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I

Numa sala de treinamento ampla estavam lutando Willian e Gray, em alguns


cantos tinham espadas de madeira, facas, arcos e flechas, na parte alta da sala tinha
observatórios que no momento estavam vazios. Ambos estavam vestidos parecidos,
camisa larga branca, uma calça folgada da mesma cor e coturnos pretos.

William era um menino de cabelo curto cor castanho, olhos de cor preta, sua
pele era parda se aproximando mais para o branco e tinha uma calda peluda parecida
de um lobo de cor branca. Gray tinha cabelos prateados e curtos, olhos de cor azul e
pele branca.

William estava indo para cima de Gray com duas espadas de madeira nas
mãos e Gray estava preparando sua base para defender e contra-ataca, William
começou a lançar sequência de ataques sem deixa abertura para Gray respirar, pois
ele sabia que só precisava de um erro para o amigo virar o jogo, porém mesmo ciente
de que não poderia errar ele demorou dois décimos de segundo a mais no quinto
ataque por conta de estar cansado fazendo com que Gray tivesse tempo de reação o
suficiente para ele segurasse o braço de William, virar o corpo, passa a perna na de
apoio de William e derruba-lo, além de pegar a espada do amigo e colocar contra o
pescoço do mesmo.

— Xeque. — Falou Gray com a voz ofegante que demonstrava que eles
estavam a treinar ali a tarde toda e que sua idade estava entre 8 a 9.

William sem aceitar a derrota lançou uma pequena labaredas pela boca
afastando o amigo, forçando-o deixar a espada em seu pescoço, William pegou
rapidamente a espada e se levantou rápido para atacar, Gray esperava aquela
investida então atacou também travando as espadas.

— Quan... Quando irá desistir? Essa j... já é a vigésima tentativa. — Falou


tentando recupera o folego.

Cansado William deslizou a lâmina de madeira contra a outra e lançou outro


ataque, mas Gray desviou para o lado e atacou a espada em vez do corpo de William
fazendo a lâmina voar pra longe e Gray estava a lançar outro ataque. William se jogou
para o lado e tirou de seu coturno uma adaga de madeira e posicionando-a
diretamente no pescoço de Gray.

— Xeque-mate. — Gray falou mostrando que tinha um clone de terra atrás de


William com a espada que tinha voado.

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— Acabamos por hoje. — William falou ofegante e cansado

Os dois abaixaram as armas e saíram das suas posturas e se olharam. Os dois


começaram a rir desabando no chão, eles estavam no meio da sala.

— Cheguei perto dessa vez. — Falou William com um sorriso.

— Sim. Mas foi porque eu estava cansado — Retrucou Gray

William deu uma cotovelada na barriga de Gray que volto a rir novamente.
Entre a risada ele tossiu um pouco, ele olhou sua mão e estava com sangue e sangue
de prata, um fluido de cor prateado, sendo que o sangue de prata estava a mais. Gray
se assustou, mas rapidamente voltou a sorrir e limpou sua mão em uma toalha que
ele guardava presa a calça.

Uma menina se aproximava junto com um menino. A menina parecia ter 14


anos, seu cabelo era longo de um estilo peculiar, nas raízes era escura e ia clareando
até as pontas que estavam loiras, quem olhava sem conhecer ela pensaria que era
tintura, mas ela nasceu com seu cabelo dessa forma, seus olhos estavam de cor
esmeralda, mostrava que ela estava com seu poder ativado, e sua pele era da mesma
cor que a de William, vestia uma camisa colada branca uma jaqueta preta, calça jeans
preta e coturno, e tinha uma calda peluda parecida de lobo de cor cinza. Ela era Elena,
a irmã de William. O menino ao lado dela tinha 12 anos, seu cabelo era encaracolado,
pele escura, e olhos cor castanhos, vestia uma camisa de cor amarela, uma calça
jeans preta e um coturno. Ele era amigo de William e Elena, Carl.

Elena se aproximou de William e deu um abraço.

— Como foi o treino Will? — Perguntou passando a mão em seu cabelo.

— Não venci, mas cheguei perto. — Falou tirando a mão de Elena para ela não
bagunça seu cabelo que já estava todo bagunçado.

— Eu vou na enfermaria ok? — Falou Gray com um sorriso e se levantando.

— Por que? — Carl perguntou.

— Meu exame de rotina. — Falou tentando passar por Carl

— Ok — Elena falou fazendo com que Carl se retirar do caminho.

O menino saio corredor pra fora da sala. Elena ajudou a levantar Will e eles
saíram da sala de treino logo em seguida conversando e seguindo um caminho que
deveria sempre ser seguido por causa das ordens dos adultos. O local era no subsolo,
conhecido como orfanato, era enorme tendo inúmeros corredores e salas, sendo um

~1~
local fácil de se perde. Onde eles passavam havia rondas de guardas, demorou um
certo tempo até estarem no corredor dos dormitórios que era um grande corredor
branco tendo a única referência os números pretos nas portas brancas que quase se
camuflavam nas paredes brancas. Após entrarem via três beliches, cada um com o
número de identificação

— Depois de treinar ir tomar banho se lembra das regras. — Falou Elena


tirando o casaco e subindo na cama de cima.

Sem falar nada William foi direto para o banheiro. Enquanto ele tomava banho
ele escutou Elena e Carl conversarem.

— Ryu não conseguiu também. — Era a voz de Carl

— Como? Não era apenas 30% de chances de dar errado. Como isso
aconteceu? Foi a May, John e agora Ryu. — Falou furiosa e indignada com a situação
que ela mesma contou.

— Eu sei é estranho, mas talvez foi azar ou sorte sei lá. — Carl falou tentando
deixar ela calma

— Tomará que eles estejam em casa agora. — Falou um pouco ingênua.

William não entendeu, mas percebeu que sua irmã estava sentindo um
sentimento ruim. Quando ele saiu do banho viu a irmã lendo com o livro no ar e
controlando a passagem de página com os dedos e Carl moldando um escudo logo
em segui transformando numa lâmina. Cada um procurou o que fazer fazendo com
que cada um ficasse perdido no tempo percebendo que estava na hora de dormi
quando as luzes se apagaram.

No dia seguinte William tinha acordado, com Elena e Carl, e foi para o refeitório,
um espaço amplo com mesas e cadeiras em toda a parte junto com inúmeras crianças
e no canto esquerdo dava para a lanchonete onde já tinha uma fila, ele se sentaram
no mesmo local, no canto direito da sala, e começaram a conversar besteiras,
demorou uns minutos até que Gray apareceu e se juntou a eles.

— Bom dia. — Gray falou acenando para todos.

— Bom dia. Acordou meio tarde, o que houve? — Perguntou Elena sem
pensar, pois, ela sabia do que se tratava.

— Nada. Foi apenas o que a médica disse ontem que me deixou sem rumo. —
Respondeu

— O que ela disse? — Perguntou Carl.

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— Que ele não pode mais lutar. — Respondeu Elena por cima dele, como
sempre ela conseguindo ver pouco da mente das pessoas, algo que no futuro ela
melhoria o suficiente para saber quase tudo da mente das pessoas.

— Ela disse que eu fui azarado de ter sido um dos trinta porcento. —
Complementou Gray — Parece que esses são meus quatro últimos dias aqui.

William estava abatido, um dos poucos da sua idade que ele conseguiu se
enturmar e que virou seu melhor amigo estava indo embora, era um sentimento
estranho e doloroso.

— Vai ir pra casa? — Perguntou William brincando com o garfo tentando


disfarça sua voz.

— Não sei quem são meus pais, eu acho... — Ele parou pra analisar e abriu
um sorriso. — Acho que irei ser adotado.

— Bom que você irá pra uma casa, um lugar melhor que aqui. — Falou Elena.
— Odeio esse lugar, porém é o único lugar que eu e meu irmão temos agora. — Cada
palavra era uma facada no peito de William, ele se lembrava que desde pequeno eles
fugiam sem ao menos ele entender o porquê até que o único lugar protegido era onde
eles estavam agora, não era o melhor, mas era o que precisavam.

— Ei! — Gray falou atirando uma pedrinha para Will. — Ainda temos quatro
dias pra nos divertir.

William forçou um sorriso, aquele sorriso de Gray algo que Will não entendia
bem, felicidade, ele sabia o que era, mas não sabia definir pois talvez realmente nunca
tinha sentido, sentimentos sempre foram um grande mistério e obstáculo para ele,
sempre tentava copia-los, mas realmente nunca entendia.

— Sim. — Falou tentando manter uma aparência feliz.

Após acabarem de comer foram para os quartos, o caminho todo William


estava pensando como Gray ainda podia abrir um sorriso. Depois de todos arrumarem
sua higiene foram para suas salas de aula, como sempre William sentava no fundo
da sala o mais longe de todos o quanto possível.

Ele olhava ao seu redor as crianças conversavam tranquilas e brincavam uma


com as outras sendo possível ver os grupinhos que já eram formados na sala. Poucos
minutos se passaram e um professor entrou na sala vestido com um jaleco e começou
a passar informações para os alunos, mas William parecia que nem naquelas
informações conseguia se concentrar.

~1~
— William, qual a ordem usamos para resolver essa operação. — O professor
falou apontando para o quadro que tinha: 3+5x2-4:2.

— Soma o 3 com o 5 depois multiplica com 2, em seguida subtrai com 4 e


depois divide por 2. — Falou propositalmente sem querer prestar atenção, já que ele
sabia daquela forma e queria tentar analisar melhor como seu amigo poderia estar.

— Como sempre respostas burras do aluno com menor nota e pior lutador da
sala. — Um dos alunos falou fazendo todos rirem

— Eu não entendo o porquê tenho que responder perguntas idiotas que eu já


sei a respostas pra ver se tenho ou não aptidão como vocês desejam. — William
sussurrou pra se mesmo. — Por que não me expulsão logo?

O professor logo reprendeu os alunos e começou a dar sermão em William,


que não prestava atenção, ele só queria ficar num local calmo, sair o mais rápido dali
e viajar pelo mundo procurando um local que ele pertencesse ou que ele pudesse
viver em paz, em sua mente ser expulso era uma opção para ele sai, mas deixar sua
irmã ali para protege-la. Em seguida a aula seguiu fluindo como sempre, com alunos
sempre olhando para William e soltando algumas risadinhas.

"Será que um dia eu irei ver um por um dessas crianças morrerem?" William
se perguntava internamente "Eu acho que irei amar ver isso" Ele pensou, e mesmo
que ele tenha pensado impulsionado pela ira realmente ele viu cada um morrer em
sua frente, em seu comando nas suas missões, mas diferente do sentimento que ele
esperava, somente dor e vazio era o que essas mortes o tinham trazido.

Depois da aula eles tinham tempo livre e William foi até Gray, para saber pela
boca dele a verdade, ele estava em um dos corredores que eles tinham descobertos
alguns dias, ali não passava nenhum guarda ou adulto e mostrava uma vista linda da
vida marinha. Gray estava sentado na janela com um livro, parecia estar tão imerso
ao livro que não ouviu os passos de William que ao se aproximar se sentou na janela
atrás, aquele silêncio era o suficiente para ele pensa na situação.

— Está bem? — Perguntou Gray

— Está feliz? — Perguntou William

~1~
— Sim e não, sim pois vou pra algum lugar que não serei forçado a fazer
exames o tempo todo e treinar a matar seres vivos não importando se é um ser
humano ou não, porém estou triste pois não irei mais ver vocês.

— Como sabe que está feliz? — Will falou mais frio o suficiente que nenhum
sentimento pode ser sentido de sua voz.

— Não sei dizer, você só sente. — Ele saiu do livro e olhou para William.

Os dois se olharam, William tentando analisar todo aquele rosto, para quem
não conhecia Gray parecia que estava normal, mas para William era visível que ele
mentia, Gray estava triste, aquela doutora tinha dito algo que ele ocultava e William
sentia isso. Ele voltou a olhar o mar e viu os peixes, como o mar podia trazer
tranquilidade era outro questionamento que ele não tinha resposta.

— Vamos lutar, mas dessa vez sem se segurar. Como é a última vez quero ver
se realmente você é superior a mim. Se eu ganhar você me contará o que a médica
realmente te disse. — William falou se levantando.

— Ok, se eu ganhar você aceita que irei embora e aceitará o que eu disse
como verdade.

~1~
II

A raiva era um dos poucos sentimentos que Will realmente entendia e mentiras
era o que deixava William mais irritado, seus ataques trasmitiam isso cada ataque
rápido e forte reforçava isso, eram tão fortes que a madeira rangia e dobrava um
pouco, além que dava pra ouvir o vento criado pela força e velocidade da espada.
Gray não tinha aberturas ele só veio entender o "sem se segurar" quando
aquela batalha começou, ele sentia toda a tensão da sua espada que o assustava
quando parecia quebrar, ele tentava desviar mas rapidamente William ia atrás
forçando Gray apenas se defender. Ataques após mais ataques sem parar, dessa vez
não tinha cansaço ou travas, William podia ser ele mesmo, transmitir quem ele era, o
que ele sentia, pela batalha.
Mas Gray viu um padrão, algo que tinha demorado mas percebeu, vendo o
padrão ele travou a lâmina de madeira de William dando logo em seguida um soco
na barriga de Will, seus olhos começaram a brilhar em branco e ele retirou um grande
retangulo de terra e jogou, William colocou as espadas juntas ao ante-braço e colocou
eles na frente para se defender mas logo em seguida Gray veio com um ataque em
arco com a espada fazendo com que ele mantece em defesa.
O coração de William batia rápido como se gritasse, e a cada segundo que
aquela luta se estendia seu coração se apertava, seu sangue estava fervendo
fazendo com que sua pele se avermelhace um pouco e seus olhos direito e esquedor
estava na cor vemelha e azul respectivamente. Ele abrio os braços empurrando Gray,
no seu rosto se materializava uma máscara com runas que se uniam e formavam um
rosto de lobo.
Gray se assutou, pois William parecia um mostro, mas quando iria bater duas
vezes no chão para mencionar que desistia William com uma velocidade sobre
humana pegou ele pelo pescoço e o colocou na pilastra. Gray tentava se liberta e
força a mão de Will mas tudo era ineficaz, então William rugiu e a máscara abrio a
boca de um lobo mostrando os caninos afiados, Will olhou mais perto rosnando,
aquela máscara tinha se tornado seu rosto.
Gray relutante criou uma lança de terra afiada e enfincou na barriga de William
se soltando e começou a tenta imobilizá-lo pulando nas costa de William, mas com
uma cabeçada ele foi jogado para longe, Gray ia criar uma jaula ao redor de William
mas ele começou a perde a consciencia e começou a agir como um animal também,
rosnando e grunindo, então ele pulou em William jogando ele no chão, ele era mais
forte que Will, mais rápido. Não era mais humano. Ele apertava tão forte os braços de
William que ele começou a gritar de dor e sua máscara começou a desmaterializar,
Gray se aproximava rosnando do rosto de William e iria mata-lo com uma mordida em
seu pescoço.

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— Parem ! — Gritou Elena e utiliazando a telecinese para separa os dois.
Gray recobrou a consciência pegou rapidamente a pilula que estava em seu
bolso e engoliu, suas pernas estavam bambas mas ainda conseguia correr então
passou correndo por Elena saindo do local.
— Desculpe, desculpe, desculpe... — Repetio inumeras vezes.
— Ai! Parece que eu exagerei um pouco — Will falou vendo seus braços, que
tinham marcas grandes vermelhas, e sentindo muita dor.
Elena olhava para ele com raiva e se aproximou rapidamente dele.
— Isso foi idiotice. — Falou furiosa e batendo em sua cabeça de leve — Você
está ferido? — Falou olhando os braços dele e agora toda aquela raiva tinha virado
preocupação. — Já te falei que não deveria usar o seu poder real.
— Bom, eu descobri que ele ta mentindo, a doutora disse algo a mais a ele que
ele não está contando. — Falou levantando e se apoiando em Elena.
— Vamos a enfermaria. — Ela falou segurando William com cuidado e foi o
acompanhou até a enfermaria.
Eles sairam e em todo o caminho pelo menos um guarda parava eles
perguntando: "Por que estavam indo pra enfermaria?" Ou "Que ferimentos são
esses", e Elena respondia rapidamente que William tinha caido da escada de uma
maneira estranha e com o seu poder de telepatia ela mostrava a "queda" que William
tinha caido, claramente uma cena falsa criada por ela.

Depois de um longo caminho com várias paradas, eles finalmente chegaram na


enfermaria e foram atendidos rapidamente pela mesma doutora, que atende eles,
Mary Parker. Uma mulher de aparência jovens de 25 anos, cabelos longos de cor
caramelo, olhos azuis, pele branca, vestida com um jaleco e uma prancheta na mão.

— Que ferimentos são esses? — Ela perguntou assustada colocando eles


rapidamente em seu consutório.

— Ele tava lutando e acabou se machucando. — Elena respondeu

— Gray? — Ela perguntou

— Sim. — William respondeu se contorcendo de dor enquanto a médica tocava


e avaliava o ferimento

— Eu disse pra aquele garoto não lutar. — Ela falou sussurando para se
mesma. — Sua sorte que você tem um fator de cura um pouco alto comparado aos
outros, se não estaria pior, tome esse remedio em 12 em 12 horas pra a dor aliviar a
dor e ele também é um ante-inflamatório. — Ela falou para ambos. — Saiba que uma
hora antes de dar o remédio ele ira sentir dor, então não der imediatamente quando

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ele sentir a dor, só quando der o horário. — Ela falou em direção a Elena e dando a
caixa de pílulas para ela.

Os dois sairam do consultório e foram direto para os dormitorios. No quarto


Carl esperava preocupado.

— E se eu não tivesse chegado? — Elena falou após fechar a porta. — Você


teria morrido.

— Como sabia que eu precisava de você? — William perguntou.

O silencio dizia tudo junto com ela tentando deviar o olhar de Will.

— Parem vocês dois. Eu mandei ela ir atrás de você. — Ele falou indo na
direção de William.

— Mentira. Você nunca soube mentir Carl. Você ainda não confia em mim.

— Você é uma bomba relógio. É claro que vou ficar de olho em você, além de
você ser uma criança, você é diferente deles. — Falou Elena.

— Como?

— Somos experimentos e vocês são... lobos de verdade. Somos obrigados a


ficar aqui por sermos ratos de laboratorio de cientistas, vocês podem sair se
quiserem... — Começou a dizer Carl

— Não! Não podemos! Não podemos pois não temos casa e nem pai, nem
mãe e todos os dias somos caçados por pessoas que até hoje não sei quem são e
nem o porque deles nos caçarem! — Gritou William.

— William ? — Elena tentou se aproximar dele para ver que suas ataduras
estavam realmente pingando sangue.

— Estou bem. — Falou se afastando. — Vou domir e prefiro que dessa vez
não esteja na minha mente. — Falou furioso indo para cama.

~1~
III

Naquela noite William poderia ter colocado aquele sonho nos top três sonhos
mais estranhos e no top um dos mais reais. Ele sentia o vento frio bater em seu rosto
e conseguia se ver numa floresta, numa clareira para ser mais exato, e próximo a ele,
perto das árvores, estava um lobo branco com olhos vermelhos,que se destacava na
escuridão da noite, o lobo parecia chama-lo e seu corpo seguia mesmo com sua
mente a hesitar.
Seguiam floresta a dentro por um longo tempo.
— Pra onde esta me levando? — Começou a pergunta para o lobo. — Por que
quer que eu siga?
O lobo parecia ir mais rápido ou William que estava mais lento pois quando o
lobo sumia atrás de uma árvore ele já estava 3 a frente, mesmo que parecesse
assustador William se sentia em casa, o frio não o incomodava, mas sim sentia paz,
ele penso que era um canto de paz, fechando os olhos e respirando fundo o ar da
floresta, o doce aroma das árvores, até que caio num abismo rolando.
Quando parou viu que a queda tinha sido bastante alta, possivelmente 5
metros, sua perna estava sangrando com uma delas quebrada, seus braços estava
arranhados e sangrando, a dor era tão real que ele se questionava se era mesmo um
sonho. Sendo ou não ele não podia ficar ali, ele conseguia ouvir barulhos de animais
por perto, então ele se levantou segurando os gritos e as lagrimas para não piorar a
situação, pelo menos conseguia andar, mancando mas conseguia, ele criou uma
chama em sua mão para entra dentro de uma caverna que ele encontrou.
Se do lado de fora estava escuro ali não era possível enxerga se ele não
tivesse a chama, ele caminhou um pouco mais a dentro para ver se era seguro e por
sorte ou azar aquela caverna não era tão funda, então sabendo que era seguro ele
começou a voltar pra perto da entrada para ele ter noção se já era ou não dia.
No meio daquela escuridão apareceu aqueles olhos vermelhos, os mesmos do
lobo porém maiores.
— Bom, vejo que você voltou pra me ajudar. Fico feliz porém acho melhor
seguir seu caminho. — Will falou fraco e cansado.
O lobo pulou em William e mostrava aqueles dentes, ele não conseguia se
mover parecia está congelado, naqueles dentes brancos ele começou a ver flashes
de Elena, mais velha, morta e estraçalhada por algum animal, Carl, mais velho,
estripado e decapitado por algum animal também, Gray com uma faca de vidro
enfincada em seu peito no colo de uma pessoa suplicando para não morrer, após
aquelas cenas o lobo olhou nos olhos dele e ele conseguiu se ver, mais velho e com
os olhos vermelhos em meio ao sangue e corpos, o lobo parou de rosnar e o lobo

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desapareceu deixando apenas a máscara, a mesma máscara que ele colocava em
seu rosto para liberar o poder verdadeiro, que caiu no peito de William, ele se segurou
para não chorar e gritar até aquele momento, mas aquilo foi a gota da água.
Ele gritou e se levantou da cama, após perceber que era apenas um sonho ele
colocou a mão no rosto, Elena rapidamente se levantou da cama e foi ver seu irmão,
e Carl logo atrás dela.
— O que houve? — Ela perguntou
Silencio foi sua resposta.
Ela tocou na perna do seu irmão para chama a sua atenção, ele olhou seus
olhos estavam inexpreciveis, ela entrou em sua mente e viu todas as imagens, uma
lagrima desceu pelo seu olho direito e ela foi abraça-lo. As luzes se apagaram e tocou
o sinal.
— Vamos comer. — Ele falou se afastando de Elena e descendo da cama com
a cabeça baixa. — Vamos comer, estou com fome. — Ele falou mostrando um sorriso.
— O que houve? — Carl se perguntava. Ele se sentiu desfalcado.
— Nada, deixe. Foi apenas um pesadelo. — Respondeu Will
Estranhando ele deixou passa e foram comer mas dessa vez Gray não
apareceu algo estranho, nem no café da manhã ou no almoço.
— Cade Gray? — William perguntou.
— Não sei mas temos que ir para aula agora. — Falou Elena.
— Will tem razão cade Gray, ele não apareceu nem no café da manhã e nem
agora. — Carl falou e quando viu que ela ia recusar ele falou. — Um dia de aula não
fara mal.
— Talvez ele esteja na enfermaria por causa da luta de ontem. — Respondeu
Elena.
— Então quero ve-lo. — Falou William.
— Ok, vamos fazer uma busca. William procure nos dormitórios. Elena procure
na enfermaria e eu cuido dos nossos esconderijos.
— Não é algo legal da gente fazer. Mas se isso vai te fazer feliz Will vamos —
Falou Elena.

E eles foram na busca desviando de todos os guardas possiveis ou dando


desculpas se eles não conseguisem desviar. Elena não conseguiu muitas
informações ou pistas, o mesmo para Carl que teve mais dificuldades para ir para os
esconderijos. E William tambem não achara em nenhum dos dormitorios que
possivelmente Gray estaria. Ele sabia que não encontraria nada nos dormitorios mas

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tinha uma possibilidade de Gray estar na aréa mais segura do orfanato, o Laboratório
que as crianças apelidaram.

Ele sabia do perigo e que a possibilidade de ser expulso da Alcateia era alta,
mas sua curiosidade falava mais alto, William foi até perto da aréa e percebeu que a
entrada não era tão difícil de entrar pois os dois guardas mais conversavam do que
prestavam atenção, então era questão e tempo dele conseguir acha uma abertura na
segurança.

Ao entrar ele percebeu o porque era conhecido pela sua segurança rígida, ele
mal conseguiu dar dois passos que precisou se esconder atrás de um armário e
demorou muito tempo para acha uma brecha para conseguir andar mais a dentro. Ele
teve que se esquivar das câmeras e dos guardas que mostravam ter rondas quase
sem ponto cego sendo forçado a dar muitas desculpas.

Mesmo com as difículdades ele consegui ir até as salas, ele sempre chegava
na porta olhava pela janela o mais rápido que dava e saia em direção a outra, parecia
que eram portas infinitas que só tinham o número preto na porta para se lembrar do
caminho. Ele já pensava em desistir quando ele olhou uma porta que novamente não
tinha nada, era hora de desistir e ir avisar aos outros, mas ele sentiu um perfume forte
masculino que vinha de poucos corredores distante, ele escutava os passos fortes e
rígidos, era um soldado.

Ele não tinha muito tempo para pensar então ele correu para atrás de algumas
caixas que conseguia esconder todo seu corpo. Os passos e o cheiro ficavam cada
vez mais fortes e próximos, até que parou a poucos sentimentros de William, o homem
parou na porta segurando a maçaneta e fungou procurando algum cheiro, William
tentava controlar o seu coração que poderia revelar sua posição, então o homem
entrou na porta.

Will não podia ficar muito mais tempo alí, era bem provável que Elena e Carl
estavam preucopados com ele, então ele foi abaixando um pouco o corpo para não
ser visto pelas janelas. Ele foi até o fim do corredor, vendo uma encruzilhada, ele
olhou para os dois lados e quando iria voltar para os dormitórios, ele sentiu uma mão
fria, pesada e o mesmo cheiro que tinha sentido a segundos atrás.

— Você vem comigo. — Falou o guarda, sua voz era forte e imponente que
faria qualquer um sentir um frio percorrer sua espinha dorsal.

William não tinha o que fazer então aceitou acompanha, eles foram para o
elevador e o homem apertou o penúltimo botão, demorou algum tempo até chegarem

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no andar que era composto de várias salas amplas de ambos os lados e um caminho
reto que dava a uma sala ainda maior que nela tinha três guardas que demonstravam
ser bem experientes, na lateral tinham duas espadas presas em um cofre de vidro
,uma era branca e longa com o fio da lâmina muito bem afiada que de olhar era
perceptível e a segunda era um pouco menor de cor preta que parecia não ser tão
afiada quanto a primeira, as duas tinham runas estranhas nas bainha que
estranhamente William conseguia ler, Dor e paz, parecia até que as lâminas o
chamavam.

Atrás de uma mesa estava um velho, de aparência caquética de pele escura,


olhos cor de safira e usava uma cadeira de rodas que ao lado estava uma espada
que em seu meio entre o cabo e a lamina ela continha uma pedra transparente, o
velho conversava com uma mulher alta de jaleco, de cabelo longo e de cor castanhos,
seus olhos eram da cor azul e sua pele era morena.

— Mil perdões Pai, porém encontrei essa criança em lugar que não deveria. —
Falou o guarda para o ancião.

— A esse é William, amigo do garoto que a senhora menciona. — O velho


falou, sua voz era fraca e baixa, mas mesmo assim imponente — Seria um bom jeito
de exterminar o monstro e treinar essa criança. Dois coelhos com uma cajadada só.

William não tinha ouvido nada daquela conversa, ele estava voando em seus
pensamentos preocupado em qual seria a punição para sua irmã e seu amigo.

— Não pode fazer isso, pode traumatizar a criança. — Falou a moça — Deixe
que os guardas extermine o monstro.

— Juntem a irmã dele e o amigo dele. — Falou o Pai como se a moça nem
tivesse falado.

— Sen... Senhor, você sabe onde está o meu amigo Gray? — Perguntou
William tentando ser cauteloso com as palavras e voltando aos poucos de seus
pensamentos.

— Daqui a pouco você o verá. — O ancião falou com um sorriso malévolo para
ele.

~1~
Depois de um gesto com a mão feita pelo Pai o guarda puxou Will indo para o
elevador. Na descida William conseguia sentir o olhar de pena que o guarda fazia
para ele, ele se questinaria para sempre o que passava na cabeça do guarda.

Longo tempo passou com eles descendo, quando finalmente o elevador parou
eles estava numa sala com armas em todos os cantos e armários, alí estava Elena e
Carl com rostos preocupados e com um pingo de medo. Elena pulou em Will
preocupada.

— Que bom, você está bem. — Falou Elena e Carl feliz quase juntos. — O que
você fez, onde ta Gray e o mais importante porque fomos forçados vim para aqui. —
Falou Elena

— Não sei, eu só estava procurando Gray. — Falou abraçando mais forte


Elena.

— Se preparem para subirem. — Falou o Garda que abriu uma porta que dava
a uma escada.

Os três subiram, parecia um coliseu e no alto estavam vários cientistas, alguns


guardas e o Pai, todos esperando para começarem a escrever e analisar. William,
Elena e Carl não estavam entendendo, mas do outro lado apareceu Gray acorrentado,
William começou a corre até ele. Gray derrepente gritou alto como um animal e
quebrou a corrente ficando numa forma de lobo humanóide com pelos marrons mas
que tinham a aparência de serem tão rigidos quanto o aço tendo apenas os pelos do
peito com aparência macia e seus olhos estavam cheio de ira.

Gray saltou na direção de William, Will queria pular para o lado porém seu
corpo travou. Era medo? Ele não teve tempo de pensar já que Elena o puxou com
sua telecinese fazendo ele cair perto dela. Quando Gray caiu ele criou uma nuvem de
areia então Will correu até Carl.

— Rápido uma espada, adaga, qualquer coisa afiada. — Ele pediu


desesperado

— Incendeia o chão. — Berrou de volta

~1~
— O que? — Questionou William

Gray saiu da nuvem de areia rapido querendo enfincar as garras em William


sendo empedido por Carl que entrou na frente e travou Gray com correntes de areia
que pareciam que não seguraria por muito tempo, que rapidamente se soltou mas
Elena travou os movimentos do Monstro e William começou a colocar fogo no chão
criando uma camada fina de vidro. Carl se aproximou do pouco vidro e jogou uma
adaga de vidro para Will, tão afiada quanto o aço mas ainda mais frágil que porcelana.

— Mate ele agora. — Gritou Carl

Mas William hesitou por um segundo lembrando que aquele era seu amigo e
se questionando se ele não poderia resolver isso de outra forma, , matar não era uma
opição para William mas era única forma, quando ele foi atacar Gray no peito o
monstro se soltou de Elena, e logo jogou Carl para longe indo na direção de William
que desviou do ataque jogando uma bola de fogo nos olhos da criatura. A William
pensava "Por que isso ta acontecendo? Eu não quero te mata Gray."

— William, pare de hesitar eu sei que pensar em matar seu amigo doi mais tera
que faze-lo — Falou Elena através de Telepatia.

Com lágrimas nos olhos William sabia o que era o correto e que somente a
morte traria paz ao seu amigo. Então ele segurou mais forte a adaga e embanhou ela
com chamas e Elena travou o movimento de Gray para Will conseguir acerta o
coração. Quando acertou os olhos de Gray parecia ter perdido toda a raiva e se
encheiram de lágrimas.

Gray caiu sobre William segurando forte a camisa de Will.

— Obrigado Will — Falou Gray com sangue indo a sua boca. — Eu sei
que...que não é o... — Gray tossiu cuspindo sangue. — melhor momento, mas
prome... — Novamente a tosse, William sentia que ele fracassou em dar uma morte
limpa e sem dor ao seu amigo. — Prometa proteger a nossa familia.

William não sabia como reagir, seu peito doia a cada palavra que saia da boca
de Gray.

— Crie um mundo melhor, onde ninguém mais ira sofrer. — Gray tentou abriu
im sorriso mas foi impedido com sua tosse, abaixo de sua pupilas estavam
começando a se preencher de sangue.

— Prometo. — Falou William chorando

~1~
— Seja um grande alfa. Pra mim e pra eles. — Gray falava abrindo um sorriso.

— Serei! — William gritou com lágrimas descendo rapidamente pelas suas


bochechas

— William eu não quero morrer. Eu não quero morrer William. — Suplicava


Gray inúmeras vezes segurando forte o seu amigo, finalmente a sua mascára caiu e
ele se rendeu ao medo.

Demorou um pouco até Gray se calar fazendo com que William se odia-se cada
vez mais por falhar mais uma ver com seu amigo. Carl e Elena se aproximavam de
William tocando seu ombro, eles começaram a ouvir palmas e comemorações, eles
olharam de onde vinha e era do observatório, todos comemoravam, comemoravam a
morte do amigo de WIlliam. Comemoravam a morte de Gray.

William se levantou e jogou a bola de fogo mais forte que ele conseguia criar
naquele momento, ele criara com raiva, raiva do mundo ser estranho, com raiva do
mundo ser tão cruel, com raiva de todos. A bola de fogo perfurou o vidro quase
acertando um cientista, que só não acertou pois o guarda protegeu. Todos pararam
de comemorar e olharam para as crianças, o Pai ainda mantia o sorriso

— Eu vou te matar. — William falou baixo na direção dele, falando mais para
ele mesmo que para os outros

— Pode vir. — O pai falou susurrando mas William conseguiu entender lendo
o lábios dele.

Quando William ia jogar outra bola de fogo seu corpo reagiu a adrenalina e
começou a vomitar.

~1~
IV

10 anos depois
— Eu queria que você pudesse ver esse Sol Gray. — Falou William deitado
num monte com a mão estendida como se ele quisesse pegar o Sol.

Ele estava de coturno preto, jeans preto e camisa branca com estampa de
lobo e inúmeras luas, mas não estava visível pois ele tinha um casaco de couro preto
que o encobria. Seu cabelo tinha criado um estilo diferente, crescendo um pouco
criando uma pequena franja na sua testa para o lado esquerdo.

A vista era de tirar o fôlego, o Sol se pondo no final do horizonte onde o mar
parecia também acabar. Will estava cansado e começou a pensar e lembrar do
passado, então logo adormeceu.

Ele acordou ouvindo galhos quebrando e aves fugindo, mas não levantou
manteve como estava, com o braço direito como apoio para cabeça e deitado de
barriga para cima, ele voltou a fechar os olhos, poucos segundos depois ele ouviu
passos leves constantes e quase imperceptíveis, mais alguns poucos segundos e os
passos pararam perto dele, próximo o suficiente para sentir a presença da pessoa a
observa-lo, ele conseguiu ouvir uma risada abafada logo após sentiu um peso em
meu braço direito e um corpo se aconchega nele, William abriu os olhos e viu o cabelo
que na raiz era preto e ia clareando até a ponta loira.

— Que bela forma de me acorda. — William falou meio sonolento. — Que horas
são agora?

— Boa noite, desde quando está acordado. Percebeu que tinha alguém vindo?
E respondendo sua pergunta já são... — Ela entrou na mente de alguém da Alcateia
que estava perto de um relógio. — Oito horas da noite.

Ela se levantou e ele olhou ela de baixo para cima, realmente Elena era uma
muher muito linda, ele não se lembra quando aquela adolecente se transformou
naquela mulher, ela usava coturno preta, calça jeans preto, uma camisa curta com a
~1~
estampa de estrelas e escrita "I'm superstar", usava uma jaqueta de couro preto, olho
verde esmeralda e cintilava uma dogtag em seu peito que continha, nome: Elena
Tunderstorm, sexo: feminino, data de nascimento: 19/06/2047, código:0035 e na outra
chapa estava escrito, classificação: melhoria humana, poder: telepatia e telecinese,
rank: S e letalidade: 10.

— Desde que você entrou na floresta. — William falou se levantando. — Se


quer me pegar de surpressa precisa ter passos mais leves e não quebrar nenhum
galho no caminho. — Finalizou abrindo um pequeno sorriso.

— Chato. — Falou virando o rosto como uma criança birrenta — Ah! antes de
me esquecer o Pai disse que temos uma missão pra fazer. — Ela falou e antes de
William pergunta porque o Pai não enviou toda a informação para eles irem logo para
missão, ela falou — Ele não me deu informações, eu perguntei "por que não dá logo
todas as informações", mas ele disse só com você pois você é um diplomata muito
melhor que ele com os Kitsunes, e eu não vou mais entra na mente daquele
pervertido.

— Ok. E só mais uma coisa. Não precisa deixar seu poder sempre ativado
comigo a sós Eli. — Ele Falou se aproximando dela. — Eu sou seu irmão eu sei que
isso te cansa muito deixar cem porcento do tempo ligado.

— Ok. — Ela falou baixinho como uma criança repreendida mas que Will
pudesse ouvir e desligando o poder e voltar a ter os olhos castanhos que deixavam
ela perfeita. Ela levantou a mão para uma borboleta pousar em seu dedo. — Incrível
como o mundo é tão estranho mas tão lindo. — Ela falou com um sorriso

— É. — A borboleta pousou em sua mão também. — Mas ele é perigoso e nele


não podemos confiar ou... — Ele respondeu afastando a borboleta e sem pensar, ele
parou de falar percebendo a idiotice que iria falar, parou para pensar em outra palavra
pra dizer.

— Ou...Ou poder ser ingênuo era isso que ia disser. Não é? — Ela falou vendo
a pausa para ele pensar em alguma outra palavra – Eu sei me cuidar e eu não preciso
de você pra cuidar de mim, pensei que já tínhamos conversado sobre isso. — Teve
um logo silêncio entre eles dois. — Vamos Carl está esperando a gente pra missão.
— Ela falou com um tom de decepção.

~1~
Ele concordou com a cabeça ainda desconcertado por falar daquela forma com
ela, mas era verdade depois da promeça de Gray ele tentava proteger ela por medo
de que se acontece com ela o mesmo que aconteceu com Gray, o que na sua visão
ele realmente protegia ela. Mas deixou pra lá, tirou a dogtag debaixo da minha camisa
e estava escrito: Nome: William Thuenderstorm, sexo: masculino, data de
nascimento:15/06/2050, código:0146 e na outra chapa da dogtag continha:
classificação: Elemental, poder: manipulação de fogo e água, rank: S, letalidade:8.

Ele seguiu ela morro abaixo adentrando na floresta e quando saiu da floresta
entraram no refeitório com inúmeras mesa como no refeitório do orfanato só que no
centro do refeitório tinha um palco com uma mesa e 4 cadeiras, era onde o Pai ficava
junto com seus 3 guardas pessoais, eles passaram direto para um corredor que tinha
cinco elevadores e pegaram um para o 11 andar , no elevador ela voltou aos olhos
esmeralda.

— Não era mais simples passar as informações a minha irmã assim eu não
precisava perde meu tempo e consumir o seu. — Falou William Rudemente mas com
um tom ainda possivelmente respeitável saindo do elevador em direção para o Pai.

— Seria, mas eu queria vê-lo — Sua voz parecia mais fraca que no passado,
mas incrivelmente não perdia um pingo de imponência — Vocês vão para Rússia.
Está acontecendo boatos sobre eles tentarem um soro para criar Gena-humanos com
sangue de Kitsunes, mas seria impossível pois a dois mil e setenta anos atrás criamos
um acordo de não perturbar a paz dos Kitsunes e eles não viriam pra nosso plano.

— Você achar que eles quebraram o acordo e quer que a gente olhe isso pra
você e além disso apaga toda a informação do soro e seus testes para não criarem,
é isso? — Will falou entediado.

— Eu sabia que você é um garoto inteligente. Isso mesmo.

— Não era tão fácil fala logo isso o velhote inútil.

— Tenha mais respeito com o Pai — Brandou os guardas sacando suas armas
— Da próxima você será considerado renegado e será morto.

~1~
— Ok! Ok. Estou indo. Até cãozinhos. — Falou indo de volta aos elevadores.

Quando William entrou no elevador começou a pensar "Eles estão mais


estressados que meus cachorros no dia que virão minha irmã" e Elena começou
a rir.

— Verdade, Nico até hoje lambe a ferida que ele me causou — Ela mostrou a
cicatriz que Nico tinha feito no seu pulso, era até grande. — Eu até que sinto pena.

Will abriu um pequeno sorriso se lembrando deles, Ellion e Nico, e acabou se


lembrando que já estava na hora de alimentá-los e dar água a eles.

— Aff — Se irritou consigo mesmo por não ter lembrado deles antes. — Vou
ter que ir lá alimentar eles e bota água.

— Ok, e aproveite e tome um banho só não demore muito pois eu e Carl


estamos te esperando. — Respondeu Elena apertando um botão no elevador.

Ele saiu no andar que Elena selecionou, o local parecia recepção de hotel e foi
correndo pra um dos corredores, depois de alguns minutos correndo ele começou a
ouvir um uivo que estava fazendo outros lobos uivarem mas quando ele chegou em
frente a porta do quarto o uivo parou então ele entrou e viu Nico, um husky siberiano
de pelagem branca e olhos azuis, só de olhar pensariam que era um lobo branco pelo
seu tamanho, ele pulou nas coxas de William querendo a atenção dele então ele se
agachou para dar atenção e carinho.

— Oi meu Lobão, eu sei que estava com saudade, mas cadê seu irmão — De
repente sentiu um peso nas suas costas e também lambidas na orelha, era Ellion, um
mestiço de pitbull de pelagem caramelada — Oi pitbullção como foi o dia pra vocês
hoje. — Falou dando atenção aos dois.

Ele se levantou pegando na prateleira na parte de cima um pouco de ração do


saco e colocou para eles e pegou dentro da geladeira água e coloco para eles.
Estavam tão famintos que nem deram atenção para ele, então ele foi tomar banho
como a irmã dele falou tirando toda sua roupa menos a dogtag.

Ao terminar viu os dois cães deitados em cima da cama mas não se importou
então começou a se vestir, botou uma calça de couro larga para não atrapalha a

~1~
movimentação, botou uma camisa branca colada com vários títulos de banda e nas
costas estava "Cool" junto colocou uma camisa preta de manga longa, pegou de
dentro do armário de armas duas espadas uma de bainha preta e outra branca, quatro
adaga que colocou em lugares diferentes do corpo mas de fácil acesso e colocou
duas pistolas no coldre posicionado lateral superior do tórax. Depois de se arma
colocou um casaco de couro preto ,dogtag, colocou nas uma mochila com lanches,
olhou para cachorros.

— To bonito? -Falou brincando depois deu carinho nos dois — Ellion você é o
alfa da noite.

Willam saiu do quarto e foi correndo aos elevadores e viu o guarda se senta na
recepção e se aproximou.

— Frost! Pode fazer um favor para mim — Falou chamando atenção dele —
Se eu não voltar até o amanhecer pode alimentar meus cães e bota água a eles?.

— Claro general! — Ele falou bradando colocando a mão direita no peito —


Seria um prazer senhor.

— Obrigado.

Ele pegou o elevador descendo até o ultimo andar passando por anda de
treinamento de submarinos e pessoas que podiam batalha melhor na água,
treinamento de voo e pessoa que podiam voar e o último controle de fogo mas depois
de alguns segundos já estava no último andar, começou a correr para um avião de
tamanho médio o suficiente pra 10 soldados onde estava minha irmã e Carl, Carl com
uma vestimenta parecida com a de Will.

— Demorou. — Carl falou, sua voz era grave e forte — Bora logo.

Eles subiram no avião e decolaram saindo pela cachoeira indo em direção a


Rússia. Não precissou demorar muito para o estômago de Elena começar a roncar e
então William pegou a parte dele dos lanches e jogou a mochila para Elena.

— Como saimos antes de comer pensei em trazer comida. — Falou William,


sendo na verdade que Elena sempre sentia fome em viagens então william tinha

~1~
trouxe para ela.

— Entendo o salgadinho e hambúrguer mas por que o enérgetico? — Ela falou


tirando um salgadinho e o enérgetico da mochila.

— O único que sabe pilotar um avião entre nós três é Carl. — Comentou
William

— Não confia em mim? — Carl perguntou com um tom malvado.

— Não, não, eu confio plenamente mas por segurança. — Falou rápido, tão
rápido que quase se engasgou.

Todos começaram a rir depois que ele falou aquilo, a viajem foi com eles
conversando sobre inumeras coisas aleatorias, quase que mal orientadas, mas que
eles entendiam muito bem. Passou algumas horas eles já estava inquieto então
William foi pra cabine do piloto e se sentou ao lado de Carl.

— Quer companhia? — Falou cansado.

— Seria ótimo — Respondeu ele. — Principalmente do general do quinto


regimento. — Acrescentou com um tom áspero, talvez fosse coisa da mente de
William.

— Agora percebi que nosso regimento é estranho. Ao mesmo tempo que


somos diplomatas somos guerreiros. — Falou tentando fazê-lo rir, mas não
aconteceu. — Que houve ainda com raiva de eu vira general e tu não? Isso já faz três
anos e você é meu sub-general. — William falou preocupado se ele tinha feito algo
de errado.

— Está doido, não é isso. — Ele sacudido a cabeça em negação — Eu to


querendo pensa. — Carl falou pensativo.

— Pensar sobre o que? — William perguntou

— E se acontecer mesmo a guerra — Ele falou preocupado. — Depois de


décadas, séculos de paz, iniciar uma guerra é idiotice principalmente do lado da raça
dos Kitsunes, eles os que se auto proclama os Deuses da sabedoria. Elas deveriam
saber que uma guerra vai destruir ambos os lados — Ele olhou atentamente para

~1~
William. — E se for armação e se não estamos sabendo de toda a história. Sabemos
que o Pai faz isso, de ocultar muitas informações.

— Pra que essa questão? — Realmente era uma boa questão, mas será que
toda essa desconfiança é necessária?

— E se tem algo maior por trás? Eu to falando pra que lado você vai lutar pelos
lobos ou pelas raposas, pela Alcateia ou... — Carl olhou fixamente para Elena que
estava dormindo. — Você uma vez disse que era por ela que você lutava e que ela
era parte da Alcateia então iria defender os dois, mas era tempos de paz e agora pra
que lado vai lutar.

— Irmão não se preocupe, nem sabemos se é verdade — Botou a mão no


ombro dele — E se isso for verdade eu vou proteger meus lobos, e você e ela estão
nesse meio de meus lobos — William Falou dando destaque em "você".

— Ok., mas você não acha que esta faltando informações? — Ele falou ainda
intrigado com a falta de informações que aquela história tinha.

—Sim, está faltando muita coisa, mas se o Pai não quis nos dar essa
informação, talvez seja porque ainda não podemos te-la.

— Ok. — Falou Carl um pouco mais aliviado. — Falta uma hora pra chegar na
Rússia acorda Elena.

Ele seguiu a orientação e chegou perto dela que estava deitada ele deu três
pequenos empurrões pra acorda-la, mas nada então a beijou na bochecha fazendo
ela acorda de imediato. Ao ver William, Elena deu um sorriso cansado e se levantou
da cadeira.

— Bora repassar o plano — Falou chamando Carl fazendo ele deixar no


controle automático o avião e apertou um botão pra aparecer uma mesa com um
holograma do lugar — Nossa missão é entra no laboratório e pegar todas as
informações e destruir todas as amostras. Então vamos entrar por cima, entraremos
pela tubulação e rastejaremos até a terceira saída a direita pra entrarmos na sala de
segurança e vamos desligar as câmeras e isso será com você — Apontou para Carl
— Pra hackear os computadores deles que não é só um, é uma rede extensa mas
vamos para central então vai desligar tudo — Carl aceitou com a cabeça — Então
depois vamos descer mais um andar e entraremos na primeira sala de pesquisa, onde
podemos encontrar informações e onde estão as amostras.

~1~
— Como se fosse fácil — Elena falou interrompendo mostrando hologramas
de uma ronda de guardas — Tem uma ronda de seguranças e eles não tem ponto
cego então talvez vai ser mais complicado ir até essa sala de pesquisa.

— Não pra gente, somos da Alcateia, não tem como nos parar — Retrucou
William abrindo um sorriso — Então apagaremos as informações e iremos até às
amostras para acabar com elas. Falta 37 minutos pra chegar ao laboratório então se
preparem.

Naquele curto período de tempo ele checou se todas as suas armas estavam
prontas e fáceis de pegar. Quando chegaram Carl colocou o avião no modo furtivo e
para circula o local repetidas vezes, depois disso chamou os dois e abriu a porta de
trás do avião e saltaram juntos. Foi uma queda rápida e fácil não tinham guardas no
teto aquela hora então começaram o plano entraram na tubulação, desceram uma
tubulação e continuaram rastejando por dentro daquele lugar apertado e foram a sala
de segurança, saltaram da tubulação sem fazer barulho.

Eles foram silenciosos porém tinha um guarda na sala que com uma coronhada
caiu, Carl se aproximou do computador e começou a digitar freneticamente enquanto
William guardava o guarda no armário e Elena protegia a porta com seu arco que
tinha várias runas que William conseguia ler, estava escrito julgamento. Com uma
aceno de cabeça eles estavam prontos para continuar, Elena entrou na mente de um
guarda que estava próximo e eles passaram por ele indo em direção ao elevador.

— Eu disse que seria fácil. — Falou William entrando no elevador.

Com poucos segundos ele já estavam no andar de baixo, eles foram um pouco
abaixados para uma sala para não aparecer na janela, ao entrar eles fecharam as
persianas e começaram a procurar informações, Carl no computador e Elena e Will
nas coisas materiais.

— Será que isso pode ser um presente para Jason? — Perguntou Elena
mostrando uma garrafa com um líquido branco transparente.

— Isso é ácido. — Falou derramando o produto na pia que começava a


produzir fumaça. — Isso séria melhor e ensinaria a ele as leis de Newton. — Ele falou
mostrando um pêndulo de Newton.

— Parem de bagunça, se lembrem estamos em uma missão. — Falou Carl

— Desculpa. — Elena e Will responderam simultaneamente.

~1~
Parecia que naquela sala não tinha nenhuma irfomação útil, mas parecia que
a sorte sorriu para eles, um cientista entrou na sala, William o puxou e colocou numa
cadeira sacando sua arma.

— Que bom que você apareceu pois precisamos de informação Senhor... —


Ele olhou o cracha. — Senhor Marcos. Nome legal. Bom, eu quero saber onde estão
as amostras e informações do projeto Gene-Humano.

— Pode tirar minha vida pois não sabera. — Falou Marcos sem pensar duas
vezes, sua oração demonstrava coragem, mas sua voz por outro lado não.

— Bom... E se eu fosse até sua casa e disser para sua filhar e esposa que
você morreu e que em breve elas estarão com você? — Falou William com um sorriso
malicioso depois de ver uma foto de familia que estava Marcos e duas garotas.

— Tá bom, está no sub-solo tudo, as informações, soro e espécime, Tudo. —


Falou Marcos desesperado.

— Elena? — William perguntou.

— Está falando a verdade. — Elena falou depois de analizar toda a informação.

— Bom vai sobreviver mas não ficara acordado. — Ele deu uma coronhada no
homem.

— Não era mais simple só eu ler a mente dele? — Elena questionou.

— Seria mas gosto de um pouco de drama. — Falou William sorrindo. — Queria


que todos fossem como ele. Entregou as informações logo. Foi bem fácil na real. —
Falou William.

— Nunca é fácil demais — Carl falou mexendo no computador —


Principalmente quando se trata de nós três, se lembram da primeira missão rank: D,
era pra ser fácil, mas acabou se tornando um pandemônio

— Não quero nem me lembra, aquele foi meu pior dia, então por favor sem
essa história. — Falou Elena.

— Que fofo vocês lembrando do passado. Gostaria de saber dessa história. —


Falou uma voz vinda de fora da sala.

Derrepente a parede foi quebrada por um Homem, ele era alto, com olhos de
cores diferentes sendo um azul e o outro um tom de limão, tinha pele clara, cabelos
curtos de cor branca e orelhas de raposa além de 9 rabos de raposa em sua costa.
Sua presença parecia que tinha uma áurea que emanava poder e ódio.

~1~
— Eu não sabia que os lobos poderiam ser tão fofos. — O homem falou com
um sorriso de criança que acabou de descobrir algo legal

— Eu acredito que você não deveria está aqui. Kitsune. — Falou William se
mantendo atento. — Quem é você?

— A onde está meus modos, sou Keruart, um dos três reis das terras dos
Kitsunes, o rei do Sul ao seu dispor. — Ele respondeu se curvando como se
apresentasse.

— Para um rei, você não parece um. — Elena falou tirando uma flecha da
aljava

— A senhorita tem um ponto, eu até poderia perde meu tempo tentando


convence-los a não lutar contra mim, mas cães pulguentos como vocês não iriam
entender. — Respondeu o Rei com um tom de deboche, que parecia ser bem forçado.
— Eu acho que posso brincar um pouco com a comida.

— Bom se somos cães pulguentos você é capaz de desviar dessa. — William


jogou uma bola de fogo e sacou as duas espadas e saltou na direção de Keruart.

Com uma mão ele apagou o fogo e com a outra segurou o pescoço de William

— Não acho que sou capaz. — Ele fez uma pequena pausa e trouxe William
mais perto da boca dele — Eu sei que sou capaz. — Falou fazendo William ver os
seus caninos afiados

Ele socou o estômago de William, fazendo com que ele voasse para outro lado
da sala, deixando William quase inconsciente conseguindo se manter acordado
apenas para observar. Keruart foi para cima de Elena e Carl veloz e atacando
ferozmente, Elena atirava flechas com alta velocidade mas Keruart se movia mais
rápido que as flechas mesmo com ela controlando as flechas pra fazer volta ao redor
dele.

Carl tentava atacar mas Keruart se movia suavemente desviando das flechas
e de Carl, ele se protegia dos ataques com um escudo de vidro de lobo, um material
mais forte que existia, e contra-atacava transformando o escudo em uma lâmina e
para se defender transformava de volta para escudo, mas os socos do rei eram tão
fortes que entortavam o metal, era questão de tempo para o material quebrar.

O Kitsune tinha razão, ele era capaz de derrotar os três brincando, era questão
dele querer mata-los que eles não teriam o que fazer, pois como ele disse ele ainda
estava "brincando com a comida", com poucos segundo se passaram Elena estava

~1~
sem flecha na aljava e o Escudo de Carl estava todo rachado e ambos ofegantes.
Eles já estavam em seus limites.

Elena jogou uma faca na direção de Keruart e pegou outra em sua cintura
avançando para atacar Keruart, ele desviou da faca com um movimento simples e
segurou o pescoço de Elena parando seu avanço.

— Tal irmão, tal irmã. — Falou Keruart com um sorriso.

— Sou um pouco mais esperta que ele. — Falou Elena com um sorriso

A lâmina que Elena jogou voltou fazendo um pequeno corte fino na bochecha
dele. Fazendo ele soltar Elena que caiu no chão, rapidamente ela se colocou numa
base de luta e chutou o peito de Keruart o empurrando para trás. Em seguida ela
pulou girando para dar um chute na cabeça do rei, mas rapidamente Keruart colocou
os dois braços pra defender o chute que não tinha nem força letal, já que Elena estava
no seu limite.

Keruart olhou para os olhos de Elena, ele sentia pena por eles ainda tentarem,
mesmo percebendo que seu inimigo era inúmeras vezes mais forte. Ele segurou a
perna de Elena e chutou ela para longe fazendo ela sentir uma dor irradiar por todo
seu corpo, além de perde toda ar. Quando Carl foi para cima do rei com ira em seus
olhos, Keruart deu um soco no escudo fazendo o escudo quebrar e quebrando o braço
de Carl fazendo-o cair sem consciência por causa da dor.

" É isso? Vamos morrer agora? Com eu falhando com eles e vendo eles se
esforçarem ao maximo e eu me esforçando para conseguir manter a consciência?"
William tentava se levantar mas seus musculos parecião virar concreto. "Eu não
posso fracassa, eu não posso quebrar minha promesa."

Parecia que o tempo tinha parado para William.

— Você falhou com eles. — Uma voz muito parecida com a de William
sussurou no seu ouvido. — Você é fraco. — Depois de falar a voz deu uma risada
travessa.

Uma silhueta foi para frente de William, ele não conseguia ver o ser, somente
os olhos vermelhos escalarte.

— E sua promessa? — A voz falou dobrando sua cabeça para o lado direito.

~1~
William sentia a sensação de querer matar, uma sede insaciavel por sangue,
ele não entendia se era realmente seus sentimentos ou a do ser em sua frente.

— Me de o controle e eu irei salvar eles. — O ser falava calmamente. Quanto


mais William ouvia a voz do ser aquela sensação crescia.

William iria aceita, parecia que ele estava perdendo controle de sua mente

— Não! — Will gritou com todas as forças e se tirando daquele transe.

Parecia que o tempo volto ao normal.

— Bom agora que vocês já cansaram de lutar por suas vidas patéticas está na
hora de vocês virarem minha refeição. — Keruart falava, sua voz estava inabalável
parecia que nem tinha fadigado.

William se irritava por não poder fazer muito, ele depois de muito esforço se
levantou forçando o seu corpo ao máximo.

— Bom você ainda quer lutar pela sua vida. — Falou Kitsune.

William caminhava mancando até ficar na frente de Elena e Carl. Ele pode não
ter feito muito na luta porém poderia dar uma abertura para eles fugirem.

— Adimiro sua coragem de mesmo depois de ver a minha força ainda que lutar.
Não para me vencer ou pela sua missão, mas pela família. — Keruart falou se
curvando mostrando seu respeito. — Por isso darei um fim sem dor a você.

Keruart foi para cima de William com toda velocidade e força, mas Elena puxou
todas as flechas para ela. As flechas vim com velocidade formando uma grande
parede atrás de Keruart prontas para acerta-lo.

Keruart só levantou a mão contra as flechas e todas foram queimadas por


chamas azuis, a última cartada tinha falhado e Elena acabou desmaiando. "É o fim ?"
William se perguntava.

— Que triste, pensei que fariam algo melhor. Realmente suas vidas tem o
mesmo valor que o nada.

— Que tal você enfrentar alguém do seu nivel? — Uma voz forte veio de fora
mas dessa vez essa voz era conhecida. Era Tio Jhon.

Tio Jhon atravessou a parede dando um soco forte em Keruart fazendo-o voar
para fora da sala, Jhon era alto praticamente tendo quase 2,25 de altura e muito
musculoso, tinha uma cauda grande de cor preta, seu corpo era coberto por
ferimentos cicatrizes menos em suas costas que avia o símbolo da Alcateia e não

~1~
tinha vergonha de mostra-los pois ele nunca usava uma camisa, ele era negro com
cabelos grisalhos com costeletas longas e olhos castanhos.

— Se a vida deles não vale nada, a sua vale muito menos. — Ele falou para o
rei e abraçou William. — Hora de ir para casa.

— Mas a missão... — tentou falar

— Eu sei destruir as informações e amostras. — Bom a missão era coletar mas


destruir para William já servia. — Já sei como resolver isso. Agora vamos sair daqui.
— Ele colocou nas costas William e Carl, e Elena ele levou no braços.

Ele pulou para fora do prédio e colocou os três no chão e voltou a atenção para
o prédio, colocou as duas mão no chão e tudo começou a tremer, então todo o terreno
do laboratório se desintegro criando uma grande cratera, ele pegou os três e colocou
dentro do avião e William finalmente apagou.

~1~
Uma pequena lembrança

2 anos atrás
William estava numa clareira com Jhon depois de uma longa conversa. Eles
pararam olhando para as estrelas. Aqueles poucos minutos ao lado de Jhon eram o
que Will tinha de ter um pai.

— Nem parece que faz um ano que você estava me perguntando se seria um bom
general. — Falou Jhon parecendo procurar algo no céu.

— Tudo passou muito rápido.

— Não podemos deixar o tempo nós levar como um mar. — Jhon falou olhando para
William fazendo o porquê daquela informação, depois Jhon se voltou para o céu. —
O céu está tão bonito hoje. — Fala Jhon abrindo um sorriso.

— Não vejo a diferença de hoje para os outros dias. — William falou se


deitando para olhar para o céu.

— Só não muda aquela única estrela. — Jhon apontou para uma estrela que
brilhava forte. — Um dia encontrara uma estrela que sempre clareara os seus dias.

William não entendia, talvez fosse sobre os rumores da falecida esposa de tio
Jhon. Will sentia pena, nunca viu tio Jhon com raiva com as pessoas da Alcateia e
sempre com um sorriso no rosto. "Então porque uma pessoa tão boa tinha que
perde alguém tão importante" pensava Will. O mundo para William era estranho
mas ao lado de Jhon parecia que ficava um pouco mais normal.

~1~
V

William sentiu uma mão passando levemente em seu cabelo, ele chutou que
era Elena, mas abriu os olhos para ter certeza. Elena estava bastante fraca, mas
continuava com um sorriso enquanto movimentava o cabelo do seu irmão. Carl estava
com o direito numa atadura, William se lembrou como estava horrível o braço dele.

— Quanto tempo eu dormir? — William perguntou se levantando do colo de


Elena, colocando a mão na barriga ainda sentindo uma dor, fraca, mas sentia,
"provavelmente o tio Jhon injetou algo para dor", William pensou.

— Umas quatro horas, são cinco horas da manhã. — Jhon falou da cabine. —
Se eu posso perguntar por que vocês lutaram como se estivessem sozinhos?

Todos os três olharam em dúvida para a cabine do piloto.

— Vocês três são os mais fortes do quinto regimento e estão no top 10 de toda
a Alcateia. Carl você estava pensando o que atacando e se defendendo sem ter um
plano? você sempre trabalha melhor sobre pressão, então você deveria conseguir
criar um plano, mesmo um de fuga. Elena por que não disse o seu plano? Por que
não travou aquele Kitsune com sua telecinese? Você não precisa da voz para disser
seu plano e você reage muito no impulso. E William você é um general não é mais
uma criança. Por que revelou seu ataque? Pra que foi para cima sozinho? Vocês três
são um time desde pequenos e são incríveis, porém e se eu não tivesse aparecido?
— Falou Jhon furioso

Ele estava certo todos cometeram erro, mas também nunca enfrentaram
missões que tivesse um inimigo com aquela força. Estando em tempos de pais,
enfrentar um inimigo do nível de Keruart ou uma missão que precisasse de mais
concentração era algo novo para eles. Mas agora eles sabiam que era verdade. A
guerra começou.

— Quando chegamos, que será daqui a duas horas, se arrumem, pois, iremos
ter uma reunião diplomática com os Kitsune do Norte. — Falou Jhon. — Acho que
isso dá tempo de vocês se recuperarem até lá.

~1~
Os três concordaram com a cabeça, William voltou a deitar no colo de Elena
que voltou a mexer no cabelo dele e passaram a viajem toda em silencio. E o jhon
estava certo pois a dor sumiu em meio a viajem, até o braço do Carl tinha melhorado.

Quando eles chegaram os quatro desceram do avião e viram um portal aberto.


Passando três mulheres, a do meio se vestia como uma rainha, tinha um cabelo longo
de tom caramelo, olhos castanhos parecendo de gato, orelhas como as de raposa, e
sua pele era branca. Ao lado dela estava as duas outras mulheres.

A da esquerda era um pouco mais alta que a da direita, sua roupa era de uma
guerreira, uma armadura peitoral com os lados abertos com um símbolo na frente de
duas raposas de costas uma para a outra e no meio uma espada, por baixo uma
camisa de couro, por baixo da camisa de couro era visível uma camisa de cota de
malha, em suas costas estava um escudo com o mesmo símbolo e em sua lateral
tinha uma espada. Ela também tinha um cabelo longo loiro, seus olhos de cor azul do
mar parecido com de um gato, suas orelhas como de uma raposa e tinha oito caudas.

A do lado direito estava vertida da mesma forma só que sem o escudo, ela
tinha um cabelo curto de cor preto parecido com de homem, suas orelhas também
parecidas de uma raposa e seus olhos era de cor verdes como de um gato.

William saio do grupo dele e foi para perto das três moças indo em direção a
moça do meio, mas foi interrompido pela moça da esquerda.

— Fique longe da majestade. — Brando a moça

— Olá Mary, a quanto tempo? — William falou para a moça do meio como se
a protetora não existisse.

— Se der mais um passo irei te mata senhor William. — Falou novamente.

— Deixe Nix, ele é um conhecido meu. — Falou Mary. — William você cresceu.
E parece que sua missão não foi tão bem.

— Sim. — William falou triste de lembrar da derrota. — Pera como ela sabe
meu nome? — Questionou William.

— Sei mais de você do que você imagina. — Falou Nix abrindo um sorriso que
se William não tivesse visto a cara seria de Nix não teria percebido. — Nós vemos na
reunião. — Falou com as três indo embora.

~1~
William já tinha visto olhos azuis, mas aquele tinha chamado tanta atenção
dele, mas tentou não pensa muito naquela Kitsune e voltou para os outros.

— Elena vai ser eu e você que vai na reunião, você vai aguenta? — perguntou
William ajudando a pegar o arco e vendo que o pêndulo tinha sido salvo.

— Sim. — Ela falou abrindo o sorriso. — Sempre somos nos dois que vamos
para reunião.

— Ok vou me arrumar. — Falou William indo para os elevadores.

Ele subiu para o andar dos quartos e Frost estava lá se arrumando para trocar
com o colega.

— Senhor eu já coloquei a comida e água para os dois cachorros, eles parecem


um pouco tristes.

— Muito obrigado Frost.

William entendia, ele que sempre colocava a ração e água para eles e ensinou
que se ele não voltasse depois do amanhecer era porque ele estava morto, uma forma
de fazer com que os cachorros saberem que um dia ele não poderá estar por eles.
Então ele saiu andando para o quarto e quando abriu a porta os dois cães pularam
felizes, então como o tempo já que o horário da reunião era 8:30, ele passou
brincando com os cachorros depois foi tomar um banho.

Ele colocou um terno e ficou vestido totalmente elegante, mas sem a gravata
pois ele sempre odiava aquilo, pois ele pensava que era uma coleira. Depois de se
olhar no espelho para ver se estava vestido adequadamente ele saiu indo para o
quarto de Elena. Chegando ele bateu duas vezes na porta.

— Entra! — Ela gritou de dentro do quarto.

Ela ainda estava colocando o salto e seu blazer estava apoiado na cadeira, ela
estava mais bonita do que ela podia ser nos olhos de William, quando ela terminou
de colocar o salto Will se aproximou, ela estava com uma franja por causa do cabelo
está no estilo long bob, ela parou e olhou para ele, William passou a mão colocando
o cabelo para trás da orelha dela, ela abriu um sorriso e se levantou pegando o blazer
e colocando ela olhou para ele.

— To bonita? — Ela perguntou percebendo como o seu irmão a olhava

— Está perfeita. — Ele falou feliz em ver o sorriso de criança que ela ainda
tinha. Nesses momentos William se sentia como o irmão mais novo novamente, pois
sempre ele agia como irmão mais velho em reuniões ou com as pessoas.

~1~
— Bora para não chegar atrasado de novo por minha causa. — Ela falou
puxando-o

Os dois saíram para o elevador e foram para sala de reunião, na sala já


estavam todos os líderes dos outros três regimentos, as Kitsunes do Norte, dois
líderes da ONU e o Pai. A sala era grande, no meio uma mesa redonda e na ponta
da sala tinha uma mesa para projetar imagens holográficas.

— Como todos estão presentes podemos começar. — O pai falou.

O Pai era o general do primeiro regimento e alfa da Alcateia atrás dele estava
um dos seus guardas pessoais, ao lado direito do Pai estava Jhon com smoking que
visivelmente tinha sido feito a mão somente para ele, Jhon era líder do segundo
regimento e atrás dele de pé estava uma Mulher, a sub general dele, uma moça de
cor de pele negra, com cabelos negros num Black Power, com roupas parecida com
a de Elena. Na frente de William estava uma moça velha, com cabelos brancos curto,
pele parda, mas seus olhos pareciam jovens tão escuros como obsidiana e atrás dela
estava uma adolescente que parecia ter 16 anos, sua pele era parda, seu cabelo era
curto negros e pintado nas pontas de azul, seus olhos era de cor castanhos.

No Lado esquerdo do Pai estava o líder do quarto regimento, um jovem de 23


anos de olhos azuis, cabelo de cor preto e pouco ondulado, de pele branca, logo atrás
dele estava um homem de rosto com traços fortes, olhos castanhos-dourados, com
cabelo castanho e pele branca. Logo ao lado de William estavam os dois homens da
ONU sentados de roupas elegantes e do outro lado estava as Kitsunes.

— Todos que estão aqui devem saber do nosso acordo com os Kitsune. —
Falou o Pai. — Ontem Foi descoberto que os Kitsunes do Sul quebraram o acordo.
Estamos aqui hoje para decidimos o que faremos com ou contra todos os Kitsune
pedir ajuda dos humanos nessa guerra.

— Primeiro, nós não somos culpados se os Kitsunes do Sul querem iniciar uma
guerra que provavelmente os Kitsunes central iram ajudar eles, segundo os humanos
são fracos e morreriam fácil nessa guerra. — Falou a rainha. — Eu aconselho que
criemos uma aliança.

— Também gostaria, mas terão que seguir regras que nós colocaremos. —
Falou o Pai.

~1~
— E da última vez vocês recusaram os nossos acordos. — Falou à velha.

— Logicamente, vocês queriam escravizar meu povo. Eu nunca iria aceitar.

— Desculpe me intrometer, mas os acordos foram bem justos na real, tanto na


visão dos lobos como os dos mundanos. — Falou o homem na ONU. — E falando
sobre auxiliar nessa guerra, nós gostaríamos de entregar vinte porcento dos soldados
de qualquer nacionalidade que a Alcateia queira.

— Bom, parece justo para vocês pois são cachorrinhos desses cães. — Falou
Nix.

Com aquela única frase o caos foi instaurado, todos estavam a gritar e reclamar
uns com os outros até acabando relembrar do passado entre os líderes dos
regimentos e criando uma discussão entre os próprios líderes, enquanto isso William
ficava quieto ouvindo tudo e se irritando como deveria ser uma conversa civilizada se
tornou em uma discussão. Elena viu como seu irmão estava se irritando por sentir
todo o calor perto de William ia sumindo.

William odiava está em meio de discussão que nenhum dos lados queria se
ouvir, isso o irritava muito. Então ele levantou colocando todo o poder de gelo na mão
e bateu na mesa fazendo o poder se espalhar, assim chamando a atenção de todos,
os cafés em cima da mesa viraram pedras de gelo, a mesa ficou com uma camada
fina de gelo e as pessoas também tirando Elena, a sala ganhou uma tonalidade azul
e qualquer coisa quente que podia estar ali perdeu todo o calor.

— Se querem discutir como animais e serem destruídos internamente antes


que comece a guerra pode continuar, mas sem mim. — Gritou William que olhou ao
redor e viu que todos estavam prontos para sacar suas armas. — Para vocês
esfriarem a cabeça para se lembrarem que são adultos, uma pausa de uma hora. —
William falou devolvendo o calor a sala deixando tudo como era antes só que com as
pessoas e a mesa um pouco molhadas.

William saiu da sala junto com Elena.

— Não acha que exagerou? — Elena perguntou com um tom sério.

~1~
— Eu quero resolver os problemas e não deixar que criem outros. — Falou
William indo para os elevadores. — Eli olhe como eles estão e diga que teremos uma
pausa de uma hora — Falou entrando no elevador.

Ele desceu até o refeitório e foi para a floresta em direção a clareira, mas antes
de chegar ele viu uma criança brincando com uma mulher, a criança parecia William
quando criança tendo a cauda a única diferença entre eles dois, já que a criança não
a tinha. Ao lado do jovem seguia uma mulher, ela estava vestida com um jaleco, um
salto alto, cabelo longo preto, olhos castanhos, uma cauda de cor preta e pele parda.
William se aproximou com um sorriso.

— Will. Como foi a missão? — Perguntou o jovem.

— Oi Jason, não foi das melhores, mas foi completa. Eu trouxe um presente.
— Ele mostrou o pêndulo.

— Valeu Will, vou usar pra aprender as leis de Newton. — Era óbvio que Jason
não estava alegre com o objeto, mas sim com o carinho que William tinha ao entregar
o presente.

William passou a mão no cabelo do garoto vendo a alegria que ele ficou.

— A Will, essa é minha amiga Letycia ou pode chama-la de Let. — Jason falou
apontando para a moça ao seu lado. — Bom agora dá pra você tentar ter uma
namorada. — Falou sussurrando para William.

— Ei! — William falou repreendendo o menino com um tapa na cabeça. —


Muito prazer sou William. — Ele falou estendendo a mão para Leticia.

— Muito prazer senhor William, ouvi muito de você. — Ela apertou a mão de
William.

— Ouviu? — Questionou, pois é claro que ela ouviu todos souberam quando
ele se tornou o líder do quinto regimento. — Você é novata aqui?

— Sim. Como soube? — Ela perguntou estranhando.

— Bom. — William fez uma pequena pausa tentando conter a risada. — Eu


sou o general do quinto regimento e nunca te vi por aqui. — William falou sorrindo

~1~
para a moça.

— Ah! Mil desculpas senhor William. — Ela se curvou em desculpas.

— Tudo bem, pode me chamar de Will. É assim que todos me chamam. — Ele
falou tentando colocar a moça de volta a postura reta. — Todos os amigos de Jason
são meus amigos também.

— William é super gente boa. — Falou Jason.

— Ok onde estávamos quando eu tive que ir em uma missão? — Perguntou


William tirando o palito em posição de caça

Então eles começaram a brincar, a moça se sentou de baixo de uma árvore


para observa, William e Jason brincavam como um pai e filho.

— Eu acho que a gente não conversou direito. — William apareceu se


sentando do lado da moça que se assustou com a aparecimento repentino de William.

— Um clone? — Ela perguntou se questionando como tinha um William do lado


dela e outro brincando com Jason.

— Sim. — Ele respondeu se recostando na árvore. — Quanto tempo você


chegou?

— Umas duas semanas atrás. — Ela respondeu colocando a mão na boca


para tampa o sorriso por ver Jason quase cair na brincadeira. — Então é você que
faz Jason tão feliz, agora entendo a diferença dele para os outros garotos.

— Na verdade é ao contrário, ele que me faz feliz. — William falou abrindo um


sorriso. — Ele é uma criança incrível, então ao menos quero dar uma parte de uma
infância normal que ele não pode ter.

— Ele fala tanto de você. Sempre pede pra te ver. — Let falou virando para
William. — Agora eu entendo. — Ela sussurrou pra se mesma. — Você é uma grande
inspiração pra ele.

— E ele é um dos meus motivos de continuar a lutar todos os dias. —


Respondeu se levantando. — Vamos! Vem brincar com a gente. — William falou
estendendo a mão para ajudar ela levantar

~1~
— Vai lá, ele quer brincar com você. — Let tentou recusar, mesmo querendo
realmente brincar com Jason.

— E eu quero brincar com você. — William falou abrindo um sorriso que fez
Letycia se encantar por aquele sorriso. Ele a ajudou a levantar com cuidado. — Bom
acredito que seja melhor tirar seu salto. — Ele a aconselhou.

— O que? — Ela não entendeu o motivo.

— Ok. — Ele falou abrindo um sorriso travesso. — Jason! — William puxou a


atenção de Jason e colocando a mão no ombro de Let. — Ta com Letycia! — William
gritou começando a correr pra o mais longe dela.

Ela se espantou e rapidamente tirou os saltos e começou a correr atrás deles,


William e Jason eram muitos mais rápidos e ainda usavam as árvores para
escaparem dela.

— Não consegue me pega. — Jason falou se sacudindo em cima de um galho


brincando com Let que estava logo embaixo dele.

— Volta aqui. — Ela falou dando alto o suficiente pra quase pega o pé de Jason
se ele não tivesse tirado rapidamente.

— Essa foi por pouco. — Jason sussurrou pra se mesmo e fingindo tirar suor
da testa. — Vamos lá você consegue Let. — Ele falou pulando da árvore e começando
a correr para o mais longe possível se aproximando de William.

Eles brincaram por alguns minutos que para eles pareceram poucos
segundos, quando William queria saber se não estava atrasado ele deu uma olhada
no relógio e viu que faltava trinta minutos.

— Desculpa Jason, mas tenho uma reunião em trinta minutos. — William


colocando o palito. — Foi um prazer te conhecer Let.

— Igualmente Will. — Let respondeu tentando recuperar o folego.

— Até Will, depois a gente brinca mais. — Falou Jason dando um abraço em
William.

William saio em direção para o refeitório e antes de entrar olhou para cima e
viu que tinha uma janela que dava ao corredor para a sala de reunião. " por que não
me exercitar um pouco?" pensou William, ele tirou o palito e amarrou na cintura e

~1~
criou uma lâmina de gelo na ponta do sapato social e colocou unhas afiadas de gelo,
então começou a escalar subindo pouco a pouco, mesmo que demorasse ele sabia
que daria tempo.

Ele subiu até a área dos dormitórios quando olhou para o lado e viu Nix, ela
estava com uma roupa casual, uma camisa de cor branca colada e uma calça jeans,
ela estava fumando tranquilamente apoiada no parapeito, com o mar atrás dela a
cena era linda, William achava muito linda. William ficou ali admirando por alguns
segundos parecia que Nix nem tinha percebido a presença de William.

— Saberia que horas são? — William perguntou percebendo que no braço da


Nix tinha um relógio.

— São nove e vinte e três. — Falou Nix olhando o relógio tranquilamente como
se já tinha visto William ali a muito tempo. — Todos os lobos são estranhos como
você? — Perguntou dando outra tragada.

— Alg.... — Quando ele ia responder ela jogou fora o cigarro e entrou de volta
para o quarto. — Tá bom, tenho que volta a subir.

Ele subiu mais, ele já estava próximo da janela a lâmina do pé esquerdo


quebrou deixando ele sem equilíbrio, ele iria cair, mas sentiu algo o segurar da janela
olhando para baixo estava Elena, ela já esperava que seu irmão fizesse algo desse
estilo, ela puxou ele para a janela com a telecinese e ele entrou.

— Obrigado. — Falou entrando

— Bora que a reunião já vai começar. — Ela falou puxando-o para sala de
reunião

Eles foram logo e entraram na sala, todos olharam para William estranho, algo
previsível depois daquele ato de explodir com todos, mas era por causa do palito
preso a sua cintura de William, quando ele percebeu desamarrou e colocou.

— Agora que todos estão presentes podemos re.... — O Pai começou a falar.

— Podem me ouvir. — William impediu o Pai. — Eu vou iniciar dizendo perdão


dos Lobos para os Kitsune pelo sangue de você derramado e como nós os tratamos.

~1~
E eu quero reformular o tratado, de hoje em diante todos os Kitsunes que forem
aliados e amigos da Alcateia poderá ir e vim da dimensão primaria... — William falou
em pé com um tom imponente.

— Você está maluco? Você não pode mudar o tratado. — O líder do quarto
regimento tentou reclamar.

— Sim estou, na verdade eu sou maluco e posso sim. — William falou rosnando
mostrando os caninos de lobo que ele tinha. — Mas eles viveram na ilha da Alcateia,
assim ficaram sobre nossos cuidados e responsabilidade. Como eles agora tem o
direito de ir e vim podemos também ir e viver na sua dimensão sobre proteção de
vocês como vocês também podem viver aqui se quiser. Aceitam como está Pai e
Mary.

— Por mim não vejo problema sempre quis mudar essa merda de tratado. —
Falou o Pai.

— Por mim também não vejo problema, mas isso tudo só para uma aliança.
Qual a pegadinha William Thunderstorm?

— Não tem pegadinha. — Falou olhando para Nix. — Se queremos ganhar


não precisamos de uma ligação tão fraca como uma aliança, mas sim precisamos de
amigos — Falou olhando para diretamente para os olhos azuis de gato da Kitsune.

— Uma aliança pode se quebrar facilmente se um dos lados quebrar os


acordos, sendo amigos podemos ter o direito de perdoa para ambos os lados. —
Falou Nix. — Pelos Kitsunes eu lhe desculpo e peço desculpa pelos mesmos motivos.

— O passado ficou no passado. — O Pai falou.

— Pai, saiba que vocês terão muitos gastos construindo mais dormitórios e
fabricando armas, além de termos que pagar os soldados. — Falou o homem da ONU.

— Como o senhor aceita essa criança mudar simplesmente o acordo e fala


assim com um dos líderes. — Falou à velha.

— Pois ele trouxe solução e não problemas, além dele ter razão. — O pai falou
contra a líder do terceiro regimento.

— Minha pergunta para o senhor. — Falou a rainha na direção do alfa. — Você


quer também a liderança das minhas raposas?

~1~
— Ambos comandaram a Alcateia e as raposas. — William gritou. — Duas
cabeças pensam melhor que uma assim vocês controlaram e se não chegar a um
acordo iremos chamar uma reunião.

— William, como eu já disse você é um garoto inteligente. — Falou o Pai com


um sorriso.

— Agora financeiro não é para mim. Fiquem à vontade para olhar as áreas
acessíveis para vocês, pois estou a me retirar. — Falou Will para as Kitsunes

— E também podem me dar licença vou arrumar umas coisas — Tio Jhon falou
se retirando da mesa.

William e Elena começaram a sair vendo como os outros dois líderes ficaram
furiosos, depois de fechar a porta da sala eles foram para os elevadores, mas Will
sentiu uma mão pesada em seu ombro e gargalhadas de um homem.

— Garoto você tem coragem. — Jhon falou rindo. — Eu nunca vi aqueles dois
com aquela cara.

— Aprendi com um velho grande corajoso. — Falou com um sorriso, fazendo


os dois cair na gargalhada.

— Vou arrumar umas coisas depois a gente se ver. — Jhon falou quando foi
cutucado pela mulher ao seu lado.

— Ok, tomara que a gente se encontre numa situação diferente de ontem. —


Falou William acompanhando Elena no elevador.

— Você foi maluco. — Falou Elena. — Mas estava certo em acerta logo tudo
entre nós e os Kitsunes.

—Vou treinar, vai me acompanhar? — Ele perguntou.

O elevador parou no andar dos dormitórios.

~1~
— Depois do que aconteceu essa noite irei dormir. — Falou Elena passando
direto da porta de William.

William entrou e viu os dois cães brincado com uma bolinha. Ele foi e trocou
de roupa para uma mais leve, camisa branca folgada, uma calça moletom e colocou
logo a ração e a água para não se esquecer e poder treinar mais. Então saiu indo
para os elevadores.

Nix, Mary e Quin depois da reunião foram olhar como era a Alcateia, elas até
que gostaram do lugar e lembrava um pouco o castelo.

— Eu acho que aqui é o lugar que eles falaram que era a sala de treino. —
Falou Nix.

Eles estavam num corredor que do lado tinha vidro e dava para ver uma sala
ampla com armas de madeira nas laterais. Lá estava treinando William contra um
robô com forma humana que atacava rápido com movimentos fora de padrão.

— Vamos computador aumenta o nível ainda está muito baixo. — Falou William
desviando dos ataques como se fosse nada sem nem mesmo olha o robô.

— Aumentando para nível difícil rank ss. — Falou uma voz robótica

William começou a desviar mais rápido e ficar mais atento com o robô que tinha
ficado mais rápido e com mais dois braços. Nix achou estranho, mas gostou de ver
como William era tão bom quanto dizia nos relatórios.

— Acho que está ocupado. Vamos olha outra coisa depois a gente treina
rainha. — Falou Nix sem tirar os olhos de William abrindo um sorriso.

— Vai lá. Eu olho outros lugares com a Quin. — Falou a Mary, vendo a
felicidade no rosto da sua guarda, e pensando se William conseguiu afetar o coração
de gelo da Nix.

— Mas senhora. — Ela questionou.

— Tudo bem Nix eu cuido dela. — Falou Quin.

~1~
Ela acenou com a cabeça e seguiu o corredor e Quin e Mary ficaram
observando da janela.

— A senhora acha que aquele cão conseguiu roubar o coração de Nix. —


Perguntou Quin.

— Ainda é cedo para dizer. — Mary falou abrindo um sorriso imaginando o


futuro daquela que foi sua melhor amiga em diversas situações.

— Qual é computador aume...aumenta isso, ainda ta muito bai...baixo. — Falou


William tentando recuperar o fôlego.

— Player dois entrou em campo. — Falou uma voz robótica.

William olhou para trás e viu Nix entrando na sala de treino e pegando uma
espada de madeira.

— Quer treinar? — Perguntou William

— Vamos. — Falou Nix se aproximando.

— Já ouviu falar que é em uma luta que os guerreiros mostram seus


sentimentos. — Falou William se colocando em base de batalha.

— Não acredito muito nisso. — Falou Nix girado ao redor de William

— Bom, essa é minha filosofia, "mostre-me como tu lutas que eu mostrarei


quem tu es". — Falou William indo para cima.

Nix se impressionou com a velocidade e força de William, mas ainda assim


conseguiu desviar e achar abertura para atacar, mas ela percebeu que as aberturas
eram deixadas de proposito por William, ela olhou nos olhos dele e achou tão lindo,
os olhos ainda que não fossem puros ainda tinham um brilho um tanto infantil que
combinava e deixava o rosto sério e forte de William ainda mais bonito, ela achava
estranho ela pensa isso.

Ela sentia que Will estava comandando a luta, como se fosse uma dança e ele
a conduzisse permitindo ela atacar forçando ela desviar ou defender, ela achou
interessante, mas não deixaria isso continuar por muito tempo. Ela começou a atacar

~1~
mais rápido e mais forte, além de se movimentar mais rápido, mas parecia que nada
tirava William do controle.

Mary e Quin observavam uma dança e não uma luta, o que elas estranharam,
pois estava sendo a primeira vez depois de muito tempo que Nix parecia tão animada
com um treinamento.

— Bom Quin bora ver outros lugares. — A rainha falou com um sorriso e saindo
com a guarda logo atrás.

William girava, esquivava e atacava com uma velocidade que acompanhava a


de Nix. Depois de uma longa luta ele colocou a espada do braço direito para defender
o ataque de Nix que acertaria suas costas e colocou a lâmina do braço esquerdo no
pescoço da bela dama, quase numa pose de dança.

— Ganhei. — Falou William cansado e recuperando o fôlego.

— Sim. — Ela falou se afastando. — Você tinha razão. Eu senti sua calma e
admiração.

— Você acha que eu guiei toda a batalha, mas quem guiou foi você eu só
acompanhei. — Falou guardando as espadas, agora aquele brilho que Nix via estava
um pouco mais fraco, mas ainda era possível vê-lo. — Foi um treino ótimo. Agora vou
ir dormir. — William falou quase tombando, mas se segurou na parede. — Eu acho
que não deveria fazer trinta e uma missões em um mês.

— Deixa que eu te ajudo. — Nix falou deixando William se apoia nela. — Eu


também estou indo para o meu quarto.

— Qual seu nome? — William perguntou enquanto eles andavam em direção


ao elevador.

— Nix Aldebaram. — Falou olhando para William.

— É guarda real? — Ele perguntou tentando puxa conversa para se manter


acordado e saber mais dela.

~1~
— Atualmente sim. Mas sou a líder dos treze. — Ela falou percebendo que ele
não entendeu. — É, eu deveria saber que você não iria saber, as treze é o alto escalão
dos guerreiros da rainha, são os mais fortes.

— Então é uma pessoa ainda mais importante do que eu pensava. — Mesmo


os dois ensopados de suor ele conseguia sentir o cheiro de tulipa que vinha dela.

— Não tanto como você que pode mudar um tratado criado a mais de dois mil
anos. — Ela falou abrindo um sorriso e entrando no elevador colocando William na
parede para se apoiar.

— Eu não sou isso tudo, o Pai que me deixa fazer isso. Eu não sei o porquê,
mas não ligo. — Falou.

Nix levou William até a porta do quarto conversando sabendo um pouco mais
um sobre o outro, Nix teve pouco de dificuldade de leva-lo por causa do peso, porém
chegou.

— Eu acho melhor me deixar aqui. — William falou se lembrando dos


cachorros.

— Só vou abrir a porta pra você. — Ela falou despreocupada, parecia que já
estava próxima a ele.

Quando ela abriu a porta Nico e Ellion esperava William. Will esperava que
ambos atacassem Nix, mas eles gostaram dela, Nico se jogou no chão e Ellion pulava
nas pernas dela.

— Mas que cãezinhos fofos. — Ela falou dando carinho nos dois.

— Muito obrigado por me trazer. — William falou entrando no quarto.

— Que nada, amanhã a gente treina? — Ela se levantou depois que deu
atenção a Nico vendo que William concordava com a cabeça. — Até. — Ela falou
dando um abraço em William, o que surpreendeu não só ele, mas ela também por

~1~
sair tão no automático.

— Até. — Ele falou, mas tinha sido tarde demais, ela já tinha ido para o quarto
dela, Nix tentava se afastar o mais rápido possível e ir para seu quarto para esconder
sua cara corada.

Os dois cachorros ficaram felizes em perceber que o dono estava ali. " Que
sentimento é esse? " ele pensou sentindo seu coração bater rápido e sentindo algo
bom. Ele deitando e passando a mão na cabeça dos dois cães. Acabou que ele
dormiu tendo como última imagem na sua cabeça ela não parapeito fumando.

~1~
VI

William já estava acordado junto a Elena caminhando pela praia da ilha, o Sol
ainda estava subindo no fundo do horizonte, pela iluminação um pouco clara era perto
das seis horas. Eles estavam caminhando com os dois cachorros, enquanto Ellion
seguia junto a seu dono, William, e Nico caminhava trotando perto de Elena querendo
chamar a atenção da mesma.

— Fazia tempo que a gente não caminhava assim. — William falava enquanto
olhava Elena e o horizonte.

— Um mês inteiro de missões, é claro que não teríamos tempo para uma
caminhada. — Ela falou abrindo um sorriso ao ver o andar de Nico.

Para William aquilo era normal já que várias vezes Will praticamente não
parava para descansa no mês, ou descansava, mas tão pouco que não poderia ser
considerado um descanso.

— Então vamos aproveitar. — William falou começando a correr com Ellion


logo atrás dele.

— Ei! — Elena começou a correr atrás dele junto a Nico

William estava de volta no quarto com Nico e Ellion logo atrás dele, os dois
cães bastante ofegantes. Ele estava lavando a pata de Nico dentro do banheiro com
a porta aberta para observa Ellion, Nico estava querendo fugir de qualquer maneira
de Will.

— Ellion! Não! — Ele falou ao ver que Ellion iria subir na cama com as patas
sujas.

Ele ouviu duas batidas na porta, parecendo a maneira que Elena sempre bate
à sua porta.

~1~
— Entra! — Gritou William.

Mas pela surpresa de Will quem entrou foi Nix e não Elena, ela estava vestida
com roupas bem simples, calça legue de cor cinza, camisa rosa. Ela entrou no quarto
procurando onde estava William.

— Ah! Você ta ocupado. — Ela falou vendo William limpando as patas de Nico.
— Mais tarde a gente volta para a gente treinar.

— Na verdade vai ser bastante rápido. Ellion! — Ele falou vendo Ellion tentando
novamente subir na cama. — Pode se sentar, se quiser espera lógico.

Nix se sentou dando carinho para Ellion. O tempo passou bem rápido com os
dois conversando sobre a Alcateia e o que Nix achava do local, o assunto passou até
pela ilha dos Kitsunes e como eram o sistema dele. Sem que nem mesmo William
percebesse o ele já tinha acabado de limpar as patas dos dois cachorros, que já
brincavam com Nix e ele.

— Vamos treinar? — William perguntou passando a mão numa toalha.

— Vamos. — Nix falou abrindo um sorriso ao ver como ambos os cachorros


eram bastantes obedientes, que esperavam com a cauda balançando para pularem
pra cama.

— Podem pular na cama. — William falou ao perceber como estavam ansiosos


por pular na cama.

Eles saíram deixando os dois cachorros animados pulando na cama e foram


até a sala de treino, diferente de quando estavam no quarto o caminho foi silencioso,
mas ambos gostavam do tempo que estavam juntos. Algo estava fazendo com que o
coração de ambos batesse levemente mais forte do que o normal.

— O que vamos treinar hoje? — Nix perguntou se aproximando das espadas


de madeira.

~1~
— Que tal algo do meu mundo? — Ao ouvir aquela pergunta de William Nix de
imediato fez uma cara de dúvida. — Acredito que você ainda não conheça as armas
de fogo. — Falou William retirando uma pistola da estante de armas, a arma era
parecida com uma pistola taurus PT92, porém no lugar da trava era uma placa lisa,
um leitor de digital.

— Essas armas soltam fogo? — Ela falou num tom irônico.

— Na verdade elas não atiram fogo, elas utilizam pólvora e a combustão por
isso a gente as chama de armas de fogo. — Ele falou colocando o dedão por cima do
leito de digital, destravando a arma. — Aqui é o gatilho que você precisa para disparar.
— Ele falou entregando para ela a arma.

— Essa arma é bem intuitiva. — Nix falou se colocando numa posição como
se já tivesse utilizado uma arma dessas.

Ela segurou a arma com as duas mãos e colocou na distante do rosto, mas na
linha do olho.

— Computador alvos para treinamento de tiro, nível médio, rank S. — William


falou indo para trás das costas de Nix. — Segure firme, a força do coice da arma é
forte.

Logo depois de William falar aquilo começou aparecer hologramas de pessoas


com armas na mão apontando para Nix, mas como se ela já tivesse usado aquela
arma milhares, ou milhões de vezes aquela arma ela começou atirar perfeitamente
nos alvos, sempre com tiros perfeitos na cabeça. William se impressionou como ela
conseguia usar muito bem aquela arma, sem nem mesmo parecer sentir o coice da
arma.

Ela estava acertando todos até que no final o alvo apareceu do lado ao
contrário do que tinha aparecido o anterior, forçando-a a levar a arma rapidamente
para o alvo fazendo ela perde a última bala da arma e errando o alvo por poucos
centímetros.

— Nove de dez. Muito bom para uma iniciante. — William falou observando um
placar aparecendo logo ao lado deles dois. — Que tal aumentarmos a dificuldade?

~1~
— Ok. — Ela falou apertando um botão na lateral no punho tirando o pente
vazio e recarregando a arma sem precisar da ajuda de William. — O que? Eu falei
que essa arma é bastante intuitiva. — Ela falou vendo William olhar impressionado.

— Computador, treino de tiro nível médio, rank S com alvos em movimento. —


Após William dizer aquela frase na frente deles se criou um holograma de uma frente
de casa. — Quando eu dizer "já" pode começar. — Ele falou indo para traz de Nix. —
1! 2! 3! Já!

Quando o computador ouviu o "Já" de Will, ele rapidamente começou a criar


hologramas de pessoas correndo pela casa com armas na mão e novamente Nix
mostrava sua bela performasse com aquela pistola atirando rapidamente nos alvos,
acertando todos na cabeça.

Ela parecia que só precisou do primeiro treino para ela gravar quantas balas
continham no pente, pois antes da arma fazer qualquer zoada para avisar que tinha
acabado as balas ela já a recarregava. Mas William já sabia que ela seria
impressionante, ele queria ver o que ela faria quando o computador utilizasse as
emoções dela contra ela mesma.

Depois de alguns alvos, o computador começou a gerar outro alvo na frente de


Nix fora da casa. Nix estava pronta para atirar, porém o computador gerou o alvo
tendo como uma mulher como refém e com o alvo pronto para matá-la, com a refém
ao lado do seu rosto e observando atentamente o próximo movimento de Nix.

Nix não teve muito tempo para pensar ou analisar a situação, ela apenas
pensou em atirar no braço do alvo para conseguir afasta-lo da vítima para conseguir
mais abertura para finaliza-lo sem ferir a refém, e assim foi feito. Ela atirou no braço
do alvo fazendo ele soltar a refém, mas antes dela conseguir efetuar o disparo para
finalizar o alvo o computador apagou os hologramas e criando o placar ao lado de
William.

Aquela reação de Nix, a cara de quem não entendeu o que acabou de


acontecer, a cara de quem falhou no que tentava fazer lembrou-o da primeira vez que
William tinha treinado com Jhon e ele tentou o mesmo que Nix.

— Por que não tentou atirar na cabeça do alvo? Mesmo que afetasse a audição
da refém você teria 100% de certeza que teria acabado com ele. — Falou William
olhando os números do placar, ele não podia ser tão duro com ela, a taxa de acertos

~1~
dela tinha sido de 99,9%. — Mas você foi muito bem.

— Como já treinei algo do seu plano, agora é sua vez de treinar algo do meu.
— Ela falou entregando a arma para William.

— E o que seria? — William falou indo em direção ao estante de armas para


guardar a pistola.

— Arte das nove caudas. — Ela falou se colocando em uma base de luta um
pouco estranha para William, mas que era compreensível. Ela estava com o corpo
abaixado com as duas mãos aberta na frente, deixando visíveis as garras afiadas e
suas caudas estavam abertas como num leque e se movendo juntas para um lado e
para o outro.

— Bom, pelo que vejo eu só tenho uma cauda e você só tem oito. — William
retrucou a pergunta irônica que ela tinha feito anteriormente.

— Engraçadinho. — Ela falou abrindo um sorriso que mostrava seus caninos


afiados.

William se preparou na base de luta de muay thai, a perna de esquerda


totalmente plantada e a perna da direita só com a parte das bolas do dedo no chão,
as mãos posicionadas na base de luta. Nix não entendia aquela base dele, era
previsível um chute com a perna da frente, além das mãos estarem atrapalhando a
linha de visão.

Os dois começaram a se mover em círculos, William percebia que as caudas


de Nix se movia para o lado ao contrário à dela e pareciam que tentavam chamar a
atenção de William. Nix percebia que mesmo que ela não gostasse daquela base de
Will, ela percebeu que era uma base difícil de encontrar aberturas. Os dois
continuavam a se mover em círculos procurando aberturas e falhas na base um do
outro.

William chutou com a perna da direita e Nix defendeu com as costas da mão
escondendo do dedão para não o machucar e chutou com a perna esquerda. William

~1~
defendeu com o ante braço direito e deu um soco direto com o braço esquerdo, Nix
tirou o soco com a mão esquerda, afastou mais o braço direito e criou um círculo de
transmutação de cor preta.

— Venci. — Falou Nix.

— O que? — William falou.

— Eu ia dar um feitiço a queima roupa, você iria morrer.

— Poderia me explicar sua base. — William caindo no chão para descansa e


querendo realmente entender.

— A gente usa a cauda pra chamar a atenção dos inimigos e achar abertura.
E também pra mostra nossa idade e fazer com que as pessoas temam a gente. E a
sua?

— Da mais facilidade pra chutar e tem uma boa área de defesa, tendo uma
base firme pra defender e fácil pra eu trocar para ataque.

— Mas sua base é previsível. Da pra perceber que você quer chutar.

— Eu não tenho só a opção de chutar, se lembra que eu controlo fogo e água.


Se eu pisar por completo no chão eu posso criar uma estaca de gelo pra perfura a
pessoa. — William falou demonstrando. — Ou posso só socar. E você?

— Na base que fiquei fica mais fácil defender ou prender o movimento da perna
do alvo. — Ela falou levantando. — Ou posso distrair com a cauda e ir rapidamente
matar a pessoa. — Ela falou abrindo um sorriso malicioso e desapareceu da frente
de William, logo em seguida ele sentiu garras em sua nuca.

— Como uma tigresa? — William falou abrindo um sorriso olhando por cima do
ombro, querendo elogia-la.

~1~
— Como uma raposa. — Ela falou se afastando de William

Nix gostou bastante da brincadeira com as palavras e percebendo que era um


elogio, o suficiente pra abri um sorriso.

Eles começaram a treinar um mostrando as artes de luta de cada um e o que


cada plano tinha de especial, eles se esforçavam muito para mostra um para o outro
como eles eram habilidosos. Um longo tempo se passou sem que eles percebessem,
mas o treino deles foram interrompidos quando William percebeu uma presença na
porta.

— Pausa. — William falou fazendo um sinal de tempo, que Nix não entendeu
aquele sinal, mas parou de avança para golpeá-lo.

William já estava sem folego de tanto lutar, ele se virou para a porta e viu Elena
encostada na parede observando com um sorriso genuíno, Will se questionava o
porquê daquele sorriso, mas deixou a questão de lado e se aproximou de Elena.

— Eu acho melhor você ir se trocar, temos uma missão. — Elena falou olhando
para o irmão que estava ensopado de suor. — A Nix a sua rainha mandou te chama.
— Elena falou vendo a aproximação de Nix, que a mesma fez um sinal com a cabeça
de afirmação.

— Muito obrigado Elena. William tenho que ir. — Falou Nix saindo agora se
controlando para não dar um abraço de despedida. — Até.

— Até. — Will respondeu Nix que já estava a sair. — O Pai disse algo da
missão? — William perguntou já esperando que a resposta fosse um não.

— Não. — Elena respondeu abrindo um sorriso por já ver na mente de seu


irmão o que ele esperava.

— Vou me arrumar e você pega as informações, te encontro com Carl no porta


aviões.

~1~
— Ok.

Os dois começaram a ir para os elevadores, William saiu no andar dos quartos


e foi em direção para o seu quarto. Ao entrar Will viu os dois cachorros em cima da
cama um enrolado no outro, pareciam muito cansados ainda da corrida. William abriu
um sorriso com aquilo e para não incomodar foi o mais rápido e silencioso possível
para se trocar de roupa colocando uma camisa branca, jaqueta de couro de gola alta,
calça de couro, os coturnos pretos e sua dog tag.

William pegou suas armas, adagas, e suas duas espadas. Depois de verificar
que todas as armas estavam fáceis de sacar ele colocou água e comida aos
cachorros, com tudo pronto ele se dirigiu a porta e antes de sair olhou paras os
cachorros novamente. Ellion e Nico estavam tão quietos, parecia que nada tinha
acontecido no quarto, aquela cena trazia um sentimento bom no peito de William, um
sentimento caloroso perto de ser único. Aquilo era suficiente para ele continuar a lutar
todos os dias, sentindo esse sentimento ele saiu do quarto e foi em direção do porta
aviões.

Ao descer para o andar do hangar ele foi para o avião do Carl e ele podia ver
Elena e Carl esperando William. Elena estava vestida com uma camisa preta, jaqueta
de couro preta, uma luva de couro sem os dedos, calça de couro preta e era visível
sua dog tag no peito.

Carl estava vestido com uma camisa preta, deixando visível sua tatuagem de
maori que ia da base do pescoço até o meio do braço, uma calça de couro preta e no
seu pescoço estava sua dog tag que continha: Nome: Carl Smith, sexo: masculino,
data de nascimento: 07/08/2047, código: 1298 e na outra chapa estava escrito:
classificação: material, poder: Alquimia, rank: S e letalidade: 7.

— Bora? —Carl perguntou se preparando para entrar no avião.

— Vamos. — William respondeu indo para a parte de trás do avião para entrar.

— A missão é roubar um chip, vamos para China. — Elena falou se sentando


do lado de Carl. — Pelo que parece os seres humanos criaram um Olho de Deus, só
que piorado.

~1~
— A gente sabia que uma hora ou outra eles iriam conseguir. Mas realmente
estou surpreso que só conseguiram agora. — Falou Carl mexendo no painel de
controle do avião.

— Já criaram um plano? — William perguntou se sentando olhando para os


dois.

— Pensei que seria melhor criar junto com você. — Elena respondeu.

— Ok. Sabem quantas pessoas a gente vai enfrentar ou qual a localização do


chip no prédio? — Perguntou tentando estralar o pescoço.

— Nada. — Carl respondeu balançando a cabeça.

Sem informações de quantos inimigos eles teriam que enfrentar e sem a


localização do chip a única ideia que vinha a era eles se separarem para procurar o
chip, além de irem furtivamente, mas ele não queria, um sentimento terrível o
preenchia quando ele pensava em se dividir. Sem opções a mente então era a
escolha que ele teria que tomar.

— Vamos nós dividir, vocês vão pelo subterrâneo e eu vou pelo terraço. Assim
vocês vêm de baixo pra cima e eu de cima pra baixo, cobrindo uma área grande. —
William não iria deixar Elena sozinha sabendo que ela não era tão boa no corpo a
corpo comparando a ele ou ao Carl.

— Ok. — Elena falou com animação, que rapidamente se transformou em


constrangimento quando sua barriga roncou. — Trouxe algum lanche Will? — Ela
falou colocando a mão na barriga e abrindo um sorriso para William.

— Desculpa dessa vez eu não conseguir arrumar as coisas direito. —


Respondeu William enquanto arrumava o coturno que estava mal colocado.

Longo tempo passou com todos em silencio. William utilizava daquele tempo
para analisar se poderia conseguir criar um outro plano, mas parecia que de todos os
planos que ele conseguiu analisar aquela era a mais viável. Chegando à metade do
caminho Elena já tinha adormecido e Will estava preste a cair no sono também, mas
Carl estralou a língua chamando a atenção de William.

~1~
William se aproximou da cabine do piloto e acenou com a cabeça perguntando
o que era e como sempre eles começaram a conversar com os olhos.

"Iae como você tá?" Perguntou Carl.

"Hum? Eu to bem,só..." William não sabia o que responder, fazia muito tempo
que Carl se demonstrava preocupado ao ponto de perguntar como Will estava. "Só
quero descansar" Foi a resposta mais rápida que veio a sua mente.

"Todos queremos, todos estamos cansados." Carl parecia voar em seus


pensamentos.

"Eu vou criar um mundo que não teremos mais que lutar. Onde finalmente a
gente pode descansar irmão" William tentava trazer Carl de volta de seus devaneios.

— Depois daquela batalha com Keruart todos estamos meio abalados. Então
pensei em saber como você tá. — Carl falou baixo para não incomodar Elena.

— Eu to bem. — William virou o rosto para não mostrar seus olhos, que ele
sabia que mostravam que ele mentia. William nunca esteve bem ou próximo a isso,
aquilo era só mais um vento fortificando esse turbilhão.

Aquela conversa para William era bastante estranha, mas para Carl era
informações importantes, a bomba estava preste a explodir. William podia dizer que
Carl não sabia mentir, mas quem realmente não sabia mentir era ele mesmo.

Depois dessa pequena conversa o caminho seguiu-se em silencio. Mas não


demorou muito até Carl acorda Elena e dizer que já estavam próximos do destino.
Por instinto William já começou a verificar se todas suas armas estavam ok e fáceis
de serem pegas por ele.

— Sabemos o plano e a missão. Deixem que eu salto primeiro. Depois vocês


saltam. — William falou guardando as duas pistolas.

Elena e Carl concordaram com a cabeça. Elena olhou pela janela e viu que
estavam indo para uma ilha da China.

— Faltam 15 minutos pra chegar no local. — Carl falou se virando para William.
— Não se arrisque. Se prepare pra saltar.

~1~
William acenou com a cabeça e foi para perto da porta do avião, logo em
seguida a porta começou abrir, o vento puxava-o com violência, e a lua ao longe
parecia pedir que ele se jogasse. Quando sentiu que estava na hora ele soltou o avião
e deixou o vento o puxar. Ele fechou os olhos em meio a queda, Will sentia toda a
adrenalina correr pelo seu corpo, seu coração batia rapidamente e forte. A queda livre
era sempre uma coisa que seu corpo e até mesmo William não conseguia se
acostumar.

Quando se aproximava do nível das árvores ele abriu seus olhos, esquerdo de
cor azul e direito de cor vermelho. Ele criou chamas em suas mãos e em seus pés e
saiu em direção ao topo do grande prédio que parecia com um hospital. Quando
chegou rapidamente ele atirou duas facas na cabeça dos dois soldados que estavam
ali de vigia, matando-os.

— Cheguei no local. — William falou no pequeno fone no seu ouvido.

— Já estamos aqui no saguão. — Elena respondeu depois de alguns


segundos.

— Vamos começar a investigar.

William entrou no prédio e começou a andar calmamente, por fora parecia um


hospital, mas por dentro era um prédio comum, sem nada hospitalar. Ele caminhou
pelo local, procurando um local que poderia ter o chip.

Parecia que seria bem fácil, mas quando Will fez uma curva ele encontrou três
guardas, um rapidamente falava no rádio informando que tinha intrusos enquanto os
outros dois foram para cima de William. Will se esquivava dos tiros e dos ataques que
os dois guardas davam, pra ele era previsível onde eles iriam atacar ou atirar.

Com uma velocidade sobre-humana ele sacou as duas espadas e matou os


dois guardas da sua frente com um único golpe e foi em direção ao outro que
continuava atirar, já com medo sem conseguir mirar direito. William caminhava
calmamente na direção do guarda guardando uma das espadas pegou o homem pela
camisa, colocou na parede e colocou a espada no pescoço dele.

— Onde está o chip? — Perguntou William sentindo um cheiro de urina vindo


do homem.

~1~
— Eu...eu n..não..não s... se...sei. — O homem gaguejava, mas William não
identificava se era por medo ou por causa do homem ser realmente gago. —
E...Eu..Eu s...sou...sou u...um nov..nova...novato.

O homem não seria útil para William, mesmo sem Elena, ele conseguia
perceber que era verdade. William passou a lâmina no pescoço do guarda,
arrancando a cabeça e depois sacudiu a espada para o lado tirando uma boa
quantidade de sangue da lâmina.

— Já descobriram que estamos dentro. Tomem cuidado. — William falou pelo


fone.

— Como? Ok ficaremos em alerta. — Respondeu Carl supondo o que William


tinha feito

**

Carl e Elena estava andando cautelosamente pelos corredores para achar um


local que possivelmente estaria o chip, matando os guardas sorrateiramente que
estavam no seu caminho.

— Já descobriram que estamos dentro. Tomem cuidado. — A voz de William


saiu no fone.

— Como? — Tantas possibilidades passaram na mente de Carl, mas toda elas


envolviam William ter ido de peito aberto pra cima dos primeiros guardas que ele tinha
encontrado. — Ok ficaremos em alerta. — Respondeu Carl olhando para Elena.

Elena não demorou muito pra entrar na mente de Carl e descobrir que seu
irmão tinha acabado de fazer uma grande merda. Mas já tinha feito não dava pra
voltar, agora era uma questão de tempo de serem localizados, então nesse meio
tempo era bom eles aproveitarem para achar o chip.

Agora que já foram descobertos eles poderiam deixar a discrição. Eles


começaram a andar calmamente pelo local.

— O que será que Will fez? — Elena questionou pra se mesma.

~1~
— Não sei. Provavelmente ele foi de peito aberto para os guardas. —
Respondeu Carl usando o reflexo do escudo pra ver se o próximo corredor estava
livre.

No reflexo ele acabou vendo uma criança, um garoto com olhos cheio de medo,
camisa vermelha e um short jeans. A criança parecia perdida, aquilo comoveu o
coração de Elena que saiu de trás de Carl e em direção da criança, mesmo sendo
uma cena totalmente estranha e suspeita tanto para Carl, quanto pra ela.

— Tudo bem? Está sozinho? — Elena falou se abaixando um pouco para falar
com o menino.

O menino parecia ter ainda mais medo deles dois. Elena olhou para Carl
procurando uma resposta vinda dele.

— Onde está sua mãe pequeno? — Falou Carl olhando por todo corredor

O garoto fazia que não, ambos suporão que a criança não sabia onde estava,
nem mesmo onde estariam seus parentes.

— Ok, vamos te levar para um lugar seguro. — Falou Elena abrindo um sorriso
no rosto assustado do garoto, mas era um sorriso diferente. — Temos que voltar para
o avião... — Elena Falou virando o rosto para Carl.

O menino deixou uma coleira de prata desce pelo ante braço, ele começou a
se transforma em um homem adulto passar a coleira pelo pescoço de Elena e
retirando uma pistola da sua roupa, que agora era mais em um estilo militar, coturno,
calça preta, camisa de manga longa preta e um colete a prova de balas.

A sensação que Elena sentia era terrível, era como seu sangue estivesse
parado e se acumulando no pescoço, seus olhos transitavam entre a cor esmeralda
e a cor castanha. Ela sentia que iria desmaiar a qualquer momento, estava
terrivelmente difícil de respirar.

Carl sabia o quão horrível era a sensação de ter algo de prata em volta do seu
pescoço e queria salvar Elena a todo custo daquela maldita sensação, porém o
homem estava com a pistola apontada pra ele, além dele estar distante o suficiente
para o homem virar a pistola para Elena e matá-la.

— William! — Elena se esforçou ao máximo para usar seu poder e ainda mais
para conseguir chegar até a mente de William, fazendo descer um filete de sangue

~1~
do seu nariz.

**

— William! — William ouviu em sua mente como um grito muito distante. Era
muito baixo, mas para William era visível que era Elena.

Parecia que o mundo parou, aquele sentimento, seu peito se apertou, ele
começou a sentir que seu sangue tinha começado a correr mais rápido, sua mente
pensou nas piores situações possíveis, mas ele não podia pensar, não agora, naquele
momento ele tinha que ir atrás de Elena e Carl, o mais rápido possível.

Ele sacou as duas espadas e saiu em disparada correndo pelo corredor, a cada
passo ele podia sentir as suas chamas borbulharem por baixo de sua pele e um gosto
de sangue dominar aos poucos sua boca. Ele passava por guarda como se eles não
fossem nada matando-os com golpes perfeitos e letais. Will desceu as escadas
rapidamente indo para o andar logo a baixo do que ele estava, malditas escadas que
não levavam para o último andar logo, só levava para o andar a baixo.

Ele corria o mais rápido que ele podia, a cada vez que ele puxava o ar, parecia
que ele respirava em meio a uma nevasca, inalando cacos de gelo, os poderes dele
estavam aos poucos saindo do controle dele. Ao virar em um corredor ele acabou
vendo uma muralha de guardas alguns visivelmente não eram mundanos.

Ele tinha que ser rápido mais ali era o único caminho que sua mente pensava.
Ele não se importou, ele segurou mais forte o punho das lâminas e se jogou no meio
daqueles guardas. Ele atacava e desviava, muito das vezes sendo acertado por outro
guarda, sendo empurrado para a parede.

Um guarda ia para cima de William, mas ele travou o ataque com uma das
espadas do guarda que estava com uma faca de combate e suas mãos, e com a outra
espada ele enfiou na barriga do homem, ele sentia um círculo de transmutação ser
criado perto da sua nuca, um feitiço a queima roupa, aquilo forçou Will pisar no chão
mais forte e criar uma estaca de perfurar o coração do guarda. William olhou para os
dois lados homens vindo em sua direção, ambos querendo fazer uma lariat com seus
braços embainhados em chamas. William se jogou para trás deixando os homens se
atacarem e criou uma estaca de gelo que perfurou os dois.

~1~
Aparecendo que nem um relampado um homem atacava pela frente de William
colocando sua espada perto do rosto de Will, duas pessoas apareceram de ambos
os lados criando um círculo de transmutação e William sentia uma lâmina em seu
pescoço. Quatro pessoas, ele conseguia mata elas, mas algo estava estranho, ele
sentia como se seu sangue estivesse com problema de circular, prata, a lâmina que
estava em sua nuca era de prata, então ele não conseguiria criar estaca de gelo para
matar a pessoa em suas costas.

Era um Xeque-mate, iluminado pela luz da lua que vinha das janelas grandes
atrás de suas costas, era até uma morte linda, de certa forma poética para o lobo,
mas ele não queria, ele não podia morrer ali. O tempo parecia ter parado.

— Vai quebra sua promessa? — Uma voz grave e suave que parecia ecoar na
mente de William. — Vai falhar com sua família? Com a única pessoa que te ama?
— A voz parecia passar de um ouvido para o outro.

Na frente dele estava um homem, usava terno branco, seu rosto parecia de
William, mas com os cabelos brancos, uma calda branca e olhos vermelhos. A áurea
que aquele homem emanava fazia William querer matar todos ao seu redor e aqueles
olhos pareciam ser familiar pra ele.

— Você vai ser novamente um fracasso? — O homem falou. William queria


pular na garganta daquela pessoa, mas parecia que seu corpo estava totalmente
congelado. — Quer salva sua família? Me dê o controle. — O homem falou
estendendo a mão.

William estava perdendo controle de seus pensamentos, aos poucos ele


desejava cada vez mais sangue, só pensar em sangue sua boca enchia de saliva.
William iria aceitar, mas ele lembrou de Jhon, Carl, Conor e Elena.

Uma sombra cobriu William, o tempo tinha voltado ao normal. Uma pessoa
encapuzada e com manto tampou a visão da lua, quebrando o vidro e entrando caindo
de joelhos no peito de outro guarda o derrubando-o no chão, fazendo o homem nas
costas de William tirar a faca do pescoço de William e apontar para a pessoa
encapuzada. William matou as quatro pessoas ao seu redor com estacas de gelo e
foi para perto da pessoa encapuzada.

— Reforço? — William perguntou ficando de costas para a pessoa cobrindo a


retaguarda do encapuzado.

~1~
— Sim. — A pessoa puxou o capuz com pelagem de lobo, era Nix, ela estava
com o cabelo trançado e com duas facas na mão.

— Temos que ser rápidos. Elena e Carl precisa da gente. — William falou Indo
atacar outro guarda.

— Cuidado! — Nix gritou lançando a faca na direção do guarda que estava


indo atacar as costas de William, a lâmina passou perto da nuca de Will, cortando um
pouco do cabelo.

Nix tinha perdido a concentração, assim um dos guardas aproveitou e foi em


direção a Nix para matá-la, mas William não podia deixar. Will enfincou a espada no
peito de um dos guardas e sacou uma de suas pistolas.

— Cuidado! — William gritou chamando atenção de Nix fazendo ela jogar o


corpo para o lado.

Com uma mira perfeita William salvou Nix. Em seguida ele guardou a pistola e
chutou o corpo do guarda a sua frente, assim retirando a lâmina que estava enfincada.

Nix rapidamente criou um pequeno círculo de transmutação de cor preta na


ponta de seu dedo indicador e disparou um feixe de luz fino, mas que conseguiu criar
um buraco grande o suficiente para passar um braço pelo buraco criado no peito do
guarda e logo em seguida criou mais um círculo de transmutação de cor verde,
colocando a mão dentro do círculo retirando sua espada e abriu suas caudas como
se fosse um leque.

Nix emanava uma energia, cheia de fúria e poder, com tanta pressão que
William sentir um pouco de peso no corpo e as lâmpadas começaram a estourar
deixando o local tendo apenas a iluminação da lua e dos olhos de William e Nix.
Rapidamente eles acabaram com o restante dos guardas já que todos começaram a
correr para se salvarem.

— Precisamos ser rápidos. —William falou correndo na frente Nix. — Carl e


Elena precisão da gente.

Nix afirmou com a cabeça e começou a ir no mesmo ritmo de Will. William não
sabia o porquê dela está ali, ou muito menos porque ela só veio aparecer agora, mas
era bom ter a ajuda dela.

~1~
William tentava se guiar pelo cheiro de lobo junto com um perfume de madeira,
o cheiro de Elena. Sua mente não parava de pensar em sua irmã.

Eles desciam o mais rápido possível as escadas e matavam rapidamente os


guardas que entravam em seu caminho, até eles chegarem no segundo andar e
entraram em um corredor. Nix viu no final do corredor uma grande quantidade de
guardas, então puxou o colarinho da jaqueta de William o parando.

William sem pensa duas vezes segurou a mão de Nix para voltarem, já fazia
muito tempo que ele sabia que Elena estava em perigo, eles não podiam perde muito
mais tempo. Mas eles estavam cercados, no outro lado tinha a mesma quantidade de
guardas.

William estava sem conseguir pensar em uma saída rápida e parecia que os
guardas não se importavam com isso, de trás da primeira parede de guardas de
ambos os lados saíram dois caras com um lança foguete na mão mirando em Nix e
William.

William sentiu o cheiro forte de Elena, ela estava na porta logo ao lado deles,
William rapidamente fechou os punhos e levantou os antebraços, assim criando uma
parede. Pegou a mão de Nix e entrou na sala.

Ele via um guarda com uma pistola apontada na cabeça de Elena, um colar de
prata ao redor do pescoço dela e Carl preso a parede com algemas de prata. Carl
estava com o nariz sangrando e com uma linha de sangue saindo do canto do seu
lábio, Elena estava com uma fina linha de sangue descendo pelo nariz. Parecia que
ele tinha primeiro tentado pegar toda informação de Carl e agora estava indo para
Elena.

William sem pensar sacou sua pistola e atirou na cabeça do guarda, fazendo
a cabeça do homem ir para trás, sua mão que estava no colar se soltar e o homem
soltar a arma. Quando o corpo caiu no chão se transformou em uma mulher com
cabelo longo e um dos lados do cabelo raspado.

William soltou a mão de Nix e correu em direção de Elena enquanto Nix correu
em direção de Carl. William retirou o colar e soltou as mãos de Elena que estava
presa a uma mesa atrás dela, quando Will tirou aquele colar de Elena, ela sentiu que
o seu sangue tinha voltado a circula normalmente e puxou ar, recobrando a
consciência.

— Você tá bem? — William perguntou tentando ajudar sua irmã.

~1~
— Est... — Elena foi interrompida com um estrondo de explosão e com a sala
toda tremendo.

Os dois se levantaram rapidamente, Elena indo em direção ao seu arco que


estava jogado numa parede e William indo em direção de Carl que tentava se levantar
enquanto Nix impedia e ficava com um círculo de transmutação de cor branca.

— Ele está bem? Ele consegue lutar? — William perguntou para Nix e olhando
o rosto irritado de Carl que lentamente tinha o ferimento no nariz se curando.

— Vocês têm uma boa regeneração, eu só fiz fechar o ferimento. Ele está bem.
— Nix falou se afastando e colocando a mão na cabeça. Ela era boa em quase todos
os feitiços de ataques e de selamento, mas com os feitiços de cura ela sabia bem
pouco, então gastava bastante energia.

Eles ouviram mais um estrondo, William sentiu suas paredes de gelo serem
destruídas, William foi direto para ficar de frente para a porta, Elena se preparou e
ficou um pouco atrás do lado esquerdo de William, Carl pegou a pistola da guarda
morta e se preparou do lado direito de William e Nix foi para o lado de Will.

— Todos, quando eu dizer já, Elena afaste tudo e todos com seus poderes.
Carl atire até a última munição. Nix use seus poderes para matar todos.

Eles ouviram o marchar dos guardas se preparando para entrarem na sala.


Nenhum deles entendeu o porquê dos comandos de William, era obvio que Carl e Nix
usaria tudo para matar os guardas, mas o porquê pedir para Elena usar repulsão?

Mesmo com essa dúvida, não era hora de duvidar de seu líder. Quando os
guardas entraram William colocou a mão para frente fechadas criando uma parede
de gelo.

— Eles estão cercados. atirem! — Um dos guardas gritou, provavelmente o


general.

Os guardas seguiram o comando e começaram a atirar até os homens que


estavam com lança foguetes atiravam.

— William? — Elena estava começando a ficar um pouco mais tensa.

— William!? — Carl gritou em dúvida. Ele sabia que a parede não duraria muito
tempo ou se durasse William usaria todo o seu poder.

~1~
Nix era a única que não falava nada mais em sua mente a dúvida só crescia.
William esperava apenas uma coisa, e que ele sabia que não demoraria muito para
acontecer. Com as explosões o teto e o chão tremiam cada vez mais, parecendo
próximos a caírem.

Depois de uma sequência de tiros e explosões se ouve um "tec", as armas


ficaram se munições. William abriu um sorriso e abriu as mãos transformando a
parede de gelo em uma parede de água que estava cheia de balas e fragmentos de
foguetes.

— Já! — William gritou para Elena.

Elena usou seu poder expulsando tudo ao seu redor fazendo as balas e os
fragmentos irem em direção aos guardas e perfurarem partes do corpo que estava
sem proteção, matando vários no processo ou ferindo gravemente outros. Nix criou
um círculo de transmutação preto em suas mãos e lançava feixes de lux no guardas
desintegrando ou ferindo muitos.

Carl tentava usar eficientemente a pistola e atirava sempre na cabeça dos


guardas matando vários no processo também, alguns guardas vendo a abertura
sacaram suas pistolas e começaram a atirar contra eles. Em pouco segundos na
frente de William só tinha um chão cheio de corpos.

O corpo de William estava exausto, mas conseguia enfrentar muito mais


inimigos. Elena caiu no chão por ainda estar recobrando a consciência e tentando
afastar a tontura. Carl jogou a arma para longe e foi em direção a Elena ver como ela
estava e a abraça-la. Nix estava preste a cair, mas William a segurou, não era só ele
que estava exausto todos estavam.

— Você previa isso? — Nix perguntava percebendo a sabedoria de William.

— Não previa que eles começariam a atirar logo após eu abrir a parede e
alguns tiros passar e quase nos acertarem. — William falou comentando olhando dos
pés a cabeça para Nix, procurando algum ferimento ou algum machucado e em seu
braço esquerdo tinha um buraco de bala.

— Isso é nada. — Nix falou percebendo os olhos de William parar no ferimento.

William pegou uma das cadeiras e colocou Nix para ficar sentada. Ele retirou
a jaqueta que já estava ensopado de sangue e começou a olhar mais atentamente o

~1~
ferimento. Nix olhou para o corpo de William e percebeu que em seu pulso tinha uma
tatuagem, parecia uma de signo de gêmeos.

— Bela tatuagem. — Nix respondeu tentando tirar a tenção de William, mas


ela receber um rosto sério de volta, William parecia mais preocupado que o normal
nos olhos dela.

— Significa dualidade. Como água e fogo. — William respondeu suspirando


aliviado ao ver que tinha outro buraco na mesma direção do primeiro, significando
que a bala tinha saído e não ficado alojada.

— Por que a preocupação, eu disse que não é nada. — Nix respondeu.

— Por que não usa seu feitiço de cura? — William perguntou.

— To no meu limite. — Nix respondeu tentando se levantar, mas seu corpo


estava pesado demais.

— Deixa que eu te ajudo. — William falou ajudando-a a levantar e colocou o


braço direito dela ao redor do seu pescoço para dar sustento. Nix sentiu algo estranho
ao ficar tão perto de William dessa maneira, suas bochechas coraram.

— Carl onde está o avião? — William perguntou olhando Carl se levantar junto
a Elena.

— Em cima de nós. Posso chama-lo pra aqui. — Carl falou tirando do bolso um
controle pequeno.

— Precisamos achar o chip primeiro. — William falou com uma cara de dúvida.

— Eu sei onde está. — Elena respondeu indo para a pilha de corpos. — Aqui.
— Ela tirou de um dos corpos o chip que já estava destruído.

Todos ficaram em dúvida de como e porque o chip foi para ali.

— Mas essa é uma cópia. precisamos ir na sala de computadores. — Falou


Elena com o chip bem visível em suas mãos.

— E você sabe onde é. — Nix falou em tom irônico.

— Sim. Eu entrei na mente de um deles no meio da batalha. — Respondeu


Elena com um sorriso alegre.

~1~
— Por isso ela está tão cansada. — Falou Carl.

— Bom, iremos ir até o chip. — William falou ansioso pra acaba logo essa
missão. — Consegue andar? — William sussurrou para Nix.

— Mais é claro que eu consigo. — Ela respondeu arrogante e tentou se afastar


de William quase caindo com suas pernas sem responderem seus comandos.

— Sei. — William falou segurando-a para não cair. — Elena e Carl vocês vão
pegar o chip. Eu e Nix ficaremos aqui.

— Ok. — Elena falou puxando a mão de Carl.

— Tudo isso por esse chip que tem menos de 10 centímetros. — Falou William
olhando o chip pequeno.

Eles já estavam no avião partindo de volta para Alcateia. William e Nix estavam
na parte de trás enquanto Carl e Elena estavam na frente.

— Por que tudo isso por causa desse chip? — Nix perguntou sem entender.

— Porque isso contém uma programação parecida com o de Olho de Deus. —


William respondeu botando em uma maleta pequena.

Nix colocando a cabeça para o lado em forma de dúvida, William amou aquela
reação.

— O Olho de Deus é uma programação que permite a gente achar quaisquer


pessoas em qualquer lugar do planeta terra através de todas as tecnologias que
existe no planeta. — William falou criando mais uma dúvida na mente de Nix.

— Qual a diferença entre esses dois? — Nix perguntou.

— Bom, o Olho de Deus tem 100% de acerto e sempre conseguimos descobrir


onde a pessoas está, mesmo se estiver abaixo de 50 quilômetros da terra. —
Respondeu Carl. — Ele é um programa hacker que se infiltra em toda e qualquer
tecnologia do mundo e procura a pessoa que procuramos com um mapeamento de
face e corpo.

~1~
— Assim temos 100% de chance de descobrimos a localização da pessoa.
Mas esse é piorado assim tem uma pequena taxa de erro. — Falou Elena concluindo.

— Entendi. — Uma mentira vinda de Nix, ela não tinha entendido um décimo
do que eles disseram. — E o que era aquele chip que Elena achou no corpo?

— Provavelmente era um chip falso e que tinha um vírus para hackear nossos
computadores. — William falou não se importando com aquele outro chip.

— Bom, descansem pois o caminho é longo. — Falou Carl

Após Carl dizer isso todos não se recusaram a descansar.

VII
William estava num campo com o local arrumada para uma festa de
casamento, ele estava em cima do altar no canto direito do altar o mais próximo de
Carl que estava vestido com o smoking. William não entendia mais sentia seu coração
mais quente que o normal, ele estava feliz, ele estava preste a rir vendo como Carl
estava tenso, a mão de Carl não parava de tremer e seu corpo se mantinha numa
postura que era visível que estava tenso.

Na frente de William ele via inúmeras mesas e todos da Alcateia, além de Nix,
Quin e Maryn. Todos conversavam despreocupados e felizes, eles esperavam algo
acontecer e esse algo seria a coisa mais feliz da vida de William.

No arco da entrada do local vinha Elena, com um vestido branco com algumas
linhas douradas, seu cabelo estava em coque presa com uma flor de lótus, ela usava
bem pouca maquiagem, apenas um batom vermelho e um pouco de blush que
realçava um pouco a tonalidade das suas bochechas.

~1~
— Ela está incrível. — Um homem ao lado de William falou.

O homem tinha cabelos igual de William, mas com uma cor branca, seus olhos
eram da cor vermelha, ele estava vestido um pouco parecido com William, a única
coisa diferente era a gravata, ou, como William chama, coleira humana.

— Ela está magnifica, sinto como isso nem fosse realidade. — Falou William
feliz e abrindo um sorriso.

— Bom, pois talvez não seja realidade.

Parecia que o chão foi aberto em baixo de William e ele começou a cair, quando
a queda tinha acabado ele se via num lugar sem vida, na frente dele estava uma
montanha de corpos, corpos de todos da Alcateia e aquele homem com duas espadas
na mão, a dor e paz, em cima do monte. William olhou ao seu redor e viu de um lado
esquerdo estava o corpo de Carl totalmente ferido e do outro lado estava somente a
cabeça de Elena decepada.

O homem em cima do monte olhou por cima do ombro com um sorriso feliz e
malicioso. Ele se virou e com uma velocidade sobre humana, ele avançou com tudo
em cima de William.

William acordou sacando uma de suas espadas e com o outro braço segurando
o cotovelo. Todos estavam dormindo menos Carl, que olhava assustado para William.

— Will, ta tudo bem? — Carl perguntou voltando sua atenção para frente.

— To, só foi um pesadelo. — William guardou a espada.

— Faz tempo que você não tinha um pesadelo.

— Dessa vez foi pior que os outros. — William colocou a mão no rosto
querendo esquecer.

— Como assim "pior".

~1~
— Deixa, eu só quero esquecer. — William falou se levantando indo para perto
de Nix e a cobrindo melhor no lençol. — Falta muito pra a gente chegar? — William
falou indo para perto da cabine do piloto.

— Provavelmente umas duas horas. Tente descansa, com a Alcateia em alerta


máxima não teremos muito tempo pra descansa. — Carl falou preocupado, ele sabia
que William não iria conseguir dormi de novo.

E Carl estava certo, mesmo com a viagem se seguindo silenciosa, William não
tinha ido dormi.

— William chegamos, acorda Nix. — Carl falou desligando as coisas do avião


e tocando Elena para acorda-la.

William se levantou e se aproximou de Nix para acorda-la, ele se aproximou e


deu pequenos empurrões leves para acorda-la. Nix abriu lentamente os olhos se
despertado.

— Bom dia, flor do dia. Já chegamos na Alcateia. — William falou se afastando


para pegar suas coisas.

— "Flor do dia"? — Nix falou com um tom de voz que demonstrava que seus
pensamentos estavam ainda embaralhados.

— Deixa pra lá. Se lembre de pegar... — William parou a frase ao perceber que
Nix não tinha levado nada que ela deixasse jogado, como espada, escudo ou algo do
gênero.

— Não se preocupe, eu já guardei minhas coisas. — Nix falou fazendo William


se lembrar da luta e do círculo de transmutação de cor verde que de dentro ela retirou
sua espada.

Os dois desceram do avião e se juntaram com os outros. Carl tentava estralar


o pescoço por sentir que seus músculos estavam bastante tensos de tanto pilotar.

— Quem irá fazer os relatórios? — Elena falou se alongando um pouco.

~1~
— Eu vou comer alguma coisa e depois vou tentar descansar. — William falou.
— Carl, cuida do chip. — William falou jogando a pequena maleta que estava o chip
e saiu em direção aos elevadores.

— Desculpa, mas acho melhor um de vocês fazerem. Eu não sei como mexer
nessas coisas. — Falou Nix se afastando.

Carl olhou para o seu lado em direção para Elena, ela estava com os olhos
brilhando como se fosse preste a chorar. Carl se recusava a cair num truque barato
de Elena, mas ao ouvir o estomago de Elena roncar ele suspirou.

— Ok eu faço o relatório. — Carl falou deixando seu rosto ficar um pouco mais
relaxado.

— Ehh!! — Elena exclamou feliz, Carl amava ver aquela felicidade.

Já era um pouco mais tarde, Nix já tinha comido algo e conversado com sua
rainha sobre a missão. Ela estava na sala de treino junto a Quin, ambas com espadas
de madeiras na mão.

— Como foi a missão líder? — Quin falou desviando do ataque de Nix.

— Foi uma missão mediana até, teve poucas complicações. — Nix falou
tentando atacar novamente, mas Quin conseguia desviar.

— O que achou do lobo? — Quin falou desviando novamente.

Nix ira acerta Quin, mas ao ouvir lobo ela se desconcentrou um pouco e deixou
a espada passar direto, além de suas bochechas corarem quando lembrou da
preocupação de William, fazendo sua colega de treino abrir um sorriso.

— Bom. — Deu uma pequena pausa para analisar. — William não é tão ruim
como líder até. Mesmo fazendo ações bastantes arriscadas, ele consegue pensar
rapidamente e lutar muito bem. — Nix falou dando ênfase no nome "William" e se
interrompeu urrando em um dos seus ataques. — Bem provável que ele se tornaria
um dos treze se a gente pudesse colocar lobo entre nós.

~1~
— A senhora o enche de elogios e quando eu acabei de citar apenas "lobo" a
senhorita ficou um pouco fora de se. — Falou Quin abrindo um sorriso e tentando
manter um tom respeitável. — Nix, ele conseguiu aquecer esse congelado coração?

Nix iria acerta em cheio, mas Quin se defendeu à custa de sua espada que ao
sofrer o golpe foi partida ao meio com a força.

— Nunca mais repita isso. — Nix falou com um tom um pouco mais sério.

A raiva de Nix não era por não gosta da brincadeira de sua amiga, mas por
talvez ela estivesse certa.

William só veio acorda quando estava escuro, ao olhar no relógio era umas
20:00.

William se levantou da cama, os cachorros estavam descansando também,


então ele colocou mais água para eles sem fazer barulho e se retirou do quarto. Ainda
se despertando no caminho Will seguiu indo para a direção da clareira e por sua
surpresa ele encontrou Jhon.

— Veio ver a sua estrela? — William falou se aproximando para sentar ao lado
de Jhon.

— Sim. O céu não está bonito? — Jhon sempre falava aquilo. — Como foi a
missão? Soube que foi a primeira missão da Kitsune. Ela é boa?

— Teve pequenas complicações, mas conseguimos terminar a missão. E sobre


Nix... — William deu ênfase no nome de Nix sem perceber e sem ao menos entender
o porquê dele ter feito isso. — Ela é incrível. Com certeza ela consegue ser melhor
que alguns dos lobos do rank: S.

Não houve mais palavra entre eles dois em seguida, William olhava pra Jhon
esperando uma resposta ou alguma outra pergunta, mas Jhon só olhava pro céu
novamente.

— Vejo em seus olhos, parece que achou sua estrela. — Jhon falou
calmamente. — Cada vez que eu te vejo você parece crescer mais. — Jhon falou
mais pra se mesmo que para Will. — Se lembra de como a gente se conheceu? —
Jhon falou olhando para William.

~1~
— Sim. — William falou abrindo um sorriso. — Eu tava treinando feito louco,
quando tinha tempo sempre estava a treinar, até um dia você aparecer na sala de
treino, e eu como um idiota que eu era, te desafiei em um duelo.

— kkkk. Você tinha me surpreendido já que você era conhecido como um dos
piores alunos da sua turma nas matérias. — Jhon falava se lembrando do passado.
— Então imaginava que você era um erro total, mas realmente você se dedicou.

— Foi por sua causa que eu conheci Connor. — William falava se lembrando
de seu irmão de alma. — Eu me pergunto onde ele deve estar agora.

— Provavelmente em um lugar perigoso, mortal e com poucas chances de


conseguir voltar. — Jhon falava em um tom brincalhão. — Mas ele vai retorna, ele
sempre retorna.

**

Em cima de um prédio um homem com manto e encapuzado estava a olhar a


cidade. O Brasil tinha evoluído bem pouco comparado a outros países, era visível a
distância entre as classes sociais. O homem parou de olhar a cidade e volto seu olhar
para a lua.

— As estrelas estão tão lindas. — O homem abriu um sorriso.

~1~
VIII
Uma semana depois

— Ele é um idiota, inconsequente, suicida! — Nix gritava para Quin que andava
ao seu lado e respondendo à pergunta "Está bem?" de sua amiga.

Elas estavam andando pelos corredores da Alcateia procurando pela Maryn,


ainda era cedo, poucas pessoas passavam ao redor. Nix estava com uma camisa
branca com listras pretas e uma calça jeans, enquanto Quin estava vestida com uma
camisa rosa, jaqueta jeans e calça jeans.

— Por que eu vou pergunta? — Quin sussurrou pra se mesma. — Está falando
novamente de William?

— Sim! — Nix respondeu agressiva. — Sempre ele vai de peito aberto pra cima
dos inimigos, como se não houvesse perigo ou que simplesmente não receberia uma
magia no peito.

— Bom, mas quase ninguém nessa dimensão consegue usar mesmo. — Quin
respondeu tentando rastrear a energia da rainha.

— Mas ainda tem aquelas armas, eu já sofri com uma delas, meu braço ficou
dolorido o dia todo. — Nix falou um pouco mais calma. — Parece que ele não se
preocupa com aqueles que se importam com ele.

"Eu acho que já ouvi isso antes." Quin começou a voar em seus devaneios
pensando que aquilo era um déjà-vu. "Será que ela já falou isso alguma vez?"

— Talvez ele realmente não se importa. — Quin falou.

— Ahhhhhh!! — Nix gritou enfurecida. — Ele é um idiota.

Maryn apareceu virando um dos corredores parecendo procurar por Nix, ela
estava vestida com uma calça jeans, um salto alto, uma camisa branca junto com
uma jaqueta jeans.

Quando Maryn parou na frente delas duas ambas se ajoelharam colocando o


punho fechado no peito.

— Não precisam fazer isso toda vez que me verem, no nosso reino é normal,
mas aqui meio que fica estranho. — Maryn falou olhando ao redor.

— Desculpe senhorita. — Falou Nix com a voz calma e neutra.

~1~
— Quin você fica comigo hoje. — Maryn falou colocando seus olhos na jovem.
— Nix o Simon está a lhe chama. — Maryn mencionava o nome verdadeiro do Pai.

— Uma missão? — Nix perguntou pronta para ir em direção aos elevadores.

— Sim, ele dará o resto das informações — Maryn falou.

Após Nix fazer uma reverencia e receber um abano de mão para ela ir logo,
Nix se retirou do local indo o mais rápido possível para os elevadores.

William, Elena e Carl estavam na sala de reunião do Pai, sendo William o único
armado ali.

— A missão é simples. — O Pai falava. — Uma pequena área militar da Rússia


está bastante estranha e pelo que os informantes dizem, pessoas com 2 até 9 rabos
estão indo para lá.

— Acha que a Rússia ta trabalhando para eles? — Elena perguntou.

— Não sabemos disso ainda, mas isso é uma boa suposição. — Falou o Pai
com entrelaçando os dedos encima da mesa.

— Então a missão é investigar? Ou tem algo a mais? — Carl perguntou


percebendo que ele não estava sendo direto.

— Estou mandando vocês em uma missão rank S. — Foi a resposta final de


Simon. — Agora vão e chamem a Nix para ir junto a vocês.

Quando o Pai falou o nome dela ela abriu a porta.

— Ah que bom, agora expliquem ela a missão e vão. — O Pai falou


gesticulando com a mão para eles saírem.

Nix suspirou percebendo que teria uma missão novamente com William, mas
no fundo ela até preferia fazer missões junto a ele por causa que ele não agia com
superioridade com ela como os outros lobos e um pouco ainda mais fundo ela se
preocupava se ele morresse. Não que ela gostasse dele, mas ele era o mais próximo
de um colega na alcateia.

— Nix temos uma missão, acho melhor você se preparar. — Falou William.

— Não seria bom explicar logo e irmos? — Nix perguntou.

— Elena está sem o arco dela e Carl está sem a espada dele. — Falou William
olhando um pouco desapontado para eles dois.

— Ok. Nós encontramos no hangar. — Nix falou suspirando.

~1~
Nix entrou no elevador primeiro que eles deixando-os para trás, ela até que
realmente queria ir para seu quarto para fazer uma coisa antes.

William estava recostado no avião, Carl estava dentro do avião programando


o GPS e Elena estava controlando uma das flechas com a telepatia parecendo um
avião. Eles estavam ali já alguns minutos esperando Nix.

Depois de mais alguns minutos ela apareceu agora com seu cabelo trançado
e agora vestida com uma camisa preta e um manto com capuz com pelagem de lobo.

— Desculpem a demora. — Nix falou envergonhada por demorar tanto. — Não


esperava que eu demoraria tanto para trançar o cabelo.

— Tudo bem, já me acostumei com a demora de Elena. — William falou


tentando provocar sua irmã e tentando deixar Nix feliz.

— Ei! — Elena gritou irritada.

— Se vocês acabaram podemos ir para a missão. — Falou Carl descendo do


avião. — E Elena realmente você demora para se arrumar.

— Ei! Isso não vale, Nix fala pra eles que a gente tem que nós preparar para
uma missão. — Falou Elena entrando na brincadeira.

Nix caiu na gargalhada e Elena começou a fingir uma briga com William,
quando eles pararam de brincar eles entraram no avião, aqueles pequenos momentos
que fazia que Nix preferisse fazer missões com eles do que com outros lobos, mesmo
que ela ainda era nova no grupo eles enturmavam ela nas brincadeiras.

Depois de todos ficarem em seus acentos, Elena do lado de Carl sentada na


cadeira do copiloto, William sentado de frente para Nix na parte de trás, William
começou a falar da missão.

— A missão é uma missão rank S, iremos para uma das áreas militares da
Rússia para, ao que parece, investigar se estão ajudando nossos inimigos. — William
falou agora com um tom sério diferente de anteriormente.

— Isso não seria considerado como uma missão de rank S+? — Elena
perguntou. — Já que se não for nada ou não encontrarmos provas pode ser
considerado um ataque ou até algo ruim pelos olhos da Rússia.

— O que é uma missão rank S+? — Nix questionou.

— Rank S+ é um rank apenas para missões. Essas missões são mais


perigosas que as S e só pode ser feita por pessoas selecionadas a dedo pelo Pai. —
Explicou William. — Elas são missões que podem acabar criando uma guerra entre

~1~
as nações ou até mesmo ocasionando a destruição de um governo inteiro. — William
complementou.

— Bom, é uma missão mais perigosa que as S normais e pode causa uma
guerra entre a Alcateia e a Rússia. — Carl falou mantendo seus olhos para frente. —
Tudo se encaixa no rank S+.

— A gente nunca sabe qual o motivo das ações idiotas do Pai, mas é uma
missão, então iremos finaliza-la. — William falou, mesmo ele se perguntando o porquê
a missão estava como rank S.

William se levantou e estralou os dedos pedindo para Carl levantar a mesa


holográfica com o uma réplica da área militar.

— O local é uma área bem grande, tem local de treino de tiro, de combate e
pilotagem de tanque. — William falou analisando. — Além disso tem os quarteis, o
refeitório e pelo que parece uma prisão.

— Se for apenas isso é tranquilo, já que parece ter vários pontos cegos. —
Falou Nix se levantando e aproximando da mesa.

— Não é só isso, ainda tem o subterrâneo, que mais parece um formigueiro de


tão embolado é esses caminhos confusos. — Falou William puxando o holograma pra
mostra o subterrâneo que tinha um corredor de entrada vindo do quartel general, mas
em seguida se subdividia em vários corredores que davam para salas diferentes que
tinham ainda mais corredores quase se tornando sem sentido à primeira vista.

— Ok, então vamos primeiro focar em como entrar. — Nix falou puxando o
holograma para acharem um modo de entrar. — Quantas horas temos Carl pra
montar o plano?

— Chegaremos em 7 horas no máximo. — Carl respondeu.

Após ouvir isso Nix e William começaram a montar o plano, mostrando como
ambos conseguiam trabalhar em dupla para criar o plano.

Durante as 6 horas e meia que eles os usaram pensaram nos planos,


descartando e escolhendo o caminho mais viável, Elena que estava sentada do lado
de Carl dava ideias e ajudava no que podia lembrando dos poderes e armas que eles
tinham e o que eles poderiam fazer, já que muitas vezes William e Nix ficavam focados
em apenas uma opção que se esqueciam de outras soluções.

— ...Assim podemos ir na sala dos computadores hackear as câmeras e achar


informações vitais ou até descobrir algo que não sabemos.

~1~
— Ok, mas se a gente fizer tudo isso o alarme será ativado quando chegarmos
aqui. — Nix falava apontando em um dos andares acima da sala de arquivos e
computadores.

— Ok, então não é a melhor solução. — Elena falou pensativa.

— Um passo pra frente, dois pra trás. — William sussurrou pra se mesmo. —
Ok, Carl temos quanto tempo até chegar?

— No máximo 30 minutos. — Falou Carl preocupado.

"Não temos um plano completo e dessa vez não é uma missão simples."
Pensou William preocupado, "Vamos ter que improvisar.", ele terminou de pensar
querendo não ter que se voltar aquele recurso.

— Ok, comecem a se arrumar pra luta. — Falou William se preparando para o


ritual de sempre de verificação.

Nix criou o círculo de transmutação verde e retirou de dentro a espada, Elena


verificou suas adagas e a corda do arco e Carl pegou a pistola que tinha embaixo de
uma das cadeiras e pegou dois pentes de munição, além de transforma a placa de
vidro de lobo afiada que estava no seu braço e sua espada.

Nix não estava confiante no plano, já que o local era mais complexo do que ela
esperava, mas ainda assim acreditava que William iria conseguir fazer pela primeira
vez as melhores escolhas.

— Ok, vamos repassar o plano. — William falou chamando a atenção de todos.

Todos se aproximaram da mesa e ficaram bastante atentos.

— Como todos sabemos a missão é descobrir se realmente a Rússia está


trabalhando com nossos inimigos. — William começou a falar. — A entrada é difícil,
deslocamento é ainda mais difícil e a saída quase impossível.

— Mas é em toda muralha existe uma pequena fresta. — Nix falou tentando
deixar sua voz confiante. — E se existe essa pequena fresta podemos derruba-la. A
entrada é cercada por inúmeros guardas e em todos os muros, porém analisamos
que podemos entrar por aqui. — Nix falou apontando para a área inferior do local.

— Aqui é distante de todos os outros e seria difícil para eles passarem


informações de tão distante em meio de um combate. — Falou William.

— Mas claro não haverá combate, Elena irá elimina todos antes de subirmos
e a gente escondera os corpos depois. — Falou Nix.

— Daqui teremos que passar pelos quarteis até chegar no quartel general. —
Falou William. — Quando chegarmos a gente terá que se dividir em dois grupos, eu
e Nix, Carl e Elena. — Complementou. — Dentro do local vamos nos encontrar na

~1~
sala de computadores nas melhores das situações, mas se vocês conseguirem
chegar antes de nós, peguem todas as informações.

— Esse é o plano? — Carl perguntou ainda não acreditando que aquele era
todo o plano.

— Teremos que improvisar já que quase plano nenhum funcionária com esse
local.

— Ok, então onde irie ficar para atirar nos alvos? — Elena perguntou agora
puxando um pouco o holograma para o lado.

— Aqui entre as árvores. — Nix falou.

— Não terei visão de todos. — Elena falou agora bastante séria. — Carl dá pra
eu levar um paraquedas?

— Claro. Temos um de reserva. — Ele falou indo buscar na parede do avião.

— Ok, vocês vão desce direto no muro, eu vou descer um pouco antes de
paraquedas e acabo com eles. — Elena falou.

— Mas o problema não iremos descer no muro Elena. — William falou. —


Iremos descer nesta montanha. — William apontou para uma montanha um pouco
mais afastada do muro.

— Então aqui mesmo eu atiro. — Elena falou apontando para o topo da


montanha.

— Ok, plano semipronto, mas dá pra usar. — Nix falou. — William é um ataque
quase que suicida.

— Eu sei. — William falou começando a pensar. — Isso que deixa mais


interessante, bom, agora não temos mais como voltar. — William falou com um sorriso
no rosto. — Vamos nos preparar pra saltar.

Todos começaram a se preparar verificando suas armas, suas munições e


suprimentos para quite de primeiros socorros. Depois de algum tempo Carl fez um
gesto com as mãos dizendo que estava na hora de ir.

— Você consegue usar isso? — William falou dando um paraquedas para Nix.

— Não sei, mas acho melhor eu para a queda usando minha mana mesmo. —
Nix respondeu empurrando a mochila de volta para Will.

William e Nix se aproximaram da porta traseira que começou a se abrir


lentamente. O vento frio entrou pela cabine mostrando que eles estavam no meio do
inverno Russo, naquele exato momento William queria um casaco mais quente ou um
manto igual a de Nix.

~1~
A mesma adrenalina de sempre começava a dominar seu corpo, o céu dessa
vez recheado de nuvens impossibilitando de ver a lua ou as estrelas, as montanhas
geladas que dominava a região com suas árvores todas dominadas pela neve,
pouquíssimos animais era possível avista. Mesmo que um local quase sem vida ainda
assim era um local lindo.

Após admirar aquela vista William fechou os olhos e deixou seu corpo tombar
caindo do avião, mesmo que fosse um abito dele, algo que até Elena e Carl já se
acostumaram de ver ele fazer isso Nix pulou o mais rápido possível para ir ajuda-lo
pensando que ele tinha passado mal ou algo poderia acontece-lo.

Em meio a quedo William abriu os olhos sentindo a presença de Nix se


aproximar rapidamente dele, ela parecia tentar estender a mão para puxa-lo. Will viu
em seus olhos preocupação, ele começou a se sentir mal por tela preocupado, em
seguida ele fez um gesto comunicando que estava bem.

Ao ver o gesto Nix suspirou tranquila, mas após a tranquilidade a raiva tomou
seus olhos, mas antes dela poder fazer qualquer coisa ela percebeu que estava
chegando na montanha que eles queriam aterrissar.

Todos se reuniram na montanha e se mantinham camuflados em meio a neve.

— São 10 pessoas. — Falou Nix usando uma das suas habilidades para
melhorar sua visão.

William passou o binóculo para Elena para ela visualizar o local de cada um e
em menos de um instante ela já tinha gravado o movimento de todos e devolveu o
binóculo para William.

— Vocês teram 30 segundos para esconder os corpos e entrarem. — Falou


Elena se preparando ajoelhada.

— Ok, vamos nós aproximar do muro. — William falou olhando para Nix. —
Carl fique aqui pra ajudar Elena se ela precisar.

— Ok. — Carl concordou

— Vamos. — William falou para Nix.

Ao ouvir isso Nix se aproximou de William e eles começaram a descer a


montanha para se aproximarem do muro, Nix tinha uma certa dificuldade de manter
seus passos rápidos como o de William que parecia está bastante acostumado a
correr na neve.

Ao chegarem perto do muro William criou uma chama na mão sendo o sinal
para Elena.

— Acha que ela consegue mata todos? — Nix perguntou.

~1~
— Eu não acho. — William falou abrindo um sorriso. — Eu tenho certeza.

Elena se levantou e começou a atirar andando, mas as flechas ficavam


paradas no local que ela atirou. Todos começaram a sentir uma pressão vinda de
Elena a neve começava a ser varrida para longe dela e com um estralar de dedos as
flechas voaram tão rápido que quase foi impossível ver sua trajetória e acertando
todos os 10 alvos que estavam se movimentando.

— Ok, iniciar fase dois. — Falou William tanto para Nix como no rádio para
Elena e Carl.

Nix e Will jogaram cordas para subir no muro e antes de subirem testaram se
estavam bem fixar. Depois de testa eles subiram os muros e William estralou os dedos
fazendo sair dos seus pés caminhos de chamas que quando chegaram nós corpos
dos soldados caídos foram queimados rapidamente até se tornarem pó.

Quando todos os corpos viraram cinzas Nix e Will entrar dentro do local, tinha
vários prédios diferentes ao redor deles, mas William tinha memorizado o caminho.
Ele segurou a mão de Nix por impulso e começou a guia-los observando se tinha ou
não alguém no caminho chegando onde eles queriam que era o quartel general.

1 mês depois

Elena, Carl, William, Nix, Quin e Maryn estavam em na praia de uma ilha
paradisíaca.

Elena se disparou para a água, ela estava vestida com um biquíni floral. Carl
já tinha sumido dentro da água, Maryn estava vestida com um biquíni preto, deitada
de baixo do guarda-Sol lendo um livro com Quin perto dela vestida com maiô rosa e
com as caldas balançando felizes. William e Nix estavam com os pés dentro da água
observando Elena pular dentro da água.

~1~
— Durante toda a minha vida essa é a primeira vez que ele me dá férias e
ainda com tudo pago. — William falou olhando o mar pensativo, ele estava vestido
com um short tactel floral

— E quem se importa! — Falou Elena jogando água em William e Nix. —


Venham a água está boa.

William protegeu o rosto da brincadeirinha da sua irmã, em seguida ele se


abaixou um pouco pegou a água e derramou em seus cabelos, realmente a água
estava numa temperatura muito boa pra aquele calor.

— Depois eu entro. — Respondeu William, mas era óbvio que Elena estava
mais entretida na sua brincadeira com a água. — Quer dar uma volta? — William
perguntou a Nix.

— Vamos. Só deixa eu perguntar a... — Nix começou a falar, ela estava com
um biquíni branco.

— Tudo bem! Podem ir. — Quin falou se sentando na borda da toalha que
estava embaixo do guarda-Sol. — Parece que Maryn ta bem mais entretida com o
livro.

Nix suspirou por um segundo e levanto a cabeça olhando nos olhos de William,
por algum motivo com o passar do tempo ela começou a gostar do brilho que tinha
aqueles olhos.

— Vamos. — Nix falou alegre.

Quando eles iriam começar a sair da água Nix sentiu alguém ou algo
segurando sua perna e de imediato ela puxou do círculo de transmutação verde sua
espada e enfincou com toda a força dentro da água. De dentro da água Carl saiu com
uma cara assustada.

— Seu... — Nix começou a falar irritada. — Nunca me assuste.

— Desculpe! — Carl gritou assustado.

William entrou no meio do dois e puxou Nix para longe pegando a espada.

— Ok, ele só estava brincado. — William falou abrindo um sorriso para acalma-
la. — Quin! — William chamou jogando a espada para ela. — Ok, vamos lá. — William
falou por fim tirando Nix da água.

Quin tentou pegar a espada no ar, mas quando pegou quase derrubou por
causa do peso, a lâmina era muito mais pesada do que ela esperava. William e Nix
saíram andando pela praia, o local era bem tranquilo e calmo.

— Iae como ta sendo sua estadia na Alcateia. — William falou sem saber
começar a conversa.

~1~
— Está indo bem. Em algumas missões os lobos não vãos com minha cara,
outros nem confiam em mim. — Nix falou sem se importa. — Mas eu não me importo,
eu convivo mais com vocês do que os outros.

— Eu vejo se consigo resolver isso. — Falou William colocando a mão no bolso.

Sem eles perceberem eles começaram a andar mais próximos. A presença um


do outro que quando eles ainda estavam a se conhecer era neutra, agora trazia uma
certa calma ou, mesmo que pouca, uma certa felicidade.

— Impressionante que você se adaptou rapidamente nas missões. — William


falou percebendo como ela parecia que já vivia na Alcateia a vários anos

— Eu só observei como vocês fazem suas missões e devo admitir, vocês


cometem muitas falhas. — Nix usando uma voz mais humilde e fechando os olhos.

— Hm!? — William não sabia como responder, mas também não queria deixá-
la falar daquele jeito. — A gente sempre acaba com as missões sem grandes
problemas.

— Se ir igual a um suicida pra cima dos inimigos não cria problema, então você
é mais idiota do que eu pensava. — Nix falou abrindo um sorriso e o olho esquerdo
pra ver William

— A única idiota aqui é você. — William fingiu uma falsa irritação

— Idiota suicida. — Nix entrou na brincadeira

— Idiota cabeça de vento. — William falou por fim fazendo os dois cair na
risada. — Incrível como a gente se dá bem.

— Nas primeiras missões sempre brigamos na verdade. — Nix se lembrou das


primeiras missões que foram apenas eles. — Mas você dava motivo, sempre queria
ir na frente sem ter um plano.

— Mas até agora sempre deu certo, principalmente pois você salvo várias
vezes minha pele. — William falou percebendo que ele estava devendo vários favores
a Nix e olhando para aquele lindo mar.

— Você ama o mar, não é? — Nix perguntou percebendo a felicidade que


William sempre tinha olhando o mar.

— Desde pequeno eu vejo essa vastidão azul e a vida que nela abita. —
William falou colocando sua atenção nos olhos azuis de Nix, tinham a cores idênticas
a do mar. — Vamos quero te mostra uma coisa. — Falou William entrando na água.

Nix acompanhou um pouco até a água chega em seus ombros e forçando ela
ficar na ponta do pé foi quando ela parou.

~1~
— William eu não vou mais fundo. — Nix falou com uma voz triste, mas
tentando manter seria.

William olhou para Nix, seus olhos pareciam apreensivos, mas cautelosos ele
conseguia ver algo que até agora ele não tinha visto nos olhos de Nix, "Medo?",
William questionava, então ele se aproximou dela.

— Está tudo bem? — William sabia que provavelmente ela não diria o motivo.

E William estava certo, Nix não iria dizer o motivo, mas era porquê ela tinha
muito medo do que tinha abaixo da água, isso por causa de quando criança ela foi
atacada por um animal que quase a afogou, assim criou um bloqueio para ela
aprender a nadar e um grande medo do mar.

— Está, só não irei mais fundo que isso. — Nix falou tentando deixar sua voz
sem a presença do medo.

William por vezes odiava como Nix era cabeça dura, mas tinha uma parte que
até gostava.

— Você confia em mim? — William perguntou esticando sua mão a Nix e com
um sorriso no rosto.

Por vez William falava isso pra Nix nas missões e sempre era uma responda
que ela não tinha 100% de certeza, mas pela primeira vez ela tinha. Ela assentiu com
a cabeça e pegou na mão de William.

Após Nix segurar a mão de William, ele esticou o braço dela e começou a
passar o dedo indicador e médio levemente fazendo um pequeno espiral, fazendo o
desenho do espiral ficar visível com uma cor azul esverdeado.

— Não tire seu braço da água até a gente volta pra praia. — William falou
calmo e olhando nos olhos de Nix, parecia que o medo estava só crescendo dentro
dela.

Aos poucos William foi puxando Nix consigo, tão lentamente que ela não
percebeu quando seus pés saíram do chão e aos poucos eles começaram a descer.
Nix com medo fechou os olhos tentando lutar contra seu próprio corpo para não tentar
fugir

— Pode respirar e abrir os olhos. — A voz de William chegou até os ouvidos


de Nix, e ela seguiu a ordem.

A visão que Nix teve era magnífica, mesmo que eles não estivessem tão fundo,
os corais já faziam uma arte com suas cores, os peixes andando em cardumes
parecendo uma dança.

Nix olhou para William e percebeu que tinha uma fina camada de ar ao redor
dele e dela também.

~1~
— Como conseguimos falar aqui em baixo. — Quando ela falou saíram bolhar
da sua boca e foram em direção a William.

— Eu criei uma pequena película de ar ao nosso redor e quando falamos o


som entra nessas bolhas então permite que nós conversemos. — A voz de William
chegou quando as bolhas dele tocaram na película.

Nix depois de entender olhou o mar a sua volta, era incrível. Seus medos
pareciam que tinham sumido.

— Pode ir, eu to controlando a sua flutuação então pode ir nadar e ver mais de
perto. — William falou.

Após ouvir aquilo Nix abriu um grande sorriso e começou a se afastar de


William nadando de um lado para o outro, tentando ver o máximo que podia. William
se alegrava em ver como Nix estava feliz, ela parecia uma criança em meio de um
zoológico, era a primeira vez que William via aquelas chamas em seus olhos, parecia
que aqueles olhos transbordavam alegria.

Seu coração batia rápido, muito mais que alegre, ele ainda não sabia que
sentimento era aquele. Mas William podia admirar aquela felicidade queria manter
sempre em sua lembrança, olhar aqueles olhos para sua vida inteira e manter aquele
sentimento pela eternidade.

William Suspirou alegre e se aproximou de Nix, que fingia voar como uma fada.
William aos poucos começou a mostrar alguns animais que apareciam e as belezas
que tinham aquele mar.

— Voltar pra praia? — William perguntou depois de demonstrar tudo que ele
achou de interessante e percebendo que estava ficando com fome.

— Sim. — Nix falou alegremente, ver o sorriso de Nix tinha começado ficar
cada vez mais normal, William se perguntava quando que aquela mais bela imagem
tinha virado normal.

Mas em quando eles estavam se preparando para sair da água e William tirou
seus olhos de Nix, ele ouve um grito dela. Rapidamente William se vira para olhar e
só tinha sido Nix se assustando com um hipocampo filhote, ele tinha menos de 70 cm
de altura e mais de 1,5 m de largura, sua parte da frente tinha um par de patas e uma
cabeça de cavalo, mas a metade traseira era um corpo prateado de peixe com
escamas reluzentes e nadadeiras de arco-íris na cauda.

William se aproximou de Nix para tenta acalma-la, em seu pensamento ver Nix
com medo era bem estranho, mas era ainda mais estranho vendo realmente. Nix não
parecia aquela guerreira poderosa, com um rosto lindo, com um olhar feroz igual a
uma tigresa que só aumentava mais sua beleza, até mesmo sua áurea assustadora
sumia quando ela estava com medo.

~1~
— Tudo bem. — William falou colocando a mão no ombro de Nix. — É apenas
um hipocampo.

Na verdade William estava bem mais surpreso que Nix.

— Desculpa. — Nix sussurrou constrangida, mas foi alto o bastante para


William ouvir. — Ele é um animal tão belo. — Falou recobrando a sua postura

— Sim. — William falou animado. — Eles são animais em extinção, só existe


30 deles no mundo. — Falou William bastante impressionado. — Alguns dizem que
se vemos um hipocampo é um sinal de sorte ou que irá encontrar o amor em breve.

— Por que? — Nix questionou sem entender o motivo.

— Você encontra um hipocampo é muito raro, significa que você ta com


bastante sorte. — William falou percebendo que Nix estava começando a ter uma
certa dificuldade em respirar. — E sobre o amor. Se você consegue encontrar um
hipocampo, você também pode encontrar o amor de sua vida. — William falou com
um brilho a mais em seus olhos. — Vamos subir. — William falou começando a se
preocupar.

Quando estavam prontos pra subir William viu um volto escuro passando pelo
canto do olho, ele parou por um segundo para olhar para a direção do volto, mas já
não tinha nada naquela direção apenas uma caverna com uma abertura bastante
grande.

Mas William não deu importância e rapidamente voltou a subir junto com Nix,
quando eles chegaram na superfície Nix puxou bastante ar, parecia que William
estava certo ao perceber a dificuldade de respirar de Nix.

— Pode tirar seu braço da água agora. — Falou William abrindo um sorriso.

Ela solto as mãos de William e pulo em seu pescoço para o abraça-lo, ela
tremia pelo frio, o cheiro da água salgada que vinha do seu corpo, mesmo que não
tenha ficado tanto tempo em contato com a água salgada, os seus cabelos agora
balançavam dentro da água seguindo o ritmo do mar e sem ela perceber o pequeno
espiral em seu braço sumiu.

— Obrigada. — Ela sussurrou no ouvido de William.

William queria ficar ali com ela para sempre, seu coração que já batia rápido,
agora batia mais forte cada vez mais William questionava aquele sentimento, mas
aos poucos perdia sua preocupação. Nix se afastou de William e volto a segurar sua
mão tentando se manter flutuando igual a ele imitando o bater das pernas.

— Vamos? — William falou abrindo um sorriso e sem perceber seu rosto


estava corado.

Nix assentiu com a cabeça.

~1~
— Eu...eu não sei nadar. — Nix falou com vergonha de dar essa informação.

William sorriu suspirando, então se aproximou e juntou os braços de Nix ao


redor de seu pescoço, após perceber que ela estava bem presa a ele, William
começou a nadar em direção à praia.

Carl e Elena brincavam dentro da água enquanto Maryn se mantinha lendo já


estando bastante avançada no seu livro e com Quin sentada com os rabos
balançando num ritmo muito calço.

"Como é estar apaixonada?" Quin se perguntou se juntando as pernas e a


abraçando-as em posição fetal tentando esconder seu rosto, aquela pergunta entrou
em sua mente enquanto ela observava Elena e Carl juntos, tão felizes. Uma coisa
que Quin odiava em ser Kitsune é que pra elas sempre é mais fácil perceber os
sentimentos e aquele sentimento parecia tão bom, ela queria ter...

— Um dia você também sentirar. — Maryn falou suavemente com uma voz
doce e passando a mão na cabeça de Quin.

Quin olhou para Maryn se perguntando como ela sabia, mas Quin olhou nos
olhos de Maryn, um olhar cuidadoso, mas que transmitia ternura.

— Pode ir brincar, eu fico esperando a comida. — Falou Maryn voltando ao


seu livro.

Quin com um olhar feliz se levantou e foi em direção ao mar, mas indo para
longe de Elena e Carl para não atrapalhar eles dois. Enquanto Maryn lia o livro ela
percebeu que distante estava vindo William e Nix conversando com sorrisos em seus
rostos e depois Nix empurrando William depois de uma possivel provocação.

— Aqui senhorita. — Um homem de cor de pele negra falou, vestido com


roupas tropicais, avental e um boner trazendo uma bandeija de comida com 6 pratos.

— Muito obrigada. — Maryn falou colocando o marca texto para lembrar a


página que já tinha parado e guardou o livro em sua bolsa

— Porfavor avise a senhor William que o rei da ilha quer conversa com ele. —
O homem falou colocando a bandeja em cima da mesa e se retirando.

— Ok. — Maryn falou mesmo que o homem já tinha saido. — Quin, Carl e
Elena, a comida chegou! — Maryn gritou chamando os três.

Os três sairam da água indo em direção a Maryn e começaram a conversa e


comer.

~1~
IX

Dois meses tinha se passado sem mesmo William perceber, ele sempre estava
entrando e saindo de missão, se não estava em missão ele estava treinando junto de
Nix que parecia ficar cada vez mais próxima dele e aquele sentimento que ele ainda
não entendia ficava cada vez mais forte.

Ele estava indo em direção do quarto de Nix para informa-la sobre uma missão
que eles estariam indo em poucos minutos, ele estava vestido como sempre, mas em
suas costas estava uma mochila e duas espadas presas nela. Ao chegar na porta
dela ele bateu duas vezes na porta, mas sem informação se podia ou não entra. Ele
bateu mais duas vezes.

— Nix sou eu, William. — Ele falou colocando a mão na maçaneta.

Do lado de dentro do quarto Nix tinha acabado de sair do banho e estava indo
em direção ao armário para escolher a roupa, quando ela estava se preparando para
tirar a toalha para colocar o sutiã William abriu a porta a assustando.

Ela rapidamente pegou uma camisa e jogou contra William fazendo ele fecha
a porta rapidamente.

— Quem deu permissão para entra! — Ela gritou enfurecida. — Tarado!

— Desculpa! Mas eu já tinha batido na porta várias vezes! — William gritou de


volta sentindo vergonha o suficiente para ele querer enterrar sua cabeça no chão e

~1~
nunca mais tira-la de lá. — Eu sobrevivo se eu dizer que não vi nada? — Ele queria
tirar alguma graça daquela cena vergonhosa.

— Sim. — Nix falou observando que do lado da camisa estava uma faca pronta
para ser usada.

"Se fosse a alguns meses atrás meu corpo iria joga a faca e não a camisa." Nix
pensou estranhando o porquê ela jogado a camisa.

— Poderia jogar a camisa de volta? — Nix perguntou segurando forte a toalha.

William abriu um pouco a porta e jogou a camisa de volta caindo corretamente


na mão de Nix. Ele estava bastante cansado, diferente dos outros meses, esses
tinham sido cada vez mais pesados, William se sentou do lado da porta.

— Temos uma missão. — William falou alto o suficiente para a sua voz passa
da porta.

— Qual seria? — Nix falou terminando de colocar sua roupa debaixo.

— Um rank D, o Pai não deu muita informação sobre a missão, só que


precisamos trazer um homem para a Alcateia. — William falou tentado estralar o
pescoço.

— Ele não dá quase informação nenhuma. — Nix falou terminando de colocar


a calça de couro preta.

— É o estilo dele. Às vezes é bom, outras isso só piora a missão. — William


falou se levantando.

— Ok. Vai eu, você e mais quem? — Nix perguntou terminado de colocar a
camisa branca e a jaqueta de couro.

— Apenas nós dois. — William respondeu se recostando na parede

— Ok. Estou pronta. — Ela falou abrindo a porta. — Vamos?

William olhou Nix dos pés à cabeça, ela estava com seu cabelo trançado, um
costume que Nix sempre faziam antes de ir para missões. Ela se envergonhou com
a quantidade de tempo que William estava a observa-la, fazendo-a se questionar se
estava estranha.

— Você está incrível. — William falou por fim ao perceber que Nix tinha virado
o rosto pra evitar o contato visual e fazendo ela corar ao ouvir a frase.

— Obrigada. — Ela respondeu um pouco mais baixo que o normal. — Vamos


logo. — Ela falou voltando ao normal.

~1~
William abriu um sorriso vendo a mudança em sua parceira e começou a andar
ao lado dela. Nix não entendia o que estava acontecendo com ela, aquelas mudanças
não eram normais.

Ela tentou esquecer pelo menos até acabar a missão e assim eles foram para
o hangar conversando sobre o planejamento do plano. Quando eles chegaram Nix
observou que tinha alguém na cabine do piloto, mas não dava para saber já que o
vidro era escuro.

William subiu pela porta de trás do avião junto com Nix, eles sentaram um de
frente para o outro. Após a porta do avião se fechar já era visível que eles começaram
a se mover.

— Descanse, você vai precisar de todas as energias que conseguir


reabastecer. — William falou observando-a.

— Você também deveria, a sua rotina está muito corrida e eu vi que você não
teve muito tempo pra descansa. — Nix falou com um tom preocupado.

— Eu to bem, já to acostumado com essa rotina, mas você, eu ainda não sei.
— William falou olhando a janela e vendo que já estavam sobre a linha das nuvens.
— Descanse, eu te acordo quando a gente chega.

Nix não recusou e sem ao menos perceber ela caiu no sono.

William estava lutando lado a lado com Nix, contra Keruart. Ambos pareciam
estar muito bem sincronizados, já que quando William não aguentava mais manter a
sequências de ataque Nix entrava no meio para continuar a sequência. O mesmo
acontecia na defesa, sempre que Keruat atacava William entrava na frente
defendendo o golpe e deixando Nix atacar. Até aquele momento parecia que a luta
estava parelha

William atacou as duas laterais rapidamente e forçando Keruart e ele travarem


suas lâminas, quando ele percebeu isso se abaixou um pouco deixando suas costas
um pouco inclinada, Nix usou a inclinação de William para se aproximar de Keruart e
ataca-lo na linha entre o ombro e o pescoço, sendo que era um ataque para tentar
cortar veias e partes importantes do corpo.

Keruart rapidamente tirou uma das mãos da espada e usou como defesa junto
com uma camada muito dura de mana. Depois de defender o golpe ele pegou a
garganta de Nix com força o suficiente pra travar sua respiração e depois a jogou pra
longe.

Vendo o ataque de Keruart, William olhou para Nix para ver se ela estava bem,
assim perdendo a rigidez que ele mantinha a espada. Vendo a abertura Keruart socou
o estomago de William, forte o suficiente pra criar uma onda de choque, em seguida
ele pegou o pescoço de Will e o jogou para a mesma direção de Nix.
~1~
William tentou se levantar o mais rápido possível, mas quando conseguiu se
colocar de pé, ele caiu de joelhos sentindo a dor latejante do estomago e começando
a vomitar sangue. Nix estava do seu lado tentando recuperar o fôlego, mas sua
garganta não a deixava conseguir sugar o ar direito.

Keruart girou sua espada na mão e começou a andar calmamente em direção


de William. Will tentou se força a entra na frente de Nix, mas seu corpo não reagia.
Keruart avançava cada vez mais rápido, agora ele já estava correndo na direção
deles.

William começava a ficar com raiva de se mesmo, seu corpo não seguia seu
comando, quanto mais Keruart se aproximava mais William ficava desesperado, seu
coração batia freneticamente, a única coisa que passava na sua cabeça era que ele
não podia deixar Nix morrer. Foi quando ele percebeu que o ataque de Keruart estava
indo em sua direção, por um segundo seu corpo sentiu-se aliviado.

Mas depois que William se sentiu aliviado ele percebeu que Nix pulou na sua
direção, para entrar na frente do golpe. E em um segundo ele viu o corpo de Nix sendo
perfurada pela lâmina de Keruart.

William não conseguia acreditava no que estava acontecendo. O rosto de


Keruart começou a sair com a fumaça e mostrar o rosto de William, mas com o cabelo
branco e olhos vermelhos.

— Você é fraco e sempre será um fracasso. — Aquele ser falou. — Se você


não me dá o controle todos que você ama, até mesmo ela, iram morrer.

William se sentia fraco, não por ser forte o suficiente, não pelo seu corpo não
reagir, mas por não consegui salva-la ele sentia uma dor tão grande que parecia que
tinham um buraco em seu peito.

Em menos de um segundo toda aquela dor virou tristeza e depois numa raiva
quase incalculável fazendo com que ele explodisse em fúria.

Foi neste momento que ele acordou, ele estava chorando e sentia que as
chamas embaixo da sua pele estavam borbulhando para saírem, William começou a
olhar todo o avião tentando se localizar onde estava com o coração apertado e
quando viu Nix dormindo sentada, seu coração se soltou aos poucos.

William observou mais atentamente e percebeu que Nix estava chorando


enquanto dormia, ele se levantou e se aproximou, mas não a acordou para não dar
um susto ou algo do tipo.

**

Nix via em sua frente ela mesma rodeada por seus amigos e aqueles que ela
considerava família, ela abriu um sorriso por perceber que depois de tanta coisa que
ela passou, ela ainda foi presenteada com aquilo. Mas sua felicidade não durou muito,
aos poucos seus amigos e companheiros começaram a se afastar e a sumir.
~1~
Um a um, eles se foram deixando apenas Nix e seu pai. Nix não entendia, mas
ela estava cada vez mais triste com a imagem que ela via, até que seu pai solto sua
mão e igual aos outros sumiu na imensidão branca. Aquela Nix que ela via em sua
frente se transformou em uma criança chorona e sozinha.

Com poucos segundos as nuvens apareceram e a chuva começou a cair


ocultando um pouco as lagrimas da garotinha. Nix virou o rosto não querendo mais
ver aquela imagem, ela entendia que estava em um sonho e aquilo era seu cérebro
lembrando quando ela perdeu tudo.

— Ei, por que ta chorando? — Uma voz familiar fez com que Nix olhasse
novamente a imagem.

Era William, vestido como da primeira vez que se viram, mas agora ele estava
com um guarda-chuva. Dessa vez Nix não entendia o que seu cérebro queria dizer.

William sempre fora uma incógnita para ela na sua vida, ele apareceu de
repente, mas ele já conseguiu sua amizade, ele conseguia fazer ela treinar mais do
que nunca, em todas as missões que eles participaram quando ela estava em perigo
ele estava lá, a todo momento que ela começava a se sentir sozinha ele aparecia. Ele
começou a sempre está lá, ou fisicamente ou de alguma outra forma. Por que?

— To...Todos se fo...foram. — A menininha falou entre soluços e segurando


forte a jaqueta de William.

Por que?

— Nem todos, eu ainda estou aqui. — William respondeu.

Por que?

— Você vai ir igual a todos os outros. — A criança gritou irritada.

Por que?

— Eu sempre vou estar do seu lado. — William sorriu.

Aquela frase lembrou de uma missão que eles estavam voltando pra Alcateia
e caiu um raio perto do avião e a zoada trovão a assustou, William logo a abraçou e
disse "Tudo bem. Tudo bem, eu estou aqui, sempre vou estar do seu lado.", aquela
última parte ela sempre pensou que era exagero de William, ou ele falou no impulso,
só que ele realmente sempre esteve do seu lado.

"Por que? A gente nem se conhece tanto tempo? Que sentimento é esse" Nix
pensava enquanto sentia seu peito se aperta, mas não de tristeza, era felicidade?

Nix despertou vendo William bem em sua frente com uma feição de
preocupação e enxugando seu olho. Ela sem pensa pulou abraçando William, ela não
entendia o porquê fez aquilo, mas ela só sentia que precisava fazer aquilo.

~1~
— Calma, calma. Já passou, só foi um sonho. — William falou passando a mão
levemente em sua cabeça.

— Obrigada. — Nix falou sussurrando pronta pra dizer o porquê, mas ela se
concentrou e o empurrou um pouco pra trás afastando os dois. — Obrigada. — Ela
falou mais calma e enxugando seus olhos.

William ficou feliz em saber que ela estava bem, ele foi em direção a cabine do
piloto percebendo que Nix não queria que ele ficasse observando-a.

— Quanto tempo falta para a gente chegar? — William perguntou olhando para
o relógio em seu pulso.

— Menos de 1 hora senhor. — O piloto falou.

— Ok. — William falou indo em direção a Nix. — É melhor você começar a


arrumar suas coisas pra missão. — William falou abrindo sua mochila.

Ele pegou dois pentes de munição para suas armas, um cantil d'água e as duas
espadas.

— O que tem na garrafa? — Nix perguntou puxando de dentro do círculo de


transmutação sua espada.

— Água benta, se forem vampiros isso vai ajudar. — William falou colocando
dentro do casaco.

Nix tentava entender se era sua mente criando uma ilusão, ou se era os
desejos dela.

Três dias depois

~1~
Nix abria seus olhos lentamente e sonolentos, acorda naquele quarto, naquela
ilha era estranho, mas parecia que seu corpo não se importava tanto onde seria seu
local de descanso. A visão que via olhando para longe da varando era bela, um
horizonte vasto de pela tonalidade azul que vinha tanto do mar quanto do céu.

Viver naquela dimensão aos poucos se tornava uma ideia tentadora. Ela virou
seu rosto para olhar o relógio que estava em cima do criado mudo. 10:30, seu relógio
interno estava cada vez mais desregulado.

Ela se levantou retirando o longo lençol branco de cima do seu corpo que
estava vestido com um short pequeno e uma camisa bem larga. Ela caminhou ainda
com sono para o banheiro para tomar um banho e fazer as higienes da manhã. Ela
saiu do banheiro com a calça jeans preta e com o sutiã, suas costas tinham várias
cicatrizes, umas mais feias que as outras, fazendo com que as costas tivessem uma
leve diferença de nível em muitas partes das costas.

Ela foi até seu armário para colocar uma camisa, já que tinha muita pouca
roupa naquela dimensão. Ela antes de escolher a peça de roupa que iria vestir, seus
olhos pararam no sobretudo preto masculino, a mente de Nix levaram ela a
lembranças antigas, mas rapidamente ela escolheu uma camisa branca e a colocou,
ela se olhou no espelho, para Nix, ela estava pronta para sair.

Nix abriu a porta e viu um pacote na frente de seu quarto, ela tirou a cabeça
para fora do quarto procurando se a possível pessoa que deu aquele presente ainda
estaria alí, mas não tinha uma alma viva naquele corredor.

Ela se abaixou e pegou o pacote, que estava bem embrulhado e ainda tinha
um lacinho junto com uma carta.

"Como eu tenho muitas jaquetas e algumas já estão ficando pequenas, eu a


queria entregar esse. Aceite como meu presente de agradecimento por ter salvo
Elena na missão de ontem.

Atenciosamente;

William."

Era o que a carta dizia, ao terminar de ler a carta Nix abriu um sorriso e entrou
de volta em seu quarto para abrir o presente. Ao abri-lo ela via uma jaqueta de couro
de gola alta preta, Nix não esperou muito para vesti-lo e rapidamente tirou a jaqueta
da caixa e colocou. Estranhamente caiu que nem uma luva em Nix e combinou um
pouco com ela.

~1~
Ao terminar de se olhar no espelho ela retirou os cabelos de baixo da roupa e
saiu em busca da sua rainha.

Não demorou muito para encontrar Quin e Maryn, depois de se desculpar o


atraso, elas continuaram a caminhar e a conversar sobre coisas da Alcateia e como
seria dali pra frente.

Elas estavam caminhando em direção para os elevadores.

— E a convivência de vocês com os lobos? — Maryn perguntou verificando


qual dos elevadores estava sem se mover para chama-lo.

— Bom... — Nix parou para pensar como estava a convivência com os lobos,
somente William, Elena e Carl tinham tratado ela bem, o resto ou tratava ela como
um inimigo infiltrado ou como um ser desprezível. — Está bem. — Nix falou abrindo
um sorriso, ela não mentia, pois ela só precisava conviver com Will e os outros.

— Os lobos são uns idiotas, eu odeio como eles tratam a gente. Na missão o
lobo a todo momento colocava a culpa em mim. — Quin por outro lado parecia não
ter a mesma sorte de conhecer pessoas legais na Alcateia.

— Isso vai mudar aos poucos, muitos ainda pensam que a nós somos inimigos
deles. — Maryn tentou acalmar sua guarda.

— Quando você saiu em uma missão. — Nix perguntou surpresa por não saber
que a sua amiga já tinha ido em uma missão e nem mesmo comentou sobre.

Quin abriu um sorriso travesso para Nix que abriu um olhar furioso para ela.

— Parece que meu tempo livre acabou, tenho que voltar a resolver assuntos.
— Maryn falou chamando a atenção das duas.

— Quem diria que aquele velhote tem tanto problema pra resolver. — Falou
Quin bocejando.

~1~
— Todos os lideres tem que solucionar problemas que até os seus
companheiros mais próximos não sabem. — Falou a rainha esperando o elevador
aparecer.

— Vamos Quin, vamos treinar. É bom que você me conta também sobre sua
missão. — Falou Nix se afastando.

Quin rapidamente se juntou ao lado de Nix, mas antes de ir embora entre os


corredores Nix olhou por cima do ombro e viu um olhar feliz de Maryn, que
rapidamente se transformou em um olhar sério ao entrar no elevador.

Nix e Quin conversavam no caminho sobre assunto variados e brincando uma


com a outra, era relaxante estar ao lado de sua amiga, mas aquele momento não
duraria muito. Em um dos corredores Nix percebeu que vinha um lobo de pelagem
preta e que parou logo a frente delas duas.

A loba começou a soltar fumaça ao redor do corpo e se transforma em uma


mulher, com aparência um pouco mais jovem do que a de Elena. Ela se vestia com
uma camisa rosa e um short que terminava antes do joelho, uma roupa peculiar para
Nix já que a maioria das pessoas que ela tinha visto na Alcateia sempre vestiam
roupas de cores mortas ou muito longas sem mostrar muita pele.

A moça era um pouco mais alta que Quin, mas ainda um pouco mais baixa que
Nix, seus cabelos iam até seus ombros, seus olhos naquele momento estavam na cor
caramelados e sua pele era negra.

— Senhorita Quin? — Perguntou a moça, sua voz era firme e mostrava


indiferença, mas seus olhos mostravam estar enojados.

— Sim? — Quin perguntou um pouco preocupado, tensa o suficiente para Nix


ver que as mãos de sua amiga percorriam levemente o próprio corpo a procura de
suas armas.

— A minha líder. a general do terceiro regimento lhe chama para uma missão
e você não tem direito de recusar. — Parecia que os lobos pouco se importavam com
o querer das raposas.

Quin olhava para Nix preocupada, era obvio que elas já ouviram e sentiram a
raiva que a líder do terceiro regimento tinha pelas Kitsunes. Mas ela não podia fazer
nada para ajudar sua amiga, pelo menos nada que não causasse confusão.

~1~
— Pode ir Quin, vai ficar tudo bem. — Nix falou, realmente se a general do
terceiro regimento realmente seguia sempre o trabalho como já ouviram, não
aconteceria nada com Quin.

E sem contestar Quin seguiu a loba que começou a andar em direção aos
elevadores. Agora Nix estava sem companhia, pelo menos era o que ela pensava.
Quando ela ia volta sua atenção no caminho que ela iria continuar William apareceu
em sua frente.

— O que faz uma bela dama andar sem uma companhia? — William falou
brincando e tentando manter uma voz formal.

— Nunca mais me assuste. — Nix falou irritada, mas aquele sentimento de


irritação com William era de certa forma bom, um sentimento que ela gostava.

— Desculpa não quis te assustar. — Falou William abrindo um sorriso. —


Parece que você gostou do meu presente.

— Muito obrigada, é um presente muito bonito. — Nix falou dando uma


pequena volta para mostrar todo o corpo. — Ta tudo bem? Como ta Elena? —
Perguntou Nix se lembrando do dia anterior.

— Elena ta bem, ela só precisava descansa e se alimentar. As vezes ela passa


um pouco dos limites do próprio corpo. — Falou William se recostando na janela que
dava visão para a floresta.

— Vocês fazem muito isso. — Nix falou olhando a vista da janela e se


lembrando do primeiro treino entre eles dois. — Mas uma pergunta você não me
respondeu.

— Eu estou bem. Só to cheio de serviço, o quinto regimento está tendo vários


dos seus lobos se tornando rank S. Hoje eu vou assinar vários papeis e participar de
várias cerimônias de entrega da nova dog tag deles. — Falou William parecendo
cansado.

~1~
— Então você não deveria ta fazendo isso agora para terminar o mais rápido
possível? — Perguntou Nix percebendo o tanto de trabalho que ele teria pela voz de
Will.

— Uma escapada não faz mal a ninguém. — Falou Willaim com um sorriso e
tom brincalhão.

Nix deu um pequeno empurrão em William fazendo ele cair na gargalhada. Os


dois pareciam estar bastante próximos.

— Bom... — William olhou no relógio do seu pulso. — Já está na hora de eu


voltar para aquela pilha de papeis.

— Boa sorte. Você vai precisar. — Nix falou brincando com ele.

— Quando eu acabar eu vou no seu quarto para irmos pro treino. Ok? —
William falou começando a se afastar.

— Ok. — Nix respondeu.

E ao ouvir aquilo William começou a correr na direção dos elevadores. Era


estranho pensar como William era diferente dos outros lobos, ele não sentia raiva, ou
enojava ou muito menos se sentia superior. Mesmo na primeira vez que eles se viram
ele só tratou igual como ela estava tratando-o.

Nix abriu um sorriso e continuou em rumo para a sala de treino.

Nix tentava treinar a arte marcial que William tinha ensinado para ela, tentando
dar chutes igual a de William, socos na mesma força e velocidade, tentando fazer
uma cópia perfeita dos movimentos que William tinha lhe mostrado.

Ela já estava ali por algumas horas, quando ela achou que era hora de um
descanso Nix foi até uma parede para se sentar, mas sua atenção foi chamada.

— Raposinha de um fora da nossa área. — Falou um homem com roupas de


treino com um colega ao lado. O mesmo homem que sempre expulsava Nix dos seus

~1~
treinos sozinha ou com Quin

— E se eu não quiser? — Nix já estava cansada daquele lobo.

— Vou fazer questão de te matar, infiltrada. — "Infiltrada", era como muitos


daqueles lobos pensava dela.

Nix analisou os dois lobos, era visível que conseguiria derrotar os dois sem
muito esforço, mas ela não queria aquela briga, então não deu importância já que seu
estomago suplicava por comida, fazendo daquela a chance dela ir comer.

Para surpresa do lobo, ela só passou se trombando com ele indo em direção
aos corredores. Ela andou pela Alcateia indo em direção ao refeitório, demorou alguns
minutos, mas ela chegou ao local.

O local era grande com inúmeras mesas e cadeiras, mas estranhamente tinha
poucos lobos, no máximo da sua contagem 40 a 50 pessoas. Mesmo que Nix
quisesse analisar os rostos daquelas pessoas, seu estomago era mais importante do
que aquilo, mas mesmo quando ela tentou não chamar atenção parecia que todos os
olhos tinham se voltado a ela, alguns tentavam fingir não estar com os olhos nela,
outros nem faziam questão disfarça.

Ela rapidamente pegou a comida que foi entregue a ela e foi procurar um local
para se sentar, ela podia ouvir sussurros com muitos citando-a como "infiltrada" ou
"inimiga". Nix percebia que em nenhuma mesa ela seria bem-vinda, então escolheu
uma mesa afastada de todos no fundo do refeitório.

Aquilo fazia ela se lembrar do seu passado. Kitsunes sentados em mesas


distantes da dela cochichando sobre ela, lembranças que ela queria um dia esquecer.
Nix comeu o mais rápido que pode para conseguir sair dali e ir para qualquer lugar
que não fosse ali.

Ao terminar ela foi para seu quarto, não tinha muita coisa que ela podia fazer,
então pegou o violão que ficava no canto do armário e começou a tocar, uma música
que ela lembrava que por vezes seu pai tocava para ela. Nota por nota lembranças
felizes e relaxantes tomavam sua mente.

Uma das últimas coisa que seu pai lhe deixou como lembrança, que faziam Nix
sentir ele ali ao seu lado. Depois de várias músicas tocadas, o tempo tinha parecido

~1~
ter parado para ela como se tudo se movesse mais lentamente, mas sua percepção
de tempo voltou ao ouvir um farfalhar de papel.

O barulho vinha da varanda, ela colocou o violão encostado na cama e foi


verificar o que era. Na parede, grudado pelo gelo, estava um papel.

"Sinto muito, mas não poderei treinar com você hoje, tive que parti em uma
missão. Eu tento compensar amanhã.

Atenciosamente;

William."

Nix releu novamente a carta e olhou o céu, já estava de noite com o céu cheio
de estrelas e parecia que uma tinha brilhado para ela. Seu peito apertava um pouco
e em sua mente pensava na situação atual de William.

— Volte com vida. — Ela sussurrou pra se mesma como se tentasse entrar na
mente de Will pra dizer isso. — Seu idiota. — Ela falou abrindo um sorriso, pois ela
sabia que ele iria retornar.

Nix estava no grande salão da mansão dos 13. Ela estava sentada na mesa
de frente a um homem, ele tinha cabelos em corte militar de cor preta com poucas
mexas grisalhas, seus olhos de cor castanhos, sua pele era de cor branca e em suas
costas se balançava as nove caudas do homem, ele estava trajado com um sobretudo
preto, uma camisa branca e uma calça de couro. Estar naquele local, ver novamente
o rosto daquele homem trazia uma sensação tão boa.

— Está tudo bem Nix? — O homem perguntou, sua voz era firme, mas ainda
demonstrava preocupação e carinho.

— Sim pai. Estou bem. — Nix falou passando a mão na sua bochecha
percebendo que estava chorando.

O homem virou o rosto para olhar a janela, um céu azul limpo, a felicidade da
cidade era contagiante. O homem abriu um sorriso.

— Seus treinos estão cada vez melhores. Um dia talvez você tome meu lugar
nos 13. — Falou o homem comendo.

~1~
— Eu nunca me tornarei melhor que você. Eu sou um tola com os assuntos
diplomáticos. — Falou Nix tentando achar com seus olhos se havia mais alguém no
salão.

— Aprendemos com o tempo, mas é com os erros que realmente descobrimos


a verdade e aprendemos. — Falou o homem olhando para o rosto de Nix como se
estivesse analisando-a. — Não vejo ninguém melhor que você para liderar os 13.

— Mas eu não sei se estou pronta. — Retrucou Nix olhando os olhos castanhos
que com a iluminação vinda das janelas fazia ganhar um tom caramelado.

— Ninguém está pronto, só podemos chegar o mais próximo possível desse


estado.

Um silencio tomou o lugar após aquelas palavras.

— Você gosta daquele lobo? Como ele se chama mesmo... — O homem falava
tentando procurar o nome de William.

— William. William Thunderstorm. — Nix falou cortando a carne do seu prato


e tentando segurar a risada.

— Parece que ele te deixa bastante alegre. Você gosta dele? — O homem
falou comendo a comida.

— O que te faz achar isso? — Nix perguntou observando sua volta novamente,
estava tudo nos lugares que ela se lembrava.

— Um pai deve saber de quem o seu filho ou filha gostam, esse é um dos
nossos deveres. — Falou o homem bebendo um pouco do vinho.

— Eu pensei que o dever deu um pai era cuidar, educar e proteger. — Falou
Nix comendo um pouco, mas a comida estava sem gosto algum.

— Se a gente sabe por quem nossos filhos estão apaixonados podemos


protege-los de um grande erro. — Falou o homem descansando os talheres e
admirando Nix. — Você cresceu muito.

— Não é real, é? — Nix abriu um sorriso.

~1~
A resposta de Nix foi a concordância feita pelo homem com a cabeça.

— Estava bem demais pra ser realidade. — Nix falou descansando os talheres.
— Sinto a sua falta.

— Eu também.

Após ouvir aquelas palavras ela foi levada para o meio da floresta em meio a
uma batalha contra três lobisomens, no chão já tinha alguns lobos mortos.

— Nix fuja. Eu vou te dar tempo. — O seu pai gritou.

Ela não iria deixar seu pai para trás, mas antes mesmo de pensar em gritar
para discorda ela viu seu pai sendo decapitado por um lobo com uma máscara branca
e runas vermelhas. Ela pensou em gritar, mas foi interrompida com o seu peito sendo
perfurado por aquele homem.

Ela acordou do seu sonho se levantando abruptamente sentindo lágrimas


descer pela sua bochecha, ela olhava rapidamente tudo a sua volta, tentando saber
e se lembrar onde estava. Nix conseguiu se lembrar, sua respiração estava ofegante
como se estivesse acabado de sair de uma luta. Não era um sonho e sim uma
lembrança.

Nix rapidamente olhou para o criado mudo, vendo no relógio que era 7:30. Ela
conseguiu acorda mais cedo, mas o frio daquele horário era convidativo para voltar a
dormi, mas ela tinha certeza que não conseguiria cair no sono novamente. Nix pensou
em ir tomar um banho para se desperta.

Ao terminar o banho ela saiu do banheiro com o sutiã e uma calça de couro.
Nix foi direto para o armário e novamente seus olhos pararam no sobretudo, ela pegou
e aproximou do seu rosto. Era visível que não teria algum outro cheiro a não ser de
sabão que tinha sido usado para lava-lo, mas mesmo assim trouxe poucas
lembranças de quando ela estava com medo e segurava forte aquele sobretudo para
ficar a mais próxima possível de seu pai.

"É bom ter medo, todos temos medos, medo é útil para saber em quais luta
você deve entrar." A voz de seu pai ecoava em sua mente. Ela se afastou da roupa
de seu antigo mestre e pai, e procurou uma camisa para vestir, colocando uma camisa
de cor preta.

Pronta, Nix saiu do quarto para procurar Quin e sua rainha. A vista que ela
tinha nos corredores era de uma floresta que tinha uma pequena clareira e mais ao

~1~
longe uma imensidão azul, mas antes de continuar a procurar sua atenção volto a
William e uma criança parecida com ele e perto das arvores parecia que estava a
torcer uma mulher.

William brincava com a criança alegremente e se divertia, o jovem parecia que


também estava amando brincar com Will. Aquela cena era bastante fofa para Nix que
por um instante se imaginou no lugar da mulher que estava torcendo, mas seus
devaneios foi curto por causa da chegada de Quin.

— Acordou cedo. — Falou Quin se aproximando de sua amiga e olhando na


mesma direção. — Está apaixonadinha. — Quin falou brincando.

— Olha como você fala com sua líder. — Nix advertiu.

— Está apaixonadinha! — Continuou a falar brincando.

— A vem aqui sua pestinha. — Nix falou entrando na brincadeira.

Depois de Nix encontrar e ficar um tempo conversando com a rainha elas se


afastaram novamente as três, parecia que aquela seria a nova rotina delas. Era
estranho não ter ao seu lado sua fiel companheira e sua melhor amiga, mas Nix podia
suportar aquela ideia.

Nix pensava em ir para a sala de treino, mas sua mente contradizia lembrando
de que haveria lobos que possivelmente a expulsariam. Sua única escolha foi de ir
para o refeitório já que ela ainda não tinha tomado café da manhã e já estava perto
do meio dia.

Ao entrar no refeitório Nix percebeu que tinha um pouco mais de pessoas do


que a última vez que tinha ido ali, mas os olhares e cochichos não tinham mudado.
Nix novamente se sentou no mesmo local da última vez, que aparentemente sempre
estaria vazio

Ela tentava manter seu raio de visão o mais baixo possível para não ter contato
visual com qualquer um daqueles lobos, mas as pernas de alguém entrou no seu raio
de visão e logo após sua atenção foi chamada com uma batida de prato na mesa.

~1~
Era um homem com cabelo loiro, olhos castanhos, pele parda e com uma
cicatriz que vinha da sua bochecha até seu pescoço com uma tatuagem que tentava
esconder a cicatriz.

— Está bem longe de casa, raposinha. — A voz do homem era ríspida e com
zombação

Nix não se importou e voltou a comer para terminar o mais rápido possível e
sair dali.

— Você não é bem vinda aqui, raposinha. — O homem falava "raposinha"


como se fosse um insulto e tivesse cuspindo ácido de sua boca.

— Seu alfa pediu a ajuda da minha rainha e eu estou aqui para ajudar, além
de corrigir os seus erros, lobinho. — Nix não aquentou segurar aquilo em seus
pensamentos. — É bom que eu lhe ensino bons modos. Ynstinfei . — Ela falou na
língua dos Kitsunes, não é uma palavra que temos no nosso mundo, mas seu
significado é de um ser sem modos, sem conhecimento e que não merece ser
reconhecido como ser vivo.

— Stroife? — O homem retrucou usando a mesma língua. Seu significa são


diversos, mas o uso foi o de "verdade". — Eu aproveitei e aprendi um pouco da língua
de vocês, você não tem nada a me ensinar, raposinha.

Nix analisou aquela situação, era obvio que aquele homem queria arranchar
briga para usar como desculpa e culpar Nix, já que em sua mão tinha uma faca de
combate. Era fácil ela conseguir virar aquele jogo.

— Além de modos, eu posso te ensinar a não falhar suas missões. Já que


vocês lobos só sabem correr atrás do próprio rabo e fracassar nas missões. Lobinho.
— Nix falou abrindo um sorriso e pronta pra sacar a faca que estava em cima da
mesa;

O homem não aquentava mais se conter então se levantou rapidamente pronto


para avançar em Nix, mas antes mesmo dela poder fazer alguma coisa uma estaca
de gelo tinha sido criada e ficado a poucos milímetros de perfurar a garganta do
homem.

— Correr atrás do próprio rabo eu não sei. — William falou balançando um


pouco o rabo. — Mas nos ajudar em como melhorar as missões, eu acho que a gente

~1~
te agradeceria por isso. — William se aproximou do homem. — Se tentar machuca-
la... — William se aproximou do ouvido do homem. — Eu irei te mostrar o inferno. —
William sussurrou no ouvido do homem com uma voz fria e firme.

— Desculpe senhor. — O homem falou com os olhos arregalados de medo e


se afastando o mais rápido possível deles.

William se sentou na mesma mesa que Nix, com um sorriso vitorioso para ela.
Nix olhava impressionada com a aparição de Will, mas continuava a comer para
disfarça.

— Não acha que foi um pouco duro demais? — Nix perguntou em meio a uma
de suas garfadas.

— Duro demais seria permitir que você o matasse com uma faca se fio. —
William falou observando a faca que Nix usava para cortar os pedaços de carne. —
Na verdade... — Ele falou se levantando fazendo com que todos olhassem para
William assustados.

Nix não entendia se Will tinha se levantado para bater no homem ou fazer
alguma outra coisa que não veio a sua mente ainda, mas até ela temia o que William
poderia fazer agora.

Will caminhava calmamente em direção a uma parte elevada que parecia um


palco no meio do refeitório. Ao chegar no palco, ele subiu e olhou todo o refeitório,
todos os lobos olhavam para ele, alguns com olhares curiosos outros com medo, mas
um sentimento que todos sentiam era a tensão no ar.

— Eu acho que todos já sabem que os Kitsunes do Norte são nossos aliados
e podem ir e vim na nossa base. — William falou alto e em bom som, para todos
ouvirem. — A parti de hoje em diante nenhum de vocês iram ofender ou atacar os
Kitsunes, verbalmente ou fisicamente. — Ele falou buscando ver qual seria a reação
dos lobos, que foi de muitos se levantarem. — Levantem a mão que é contra ao que
eu pedi? — Apos aquelas palavras saírem da boca de William todos os lobos
levantaram a mão. — De um passo à frente aqueles que querem me contradizer. —
E como uma ordem metade dos lobos deram um passo à frente com olhares
vitoriosos. — Agora de um passo para trás aqueles que não querem me enfrentar
numa luta para me contradizer. — Todos os lobos que tinham avançado recuaram

~1~
com os rostos assustados. Nix se segurava para não rir daquela situação. — Muito
obrigado, podem voltar a comer.

William respondeu por fim descendo logo em seguida para ir em direção a Nix,
que continuava a segurar a risada. Sempre que ela via aquele idiota seu peito se
enchia de alegria e com as atitudes de William Nix sempre achava que a vida era uma
grande comedia maldosa.

— Isso foi engraçado, mas acha que fez o certo? — Nix falou sabendo que a
resposta era um grande sim.

— Claro! — Se aproximando da mesa. — Vocês são nossos amigos, merecem


respeito igual a todos.

— Obrigada. — Ela falou vendo que foi a primeira vez que ouviu isso de um
lobo.

— Terminou senhorita? — William falou se aproximando de Nix.

— Sim. — Ela respondeu com alegria em seu rosto.

Nix se levantou rapidamente indo para o lado de Will e eles saíram do refeitório
para andarem e conversarem. A conversa era simples e calmos, mas que era o que
eles precisavam para sentir que tinham uma vida normal.

— Qual estilo de música você gosta? — William perguntou tentando manter o


mesmo ritmo da caminhada que Nix.

— Estilo? — Algumas coisas ainda eram novas para ela naquele plano.

— Deixa eu te mostrar. — William falou apalpando a jaqueta procurando seu


aparelho de música. — Cadê esse mp4? — Ele falou procurando em todos os bolsos.
— Achei, agora cadê o fone? — William falou tirando o aparelho pequeno do bolso
da calça e logo em seguida o fone.

Nix colocou um dos lados do fone e William colocou o outro, depois de alguns
segundos uma música começou a ser tocada, um som leve e calmo de violão seguido
de uma voz feminina cantarolando fraco no fundo e depois de alguns segundo a voz
começou a cantar.

~1~
— Isso é acústico. Gosto? — William perguntou. — É quando os sons são
puros e sem modificações.

— É tão lindo, eu amei. — Nix falou deixando a música entrar em sua mente.

Eles continuaram andando ouvindo várias músicas e estilos musicais


diferentes.

— Bom, parece que os seus preferidos são o pop, pop rock e os acústicos. —
Falou William revendo que eles tinham acabado com metade das músicas que ele
tinha selecionado

— Pra mim não me importo com o estilo todas foram legais. — Falou Nix
pegando o mp4 da mão de William.

— De eletrônica e funk você não gostou. — William falou tentando ver o qual
musica Nix tinha colocado.

— Realmente eu gostei mais das outras que esses dois estilos, mas eu escuto
qualquer música. — Falou Nix ainda procurando música.

— Então já sei qual musica colocar no nosso casamento. — William falou sem
pensar e com muita convicção.

Nix tinha parado de anda e ficado com o rosto todo vermelho e com o rabo
arrepiado, ela não sabia se era uma brincadeira ou um pedido de casamento. William
não tinha entendido a parada brusca de Nix e não tinha nem começado a analisar o
que tinha falado já que estava com sua mente concentrada na letra da música.

— O que foi? — William perguntou.

William arregalou os olhos percebendo o que tinha falado e de imediato seu


rosto ficou corado, ele tentava arranjar palavras para mudar aquela situação, mas sua
mente se embolava. Mas pela alegria de William apareceu mulher alta, com pele
parda, vestida com um jaleco e seus olhos e cabelos de cor castanhos.

~1~
— Senhor William. — A moça falou estranhando o rosto de Will e Nix. —
Desculpe interromper sua conversa, mas o Pai está a lhe chamar.

— Missão? — Perguntou William voltando a sua postura mais séria.

— Sim, uma missão S+ — Falou a mulher concordando com a cabeça.

— S+? — Questionou Nix se aproximando da conversa.

— Rank S+ é um rank apenas para missões. Essas missões são mais


perigosas que as S e só pode ser feita por pessoas selecionadas a dedo pelo Pai. —
Explicou William.

— Senhor William... — A moça iria chamar a atenção de Will para irem logo,
mas foi interrompida.

— Eles são missões que podem acabar criando uma guerra entre as nações
ou até mesmo destruição de um governo inteiro. — Falou William interrompendo a
moça.

Nix ao ouvir que era uma missão perigosa sentia seu peito ficar um pouco mais
apertado, mas não entendia o porquê e sem ela perceber seu rosto demonstrava
preocupação e tristeza. William passou sua mão levemente no cabelo de Nix tirando
da testa e tocou com a sua de olhos fechados.

— Não se preocupe. Eu vou voltar. — William falou calmamente, as palavras


pareciam que soltavam um pouco mais o coração de Nix. Era a primeira vez que seus
rostos estavam tão próximos, a respiração calma e quente de William, o seu calor,
mas que ao mesmo tempo tinha um pouco de ar gelado. — Eu prometo. — William
falou beijando a testa dela e se afastando.

— Vamos senhor? — Perguntou a moça que estava com uma feição de tédio.

E William juntamente com a moça saíram andando. Nix vendo Will sair levou
sua mão ao peito sentindo seu coração apertado. Ela não entendia porque dela sentir
aquilo, sua mente viajava entre os poucos momentos deles juntos.

~1~
— Idiota. — Nix sussurrou de uma forma que nem mesmo ela entendia se foi
para William ou a se mesma.

IX

William acordou com alguém batendo na sua porta.

— Já vai. — Ele se levantou falando com sono. E a pessoa continuava bater


na porta. — Já vai. — William falou mais alto esfregando o olho com o punho fechado.
Mas a pessoa continuava a bater à porta. — Já disse! Já vai! — Ele abriu a porta e
viu que era Elena que se assustou com a raiva na voz do irmão.

Ele olhou de novo para ver se realmente era sua irmã, ela estava vestida com
camisa social e uma jaqueta, com calça jeans e com aljava e arco nas costas, ele
voltou para dentro do quarto procurando alguma coisa.

— Bom dia pra você também. — Elena falou entrando e dando carinho nos
cachorros.

— Que horas são? — William falou olhando o relógio que estava em cima da
cabeceira da cama

Eram nove horas da manhã.

— Bom, temos uma missão. — Falou Ela apoiando o arco na cama junto com
a aljava no chão

— Mês passado foram trinta e uma missão e esse mês ta começando da


mesma forma. — Falou William dando carinho nos cachorros. — De novo ele não te
deu as informações.

— Sim, mas tem uma surpresa. — Ela falou se sentando na cama.

~1~
— Da última vez a surpresa quase me fez desmaiar. — Ele falou entrando no
banheiro.

Quando ele falou isso trouxe velhas lembranças de Austrália.

— A naquela missão você se divertiu só que no final foi envenenado. — Ela


falou dando carinho em Nico que se deitou ao seu lado lambendo o antebraço dela.

Ele lembrou da missão de resgatar um médico na Austrália, foi muito


engraçada principalmente por causa de Conor. Ele sempre fazia tudo ser mais legal,
enquanto ele se lembrou de Conor suas lembranças se voltaram a noite anterior com
sua conversa com Jhon.

— Bom vai eu, você, Carl e quem mais. — Ele perguntou quando saiu do banho
vestido com a calça jeans preta e uma camisa preta de manga curta.

— Bom vai ser eu, você, Carl e Conor. — Falou abrindo um sorriso quando
Ellion pulou várias vezes na cama chamando sua atenção.

Ele colocou a jaqueta preta de couro preferida dele, colocou as duas pistolas
na lateral do corpo, pegou as adaga e colocou duas em cada compartimento da
manga da jaqueta, duas na cintura da calça e deixou duas em cima do criado mudo
para colocar no coturno, ele pegou as duas espadas e deixou em cima da cama.

— Bom, vai ser divertido pelo menos. — William falou se sentando do lado de
Elena e vendo a foto dos quatro depois da primeira missão com avião atrás.

Ele puxou de baixo da cama o par de coturnos pretos e colocou, depois de


amarrar colocou as adagas na lateral do coturno e colocou a calça por cima para
esconder o cabo.

— Para que tanta lâmina se você não usa metade nas missões? — Ela
perguntou se levantando pegando o arco e aljava.

— Por ser melhor eu ter o suficiente para eu não precisar economizar. — Falou
pegando as espadas e indo em direção a porta.

Eles foram para o saguão e William acenou para o Frost que entendeu que era
o mesmo pedido, eles entraram no elevador que estava Nix, arrumada com uma
camisa social preta junto com uma jaqueta e uma calça jeans preta.

~1~
— Subindo também? — Pergunto Nix.

— Sim. — William respondeu

— Porque vocês não guardam as armas maiores em outro plano? — Nix


perguntou dando espaço para eles.

— Pois não sabemos. — Elena falou, podia parecer que tinha sido rude, mas
a resposta foi totalmente inocente da parte de Elena.

— Me copiem — Ela falou estendendo o braço. — Peguem as armas e digam.


" Primeiro mandamento, quarto portão, portão dimensional" e se concentrem em seus
quartos pois ficaram guardados lá e de lá vocês podem pegar. Não importa se vocês
não sabem magia ainda podem fazer o ritual completo.

Eles copiaram como ela estava fazendo, criando um círculo de transmutação


de cor verde abriu e sugou as armas.

— Tentem novamente para ver se conseguem pegar. — Nix falou olhando


quantos andares faltava para chegar ao andar da sala do Pai.

E eles fizeram e conseguiram pegar a arma de volta, com eles conseguindo


pegar de volta eles guardaram as armas.

— Obrigado Nix. — William falou abrindo um sorriso para ela.

Ela acenou com a cabeça e eles saíram juntos indo em direção a sala do Pai
mas dessa vez estava a rainha sentada em uma cadeira ao lado do Pai e no canto da
parede tentando se esconder estava um jovem com cabelo cacheado solto preto e
que tinha uma mexa cinza solta na frente, estava vestido parecido com William e seus
olhos era de cor vermelha, e Carl já estava lá perto da mesa do Pai.

— Iae Conor, estava onde dessa vez. — William falou apertando a mão do
amigo e o abraçando.

— Estava buscando informação na Amazônia sobre uma organização. — A


voz de Conor era grave e forte que caia como uma luva olhando o rosto dele. — Mas

~1~
o resto é super secreto, então. — Conor falou com uma voz brincalhona piscando e
colocando o dedo indicador na frente da boca em sinal de ficar quieto.

— Bom com todos aqui, William, Conor, Carl e Elena vocês vão visitar uma
velha amiga junto com Nix. — Falou o Pai.

— A missão solicitada pela moça Shurin foi de proteger a festa de casamento


dela de uma gangue. — Falou a rainha olhando o tablet.

— Depois de uma missão daquelas ver velhos amigos com certeza vai ser um
descanso. — Falou Conor se juntando ao grupo.

— Ok, vamos ver Elizabet. — Falou William saindo junto ao grupo em direção
ao elevador.

Elizabet Shurin foi a primeira missão que William teve, resgatar Elizabet, ela é
de uma família que começou a ficar rapidamente rica entre as décadas de 40 e tinha
ligação com os Lobos e magia. Ela desde pequena era sequestrada por ser a única
herdeira direta do Mioto Shurin e pelos poderes com a magia que Elizabet tinha, então
não era surpresa para William que em algum evento grande eles seriam chamados
de novo por ela, principalmente por ter herdado a pouco tempo tudo da família, assim
a grande empresa Shurin também.

Eles desceram para o andar dos aviões e antes de entrar no avião William,
Elena e Nix pegaram de volta as suas armas e subiram no avião junto aos outros.

Conor sentou ao lado de Carl e os outros três se sentaram no fundo.

— Tempo de viagem é de 7 horas. — Falou Conor no rádio como um piloto de


avião.

— Bom, temos bastante tempo, bora conversa. — Falou William

— Tenho uma pergunta. — Elena falou levantando a mão como uma criança.
— Você tem quantos anos?

— Elena? — William reclamou.

~1~
— Oito caudas significam mais de oitocentos anos, eu tenho oitocentos e
setenta anos. — Ela falou sorrindo com a reação de William. — Minha vez. É verdade
que os lobos enlouquecem na Lua cheia.

— Bom sim e não. Nós ganhamos mais força na lua cheia e produzimos mais
sangue de prata, assim para os fracos é mais fácil de enlouquecer de poder. —
Respondeu William. — Vocês podem se transforma em raposa? — William perguntou
meio tímido ainda pela pergunta de Elena.

— Não podemos isso é só uma lenda que os mundanos contam da gente. E


vocês?

— Sim podemos. Cambio. — Respondeu Conor brincando com o rádio.

— Sim podemos, mas na forma lobo não podemos mover tão livremente
quanto na forma humana que tem os dois braços livres para movimentar de uma
forma mais melhor. — Elena respondeu um pouco mais explicado.

E assim foi a viagem cada um fazendo perguntas até Elena cair no sono se
apoiando no ombro de William que continuou a jogar conversa fora com Nix e ele
percebeu que tinha até que um pouco de semelhanças, demorou um pouco, mas
William também caiu no sono.

A viagem seguiu silenciosa até chegarem no Japão. Depois de um tempo


quando Nix sentiu que o avião tinha pousado ela se levantou e deu dois empurrões
leves em William fazendo ele acorda de imediato, ele foi e empurrou Elena
acordando-a também.

— Chegamos agora vamos pegar um carro para o salão de festas. — Falou


Nix indo em direção a porta.

Eles se levantaram indo para a porta de trás que se abria lentamente, quando
a porta se abriu eles puderam ver estavam carros pretos estacionados logo em frente,
eram dois carros pretos e uma limusine preta com um chofer meio velho esperando
com a porta da limusine aberta, os outros dois carros dava para ver que estavam
cheios de guardas bem armados. Com aquela segurança toda William se perguntava
porque precisariam deles.

— A senhorita Shurin espera os senhores. — Falou o chofer.

~1~
Todos entraram na limusine, o Japão tinha mudado bastante desde última
visita de William, parecia bem mais tecnológica que no resto do mundo, mas ainda
assim mantinham muitos dos seus costumes antigos, isso era visível nas casas e o
modo das pessoas agirem. Foi um longo caminho já que por medida de segurança
eles rodaram praticamente toda cidade fazendo zigue-zague entre os quarteirões e
até trocaram de carro com atores parecidos com cada um.

Isso tudo somente para terem certeza que não foram seguidos por ninguém e
rastreados pelas câmeras. Eles desceram do carro e agradeceram ao chofer e
quando abriram a porta via cozinheiros correndo de um lado ao outro indo para
cozinha, pessoas correndo arrumando as mesas e uma menina vestida com um
vestido rosa, de cabelo curto negro, com olhos puxados e azuis no meio do salão
conversando com uma mulher arrumada com um smoking e uma prancheta na mão.

— Will. — Falou a menina percebendo que eles apareceram.

— Parece que estão tendo um bom trabalho Liz. — Falou William se


aproximando da menina e dando um abraço. — Parabéns pelo casamento. Cadê o
felizardo que vai casar com essa princesa. — William comentou brincando sem
espera muito e olhando ao redor.

— Bom, bote princesa nisso — Um homem apareceu das portas que levava a
um lugar que William ainda não sabia. — Muito prazer sou Shizui. — Falou se
apresentando para todos.

— Quem é você senhorita. Namorada de William ou de Conor. — Elizabet


perguntou na direção de Nix fazendo Nix corar e suas caudas arrepiarem.

— Minha não é. — Conor falou se aproximando de William. — Vai com tudo


lobão. — Ele sussurrou no ouvido de William e o empurrando.

— Eu sou apenas uma amiga deles. — Desviando de Will e dando espaço para
ele na roda. — Muito prazer sou Nix. — Ela abraçou Liz.

— Bom me acompanhem. — Liz falou puxando Elena e Nix. — Precisamos


conversa e eu me arrumar.

~1~
— Bom e nós temos que colocar as câmeras no lugar, e ver pontos estratégicos
para os guardas. — Falou Carl para os dois que sobraram.

— Deixarei vocês a vontade, qualquer coisa pode me chamar ou chamar


Colossos. — Shizui falou apontando para um homem que conversava com algumas
mulheres, parecia que ele estava ajudando a decorar a festa. — Até. — Shizui falou
se afastando deles.

Eles foram e olharam todo lugar, era um salão de festa bem grande com um
salão principal, uma cozinha bem grande, um saguão e alguns quartos para os noivos
se arrumarem para o casamento além de salas com produtos de limpeza e coisas
diversas. Depois de ver todo o lugar eles começaram a pensar em rotas para os
guardas para deixar sem pontos cegos e depois colocar as câmeras.

Em um dos corredores pertos do quarto dos noivos e de uma sacada Conor e


Carl estavam colocando a câmera. William ia entrando no quarto da Liz para ver como
estavam as meninas.

Ele bateu duas vezes na porta, depois de ouvir uma das meninas gritar "entre"
ele entrou. Liz estava num vestido branco com o final do vestido bordado com linhas
de ouro, Nix cuidava do cabelo dela como uma cabeleireira enquanto Elena cuidava
de ver uma maquiagem simples para Liz.

— Você sabe que não deveria estar aqui. — Gritou Elena fechando a porta
com telecinese.

— Kkkkk. — Nix começou a rir. — Meu deus, eles nunca aprendem.

— Iae Nix, você ainda não falou muito. Você gosta do William. —Elizabet falou
tentando saber mais sobre Nix.

— Bom.... — Nix ficou corada de novo, mas não perdeu o foco do cabelo. —
Ele é bonito sim, mas não sei. É difícil disser.

— Nunca é difícil, são as pessoas que complicam. — Elena falou procurando


num armário falando baixinho para se mesma "cadê aquela merda de batom vermelho
dela".

~1~
— Nisso Elena tem razão. — Liz respondeu apontando para um outro armário
cheio de batom fazendo Elena ficar triste em ter que ver um por um para achar. — Às
vezes as pessoas gostão um do outro e em vez de disser logo elas enrolam até perde
a pessoa, ou por orgulho nem falam.

— Orgulho demais leva a queda em uma batalha. — Nix falou lembrando do


ensinamento de seu mestre e pai.

— Isso mesmo. — Falou Elena praticamente dentro do armário e mostrando


um batom que Liz recusou deixando Elena mais triste e forçando a volta a
mergulhando armário para procurar.

— Mas como você sabe que ama esse alguém? — Nix perguntou dando um
toque final no cabelo.

— Hum? — Liz estranhou como ela não sabia. — Essa pergunta é difícil. Você
sente que quer ficar com aquela pessoa, gosta da companhia dela e sente quando
ela sai, quando ver ela ou fala dela sente o coração bater mais forte. É um sentimento
difícil de explicar, mas você sabe que ta sentindo o sentimento.

— Ok. — Nix não entendeu por completo, mas tentou entender.

— Ficou magnífico. Onde aprendeu arrumar cabelo assim. — Liz falou olhando
no espelho. O cabelo ficou bom e todas as pontas secas tinham sumido.

— No meio de uma batalha temos que aprender a corta o cabelo com a nossa
lâmina se não podemos ter dificuldades por causa dele. Nem sempre meu cabelo foi
longo assim. — Ela falou mostrando o cabelo que ia a até o final das suas costas.

E Elena continuava a procurar o batom perdido.

Depois de colocar algumas câmeras mais distante eles estavam de volta perto
dos quartos dos noivos, William Estava em cima do ombro de Conor mexendo na

~1~
câmera conversando e um zuando o outro junto com Carl que estava olhando as
câmeras num notebook.

— Para com isso. Não é nada disso. — William falou apertando o parafuso da
câmera.

— É o amor, que mexe com minha cabeça e me deixa assim. — Cantarolou


Carl configurando as outras câmeras que eles tinham colocado.

— Até que ela é bonita. E admito é muita areia pra meu caminhãozinho. E
parece que ela gosta de você. — Falou Conor se equilibrando para não derrubar
William.

— Para quieto. — Falou William reclamando da movimentação de Conor. —


Bom, eu não sei se eu to realmente amando ela. Sei lá, mas... É difícil dizer.

Carl começou a cantar mais alto junto com Conor, que começou a cantar, mas
foi silenciado com um soco na cabeça desferido por William. Por surpresa dos três
Nix passou logo em seguida indo para a sacada desfilando, um pouco chamativo,
William se questionava se era de propósito, ele desceu das costas do amigo após
aperta a câmera.

— Vocês cuidam do resto? — Perguntou Will.

— Na verdade já acabou. — Conor mexendo o braço. — Pode ir atrás da sua


amada. Vai lobão. — Falou Conor em um tom dramático.

William não se importou com seu amigo. Conor mesmo sendo um dos mais
brincalhões do grupo sempre tinha um ar sério quando queria. William foi até a sacada
e viu de novo Nix fumando.

— Por que você fuma tanto? — William perguntou se encostando no parapeito.

— No início era um vício, eu amava o sentimento de calor no peito e de o


coração fora de ritmo que ficava parecendo que estava em uma batalha, mas agora
é mais por ser algo muito involuntário. — Ela falou dando uma tragada. — A você

~1~
falou dormindo um nome. Posso pergunta quem era?

— Pode. Se para de fumar — William falou fazendo ela jogar fora o cigarro.

— Quem é Gray e que promessa você fez para ele? — ela perguntou se
aproximando de William no parapeito

— Um amigo. — Eles estavam bastante próximo, próximos o suficiente para o


coração de William ficar fora de ritmo por escutar o dela e sentir o perfume que ela
estava usando, rosas do campo. — Ele foi um dos poucos que quando eu era
pequeno virou meu amigo. Enquanto ele morria em meus braços ele pediu para eu
prometer que eu protegesse Elena e Carl e criar um mundo melhor.

— Eu sinto muito. — Ela falou olhando nos olhos dele.

Nix não sabia se odiava ou não seu corpo, seu coração começou a ficar fora
de ritmo por causa de sentir o coração de William bater forte e também fora de ritmo,
ela sentia o cheiro dele, um perfume masculino que ela não conseguia descrever, seu
corpo pedia para beija-lo mas ela se esforçava para não fazê-lo. E o mesmo acontecia
com William, era um sentimento forte que ele não conseguia descrever, seu corpo só
queria beija-la.

William fechou os olhos e começou a aproximar a cabeça da dela e ela


começou a fazer o mesmo. Mas Conor abriu a porta repentinamente assustando os
dois fazendo a atenção deles voltar a Conor que estava com a cara de quem sabia
que fez algo errado.

— Bom, tenho que ver como estão as garotas. — Nix falou se afastando de
William e indo em direção ao quarto das meninas.

— É muito tarde para eu pedir desculpa? — Conor perguntou esfregando a


mão na nuca.

William abriu um sorriso e foi até Conor, que ainda estava constrangido e
avançou nele de brincadeira fazendo de leve um mata leão.

~1~
— A festa vai começar. — Conor falou. Carl dava um sinal que tinha
conseguido criptografar as câmeras.

No salão principal estava cheio de pessoas que William não conhecia, mas
sabia que eram membros da família de ambos os noivos ou eram afiliadas a empresa
dos Shurin. Dançarinos entretiam as pessoas com suas danças caracterizadas da
cultura deles. Elena, Conor, Carl e William estavam numa mesa no fundo, Carl com
o notebook na mão e ouvindo os guardas mandarem relatórios a cada 30 segundos,
Nix estava mais afastada do grupo em pé perto da porta que levava ao saguão
assistindo de longe.

O noivo já estava no altar assistindo a festa só esperando para a noiva


aparecer. Parecia que tudo acontecia normalmente como numa festa de casamento,
grupos reunidos para conversa coisas fúteis, grupos divididos pelo grau de
conhecimento que cada um tinha dos noivos ou divididos em famílias.

— Eu odeio festas. — Conor falou em tom sério.

— Por que? Festas são super divertidas se você sabe aproveitar e


principalmente são para você comemorar a alegria de um amigo próximo. — Elena
falou brincando com as coisas em cima da mesa.

— Conor tem razão em odiá-las, festas são perigosas e que te deixam muito
exposto, tanto você quanto seus amigos. — William falou olhando todo salão de festa.
— Vou aqui e já volto.

Ele se levantou da mesa e foi até Nix que estava com uma cara séria
analisando cada pessoa e cada movimento que cada um faz.

— Iae. — William se aproximou e se recostou na parede.

— Odeio festas. — Os olhos de Nix pareciam como de uma tigresa olhando


tudo com ferocidade. Deixando-a com um misto perfeito de beleza e aparência letal.
— Quando a rainha sempre pede uma festa sou a primeira a não concorda.

— Entendo, mas é um evento especial para Liz. — Falou William olhando para
o salão, mesmo que ele também odiasse as festas William queria ver seus amigos
felizes.

~1~
— Está vendo o homem da quinta mesa. — Ela apontou com os olhos. — Ele
parece que não consegue se senta direito provavelmente ele escondeu a arma de
baixo da roupa, mas colocou num lugar que provavelmente esqueceu que afetaria
como ele sentaria. — Ela olhou para outro lado. — Aquele homem está mais tenso
do que o normal e sempre olha para a mesa de vocês, eu consigo ouvir o coração
dele batendo rápido, rápido demais.

O homem que ela falava se levantou da mesa e foi em direção ao corredor. Nix
começou a ir atrás dele e William indo atrás de Nix.

— Elena, estamos seguindo um homem suspeito. cuide de tudo. — William


falou diretamente para Elena num tom baixo e Elena ouviu telepaticamente.

— Ok. Ficarei de olho. — Ela falou na mesa e na mente de William.

Eles foram no corredor e seguiram até chegar perto do banheiro e perceberam


que a preocupação com aquele homem foi à toa. Eles começaram a voltar para o
salão bem a tempo de ver Elizabet entrando no salão. Ela andava graciosamente
sobre o tapete que estava coberto de pétalas de rosas que William chutou que as
crianças já tinham passado. Em quanto os dois noivos trocavam os seus votos e o
padre conduzia a festa William e Nix se mantinham na porta que dava ao corredor.
Talvez a preocupação tinha sido atoa.

Carl continuava a ver as câmeras e ouvindo os guardas parecia que tudo


estava tranquilo, Elena prestava atenção em todo o salão e Conor também estava
atento.

Ao ver aquela cerimonia a mente William se lembrava daquele pesadelo, por


um segundo um frio correu sua espinha.

Em menos de um segundo depois de William pensar no seu pesadelo a festa


foi interrompida por algo que ninguém esperava. Muitos numa missão odeia ir pela
porta da frente mas a gangue criou um novo sentindo de arrombar, a porta e a parede
foi derrubado por um carro grande que cabia uma dúzia de pessoas dentro e na frente
do carro estava o guarda do setor A que caiu no chão quando o carro parou, as
pessoas saíram do carro atirando, aqueles convidados mais experientes levantaram
a mesa, Elena levantou a mesa e pegou as duas mini bestas que estavam em baixo
com algumas munições, ela colocou no braço e Carl criou um escudo para defender

~1~
os tiros enquanto Conor fazia as cordas de aço afiados que estava em um rolo se
espalhar do antebraço para todo o chão da festa.

William levantou a mesa perto dele e se escondeu com Nix. Então o salão ficou
escuro, a gangue tinha afetado a luz. Se não fosse os olhos desenvolvidos dos cinco
eles não enxergariam.

— Elena mostre a todos o caminho para uma rota segura. — William falou
diretamente para Elena que ouviu em sua mente.

Ela entrou na mente de todos os convidados e mostrou o caminho que todos


seguiram passando atrás das mesas que estavam levantadas, Elena, Carl e Conor
foram em direção de Liz e Shizui. Quando William ia jogar bolas de fogos na gangue
uma granada de luz estourou nos seus olhos que só afetou William que tinha olhado
diretamente. Ele não tinha muito tempo para pensar em uma solução

— Nix você tem que ser minha mira. — William falou segurando o antebraço.

— Ok. — Ela entendeu. Ela segurou a mão de William e defendeu dos que
chegavam perto com a espada.

Ela dizia a direção com horas e William entendia e lançava fogo, enquanto
ouvia os passos para guiar melhor e defendendo Nix também com as espadas, os
dois eram uma dupla perfeita, um defendia o outro, um entendia o próximo movimento
do outro sem nem mesmo ver ou falar, o treinamento entre eles tinham ajudado nessa
sincronia. Os olhos de William começavam a enxergar melhor com o passar do tempo,
Nix passava pelas costas de William e matava aqueles que tentava o feri-lo e William
matava aqueles que tentavam atacar Nix.

Enquanto os dois lutavam Carl criou um escudo do tamanho so suficiente para


levar Elizabet e Shizui, Elena tentava mata os inimigos com as minis bestas e Conor
seguia Carl criando um escudo controlando os fios de aço. Eles passaram para a
porta de trás que estava o chofer caso fosse necessário, o que acabou sendo útil.

— Leve eles para casa e não se importe com nada ou ninguém apenas com
eles dois. — Conor falou correndo.

— Conor entregue isso a William. — Elizabet entregou um colar para Conor.

~1~
Eles colocaram os noivos dentro do carro e quando os eles entraram o carro
saiu rápido, mas logo atrás vinha um carro da gangue.

— Carl entre e ajude os outros, a entregue a William deixe esses comigo. —


Conor falou saindo se pendurando nos prédios com a linha de aço.

Conor se balançava indo atrás dos dois carros e quando alcançou se jogou no
meio dos dois e criou uma parede de fios que quando o carro passou foi cortado como
manteiga e matando todos dentro do carro caindo sangue em todo o corpo de Conor.

— Merda essa roupa é nova. — Ele falou limpando o rosto e saiu para ir de
volta ao salão de festa.

Quando Conor chegou viu uma trilha de corpos no salão principal e William
matando aqueles que estavam feridos dando uma morte rápida para eles. Elena, Carl
e Nix estava vendo os convidados para ver se eles estavam bem e curando os feridos
com a magia da Kitsune.

— Eles ja foram para casa. — Conor falou indo na direção de William. — Liz
pediu para te entregar isso. — Conor falou entregando o colar.

— Nenhum deles me deu as informações que eu queria. — William falou se


levantando.

— Eu reconheço o símbolo. — Ele viu a tatuagem de um dragão em forma


tribal no pescoço do menino que William tinha acabado de matar, parecia ter menos
de dezoito anos. — É a Yakuza.

Eles ouviram respiração rápida e batimentos fortes, William olhou para um lado
e Conor para o outro, eles seguiram o som que ouviram. William abriu o armário e
tinha um adolescente que estava tremendo, mas sacou a arma e atirou em William e
em reação ele matou o jovem. Conor quando abriu o armário dele o adolescente
também tentou reagir, mas Conor cortou o punho do jovem com a corda.

— William temos um jovem vai ver como estão os convidados que eu pego as
informações. — Conor falou enquanto deixava a corda percorrer o corpo do jovem.

~1~
Alguns minutos o jovem estava com o corpo todo rasgado e chorando.

— Isso é tudo que eu sei. — O jovem falava entre soluços.

— Quem mandou seu chefe vim atrás da senhorita Shurin? — Conor


perguntou.

— Eu não sei. — O menino respondeu.

— Resposta errada.

Conor dobrou o dedo mindinho fazendo a linha de aço aperta mais e fazer mais
um corte no corpo do jovem dessa vez na coxa fazendo o jovem gritar de dor.

— Foi uma pessoa chamada Keruart. — Quando o jovem cuspiu aquelas


palavras, Conor deixou a mão normal fazendo a corda folga um pouco.

— Você vai morrer daqui a pouco, então acho que vou te dar um fim rápido. —
Conor estava com um tom sério e com a outra mão dentro do bolso da calça.

— Não por favor. — O jovem suplicou.

Com um fechar de mão a cabeça do garoto foi decepada então Conor fez um
sinal de cruz e fechou o armário.

— Descanse em paz. — Falou sussurrando. — Podem limpa esse armário


também. — Conor gritou para os faxineiros.

Conor odiava aquele trabalho, mas era necessário para proteger aqueles que
ele ama. Conor não tinha mais esperança nos seres vivos e só tinha uma motivação,
proteger aqueles que ele chama de família e que lhe deram um sentido de viver
mesmo que custe outras vidas, ele não acreditava em um mundo melhor como
William pensava em criar mas ajudaria ele para fazer o seu irmão de alma feliz.

Ele foi indo em direção para a onde os outros quatros estavam.

~1~
— Vocês conhecem um tal de Keruart? — Perguntou com um tom sério como
se nunca tivesse existido uma pessoa brincalhona ou felicidade nele.

— É o rei do Sul e quem proclamou a guerra. — William falou ajudando Nix.

— Bom vocês vão para casa. Eu vou resolver uma coisa. — Conor falou saindo.

Num lugar distante do salão de festa estava uma casa antiga estava inúmeras
pessoas mortas com partes do corpo decepadas e para dentro da casa ia seguindo
um rio de sangue ainda fresco e várias cápsulas de bala além do cheiro de pólvora
forte que tinha o local. Numa sala como se fosse um escritório estava Conor ensopado
de sangue com um homem pendurado pelos fios de aço.

— Eu dei uma chance para você sobreviver e nunca mais afetar alguém
próximo a mim e o que você faz? — O tom de Conor era de superioridade.

— Eu peço desculpas. Eu digo o que quiser. — O homem falou desesperado,


a pele estava cheia de cortes parecia que Conor estava ali a algum tempo torturando-
o.

— Onde está o Keruart?

~1~
IX

William estava na frente do quarto de Elena junto a ela depois de ficarem


conversando. Estava de tarde com um Sol mais lindo que teve em dias.

— Conor ainda não voltou. — Decepcionado mexendo no colar em seu peito


que ele recebeu de Liz, o colar era uma pedra verde com uma runa envolvida por uma
decoração de ouro.

— Talvez ele tenha ido em outra missão logo em seguida. — Elena falou
fechando a porta do próprio quarto. — Você sabe que Conor quando entra em uma
missão ele só para quando não acha um fio solto.

Ele concordou com a cabeça e viu Nix se aproximando, estava com uma roupa
casual, camisa rosa, calça jeans. Ela se aproximou e parou na frente deles dois, seu
rosto estava um pouco vermelho.

— Boa tarde. — Ela falou parecendo nervosa.

— Boa tarde. — Elena e Will responderam juntos. — Está tudo bem? Você está
vermelha. Será que é febre? — William falou se aproximando indo tentar medir a
temperatura de Nix.

— Estou. — Ela falou afastando a mão de Will e abrindo um sorriso. — Will,


depois de você mudar o tratado eu só vi como é lá fora quando a gente foi na missão
da senhora Shurin. — Ela falou tentando dar um ar autoritário. — Você poderia me
mostra como é lá fora?

— Claro. — William falou despreocupado estranhando como Nix estava.

— Te vejo as oito. — Ela falou acenado e saindo para o quarto.

— Bom, pelo que vejo você tem um encontro com ela. — Falou Elena sorrindo.

~1~
Somente quando Elena falou aquilo que ele se tocou que poderia ser um
encontro, Nix nervosa, as bochechas vermelhas e quando ele tocou a testa dela
estava quente.

— É só uma saída, ela quer saber de como é o mundo dos mundanos. Depois
de oitocentos e setenta anos eu gostaria de saber o que mudou. — William falou
tentando afastar mais o pensamento da própria mente do que da mente de Elena. —
Vou fazer as minhas coisas depois a gente se fala.

Ele foi para o quarto e depois de entrar parecia que seu coração ia explodir,
ele respirou fundo e pegou um telefone e ligou para um amigo que lhe devia um favor,
o amigo era chefe de um restaurante cinco estrelas. Bom, o restaurante está pronto
faltava a roupa que ele vestiria, ele olhou o armário e pegou o terno e uma camisa
social branca, ele olhou para as duas gravatas que estavam penduradas no cabide
do armário que estavam com ambas as portas abertas, mas nunca que ele colocaria
aquilo, pois para ele aquilo é uma coleira humana.

Nix estava no quarto de Elena pedindo ajuda para se vestir para sair com
William.

— Eu queria entender melhor William. — Nix falou olhando Elena procurando


algo.

— É difícil para ele demonstrar emoções, mas isso não é culpa dele.

Elena deu um vestido de cor preta para Nix e empurrou ela para traz de um
painel dobrável.

— Quando ele ainda era bem pequeno, pequeno o suficiente para não se
lembrar nem do rosto ou voz da nossa mãe e pai. Nossos pais foram desafiados a um
warwolf, um ritual que os lobos tem. Num warwolf os dois alfas deveram selecionar
um lobo da sua alcateia para lutar, eles dizem o que eles querem quando ganhar e
com um voto de salvação pode escolher salvar algo precioso de ambos os lados. —
Elena falou se sentando esperando Nix se preparar. — Nossos pais pediram para não
tocar em um fio de cabelo da gente. Eles acabaram morrendo e eu tive que levar
William para um lugar seguro pois aquela alcateia não podia nós machucar, mas as
outras podiam. Eu e William passamos dois anos da nossas vidas passando apenas
uma noite em todo lugar, depois que eu ouvir que a Alcateia estava dando uma casa
para os lobos que quiserem asilo e ouvir que meu pai estava vivo e trabalhando para

~1~
a Alcateia, eu não pensei nem duas vezes para vim para cá. Passamos um ano
lutando para chegar aqui. E descobrimos que só nos queria para nós transforma em
soldado.

— Entendo um pouco o que você quer dizer. — Nix falou percebendo o quanto
William e Elena passaram.

— Eu procurei por sinal de meu pai e no fim descobrir que sim ele estava aqui
depois do que aconteceu e que continuava a nos procurar, mas morreu em batalha.
Eu nunca contei para William sobre isso. Ele cresceu sem ver como era um casal
apaixonado, em meio a batalha, guerra e sangue. Desde pequeno ele mais mentia os
sentimentos do que demostrar os verdadeiros, que ele só conseguia demonstrar nas
batalhas. — Elena falou se levantando vendo que Nix ja estava pronta.

Nix estava num vestido com fenda preto, deixava um ar mais de mulher do que
a que ela naturalmente de guerreira. Até suas caldas estavam escondidas no vestido.

— Eu não acho que esse vestido seria bom. — Nix falou olhando no espelho e
dando uma voltinha.

— Está lindo e perfeito, só falta arrumar o cabelo e maquiagem. — Elena


puxando Nix para a cadeira

— Eu me surpreendo como ele não enlouqueceu. O Gray, os pais, a Alcateia.


E mesmo o mundo estando o derrubando ele quer torna um lugar melhor para todos.

— Eu me surpreendo com ele todos os dias. — Elena falou dando um toque


final que era o batom vermelho, sendo a única maquiagem que ela usou. — Ficou
linda. A Nix... — Elena falou deixando Nix se levantando. — Se o machucar você
saberar o que é o inferno em vida e terá que torce para morrer no processo.

— Eu cuidarei bem dele. — Nix falou dando um sorriso e colocando a mão no


ombro de Elena. — Ele estará em boas mãos.

~1~
Roupa pronta, restaurante pronto, parece que tudo estava pronto e só faltava
esperar o horário. Quando estava chegando perto do horário William começou a se
arrumar e quando terminou se olhou no espelho, ele parecia que não combinava
deixar o palito fechado então abriu e saiu em direção do quarto de Nix, mas ao abrir
a porta Elena estava na porta.

— Desce para o a área dos aviões. — Ela falou emburrando William para o
elevador.

Sem entender ele foi até o andar pedido para a irmã e esperou um pouco até
que do elevado saiu Nix, com o vestido com fenda preto, um salto alto preto, o cabelo
solto mas estava mais bonito que o normal, em seus lábios estava com o batom
vermelho e em suas mãos estava uma pequena bolsa de mão. Parecia que ela estava
desconfortável, olhando para o chão com o rosto virado e suas bochechas um pouco
coradas.

— O que achou? — Nix perguntou envergonhada, achando que ele não iria
gostar.

— Está perfeita, eu amei. — William falou admirando toda a beleza da sua


companheira, mas parou um segundo para pensar que não lembrou de como iriam,
pois se fosse de avião demoraria muito. — Você consegue abrir um portal?

— Sim. — Ela falou colocando a mão para frente. — Décimo portão.

Então o portal se abriu, eles entraram era como um labirinto.

— Fique próximo a mim. — Nix falou segurando a mão de William. — Não siga
as vozes só pense no lugar que a gente vai que eu guio a gente.

William pensou no restaurante e Nix sentiu a energia que apontava a direção


correta.

— Como você sabe a direção correta? — William perguntou andando perto de


Nix.

— Nós Kitsunes somos treinados desde pequeno para sentir o rastro de


energia que indica o lugar certo que devemos seguir. Além de treinar para não seguir
as vozes. — Ela falou tentando se concentrar.

~1~
— Que voz... — William iria perguntar, mas ouviu a voz de Gray o chamando.
— É a voz de Gray? — Ele se perguntou.

— Não siga e fique comigo, assim chegaremos no lugar. — Nix falou


segurando mais forte a mão de William virando para esquerda.

— O que acontece se você se perde? — Will perguntou.

— Você sai do labirinto no lugar certo, porém perdera todas as suas memórias.
— Ela falou virando à direita.

William engoliu em seco, aquilo era mais perigoso que útil. Mas com poucos
segundos eles já estavam na frente dos restaurantes, na frente estava um rapaz,
aparência de 30 anos, ele estava vestido como cozinheiro, era o amigo de William.

Ele salvou esse rapaz na época que ele ficou fazendo missão sem parar. Perto
do restaurante William estava fazendo a missão na Itália, mas foi jogado no
restaurante depois de um ataque dos inimigos, ele estava cansado e com fome pois
não tinha comido já fazia uma semana e nem dormido. O rapaz o ajudou dando um
pouco de comida e em troca do favor ele salvou o restaurante e o rapaz. Com a
gentileza do rapaz William deu a possibilidade dele se mudar para os Estados Unidos
e um restaurante totalmente pronto.

Com isso o favor já tinha sido pago e o rapaz dizia que tinha um favor a William.

— A quanto tempo senhor Thunderstorm. — Falou o rapaz com um sotaque


italiano. — E vejo que trouxe sua esposa. Muito prazer senhorita Thunderstorm.

— Ela não é minha esposa. — Falou William deixando o rapaz vermelho de


vergonha. — Ela é minha amiga, Nix.

— Nixen de Aldebaram. — Falou Nix apertando a mão do jovem.

— Desculpe, eu pensei que eram um casal, pois vocês combinam muito. — O


rapaz falou encabulado. — Podem entrar e escolherem a mesa que quiserem. — O
rapaz falou abrindo a porta do restaurante e passando com os dois diretos pelo
saguão sem ter que passar pela fila que estava enorme.

— Nixen? — William sussurrou no ouvido dela.

~1~
— Esse é meu nome verdadeiro. Nix é apenas um apelido. — Ela falou
sussurrando. E se sentaram numa mesa.

O restaurante era bem comum, várias mesas para quatro pessoas e algumas
para duas, um grande aquário na parede para os convidados que gostam de ver os
peixes e outro perto da cozinha que os convidados conseguiam ver as lagostas e
escolhe-las, além de um grande palco que estava uma banda tocando.

Nix olhava para o cardápio e nem sabia o que escolher e o que era ou não
sobremesa, William olhava para ela com um sorriso que a acalmava ela, ele percebeu
o nervosismo de sua companheira e começou a apontar para a primeira página.

— Esses são pratos de entrada. Eu recomendaria esse. — O dedo dele parou


em nos camarões. — Mas se quiser algo doce, eu recomendaria esse. — Ele apontou
brigadeiro de copo gourmet. — Esse são os pratos principais. — Apontou para a
página seguinte. — Eu te indicaria o pato laqueado com arroz e salada — Ele apontou
para o item do pato laqueado. — Mas se quiser saber eu prefiro esse. — Ele apontou
para o barco de sushi. — E por fim esses são as sobremesas. — Ele apontou para a
página final. — Eu recomendari...

— Dois brigadeiros de copo, um barco de sushi e um soverte, que por favor


coloque para duas pessoas num pote. Eu acho que um barco de sushi dá para nós
dois. Não dá? — Nix falou primeiramente para o garçom e depois perguntou a Will.

— Sim. Por favor. — William falou fazendo um gesto para o garçom que
concordou com a cabeça. — Bom, depois de um pequeno empurrão você tomou as
rédeas.

Ela sorriu deixando William feliz. Depois que eles acabaram a comida, eles
saíram do restaurante com William agradecendo para o seu amigo.

— A onde quer ir senhorita? — William perguntou se curvando fazendo os dois


sorrirem.

Ela o empurrou fraco para ele para, parecia que eles eram jovens-adultos
normais. Eles começaram a andar sem rumo na rua indo para o cais que tinha ali
perto, parecia que estava rolando um festival no local, até tinha um roda-gigante.
Nixen parecia estar amando andar por ali sempre com um sorriso no rosto, quando

~1~
ela viu a roda-gigante puxou William querendo andar nela que William a aceitou e
levou na roda-gigante.

Dentro da roda-gigante eles viram a vista linda para o mar que estava
iluminados pelos fogos. Quando eles saíram da roda-gigante eles começaram a ir
embora do cais.

— Senhor, por favor tem como me dar alimento. — Falou uma criança
desnutrida vestida em trapos e toda suja.

— Aqui, pode compra alimento para você e seus irmão. — William deu uma
nota de cem dólares, Will percebeu que perto dali estava no beco crianças no mesmo
estado do pequeno na frente dele.

A criança saiu com um sorriso de orelha a orelha indo em direção das outras
crianças que começaram a correr para comprar comida.

— Como os outros deixam crianças chegarem nesse estado? — Nix se


perguntando triste com a situação que aquelas crianças estavam.

— A desigualdade social está cada vez maior. Ou você é um empreendedor


rico ou você estará na sarjeta. Eu odeio como as pessoas parecem nem ligar se eles
morrem ou não, se eles estão tristes ou não e eu odeio ainda mais aqueles que finge
que nada disso existe. — Will falou andando com Nix saindo do cais. — Eu vou mudar
isso. Eu quero um lugar melhor para todos. Não importa a raça, etnia ou idade, eu irei
criar um mundo melhor. — Falou abrindo um sorriso se lembrando da promessa a
Gray.

Enquanto eles andavam eles pararam num parque que também estava em
festa. Eles se sentaram nos bancos pois Nix não estava acostumada andar muito de
salto alto. Eles conversavam por um bom tempo.

— William o que eles estão comemorando? — Nix falou apontando para a


festa.

— Hoje é dia de ano novo. Feliz ano novo Nix. — William falou olhando aqueles
lindos olhos azuis que brilhavam com a ingenuidade de uma criança.

~1~
— Feliz ano novo. — Ela sussurrou se aproximando de William

Os fogos foram lançados nos céus no mesmo momento que Nix beijou William,
o coração de William parecia bater mais forte, seu corpo queria mais daquele beijo e
parecia que o mundo ao seu redor tinha desfocado naquele segundo. Nix se afastou
abrindo um sorriso, ela se levantou e começou a andar, William indo logo atrás.
Quando Nix virou num beco ele parou na entrada vendo que estava Keruart ali.

— Que surpresa mais agradável. — Ele falou em direção de Will que ja tinha
puxado as suas lâminas. — E o que vocês dois iriam fazer nesse beco?

Nix puxou sua espada e se aproximou de William, Keruart foi para cima dando
um soco no rosto de William que se levantou rápido e tentou contra-ataca mas Keruart
desviou facilmente, Nix tentou atacar também mas foi acertada com um chute e
jogada para a parede, mas rapidamente se levantou para ajudar William. William
atacava rapidamente, mas Keruart desviava como se fosse brincadeira.

Nix tentou um ataque surpresa, mas ele fugiu do golpe fazendo ela quase
acerta William, ambos estavam tendo dificuldade de lutar com aquelas roupas.
William teria que bater em retirada com Nix, mas quando William iria gritar para ela
criar um portal Keruart chutou as costas de William e depois apareceu na frente dele
segurando o rosto de William com a mão em chamas azuis, fazendo ele sentir dor
mas não queimando o seu rosto.

Nix tentou ajudar William, mas Keruart acertou um soco em Nix fazendo ela
bate a cabeça na parede e cair inconsciente no chão, aquilo fez William ficar
totalmente irritado e ele explodiu em chamas fazendo Keruart solta-lo e se afastar. No
rosto de William estava a máscara de lobo com as runas pintadas em vermelho, seu
olho direito estava de cor vermelho e o esquerdo azul. William socou com toda a força
no peito de Keruart criando uma onda de choque com o impacto do soco jogando o
Kitsune contra a parede, William foi correndo em direção de Nix.

— Foi um pelo ataque. — Keruart falou se levantando da parede quebrada


limpando sua boca. — Agora minha vez.

William tentou colocar os braços na frente para defender, mas Keruart foi mais
rápido e socou com o dobro da força na barriga de William criando uma onda de
choque, Will foi jogado para a parede, assim atravessou a casa parando na rua
destruindo a lateral de um carro. Por sorte ele tinha criado uma camada de gelo que

~1~
absorveu boa parte do impacto, mas ainda assim no seu abdômen estava com uma
ferida grande causada pelo impacto e ele só conseguia se manter de pé porcausa da
adrenalina.

— Ih, acho que exagerei um pouco. — Keruart falou sacudindo a mão. — Eu


não queria que fosse assim irmã. — Keruart falou olhando para Nix, falando irmã de
forma figurada.

— Eu ainda to vivo. — William falou se levantando e empurrando o carro para


trás.

Keruart ficou com seus olhos cheio de ódio e foi para cima para mata-lo com
um último soco, William esperou o ataque e desviou na última hora fazendo Keruart
perfurar o carro e prender a mão. William correu em direção a Nix e passou a mão no
ferimento dele pegando um pouco de sangue depois segurou a pedra, ele pensou na
frente da rainha Kitsune e a pedra teleportou eles dois para frente de Maryn, ela
estava em um escritório sentada digitando no computador. William chorava, mas era
um choro de raiva, raiva por não conseguir proteger que ele ama.

— Will, Nix. — Ela falou assustada. — Médico! Médico! — Ela gritou na porta
e foi ver William

— Ajude Nix primeiro. — Ele estava em cima de Nix, ele falou baixo por estar
perdendo folego muito rápido, sua visão começou a escurecer. — Ajude Nix...

Ele então apagou e Maryn foi olhar Nix como William pedido. William conseguia
ouvir a rainha gritar.

— Nixen, Nixen acorde! Médico preciso de ajuda. Sexto portão. — Ela gritava.
— Alguém ajuda!

E de repente William apagou por completo e ele caiu para o lado.

~1~
Uma pequena lembrança

2 anos atrás
William estava na clareira a noite junto a tio Jhon.

— Por que todos dizem que quando você encontra o amor, parece que o
mundo muda? — William perguntava indignado. — Um sentimento muda uma
batalha. Não o mundo.

— kkkk. — Jhon começou a rir. — É difícil de disser, mas o amor é um dos


sentimentos mais fortes. E sim os sentimentos mudam batalhas, não o mundo.

— Então por que dizem isso? — Perguntou William interrompendo Jhon.

— As batalhas mudaram e mudarão o mundo. Então se você muda o rumo da


batalha, você está mudando o mundo. — Jhon falou passando a mão no cabelo de
William.

— E como eu sei que eu estou amando uma pessoa? — William perguntou


meio triste.

— Você um dia encontrará uma pessoa que amara tanto que não se importara
em dar sua vida por ela. Você saberá quando só ela gripada ou não está ao seu lado
você ficara preocupado e quando ela está do seu lado se sente como se o mundo
nunca foi cruel. — Tio Jhon falou olhando para o céu lembrando de alguém.

~1~
X

Quatro dias depois.


William estava indo para a sala de treino quando encontrou no caminho Conor
que andava rápido e com o rosto preocupado, quando viu Will suspirou aliviado e
correu na direção dele.

— William! você está bem? Elena me contou que você foi atacado. — Ele falou
olhando todo o corpo de William procurando ferimentos. — Diga quem foi e eu irei
matar agora. — Conor falou com um tom sério em sua voz.

— Eu sair com Nixen para mostra o mundo dos mundanos e encontramos


Keruart. Não deu nem para eu feri-lo. — William falou fechando o punho com raiva de
se mesmo, por não conseguir ter feito muita coisa na luta de novo.

Conor ao ver a raiva nos olhos de William ele se questionou como tinha sido a
batalha.

— Como está Nix?

— Ela está bem graças ao poder da rainha e o fator de cura dela mesma.
Parece que não teve nenhuma sequela.

— Eu vou sair numa missão de novo, então por favor se cuidem. — Conor falou
segurando o ombro de William.

Conor não podia que isso acontecesse de novo, pois William, Elena, Carl
poderiam morrer. Ele tinha que dar um fim em Keruart.

William estava no quarto da enfermaria que Nix estava, ela estava bem,
comendo, conversando, brincado e dizia o tempo todo que queria andar e ir treinar
para ela ficar mais forte para não acontecer de novo. Ela certamente não precisava
de William para ser seu cão guarda, mas William não queria ver ela se machucar, ao

~1~
se lembrar da cena dela deitada no chão inconsciente fazia o coração dele aperta
tanto que parecia que iria explodir de tão apertado.

Nix olhou para William com aquele sorriso que fazia todos aqueles
pensamentos ruins sumirem da mente de Will. Ele pensou que finalmente tinha
entendido tio Jhon.

— Eu estou bem Will. Pode ir treinar, eu sei que você quer. E você precisa para
ficar mais forte. — Nix falou percebendo a inquietação de William.

— Eu vou ver o tio Jhon. — Ele se levantou e beijou a testa de Nix. — Eu já


volto.

William saio em direção ao quarto do tio Jhon, ele bateu uma vez na porta
eJhon já havia aberto a porta, fazendo sinal para Will entrar. O quarto era bem amplo,
mas parecia que era para um casal, pois de um lado tinha uma penteadeira para uma
mulher se arrumar e dois armários e uma cama de casal grande o suficiente que
poderia caber dois de Jhon.

— O que houve meu filho? Percebo em seus olhos que sente algo ruim. —
Jhon falou se sentando na ponta da cama e batendo para William se senta ao seu
lado.

— Eu acho que achei quem eu amo. Minha estrela, mas quando eu tinha que
protege-la não fui forte o suficiente. — William se sentando ao lado de Jhon. — Eu
me sinto um fracasso.

— Kkkkk. — Jhon rio e colocou a mão no ombro de Jhon. — Eu sabia que você
acharia. Não sinta um fracasso, eu ouvir que foi contra Keruart que você lutou de
novo. Ele é um inimigo que acho que só eu ou o Pai conseguiria derrota-lo. Você
conseguiu sair vivo para respirar mais um dia e salvou a mulher que você ama. Você
conseguiu ser melhor que eu.

— Tio, eu acho melhor você ficar com isso. — Ele entregou o colar para Jhon.

— O que é isso?

— É um colar com magia de teleporte. Keruart tava atrás de Shurin por causa
disso. Pelo que parece o teleporte dos Kitsunes só podem levar quatro pessoas de

~1~
uma vez e em tempos diferentes, mas o colar pode levar um exército.

— Ficara bem guardado comigo. — Ele colocou o colar no pescoço deixando


bastante visível.

Depois de um longa conversa, William foi para sala de treino.

Ele olhou aquele robô e só conseguia ver Keruart, William segurou tão forte a
espada de madeira que sua mão abriu um ferimento. Ele começou atacar furioso, com
raiva, raiva por ele não entender aquele sentimento, por não ter sido forte o suficiente,
ele se lembrou da cena de Nix deitada no chão inconsciente, as chamas pareciam
borbulhar de baixo da pele de Will, ele atacava rápido e forte gritando tentando
expulsar aquele sentimento ruim.

Mas parecia que quanto mais ele atacava piorava, dos seus olhos começaram
a descer as lágrimas de raiva, com cada ataque das suas mãos pingava uma gota de
sangue. Tudo do passado parecia também aparecer e a raiva dentro de William só
crescia enquanto ele se lembrava de todos os seus fracassos. Gray, a primeira luta
com Keruart, Carl e Elena quase mortos por culpa dele, Nix perto da morte e ele fugir
de algo que ele nunca entendeu quando era pequeno.

Nix olhou no observatório da sala de treino William tentando tirar toda aquela
raiva só que piorando, lembrando do passado dela. Ela foi até a sala de treino e
começou a ouvir.

— Você é um fracasso! — William gritava enquanto atacava. — Não se lembra


do rosto, muito menos da voz dos seus pais, piorou a situação do seu melhor amigo,
foi orgulho demais e quase foi derrotado com apenas um soco, quase viu Elena e Carl
morrer na sua frente e quase viu Nix morrer por sua culpa. — Ele não via mais Keruart
no robô, mas sim ele mesmo. — Por não ser forte. — A cada ataque mais rápido
ficava a frequência das quedas das gotas. — Por não ser esperto. Por não ser rápido.
— William jogou os braços para trás para atacar mais forte. — Você! É! Um!
Fracassado! — William atacou com tudo fazendo ele cair no chão depois do ataque.

Nix se aproximou, William caiu em lágrimas segurando ainda mais forte o cabo
da espada, Nix se aproximou e se abaixou olhando os olhos de William.

— Você não é fracasso. — Nix segurou a mão de William. — Você mesmo sem
lembrar da aparência dos seus pais, lembra sempre deles. — Ela tirou um dedo de
William da espada. — Você mesmo tendo a pior infância de todas, você não prefere

~1~
ficar sentado e chorar, você vai e faz. — Ela falou tirando outro dedo de William. —
Eu ouvir a história da primeira luta contra Keruart, mesmo fraco você se levantou e
tentou proteger Elena e Carl com a sua última força. — Ela tirou outro dedo. — E se
não fosse você eu teria morrido. — Ela abriu a mão de Will. — Você não é um
fracassado, você luta contra o mundo para ele ser um lugar melhor para todos. Você
é um guerreiro. — Nix falou curando a mão de William.

Os dois se abraçaram forte, a raiva e a tristeza de William se amenizaram e


NX ficou feliz que conseguia sentir que ajudou.

~1~
XI

Alguns dias se passaram e por Pai perceber que nem William nem Nix estavam
em condições para lutar mandou não os avisa ou entregar de nenhuma missão para
Elena, Carl, William e Nixen. Nix e William estavam treinando na sala de treino, as
habilidades de luta de William tinha evoluído bem mais rápido com os treinamentos
com Nix do que com aqueles robôs. Nix parecia pronta para lutar, ela só perdeu a
tempo de reação que ela tinha, mas era questão de tempo para ela volta ao normal.

Eles pararam o treino para descansa e se sentaram no chão. William ainda


sentia que não estava forte o suficiente, mas conseguia tirar isso da sua mente para
não perde o controle da raiva.

— Você disse que consegue se transformar, mas nunca me mostrou. — Nix


falou se apoiando com os braços.

— Eu falei que podemos, mas não consigo mover muito livre, mas posso te
mostrar. — William falou se levantando. — Acelera. — William começou a se mover
rapidamente de um lado ao outro. — Refrigera. — Ele criou uma camada de gelo
sobre seu corpo, começou a aparecer marcas escuras sobre sua pele como se fosse
raízes. — I'm fera.

Ele pulou no ar e seu corpo se transformou em um lobo. Nix se levantou, o lobo


era maior que ela. O lobo tinha a pelagem branca e com algumas runas vermelhas
ao decorrer do seu corpo, ele tinha dois metros de altura. William aproximou sua
cabeça no tórax de Nix pedindo carinho que Nix afagou sua cabeça.

O lobo começou a produzir fumaça e aos poucos diminuir até virar William
ajoelhado na frente de Nix, com suas roupas o que fez Nix se pergunta como ainda
estavam em seu corpo.

— Por que fala aquilo antes de se transforma? — Ela perguntou sem entedera
utilidade.

— Pra nos transforma precisamos acelerar o batimento para o sangue aquecer,


mas para mim eu preciso refrigerar meu corpo se não parece que eu não consigo.
Então eu falo esses passos para sempre me lembrar. — Ele falou se levantando. —
Vou ir ver Jason. Quer ir comigo?

~1~
— Querer, quero, mas tenho coisas a resolver com a rainha e Quin. — Ela
falou se aproximando. — Te vejo depois. — Ela deu um beijo na testa de William e
saiu.

— Player dois saiu. — Falou a voz robótica.

Will amava ver Nix feliz daquela maneira. Ele também saiu da sala e foi até os
elevadores e desceu até o andar do orfanato. Jason estava sendo levados por três
guardas, William não entendeu o porquê. Ele saiu do elevador e quando tentou se
aproximar.

— Me soltem! — Jason falou empurrando um dos guardas e gritou.

O grito de Jason era supersónico fazendo todos os vidros quebrarem e as


pessoas se abaixarem de dor, Jason so parou de gritar quando começou a tossir.
William não estava entendendo o que estava acontecendo.

— Soltem ele agora. — William gritou empurrando um dos guardas e sacando


as adagas que ele tinha na cintura. — Isso é uma ordem soldado.

— Não podemos senhor. Ordem do superior. — O soldado colocou um colar


de prata em Jason.

— Will! — Let gritou chamando atenção de William que começaria a matar


aqueles soldados. — Vem comigo que eu te explico o que está acontecendo.

— Daqui a pouco eu te tiro desse amigão. — William falou sussurrando no


ouvido de Jason e tocou testa com testa.

William acompanhou Let até um corredor mais distante dos guardas, com raiva
William pegou Let pelo pescoço e colocou a lâmina próximo ao pescoço dela.

— Me fala o que está acontecendo. Agora. E só para você saber eu já matei


pessoas inocentes mais de uma vez. — A raiva de William era visível em seus olhos
e tom de voz.

~1~
— Ele faz parte dos 30%. — Ela falou fazendo William a solta assustado. —
Ele ta indo para um quarto isolado para ficar em repouso.

— Não acharam a cura para isso ainda? Diz que tem uma cura ou um remédio.
— William falou desesperado colocando a lâmina no pescoço dela.

— Tem remédio que atrasa ele se transforma e com o isolamento ele poderá
sobreviver dez a quinze anos, tempo que talvez encontremos a cura.

— Quinze anos isolado! É o suficiente para ele ter depressão e tentar se matar
com qualquer coisa que ele tiver até mesmos os seus poderes. — William falou se
afastando de Let. — E talvez? Talvez? Talvez!

— Eu sei que...

— Me leve para ele agora.

Eles foram para a área de isolamento, era um corredor com vários quartos com
uma parede de vidro para os médicos verem eles e uma porta reforçada que soera
aperta com escaneamento de cartão. William olhou o quarto de Jason, ele estava
sentado na cama olhando com um sorriso falso para William, o mesmo sorriso que
Will sabia muito bem. Ele colocou a mão no vidro como se quisesse tocar em Jason
e Jason retribui-o fazendo o mesmo da cama.

— William eu vou fazer o que eu puder para salvar a vida de Jason. — Let falou
longe de William.

— Jason, eu vou criar o mundo melhor para nós dois e você vai ver ele. —
William falou sussurrando. — É melhor você fazer o impossível e possível para salva-
lo, senão você verá o próprio demônio. — William falou se aproximando de Let.

Leticia manteve a cara séria sem temer as palavras de William. William saio
para conversa com o Pai e força-lo a melhorar a pesquisa para a cura. Ao chegar na
sala dele estava Elena, Carl e Nix preparados para uma missão.

— Eu disse que não precisava chama-lo. — O Pai falou abrindo um sorriso ao


ver William. — Vocês vão ir numa missão.

— A missão é na Alemanha, com o nosso fornecedor de armas. Parece que


ele ta tendo contato com Keruart. Queremos que vocês vão lá confirma isso.

~1~
— Não. — William falou com tom mais forte. — Só iremos se você aumentar a
pesquisa da cura da falha da tentativa de cria o seus super soldado.

Nenhum deles entenderam apenas o Pai, Elena rapidamente olhou a mente do


seu irmão e viu Jason.

— Eu to junto com William. — Elena falou.

— Ta bom. — O Pai pegou o celular e colocou em cima da mesa. — Aumentem


em 200% a pesquisa da cura das falhas do super soldado.

— Mas senhor... — Saio a voz de um homem do telefone. — Sim senhora farei


isso agora. — O homem voltou atrás no que iria falar.

— Vamos. — Gritou William fazendo Elena, Nix e Carl acompanharem ele.

Nix e Carl olhavam para os dois sem entender aquilo na sala de reunião. Ao
chegarem no avião e se sentarem Elena abraçou forte William chorando, William
segurava para não chorar.

— Agora chega. O que está acontecendo? — Falou Carl irritado ao ver Elena
chorando.

— Jason está mal. — Quando Will falou aquelas palavras parecia que Carl
tinha tomado um soco no estômago.

— Como? — Carl perguntava.

— Ele faz pa...parte dos trint..trinta porcen..porcento. — Falou Elena em meio


a soluços.

— Quem é Jason. — Perguntou Nix, pois ela não tinha conhecido Jason ainda.

— É uma criança que é nosso amigo e praticamente da família. — Falou Will


com sua voz sem nenhuma emoção no meio.

— Eu sinto muito. — Falou Nix.

Eles passaram a viagem toda em silêncio, no meio da viagem Elena se


recompôs. " do fundo do posso ao inferno. Por que?" Pensou William. Próximo
de entrar no espaço aéreo da Alemanha William se levantou.

— O plano é simples. Vamos entrar como se fosse comprar armas, eu e Nix


vamos sair e deixar as coisas com vocês dois. — Ele apontou para Elena e Carl. —
Distraiam ele o máximo que conseguirem. Eu e Nix vamos para o cofre e pegamos o
papel com o nome dos compradores dele.

~1~
Todos concordaram com a cabeça. Não demorou muito para chegarem ao
prédio do fornecedor e serem recebidos por um homem. Calvo, de olhos castanhos,
acima do peso, roupas de frio caras, usava óculos e tinha várias joias nas mãos.

— Max. — William falou fingindo empolgação.

— Senhores Thunderstorm, senhor Smith. E você deve ser a senhorita


Aldebaram. — O homem falou beijando a mão de Nix. — Vamos entrem tenho
brinquedinhos novos especialmente para vocês.

Na visão de William Max era um porco sujo que escolhe aqueles que pagarem
mais, William o odiava por isso e os métodos de trabalho de Max. Eles entraram no
prédio dentro parecia uma fábrica com homens, adolescentes e crianças, alguns com
membros faltando, eles estavam trabalhando de um lado para outro fazendo armas
ou fazendo balas. Max não confiava em máquinas e dizia que "elas são somente
gastos desnecessários, então prefiro usar pessoas, assim não teria gasto algum além
de comida para esses ratos".

Eles subiram uma escada bastante longa que levava ao escritório de Max que
em cima da mesa tinha mulheres seminuas, usando sutiã, uma calcinha e uma saia.
Com sorrisos falsos que claramente não queria está ali. Max se sentou atrás da mesa
com pose de empresário.

— O que eu posso vender para vocês hoje? Armas como sempre? ou querem
algo novo? Crianças ou mulheres? — Max perguntou com um sorriso malicioso. Só
de ouvir a proposta que ele falou William queria pega uma faca e enfincar no lugar
que dói mais em Max.

— Nix vamos ver um amigo meu. Elena e Carl cuide do negócio. — William
falou saindo e descendo as escadas.

— Bom, vamos deixar os pombinhos procurarem um lugar para se pegarem,


vamos falar de brinquedos. Quais brinquedos você tem para gente hoje? — Carl fingiu
uma falsa empolgação.

William desceu as escadas e foi até o elevador que levava para as fornalhas
no nível mais baixo, onde ele sabia que ficava o cofre com informações pessoais de
cada cliente de Max. Max podia ser um porco sujo, mas sabia manter os clientes, ou

~1~
por sua segurança ou pelas suas ameaças de dizer os segredos podres de seus
compradores, sendo isso um dos motivos da Alcateia nunca ter acabado com Max,
segredos sujos que vinham do início da Alcateia.

— Que porco sujo. Não acredito que vocês compram algo na mão dele. — Nix
falou enojada.

— Compramos, pois, ele tem segredos da Alcateia. E se não comprarmos ele


fica nos ameaçando. E não podemos acabar com ele pelo mesmo motivo. — William
falou sussurrando no ouvido de Nix. — Mesmo eu não entendendo. É só eu o mata e
acabou, mas o Pai sempre me proibiu.

Eles foram continuando a andar para dentro do do lugar.

**

Enquanto isso Elena e Carl viam várias armas.

— Essa é uma Ak-47 criada em 1957. — Max falou desengatilhando a arma.


— Tiro rápido e forte.

— Acho que essa não é boa para mim. — Elena falou desinteressada na arma
e olhando as outras da caixa.

— Essa é a ParaFal com pente estendido para 40 balas. — Ele falou deixando
Elena ver a arma. — É linda, não é?

— Sim, mas teria algo para eu ficar distante da luta. — Elena falou
desinteressada na arma.

— A sim. Você gosta de Snipes. Eu me esqueci disso, mil desculpas senhorita


Thunderstorm. — Max falou indo abrir um armário. — Agora acho que a senhorita
gostara.

Ele falou mostrando uma DSR-Precision DSR 50 e AS 50 e AWP.

— Agora está falando comigo. — Elena fingindo alegria. "Nada é melhor que
o arco julgamento" Elena pensou.

~1~
**

William e Nixen chegaram numa porta que estavam dois guardas grandes
protegendo a porta. Nix pensou em um plano de como iria passar por eles, mas
William mostrou que tinha outros planos e matou os dois sem pensar duas vezes, e
logo em seguida derreteu a porta de aço que impedia deles passarem.

— Vamos rápido. — Falou William com um tom sério, sério até demais.

Ele entrou e começou a procurar o arquivo em meio aqueles armários e Nix


entrou indo ajudar.

**

Depois de Elena olhou as Snipes ela olhou para Carl.

— O que teria para os meninos? — Elena perguntou sorrindo para Carl.

— Sim senhor Smith. O que gostaria? — Max perguntou procurando armas na


caixa. — Para você que tal uma... M4 ou melhor essa Deseat Eagle dourada? — Max
mostrou ambas as armas.

— Que tal algo mais explosivo? — Carl falou com um sorriso malicioso, se
enojando em ter que fazer aquilo.

— Ah, já entendi. Você vai amar essa arma. — Ele falou indo olhar outro
armário e trazendo um lança granadas com porte a seis granadas e de tiro rápido. —
A diferença dela é que o carregamento dela é mais rápido que a outras. — Ele falou
dobrando a arma mostrando o compartimento de cargas. Ah por que querem ir até o
cofre? — Max falou mais sério.

Carl abriu um sorriso falso sem entender. Der repente a parede perto de Carl
foi derrubada por alguém. Quando eles viram era Keruart e um outro lobisomem, ele
era do mesmo tamanho que Jhon, não usava camisa mostrando um corpo bem
definido e com várias cicatrizes, usava uma calça jeans feita a mão, tinha cabelos
negros e seus olhos era de cor vermelha e de aparência psicopata.

— Essas suas supressas já estão me irritando. — Falou Keruart indo para cima
de Elena e Carl que fugiram do golpe pulando a janela e Elena desacelerou a queda
com a telecinese.

Ao caírem no chão eles correram para descer em direção ao William e Nix.

~1~
— Eu pago a parede depois. — Falou Keruart para Max e pulou a janela indo
atrás deles junto com o lobo andando.

**

William começou a ouvir Elena.

— Se escondam. — Elena falou na mente de William.

William pegou a mão de Nix e correu para um quarto e quando entrou


encontrou Carl e Elena escondidos colocando o dedo na frente da boca para não
falarem nada

— Bom, enquanto eu tenho que procura vocês que tal eu falar o porquê dessa
guerra. — Keruart falava procurando com o lobo que com um soco quebrava uma
porta. — Bom na época eu tinha nem 10 anos. Era quando começou a guerra entre
as Raposas e os Lobos, meus pais lutaram na linha de frente com minha irmã com o
ideal de criar um lugar melhor para os Kitsunes... — Outra porta foi quebrada. —
...Mas ele morreram sem conseguir termina as promessas... — Outra porta foi
quebrada. — Então eu jurei que iria vinga-los e criaria um lugar melhor para os Kitsune
como meus pais e irmã tanto queriam para os Kitsunes e aqueles que querem a paz
igualitária mesmo que o caminho seja manchado em sangue.

Ele quebrou a porta onde estavam os quatro. E eles estavam prontos para
lutar, mas Keruart bocejou e olhou para o lobo tocando em seu tórax.

— Você me enoja ao lado deles. Eles que mataram nossos amigos e família,
e foram eles que tiraram nossa terra natal. — Ele falou na direção de Nixen. — Mate
eles. Vou resolver como está a ilha. — Keruart falou para o lobo que abriu um sorriso.

Keruart entrou no portal e sumiu. O lobo atacou rapidamente, mas todos


desviaram e William segurou a mão de Nix e começaram a correr, naquele espaço o
grandão tinha avantajem. Eles mostraram o trabalho de equipe que tio Jhon falava
para eles, Nix e William abria caminho dando cobertura um ao outro e protegia Carl,
Carl protegia Elena e Elena protegia o ponto cego de Nix e William. Eles eram
atacados pelos trabalhadores e vampiros que estranhamente estavam ali. Eles
correram se defendendo e para o topo de prédio, com Elena não perdendo a chance
no meio do caminho de mata o porco nojento do Max.

~1~
Ao subirem o Avião estava em modo helicóptero, com as hélices que estavam
na frente com as asas horizontais agora estava com as asas vertical. Carl pulou para
dentro para a cabine do piloto e abriu as portas laterais para Elena, Nix e Will
entrarem, Elena entrou e preparou o arco apontando para a porta que apareceu o
lobo com os braços e tronco com o filetes de músculos amostra e com aparência mais
rígida que o aço fazendo com que o corpo do lobo ficasse maior, William parou o soco
do lobo, mas sentindo muita dor nos braços e tentou segurar o lobo.

— Vai Nix eu seguro ele. — William gritou para Nix que correu para o
helicóptero.

— Lobinho fraco, acha mesmo que pode me segura ou me derrotar. — O lobo


falou zombando de William. — Gosto da sua determinação. — Ele começou a inchar
mais e na frente de Will se formava um muro de músculo.

Elena atirava flechas, mas a magia de julgamento não funcionava. William


estava aos poucos sendo arrastado para trás.

— William! vem! — Nix e Elena gritaram juntas.

— Carl tira o helicóptero de perto! Ele pode derrubar o helicóptero! — William


gritava para Carl que seguiu seu comando, pois era verdade o lobo mesmo com as
pessoas na frente dele, ele conseguiu acompanha na subida até ali.

William sabia que se entrasse no helicóptero aquele lobo poderia derrubar-lo e


mata a todos. Só tinha uma coisa a fazer.

William estava se sacrificando.

~1~
XII

William tentava segurar com toda sua força aquela parede de músculos, Elena
tremia pensando no corpo morto do seu irmão, ela tanto que mal conseguia segurar
a flecha, Nix não entendia e só pensava em William com ela fora daquela situação,
não queria saber que se William solta-se eles morreriam com a queda do avião-
helicóptero, ela queria Will bem, Carl tentava pensar mas todas as possibilidades ou
eles morriam ou William morria. A chuva começou a cair.

— Carl as tire daqui! Foge daqui! — William gritava sentindo todos os músculos
dos seu corpo queimar.

— William vem logo! E a promessa de criar um mundo melhor para todos que
você fez a Gray e Jason. — Nix tentava procurar motivos para William solta aquele
lobisomem.

— Isso mesmo lobinho. E sua promessa ao seu amiguinho Gray e como fica
seu filhote Jason. — O lobo falou com um tom de zombação.

William ficou furioso e sentia as suas chamas borbulhando sobre a pele.

— Não! Fale! Os! Nomes! Deles! — William falou socando com toda a força
que ele podia lança naquele momento, fazendo toda as chamas serem lançadas nos
músculos daquele brutamonte, mas não funcionou.

William tentou de novo mas nada, ele começou a sentir ódio de se mesmo,
ódio de ainda ser fraco então ele socou com tudo criando uma onda de choque e as
chamas ficaram tão quente que queimou um pouco a própria mão mas nada nem
mesmo conseguiu empurra um centímetro.

— William! — Gritaram juntas Elena e Nix.

— Carl! Tire ela já! É uma ordem do seu alfa! — William falou virando um pouco
o rosto para olhas Carl nos olhos.

~1~
Era a primeira vez que Carl e Nix viu aqueles olhos e aquela máscara, azul e
vermelho, uma máscara de lobo com runas vermelhas, Nix sentiu medo, sua mente
ao ver aquela máscara e aqueles olhos queria fugir, ela caiu tremula no helicóptero.

— Eu vou primeiramente mata aquela de arco, estraçalhando o corpo perfeito


dela. Depois será o piloto, vou abri o seu tórax e tirar o fígado dele e depois vou
arrancar a cabeça dele. E por último vou devorar aquela raposa. — Falou o lobo
sadicamente e deu para ouvir a sua da sua língua passa nos seus lábios. — Já
questiono qual o gosto dela.

— Você vai morrer! — William falava com raiva lembrando do sonho que ele
teve quando era criança.

William apoiava uma mão e socava com a outra, e outra vez, de novo e de
novo, mas nada acontecia. William ficou furioso com o lobo e a se mesmo e socou
mais forte que podia e sua mente foi para outra dimensão.

Para onde William olhava era escuridão e na sua frente estava uma grade que
separava ele de um lobo branco que dormia, o mesmo lobo do sonho quando era
criança. William foi com tudo na grade e bateu nela.

— Eu não queria virar um assassino, eu não queria nada disso! — Ele gritou
com tristeza em sua voz e de novo ele bateu na grade. — Você me mostrou que Gray
iria morrer para eu tentar mudar o futuro, mas não entendi na época! — Ele gritou
batendo de novo na grade. — Você me mostrou como Elena e Carl iria morrer e agora
eu tenho que mudar isso! Então me ajude. — Ele começou a chorar. — Me ajude, me
ajude a mudar.

William caiu em lágrimas, ele se sentia fraco e um fracassado como ele se


sentia quando era criança, como ele se sentiu depois do acontecimento com Nix.

— Eu sou um fracasso. — William falou desistindo.

O lobo acordou mostrando os seus olhos vermelhos e a grade começou a se


abrir, o lobo se levantou e olhou diretamente para os olhos de William. William se
levantou pronto para lutar contra o lobo, mas o lobo pulou em cima de William e ele
voltou para onde estava socando o gigante.

~1~
O seu braço quebrou com o golpe, seus olhos agora estavam ambos
vermelhos igual a do lobo e a máscara começou a crescer se transformando em um
capacete, seu braço praticamente não sentia dor como se pudesse usar novamente.

— Tomara que seu corpo seja resistente William. — Foi William que falou, mas
não era William.

Ele socou com toda a força de novo e de novo, mas não acontecia nada além
de o braço quebrar em outro ponto, seu olho esquerdo voltou a tonalidade castanha
que sempre tinha e quem queria socar dessa vez era William. " Mesmo com esse
poder, nada mudou. Como?" William se questionava.

Elena pensava em um plano, mas nada fora a envolver que um teria que se
sacrificar. Carl queria ir embora, mas seu corpo não queria e Nix ficou caída em medo.

— Desista logo pequeno lobo. — Falou o homem.

William já estava com o braço esquerdo ensanguentado e do seu nariz descia


uma fina linha de sangue, todos os músculos pareciam está se desintegrando, até o
músculo do braço direito parecia que iria romper. Ele não tinha mais o que fazer até
a máscara virou poeira e o poder tinha ido embora.

— Carl tire todos daqui! Não vou aguenta mais! — William gritou pela última
vez. — Desculpa Elena, desculpa Carl, desculpa Jason e desculpa Nix, eu não fui
forte nem esperto para derrotar esse cara. Só inútil até nisso.

William já estava desistindo e Carl preste a ir embora quando um raio caiu dos
céus abrindo as nuvens e em vez de cair no chão o raio foi na direção da batalha. Por
um segundo William consegui ver um lobo humanoide ao seu lado, tinha a pelagem
branca com runas vermelhas em seu corpo com uma Katana na mão que em todo o
decorrer da lâmina saia raios, o ser fez um corte giratório que cortou a parede de
músculos deixando exposto o corpo do brutamonte que se movia para se contorcer
de dor e seu corpo se transmutou em raio e desapareceu. Aquilo era a abertura que
Will precisava então ele não podia falhar, William não parou para pensa nem um vez,
ele jogou o braço para trás e atacou com tudo varrendo o gigante numa onda de
chamas e gelo, causando queimadura de quarto grau, pele escura, com inúmeras
bolhas na pele.

~1~
William sorrir com sua vitória, mas devido ao cansaço cai no chão e Elena e
Nix correram para ele. Elas olham superficialmente William, se ele não fosse levado
ao médico morreria em pouco tempo.

— Eu o levo pelo portal. — Nix fala ainda tremula, mas conseguia leva-lo.

— Vai! — Elena gritou e Nix obedeceu. — Carl bora logo para Alcateia. — Ela
falou correndo para o avião que já estava a se mover.

Nix apareceu na frente de um grupo de pessoa na Alcateia e bem na frente da


Maryn. Maryn se ajoelha rapidamente do lado de William e coloca a mão sobre William
ao perceber que ele estava gravemente ferido, suas mãos brilham bem fraco quase
imperceptível.

— Médico! Preciso de um médico! — Maryn começa a gritar enquanto cura aos


pouco William.

— Eu vou ajudar. — Nix fala também colocando a mão sobre William e suas
mão também começa a brilhar.

Alguns segundos se passaram Nix conta tudo a Maryn e depois de mais


segundos finalmente médicos chegam com macas. Nix se afasta e depois de Maryn
conta a situação de William aos médicos volta para ver sua amiga que parecia
exausta.

— Ele já vai ser cuidado. Pode ficar tranquila. — Falou Maryn

— Que bom. — Falou Nix praticamente sussurrando. — Eu estava com muito


med...

E Nix cai exausta por curar William.

cinco dias depois


Elena estava na porta do quarto de William pensando como poderia conversa
com seu irmão, Carl começou a se aproximar.

~1~
— Ele ainda não saiu do quarto? — Carl questionou

— Não. — Falou Elena triste por não saber o que fazer.

— Como está Nix?

— Ela está me evitando, parece que ela criou trauma com alguma coisa que
aconteceu na batalha. — Elena olha para Carl. — E ela não tem culpa qualquer um
de nós poderia ter criado trauma. Mas ela sempre pergunta sobre William e depois ou
me expulsa do quarto dela ou demonstra que não quer eu por perto.

— Ela o ama. Isso qualquer um percebe, mas ela deve estar com medo da
máscara e dos olhos de William. — Falou Carl se lembrando dos olhos de William. —
Aquilo me tirou o sono essa noite. Então deve ser isso.

— William. Abre a porta queremos conversa. — Elena bateu na porta, mas sem
resposta.

— Cansei. William! Se não abri a porta eu vou arrombar! — Falou Carl furioso.

Alguns segundos se passaram e nada, Carl acenou com a cabeça para Elena
e ela abriu a porta com a telecinese e eles entram, os cachorros estavam perto do
dono e William com uma cara horrível. Carl se aproximou e segurou William pelo
colarinho e deu um soco forte, fazendo os cachorros se levantarem e começarem a
rosna para Carl.

— Você não pode ficar aqui trancado para sempre. Você é nosso general e
nosso irmão. Então eu não vou deixar você aqui. — Falou Carl furioso.

— Eu sou um fracasso. Não sirvo para ser um general. — William falou e foi
contestado por outro soco de Carl.

— Você enfrentou inimigos muito mais forte que você em situações horríveis,
quando Nix se machucou sua roupa não era apropriada para luta, na de cinco dias
atrás você tinha que presta atenção na luta e proteger a gente então sua única
escolha foi parar a movimentação do inimigo. — Carl falou percebendo que os
cachorros estavam rosnando. — Não existe um melhor general no quinto regimento

~1~
que você. Você não é um fracasso. Quantas vezes teremos que repetir. E se eu ter
que repetir não pensarei duas vezes em te dar um soco.

— Valeu Carl. — William falou agradecendo.

— Vai tomar seu banho e depois você vai conversa com Nix pois ela é que foi
mais afetada por você.

William odiava a ideia, mas faria. Ele tomou um banho vestiu uma roupa mais
apresentável e foi até o quarto de Nix e encontrou ela no corredor ela parou do lado
de Will sem olhar nos olhos dele.

— Você está bem. — Nix perguntou fria.

— Sim. Eu... — William tentou falar.

— Ótimo. — Falou Nix e entrou no quarto.

Após ela fechou ela caiu se sentando de costas para a porta do quarto se
perguntando o porquê de ela ter feito aquilo. Ela sentia algo muito forte por William,
mas agora ela queria se afastar um pouco.

William ficou triste com aquela situação e foi para o quarto para pensar em
como resolveria, mas nada vinha a mente pois nunca tinha sido jogado a uma situação
dessas. Então ele foi até o quarto de Carl.

— Claro que posso te ajudar. — Falou Carl deixando William entrar.

Carl puxou uma cadeira e se sentou com a cadeira de trás pra frente e Will se
sentou na cama e disse toda a situação.

—...Eu vim pedi sua ajuda pois me lembro quando você brigou com Elena e foi
uma situação parecida. — Terminou de falar William

— O que? — Falou Carl ficando vermelho

— Você ama Elena só que não admite e como naquela época vocês brigaram
eu acho que é uma situação parecida.

~1~
— Primeiro eu não gosto de Elena dessa maneira. — William virou o olho para
mencionar que ele tava mentindo para se mesmo. — E segundo, é só você pedi
desculpas, e diga o que sente.

Os dois conversaram um pouco mais e William resolveu ir até Nix.

— Espero ter ajudado. — Falou Carl.

— Ajudou muito irmão. — Falou William apertando a mão de Carl.

Ele foi até o quarto de Nix e bateu duas vezes, mas nada, ele bateu de novo,
mas nada.

— Nix sou eu Will. — Ele falou batendo na porta. — Abra a porta eu quero
conversa com você. — Mas ninguém respondeu e William se sentou de costa para a
porta. — Eu sei que você se traumatizou com o meu poder verdadeiro, mas era aquilo
ou nada. Eu... Eu te amo e não... — Nix apareceu na curva do corredor e vendo
William se escondeu ouvindo o que ele dizia. — ... não queria ver você ferida,
machucada ou pior, não queria ver nenhum de vocês machucados. Eu peço
desculpas, desculpa. Eu me senti um fracasso, por isso não vim antes, depois de tudo
o que está acontecendo, eu to vendo todos ao meu redor se machucando gravemente
ou quase morrendo e eu não quero ver isso, eu quero ser forte para proteger todos
vocês mas não estou conseguindo.— Nix foi até William e se abaixou para olhar no
seus olhos. — Você ouviu tudo?

— O suficiente. Me promete que nunca mais vai se arriscar dessa forma. —


Ela falou mostrando o dedo mindinho.

— Prometo. — Eles cruzaram os dedos mindinhos.

— Está desculpado. — Nix falou beijando a testa de William. — Da licença que


eu quero entra.

Ele saiu da frente da porta e Nix entrou, ela ficou feliz em saber que ele a
considerava como os outros, ela não ouviu o "eu te amo" de William.

William foi para a sala de treino pois se ele quisesse ser forte para protege-los
ele precisava treinar.

~1~
§

Conor estava numa aldeia de lobos que ele ouviu dizer que estavam
trabalhando para Keruart. A área estava cheio de corpos mortos com partes
decepadas daqueles que tentaram lutar contra Conor. Conor entrou em uma casa,
ela era bem simples toda feita de madeira. Conor foi até a cozinha passando pela
sala que tinha várias fotos de família, na cozinha ele encontrou um homem que estava
tomando café.

— Sabia que vocês iriam vim uma hora ou outra, mas não sabia que apenas
um iria matar todos as pessoas da aldeia. — Falou o homem bebendo tranquilamente.

— Só quero saber onde está Keruart. — Conor se sentou à mesa, mas ainda
atento para lutar.

— Você é forte, mas não é forte o suficiente para mata-lo. — O homem falou
dando outro gole no café. — Ele te mataria brincando como um boneco.

— Então foi por você ser fraco que se juntou a ele?

— Não. — Ele bebeu de novo. — Ele levou aquilo que é mais precioso para
mim. Então não tive escolha.

— Eu posso tentar resgata-las. — Conor falava das filhas do homem.

— Como eu queria, mas nem você conseguiria pois ela está em um lugar que
os homens não podem chegar vivos. — O homem deu um último gole e caiu para o
lado morto.

Conor fez a sinal de cruz e saiu da casa.

~1~
XIII

William estava a treinar com Nix, mesmo que parecesse normal William sentia
que Nix estava mais distante dele. Eles pararam para descansar.

— William, você poderia me mostrar aquele poder novamente? — Nix


perguntou meio tímida.

— Se você não se assustar, claro. — William falou preocupado com ela

Ele fez um puxão em seu rosto e a máscara de lobo e mudou a cor dos olhos,
Nix se assustou um pouco, sua mão tremia, mas ela fechou a mão para William não
perceber. William não entendia o porquê de Nixen ter medo da máscara, mas
respeitava. Ele deixou que a máscara virasse poeira.

— É meio estranho. Como isso pode te dar um poder maior? — Perguntou Nix.

— Existe um avanço lento até a gente ter todo o poder verdadeiro, primeiro é
a máscara, depois vira um capacete, depois ela quebra e deixa nosso corpo um pouco
parecido com mistura de lobo e homem, e depois o nível mais alto nós viramos lobos
humanoides. Mas é preciso um auto controle muito grande, se não podemos
enlouquecer de poder no meio do processo, como na lua cheia ou morrer de cansaço
físico.

— Hum. — Ela falou virando o rosto. — Eu vou resolver umas coisas com a
rainha. A gente se ver depois. — Ela falou saindo da sala.

William odiava a se mesmo por deixar isso acontecer, mas agora não tinha
como mudar o passado. Ele começou a sair da sala e na porta encostado na parede
a espera-lo estava Conor.

— Iae mano. — William falou levantando o punho em cumprimento

— Iae. Como ficou as coisas comigo fora? — Conor falou cumprimentado.

William começou a andar com Conor e contar tudo o que aconteceu na última
missão. Quanto mais William contava mais a raiva de Conor por Keruart ficava maior,

~1~
mas pelo que William contava, Elena e todos os outros, Keruart era um mostro em
quesito força, velocidade e resistência, seria quase impossível ele derrotar Keruart.

— Eu vou matar aquele demônio de nove caudas. — Falou Conor se


segurando para não socar a parede.

— Desculpa, mas acho que somente o Pai ou tio Jhon seria capaz de derrota-
lo. — William falou parecendo triste pelo fato que acabou de disser.

— Eu vou parti em uma missão de novo. Por favor me escuta dessa vez, se
mantenha em segurança. — Conor falou dando um abraço em William.

— Ok, pai. — William falou brincando.

Conor sorriu e saiu em direção ao elevador encontrando tio Jhon no caminho.

— Tio. — Conor falou surpreso.

— Oi Conor. — Jhon falou abrindo um sorriso. — Partindo em outra missão


furtiva para pegar informações sem William saber.

— ... — Conor odiava como Jhon sabia de tudo sobre ele, principalmente por
ele te sido praticamente seu pai de coração. — Sim, eu quero deixá-lo e os outros a
salvo. — Ele falou entrando no elevador que ambos desceram.

— Você sempre querendo ser o irmão da linha de frente. Eu tenho muito


orgulho por vocês se tornaram grandes pessoas. — Falou Jhon devaneando sobre o
passado.

— E você tio?

— Indo em uma missão super secreta. — Falou Jhon rindo. — Então. — Ele
colocou o dedo indicador na frente da boca para disse silêncio.

Quando as portas do elevador abriram antes de ir para o próprio avião Jhon


olhou sério para Conor.

— Seja qual for sua decisão. Eu terei orgulho de você. Proteja eles por favor.
— Falou Jhon como se soubesse que não iria voltar.

~1~
Conor sempre sentia dor no coração quando Jhon falava daquele jeito, mas
entendia. Qualquer um pode morrer, em qualquer momento. Algo que ele aprendeu
desde cedo. Eles se separaram e cada um foi para seus aviões, Jhon saiu primeiro,
Conor colocou em cima dos controles do avião a foto que ele tinha tirado com William,
Carl, Elena e Jhon, parecendo uma família. Ele sempre lembraria daquele dia, ele
ligou o avião e saiu em direção a Estados Unidos.

Pelas informações uma alcateia que cuida de uma cafeteria se aliou a Keruart,
então seria o lugar perfeito.

Um homem com roupa de frio, seu rosto era até assustador, ele entrou numa
cafeteria que tinha como símbolo um lobo, estava um pouco cheio, ele farejou na
porta e sentia um cheiro estranho de estrangeiro, mas não se importou e foi até o
balcão e se sentou.

— Um café por favor. — Pedi-o o homem, sua voz era firme e grossa.

— Um para mim também. — O homem encapuzado falou ao lado. — E eu pago


a dele.

A atendente trouxe rapidamente o café para os dois

— A que eu deveria agradecer pela cortesia? — O homem se perguntou


olhando o encapuzado.

— Não precisa agradecer. — O homem encapuzado tirou o capuz e era Conor.


— Só quero informações.

O homem se assustou e pegou o copo e jogou em Conor que desviou e


começou uma briga de Conor contra todos da cafeteria. Conor desviava deixando-os
se atacarem ou pegava alguém e usava de escudo humano, mas quando se cansou
ele girou o pulso e fechou a mão em punho matando todos com as linhas de aço
menos o primeiro homem.

— Onde está Keruart? — Perguntou Conor tomando um gole de café e


pendurando o homem em suas linhas de aço.

~1~
Alguns segundos se passaram com Conor bebendo o café e torturando o
homem, o homem estava com o corpo inteiro cheio de ferimentos.

— Eu não sei de nada. — Toda aquela firmeza da voz tinha sumido.

— Resposta errada. — Conor falou dobrando o anelar, já que o mindinho já


estava dobrado, e Conor continuava bebendo outro gole de café, a corda que já
estava cortando a pele e prendeu mais assim adentrando mais na pele.

O homem gritou de dor e começou chorar perdendo todo o ar assustador.

— Ele comprou um armazém aqui perto. A12. — O homem gritou.

— Bom. — Conor falou deixando a mão solta e bebeu o último gole de café. —
Quantos são ao todo no armazém. Quantas pessoas tem lá dentro.

— Pode me matar. Eu não me importo mais. — O homem falou chorando.

— Resposta errada e só uma coisa. — Conor falou levantando o dedo. — Pela


quantidade de sangue que você perdeu você ainda tem 4 horas de vida se eu não te
corta mais, então eu posso te mostra o inferno nessas quatro horas ou eu posso te
dar um descanso com você me dizendo a resposta certa e eu te mata para você não
passa quatro horas agonizando. — Conor falou olhando a caneca para ver se
realmente tinha acabado o café.

— Ta bom! Tem 30 homens contando com Keruart. — O homem gritou.

— Muito obrigado pela cooperação. — Conor falou matando o homem.

Ele saiu da cafeteria e fez um sinal de cruz para a cafeteria.

— Que pena. O café daqui era bom. — Falou Conor andando em direção a um
carro preto.

Agora sabia onde Keruart estava. Entrando no carro Conor falou.

~1~
— Hora de caça.

~1~
XIV

Keruart entrava em seu palácio indo pegar sua espada que estava em cima do
seu trono.

— Senhor os Kitsunes do Norte estão querendo atacar os nossos aliados. —


Um Kitsune de oito caudas todo coberto disse para Keruat.

— Por que os meus irmãos estão se atacando? — Keruart falou preocupado.

— Os do Norte dizem que vocês querem começar uma guerra que não deveria.

— Eu não deveria tentar recuperar o que é nosso por direito? Eu não deveria
tentar achar férteis para melhorar as nossas plantações já que muitos estão morrendo
de fome? Eu quero um mundo melhor para mim e meus irmãos. — Keruart falou indo
em direção a porta do salão.

— Senhor o que devemos fazer?

— Eu vou conversa com eles e tentar impedir que inocentes morram. —Keruart
falou passando pelo portal.

Ele apareceu no campo de batalha na frente de um exército e ao lado de um


kitsune grande com armadura dos pés à cabeça, era o general de Keruart. Na frente
dele estava um exército menor que o dele, na frente do exército estava um Kitsune,
um homem, com um dos olhos machucado e o outro de cor preta, tinha nove caudas,
seu cabelo estava com um coque, vestido com uma armadura até o pescoço com
símbolo das raposa do norte.

— Varus! Irmão para que uma guerra desnecessária? Isso só será mortes de
pessoas inocentes. — Keruart gritou abrindo os braços.

— Você iniciou essa guerra e mortes desnecessária, e eu vim tentar te para!


Ordens da minha rainha! — Varus gritou do outro lado.

~1~
— Eu só quero criar um mundo melhor para nós! Quantos dos seus filhos
morreram pela fome? — Keruart se voltou a seu exército. — Alguém sabe quantos
dos nossos morreram pela fome! Aquele que sabe vem aqui para frente!

— Eu senhor. — Um jovem ainda de três caudas foi para frente. — Foram mais
de cem crianças e milhares de adultos.

— Mais de cem crianças e milhares dos adultos! — Keruart gritou se voltando


para Varus. — Morreram por fome, pela pouca quantidade de alimentos que nossa
ilha produz atualmente! Pela miséria! Eu quero construir um mundo melhor para nós!

— Mas é um mundo criado em sangue! Matando outros inocentes! — Varus


gritou com raiva.

— Eu estava conversando com os humanos para saber se a gente poderia


viver lá, mas sempre os lobos! Os lobos entenderam errado!

— E ataca-los é a solução! Eles também têm crianças para cuidar!

— Quando pedíamos para voltar eles recusaram! Eles pouco importaram


conosco irmão! Então eu devo pensar em meus filhos! Não só nos meus, mas todos
os filhos dos meus irmãos! Eu não queria ter que criar um genocídio! Apenas uma
morte! A do Simon que matou minha família e agora deve está sentado numa cadeira
de rodas por causa da maldita doença!

— Uma única morte que iniciaria uma guerra!

— Não se eu tomasse as devidas providencias! Eu não queria ter que vestir


esse manto para criar a paz e um mundo melhor, mas se é isso que terei que fazer
eu faço pelos meus e seus filhos! — Keruart esperou alguns segundos. — Por favor
Varus vamos conversa apenas nós dois!

— Ta bom! — Varus aceitou e entregou as suas armas a um soldado ao lado,


a grande espada e as duas facas na cintura. — Sem suas armas!

~1~
— Ta bom! — Keruart aceitou entregando as armas para o companheiro ao
lado.

Os dois foram até o meio do campo de batalha e apertaram as mãos e se


abraçaram.

— Oi irmão. — Keruart falou se afastando. — Eu não quero ver vidas inocentes


morrerem.

— Eu também não, mas eu devo lhe parar. Ordens da rainha.

— Podemos fazer que nem no passado contra aquele dragão. — Falou Keruart
devaneando.

— Aquela época era boa, mas estamos em uma situação diferente. — Varus
olhou nos olhos de Keruart e via uma boa intenção em seus olhos. — Desculpa.

Varus tentou derrubar Keruart que de um salto mortal, defendeu de dois socos
e no terceiro ele bateu o braço de Varus para o lado, o segurou e o derrubou, ele
colocou seu antebraço no pescoço de Varus e pegou do bolso de Varus uma adaga
e colocou no pescoço dele.

— Eu não o quero mata. — Falou Keruart.

— Eu também não m... — Varus tentou falar.

— Então peça que não entrem em guerra.

— Eu tenho que lhe para.

— Olha ao seu redor Varus! — Keruart gritou. — Para de ser um cachorro


obediente e olhe! Eu tenho um exército maior que o seu. Isso será um massacre.

Varus parou um segundo para pensar.

~1~
— Ok. — Keruart permitiu que levantasse e lhe deu sua adaga, Varus voltou a
seu exército. — Voltaremos para casa.

— Mas... — Uma mulher queria questionar.

— Chega de mas. Vamos para casa.

E todos voltaram para casa, sem ser derramada uma gota de sangue.

Num grande salão estava os guerreiros festejando, bebendo, comendo e


brincando um com os outros. Keruart estava sentado ao lado de um homem que se
vestia que nem um rei, pele branca e olhos cor de esmeralda. Keruart estava feliz em
ver que ninguém precisou morrer para acabar aquela batalha.

— Três vivas ao rei Keruart o Rei do Sul. — Um dos guerreiros gritou e todos
começara a gritar viva.

Mesmo que Keruart gostasse daquelas festas, não podia, pois, seus cidadãos,
suas crianças estavam passando pela pior época de todas. A fome só crescia e a
quantidade de pessoas pobres só aumentavam. Ele saiu para fora para respirar um
ar mais limpo. Ele começou a andar sem rumo e encontrou uma criança desnutrida
pedindo ajuda, mas parecia que ela não sabia falar. Keruart a acompanhou e num
beco sujo estava uma outra criança e uma mulher que parecia proxima da morte.

— Sabem falar? — Keruart perguntou.

— O senho... O senho... — A mulher não conseguia falar de fraqueza e parecia


sentir dor.

— Eu vou levar vocês para um lugar melhor. — Keruart falou segurando a mão
da moça. — Pequeno consegue levar sua irmã? — Keruart perguntou ao menino que
tinha o chamado, que disse sim com a cabeça. — Ok me siga. Eu vou levar sua mãe.

Keruart sabia de um curandeiro ali perto, então era melhor eles irem logo para
a moça não morrer. Ele a pegou e colocou nas costas, o menino pegou a mão da

~1~
menina a ajudando a levantar e pegou na mão de Keruart para não se perder. Keruart
passou por algumas ruas para chegar a casa do curandeiro

— Por favor! Ajuda! — Keruart gritou batendo na porta.

Um velho vestido com um manto e usando óculos atendeu.

— Vem coloque ela sobre a mesa. Luiza traga comida para essas crianças! —
O curandeiro gritou.

— Viu só criança vai ficar tudo bem. — Keruart falou abrindo um sorriso para
o menino. — Você é um herói. Eu tenho um grande orgulho de você. — Keruart falou
passando a mão no cabelo da criança

— Senhor Keruart. É uma honra ter o senhor aqui novamente. — Falou o


ancião dando pão para ambas as crianças.

— Por favor cuide delas até elas melhorarem. Depois mande para meu palácio
elas e a conta. — Keruart falou indo para porta. — Eu tenho que ir.

— Fique tranquilo senhor elas estão em boas mãos. E sobre a conta não
precisa me pagar.

Keruart abriu um sorriso e saio, ele ficava feliz em ajudar as pessoas, mas
ficava triste com a situação de seus cidadãos, aquela já tinha sido da décima pessoa
que ele tinha salvado esse mês. Se ele queria ajudar, ele teria que fazer algo para
melhorar a colheita, já que a terra já está perdendo sua vitalidade, e não estava
adiantando adubo. Ele teria que tomar a dimensão primaria a força.

Ele foi até a festa e foi até eu general.

— Por favor cuide das coisas por mim. E se acontece isso de novo me chama.
— Keruart falou indo embora.

Keruart andou pelas ruas indo em direção ao seu palácio, a cidade estava com
uma tonalidade escura, era quase impossível pensa que alguns anos atrás a cidade
era um loca cheio de felicidade. Keruart tinha saudades daquela época.

~1~
Ele entrou na sala do trono e passou por um portal que ele criou, ele parecia
que estava num labirinto e sentiu a energia do local correto, enquanto ele andava no
labirinto ele ouviu.

— Irmão. — Era uma voz feminina e apareceu uma mulher, cabelo longo ruivo,
olhos castanhos e pele branca. — É por aqui.

— Oi irmã. — Keruart procurou de novo a linha de energia. — Eu sei que não


é aí. Foi bom te ver. Mesmo que não seja realmente você.

Ele tinha muito saudades da irmã e nunca esquecera da última vez que
realmente viu ela, a doçura em seu sorriso. Mas ele não podia se prender ao passado.
Ele finalmente chegou do outro lado e viu alguns dos seus homens mortos com partes
decepadas e outros prendendo Conor. Keruart não se importou com o que estava
acontecendo e foi se sentar no trono que tinha perto dele para assistir a luta e cruzou
as pernas.

Conor estava preso por aqueles Kitsunes, então se soltou e matou um, logo
em seguida outro, mas quando iria matar mais um ele foi preso.

— A quem eu devo a honra de me dar um espetáculo? — Keruart estava com


raiva, mas não podia demonstrar, não para aquele cão pulguento.

— Aquele que vai te matar. Conor Fang. — Conor falou tentando se soltar.

— Me matar. — Keruart descruzou as pernas, apenas aquele movimento fez


com que Conor enxergasse a áurea de maldade e ódio. — Eu acho que precisa
primeiro se soltar.

— Podemos conversa? — Conor percebeu que não seria pareô para aquele
homem.

— Claro.

— O que eu poderia te dar para você fazer uma coisa por mim? — Conor só
queria proteger seus irmãos.

~1~
— Você faria qualquer coisa? — Keruat se aproximou abrindo um sorriso

— Qualquer coisa.

Parecia que o destino estava ao lado de Keruart.

~1~
Uma pequena lembrança

4 anos atrás
William, Elena, Carl, Conor e Jhon estavam vestidos bem formal para uma foto
em família, eles estavam num estúdio de fotos, numa parte que parecia uma casa
antiga. Elena estava sentada no sofá junto com Carl e William estava em pé do lado
direito de Jhon e Conor do lado esquerdo.

— William está gostando? — Perguntou Jhon.

— Sim só estou odiando essa coleira humana. — Falou William mexendo na


gravata.

— kkk. — Jhon sorriu. — Eu considero todos da alcateia meus filhos, mas


vocês eu tenho orgulho de me chamarem de sua família. — Jhon falou feliz e sorrindo
para câmera.

E o fotografo tirou a foto. A mesma foto que está na cabeceira da cama de


Jhon e do colar de Conor.

~1~
XV

— Mataria uma pessoa e pegaria uma joia para mim? — Keruart falou abrindo
um sorriso malicioso.

Conor só queria proteger sua família, a mesma coisa que Keruart também
queria.
— Se você quando entra em guerra pedir um warwolf. E como pedido você
comandara a Alcateia, mas não machucara ninguém se ganhar.

— Um warwolf. Seria ótimo. — Falou Keruart pensativo, realmente ele não


tinha parado para pensar nesse antigo ritual. Só mataria Simon e ainda não teria
mortes de inocentes. Keruart estava impressionado como aquele lobo tinha sido
esperto, mas ao mesmo tempo tolo de ir até ali. — Mate Jhon Jhonson e me traga a
pedra da família Shurin e eu aceito seu acordo.
— O que? — Conor falou tentando se soltar.
— Você, como eu, não quer ver pessoas inocentes os irmãos Jhonsons não
são inocentes. Eles já têm sangues nas mãos de pessoas inocentes. Uma vida por
milhares de outras.
— Jhon não tem nada haver com isso. — Conor falava relutante.
— Ele foi o assassino da minha irmã. Ela estava desarmada, mesmo assim ele
a matou. — Keruart falava quase sem controlar sua raiva. — Você tem três dias para
me entregar a joia e a confirmação da morte de Jhon Jhonson.
Os Kitsunes soltaram Conor, ele estava com as pernas tremendo ainda pela
áurea assustadora de Keruart, mas ele saiu e entrou no carro. Era impossível, ele não
conseguiria matar Jhon, aquele que o acolheu, aquele que deu uma razão para
continuar lutando pela própria vida. Lágrimas desciam dos seus olhos enquanto ele
via a foto que eles tinham tirado juntos. Conor irritado começou a pilotar o carro, indo
na velocidade máxima, desviando dos outros carros, e gritando por ele não ter
conseguido matar Keruart, até que a polícia apareceu e Conor foi com tudo para cima
deles batendo o carro fazendo os polícia serem arremessados dos carros e Conor ser
também arremessado, mas ele jogou a corda de Aço em um prédio e entrou em um
andar do prédio que tinha cubículos e vários computadores. Era um local de trabalho,
mas estava sem ninguém e as luzes se ligaram por perceber movimentação.
Conor estava com tanto ódio que quebrou a mesa em sua frente.
— Que fraco. É por isso que não conseguiu matar Keruart. — Falou uma voz
parecida de Conor só que quando ele era pequeno.
~1~
Conor olhou e viu uma versão dele só que todo branco, cabelo, pele, roupa,
menos os olhos que eram totalmente pretos. Conor foi soca-lo, mas a versão sumiu
fazendo ele quebrar uma parede daqueles cubículos.
— Muito lento. Outro motivo para não conseguir. — A versão levantou a mãos
na linha do ombro e começou a balança a cabeça em negação.
— Cala a boca! — Conor foi com tudo quebrando outra mesa.
— Fraco! — A versão gritou brincando colocando a língua para fora e abrindo
o olho com o dedo.
— Vá para o inferno! — Conor falou chicoteando a corda de aço abrindo um
caminho no meio dos cubículos.
— Pensei que seria mais forte, já que nunca usou o meu poder. — Falou a
versão com a mão no queixo de forma pensativa indo para a porta do elevador.
Conor socou com tudo a lateral da parede quebrando os botões do elevador.
— O que Jhon pensaria de você? — A versão sussurrou na orelha de Conor.
— Cala a boca! — Conor tentou dá um gancho tão forte que fez com que a
onda de ar batesse no vidro do teto e fez ele cair.
— Você era um fraco e continua sendo um fraco. — Falou a versão agora
fragmentada no vidro.
— Eu nunca precisei de você. — Conor falou quebrando os vidros.
— Você é um fracassado. — A versão falou na frente do vidro. Aquilo foi a gota
da água.
Conor se jogou em cima da sua versão e passou direto, se jogando para fora
do prédio. Ele caiu em cima de um carro, destruindo todo o teto, ele abriu os olhos e
viu a versão na ponta da janela.

— Fracassado. — Conor conseguiu ouvir.

Conor tentou se levantar, seu corpo inteiro sentia dor. Ele conseguiu sai de
cima do carro, mas quando tentou andar a lateral do corpo sentiu dor tão forte que de
reação Conor colocou a mão em cima.
— Senhor eu já liguei ... — Conor so deu um olhar de morte para aquele
homem e ele se calou.

Conor tentou andar, ele andava mancando, pois, seu corpo estava doendo. Ele
deu mais dois passos e caiu no chão. No chão estava uma possa de sangue.

~1~
— O que sua família pensara sabendo que você se virou contra eles. — A
versão apareceu no sangue.

Conor se levantou e com raiva em seus olhos foi para o aeroporto, onde ele
tinha colocado o seu avião. "Se for para eu proteger eles, vestirei com orgulho
esse manto." Conor pensou ainda sentindo mais dor no seu coração do que em seu
corpo após pensar isso. A imagem da versão de Conor sumiu como fumaça.

Demorou mais do que ele imaginava, ao entrar no avião ele foi até uma caixa
de primeiros socorros, arrancou a porta da caixa e pegou uma seringa e a enfiou na
lateral do seu corpo, fazendo ele gemer de dor, a dor causado pela queda do carro
tinha aliviado um pouco mas ainda sentia. Conor se sentou no banco do piloto e viu
a foto, ele bateu no manche, como tudo foi parar ali.

Elena e William estavam na sala de treinamento, Elena atirava várias flechas


e controlavas com a telecinese, enquanto Will desviava das flechas e tentava se
aproximar de Elena, um feito quase impossível já que ele estava no meio de um
turbilhão de flechas que só aumentava com Elena atirando. " Por que julgamento
não funcionou com aquele cara" Elena pensou em no dia do ataque do grande
lobo.

— Elena! Você quase me acertou! — William falou criando uma parede de gelo
parando toda as flechas.

— Desculpa. — Ela sussurrou ainda com a mente em outro lugar. — O bom


que se eu quase te acertei significa que precisa melhorar sua agilidade.

— No que você está pensando? Em todos os seus treinos parece que você ta
viajando. — William falou se aproximando de Elena.

— Na última missão, a flecha da julgamento não funcionou. — Elena falou


olhando para o próprio arco — Ela deveria ter queimado a alma dele.

— Julgamento destrói a mente todos aqueles que tem algo que pesa em seu
coração. Ele era apenas um louco que não se importa com os outros. — William falou
tocando no ombro dela.

~1~
— Vamos voltar ao seu treino. — Elena falou. — E pare de apenas pensar que
agilidade, força e resistência é tudo. Você precisa pensar num plano para acabar com
meu turbilhão. Uma...

— Boa estratégia vence o inimigo mais forte que você. — Ele terminou o que
ela começou a falar.

— Sim. Começou! — Elena gritou atirando as flechas

No observatório estava Nixen e Quin. Nixen estava com seu olhar de tigresa
que trazia um ar mortal e belo. Quin olhava para Nix sem entender.

— Por que ela não usa? — Nixen falou.

— O que? Você está estranha Nix. — Falou Quin olhando para baixo.

— Ele disse que podem enlouquecer se utilizar sem treinamento, mas ela é
muito bem treinada. Para controlar muito bem telepatia ela deveria saber usar.

— Talvez seja algo de especial. — Quin tentou tirar sua amiga daquela pensar
pesado.

Nixen tirou aquele olhar e olhou de novo para Quin, Quin odiava vê Nixen
daquela maneira, sempre lembrava ela de quando Nix era uma pessoa em casa e
outra nas missões.

— Deixa para lá. — Nix falou. — Vamos embora.

Nix se afastou da janela junto com Quin e quando iriam sair viram Carl saindo
do elevador correndo parecendo procurar por algo ou alguém.

— Cadê Will e Elena. — Carl perguntou para Nix abafado.

Nix apontou para a janela e Carl saiu correndo, Quin e Nix se olharam sem
entender. Elas olharam para a janela e virão Carl falar e William e Elena se

~1~
prepararem para segui-lo, com caras apavoradas. Os três passaram do lado das
duas, sendo que William parou e segurou a mão de Nix.

— Vou roubar sua amiga por um segundo. — Falou William puxando Nix e
entrando no elevador.

— O que está acontecendo? — Nix perguntou.

— Conor apareceu ferido no avião e parece que está mal.

Quando o elevador abriu os quatro correram ficando atentos para achar o


quarto de Conor. Depois de algum tempo ele acharam o quarto dele, dentro estava a
médica tirando todos os cacos de vidro do corpo de Conor, a cada retirada Conor
dizia "ai" de forma entediado. Ao entrar Elena deu abraço em Conor que deixou ela o
abraçar. William suspirava tranquilo com Nix observando de cima do seu ombro e Carl
respirava mais aliviado.

— Eu só desmaiei Carl. Não precisava preocupar os outros. — Conor falou. —


Elena eu sei que ficou preocupada, mas pode me solta? — Perguntou Conor
passando a mão nas costas de Elena percebendo que ela estava chorando.

— Eu estava preocupada. — Falou Elena com voz de choro. — Rude! — Ela


falou como uma criança.

— Eu sabia que uma hora ou outra você acabaria se machucando nessas


missões perigosas solo. — Falou William mais tranquilo.

— Ele está bem. Porém terá que tomar remédio para não infeccionar as feridas.
— Falou a médica escrevendo no prontuário de Conor. — Amanhã é bem provável
que ele seja liberado.

— Que bom. — Falou Nix sorrindo para William que sorriu de volta para ela.

— Eu vou tomar meu banho. — Falou William já saindo da porta com Elena e
Nix. — Carl cuide dele já que você nos preocupou atoa.

Carl aceitou com a cabeça e começou a conversa com Conor. William estava
feliz que Conor estava bem, mas preocupado, pois Conor nunca tinha se machucado

~1~
tão grave daquele jeito numa missão solo. Seja o que for, era forte e esperto para
conseguir fazer uma estratégia contra Conor.

Enquanto Conor conversava com Carl ele pensou naquela áurea que tinha ao
redor de Keruart. Keruart era um monstro poderoso que qualquer um sentiria medo.

" Vou proteger minha família a qualquer custo" William e Conor pensaram.

~1~
XVI

William estava olhando pela janela do quarto de Jason, brincado de jogo da


velha utilizando geada para marca.
— O tempo acabou William. — Falou Let que estava na porta o olhando.
William olhou para Leticia e depois voltou sua atenção a Jason, Jason parecia
feliz como se nada tivesse acontecido, aquilo deixava Will um pouco mais tranquilo.
William começou a escrever com os poderes, " Eu vou ter que sair, mas eu vou voltar
e vou te tirar logo você daí." E depois ele desenhou uma carinha feliz.
Jason acenou em despedida e William saiu do local como foi solicitado. Ele
subiu até o andar dos quartos e parou na janela, se apoiando na parede olhando o
Sol, suspirando pensando como tudo aquilo poderia estar acontecendo. O Sol estava
lindo, ele queria que Jason pode-se ver aquela tarde.
Em meio a devaneios ele sentiu uma mão tocando seu ombro o fazendo olhar
para ver quem era. Era Nixen, ela estava com um sorriso no rosto. Ela se encostou
na parede logo ao lado de William.
— O que houve Will? — Nix perguntou percebendo a cara seria de William.
— Nada. — Ele falou abrindo um sorriso. — Parece que você estava me
procurando?
— Só queria ver se você estava bem. E agora que eu já vi. — Ela começou a
andar e levantou a mão como aceno. — Eu vou treinar.

William suspirou novamente, Nix ainda estava meio estranha. Mas ele não teve
muito tempo de pensa nisso já que Conor apareceu caminhando no corredor, sua
cara parecia com a de William, pensativo.
— Iae. —Will falou meio desanimado.
— Oi. Parece mal, ta tudo bem? — Conor fala se aproximando de William.
— Fala a verdade não, mas você também não pode falar muito já que também
parece pensativo. — William falou começando a caminhar ao lado de Conor.
— Depois a gente conversa sobre isso. Agora tenho que ir fazer o relatório da
missão.
— Ok. Te vejo na clareira.
**

~1~
Carl estava a digitar numa sala. Ele estava a relendo o último relatório e
corrigindo erros e tentando achar o que foi aquele raio, já que ele abriu as nuvens não
foi algo natural e também logo após Will achou uma abertura.
" Um corte grande feito na vertical na 'parede de músculos' é visível no que
sobrou do corpo do lobisomem." Estava escrito na autópsia do corpo, mas Carl se
lembra que nenhum momento William tinha utilizado suas espadas contra o lobo.
Tinha algo de estranho e ele não conseguia achar o que era. Nem "pelo olho de
Deus", um software que pode ver qualquer coisa que ocorre no mundo se o local tiver
câmera para visualizar. Mas a única coisa que conseguia ver era um clarão.
— Bora coisa misteriosa. Me mostre o que você é. — Falou Carl procurando
em todas as câmeras que conseguiam achar, mas todas só mostravam um clarão e
depois uma onda de chamas e gelo.
Ele ficou tão focado naquilo que não ouviu Elena abrindo a porta e nem
percebeu ela se aproximar, quando ela tocou em seu ombro ele olhou e voltou a tentar
encontrar.
— O que houve? — Ele perguntou calmamente para Elena.
— Vim ver o que você estava fazendo. E pelo que parece ta vendo os relatórios.
— Ela começou a massagear as costas de Carl. — Você precisa ficar um pouco
menos estressado. Pera o que é isso? — Ela falou apontando para uma parte do
monitor.
Num pequeno frame era possível enxergar um portal. Muito diferente dos
outros. Carl começou a passar calmamente para tentar ver se tinha algo mais, porém
nada mais que outro clarão.
Carl se jogou para trás desistindo de tentar desvendar aquela coisa. Elena
abriu um sorriso e começou a massagear as costas dele.
— Realmente eu tenho que parar de me estressar com isso. — Carl falou
olhando para Elena. — Valeu Eli.
— De nada. — Elena falou dando um beijo na testa de Carl. — Bom. Agora
você ta me devendo uma massagem. — Falou Elena dando um tapinha no ombro de
Carl e saindo da sala.
Carl abriu um sorriso e fechou o vídeo. Mesmo ele querendo parar algo dentro
dele dizia que ele precisava saber, então ele saiu da sala em direção ao necrotério.
§
Conor estava tomando um banho no box, com uma fumaça causada pela água
quente, cobrindo as partes inferiores de Conor. Seu corpo era cheio de cicatrizes,
mas a que mais chamava atenção era uma que passava pelo peito e ia até a clavícula,
lembranças de uma das missões mais perigosa que ele fez solo. Dentro do box tinha
um espelho que era na direção do rosto de Conor que era para ele fazer a barba
quando ela crescia.

~1~
Ele se colocou os dois braços para frente se apoiando na parede, ao se olhar
no espelho lembrou das palavras de Keruart, " Ele foi o assassino da minha irmã.
Ela estava desarmada, mesmo assim ele a matou." Para Conor aquilo não faia
sentido, mas ao se olhar fechar os olhos e abrir novamente ele viu a versão dele.
— O que sua família pensara sabendo que você se virou contra eles. — Era
apenas um flash de lembrança daquele dia.
Com raiva Conor socou o espelho, fazendo o chão do box ficar com alguns
cacos de vidro e sangue. Ele saiu do banho e colocou uma cueca e a calça jeans, ele
foi até o quarto e pegou o colar com a foto de família. Ele queria descansa, mas se
lembrou que tinha marcado com William de se verem na clareira.
Ele se levantou e colocou os rolos de corda de aço no pulso, uma camisa de
manga longa que escondia os rolos, e pegou a dogtag, e antes de colocar, ele a
observou. Nome: Conor Fang, sexo: masculino, data de nascimento: 29/03/2047,
código:0125 e nas costas da dogtag estava escrito, classificação: material, poder:
controle a distancia de materiais, rank: SS e letalidade: 10. Ele o colocou e saiu em
direção a clareira.
§
Conor saiu do refeitorio entrando na floresta, parecia que até os animais
estavam quietos. Conor andava comamente e silenciosamente pela floresta até
chegar na clareira onde estava William deitado olhando para o céu, seu rosto estava
pensativo.
— O céu está muito lindo hoje. — Falou Conor se deitando do lado de William.
— Ta parecendo tio Jhon. — William falou olhando para Conor. — Você já
encontrou sua estrela? — Perguntou William olhando para o céu.
— Não, mas se existir talvez tenha uma luz fraca. — Conor falou. — Mas quer
proteger todos ao seu redor.
— Você está com medo da guerra? —Perguntou William
— E você está?
— Eu seria um tolo se não estivesse. É a primeira vez nos meus vinte um anos
que vai acontecer algo desse tipo ou enfrento inimigos com essa força. — O medo de
William significava que ele não conseguiria vencer na visão de Conor.
— Fique tranquilo, vai dar tudo certo. — Conor falou tocando no ombro de
William. — Todos vão sobreviver.
Os dois passaram bastante tempo conversando sobre várias coisas. Fazia
tempo que William não sentia como se tudo estivesse indo de mal a pior. Porém para
Conor sua mente martelava em o que ele poderia fazer. Ele temia a morte de sua
família, mas para não acontecer aquele que lhe deu aquela família teria que morrer.
Eles dois ao perceber que estava ficando tardes eles começaram a voltar para
dentro da Alcateia continuando a conversa.

~1~
— Bom eu acho que eu vou para o meu quarto. — Falou Conor quando
estavam no andar dos quartos.
— Ok. Nós vemos depois. — Falou William indo para o quarto dele.
Em todo o caminho ele pensou nas possibilidades de poder vencer a guerra,
mas era 3 em 100 pelos cálculos de Conor por causa do tamanho do exército dos
Kitsunes e o grande poder de Keruart. Ao chegar no quarto dele ele sabia o que
deveria ser feito.

Uma pequena lembrança


3 anos antes

William estava no quarto de Jhon, sentado numa cadeira virado de frente para
o quarto com Jhon parecendo dar uma aula sobre alguma coisa num quadro negro
que tinha alguns corações.
— E isso que significa o amor. — Falou Jhon guardando o giz.
— Chato. — Falou William com tedio. — Tio, por que seu nome é Jhon e não
John?
— Jhon na língua antiga significava aquele que mostra o caminho ou aquele
que abre um caminho. Por que a pergunta.
— Sempre estranhei ser Jhon em vez de John. — Falou William bocejando
— Voltando a explicação sobre o que é o amor. Para ver se você para de achar
que é algo inútil... — Começou Jhon.
— Tio você fala tanto do amor, mas nunca fala sobre que é seu amor. —
William falou quase caindo de sono. — Quem era Regina?
— Regina era minha falecida esposa. — Jhon falou sério. — Ela morreu numa
missão dando a vida dela para salvar a minha.
— Ah. Desculpa. — William falou se odiando por força Jhon a se lembrar disso.

~1~
— Tudo bem. Eu sinto muita falta dela, mas eu sei que vamos nos reencontrar.
— Jhon falou olhando para janela que dava a visão do mar e as estelas. — Eu não o
dia, nem a hora, mas nós iremos nos reencontrar nos jardins do Éden.

~1~
XVII
Conor esperou até ficar mais tarde. No meio da madrugada ele pegou o
computador e desligou todas com um aviso de que seria para atualizar a criptografia
para dificultar os hackers. Ele sabia que depois teria que passar a madrugada
atualizando. Ele pensava em todas as possibilidades, o que faria se Jhon revidasse
ou como fazer a cena do crime para parecer que foi um Kitsune.
Mas algo que ele duvidava era e se eles ganharem a guerra, mas sempre terá
mortes na guerra, então não podia deixar sua família morrer. Ele saiu do quarto indo
em direção ao de Jhon, entrando sorrateiramente.
Jhon estava escrevendo no computador com as luzes desligadas.
— Eu sabia que você teria que fazer uma escolha difícil, mas nem mesmo eu
pensaria que seria essa escolha. — Jhon falou parando de digitar e virando em
direção a Conor.
Conor tremia, seu corpo hesitava. Não. Não era o corpo, mas sim Conor que
realmente não queria. Eles podiam ganhar a guerra? Sem ninguém que ele ama
morrer? Só essa dúvida que fazia ele lembrar de como Keruart sem nem utar
demonstrou um grande poder.
— Eu me lembro quando você era pequeno. Não tinha amigo algum. Sempre
via você ficar encolhido em algum canto chorando. — Conor viu que no peito de Jhon
estava a joia. — Eu fui a primeira pessoa que você conversou e ficou super feliz com
isso. E pouco a pouco nossa família cresceu. Não foi?
Lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Conor.
— Eu acho que um pai não deveria ter favoritismo, mas eu sempre preferir
você, pois, você sempre pareceu um pouco com Regina. Sempre querendo proteger
aqueles que você chama de família. — Jhon falou se levantando.
Jhon afastou a mão de Conor que estava com a lâmina e o abraçou. "Por que
eu to fazendo isso" um lado de Conor perguntava, " Proteja a sua família, custe o que
custar." O outro lado dizia.
— Eu te amo meu filho. Não importa o caminho que você siga, eu sempre terei
orgulho de você. Proteja os outros. — Falou Jhon enfincando a lâmina de Conor em
seu peito. — Eu te agradeço Conor. Eu agora posso rever Regina.
Jhon caiu para o lado soltando os braços de Conor. Conor tinha que ser rápido
para montar a cena e voltar para seu quarto para criar a criptografia.
§
William acordou com alguém batendo em sua porta desesperado. William
pulou da cama e foi ver o que era abrindo a porta. Era Conor, com uma cara de
tristeza.

~1~
— Jhon... — Foi a única coisa que Conor falou e William começou a correr
junto com Conor para o quarto de Jhon.
No quarto estava várias pessoas coletando evidencias, com marcações de com
números em vários pontos do chão e um saco preto. Elena estava olhando a porta,
quando ela percebeu que Will apareceu se aproximou dele dando um abraço. William
devolveu o abraço ao perceber que Elena também precisava.
— Saiam todos e deixem que eu e meus irmão procuraremos as informações.
Só por favor levem o corpo. — Falou William com seus olhos vermelhos, vermelhos
iguais à do lobo.
Parecia que todos ali estavam sendo controlados e saíram do quarto levando
o corpo. William, Conor, Carl e Elena entraram no quarto tomando cuidado para não
mexer muito na cena do crime.
William olhava todo o quarto vendo todas as provas. Parecia que tinha rolado
uma luta, a mesa tinha sido quebrada como que alguém tivesse sido jogado nela, no
chão tinha poeira como se Jhon tentasse desintegra o inimigo só que foi utilizada uma
cadeira como escudo, pois uma das cadeiras tinha sumido. Tinha um rastro de
sangue que ia até a janela, o assassino tinha pulado a janela, pensava Will.
— Quem conseguiria matar o tio Jhon? — Perguntou Elena ao ver o
computador estando em stand-by. O computador estava abeto num relatório de
missão.
— Será que tem um agente duplo na Alcateia? — Perguntou Conor
— Impossível pode sera...Talvez o Keruat. — Falou Carl tentando entrar nas
câmeras, mas sem sucesso.
— Pelo que entendi. Eles lutaram, parece que em meio a luta o assassino foi
jogado na mesa, e quando iria morrer pelo ataque de Jhon, ele usou a cadeira como
defesa e atacou Jhon quando estava desprevenido. Assim isso explica o sangue indo
até a janela e a poeira. Parece que foi na madrugada pelo sangue já está seco.
— Eu vou matar esse assassino. — William falava com a voz sem demostrar
emoção. — Elena e eu vamos procurar informações aqui no quarto e vocês dois vão
ir para a sala de câmeras para ver se encontram o assassino. — William falou e de
imediato os três pareciam sendo controlados, mas permanecendo parados. —
Entenderam?!
Elena, Carl e Conor se ajoelharam como se fosse para um rei, eles não
estavam respirando, seus corpos não estavam seguindo suas ordens. William
começou a sentir uma dor de cabeça forte e quase caiu para o lado, e os outros
começaram a voltar a respirar. Eles se levantaram sem entender o que tinha acabado
de acontecer.
— Ok. Vem Carl. — Falou Conor indo em direção a porta. — Elena fique de
olho nele. Por favor. — Sussurrou Conor para Elena.

~1~
William continuava a procurar informações, Elena se preocupava se tudo aquilo
era a última gota'd água.
§
Carl e Conor estavam numa sala com várias telas e alguns computadores.
Conor estava de consta para Carl que estava entrando nas câmeras passando pela
criptografia que Carl acho bem fraca comparada ao que ele criava.
— Mas que bela hora que eles tiveram de atualizar a segurança. — Falou Carl
ao perceber que as câmeras tinham sido desligadas praticamente a madrugada
inteira. — E nem pra ser uma atualização boa so foi uma complementação ao anterior
e mesmo assim é muito fraca.
— Da próxima você que vai fazer. — Conor falou com raiva da segurança. —
Carl, você também ta preocupado com Will.
— Ele já passou por coisa pior, mas sim. Com Jason estando piorando, ele
está se achando um fardo e depois do que aconteceu de Nix quase morrer junto a
ele. Isso vai mudar tudo. — Carl falou se virando para Conor. — Conor. Me fale a
verdade.
— Sim. — Conor virou para Carl que estava com uma cara séria.
— Você mataria tio Jhon? — Carl perguntou. — Eu sei que ele era como um
pai para você, mas Jhon inúmeras vezes disse que você faria de tudo para nós
proteger. E para impedir a guerra eu acho que um acordo seria a melhor forma de
nós proteger.
— Nunca faria isso. Mas e como você sabe que isso seria a melhor forma?
— Logica. — Carl voltou para os computadores. — Vamos voltar ao trabalho
para ver se conseguimos informações.
Parecia que um dos irmãos dele já estava contra ele.

~1~
XVIII
Keruart estava no galpão com poucos sacos com comida, ele colocava comida
em caixas e outros Kitsunes pegavam as caixas e passavam por portais. Keruart
sabia que não era muito e nem o suficiente para todos os cidadãos da ilha, mas se
ele podia ajudar mesmo que um pouco ele faria.
Por espanto dele apareceu Conor, mas dessa vez seus olhos pareciam vazios.
Keruart fez um gesto para um Kitsune que tomou seu trabalho enquanto Keruart foi
em direção ao Conor.
— Pelo que vejo. Já foi feito. — Keruart sabia que vingança não trazia nada de
volta, mas mesmo assim ele sentiu como se tirasse um dos poucos pesos que tinha
em seu coração. — Eu sinto muito. — Keruart falava a verdade, de alguma forma ele
se arrependia de ter pedido aquilo, mas ao mesmo tempo que gostou.
— Não fale mentiras. — Falou Conor sem emoção em sua voz e jogando a
joia. — Espero que cumpra a sua parte do acordo.
— Não se preocupe. Sempre cumpro com minha palavra. Eu sinto muito
mesmo.
— Se sente mesmo traga ele de volta. Ah é você não consegue. — Conor falou
furioso por sentir aquelas mentiras. — Se você sente não deveria ter me mandado.
— Conor começou a dar as costas. — Eu só quero proteger minha família.
— E eu quero proteger os meus filhos, a minha nação. — Keruart falou fazendo
Conor parar. — Inúmeros dos meus, crianças e adultos estão morrendo de fome
definhando nas ruas. Eu não posso simplesmente só ficar observando.
— Até onde você iria para salvar essas vidas? — Conor falou olhando para o
chão. — Mataria uma nação inteira pela sua? Mataria crianças, mulheres e homens
somente para salvar a sua?
O silencio foi a única resposta que veio de Keruart.
— Foi o que eu pensei. Nem mesmo um rei faria isso, ele procuraria outro meio.
Você não é um rei. — Conor olhou por cima do ombro. — Você é um assassino.
— Eu tentei, mas vocês não me ouviram. Então tive que fazer de outra forma.
— Keruart falou puxando o ombro de Conor. — Conor saiba que se precisa você tem
um espaço nos Hunter, precisamos de pessoas como você.
— Já trai minha família uma vez, não a farei de novo.
Conor se soltou e foi embora e Keruart voltou para ajudar os Kitsunes. Keruart
não entendia, era um sentimento ruim e doía, Keruart pensava se aquilo era o
sentimento de culpa. Mas já estava ali e não podia recuar mais.

~1~
§
Conor estava junto com sua família no cemitério junto com toda a Alcateia. Eles
estavam fazendo uma cerimônia para o Tio Jhon, o tumulo dele estava ao lado da de
Regina. Conor olhava para o céu e diferente dos livros e filmes que ele já tinha visto,
não estava chovendo. Fazia um lindo sol com o céu sem nuvens.
Elena chorava no ombro de Carl, William estava com seu rosto sem demonstrar
emoção, como se não tivesse alma ali. O Pai estava com a mão em cima da lapide
de Jhon.
— É irmão, eu que pensei que eu morreria primeiro, mas você fez questão de
ir na minha frente para abrir caminho. — A voz do pai parecia normal, diferente dos
outros ele não demonstrava estar triste. — Eu vou cuidar dos seus filhos. Pode
descansa em paz.
Depois que todos se alinharam aconteceu uma salva de tiros de vinte e um
tiros. Muitos voltaram para dentro das instalações menos Elena, Carl, Conor e
William.
— Conor fique de olho em Will. Nós dois vamos entrar. — Falou Carl.
Conor acenou com a cabeça e foi se aproximar de William. Conor não sabia o
que disser para chamar sua atenção, diferente das outras vezes que alguém da
Alcateia morreu, quem morreu era alguém de muita importância para ambos.
Dos olhos de Will começou a escorrer lagrimas. Conor o abraçou forte e depois
se afastou.
— Vamos entrar. — Conor falou olhando nos olhos de Will.
— Eu vou vingar tio Jhon. Vou vinga-lo mesmo que seja a última coisa que eu
faça.
— Nós iremos vinga-lo. — Falou Conor fazendo William olhar para ele. — Se
lembra? Passamos pelo inferno juntos e vamos construir um mundo melhor juntos. —
Conor falou otimista. — Sempre estaremos juntos. — Conor falou mais sério.
A cada palavra que ele falou foi como sentir ele mesmo se esfaquear, a cada
segundo que ele ficava olhando os olhos de William era uma tortura. Estar ali na frente
do tumulo de Jhon era sentir um canhão pronto para atirar em seu peito.
Ele odiava aquele trabalho, mas era necessário para proteger quem ele chama
de família.
§
William estava sentado em sua cama olhando a foto dele com Jhon e Conor.
Ele conseguia ouvir as palavras ditas na hora da foto. " Eu sempre vou sentir orgulho
de vocês. Eu quero poder ver o mundo que vocês podem criar.". Até mesmo os dois
cachorros estavam quietos próximo do dono como se tentasse ajudar de alguma
forma.

~1~
Lagrimas começaram, mas eram lagrimas de raiva.
— Eu juro pelo meu sangue que irei te vingar tio.

~1~
Uma pequena lembrança
Dois anos antes

Conor estava junto Jhon observando as estrelas, ele nunca entendeu o porquê
daquela mania de Jhon, mas realmente era uma coisa legal. O céu a noite sempre
era mais lindo na ilha da Alcateia.
— Tio, saberia me disser a história das três armas, a dor, paz e julgamento?
— Conor perguntou tentando se lembrar. — Por que uma delas está na mão de Elena
e as outras duas estão sendo como troféus na sala do Pai?
— Isso é uma história bem interessante. — Jhon falou olhando para Conor.
Então ele começou a contar.
" A muito tempo atrás um rei humano pedia a um ferreiro lobo para criar as três
melhores armas que conseguia, um arco e duas espadas. Esse ferreiro era conhecido
por fazer armas dos melhores materiais e sempre colocava magia nelas. A primeira
foi a dor, a dor foi feita do material mais raro atualmente, do vidro de lobo, ela é tão
afiada que só de balançar ela pode cortar a pele da pessoa que estava em um ponto
seguro. Ela tinha a magia chamado pecado da dor, essa magia faz com que seus
cortes nunca se curem até o portador da arma quiser, isso era para fazer com que as
pessoas repensassem se queriam morrer ou desistir da luta para não trazer mais dor
as pessoas. Mas ela só podia ser por carrega-la se o portador teve uma vida traçado
por dor, se não o peso da espada era tanta que matava aquele que tentasse segura-
la."
" A segunda foi a paz, feita de um material único de cor escura e muito
resistente chamado de Curt em homenagem ao ferreiro. Ela não era tão afiada quanto
sua irmã dor, mas ela nunca perdia o fio da lâmina, ela era usada apenas para trazer
paz ao inimigo derrotado nunca para causar ferimentos. Ela tinha o pecado chamado
de 'la muerte' por ter sido encontrada num templo no México, essa magia fazia com
que quando o portador matasse uma pessoa com um golpe único, o inimigo revivia
toda sua vida mostrando seus erros e acertos e depois deixava ele descansar em
paz, mas ela só podia ser usada para matar com um golpe único senão a própria
lâmina entrava na sua mente e te forçava a fazer um haraquiri, fazendo você ver todas
as mortes que o portador causou. A lâmina que escolhia seu portador, mas dizem que
se a pessoa sempre quiser criar a paz e tem um coração bom, a lâmina o escolhia."
" E por fim julgamento, a última arma. Ela foi criada da madeira de uma árvore
de cerejeira e reforçado por magia. Ela tinha o pecado do julgamento, toda flecha que
ela disparar e acerte alguém e esse alguém tem algum remorso ou uma culpa muito
grande em seu peito a arma queimava de dentro para fora esse alguém. Ela não tem
algo que não possa ser feito. Também disse que é a arma que escolhe o portador e

~1~
nunca disseram se tinha uma regra. O ferreiro fez as três armas, mas o rei não
apareceu e estava chegando uma guerra. O ferreiro tinha três filhos um homem, o
mais velho, uma menina, a do meio, e um outro menino, o mais jovem."
" O ferreiro deu a dor para o mais velho já que ele tinha uma vida mais sofrida
que os demais, pois ele viu sua mãe morrer e ele iria para a guerra. Nunca mais o
mais velho voltou para casa, sendo considerado morto. O mais novo ganhou a paz,
já que ele ao saber que o irmão morreu ele queria criar um mundo onde ninguém
morreria, não se sabe o que aconteceu com ele ao certo, dizem que ele perdeu a
arma em uma luta ou ele morreu ao usar errado a arma. E por fim a menina, ela
recebeu a julgamento, que também não tem registros sobre ela."
— Essa é a história. — Jhon falou por fim.
— Então imagino qualquer um de nós da Alcateia pode porta a dor. — Falou
Conor brincando.
— Eu acho que William teria mais sorte em porta-la. — Jhon falou olhando de
volta ao céus.

~1~
XIX

William estava na sala de treino atacando e desviando o robô com uma fúria
que era perceptível por qualquer um. " Mais forte. Mais rápido. Mais, mais, mais."
William pensava com raiva querendo ser mais rápido e mais forte que Keruart. Ele
atacava sem deixar o robô se aproximar, no fim ele atacou em arco de baixo para
cima, criando parede de espinhos de gelo que travava o movimento do robô e fazia
uma curva no final.
Nix observava no observatório querendo o ajudar, mas não sabia se seria a
melhor coisa para ele naquele momento.
— Computador mais dois robôs, rank SS, nível alfa. — William falou
recuperando o fôlego.
— Nível mais alto, rank SS, nível alfa. — O computador respondeu.
Do teto caiu dois outros robôs e o que estava preso explodiu a parede de gelo.
Os três foram para cima de William, atacando de várias formas e direções. William
inicialmente conseguiu desviar dos ataques e até contra-atacar, mas após um chute
do robô, William foi jogado para trás e fazendo-o perde o pouco fôlego que tinha em
seu pulmão.
Depois outro deu um gancho e o terceiro o jogou no chão batendo na sua
cabeça com as duas mãos unidas e fechadas. Nixen ao ver aquela cena começou a
corre para entrar na sala, mas ates de entrar William desviou do robô que pulou em
seu corpo com uma espada de madeira.
— Vocês iram morrer! — William trovejou com seus olhos azul e vermelho.
William mostrou os dentes e os trincou. Quando os robôs demonstraram que
iriam avançar, William abriu a boca criando uma parede de chamas fortes, a própria
parede incomodava um pouco Will, mas ele a mantinha. Os robôs continuavam a
avançar, com mais lentidões, mas ainda avançavam.
Nix não gostava de ver Will se esforçando além do que ele precisava, mas seu
corpo não se movia.
Um dos robôs conseguiu chegar até William e começou a se mover para lhe
dar um soco no estômago. William ao perceber o robô, ele se jogou para o lado assim
desviando do ataque, mas caindo na sua direção estava outro robô. William desviou
se jogando para o lado novamente e depois liberou chamas pela mão e dessa vez ele
não teve medo que colocar toda sua força naquela chama que transformou o robô em
um liquido prateado, mas aquelas chamas tinham causado queimadura de primeiro
grau na palma da sua mão.
Os outros dois robôs se moveram rapidamente para cima de William, o
forçando a pular deixando os dois robôs se chocarem. Ao cair no chão, ele tentou

~1~
recuperar um pouco de fôlego, mas parecia que os robôs não iriam dar descanso.
Então ele enfincou a espada de madeira no chão.
— Eu! Disse! Que iriam morrer! — William transformou o chão inteiro em um
chão de gelo escorregadio, fazendo com que os robôs que corriam em sua direção
caírem.
Ao ver que os robôs caíram, ele girou de leve a espada criando espinhos de
gelo que perfuraram de todos os lados os robôs. Cansado ele quase caia se não
tivesse se apoiado na sua espada.
— Computador mais quatro robôs. — William falou tentando se apoiar mais
firme em suas próprias pernas.
Nix não aquentou mais ver aquilo e entrou na sala.
— Player dois entrou em jogo. — Falou o computador.
— Nix? — William falou observando-a se aproximar dele tentando o ajudar a
se levantar. — Eu super gosto da sua presença, mas eu quero treinar. —Falou William
recusando a ajuda de Nix. — Preciso ficar mais forte para derrotar Keruart e cumprir
com minha promessa.
— Nem sempre a força te faz ganhar. — Nix falou irritada. — Você já está
extremamente cansado.
— Se quer me ajudar, saia do meu caminho! — Gritou Will.
Nix ao ouvir aquilo seu rosto se transformou de preocupação para raiva. "
Como você pode ser tão cabeça dura?" Nix pensou.
— Tá, eu vou treinar com você agora. — " Se eu não posso te parar por bem,
terei que fazer por mal." Ela falou e pensou entrando em uma pose de luta. — Força
não é tudo. Eu queria te mostrar esse truque de outra maneira.
William tentou se apoiar e retirou a espada do chão destruindo o chão de gelo.
Ele foi para cima dela com menos força do que ele conseguia, pois, mesmo que ele
quisesse treinar, ele não queria a machucar. Mas antes mesmo de William conseguir
se aproximar.
— Primeiro portão, segundo mandamento. Mandamento da caça. — Nix falou
colocando a mão na direção de Will.
Do chão brotaram corretem que na ponta tinham facas que perfuraram os
tornozelos de William e os dois pulsos, depois começou a circular pelo corpo de
William, travando todos os seus movimentos e até atrapalhando a sua respiração
circulando o seu pescoço.
Nix começou a se aproximar com uma adaga de madeira e tocou no peito de
William, abrindo um sorriso e depois beijando sua bochecha. Aquele pequeno gesto
fez com que Will sentisse que a dor em seu peito se amenizasse. William achava
impressionante o que ela conseguia fazer com ele, era como em um quarto totalmente
ela fosse um pequeno furo na parede que fazia a luz do Sol entrar.

~1~
Até mesmo a irritação dele tinha diminuído, mas não sumido.
— Desisto. — Falou William abrindo um sorriso.
— Eu sei que tudo que está acontecendo é um fardo muito pesado, mas se
lembre que você tem pessoas que podem lhe ajudar a carrega-lo. — Nix falou
soltando-o e segurando ele para não cair. — Bom, agora você vai descansar o corpo
e praticar a mente. — Nix falou o soltando e colocando ele no chão.
Ela curou os ferimentos grandes, consumindo um pouco da sua energia.
Depois ela se levantou.
— Agora vou lhe ensinar a usar algumas magias. — Ela falou abrindo um
sorriso que William adorava ver.
Nix percebendo o sorriso de William respondia sua pergunta, ela poderia ser
aquilo que ele não queria, mas era o que ele realmente precisava.
§
O Pai olhava para as espadas, dor e paz. Ele não entendia como até hoje ele
não encontrou alguém que conseguisse empunha-las. Maryn observava sentada na
mesa com as pernas cruzadas tocando no tablet.
— Armas tão lindas, mas presas como leões enjaulados. — Ela falou
colocando o tablet em cima da mesa.
— Você quis dizer lobos enjaulados. — O Pai abriu um sorriso. — Nunca
encontrei portadores para essas armas. Parece que elas não querem mais ninguém
que não seja seus antigos donos. — O Pai tocou no vidro se relembrando do seu
passado. — Eu até tentei segurar a paz, se não fosse Jhon eu teria morrido.
— Falando nisso. Por que não chorou no enterro do seu irmão. — Perguntou
Maryn fazendo-o sorrir.
— Jhon odiava ver alguém que ele chamava de família chorar. Então eu queria
pelo menos deixá-lo descansar sabendo que eu não iria chorar. Ele abriu caminhos
para muitos e aponto o caminho certo a outros, então, aquilo era uma homenagem a
ele.
— Simon? Você não precisa agir assim.
— Eu só queria que ele conseguisse encontrar seu caminho em paz. — O pai
falou indo em direção a mesa.
Ele podia ter falhado inúmeras vezes quando mais novo, mas agora ele queria
pelo menos acerta com seu irmão no fim. Ele faria de tudo para proteger os seus
filhos.
§
Elena estava num escritório procurando sobre o que tinha sobre Keruart, para
conseguirem criar uma estratégia para derrota-lo, mas não tinham muito só a força,

~1~
velocidade, resistência e o uso de fogo diferente. Parecia que nenhum relatório que
eles tinham iam muito além disso.
Carl entrou na sala e foi para perto dela. Elena conseguiu perceber que ele
tinha entrado e o abraçou quando ele chegou perto, ela não demonstrava nada
naquele abraço. Ela se afastou com um sorriso forçado no rosto e voltou a ler.
O silencio incomodava Carl, mas ele percebia que para Elena aquilo era o que
ela precisava. Elena começou a sentir dor de cabeça ao ficar com o poder ativado por
muito tempo.
— Pode desativar. Eu sei bem que fica com ele ativado a todo tempo. — Ele
falou a ver ela mexer em círculos a testa.
— Obrigada Carl. — Ela falou e percebeu que ele não sabia se era por deixar
ela ficar descansando ou por estar próximo. — Obrigada. Por tudo.
— Eu ficaria ao seu lado até o fim do mundo. — Falou Carl. — Você acha que
William ainda vai nós impressionar resistindo a tudo isso?
— Eu espero que sim, pois, eu não saberia o que fazer. — Falou Elena parando
de ler e olhando nos olhos de Carl.
Carl começou a massagear as costas de Elena e ficando ao lado dela. Ele
sempre ficaria ao lado dela.

~1~
XX
William acordou e se levantou lentamente. Ele abriu um sorriso lembrando do
dia passado, Nix ensinando sobre a magia e com um sorriso que aquecia seu coração.
Ele saiu da cama e foi tomar um banho, seu braço tinha direito ainda tinha a
marca na pele causada pela queimadura de quarto grau. Seu corpo tinha poucas
cicatrizes, mas as que tinham eram grandes tomando boa parte da pele,
principalmente nas costas.
Depois do banho ele saiu do banheiro tirando a água do cabelo com a toalha,
vestindo uma calça jeans preta. Ele olhou pelo quarto, os cachorros estavam
deitados, mas seus olhos pararam na foto de tio Jhon e a família. Ele colocou a foto
para baixo, querendo se manter focado em algo que não fosse raiva.
— Will? Está acordado? — A voz era de Nixen, e ela batia algumas vezes na
porta.
William abriu a porta permitindo-a entrar e voltou para dentro para pegar uma
camisa, Nix entrou com o rosto um pouco vermelha e com os cachorros lhe dando
boas-vindas.
— Dormiu bem? —Falou Nix se sentando na cama e passando a mão nos
cachorros.
— Sim. Mas poderia ser melhor. — William falou colocando a camisa e abrindo
um sorriso malicioso.
— Como poderia ser melhor? — Nix perguntou ironicamente com o rosto mais
vermelho do que quando entrou no quarto. — Mas agora falando sério. — Nix alterou
seu tom de voz para um sério. — Temos uma missão. De rank: B, mas é uma missão.
— Qual seria? — Perguntou William sentando ao lado dela e colocando o
coturno. — Sabe alguma informação?
— Não, mas tinha um homem com as pernas algemadas e os braços também.
Parece uma escolta. — Nix falou jogando uma bolinha para Ellion.
— Então deveria ser um rank: A ou até S.
— Parece que ele não é tão importante. — Falou Nix observando Nico deitar
em seu colo querendo seu carinho.
— Bom, foi mais informação que normalmente Elena me passa. — William
falou se levantando. — Vou preparar as armas.
— Mas... — Ela foi interrompida com Nico lambendo seu rosto. — Mas você só
precisa do portal para pega-las.
— Só vou pegar as facas e as pistolas.
~1~
William colocou a jaqueta e colocou as facas nos pontos que ele sempre coloca
e colocou as duas pistolas no coldre na lateral do tórax. Depois de ele se arrumar eles
foram para o elevador e foram até a sala do Pai, na sala estava o Pai atrás da mesa
e Maryn sentada em cima da mesa observando um homem que estava com as pernas
algemadas e os braços também, o homem tinha a pele escura, de olhos castanhos,
era careca e estava vestido como um preso.
Com William e Nix se aproximando da sala apareceu Elena e Carl pelo
elevador.
— Eles que iram me levar? Não seria melhor alguém mais experiente me levar?
Como Jhon. — O homem falou abrindo um sorriso ao perceber William fechar o punho
ao ouvir o nome de Jhon.
— Vocês vão levar esse homem até a Índia. — Falou Maryn. — Ele é um
assassino conhecido lá e o governante pediu para levarem ele vivo para ter um
julgamento.
— Só para dizer ao povo que foi de forma justa. Mas eu sei que de qualquer
jeito ele vai me executar. — Falou o homem virando o olho.
— O nome dele é Apu, Apu hastade. — Falou o Pai. — Ele é um tagarela,
então se quiserem fazer alguma coisa para ele calar a boca, podem fazer, mas levem
ele vivo até o tribunal.
— Isso não deveria ser uma missão para outros? — Will pergunta.
— Sim, mas eu confio mais em vocês para fazê-lo. — Falou o Pai.
Elena se aproximou de Apu e empurrou ele para ir até o elevador.
— Oi gatinha, ou melhor, lobinha. — Ele falou abrindo um sorriso para Elena.
William já tinha se irritado com o homem e se aproximou dele.
— Elena deixa ele comigo. — William falou segurando forte o pescoço de Apu.
— Sem gracinhas com minha irmã, ou qualquer coisa que você pense em fazer para
tentar fugir.
— Então o chefe deles é você? — William não entendeu se ele perguntou ou
afirmou, mas ele pouco se importou e começou a andar segurando Apu pelo pescoço.
Em toda descida do elevador Apu não calava a boca, passando dos assuntos
mais idiotas e até provocações, Will sabia que era uma tática para eles se irritarem e
o matarem ou ele conseguir fugir no meio da emoção, ele podia parecer um idiota,
mas na verdade tinha alguma inteligência.
— Ah! Eu acho que você pode me dar a informação que eu quero. Onde está
Jhon, numa missão ou em baixo de sete palmos? — Perguntou Apu.
William pensou em como manter sua calma, mas aquilo foi a gota d'água.
William pegou pelo pescoço e o colocou na parede com a lâmina na mão, que ele
tinha tirado da cintura tão rápido que Apu se perguntava de onde veio a lâmina.

~1~
— Se você tocar nesse nome com essa sua boca suja de novo, eu não terei
medo de te torturar até chegar no tribunal. E eu acho que ou você cala a boca ou eu
vou calar sua boca com suas bolas. — William falou com raiva e com seus caninos a
mostra.
Ao terminar William se afastou dele e deixou Nix ficar guiando o homem.
— É. Sabia que você me daria a resposta. — Ao ver Nix próxima dele ele falou.
— Iae raposinha? Você é...
— Eu não abriria minha boca se eu fosse você. — Nix falou colocando a espada
perto do rosto de Apu. — Vamos. — Ela falou fazendo um pequeno corte na bochecha
dele e o puxando para o avião.
Todos entraram no avião, Elena do lado de Carl e William e Nix no fundo
observando o assassino.
— Cinco horas de viagem. — Falou Carl acelerando o avião.
Apu continuava a falar sem parar, mas dessa vez parecia que ele queria ser
ainda mais chato. William tentava se manter calmo com a ajudar de Nix. Longas horas
se passaram com eles tendo que suporta a chatice do homem.
— Me fala uma coisa. Você era o que de Jhon? — Perguntou Apu abrindo um
sorriso.
William iria se levantar, mas Nixen colocou a mão na frente fazendo ele pensar
melhor.
— Não lhe interessa. E cala a boca. — William respondeu olhando na direção
de Nixen.
— Fazem um belo casal.
Não demorou muito para chegarem na Índia, mas parecia que levou um ano
com a chatice do assassino. Ao aterrissarem eles começaram a andar pela cidade
levando o assassino com eles até a casa do governante. Com Carl na frente abrindo
caminho, Nix atrás para cuidar das costas, Elena atrás do assassino para ficar de olho
nele e William ficou na frente para afastar o povo deles.
— Como Jhon morreu? Eu acredito que foi de uma forma estupida. — Apu
falou sabendo que aquilo irritaria Will. — Ele era um fraco de coração mole.
— Vou te mata aqui e agora. — William pegou tirando do portal as duas
espadas.
William foi para cima tentando fazer um corte no pescoço, mas Apu usou as
algemas para se defender, fazendo se soltar da algema. Ele deu um peteleco no ar e
quebrou a algema das pernas e começou a correr para longe deles entrando numa
viela. William começou a correr atrás dele deixando os outros para trás, Apu usava a
propulsão que ele com as ondas de ventos que ele criava com os pés para subir na
parede e pular de uma para a outra para subir.

~1~
William criou chamas nas mãos e os pés para seguir Apu, mas quando chegou
em cima do prédio Apu estava esperando com a mão pronta para dar um peteleco.
— Valeu por me ajudar a fugir, agora tchau. — Ele falou jogando William para
longe.
William se bateu contra a parede deu um prédio e caiu na viela, Elena estava
vindo rapidamente para ir atrás de Apu, ela deu um pulo e conseguiu chegar no topo
do prédio usando seus poderes e atirou uma flecha. Apu viu a flecha e desviou para
o lado se jogando na rua. Elena desceu na rua, mas tinha uma multidão, seria
impossível ela controlar a telepatia ali e encontrar o assassino.
— Droga! — Ela sussurrou para se mesma.
Ela voltou para a viela e estava Nix ajudando Will se levantar e Carl indo na
direção dela com um olhar preocupado. Eles tinham falhado na missão por causa que
William ainda não estava pronto para uma missão.
— Desculpa Elena. — Falou William se aproximando dela.
— Tudo bem. Ainda não estamos prontos para uma missão. — Elena falou
passando a mão no cabelo de William.
" O que deu em mim?" William se perguntava. Todos foram de volta para o
avião, Elena já ligava para a Alcateia para pedir uma equipe de busca e dizer o
relatório da missão. Entre 2012 missões essa foi a terceira missão que Elena, Carl e
William falharam, o gosto amargo na boca era a pior sensação que eles três sentiam
naquele momento.
§
— Eu sabia que ele não estava pronto. Eu sou uma idiota. — Falava Elena
digitando no computador no escritório. — Você que pediu aquela missão.
Ela escrevia o relatório com raiva. "Idiota, Idiota!" Pensava Elena. Ela não sabia
o que fazer, parecia que tudo estava acontecendo tão rápido que nem ela conseguia
acompanhar direito.
Elena achava que era hora de eles feriarem um pouco e conserta o que estava
quebrado. Ela terminou de digitar e se levantou da cadeira, ela queria chorar, mas
tinha que se manter forte, não por ela, mas por todos ao seu redor que também
estavam quebrados por dentro. Ela abriu um sorriso e saiu da sala.
§
Conor estava numa fábrica em meio a pessoas mortas, com parte do corpo
decepadas, ou com inúmeros portes no corpo. Seus olhos estavam sem emoção, ele
só queria matar para ver se conseguia tirar aquele sentimento.
— Para que você os matou? — Falou um homem bem vestido, com um terno
branco, mas estava cheio de cortes. — Por que está nos atacando?

~1~
Conor foi para perto de uma pia que estava em uma parede, ele começou a
lavar suas mãos tirando todo o sangue, mas aos olhos dele era impossível tirar aquele
sangue.
— Vocês são da máfia. Preciso de mais algum motivo, além de querer matar?
— Falou Conor sem sentimento em sua voz. — Agora é hora de você me diverti. —
Conor falou dobrando o mindinho
O homem começou a gritar de dor. Na verdade, Conor ele só queria sentir
algum sentimento diferente da dor que ele sentia em seu peito. Essa era a resposta
certa.

~1~
XXI
Nix passou no quarto de William, ela bateu algumas vezes na porta e a abriu,
ela só viu os dois cachorros deitados, ela saiu e foi em direção a sala de treino, mas
também não o encontrou. Nix estava andando pela Alcateia procurando William já
que ele não estava nos lugares óbvios que possivelmente ele estaria e ela estava
preocupada com aquele fracasso na missão.
— Eu estou bem! — Nix ouviu a voz de William gritar no outro corredor.
— Você está afetado emocionalmente! Eu e Carl vamos na missão de buscar
o Apu, você fique aqui para conseguir se equilibrar. — Elena falou contra William.
— Will, você sabe que sua irmã está certa. Se você ir vai ser como ter uma
bomba relógio nas mãos, já que ele sabe sua fraqueza. — Carl tentou tranquilizar
William
Nix chegou e viu Elena e Carl entrando no elevador, William fechava suas
mãos com raiva, aquilo fazia lembrar de uma época que Nix estava no mesmo estado
de William.
Quando William percebeu a presença de Nixen, ele foi para o seu quarto e Nix
o acompanhou. Antes dela entrar William fechou a porta com raiva, fazendo o barulho
da porta bater ecoa no local, ele não queria demonstrar a emoção de raiva e tristeza
que ele segurava em seu peito.
— William? — Ela falou calmamente batendo na porta. — William, vou entrar.
Ela abriu a porta e viu ele dando carinho nos cachorros na ponta da cama, os
cães saíram de perto dele indo em direção de Nix. William tentava esconder seu rosto,
para Nix não conseguir ver que ele não estava controlando mais os poderes, seus
olhos estavam de cor azul e vermelho.
Ela entendeu que ele queria ficar sozinho, ela deu um pouco de carinho nos
cachorros e sentou na cama, um pouco afastada dele.
— Eu já perdi inúmeras pessoas, alguns importantes, outras que hoje são
irrelevantes. — Ela começou a falar deixando os cachorros irem até seu dono. —
Perdi até aquele que eu chamava de pai.
William olhou por cima do ombro deixando ela ver seus olhos, ela sentia que
queria sair, mas ela abriu um sorriso e começou a contar.
" Quando eu era bem pequena minha família foram assassinados por uma
aldeia rival e eu fui feita de escrava para a aldeia, tive que fazer tudo que eles
mandavam para poder ter algo para comer a cada sete dias e algo para beber em
cada três dias. Era uma tortura, pois mesmo quando eu estava fraca era forçada a
fazer os trabalhos senão era chicoteada ou pendurada em uma cruz. Mas de toda a
vila uma mulher sempre tentava me ajudar"
" Meu tempo de escravidão durou por muito tempo, tanto que nem me lembro
quando que realmente parou. Só me lembro que a aldeia foi atacada, eu vi a mulher

~1~
que me acolheu morrer na minha frente e novamente fui feita de escrava por outra
aldeia, mas era diferente, eu fui usada como uma gladiadora. Eu não tinha medo da
morte naquele tempo, eu até preferia morrer, mas um homem, Shun, ele me ensinou
como lutar, como viver e o porquê deu viver."
" Anos se passaram e eu fui sendo reconhecida pelas minhas habilidades de
luta, meu título era suicida, já que eu não pensava na possibilidade de morrer, assim
eu tinha coragem de fazer coisas que ninguém tinha coragem de fazer. Eu fui indo de
cidade a cidade juntamente com Shun lutando contra os melhores gladiadores, mas
nenhum era capaz de nós vencer. Eu o reconhecia como meu mestre e meu melhor
amigo. Um dia fomos até o reino do Norte, pois, nós lutaríamos para os pais da rainha
Maryn, eu iria lutar contra um homem que era conhecido por todos como um ser
invencível."
" Mas antes da minha luta teria uma luta de abertura, era de Shun contra aquele
que eu iria lutar. Mas aquilo não foi uma luta e sim um massacre, meu mestre não foi
capaz de feri-lo. Eu fiquei extremamente irritada e quando chegou a hora de lutar eu
quase fui derrotada por não conseguir pensar e somente agir, o que me salvou foi um
general que parou nossa luta e colocou como empate."
" Pela primeira vez eu perdi, não só perdi a luta, mas perdi a última coisa que
eu tinha como família. Quando iria voltar para minha cidade o general impediu e dizia
que queria me comprar por um preço que até eu questionava se realmente valia tudo
aquilo. É logico que o meu dono aceitou, e fui para a casa do general, ele não me
tratou como uma escrava ou um soldado, mas sim como uma criança que ele tinha
que cuidar."
" Ele me deu uma casa, comida, água, e uma cama para descansa. Passaram
dias eu questionando as atitudes do general, até que depois dele me ensinar bons
modos, ele começou a me treinar para lutar, ele ficava admirado como eu conseguia
entender rápido o que ele falava. Aos poucos eu fui passando a gostar dele, não como
alguém apaixonada, mas como um amor parental que eu tive poucos momentos. Ele
aos poucos virou meu pai e também meu mestre."
" Depois de anos seno educada e treinada, até eu chegar numa idade mais
madura, eu fui colocada no exército por pedido do meu pai. Eu fui com determinação,
participei de várias missões e várias conversas diplomáticas, rapidinho conseguir
entrar como um membro raso dos treze. Meu pai ficou super orgulhoso, já que ele era
o líder dos treze."
" Dentro deles, eu fui sendo cada vez reconhecida, mas não por causa do meu
título de gladiadora, suicida, mas sim pelo meu título entre os treze, a chama. Eu
ganhei um motivo para viver, era proteger aquilo que eu chamava de lar e aquilo que
era minha única família. Mais anos se passaram, para ser exata 600 anos se
passaram e eu me tornei a sub general dos treze. Fui colocada nas piores missões
possíveis, nas mais perigosas e mais complicadas, um verdadeiro teste para minha
mente.
" Nessa época a rainha Maryn entrou no poder e virou minha melhor amiga,
parecia que minha vida só estava a melhorar, mas sempre que houver uma grande

~1~
subia também terá uma grande queda. Eu fui convocada a uma missão feita ao lado
do meu pai, era para ver se os lobos estavam entrando na nossa dimensão para fazer
ações ruins ou até iniciar uma guerra. Eu e meu pai fomos cercados por vários lobos."
" Eu e meu pai conseguimos derrotar alguns, mas um lobo de máscara branca
com runas vermelhas, igual à que você usou naquele dia, matou meu pai e quase me
matou. Foi o mais perto da morte que eu cheguei, eu até pensei que eu já estava
morta."
" Mas fui salva por uma família humilde, eles me contaram que encontraram
meu pai, mas...mas era tarde demais para tenta salva-lo. De novo eu estava sozinha,
sem família. Eu fui promovida a líder das treze, mas não sentia alegria naquilo,
comecei a fazer missões atrás de missões, apenas para tentar esquecer da dor. Anos
e anos com apenas sentindo um sentimento bom quando eu estava lutando, depois
de tantas missões eu conseguir criar um período de paz no país do Norte."
" Sem lutas, sem missões, eu sentia a dor pior que antes. O pouco do
sentimento que poderia ser igual a uma luta era quando eu fumava. Eu fumava
inúmeros cigarros por dia apenas para sentir que estava constantemente em uma
luta. Eu me isolava das pessoas, apenas saia quando eu tinha que ir até a rainha por
pedido dela. Aos poucos eu me sentia que eu era uma inútil naquele momento."
" Mas Maryn sempre que me chamava tentava mudar meu pensamento. Algum
dia, eu não me lembro quando foi, eu aceitei aquela dor, aceitei que era melhor os
meus serviços estarem sendo inútil agora do que super necessários. Mas fumar tinha
virado uma coisa automática."
" Anos se passaram e eu comecei a treinar melhor as treze, Maryn dizia que
eu tinha perdido o meu sorriso quando eu era mais jovem e tinha me tornado uma
pedra de gelo, o que eu digo que ela estava certa. Eu tinha me tornado totalmente
diferente."
— Depois de algum tempo a rainha me chamou, ela pediu para acompanha-la
em uma conversa diplomática. E acabei lhe encontrando, você foi o primeiro lobo que
foi amigável comigo. Aquele que fazia meu coração acelerar, me trazendo um
sentimento bom. — Nix falava sem perceber que dos seus olhos caiam lagrimas. —
Eu soube que você passou por muita coisa em tão pouco tempo, mas mesmo assim
lutava para ciar um mundo melhor. Mesmo com o mundo tentando te derrubar você
se levantava para continuar a lutar. Então Will, por que não me impres...impressiona
mais uma vez? Contr...Controle a sua emoção, aceite essa dor, segu...segura-la só
piora. — Nix falava soluçando.
William já estava a chorar, aquelas palavras era um ultimato. Ele pulou dando
um abraço nela, ele estava aceitando aquela dor. Nix sentia William aperta forte,
sentia toda a dor que ela acumulava em seu peito.
Mais uma vez ele a impressionou.
§

~1~
Elena estava na cabine do piloto junto a Carl, ela pensava em como poderia
estar William depois do que Carl e ela tinha falado, aos poucos o avião ia se
aproximando de uma cachoeira e entrou para dentro do pátio de aviões. Encostado
na parede ao lado do elevador estava William esperando por eles.
Quando o avião pousou, Elena e Carl saíram indo em direção a William.
— William está bem? — Elena falou a se aproximar.
A resposta foi um abraço apertado, ao sentir aquele abraço Elena sentiu seu
coração apertado, mas ao mesmo tempo aliviado. Carl ao ver aquela cena abriu um
sorriso, pois aquilo mostrava que William estava pronto para tentar se reconstruir.
— Estou muito bem. — William sussurrou no ouvido de Elena. — Como foi a
missão? — William falou se afastando abrindo um sorriso.
— Bom, a gente o prendeu... — Carl falou entrando no elevador junto a eles.

~1~
XXII
3 dias depois
Alguns dias se passaram depois de William deixar de tentar guarda tudo
somente para se e ele já mostrava um pouco menos triste do que antes, isso fazia
Nix um pouco menos despreocupada com relação a isso. Eles dois estavam na sala
de treino com William com aparência cansada e Nixen sentada no chão o observando.
— Primeiro portão! — Gritou William indicando o robô.
Um feixe de luz e pura energia saiu da ponta do seu dedo dele indo em direção
ao robô, que teve seu peito perfurado e deixando marcas de destruição ao redor
causado pelo poder criado por William.
— Parece que você está melhorando muito rápido para alguém que parecia
não ter nenhum vínculo com a magia. — Falou Nix se levantando. — Mas precisa ter
foco, seu poder está indo muito espalhado e isso está te consumindo muita energia
— Falou Nix demonstrando, somente levantando o dedo, sem precisar pronunciar o
encantamento.
Do dedo dela saiu um feixe de luz com energia pura, mas era mais fino que o
criado por William, mas criando um buraco maior do que Will tinha criado no peito do
robô. Will sabia que ela conseguiria demonstrar feitos melhor que ele, pois ela usava
e convivia diariamente com a magia, mas aquilo... aquilo era incrível e ele queria
chegar até aquele nível.
— Se lembra da primeira aula? Quanto maior o número do portão significa mais
energia que é drenada para usar nele. — Nix falou se virando para William. — Quanto
mais você treinar e ter foco, mais você poderá reduzir ou descartar o encantamento
e menos energia você gastara, além de mais forte ficara.
— Eu acho que chega de aula por hoje. — Ele falou se jogando na parede e
sentando no chão.
William queria treinar, mas sabia quando seu corpo estava no limite. Nix estava
alegre em ver William como ele era antigamente, ela se sentou ao lado dele.
— Como está Jason? — Ela não queria perguntar isso, mas saiu no
automático.
— Ele parece estar bem, mesmo que não esteja regredindo o aumento de
sangue de prata no corpo dele. — Falou William dobrando o joelho direito e apoiando
o seu braço em cima dele.
— Podemos visita-lo? — Nix perguntou apoiando sua cabeça no ombro dele.
— Eu queria poder me apresentar a ele e conhecer seu amigo.
— Claro que podemos. — Mesmo com William sabendo que a regra era que
somente ele podia entrar para visitar Jason, ele não ligava para a regra. — Quer ir
agora?

~1~
Nix se afastou e balançou a cabeça em afirmação, eles dois se levantaram e
foram até o elevador. Era a primeira vez que Nix tinha ido até o orfanato, pois ela não
tinha permissão de ir para aquela área. Ao se aproximarem da porta que dava para
as áreas de isolamento, eles foram parados por um guarda.
— Somente o senhor William pode entrar. — Falou o guarda, parecia ser um
novato, não tinha uma postura rígida e muito menos firmeza em sua voz. William se
perguntava a idade do garoto, que ele chutou uns 16.
— Eu estou com ele. — Nixen falou.
— Somente William poderá entrar senhorita. — Falou novamente o guarda que
foi jogado na parede por William.
— Você não ouviu? Ela está comigo. — William falou abrindo um sorriso que
podia ver seus caninos.
— Senhor, mas... — O guarda tentou contesta, mas ao ver os dentes de William
ele engoliu em seco. Para William tinha ficado visível que era apenas um novato. —
Podem entrar.
William soltou o guarda e entrou com Nix, eles foram até a sala de Jason que
estava sentado na cama desenhando em seu caderno. William abriu um sorriso ao
ver Jason e começou a acenar para ele que foi retribuído.
— " Iae pequeno, viemos te ver." — William escreveu usando o poder de gelo
e o dedo como um lápis. Depois de Jason conseguir ler o gelo rapidamente virava
água.
— " Oi Will. Quem é ela?" — Jason escreveu rapidamente e mostrando o
caderno.
— Pode usar meu dedo para escrever no vidro. — Falou William dando a mão
para Nix.
— " Sou Nix, amiga de William." — Nix escreveu usando o dedo de William.
— " Finalmente conseguiu uma namorada." — Jason escreveu e mostrou o
caderno mais na direção de William do que na de Nix, mas ela conseguiu ver e
começou a rir.
— " Ei! " — William escreveu rapidamente fazendo Jason rir.
— " Bom... até que eu queria ser." — Nix escreveu soltando gelo da própria
mão e escondendo de Will, fazendo Jason ficar surpreso.
— O que você escreveu? — William perguntou curioso.
— Nada. — Falou Nix tentando esconder o rosto que estava corado.
— " Posso te fazer algumas perguntas Nix?" — Perguntou Jason.
— " Claro!" — Escreveu Nix animada.
— " Qual seu nome completo?" — Perguntou Jason.

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— " Nixen Aldebaram" — Respondeu Nix.
— Pera, o Aldebram é da sua família de sangue o do general? — Perguntou
William se lembrando da história de vida de Nix.
— É do general.
— " Sobre o que estão falando? " — Perguntou Jason com o rosto em dúvida,
que rapidamente foi respondido com um aceno de negativo com a cabeça. — " Já se
beijaram? "
— Já. — William que respondeu com o rosto meio vermelho.
Depois de um monte de pergunta que para Nix parecia mais um interrogatório
do que algumas pequenas perguntas, tendo no meio algumas constrangedoras para
Nix e algumas sendo respostas que constrangeram Jason. William estava feliz em ver
que Jason tinha mais alguém para conversa além dele.
Eles conversaram por bastante tempo, até brincaram de jogo da velha e
xadrez. Mas a alegria de Will tinha que ser interrompida por Leticia, que entrou com
dois guardas com rifles na mão, foi possível reconhecer que um dos guardas era o
que estava na porta anteriormente por causa da sua postura e a tremedeira na mão,
William se questionava se era por medo ou por saber do que ele era capaz de fazer
se irritado.
— Eu já disse que Jason não deve ter visitas além da de William. — Let falou
para o guarda que tinha deixado William e Nixen entrarem.
— Não grite com o garoto, ele ainda é um novato, como você Leticia. — O
nome de Let foi cuspido da boca de William como se ele cuspisse ácido ou algo que
trazia sua boca ter um gosto terrível. — Eu vim ver Jason e pensei em trazer uma
amiga. Não posso?
— É logico que não. Você melhor que qualquer um deveria entender. — Leticia
estava irritada e parecia que estava preste deixar de resistir de dar um tapa na cara
de William.
Nix escrevia ainda para Jason brincadeiras, mas Jason parecia mais tenso
pelos guardas e William parecer está discutindo com Let.
— " O que está acontecendo Nix?" — Perguntou Jason meio preocupado.
— " A gente está saindo Jason, mas fique tranquilo que nós vamos voltar." —
William escreveu no vidro abrindo um sorriso para Jason. — Agora saia do meu
caminho. — Falou William diretamente para os que se colocaram na frente de Leticia
para impedir o avanço de William.
Depois de William olhar nos olhos de Let, que era possível ver que estava com
raiva das atitudes de William, que era compreensível, já que Jason estava num
momento crítico e que nem ela sabia o que fazer, mas William não podia deixar Jason
definhar até morrer sozinho em um quarto.

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Os guardas deixaram um caminho pela lateral para poder passar, mas antes
de sair Leticia segurou o braço de Will, os olhos dos dois se encontraram novamente,
mas dessa vez... dessa vez não tinha aquele olhar de raiva ou totalmente sério, mas
sim um olhar de preocupação e de alguém que não tem saída.
— Eu sei que não deveria dizer isso, mas... mas eu não vejo você sem essa
informação. Os números do sangue de prata de Jason estão subindo rápido e não
encontrei uma cura, nem algo para atrasar. Pelos meus cálculos ele tem cinco anos.
— Let falava olhando para o chão, ela não tinha mais a coragem de olhar nos olhos
de William depois de saber que ela errou nos cálculos. — Desculpe, desculpe. Eu não
consigo salva-lo a tempo. — Ela sussurrava mais para se mesma que para falava, ela
nem percebeu que sua voz tinha diminuído de volume.
— Você errou os cálculos uma vez, talvez esteja errada de novo. — William
falava olhando para ela, mesmo que não parecesse, ele estava tentando amenizar
aquela sensação de fracassada no coração de Let.
William saia da sala junto a Nix deixando a doutora e os guardas para trás.
Mesmo que aquilo que ele tinha falado poderia ser entendido para o bem, também
poderia ser entendida de outra forma. Eles estavam ficando sem tempo, Jason
precisava mais do que nunca que eles encontrassem a cura.
Em toda a subida Nix percebia que William parecia pensativo e ao chegar no
andar dos dormitórios ela saiu do elevador.
— Não vai ir para o quarto? — Perguntou Nix.
— Eu preciso falar com o Pai, para resolver uma coisa. — Respondeu William
apertando o botão para o andar da sala do Pai.
William já imaginava que não poderia pedir para aumentar a intensidade da
pesquisa e muito menos pedir para que toda o laboratório focalize em pesquisar sobre
a cura, mas então o que ele poderia pedir ou fazer, ele não sabia. E agora pela
primeira vez ele teria que pedir conselho com o Pai.
O chegar no andar ele conseguiu ver Elena na sala do Pai, parecia pronta para
ir em uma missão. Ela estava indo em missões com Carl deixando William fora delas
para ele poder deixar ele se curar da dor.
—... Se quiser pode chamar William, mesmo que eu acredite que seja melhor
da mais um tempo para ele. — Falou o Pai.
— Acredito o mesmo que o senhor. — Respondeu Elena.
— Então eu devo discorda. — Falou William entrando
— William!? — Maryn se assustou ao perceber que William estava entrando.
— Eu vim aqui pedi um conselho, mas pelo que vejo terei que mudar o meu
pedido. — Falou William. — Permita-me ir nessa missão Pai. — William falou se
colocando numa base militar, com a mão nas costas e a outra em seu peito.
— Você não... — O Pai começou a falar.

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— Você não está pronto Will. — Interrompeu Elena.
— Eu sinto que estou. — Falou William.
— Sua irmã está certa, você não... — Tentou novamente falar o Pai.
— Simon, deixe o garoto ir. Você já foi em muitas missões no mesmo estado
dele, só saberemos se ele está pronto se ele ir em uma missão. — Interrompeu Maryn.
— Mas senhora... — Elena começou a tentar falar algo contra que Maryn não
deu importância e manteve seus olhos no Simon
O Pai olhou para Maryn que estava com um rosto sério, mesmo que ele não
gostasse da ideia, ela estava certa, só saberiam se Will estava pronto se ele fosse
em uma missão. Simon suspirou.
— Ok. Você poderá ir nessa missão. — Falou por fim o Pai. — A missão é uma
missão rank S, consiste em ir até uma das bases de suprimento de Keruart, pelo que
parece é uma base importante com várias armas. Dou carta branca para vocês. —
Os olhos de William ficaram impressionados.
— Tomem cuidado. Pelas informações ele não aparece muito lá, mas é uma
possibilidade dele aparecer. Se isso acontecer não lutem, tentem ao máximo evitar
um confronto. — Falou Maryn. Então a curiosidade de William teve sua resposta. O
Motivo era Keruart.
— Ok. Vamos Elena, temos que chamar Carl e Nix. — Falou William indo para
o elevador.
Eles dois saíram da sala indo em direção ao elevador, Elena foi em busca de
Carl e William foi em busca de Nix. Pelas janelas no caminho ele já sabia que estava
perto de ser umas oito da noite, não demorou muito para William chegar até o quarto
de Nix, ele bateu duas vezes na porta, mas nenhuma resposta.
— Nix sou eu. William. — Ele falou batendo na porta novamente, mas
novamente não escutou nada. — Estou entrando. — William falou abrindo a porta.
— Espera! — Ela gritou, mas foi tarde demais. — Ok. Da próxima não entre
antes de eu deixar. — Ela falou irritada deixando-o entrar. — Missão?
— Sim. — Ao ouvir a resposta de William ela pegou algumas roupas no armário
e foi ao banheiro. — É uma missão rank S. Temos que atacar uma base de
suprimentos do Keruart.
— Parece divertido, mas você está pronto para ir numa missão dessas? —
Nixen gritou do banheiro. — Eu sei que diferente da outra não tem um tagarela, mas
está pronto para uma batalha?
— Nunca saberemos se eu não participar de uma, não é?
Nix saiu do banheiro com seu traje, uma calça couro preta e uma camisa de
manga longa preta, ela saiu tirando seu cabelo de trás da camisa. William estava
encantado com Nix.

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— Bom que você está determinado. — Ela falou abrindo o armário tirando uma
jaqueta. — Ela tirou duas jaquetas do armário, uma preta e outra azul marinho. —
Qual devo vestir?
— A preta. — William não entendia a diferença entre as duas porem respondeu
para ela não demora de se vistir. — Bom, eu te encontro no porta aviões. Já que eu
tenho que me arrumar também.
William saiu do quarto indo em direção ao seu. Ao abrir a porta ele encontrou
Nico pronto para começar a uivar e Ellion de baixo da cama como se tentasse fugir
do barulho que o husky iria começar a produzir.
A alegria do cachorro foi muito grande, pelando em William e correndo ao redor
do quarto e de Ellion foi o suficiente dele começar a pular pelo quarto junto a Nico.
— Parecem que estavam com saudades. Prometo que iremos caminhar
amanhã ao redor da ilha para compensar esses dias de confusões. — William falou
colocando a ração e a água.
Os dois cachorros não deram muita atenção ao dono já que eles começaram
a brincar entre se, então aproveitando William foi ao banheiro tomar seu banho. Ele
saiu do banheiro apenas com sua calça de coura e colocou uma camisa preta
juntamente a um casaco preto, além do coturno. Ele pegou suas armas de costume,
colocando nos lugares de fácil acesso. E colocou sua dogtag.
Ao termina de se arrumar ele foi ao elevador e foi até a área dos aviões
encontrando os outros lá. Carl estava vestido parecido com William, tirando o relógio
no braço de Carl que não funcionava, Elena estava vestida com uma calça de couro
preta, coturno preto, uma camisa de manga longa preta e uma jaqueta sem manga,
obviamente era para a jaqueta não atrapalhar na puxada das flechas.
— Vamos? — Perguntou Carl.
— Podemos ir. — Respondeu William entrando no avião junto ao outros.
— Tempo de viajem três horas, direção Canadá. — Falou Elena sentando no
banco do copiloto.
A viajem se passou bem quieto já que Nix e William começaram a ler o livro
que Nix tinha trazido e a único barulho da viajem era o estômago de Elena suplicando
por comida. A viajem não demorou muito e quando eles estavam próximos de chegar
no espaço aéreo do Canadá William se levantou.
— Carl vamos repassar a missão e criar um plano. — Falou William apertando
um botão para a mesa aparecer.
— Ok. — Carl respondeu apertando um botão para deixar o avião em piloto
automático
— A missão pegar todo suprimento deles e destruir o local, temos carta branca.
Algum plano? — William perguntou.

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— A área é grande e não temos muita informação. — Elena falou olhando o
holograma.
— Todos os suprimentos devem estar aqui. — Carl falou apontando para um
quarto grande com uma única entrada e uma única saída, além de que o corredor que
levava ao quarto era um pequeno e longo.
— Se eu fosse a líder do grupo deles eu colocaria franco atiradores aqui. —
Ela apontou para uma parte alta do prédio. — Outro aqui. — Ela apontou para outro
canto na mesma altura. — Mais um aqui e outro aqui. — Ela apontou rapidamente
para dois lugares criando uma cruz na parte de cima do prédio.
— Como não temos muita informação, temos que diminuir o risco que teremos
em batalha. — Falou William pensativo. — Carl e Elena fica fora da batalha, como a
área tem muitos pontos que Elena consegue nos cobrir, quero que vocês dois fiquem
em cima dos prédios ao redor.
— Mas por que eu fora? — Perguntou Carl.
— Você ficara a defender ela para deixar Elena concentrada em proteger a
gente. E aproveita para você ser nossos olhos e ouvidos entrando nas câmeras. —
William falou abrindo o holograma para ter um raio de todos os prédios ao redor do
que eles iriam atacar. — Eu e Nix vamos juntos entrar escondidos e vamos encontrar.
— Ok. — Os três falaram em conjuntos.
Para Carl aquela formação não era das melhores, pois era melhor ele estar
com William e Nix para cobrirem uma área maior, mas ele não questionou para ver
se William já estava pronto para voltar para as missões e também conversa com Elena
sobre isso.
William aproveitou para ver se suas armas estavam bem posicionadas e
prontas para qualquer luta.
§
William e Nix estavam num beco atrás do prédio prontos para entrar pela
pequena janela que estava um pouco mais alta que a porta.
— Estamos prontos. Já conseguiu uma boa vista e entrar no servidor? — Falou
Nix se aproximando da janela.
**
Elena e Carl estavam em cima de um prédio perto deles, Elena estava com a
flecha pronta em seu arco e observando todo o prédio que parecia ser de uma grande
empresa, tendo todas as paredes feitas de vidro, dando uma boa vista dos guardas
lá dentro, enquanto Carl estava perto da porta que dava terraço que eles estavam,
ele estava com um notebook e vários HDs , além de algumas antenas.
— Pelos meus cálculos tem de 50 á 45 homens bem armados. — Elena falou
terminando de contar todas as pessoas que estavam dentro do prédio. — E tem 10
funcionários que estão fingindo fazer o trabalho deles no térreo. Tirando os quatro

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atiradores do terraço. — Elena falou saindo da mente de uma mulher que estava no
térreo.
— Acabei de entrar no servidor, Elena tem razão, tem 50 homens no prédio.
— Falou Carl olhando câmera por câmera. — Tomem cuidado que as câmeras não
estão colocadas estrategicamente, então tem lugares que eu não consigo ver.
**
— Ok. — Respondeu William entrando junto a Nix no prédio.
Para um local que estão escondendo armas e suprimentos era um ótimo lugar
para esconder, pois poucas pessoas imaginariam que esconderia armas em um
prédio empresarial.
William e Nixen caíram em um quarto que tinha várias vassouras e itens de
limpeza. Era a sala de limpeza, era bastante fechada tendo apenas uma porta e
aquela janela que eles vieram. William sacou suas duas espadas do portal
dimensional, dessa vez sem precisar do encantamento, e Nix pegou sua espada do
portal.
Eles saíram da sala cuidadosamente, e mataram um guarda que estava no
caminho impedindo que eles passassem. Eles foram em sala em sala procurando os
suprimentos e as armas com o foco de continuar indo para o sub solo, para a sala
que Carl tinha apontado. Eles já tinham visto uma boa parte do local seguindo as
orientações que Carl mandava pelo rádio.
— Todos os atiradores do terraço, quatro vítimas no total. — Elena falou pelo
rádio, sua voz era fria e rígida.
— Cinco vítimas até agora para a gente. — Falou com a voz baixa William
matando outro guarda furtivamente.
— Pelas plantas do local, vocês vão encontrar daqui a pouco seguindo esse
corredor. —Comunicou Carl.
William e Nix seguiram a instrução de Carl e seguiram o corredor.
**
Em cima do prédio perto Carl estava com o notebook dividido em duas telas,
uma mostrava a câmera que ele atualmente observava, que mostrava a garagem, a
outra mostrava uma planta do térreo. Elena se mantinha grudada na ponta do
parapeito com suas mãos presas em uma posição como pedras, sua respiração
estava lenta, seu corpo se mexia tão pouco que poderia ser considerada uma estátua.
— Você acha que William está pronto pra volta à ativa? — Perguntou Carl
mutando os microfones deles dois.
— Não sei. Ele... ele parece que está, mas isso não é uma prova de fogo real.
Mesmo sendo uma missão rank S. — Falou Elena sem tirar sua concentração do
outro prédio, atirando novamente e matando outro inimigo. — Quinta vítima, décimo
andar.

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William descia as escadas na frente, ele deu uma parada para guarda a espada
da mão esquerda na bainha em suas costas e sacou a pistola de dentro do casaco,
Nixen descia olhando o caminho que eles viam com a outra pistola que William já
tinha dado a ela e sua espadas em mão, mesmo que ela não tinha tanto conhecimento
da armas que portava em suas mãos, ela sabia como tira a trava e atirar com ela.
Eles desceram dois lances de escadas passando pela garagem e depois indo
para um local que tinha uma porta na direita e na esquerda, e um grande corredor
que levava a sala que Carl tinha falado.
— Daqui para frente eu não tenho como saber muito do que aconteça. Eu só
serei um guia. — Carl falou pelo rádio. — Tomem cuidado que parece que tem algum
alarme.
— Ok. — Falaram em conjunto William e Nix.
Eles foram até a porta, William guardou a espada e abriu lentamente a porta,
era uma sala escura que tinha um cofre no canto da sala, William entrou junto com
Nix, ambos estranhando como aquele lugar não tinha ninguém para defender de
algum invasor.
Eles se aproximaram do cofre, era grande do tamanho de uma estante de livro.
William levantou a mão e começou a aquecer o aço, deixando a tampa do cofre numa
cor amarela brilhante depois ele congelou o a tampa fazendo ela trincar.
— Você disse que temos carta branca, mas por que vocês nunca usavam tudo?
— Bom, nunca usei todo meu poder até agora, quase todos os rank S nunca
usaram. Existe apenas um protocolo que eu sigo fielmente. — William olhou a
fechadora do cofre.
— E daquela vez do grande lobo?
— Ali realmente quebrei o protocolo, mas era vida ou morte. — William
percebeu que tinha quebrado o mecanismo de fechadura.
Ele abriu o cofre, mas estava vazio. Era uma armadilha, Nix se virou
rapidamente quando começou a ouvir passos rápidos e pesados parecendo de
soldados.
— Nos cercaram. — William gritou no rádio e pulando para um dos lados da
porta.
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Elena ao ouvir William gritar isso, ela viu os guardas começarem a correrem
juntos para descer até William e Nix. Ela não tinha muito tempo para pensar.
— Carl vem. — Elena gritou pegando uma das flechas e prendendo uma corda
nela.
— William estamos indo. — Carl respondeu William.

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Elena atirou em um dos andares mais baixos para ajudar a eles chegarem lá.
Ela colocou o arco em cima da corda e desceu de tirolesa junto a Carl. Eles entraram
com tudo no prédio quebrando o vidro.
Os guardas ao verem eles começaram a tirar em Elena e Carl, e Elena fazia
as palas curvarem utilizando o seu poder para não a acertar e atirava com as flechas
mantendo a sua velocidade de corrida para chegar em William, enquanto Carl
defendia suas costas criando escudo e atirando com sua pistola.
A eles tinham que ser rápidos.
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Os guardas estavam bem armados e com muitas munições, eles não paravam
de atirar, quando tinham que recarregar um grupo recuava e um outro grupo com a
mesma quantidade de pessoas iam para frente para atirar. A porta já estava aberta
cheio de buracos de tiros.
" Merda! Até quando vão atirar? " Pensava William com raiva sem conseguir
achar uma abertura para conseguir parar aquela chuva de tiros. Ele criou uma parede
de gelo na porta, mas rapidamente foi quebrada com a chuva de balas que os guardas
continuavam a disparar.
— Ativem os robôs.

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