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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - draft para uso exclusivo de alunos das subturmas 1, 3, 5 e 6, Turma A, 2.

º Ano, FDUL (2015)

Desconcentração (competências para prossecução de atribuições de PC são repartidas Hierarquia (Prof. MRS) – escalonamento piramidal de um conjunto de órgãos e agentes administrativos
por vários órgãos) pertencentes à mesma unidade de atribuições (Pessoa Colectiva ou Departamento Ministerial)
- absoluta (órgão com competências independentes) ou relativa (órgão com (Prof. PO) Modelo de organização vertical da AP mediante o qual se estabelece um vínculo jurídico entre
competências dependentes) uma pluralidade de órgãos da mesma PCP, conferindo-se a um deles competência para dispor da vontade
- originária (por lei – hierarquia administrativa; 199 d) CRP) ou derivada (por decisória de todos os restantes órgãos, os quais se encontram adstritos a um dever legal de obediência.
acto de delegação, 44 CPA) - Repartição de competências entre órgãos administrativos e critério de resolução de conflitos
Unidade da Administração (6 e 267/2 CRP) – visa evitar que a acerca da melhor forma de prosseguir o interesse público (prevalência da vontade do superior)
descentralização e a desconcentração levem à perda de unidade do Estado por a) Poder de direcção:
via da pulverização de centros decisórios. É materializada nos poderes de - emissão de ordens e instruções por legítimo superior, em matéria de serviço, respeitando
direcção, superintendência e tutela e fiscalização de PCpriv. (267/6 CRP) forma legal vs dever de obediência (271/2 e 3 CRP)
b) Poder de controlo
- poder de inspecção (instrumental)
Administração Directa Hierarquia - poder de supervisão(supervisão revogatória / substitutiva e ex officio /por iniciativa do
a)Dirigida central – Governo a) Interna interessado) – só limitado por competência exclusiva do subalterno (169/2, 150/2 e 197/1
(integra outros órgãos: PM, VPM, - entre órgãos e agentes
CPA)
- organiz. de serviço de PC
Ministros, SE e sSE), Ministérios - poder disciplinar
b) Externa
(unidade de atribuições) e órgãos e c) Poder dispositivo de competência
- entre órgãos de PC
serviços centrais e externos. - respeita a competências - poder de resolução de conflitos de competência (51 e 52 CPA)
b) Dirigida periférica (serviços locais, cujo exercício se traduz - poder de delegação (44 CPA)
Esquadras, repartições, CCDRs) em actos com efeitos - poder de substituição primária (PO) e/ou secundária (MRS). Neste último caso, só existe em
c) Independente - EAI (267/3 CRP) externos caso de competência separada do subalterno mas não exclusiva (169/2, 173 e 197/1 CPA))

Descentralização (cometimento da função e atribuições a PC diferentes do Estado) Poderes de superintendência e de tutela não se presumem (p. da legalidade)
- político-administrativa ou administrativa (267/2 CRP) Poder de superintendência: poder conferido ao Estado ou a outra PCP de fins múltiplos de
- territorial (RA e AL) e não territorial (devolução de poderes a PCpub e PCpriv) definir objectivos e guiar a actuação das PCP de fins singulares colocadas por lei na sua dependência:
- institucional (PC substrato patrimonial) e associativa - Poder de orientação: emissão de directivas ou recomendações.
- 1.º grau (resulta da CRP/lei); 2.ª grau (resulta de acto habilitado p/ lei) - Superintendência sobre IP (42 LQIP) e EPE (24/1 e 56 RSEE)
Unidade da Administração (267/2 CRP) e subsidiariedade (6.º CRP) Poder de tutela: conjunto dos poderes de intervenção de uma PCP na gestão de outra PC, a fim
de assegurar legalidade e/ou mérito da sua conduta):
- tutela integrativa (autorizar/aprovar actos da PC tutelada)
Administração Indirecta pública
Descentralização na Adm. - autorização de actos dos IP (41/2 LQIP) e das EPE (25/5 RSEE)
- Institutos Públicos, EPE e
Indirecta - devolução de poderes: - tutela inspectiva (fiscalização da organização e funcionamento da PC tutelada)
Fundações públicas
interesses públicos do Estado ou - Prestação de informações pelas EPs(25/2 RSEE) e pelos IP (41/8 b) e 42 LQIP)
Administração Indirecta privada
outras PCpub. territoriais são postos - tutela sancionatória (aplicação sanções / actividade irregular da PC tutelada)
- SA de capitais exclusiva ou
por lei a cargo de PCpub. de fins - art. 41/8 a) LQIP
maioritariamente públicos ou
singulares (entes instrumentais) com - tutela revogatória (revogação de AA praticados pela PC tutelada)
influenciadas dominantemente por
autonomia administrativa e/ou - carácter excepcional (199/1 c) CPA e, para a tutela substitutiva secundária – 199/4)
entes públicos – instrumentalização
financeira. - tutela substitutiva (primária) (suprimento de omissões da PC tutelada, praticando, em vez
à prossecução de fins públicos.
- Dependência do Governo através dela e por conta dela os actos legalmente devidos)
- PO: no sector empresarial, pref.
do poder de superintendência. - substituição dos IP (49/1 LQIP);
por formas privadas (eficiência).

Descentralização na Adm. - Regiões Autónomas (225; 288 o) CRP) – PO: integram-se na administração independente.
Autónoma - Tutela administrativa sobre autarquias locais pelo Gov. Regional (extensão de aplicação da Lei 27/96 – art. 16)
- A Administração autónoma - Autarquias Locais (235, 288 n) CRP) – Freguesia (244), Município (249) e Região Administrativa (255)
prossegue interesses próprios - Tutela administrativa de mera legalidade (242 CRP e Lei 27/96) – dever de audiência prévia.
das pessoas que a constituem e - Tutela inspectiva (inspecções, inquéritos e sindicâncias (3/ L 27/96)
por isso se dirige a si mesma, - Admissibilidade de tutela integrativa? FA admite. Tutela sancionatória e revogatória é inadmissível. PO: poder de intervenção
definindo com independência substitutiva: (i) a título supletivo; (ii) em caso de inércia dolosa na prossecução dos fins públicos e (iii) extraordinária em situações de
(auto-administração) a estado de necessidade (FA não admite).
orientação das suas actividades, - Regime constante da Lei n.º 75/2013 e das disposições não revogadas da Lei n.º 169/99 (fundamentalmente instalação e composição).
sem sujeição a hierarquia ou - Universidades Públicas (76/2 CRP)
superintendência. - Reserva constitucional de Administração (76/2 CRP) – autonomia científica e pedagógica.
- Sujeição a poder de tutela, mas - Associações Públicas (267/1 e 4 CRP) – agrupamento de pessoas singulares ou colectivas que não tem por fim o lucro.
não em todos os casos. - Ass. Públicas de entes públicos, de entes privados e mistas (ex: comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas (L 75/2013) ordem
-Recurso tutelar de actos dos médicos, ordem dos advogados (L 2/2013)) – 267/1 e 267/4 CRP. Só as Ass. Públicas de entes públicos estão sujeitas a tutela. FA:
praticados só quando previsto na inconstitucionalidade por omissão de não sujeição a tutela de Ass. públicas de entes privados?
lei (199/1 CPA)

Administração Independente Entidades Administrativas Independentes (267/3 CRP) – são órgãos da Administração directa: entidades reguladoras: ERSE, ERC, etc.
(L 67/2013
– Desconcentração absoluta
- órgãos de vocação geral (MRS) – são órgãos que não dependem de qualquer outro órgão e cuja competência acaba por se projectar
noutros ministérios e entidades administrativas.
Administração por PCpriv.
- Substitutos administrativos (inserção de PC priv. em esquemas organizativos públicos, investidura por acto ou contrato, sujeição a
- Administração indirecta priv.
regime de direito público que permita actos ius imperii, sujeição a poderes governamentais de intervenção).
- Poder de fiscalização de PC priv. com poderes públicos (267/6 CRP)
Dos substitutos administrativos distinguem-se as PC priv. em colaboração com a AP (auxiliares da Administração), como os IPSS e as PC
de mera utilidade pública.

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