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HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR
Belo Horizonte
2021
TÍTULO:
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR
Belo Horizonte
2021
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MARIA IZABEL TEIXEIRA DE AQUINO 321215878 | RHUAN PABLO CARVALHO 321220968
|HÉLIO RODRIGO FÉLIX VIEIRA 321220598 | MARIA EDUARDA RODRIGUES SANTOS
321219936| ANA CAROLINA DE OLIVEIRA MATOS E SILVA 32120628
INTRODUÇÃO
O presente resumo tem como objetivo, demonstrar a patologia, discrição, fisiopatologia,
diagnóstico e tratamento associados a hipercolesterolemia familiar, apresentando em
base artigos científicos, que comprovam a doença e seu presente tratamento, que se
demonstraram no resumo.
Sumário
Patologia 15
Variações 15
Diagnóstico 15
Tratamento 15
Conclusão 15
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Referências 15
Patologia
A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença genética grave que se
caracteriza pelos altos níveis do colesterol do metabolismo das lipoproteínas de
baixa densidade (LDL-c) e também pela presença de sinais clínicos atribuídos. Seu
fenótipo clínico geralmente é decorrente de defeitos no gene LDLR, que codifica o
receptor de LDL (LDL-R), a HF também pode ser decorrente da codificação do gene
(APOB) que gera defeitos no mesmo ou quando existe catabolismo acelerado do
LDL-R (ocorre mutações com ganho de função no gene PCSK9). Todas as três
formas apresentadas são ligadas ao nível elevado de LDL-c, entretanto, os defeitos
dos genes APOB são mais comuns na Europa, e o fenótipo onde ocorrem mutações
no gene PCSK9 não são muito frequentes no nosso meio. Essas mutações podem
levar os indivíduos a ter doenças prematuras severas como infarto do miocárdio,
doenças cardiovasculares agressivas e acidentes vasculares cerebrais entre outros.
Pelo menos metade dos descendentes em primeiro grau de um indivíduo que tenha
HF serão afetados pela doença e terão níveis elevados de LDL-c, desde o
nascimento e ao longo da vida, isso porque a taxa de penetrância é de quase 100%,
não havendo diferença entre homens e mulheres.
O primeiro caso de HF foi observado pelo patologista Harbitz 6 em meados do
século XVIII que relatou morte súbita em quem portava xantomas, já em 1938 Muller
descreveu a HF como uma entidade clínica e observou que a combinação de
hipercolesterolemia, xantomas e manifestações de DAC eram comuns em algumas
famílias e passado de uma geração para outra como traço dominante, mas somente
50 anos depois que Brown e Goldstein, ao aprofundarem as culturas de células de
pacientes perceberam a complexidade da síntese endógena do colesterol e viram o
defeito do LDL ligado ao seu receptor. Em 1983 o gene foi clonado e mapeado no
braço curto do cromossomo 19, sendo então o gene receptor da lipoproteína de
baixa densidade, ou gene LDLR em 1989.
O ponto de partida para se considerar o diagnóstico de HF é ter a concentração
de LDL-c ≥190 mg/dL em adultos. A presença de algum grau de arco corneal ocorre
em 50% dos portadores de HF entre 31 e 35 anos. Já o arco corneal completo está
presente em 50% dos portadores de HF aos 50 anos, o espessamento dos tendões
ocorre em 63% dos portadores de HF, já as alterações na ecogenicidade dos
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tendões estão presentes em 90% dos portadores de HF. Os xantomas são
detectados em 68% nos portadores de HF com mutações do gene LDLR.
A HF também é uma das doenças hereditárias mais comuns na população geral, na
sua forma heterozigótica é cerca de 1.500 pessoas, já na forma homozigótica tem
uma frequência de 1:1.000.000 sendo essa forma claramente mais rara.
Variações da doença
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Diagnóstico clínico da hipercolesterolemia familiar
Os critérios clínicos e laboratoriais para ser diagnosticado a hipercolesterolemia
familiar (HF), baseiam-se em dados, como:
● depósitos extravasculares de colesterol;
● taxas elevadas de LDL-c ou colesterol total no plasma;
● histórico familiar de HF e/ou doença aterosclerótica;
● identificação de mutações que favoreçam o desenvolvimento de HF.
Alguns parâmetros para o diagnóstico foram uniformizados, como por exemplo os
da Dutch Lipid Clinic Network (tabela 1), que pode ser empregado para uma melhor
precisão do diagnóstico.
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Anamnese
A anamnese consiste em uma entrevista inicial, realizada pelo médico para
discutirem possíveis diagnósticos ou chegarem a conclusão de um.
Devido a altas taxas de HF na população geral, e seus impactos nas doenças
cardiovasculares e na mortalidade, essa anamnese deve incluir uma pesquisa sobre
o histórico familiar do paciente de hipercolesterolemia, uso de medicamentos,
aterosclerótica prematura, incluindo idade.
A possibilidade do diagnóstico de HF é sempre reforçada quando há a presença de
hipercolesterolemia na família ou doença aterosclerótica prematura.
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Exame físico
Os sinais clínicos da HF consiste em xantomas, xantelasmas e arco corneano que
quando identificados sugerem fortemente um diagnóstico de HF e devem fazer parte
do exame físico rotineiro, além de poderem ser complementados com ultrassom, por
exemplo.
Xantomas são lesões não neoplásicas, que se caracterizam pela concentração local
de macrófagos repletos de lipídios, células gigantes e outras células inflamatórias
em resposta à deposição de colesterol nos tecidos. São sinais fortes de HF, mas
ocorrem em menos de 50% dos casos.
Xantelasma é um pequeno depósito de gordura e colesterol que ocorre logo abaixo
da superfície da pele, especialmente ao redor dos olhos. É relativamente comum e
afeta principalmente adultos. Frequentemente, xantelasmas são associados a níveis
elevados de colesterol no sangue, sem ser contagiosos.
A presença de arco corneano parcial ou total, sugere HF quando é observada antes
dos 45 anos de idade.
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O diagnóstico de HF em adultos com idade igual ou superior a 20 anos é suspenso
com valores de LDL-c iguais ou maiores que 190m/dL.
Por fim, para fazer o diagnóstico de HF deve ser afastada causas secundárias,
como o hipotireoidismo e síndrome nefrótica. A presença de hipertriglicemia não
anula o diagnóstico de HF. Além disso, o diagnóstico pode sofrer alterações
relacionadas ao método e ao estilo de vida do paciente.
O rastreamento em cascata consiste na determinação do perfil lipídico em todos os
parentes de primeiro grau dos pacientes portadores de HF, pois as chances são de
50% em parentes de primeiro grau.
TRATAMENTO
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uso de estatinas que aumentam significativamente a expressão desses receptores
rosuvastatina (10-40 mg), tituladas para se obter redução ≥ a 50% a partir dos níveis
basais, sendo difícil alcançar tal meta com o uso isolado da sinvastatina. De um
modo geral, as estatinas são bem toleradas e possuem um bom perfil de segurança.
Alguns pacientes não toleram estatinas. Nesses casos, deve-se tentar outra estatina
como ezetimiba, niacina ou colestiramina. Para pacientes que não podem usar
adulta.
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possível quando há necessidade clara da manutenção de terapêutica
medicamentosa com provável benefício.
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com pacientes e familiares para que sejam esclarecidos os riscos e os benefícios do
procedimento. O defeito primário na hipercolesterolemia familiar é uma mutação no
gene específico do receptor para LDL plasmático. A LDL é degradada nos
lisossomos e o colesterol é liberado na célula para uso metabólico. Quando os
receptores de LDL são defeituosos, o nível de remoção de LDL do plasma diminui, e
o nível plasmático de LDL aumenta em proporção inversa ao número de receptores
funcionais presentes. Como a HF é uma doença que acomete desde o nascimento,
e aterosclerose pode evoluir rapidamente nesses indivíduos, deve-se considerar a
realização dessas provas de isquemia miocárdica (especialmente o teste
ergométrico, por ser de baixo custo e fácil realização) para portadores de HF
assintomáticos de mais alto risco acima de 20 anos, e homens acima de 30 anos e
mulheres acima de 45 anos com classificação de menor risco, cada 3 a 5 anos. O
transplante hepático pode ser uma alternativa para casos de HF refratária ao
tratamento farmacológico, especialmente nos portadores de forma homozigótica.
Recomenda-se que uma alimentação equilibrada seja iniciada após os dois anos de
idade. Isso tem por objetivo alcançar os níveis lipídicos ideais preconizados pela
Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose 24 . Embora
em crianças e adolescentes que apresentam a forma familiar de
hipercolesterolemia, a resposta à orientação dietética seja pequena, ela se
fundamenta na adoção de padrões alimentares adequados, de acordo com o desvio
lipídico apresentado, mantendo-se a ingestão de vitaminas e a quantidade de
calorias necessárias para o desenvolvimento e crescimento da criança ou
adolescente. Para tanto, devem ser avaliados os hábitos individuais e familiares.
Para melhor conduzir a orientação dietética, torna-se valiosa a colaboração do
pediatra e do nutricionista.
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dos LDLR; entretanto, haveria redução do risco cardiovascular. No estudo TESLA, que
utilizou evolocumab, um inibidor de PCSK9, em pacientes HFHo, houve benefício quando
havia parcial atividade dos LDLR (> 2%) .Outra alternativa pode ser o transplante
hepático,mas os prós e contras desse procedimento devem ser discutidos com os
familiares e o paciente.
CONCLUSÃO
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O diagnóstico é feito a partir da concentração de LDL-c maior igual a 190 mg/dl,
Além disso para diagnosticar baseia-se em exame de sangue e fatores como histórico
familiar, indicações de mutações, depósitos extravasculares de colesterol, entre outros.
Sinais clínicos como xantomas, xantelasmas e arco corneano, são de extrema
importância para o diagnóstico. O tratamento é feito por estatinas, atorvastatina,
rosuvastatina, sinvastatina, dependendo do caso, sempre receitadas por médicos. Para
pacientes que não podem tomar esses medicamentos é recomendado o uso de niacina,
ezetimiba e/ou colestiramina.
Por se tratar de uma doença genética um dos caminhos para aumentar a
expectativa de vida, deve-se manter uma alimentação saudável com auxílio de um
nutricionista e seguir o tratamento receitado pelo médico.
REFERÊNCIAS:
Patologia
https://doi.org/10.5935/abc.20120202
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/139925931534349877pdfL10-
REVISTA-SOCESP-V26-N3-04-10-16.pdf
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Variação da doença
https://socesp.org.br/revista/assets/upload/revista/5146812401616766323pdfpt01_revistasocesp_v31_01.pdf
I Diretriz brasileira de Hipercolesterolemia familiar (HF), Arquivos brasileiros de cardiologia, Rio de Janeiro-
RJ, 02 de Agosto de 2012 . Disponível em: www.cardiol.com.br. Acesso em: 14 de outubro de 2021.
Diagnóstico
Tratamento
- https://www.scielo.br/j/abc/a/YCTd7bFnndPZRyB9VRQzBqS/?lang=pt
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