Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Prezados tutores,
Alertem os alunos de que o texto em uso é Álgebra Linear II-3a edição, Volumes 1 e 2.
O texto de edições anteriores deve ser corrigido, conforme os arquivos Errata-ALII-V1.pdf e
Errata-ALII-V2.pdf, que estão na pasta dos EP’s mas não recomendamos. A melhor alternativa é
estudar no texto da 3a edição, cujas figuras estão corretas.
A Pasta Cadernos Didáticos já contém as Aulas 01 a 32 3a edição. Estará na plataforma na
Sala de Aula, semanalmente, o texto 3a edição de Álgebra Linear II nos arquivos Algebra Linear-
V1(revisto).pdf e Algebra Linear-V2(revisto).pdf.
Atenciosamente,
Silas Fantin
Coordenador de Álgebra Linear II
( )
Exercı́cio 1: Seja T : R2 −→ R2 um operador ortogonal tal que T (1, 0) = √1 , √3
10 10
.
(a) Quais os possı́veis valores de T (0, 1)? Quantos operadores ortogonais T há?
Solução:
(a) Um operador é ortogonal se, e somente se, leva uma base ortonormal em uma base ortonormal. A
base canônica α = {(1, 0), (0, 1)} é uma base ortonormal do R2 .
Seja T (0, 1) = (a, b). Então,
⟨( ) ⟩
(i) T (1, 0) ⊥ T (1, 0) ⇐⇒ √1 , √3
10 10
, (a, b) = 0 ⇐⇒ √a10 + √3b10 = 0 ⇐⇒ a = −3b e
(ii) ∥T (0, 1)∥2 = 1 ⇐⇒ a2 + b2 = 1 ⇐⇒ 9b2 + b2 = 1 ⇐⇒ b2 = ⇐⇒ b = √110 ou b = − √110 .
1
) (10
Portanto, há dois valores possı́veis para T (0, 1) com T (1, 0) = √110 , √310 .
( )
Caso 1: T (0, 1) = − √310 , √110 , .
[ 1 ]
√ − √3
Nesse caso, a matriz de T na base canônica é [T ] = √310 10
√1
.
( ) 10 10
Caso 2: T (0, 1) = √310 , − √110 , .
1
[ ]
√1 √3
Nesse caso, a matriz de T na base canônica é [T ] = 10 10 .
√3
10
− √110
(b) Olhando para a matriz que representa cada um dos operadores ortogonais na base canônica (base
ortonormal) obtidos no item anterior, vemos que apenas a matriz do Caso 2 é simétrica. Logo, apenas
o operador ortogonal do Caso 2 é também autoadjunto.
( )
Exercı́cio 2: Seja T : R3 −→ R3 um operador linear tal que T (1, 0, 0) = √1 , √1 , 0
2 2
e T (0, 0, 1) =
(0, 0, 1). Determine T (0, 1, 0), sabendo que T é autoadjunto e ortogonal.
Solução: Primeiramente, a base canônica do R3 α = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} é uma base ortonor-
mal. O operador T é autoadjunto se, e somente se, sua matiz com respeito a qualquer base ortonormal
é simétrica.
Seja T (0, 1, 0) = (a, b, c). Então, a matriz [T ], que representa T na base α é
1
√ a 0
2
[T ] = √12 b 0 .
0 c 1
Por outro lado, T é ortogonal se, e somente se, T leva bases ortonormais em bases ortonormais.
Devemos verificar se há valores para b de modo que as colunas de [T ] sejam ortogonais e unitárias.
A primeira e a terceira colunas são ortogonais e unitárias.
A segunda coluna é ortogonal à terceira coluna para qualquer valor de b, pois √12 · 0+ b · 0+ 0 · 1 = 0.
A segunda coluna é unitária ⇐⇒ 1
2 + b2 + 0 = 1 ⇐⇒ b2 = 2 ⇐⇒ b = 2 ou b = − 2 .
1 √1 √1
⇐⇒ 1
2 +√b = 0
2√
⇐⇒ b = − 22 = − √12 .
1
√ √1 0
2 2
Portanto, o único valor possı́vel é b = − √12 e [T ] = √1
2
− √12 0 .
0 0 1
Exercı́cio 3:
2
(d) Seja T : R3 −→ R3 um operador autoadjunto com polinômio caracterı́stico p(x) = (x + 2)2 (x − 2)
e tal que E(λ = 2) = [(1, −1, 0)]. Dê uma base ortogonal do R3 formada por autovetores de T .
(e) Seja T : R4 −→ R4 um operador autoadjunto tal que p(x) = (x + 2)2 (x − 2)(x − 3) é o seu
polinômio caracterı́stico. Explique como é possı́vel construir uma base ortogonal do R4 formada
por autovetores de T .
(i) existe uma base ortonormal, portanto ortogonal, formada por autovetores de T ;
(ii) autovetores associados a autovalores distintos são ortogonais;
(iii) a multiplicidade geométrica de cada autovalor λ0 (a dimensão de E(λ0 )) é igual à sua multi-
plicidade algébrica, pois T é diagonalizável.
∑ ∑
(iv) grau(p(λ)) = dim(Rn ) = n = (multiplicidade algébrica) = (multiplicidade geométrica).
| {z } | {z }
vale em qualquer T T é diagonalizável
3
(c) Pelo item(iv), grau(p(λ)) = 2 e como 2 e 3 são os autovalores de T , segue que o polinômio
caracterı́stico é p(x) = (x − 2)(x − 3).
De (iii) temos que dim(E(λ = 2)) = 1 e dim(E(λ = 3)) = 1, logo são retas no R2 passando pela
origem. De (ii) sabemos que têm que ser retas perpendiculares e passando pela origem.
Como E(λ = 2) = {(x, y); x + 3y = 0} = {(−3y, y); y ∈ R}, temos que (−3, 1) ∈ E(λ = 2) logo
E(λ = 2) = [(−3, 1)].
A reta pela origem e normal à reta gerada por (−3, 1) é a reta gerada por (1, 3).
Logo, T (1, 3) = 3(1, 3) e E(λ = 3) = [(1, 3)].
Uma base do R2 formada por autovetores de T é {(−3, 1), (1, 3)}, que é uma base ortogonal.
| {z } | {z }
λ=2 λ=3
4
(a) Verifique que T é autoadjunto.
(c) Determine uma matriz ortogonal P que diagonaliza T , tal que det(P ) = 1, e dê a correspondente
matriz diagonal D.
Solução:
(a) Temos T (1, 0, 0) = (1, 4, 2), T (0, 1, 0) = (4, −5, −4) e T (0, 0, 1) = (2, −4, 1), então a matriz [T ],
que representa T na base canônica (base ortonormal) é
1 4 2
[T ] = 4 −5 −4 .
2 −4 1
(i) existe uma base ortonormal, portanto ortogonal, formada por autovetores de T ;
(ii) autovetores associados a autovalores distintos são ortogonais;
(iii) a multiplicidade geométrica (a dimensão de E(λ)) de cada autovalor λ é igual à sua multipli-
cidade algébrica, pois T é diagonalizável.
∑ ∑
(iv) grau(p(λ)) = dim(R3 ) = 3 = (multiplicidade algébrica) = (multiplicidade geométrica).
| {z } | {z }
vale em qualquer T T é diagonalizável
Antes de fazermos os cálculos sabemos que T é diagonalizável em uma base ortonormal de au-
tovetores. Levando em conta todas essas informações, podemos simplificar muito os cálculos a serem
feitos, conforme verão a seguir.
Vamos determinar, primeiramente, o polinômio caracterı́stico de T .
3 − A)
p(λ) = det(λI
λ − 1 −4 −2
= det −4 λ + 5 4
−2 4 λ−1 ( )
= (λ − 1)2 (λ + 5) + 32 + 32 − 4(λ + 5) + 16(λ − 1) + 16(λ − 1)
= (λ − 1)2 (λ + 5) − 36λ + 76
= λ3 + 3λ2 − 45λ + 81
= (λ − 3)2 (λ + 9).
O autovalor 3 tem multiplicidade algébrica 2, logo de (iii) E(λ = 3) é um plano pela origem.
- Cálculo E(λ = 3)
Reduzindo por
linhas a matriz 3I3 − A, obtemos:
2 −4 −2 2 −4 −2 1 −2 −1
3I3 − A = −4 8 4 ∼1 0 0 0 ∼2 0 0 0 , onde fizemos a seguinte
−2 4 2 0 0 0 0 0 0
sequência de operações elementares: em ∼1 : L2 ← L2 + 2L1 e L3 ← L3 + L1 e em ∼2 : L1 ← 21 L1 .
5
Como dim(E(λ = −9)) = 1, então E(λ = −9) é uma reta; além disso, os autovetores associados a
λ = −9 são ortogonais aos autovetores associados a λ = 3, que estão no plano x−2y −z = 0. Portanto,
não resta outra alternativa a não ser que E(λ = −9) seja a reta normal ao plano x − 2y − z = 0.
Logo, E(λ = −9) é a reta gerada por (1, −2, −1), isto é, E(λ = 9) = [(1, −2, −1)].
Sabemos que o espaço das soluções do sistema linear homogêneo associado à matriz −9I − A é
[(1, −2, −1)] sem precisar resolver o sistema! É muito mais rápido usar a teoria do que resolver o
sistema.
Para determinar uma base ortogonal do R3 formada por autovetores de T precisamos de uma base
ortogonal do plano Π de equação x − 2y − z = 0 e completamos com o vetor w = (1, −2, −1), vetor
normal ao plano.
Escolhemos u = (1, 1 − 1) ∈ Π, fazendo x = 1, y = 1 e obtendo z = −1 (1 equação a 3 incógnitas
tem grau de liberdade 3 − 1 = 2).
Logo,
{ { {
a − 2b − c = 0 a − 2b − c = 0 a−c=0
⇐⇒ ⇐⇒ ⇐⇒ v = (a, 0, a) ; a ∈ R.
a+b−c=0 3b = 0 b=0
(c) Para construir a matriz ortogonal P precisamos de uma base ortonormal {u1 , u2 , u3 } do R3 formada
por autovetores de T .
6
temos que uma base ortonormal formada por autovetores de T é
( ) ( ) ( )
1 1 1 1 1 1 2 1
u1 = √ , √ , − √ , u2 = √ , 0, √ , u3 = √ , − √ , − √ .
3 3 3 2 2 6 6 6
| {z } | {z } | {z }
λ=3 λ=3 λ=−9
Assim, a matriz P , matriz de mudança de base da base ortonormal de autovetores para a base
canônica,e a correspondentematriz diagonal D, matriz de T na base de autovetores, são dadas por
√1 √1 √1
3 2 6 λ1 0 0 3 0 0
0 − √26
P = √13 e D = 0 λ2 0 = 0 3 0 e det(P ) = 1, pois tomamos
− √3 √2 − √6
1 1 1 0 0 λ3 0 0 −9
u3 = u1 × u2 .
(a) Determine a matriz que representa F na base β = {(2, 1), (0, 1)}.
(b) Determine a matriz que representa F na base canônica α = {(1, 0), (0, 1)}.
Solução:
(a) A matriz B = (bij ) ∈ M2 (R) é dada por bij = F (vi , vj ), onde v1 = (2, 1) e v2 = (0, 1). Então,
( ) ( )
b11 = F (v1 , v1 ) = F (2,
( 1), (2, 1) )= 12, b12 = F (v1 , v2 ) = F ((2, 1), (0, 1)) = 10,
b21 = F (v2 , v1 ) = F (0, 1), (2, 1) = 2, b22 = F (v2 , v2 ) = F (0, 1), (0, 1) = 4.
[ ]
12 10
Logo, B = .
2 4
(b) A matriz A = (aij ) ∈ M2 (R) é dada por aij = F (ei , ej ), onde e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1). Então,
( ) ( )
a11 = F (e1 , e1 ) = F( (1, 0), (1, 0)) = 1, a12 = F (e1 , e2 ) = F ((1, 0), (0, 1) )= 3,
a21 = F (e2 , e1 ) = F (0, 1), (1, 0) = −1, a22 = F (e2 , e2 ) = F (0, 1), (0, 1) = 4.
Esse cálculo é tedioso e pode ser evitado. Note que aij = F (ei , ej ) =coeficiente de xi yj . Basta
olhar para a expressão de F para obter a matriz de F na base canônica,
( )
F (x1 , x2 ), (y1 , y2 ) = x1 y1 + 3x1 y2 −x2 y1 + 4x2 y2 .
| {z }| {z }
coefic. da linha 1 coefic. da linha 2
1 é
o coeficiente de x1 y1 deve ficar na linha 1 e coluna 1,
3 é
o coeficiente de x1 y2 deve ficar na linha 1 e coluna 2,
−1 é o coeficiente de x2 y1 deve ficar na linha 2 e coluna 1,
4 é
o coeficiente de x2 y2 deve ficar na linha 2 e coluna 2.
[ ]
1 3
Logo, A = .
−1 4
7
Observação: A obtenção da matriz B no item (a) foi muito, muito trabalhosa. Uma vez na vida
devemos fazer esse cálculo. Como fazer mais rápido? Precisamos de saber a teoria para simplificar os
cálculos.
Conforme vimos no item (b) é muito fácil obter a matriz A, que representa uma forma bilinear F
na base canônica. Para obter a matriz B de F numa outra base β construı́mos a matriz P de mudança
da base β para a base canônica e usamos a seguinte propriedade:
B = P t AP .
[ ] [ ]
2 0 1 3
No item (a) a base é β = {(2, 1), (0, 1)}. Assim, P = e como A = , então
1 1 −1 4
[ ][ ][ ] [ ][ ] [ ]
2 1 1 3 2 0 1 10 2 0 12 10
B = P t AP = = = .
0 1 −1 4 1 1 −1 4 1 1 2 4
Muito mais fácil e rápido do que os cálculos que fizemos anteriormente e devem ser evitados daqui
para frente. Não esqueça da propriedade acima e de como obter a matriz na base canônica olhando
para a expressão da forma bilinear F .
Determine a matriz que representa F na base canônica α = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}.
Solução: Como a base dada é a base canônica, basta olhar para a expressão de F
( )
F (x1 , x2 , x3 ), (y1 , y2 , y3 ) = x1 y1 + x1 y2 + 0x1 y3 + 0x2 y1 + 0x2 y2 − x2 y3 + 2x3 y1 + x3 y2 + 0x3 y3 .
| {z } | {z } | {z }
coeficientes da linha 1 coeficientes da linha 2 coeficientes da linha 3
1 1 0
e escrever a matriz. Temos A = 0 0 −1 .
2 1 0
Determine a matriz que representa F na base canônica α = {(1, 0), (0, 1)}.
Solução:
Solução: Como a base dada é a base canônica, basta olhar para a expressão de F
( )
F (x1 , x2 ), (y1 , y2 ) = 2x1 y1 + x1 y2 + −1x2 y1 − 3x2 y2 .
| {z } | {z }
coeficientes da linha 1 coeficientes da linha 2
8
[ ]
2 1
e escrever a matriz. Temos A = .
−1 −3
O objetivo dos dois exercı́cios a seguir é trabalhar a definição de operador autoadjunto (Definição
1 da Aula 24).
Solução:
Sejam u, v ∈ Rn .
(1) (2) (3)
< T −1 (u), v > = < T −1 (u), I(v) > = < T −1 (u), T (T −1 (v)) > = < T (T −1 (u)), T −1 (v) >
(4)
= < I(u), T −1 (v) >=< u, T −1 (v) > .
onde em (1) I significa o operador identidade; em (2) usamos que I(v) = T (T −1 (v)), pois I = T T −1 ;
em (3), que T é operador autoadjunto e em (4), que T T −1 = I
Solução:
Sejam u, v ∈ Rn .
(1) (2) (3)
< (T ◦ S)(u), v > = < T (S(u)), v > = < S(u), T (v) > = < u, S(T (v)) >
(4) (5)
= < u, (S ◦ T )(v) > = < u, (T ◦ S)(v) >
Note que: