações dimensões e perspectivas aqui Magda Soares vai falar que na sociedade atual em
que vivemos não basta simplesmente saber ler e escrever é de suma importância que os
indivíduos saibam fazer o usos sociais dessas habilidades ler e escrever daí surge o
conceito de letramento né Nós temos dois conceitos importantes alfabetismo e letramento
letramento já diz respeito aos usos sociais da leitura e da escrita o alfabetismo sendo
entendido como um estado ou uma condição se refere não há um comportamento único
mas é um conjunto de comportamentos que se visão por sua variedade e complexidade e
no que diz respeito a esses comportamentos Nós temos duas dimensões a dimensão
individual e a dimensão social no que diz respeito à dimensão individual o alfabetismo é
visto como um atributo pessoal referindo-se a posse individual de habilidade de leitura e
escrita já no que diz respeito à dimensão social nós temos aqui um conjunto de atividades
sociais que envolvem a língua escrita tomando por base as demandas sociais do seu uso
Então pessoal importante nós destacarmos novamente a dimensão individual do
alfabetismo e a dimensão social do alfabetismo nesta dimensão individual entende-se
desde a habilidade de simplesmente traduzir em sons sílabas isoladas até habilidade de
pensamento cognitivo e metacognitivo já a dimensão social do alfabetismo se refere e Vale
repetir né a uma prática social o alfabetismo é o que as pessoas fazem com as habilidades
e conhecimentos de leitura e escrita em determinado contexto é a relação estabelecida
entre essas habilidades de escrever e conhecimentos e as necessidades os valores e as
práticas sociais e nessa perspectiva social que nós vamos encontrar o conceito de
Alfabetizado funcional é funcionalmente alfabetizada a pessoa capaz de envolver-se em
todas as atividades em que o alfabetismo é necessário para um funcionamento efetivo de
seu grupo e de sua comunidade e também para dar de condições de uso da leitura da
escrita e do cálculo para seu desenvolvimento pessoal e o de sua comunidade aqui nessa
perspectiva o alfabetismo assumisse poder né de promover o progresso social e individual o
conceito de alfabetismo se relaciona um conjunto de práticas governados pela concepção
de o que como Quando e por que ler e escrever é importante destacar que quando essas
qualidades são negadas nós teremos aqui a defesa de certos interesses né da classe
hegemônica naturalmente com o esses indivíduos né que estejam sendo alfabetizados Sem
essas qualidades fazer com que esses indivíduos apenas reproduzam a realidade que
sejam meros reprodutores que não se sintam capaz de mudar essa realidade que não
questionem a estrutura da sociedade nós sabemos que o alfabetismo é visto como um
instrumento ideológico que pode manter práticas e relações sociais vigentes acomodando
as pessoas as circunstâncias existentes quando isso ocorre é comum haver alternativas
revolucionária diante dessas perspectivas que manipulam que fase que os indivíduos se
sintam passivos né se acomodem diante dessa realidade nós temos aqui como exemplo
dessa de um alternativa revolucionária a proposta de Paulo Freire é um dos primeiros
apontar essa força revolucionária que pode ter o alfabetismo ele afirmou que ser
Alfabetizado deveria significar ser capaz de usar a leitura e escrita como um meio de tornar-
se consciente da realidade e transformá-la E é claro né quando a gente considera
sociedades diferentes civilizações diferentes países diferentes também né o mesmo épocas
diferentes haverá também concepções diferentes do que seja alfabetismo né Por exemplo
em algumas sociedades apenas a habilidade de assinar o próprio nome significa ser
Alfabetizado em outras sociedades só é considerado Alfabetizado é aquele que capaz de
localizar compreender e usar informações fornecidas por diferentes tipos de textos Há
diferentes conceitos de alfabetismo o conceito dependendo das necessidades e condições
sociais presentes em determinado estágio histórico de uma sociedade e cultura como nós já
podemos perceber né a alfabetização envolve diversos fatores sociais econômicos políticos
né daí a importância desse estudo multidisciplinar ao focar no alfabetismo a gente tem essa
perspectiva multidisciplinar que a contribuição de diferentes ciências né visando um Claro
entendimento desse processo que é a alfabetização dando continuidade ao estudo do livro
nós temos em busca da qualidade em alfabetização em busca de e que Magda Soares vai
dizer que a qualidade do processo de alfabetização é medido por meio do desempenho da
Criança em comportamentos de leitura e escrita diz também que a partir dos anos 90 que
foi intensificado essa tendência de se buscar indicadores da qualidade da escolarização por
meio de avaliações do desempenho de alunos daí nós temos o saeb Sistema Nacional de
avaliação da Educação Básica e o Enem Exame Nacional do Ensino Médio avaliar a
qualidade da alfabetização é avaliar propriedades e atributos condições da alfabetização e
isso é uma tarefa extremamente difícil pois existe uma diversidade de conhecimentos e
habilidades que constitui o alfabetismo em outras palavras até mesmo aquele indivíduo
classificado como analfabeto que estaria hino chamado. Zero né dessa desse alfabetismo
até mesmo ele tem sim certo grau de alfabetismo e ela cita o exemplo quando um
analfabeto ouvir a leitura de uma notícia de Jornal feita por um Alfabetizado ou quando
pede a Alfabetizado que escreva por ele uma carta não está fazendo uso da escrita e esse
uso da língua escrita não é uma das propriedades ou atributos da alfabetização Vale
lembrar que o filme Central do Brasil né no Qual a personagem representada pela Fernanda
Montenegro escreve cartas que são ditados por analfabetos aqui uma referência né O que
Magda Soares diz se esses indivíduos são analfabetos né se zero do alfabetismo como eles
conhecem né Essa como ele se conheceriam essa estrutura do gênero carta por exemplo
né vai lembrar que até mesmo os vocativos são utilizados por eles quando eles Digitam
oralmente o texto né para que a personagem escreva a carta eles fazem adequadamente a
pontuação né as pausas na oralidade utilizam vocativos até mesmo a estrutura da carta
com a despedida né é utilizada então não se pode dizer que esses indivíduos entre
"analfabetos né estejam estejam nesse grau 0 de analfabetismo uma vez que eles
conhecem sim certas estruturas estruturas de gêneros textuais por exemplo em países do
primeiro mundo o significado de tista e de analfabetismo de analfabeto e de Alfabetizado é
fundamentalmente diferente do significado que esses mesmos termos tem em um país do
terceiro mundo um termo utilizado aqui na nas décadas de 80 e também de 90 né terceiro
mundo que acaba denunciando né a época em que esses textos de Magda Soares foram
escritos terceiro mundo não é mais é um termo utilizado para fazer referência a países
como Brasil México nós temos atualmente o termo países em desenvolvimento e nesses
países em desenvolvimento ou do terceiro mundo como Magda Soares falava e na década
de 80 qual seria o grande problema né dessa qualidade da alfabetização ela disse que o
problema é que todos aprendam a ler e a escrever e que todos posso fazer o uso da escrita
e da Leitura ainda que apenas para escrever ou ler um bilhete simples e esses eram
critérios censitários né escrever um bilhete simples para definir o Alfabetizado em quase
todos os países do terceiro mundo enquanto que no primeiro mundo o critério censitário
para definir o Alfabetizado seja certo o número mínimo de anos de escolaridade E mais uma
vez Magda Soares traz aqui a importância né de se discutir a qualidade da alfabetização
tomando por base o contexto histórico social econômico político cultural e educativo tudo
isso tem uma consequência nesse processo de alfabetização dando continuidade nós
temos alfabetização e cidadania pela traz o seguinte questionamento a Vera a relação entre
alfabetização e Cidadania de uma parte nós temos aqui duas perspectivas sobre essa
relação entre alfabetização e cidadania na primeira perspectiva nós temos A negação
alfabetização como sendo acesso à leitura e escrita não é imprescindível ao exercício da
Cidadania nem mesmo a conquista da Cidadania então nessa primeira perspectiva pela
negação não há uma relação direta entre alfabetização e exercício da Cidadania Magda
Soares vai dizer que essa Perspectiva da negação Contrariar né parte do senso comum que
é o de que saber ler e escrever e agir politicamente né é uma condição de exercer a própria
cidadania então de fato essa essa perspectiva de negação vai vai de encontro na parte do
senso comum agora mesmo assim na importante destacar e Magda Soares o faz né que
não se pode dar uma excessiva uma uma ênfase excessiva na alfabetização como algo que
é essencial a construção da Cidadania uma vez que não é alfabetização não é a educação
formal que necessariamente conduzir ao povo a conquista dessa cidadania essa conquista
se faz essencialmente por intermédio de uma prática social e política de movimento de
reação e reivindicação dessas organizações populares em outras palavras é o simples fato
de ser Alfabetizado não é garantia de exercício das e ela conclui que só se estará
contribuindo para conquista da Cidadania se ao promover a alfabetização propiciar se
sobretudo condições de possibilidade para que esses indivíduos se tornem conscientes de
seu direito a leitura e a escrita de seu direito a reivindicar o acesso à leitura e à escrita nós
já falamos anteriormente que esta alfabetização também pode ser utilizada como
ferramenta do estado para manipular os indivíduos e ela finaliza a alfabetização não é
condição imprescindível ao exercício ou a conquista da Cidadania então simples sol é
importante nos entendemos que a alfabetização está ligada a uma ideologia um processo
de alfabetização sempre tem como pano de fundo também né a divulgação de uma
ideologia por isso que não é recomendado a gente atribuir a alfabetização um valor absoluto
em outras palavras tratar a alfabetização com o sendo algo suficiente para o exercício pleno
da Cidadania Agora se a gente considera o processo de alfabetização como algo que tem
influências né de uma ideologia dominante esse processo de alfabetização vai se dar de
uma forma mais crítica proporcionando assim o uso pleno da a escrita e da Leitura é
importante que esses usos é não sejam privilégios de determinadas classes e categorias
sociais como Segundo Magda Soares tem ocorrido Agora sim apesar de não considerarmos
a alfabetização como sendo algo suficiente para o exercício da Cidadania nós não podemos
negar que em uma sociedade grafocêntrica né onde a escrita tem um prestígio social muito
maior do que a oralidade torna-se de suma importância que os indivíduos adquirem esse
conjunto de habilidades que compõem a própria alfabetização uma vez que essa
alfabetização pode ser considerada como um instrumento na luta pela conquista da
Cidadania e não só com quê quista mas também para o seu exercício indo agora para parte
2 do livro que aborda as práticas nós vamos ter na primeira parte alfabetização a
desaprendizagem das funções da escrita e essa desaprendizagem das funções da escrita
nós podemos ver aqui aqui Magda Soares a relaciona com o fato de aprendizagem da
língua escrita não está relacionada aos Campos da pedagogia e da psicolinguística
Costuma se relacionar essa esse processo de alfabetização com as pesquisas na área de
sociolinguística e Segundo Magda Soares né trata-se de um estudo bastante limitado uma
vez que esses estudos tem sido predominantemente estruturais há um foco aqui é muito
grande na descrição das gramáticas e dialetos não padrão e também o foco com a
gramática da língua escrita ou seja esses estudos buscam identificar as diferenças
estruturais entre as gramáticas da fala e da escrita e nessas diferenças nós podemos
relacionar as diferenças morfológicas sintáticas já estudos sobre alfabetização numa
perspectiva funcional tem sido menos frequentes daí Magda Soares Alerta né para o fato de
que conhecer o valor e a função que são atribuídos a língua escrita pelas camadas
populares é de suma importância para que se compreendam significado que tem para
essas crianças pertencentes a essas camadas aquisição da língua escrita Então pessoal
podemos dizer que Magda Soares defende a perspectiva funcional que é voltada para as
funções sociais da escrita em classes sociais diferentes diferentes as funções atribuídas ao
uso da língua E isso tem repercussões diretas na escola particularmente nas séries iniciais
e retomando que nós vimos no início né esse desaprender as funções da escrita isso
acontece justamente porque é um enfoque muito grande na diferenças de forma uma fofoca
muito grande nas diferenças estruturais tratando por exemplo do dialeto padrão né e dialeto
não padrão quando na verdade Segundo Magda Soares nós não devemos nos limitar aos
aspectos estruturais a forma mas também nos deter sobre as diferenças de função como
nós falamos anteriormente há diferenças de funções atribuídas ao uso da língua
indifference classes sociais que refletem no desempenho da criança na escola e a
linguagem da escola na linguagem chamada de padrão Ou formal né é aquela linguagem
das classes mais favorecidas as funções que predominam no uso que se faz da língua na
escola são aquelas também predominantes no uso da língua por essas classes a criança
pertencente as classes populares traz para escola uma linguagem e que predominam
outras funções daí as diferenças acabam emergindo após realizadas algumas pesquisas
com crianças Magda Soares traz aqui duas hipóteses A primeira hipótese é de que o
contexto cultural de classe e o processo de som socialização que nele Tem lugar levaram a
criança a privilegiar determinadas funções no uso da língua já na segunda hipótese nós
teremos o seguinte o contexto cultural de classe e o processo de socialização que nele Tem
lugar levaram a criança das classes favorecidas a perceber mais facilmente as funções que
a escola atribui à escrita e portanto a produzir mais adequadamente em seus textos
escolares o discurso esperado por ela já as crianças das classes populares não tendo
formado em seu processo de socialização o conceito de escrita escolar Isto é o conceito
das funções com que a escola espera que a escrita seja usada supõe que diante de um
tema que provoca o uso da escrita como função o pessoal deve escrever para expressar a
sua mensagem contar a sua história dizer a sua palavra em outras palavras pessoal a
escrita das crianças das camadas populares é uma escrita mais leve mais livre né no
sentido de ter em uma função comunicativa mas visível já no que diz respeito aos textos
produzidos pelas crianças né de classes sociais mais elevadas justamente por elas terem
um conhecimento dessa escrita escolar né Desse padrão de escrita escolar talvez aqui os
aspectos estruturais sejam mais considerados na produção textual do que propriamente a
funcionalidade desse texto que é transmitido uma mensagem haveria que uma insistente
esse persistência da escola em levar os alunos a usar a escrita como instrumento de
avaliação em outras palavras enquanto aprende a usar a escrita com as funções que escola
atribui a ela e que a transformam em uma interlocução artificial a criança desaprendi a
escrita como situação de interlocução real e Magda Soares finaliza o resultado disso tudo
né É que esse processo de aquisição da língua escrita na escola é Desde o Primeiro
Momento um processo de desaprendizagem da escrita com as funções de interação autor
leitor de intersubjetividade e de aprendizagem do escrita que em vez de interação é
reprodução de modelo escolar de texto é prestação de contas do autor ao leitor que nada
mais reconhecer no texto produzido De intersubjetividade e de aprendizagem do escrito
aqui em vez de interação é reprodução de modelo escolar de texto é prestação de contas
do autor ao leitor que nada mais espera se não reconhecer no texto produzido Esse modelo
no próximo item desta parte nós temos alfabetização em busca de um método Magda
Soares vai dizer que durante décadas foram destacados alguns métodos que dizem
respeito ao processo de alfabetização dentre eles nós temos o silábico Global fônico ou até
mesmo impossível método chamado de eclético uma coisa era certa havia a busca por um
método Magda firma que no atual momento há uma prevalência da psicogênese no entanto
a razão por estar questionando sobre qual método deveria ser utilizado diz respeito a
própria finalidade que a escola dá a esse processo daí surgiu o seguinte questionamento A
escola está submetida e assim ao falar da psicogênese Magda Soares faz referência em
que a Ana teberosky e também a Emília Ferreiro e dependentemente da nomenclatura
adotada método ou proposta né é de suma importância que algo seja discutido ou seja sem
proposições metodológicas Claras né corre-se o risco de ampliar esse fracasso escolar ou
porque são rejeitados métodos tradicionais de Ensino em nome de uma nova concepção da
aprendizagem da escrita e da leitura ou por que não saberemos resolver o conflito entre
uma concepção construtivista da alfabetização e a ortodoxia da escola de fato como Magda
Soares afirma nós não temos o direito de submeter as crianças a essas tentativas
fracassadas deles dá acesso ao mundo da escrita e da leitura no próximo ponto da obra ela
vai tratar de novas perspectivas do ensino da Língua Portuguesa e implicações para a
alfabetização ela vai trazer aqui dois em Forks de discussão sobre o ensino da Língua
Portuguesa no ensino fundamental no primeiro enfoque nós temos aqui a referência a o
processo de universalização da escolarização para as camadas populares resultando assim
numa expansão quantitativa do Ensino Fundamental e isso é claro acabou trazendo para as
escolas né padrões culturais e variantes linguísticas diferentes daquelas que predominavam
anteriormente uma vez que antes né faziam parte aí dos espaços escolares
predominantemente os filhos da Elite dessa forma na escola pública por exemplo né nos o
Mister aí um uma um aumento da distância entre o discurso da escola e o discurso desses
alunos desses alunos que estavam chegando a escola que conquistaram o direito de ser e
também de ser servido por elas já no segundo enfoque sobre o ensino fundamental né Nós
temos análise de determinantes teóricas que vem submetendo esses hino né As crianças
assim surgem novas perspectivas de aprendizagem novo os novos modelos teóricos para o
ensino de língua materna e isso acaba se refletindo particularmente no ensino fundamental
e Magda Soares vai dar que um enfoque maior a essa segunda perspectiva segundo ela até
os anos 60 para ele dominava no ensino de língua materna a perspectiva gramatical ensinar
a língua portuguesa nessa perspectiva era ensinar a gramática da língua a gramática que é
entendida como a gramática normativa prescritiva esse ensino da língua era quase
exclusivamente restrito ao ensino da gramática e isso para a escola não parecia ser
inadequado no entanto a partir dos anos 60 como consequência da reivindicação e da
Conquista pelas camadas populares diz de seu direito a escolarização nós vamos ter aqui a
perda de sua proeminência e isso relação a gramática em detrimento da teoria da
comunicação os objetivos agora são pragmáticos e utilitários Ou seja já não se trata mais
de levar ao conhecimento do sistema linguístico ao saber a respeito da língua Mas sim ao
desenvolvimento das habilidades de expressão e compreensão de mensagens em outras
palavras ao uso da língua nos terá que o questionamento nos anos 80 da Psicologia
associacionista que era utilizado como quadro teórico da perspectiva instrumental do ensino
da língua portuguesa nessa perspectiva associacionista eram estabelecidos pré-requisitos
aprendizagem da escrita e uma ordem hierárquica de conhecimentos e habilidades na
aquisição do sistema ortográfico nessa perspectiva São muitos os erros cometidos pelo
alfabetizando e muito treinamento de sereia imposto para quê aprendesse a grafia correta
de palavras e Diferentemente dessa perspectiva associacionista na Perspectiva
psicogenética os erros cometidos pelo alfabetizando são indicadores do processo através
do qual ele está descobrindo e construindo as correspondências entre o sistema fonológico
e o ortográfico imagem da finaliza-se parte dizendo que a psicologia genética e a
psicolinguística já vem exercendo saudável influência na alfabetização em conta
aprendizagem do aspecto convencional gráfico da escrita e do aspecto simbólico da
notação gráfica é necessário porém que se avance para além dessa etapa inicial de acesso
a língua escrita alterando-se as condições de leitura e produção de textos na escola de
modo que a criança conviva com as regras discursivas do texto escrito e possa assim
construir seu conhecimento e fazer uso delas indo agora para terceira parte da obra nós
temos articulando concepções e práticas e vamos ter aqui Um item dedicado a Paulo Freire
Paulo Freire e a alfabetização muito além de um método esse texto foi escrito um ano após
a morte de Paulo Freire Magda Soares vai falar que Paulo Freire criou algo que foi muito
além de simplesmente de alfabetização Paulo Freire uma concepção de alfabetização uma
alfabetização como diálogo e também como pratica da Liberdade uma prática que
conscientes as pessoas quando Freire se insurge contra as lições que falam de ervas e de
uvas há homens que às vezes conhecem poucas ervas e nunca comeram uvas ele não está
se insurgindo contra o método que das palavras geradoras Eva e uva tira a família vá vivo
porque ele também propõe que das palavras geradoras tijolo ou favela Cite as famílias tá
até instituto fa fe fi fo fu na verdade aquilo que ele critica né é a distância entre ervas e uvas
e a experiência existencial do alfabetizando que empilha tijolos e mora em favela ele dessa
forma é contra esse processo de alfabetização como sendo mera decodificação essa
alfabetização de Paulo Freire transforma o material em algo que de fato tem representação
para o aprendiz então no lugar de dizer ervas e uva Para o aprendiz então no lugar de dizer
ervas e uvas dependendo do contexto do indivíduo deve falar tijolos e favelas e não se trata
apenas de selecionar palavras do universo vocabular dos alfabetizandos pois isso as
cartilhas já fazem na proposta de Paulo Freire a seleção das palavras do universo vocabular
dos alfabetizandos está relacionada aquelas palavras que possuem o significado social
cultural e político que fazem parte da realidade do indivíduo e em segundo lugar está a
alfabetização de Paulo Freire né busca não apenas aprender as técnicas do ler e do
escrever mas também busca uma tomada de consciência como meio de superação são de
uma consciência ingênua visando a conquista de uma consciência crítica e mais a Soares
finaliza Paulo Freire não criou um método de alfabetização Ele criou uma nova concepção
de alfabetização que revolucionou as concepções Até então em circulação e nós
finalizamos aqui análise dos principais pontos presentes na obra alfabetização e letramento
de Magda Soares dá para ouvir nós temos a já há quase três anos promovidas os encontros
abertos né e a ideia é abrir um espaço de discussão de reflexão de troca de ideia

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