Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
- Visto que a perfilhação pode ser feita por testamento.
2
Negócio jurídico destinado a produzir efeitos depois da morte.
1
completo a partir do momento em que é feito. O testamento, em si, é já um verdadeiro
negócio jurídico, embora unilateral, cujo efeito consiste em atribuir a alguém a qualidade
de sucessível testamentário.
Existe, no entanto uma situação em que o testamento tem uma estrutura bilateral:
é a situação prevista no artigo 946.º, n.º 2 em que se faz a conversão de uma doação por
morte em disposição testamentária. Ou seja, neste caso, o que nasceu com uma estrutura
bilateral – a doação – é transformado numa disposição testamentária.
No entanto, a regra é que o negócio testamentário só tem uma parte, que é o
testador.
No entanto, esta regra contempla uma exceção, prevista no artigo 1704.º, uma vez que,
nas convenções antenupciais, é possível que ambos os esposados façam disposições a
terceiros que não tenham intervindo no ato da aceitação, ou seja, disposições com valor
meramente testamentário Neste caso é possível que duas pessoas (os esposados) façam
disposições testamentárias no mesmo ato.
O artigo 1685.º, n.º 3, b) também prevê a possibilidade de o cônjuge intervir no
testamento do outro para autorizar a disposição por morte de um bem que faça parte do
3
A não pode dispor a favor de B, e B não pode dispor a favor de A.
2
património comum.
e) Pessoal → De acordo com o artigo 2182.º, o testamento não pode ser feito por
representante4 ou procurador. Também não pode ficar sujeito ao arbítrio de outrem
quanto aos aspetos considerados fundamentais que são:
1) Os beneficiários das deixas;
2) O objeto das deixas;
3) O cumprimento ou incumprimento das disposições testamentárias.
Estes 3 aspetos têm de constar do testamento. Ou seja, num testamento têm de se saber:
quem são os herdeiros ou legatários e o que é que é deixado.
No entanto, já é possível o testador cometer a terceiro (artigo 2182.º, n.º 2):
- A repartição da herança ou legado quando institui ou nomeia uma generalidade de
pessoas, v.g. “Deixo os bens meus bens aos pobres da minha freguesia e nomeio o padre
da freguesia para fazer a distribuição” → Isto já é possível: alguém institui uma
generalidade de pessoas e comete a terceiro a repartição dos bens por essas pessoas.
- A nomeação de legatário de entre pessoas determinada, v.g. “Deixo todos os meus bens
àquele que, de entre os meus amigos, for escolhido pelo meu irmão Pedro” → Neste caso
foram designados os amigos e, dentro dos amigos, o Pedro irá escolher aquele a quem
irão ser atribuídos os bens do testador.
4
No entanto, há que ter em conta as figuras da substituição pupilar e quase-pupilar para os
casos em que se verifica uma incapacidade de testar e que veremos infra.
3
ii. Testamento cerrado → nos termos do artigo 2206.º, é feito e
assinado pelo próprio testador ou outra pessoa a seu pedido, exigindo-se que o testador
saiba ler por forma a poder confirmar o que está escrito e evitar que a sua vontade seja
posta em causa. Tem sempre de haver uma intervenção de um notário, ou seja, depois de
escrito o testamento deverá ser levado a um cartório por forma a ser aprovado, caso
contrário não tem qualquer valor jurídico. Há que ter em atenção que a data que vale é a
data da aprovação (artigo 2207.º) e não a data em que o testamento é realizado, o que é
muito relevante para se determinar a capacidade testamentária.
Depois de aprovado o testamento, o testador tem 3 hipóteses:
1) Guardar o testamento em seu poder;
2) Depositar o testamento num cartório notarial: pode ser o da
aprovação ou outro;
3) Entregar o testamento a terceiro.
Assim sendo, enquanto o testamento público é inscrito no livro do
cartório notarial, o testamento cerrado pode ficar na posse do testador ou de terceiro a
quem ele o confiou. Esta distinção vai ser importante para efeitos de revogação do
testamento.
4
65.º, n.º 2 que refere que se a lei pessoal do autor da herança exigir a observância de
determinada forma, ainda que o ato seja praticado no estrangeiro, essa forma deve ser
respeitada.
Se estivermos perante um testamento de cidadão português realizado no estrangeiro, para
sabermos se o mesmo é ou não válido, temos de ter em conta o artigo 2223.º que dispõe:
“O testamento feito por cidadão português em país estrangeiro com observância da lei
estrangeira competente só produz efeitos em Portugal se tiver sido observada uma forma
solene na sua feitura ou aprovação.”
Ou seja, se no país onde o testamento foi realizado apenas for exigida a forma verbal ou
uma simples assinatura, esse testamento pode produzir efeitos nesse país mas não em
Portugal onde se exige a intervenção de um notário. Quer isto dizer que tal testamento
não produz efeitos no que aos bens existentes em Portugal concerne.
Conclui-se assim que um testamento de português realizado no estrangeiro só produz
efeitos em Portugal se tiver sida a respeitada a formalidade da intervenção de um notário
ou autoridade pública com competência equivalente.
5
Outros aspetos, mais de pormenor, é que podem ser remetidos para outros documentos,
v.g., alguém diz que deixa as jóias às amigas e remete para um envelope que guarda em
casa a descrição pormenorizada ou os desenhos dessas jóias.
6
cabo por terceira pessoa, que o testador o destruiu acidentalmente ou não se encontrava
na plenitude das suas faculdades mentais, não se pode considerar que efetivamente
ocorreu uma revogação do testamento. Também não se pode considerar revogação se
apenas se observar uma simples obliteração ou cancelamento, por exemplo, quando as
disposições testamentárias aparecem com um traço por cima mas é possível ler a
primitiva disposição.5 Se se verificar uma destruição física do documento ou este for
impossível de ler, embora rigorosamente não haja uma revogação, não havendo um
suporte material do documento, teremos de entender, face à natureza formal do
testamento, que não é possível reconstituir a vontade do testador por mero recurso a
prova testemunhal.
b) Outra forma de revogação real está prevista no artigo 2316.º e
aplica-se a qualquer forma de testamento pois não tem a ver com a forma do testamento
mas sim com o objeto da deixa. Por exemplo, se for legado um carro e esse carro
entretanto for vendido, verifica-se uma revogação da deixa por inexistência do objeto
legado6.
Também haverá revogação se ocorrer a transformação do objeto legado. Por exemplo, se
A lega a B uma pilha de madeira mas, entretanto, essa madeira foi transformada em
móveis, B não terá direito a esses móveis.
É no entanto possível fazer a prova de que o testador, ao alienar ou transformar o objeto
do legado, não pretendeu revogar o legado: neste caso, este transforma-se em legado de
coisa alheia7.
Capacidade Testamentária
7
impedidos de testar, de acordo com o artigo 2189.º:
a) Os menores não emancipados;
b) Os interditos por anomalia psíquica.
Estas figuras estão previstas nos artigos 2297º e seguintes e são institutos destinados a
ultrapassar as incapacidades testamentárias.
Quer no artigo 2297º, quer no artigo 2298º, observa-se que é conferida ao progenitor que
não estiver inibido de exercer o poder paternal a faculdade de substituir ao filho os
herdeiros ou legatários que entender para o caso de o filho falecer antes de perfazer 18
anos de idade (substituição pupilar) ou no caso do filho ser incapaz de testar em
consequência de interdição por anomalia psíquica (substituição quase pupilar).
8
O artigo 2182º/1 dispõe que o testamento é um ato pessoal insusceptível de ser feito por
meio de representante mas há exceções que são precisamente as decorrentes da previsão
de substituições pupilares e quase pupilares. São casos de representação legal no negócio
testamentário.
Desta natureza das substituições pupilar e quase pupilar (meios para suprir a incapacidade
testamentária) resulta que as mesmas caducam se o menor ou o interdito por anomalia
psíquica adquirirem capacidade testamentária.
Assim, se o menor casar com 16 anos, tornando-se menor emancipado, deve entender-se
que a substituição pupilar caduca pois adquire capacidade para fazer testamento. Se for
levantada a interdição também caducará a substituição quase pupilar.
Por outro lado, estas substituições também caducam quando sobrevivem ao filho
sucessíveis legitimários.
O mesmo se diga relativamente à substituição quase pupilar uma vez que o interdito por
anomalia psíquica pode ter-se casado validamente antes de ser interdito e portanto poderá
acontecer que, à data da sua morte, subsista o vínculo conjugal.
9
É portanto essencial, para que a substituição pupilar e quase pupilar produzam efeitos
que, à data da morte do filho, não sobrevivam sucessíveis legitimários. Embora a lei só
refira ascendentes e descendentes, deve também ocorrer caducidade da substituição se
sobreviver cônjuge, fazendo uma interpretação sistemática e atualista da norma.
Tal demonstra que o que está em causa é não a sucessão do progenitor, mas sim a
sucessão do filho.
Em segundo lugar, aquele com quem o testador casado mantinha uma relação
amorosa (artigo. 2196.º), sendo que neste caso o que se pretende proteger é a instituição
casamento. No entanto há de ter em conta que esta limitação não se aplica:
a) “Se o casamento já estava dissolvido, ou os cônjuges estavam separados
judicialmente de pessoas e bens ou separados de facto há mais de seis anos à data da
10
abertura da sucessão.
b) Se a disposição se limitar a assegurar alimentos ao beneficiário.”
O que está em causa é, por um lado a proteção e defesa da instituição
familiar e, por outro, a reprovação social do autor da sucessão que além de casado e ter
cometido adultério, resolve contemplar no seu testamento o seu / a sua amante.
A dúvida que se levanta a este propósito é a de saber se, tendo sido
alterada a lei do divórcio e admitindo-se agora a separação de facto por um ano como
fundamento do divórcio, deverá entender-se que a disposição já é válida se existir uma
separação de facto há mais de um ano.
A questão não é líquida pois apesar de a doutrina ter suscitado esta
questão quando o prazo de seis anos foi reduzido para três, a verdade é que o legislador
manteve intocada esta norma, o que pode querer indiciar que não há uma relação direta
entre os dois regimes.
Por último, há que ter me conta o artigo 2198.º, que remete para o artigo 579.º, n.º 2 e que
prevê que as deixas serão também nulas se feitas por interposta pessoa.8
8
Dispõe o artigo 579, n.º 2: “Considera -se que a cessão é efectuada por interposta pessoa, quando é
feita ao cônjuge do inibido ou a pessoa de quem este seja herdeiro presumido, ou quando é feita a terceiro,
de acordo com o inibido, para o cessionário transmitir a coisa ou direito cedido.”
11
em causa uma qualidade do próprio autor da sucessão, mas sim a especial relação que
num dado momento existe entre este e o beneficiário. Tanto assim é que, por exemplo, na
deixa a favor do médico é preciso que o testamento tenha sido feito durante a doença e
que a morte tenha ocorrido em consequência dessa doença para a deixa ser nula; já se o
testamento vier a ser feito antes de a doença ser conhecida ou depois do autor da sucessão
estar curado não terá qualquer problema. Por outro lado, se existir uma relação familiar
entre o autor da sucessão e algumas destas pessoas, a lei considera que esta se deve
sobrepor, o que é também um argumento no sentido de que não está em causa uma
qualidade do testador mas sim uma especial relação.
Assim sendo, a qualificação mais correta deste instituto é antes a de uma ilegitimidade
testamentária ativa: não é possível fazer testamento a favor de certas pessoas, em
determinadas circunstâncias e se o testamento for feito será nulo.
Aula 7
A sucessão testamentária (conclusão)
Aspetos gerais do negócio testamentário
A interpretação do testamento
Falta e vícios da vontade no testamento
A invalidade do testamento.
A proteção do sucessível testamentário em vida do autor da sucessão.
A hierarquia dos sucessíveis.
1- Considerações gerais
12
Em primeiro lugar, para que essa vontade seja protegida é preciso que a sua
exteriorização obedeça a uma determinada forma. Ou seja, a vontade do testador está
condicionada pelo caráter formal do testamento.
Por outro lado, não sendo o testamento um negócio recetício, não há que atender à
proteção da confiança dos destinatários.
Estes dois princípios vão condicionar alguns aspetos do regime do negócio testamentário
que passaremos a analisar.
Torna-se evidente o desvio do negócio testamentário face aos negócios jurídicos em geral
se compararmos o artigo 2187º com o artigo 236º/1.
O artigo 236º/1 CC assenta na posição do declaratário normal. Essa posição não vai ter
qualquer relevo para efeitos de interpretação do testamento.
Por outro lado, importa estabelecer também um paralelo entre o artigo 2187º e o artigo
238º, que se refere aos negócios formais. E o testamento, como sabemos, é um negócio
formal.
Ao lermos o artigo 238º e o artigo 2187º encontramos pontos de contacto. No entanto,
torna-se evidente o desvio se lermos o artigo 238º/2.
O artigo 2187º/2 é de facto semelhante, na sua parte final, com o artigo 238º/1 mas já se
distingue do artigo 238º/2. De facto, o artigo 238º/2 admite que se apure o sentido da
declaração não tendo em conta a vontade expressa no suporte formal, ou seja, que se
chegue a uma vontade que não tem o mínimo de correspondência no texto do documento.
Ora isso está vedado na interpretação do testamento pois a vontade do testador deve ter
sempre correspondência, ainda que imperfeitamente expressa, no respetivo texto.
13
Outro elemento a ter presente para efeitos de interpretação do testamento é o facto de o
testamento ser feito num determinado momento mas ter eficácia diferida, ou seja, o
testamento vai valer à data da morte do testador.
Em conclusão
Ao interpretarmos o testamento devemos apurar a vontade do testador (interpretação
subjetivista) mas podemos recorrer a prova complementar (inclusive prova testemunhal),
desde que essa vontade figure no testamento, embora de forma tácita ou imperfeita.
3- Integração de lacunas
Como não podia deixar de ser, também em matéria de lacunas existe um elemento formal
condicionante que é a forma exigida para o testamento.
Como sabem, as disposições testamentárias devem observar uma determinada forma:
- testamento cerrado
- testamento público
Podem existir disposições testamentárias fora do testamento público ou do testamento
cerrado mas estas não se podem prender com aspectos essenciais, fundamentais. Têm que
ser aspetos secundários, menores, instrumentais (testamento per relationem).
14
Um testador tem 6 casas e 6 netos e dá a entender no princípio do testamento que quer
deixar as 6 casas aos 6 netos.
Então começa a enunciar as casas que deixa aos vários netos: a casa A ao neto António, a
casa B ao neto Bernardo, etc... Faz isto relativamente a 5 casas e 5 netos mas não diz
nada quanto à 6ª casa e ao 6º neto.
Neste caso, não há verdadeiramente uma lacuna pois é possível inferir do testamento que
a 6ª casa deve ser atribuída ao 6.º neto. Concorda-se assim com o Professor Pamplona
Corte-Real que defende que se pode chegar ao resultado que o Professor Oliveira
Ascensão aponta através duma interpretação extensiva ou através do artigo 2203º. Não
estariamos sequer no âmbito da integração de lacunas.
Por uma ou outra via- pela via do artigo 2203º- erro na indicação da pessoa ou dos bens-
ou por força duma interpretação extensiva, pois no fundo o testador disse menos do que
queria dizer, pode-se então chegar a tal disposição testamentária que atribui a 6ª casa ao
6º neto.
Conclusão
A integração de lacunas é possível mas só quando há disposições de caráter secundário, à
semelhança do que se passa para as disposições testamentárias que não estejam incluídas
no testamento público ou testamento cerrado. Elas poderão ser integradas se não
versarem sobre os aspetos fundamentais da sucessão que, recorde-se, são os beneficiários
e o objeto das deixas.
15
No fundo, as normas que encontramos na parte geral que se referem à matéria da falta e
vícios da vontade têm em consideração a posição do declaratário, a ideia da tutela da
confiança, logo, temos que adaptar essas regras tendo em conta que o negócio
testamentário tem natureza não recetícia.
Em segundo lugar, deve ter-se em conta que o instituto da incapacidade acidental previsto
no artigo 2199º vai ter uma importância maior que a incapacidade acidental, prevista na
parte geral do código civil.
Porquê?
16
O artigo 2200.º refere-se especificamente a uma situação de simulação relativa,
determinando que a disposição testamentária simulada é anulável.
É curioso que a simulação do negócio testamentário não decorre de um acordo entre o
declarante e declaratário porque não há declaratário. Decorre antes de um acordo entre o
autor da sucessão (testador) e o beneficiário indicado no testamento, que não é aquele que
o testador queria contemplar. Há assim uma divergência intencional entre a vontade dele
e a declaração.
Não há dúvidas assim quando à invalidade da disposição testamentária simulada.
O problema coloca-se quanto à validade da disposição testamentária dissimulada-
disposição testamentária pela qual o autor queria beneficiar outra pessoa, tendo acordado
com o beneficiário que lhe transmitiria posteriormente os bens deixados.
Para o Professor Oliveira Ascensão o próprio negócio dissimulado seria válido.
Já o Professor Pamplona Corte Real entende que não em virtude do caráter formal do
testamento: o destinatário da deixa deve constar do próprio testamento e não de um
acordo feito secretamente.
Tendo em conta o regime do artigo 241.º, n.º 2, parece-nos mais correta esta última tese.
17
A esse erro-vício que recaisse sobre a pessoa do designado ou sobre os bens objecto da
disposição seria de aplicar analogicamente o regime do artigo 2203º- regime do
erro-obstáculo.
O efeito desta posição é procurar salvar e chegar o mais possível próximo da vontade do
testador uma vez que o regime do artigo 2203º é mais permissivo no que respeita à
pesquisa da vontade do testador já que admite o recurso à prova complementar, enquanto
o artigo 2202º dispõe que o erro deve estar evidenciado no próprio testamento.
Devemos assim concluir que o artigo 2202º versa sobre todas as situações de erro sobre
os motivos (erro vício), incluindo o erro sobre a pessoa e sobre os bens.
18
Já para o Professor Pamplona Corte Real a reserva mental é irrelevante porque não há
correspondência entre a vontade real e o texto do testamento, pelo que deve valer o que
ficou expresso no testamento. Concorda-se com este último entendimento.
5- Invalidade do testamento
Vamos encontrar também especificidades no tocante à nulidade e à anulabilidade.
(Artigos 2308º e ss)
O prazo para arguir a anulabilidade é de 2 anos.
O prazo para pedir a declaração de nulidade da disposição testamentária é de 10 anos.
Admite-se também confirmação da nulidade.
Como sabemos, de acordo com o regime geral da nulidade esta pode ser invocada a todo
o tempo e não é suscetível de confirmação.
No que não estiver especialmente previsto, aplicam-se as regras gerais das invalidades,
nomeadamente os institutos da redução e conversão.
19