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Acórdão Nº126.84
Acórdão Nº126.84
A foi despedido, por alegada justa causa, pela entidade patronal da empresa onde
trabalhava
Intentou uma ação no Tribunal do Trabalho de Matosinhos alegando que, sendo
delegado sindical, o seu despedimento só poderia ter tido lugar por meio de ação
judicial, nos termos da Lei nº 68/79
Requereu, por isso, a declaração de nulidade do despedimento, com as necessárias
consequências legais
Recorrente
Alega que não existe qualquer violação do princípio da igualdade, pois a solução específica da
Lei nº68/79 em relação ao despedimento de trabalhadores que desempenhem cargos sindicais
(ou equiparados) justifica-se plenamente pelo maior risco em que se encontram de, por
motivo das suas funções, virem a ser objeto de discriminação ou perseguição patronal.
Trata-se de prever um regime diferente para situações claramente diferentes, de modo a
evitar descriminações que, com um tratamento jurídico igual, inevitavelmente ocorreriam.
A proteção especial contra despedimentos conferida pela Lei nº 68/79 aos trabalhadores
titulares de cargos sindicais (ou equiparados) não viola o princípio da igualdade.
Seguramente não é contrária ao espírito e à letra da Constituição da República.
Trata-se de conferir uma proteção acrescida contra despedimentos arbitrários, ou injustos,
àqueles trabalhadores que, pelos cargos de dirigentes sindicais (ou equiparados) que
desempenham, incorram em risco acrescido.
Trata-se de dar uma solução específica a uma situação particular.
A solução legislativa:
Decisão
TC considera que norma do artigo 1º da Lei nº68/79 não é inconstitucional.