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CONTROLE DE AERÓDROMO
VOLUME ÚNICO
BCT
CFS
CONTROLE DE AERÓDROMO
VOLUME ÚNICO
Elaborador(es):
2S BCT GLEICI KELY – 2021
2S BCT TATIANE – 2021
2S BCT MAYARA RIOS - 2021
Revisor(es) Técnico(s):
Revisor(es) Pedagógico(s):
Revisor(es) de Diagramação:
S1 SAD BARROS - 2021
Revisor(es) Ortográfico(s):
GUARATINGUETÁ - SP
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................1
1 REGRAS GERAIS DE CONTROLE DE AERÓDROMO..................................................3
2 SEPARAÇÃO DE AERONAVES.........................................................................................31
3 ÓRGÃO ATS REMOTO DE AERÓDROMO....................................................................41
4 COORDENAÇÃO ENTRE CONTROLE DE APROXIMAÇÃO E TORRE DE
CONTROLE DE AERÓDROMO..............................................................................................43
5 EMERGÊNCIA, INCIDENTE E ACIDENTE AERONÁUTICO.....................................47
CONCLUSÃO..............................................................................................................................53
REFERÊNCIA.............................................................................................................................55
EEAR 1
INTRODUÇÃO
Caro aluno(a) especialista, agora você vai conhecer o controle de tráfego aéreo de
aeródromo. Será uma jornada instigante e repleta de desafios.
Neste fascinante estudo, buscaremos demonstrar a importância desse tema em sua vida
profissional dentro de uma Torre de Controle de Aeródromo. Será sua ferramenta imprescindível
para atingir sempre a excelência no trabalho do dia a dia de uma TWR (Torre de Controle).
Esta apostila é dividida em 5 subunidades: a primeira tem por objetivo apresentar aos
alunos as regras aplicáveis ao Serviço de Tráfego Aéreo, especificamente ao Serviço de Controle
de Aeródromo; a segunda, quais são as separações aplicadas no controle de aeródromo; a terceira
mostra um pouco do órgão ATS remoto de aeródromo; a quarta, apresenta como serão realizadas
as coordenações entre as torres e os órgãos de controle envolvidos na evolução do tráfegoe por
fim, a quinta aborda as situações de emergência, acidente e incidente aeronáutico.
Ao finalizar seus estudos, você aluno será capaz de entender e aplicar os conceitos
básicos na rotina de um controlador de voo.
As TWR transmitirão informações e/ou autorizações às aeronaves sob seu controle, para
conseguirem um movimento de tráfego aéreo seguro, ordenado e rápido no aeródromo e em suas
vizinhanças, com o objetivo de evitar abalroamento entre as aeronaves:
c) pousando e decolando;
As funções de uma torre de controle de aeródromo podem ser realizadas por diferentes
posições controle, tais como:
b) posição controle solo, normalmente responsável pelo tráfego na área de manobra, com
exceção das pistas; e
NOTA: Quando pistas paralelas ou quase paralelas são usadas para operações
simultâneas, poderá haver uma posição controle TWR para cada uma das pistas.
➢ AUTORIZAÇÕES E INFORMAÇÕES
Caso a autorização não seja conveniente ao piloto em comando da aeronave, este poderá
solicitar outra autorização, a qual será atendida, sempre que não houver prejuízo ou conflito para
o tráfego.
A TWR é o órgão oficial de informação a respeito das horas de saída e de chegada das
aeronaves, bem como o responsável por encaminhar essas e outras informações necessárias ao
ACC a que estiver subordinada.
As aeronaves que chegarem, durante o táxi, deverão observar a orientação emitida pelo
sinalizador de pátio, a partir da entrada no pátio de estacionamento ou a partir de um ponto
definido pelo controle de solo.
Exceto quando autorizado pelo órgão ATC para atender a voo VFR especial, voos VFR
não poderão pousar, decolar, entrar na ATZ ou no circuito de tráfego de tal aeródromo se:
NOTA: O teto continuará sendo utilizado como parâmetro meteorológico para definir a
operacionalidade de um aeródromo (se VFR ou IFR).
PERÍODO DIURNO
Os aeródromos de partida, de destino e de alternativa deverão estar registrados ou
homologados para operação VFR diurna.
PERÍODO NOTURNO
Os aeródromos de partida, de destino e de alternativa deverão estar registrados ou
homologados para operação VFR noturna.
Quando realizado inteiramente em ATZ, CTR ou TMA, incluindo as projeções dos seus
limites laterais, ou, ainda, na inexistência desses espaços aéreos, quando realizado dentro de um
raio de 27 NM (50 km) do aeródromo de partida, não se aplicarão ao voo VFR noturno as
exigências contidas em a) e b).
NOTA: Neste item, incluem-se também as ATZ, CTR e/ou TMA adjacentes.
c) o pouso e/ou decolagem seja realizado em/de aeródromo controlado, localizado em CTR
ou, ainda, em ATZ localizada dentro das projeções verticais dos limites laterais de uma
TMA;
d) seja provida, pelo ATC, a separação entre os voos IFR e VFR especiais e entre estes, nos
trechos compreendidos dentro da CTR ou da ATZ previstas na alínea “c”.
NOTA 1: Fora da CTR ou ATZ , o voo deverá ser conduzido segundo as VFR ou IFR,
sem aplicação do que for previsto para voos VFR especiais.
NOTA 2: O voo VFR especial não deverá ser vetorado, a menos que circunstâncias
excepcionais o requeiram, como, por exemplo, emergência declarada pelo piloto, obedecidas as
altitudes mínimas previstas para o setor.
f) o voo cumpra, no que for aplicável, o disposto nas Regras do Ar e nas Regras de Voo
Visual; e
NOTA: Além das condições abaixo, deverão ser observados os requisitos para voo IFR
em aeródromos, contidos em publicação específica do DECEA.
NO PERÍODO DIURNO:
a) os aeródromos de partida, de destino e de alternativa deverão estar homologados para
operação IFR diurna;
b) caso o aeródromo de partida não esteja homologado para operação IFR, as condições
meteorológicas predominantes nesse aeródromo deverão ser iguais ou superiores aos
mínimos estabelecidos para operação VFR;
NO PERÍODO NOTURNO:
a) o aeródromo de partida deverá estar homologado para operação IFR noturna; caso
contrário, o voo deverá ser iniciado no período diurno, atendidas as exigências para o voo
IFR diurno;
c) o DECEA.
Sempre que as operações VFR em um aeródromo forem suspensas, a TWR deverá tomar
as seguintes providências:
b) suspender todos os voos VFR locais ou obter autorização para operação VFR especial;
d) notificar ao órgão AIS, à administração do aeroporto e, por meio desta, aos exploradores
das aeronaves as razões que motivaram a suspensão, sempre que for necessário ou
solicitado.
DECOLAGENS IFR
Quando as condições meteorológicas estiverem abaixo dos mínimos prescritos para
operação de decolagem IFR, essas operações serão suspensas por iniciativa do APP ou da TWR.
na Carta de Aproximação por Instrumentos (IAC), o piloto em comando poderá, a seu critério
e após cientificar o órgão de sua decisão, executar somente o procedimento de aproximação por
instrumentos para pouso direto previsto nessa carta, ficando vedada a execução de
procedimentos de aproximação por instrumentos para circular. Entretanto, a descida no
procedimento para pouso direto estará limitada à altitude da MDA ou DA, somente podendo o
piloto prosseguir para o pouso, caso estabeleça contato visual com a pista ou com as luzes de
aproximação (ALS). Se isso não ocorrer, deverá, obrigatoriamente, iniciar o procedimento de
aproximação perdida antes ou no ponto de início desse procedimento.
a) perna contra o vento - trajetória de voo paralela à pista em uso, no sentido do pouso;
d) perna base - trajetória de voo perpendicular à pista em uso, compreendida entre a perna
do vento e a reta final; e
O circuito de tráfego padrão será efetuado a uma altura de 1.000 pés para aeronaves à
hélice e a uma altura de 1.500 pés para todas as aeronaves a jato e as turboélices com categoria
de esteira de turbulência MÉDIA ou PESADA, sobre a elevação do aeródromo, sendo todas as
curvas realizadas pela esquerda.
A expressão “pista em uso” é empregada para indicar a pista que a TWR considera mais
adequada, em um dado momento, para as aeronaves que se espera pousar ou decolar do
aeródromo.
NOTA: Pistas separadas ou múltiplas podem ser designadas como pista em uso para
aeronaves que chegam e para as aeronaves que partem.
Na seleção da pista em uso, a TWR deverá considerar outros fatores pertinentes, além da
direção e da velocidade do vento na superfície, tais como:
A pista de decolagem ou pouso adequada à operação pode ser designada para fins de
redução do ruído, com o objetivo de utilizar, sempre que possível, as pistas que permitam as
aeronaves evitar as áreas sensíveis ao ruído, durante as fases inicial de partida e de aproximação
final.
Para fins de redução de ruído, não devem ser selecionadas pistas para as operações de
pouso, a menos que estejam equipadas com orientação adequada para trajetória de planeio, por
exemplo, ILS, ou um sistema indicador de rampa de aproximação visual para operações em
condições meteorológicas visuais.
A redução de ruído não será um fator determinante na designação da pista, nas seguintes
circunstâncias:
1. o teto for inferior a 150 m (500 pés) acima da elevação do aeródromo, ou a visibilidade
for inferior a 1.900 m; ou
2. a aproximação requerer uso de mínimos verticais superiores a 100 m (300 pés) acima da
elevação do aeródromo e:
e) quando o componente de vento de través, incluindo rajadas, for superior a 28 km/h (15
kt), ou o componente de vento de cauda, incluindo rajadas, ultrapassar 9 km/h (5 kt).
Se o piloto em comando da aeronave considerar que a pista em uso não é apropriada para
a operação que tenha que realizar, poderá solicitar autorização para usar outra pista.
NOTA: A numeração das “posições críticas”,a seguir, não deve ser utilizada nas
comunicações “terra-avião” durante uma autorização de controle de tráfego aéreo.
Posição 1: a aeronave partindo ou para dirigir-se a outro local do aeródromo chama para
o táxi. Serão dadas as informações da pista em uso e a autorização de táxi, quando for o caso.
Posição 3: a autorização para decolagem será dada nesse ponto, se não foi possível fazê-
lo na POSIÇÃO 2.
Posição 4: nessa posição, será dada a autorização para o pouso ou número da sequência
do pouso.
Posição 5: nessa posição, será dada a hora de pouso e a autorização para o táxi até o pátio
de estacionamento ou hangares. E o transponder será desligado.
Posição 6: quando for necessário, será dada, nessa posição, a informação para o
estacionamento.
b) partes irregulares ou danificadas da superfície das pistas, pistas de táxi ou dos pátios que
estejam ou não sinalizadas;
d) água nas pistas, pistas de táxi ou nos pátios e ação de frenagem, se disponível;
e) bancos de neve ou neve acumulada adjacentes a uma pista, pistas de táxi ou pátios;
A informação deverá ser dada com tempo suficiente para que a aeronave possa usá-la
devidamente, e os perigos deverão ser identificados tão claramente quanto possível.
a) pista úmida – quando a superfície da pista apresentar uma mudança de cor devido a
umidade;
b) pista molhada – quando a superfície da pista estiver molhada, porém não existe poça de
água; e
c) acúmulo de água na pista – quando mais de 25% da superfície da pista estiver coberta por
água com mais de 3 mm de profundidade, dentro do comprimento e da largura requerida,
em partes isoladas ou contínuas da mesma.
combinação destas.
O órgão ATS retransmitirá aos pilotos das aeronaves que chegam a qualidade da ação de
frenagem recebida do piloto da aeronave que pousou ou da administração do aeródromo.
Antes da partida, o piloto em comando deverá chamar uma das seguintes posições da
Torre de Controle, na ordem de precedência apresentada, para autorização do Plano de Voo:
a) Autorização de Tráfego;
b) Controle de Solo; ou
c) Torre de Controle.
Nos aeródromos cujo Serviço de Controle de Pátio não esteja disponível, o piloto, antes
de solicitar as autorizações de pushback, acionamento dos motores e início do táxi, deve
coordenar junto ao operador do aeródromo.
O acionamento dos motores deverá ocorrer dentro de, no máximo, 5 minutos após a hora
do recebimento da autorização de plano de voo. Caso contrário, essa autorização será cancelada.
O início do táxi deverá ocorrer dentro de, no máximo, 5 minutos após a hora do
recebimento da autorização para acionar. Caso contrário, as autorizações de acionamento de
motores e de plano de voo serão canceladas.
A TWR deverá considerar todo atraso possível de ocorrer no táxi, na decolagem e/ou no
recebimento da autorização ATC e, quando necessário, fixar um tempo de espera ou sugerir
outra hora para o acionamento dos motores.
Nos aeródromos controlados, todos os veículos que utilizem a área de manobras deverão
estar em condições de manter comunicação rádio bilateral com a TWR. Quando houver
frequência específica para o controle de solo, as comunicações deverão ser efetuadas
primariamente nessa frequência.
Caso procedimentos para baixa visibilidade estejam sendo aplicados, deverão ser
observados os seguintes critérios:
b) salvo o disposto em a), a separação mínima entre veículos e aeronaves taxiando deverá
ser definida, de acordo com os auxílios disponíveis, no Modelo Operacional da TWR.
Quando uma aeronave estiver pousando ou decolando, não será permitido que os
veículos e pedestres mantenham espera, em relação à pista em uso, a uma distância inferior a:
b) de um local que não seja uma posição de espera da interseção da pista de táxi com a pista,
equivalente à posição de espera da pista.
Autorização de táxi
Antes de expedir uma autorização de táxi, o controlador deverá identificar onde a
aeronave em questão está estacionada. As autorizações de táxi deverão conter instruções
concisas e informações adequadas, de modo a ajudar o piloto a seguir as rotas de táxi corretas,
para evitar a colisão com outras aeronaves ou objetos e para minimizar a possibilidade de que a
aeronave, inadvertidamente, entre em uma pista em uso.
Quando uma autorização de táxi contiver um limite de táxi além de uma pista, deverá
conter uma autorização explícita para cruzar ou uma instrução para esperar fora desta pista.
Quando rotas de táxi padrão tiverem sido publicadas, estas devem ser identificadas por
designadores adequados e devem ser utilizadas nas autorizações de táxi.
Quando rotas de táxi padrão não tiverem sido publicadas, uma rota de táxi deve, sempre
que possível, ser descrita pelo uso de designadores de pista e de pista de táxi. Também serão
fornecidas para a aeronave taxiando outras informações relevantes, tais como a de seguir uma
aeronave ou ceder passagem a outra aeronave.
Durante o táxi, as ultrapassagens poderão ser feitas para atender às prioridades para
decolagem previstas nos seguintes casos:
a) entre aeronaves da mesma prioridade, quando a aeronave da frente parar por motivos
próprios; e
b) quando a aeronave que estiver atrás, na sequência de decolagem, informar que está pronta
para decolagem e a aeronave da frente, após consultada, informar que não está pronta.
As aeronaves que operam em diferentes áreas ou pistas paralelas que permitam pousos ou
decolagens simultâneas ficam dispensadas das separações mínimas.
Separação suficiente deverá ser mantida entre as aeronaves em voo no circuito de tráfego
para permitir o espaçamento das aeronaves que chegam e que partem.
A autorização para uma aeronave entrar no circuito de tráfego será expedida quando se
desejar que esta se aproxime da área de pouso, de acordo com os circuitos de tráfego em uso e as
condições de tráfego sejam tais que não seja possível autorizar o pouso imediato. Dependendo
das circunstâncias e das condições de tráfego, uma aeronave pode ser autorizada a entrar em
qualquer posição no circuito de tráfego.
Os tráfegos identificados por um Sistema de Vigilância ATS da TWR poderão ter seu
pouso autorizado, ainda que não se possua contato visual com a aeronave. Quando não houver o
auxílio de tal sistema, somente as aeronaves que realizarem procedimento IFR que não
contenham manobras visuais para o pouso e que, ainda, tenham reportado estar na aproximação
final ou estabilizadas no final do procedimento poderão ter seu pouso autorizado sem o contato
visual.
As aeronaves que estejam voando segundo as regras de voo visual deverão estabelecer
contato rádio com a TWR, em tempo hábil de receberem as instruções e a autorização para
entrada no circuito de tráfego ou para o cruzamento do aeródromo.
As aeronaves sem rádio ou que estiverem com o equipamento rádio inoperante entrarão
no circuito de tráfego, onde receberão as autorizações devidas através de sinalização luminosa.
SEQUÊNCIA DE PARTIDA
As partidas serão liberadas normalmente na ordem em que as aeronaves acusarem prontas
para decolagem, mas poderá ser seguida uma ordem diferente, para possibilitar o maior número
de partidas com a mínima demora. Fatores que devem ser considerados em relação à sequência
de partida incluem, entre outros:
Com o intuito de prover maior fluidez ao tráfego, pode ser sugerida à aeronave que parte
decolar de uma pista diferente daquela determinada pelo vento. É de responsabilidade do piloto
em comando da aeronave decidir entre aceitar a sugestão ou aguardar para decolar da pista
determinada pelo vento.
A Torre de Controle deve, quando possível, avisar os exploradores das aeronaves ou seus
representantes designados quando houver previsão de atrasos que excedam 30 minutos.
Muita coisa pra decorar não é?! Mas para facilitar é só gravar esse mnemônico:
a) planadores;
➢ AERÓDROMO IMPRATICÁVEL
Aeródromo cuja praticabilidade das pistas fica prejudicada devido a condição anormal
(aeronave acidentada na pista, pista alagada, piso em mau estado etc.), determinando a suspensão
das operações de pouso e decolagem.
➢ AERÓDROMO INTERDITADO
Nos aeródromos cuja operação não for contínua, o farol rotativo de aeródromo, quando
existente, deverá permanecer ligado desde o pôr do sol até o encerramento do serviço.
O farol rotativo de aeródromo, quando existente e disponível, deverá ser ligado entre o
nascer e o pôr do sol, quando as condições meteorológicas do aeródromo somente possibilitarem
operações IFR ou VFR especial.
O alcance normal das pistolas de sinais luminosos é de 2,7 NM (5 km) durante o dia e de
8NM (15km) durante a noite.
Embora os sinais luminosos possibilitem algum controle das aeronaves sem rádio, os
controladores deverão considerar as seguintes desvantagens:
a) o piloto da aeronave poderá não estar olhando em direção à pistola de sinais luminosos
no momento desejado; e
b) as autorizações serão muito limitadas, nesses casos, somente poderão ser emitidas
“aprovações“ ou “desaprovações”.
b) durante a noite, emitindo sinais intermitentes, duas vezes, com os faróis de pouso da
aeronave ou, se não dispuser deles, apagando e acendendo, duas vezes, as luzes de
navegação.
b) durante a noite, emitindo sinais intermitentes, duas vezes, com os faróis de pouso da
aeronave ou, se não dispuser deles, apagando e acendendo, duas vezes, as luzes de
navegação.
básicos de controle deverão ser observados pela TWR em coordenação com o APP, quando for o
caso:
b) manter informadas as demais aeronaves que estejam voando na área e, se for o caso,
instruí-las a se afastarem;
c) evitar que a aeronave de inspeção em voo sofra descontinuidades, quando autorizada para
a aproximação;
Agora vamos compreender os tipos de separação e como devem ser aplicadas entre as
aeronaves, falaremos também sobre a turbulência e seus principais efeitos.
2 SEPARAÇÃO DE AERONAVES
➢ TIPOS DE SEPARAÇÃO
São exigidos cinco minutos de separação quando não existir separação vertical, se uma
aeronave que parte cruzar o nível de outra que tenha saído antes e ambas seguirem a mesma
rota. Devem ser tomadas medidas para assegurar que a separação de cinco minutos seja mantida
ou aumentada quando não existir separação vertical.
➢ ESTEIRA DE TURBULÊNCIA
NOTA 1: A categoria por esteira de turbulência para cada tipo de aeronave pode ser
consultada no Documento 8643 (Aircraft Type Designators) da OACI, disponível em
https://www.icao.int/publications/DOC8643/Pages/Search.aspx.
NOTA 3: Os controladores de tráfego aéreo devem ser orientados para atender, quando
necessário e possível, os casos de solicitações dos pilotos em relação à aplicação de manobra
para deslocamento lateral ou de aumento de separação, assim como de mudança de nível de voo
nos encontros de cruzamento com aeronaves de categoria SUPER, como prevenção dos efeitos
de esteira de turbulência gerada por tais aeronaves. Adicionalmente, deverão também prover
oportuna informação de tráfego de forma a alertar sobre a proximidade de aeronave SUPER,
subindo ou descendo dentro de 15 NM, conforme especificado no MCA 100-16 – Fraseologia de
Tráfego Aéreo, para a aeronave a segue.
NOTA: Helicópteros produzem vórtices quando em voo e há algumas evidências de que,
por quilograma ou massa bruta, seus vórtices são mais intensos do que os vórtices das aeronaves
de asa fixa. Quando estão pairando no ar ou voando em táxi, os helicópteros geram uma
mudança na direção do ar, produzindo vórtices de alta velocidade a uma distância de
aproximadamente três vezes o diâmetro do rotor.
a) para os voos VFR chegando que pousem na mesma pista que uma aeronave precedente
SUPER, PESADA ou MÉDIA; e
b) entre voos IFR que chegam executando aproximação visual, quando a aeronave tenha
informado que avistou a precedente e tenha sido instruída a segui-la mantendo sua
própria separação com a mesma.
O órgão ATC deverá emitir um aviso sobre possível esteira de turbulência, com respeito
aos voos especificados em a) e b) , bem como quando, por outros motivos, for julgado
necessário. O piloto em comando da aeronave em questão deverá ter a responsabilidade de
assegurar que é aceitável a separação de uma aeronave precedente que seja de uma categoria
mais pesada de esteira de turbulência. Se for determinada a necessidade de separação adicional, a
tripulação de voo deverá informar ao órgão ATC, declarando suas necessidades.
Aeronaves pousando
Salvo na situação disposta anteriormente, deverão ser aplicados os seguintes mínimos às
aeronaves que pousem atrás de aeronave PESADA ou MÉDIA:
Aeronaves decolando
Quando forem utilizadas as categorias de aeronaves conforme a esteira de turbulência e
quando as aeronaves estiverem usando:
a) a mesma pista ;
c) pistas que se cruzam, se a rota de voo projetada da segunda aeronave cruzar a rota de voo
projetada da primeira aeronave na mesma altitude ou a menos de 300 m (1.000 pés)
abaixo ; e
d) pistas paralelas separadas por 760 m (2.500 pés) ou mais, se a rota de voo projetada da
segunda aeronave cruzar a rota de voo projetada da primeira aeronave na mesma altitude
ou a menos de 300 m (1.000 pés) abaixo.
a) uma aeronave PESADA decolando após uma aeronave SUPER que pousa – 2 minutos;
b) uma aeronave LEVE ou MÉDIA decolando após uma aeronave SUPER que pousa – 3
minutos;
c) uma aeronave LEVE ou MÉDIA decolando após uma aeronave PESADA que pousa – 2
minutos;
d) uma aeronave LEVE decolando após uma aeronave MÉDIA que pousa – 2 minutos;
e) uma aeronave PESADA pousando após uma aeronave SUPER que decola – 2 minutos;
f) uma aeronave LEVE ou MÉDIA pousando após uma aeronave SUPER que decola – 3
minutos;
g) uma aeronave LEVE ou MÉDIA pousando após uma aeronave PESADA que decola – 2
minutos; e
h) uma aeronave LEVE pousando após uma aeronave MÉDIA que decola – 2 minutos.
Sentidos opostos
Quando forem utilizadas as categorias de aeronaves conforme a esteira de turbulência
para uma aeronave mais pesada que realiza uma aproximação baixa ou uma aproximação perdida
e a aeronave mais leve estiver:
b) pousando na mesma pista em sentido oposto, ou em uma pista paralela de sentido oposto
separada por menos de 760 m.
Você já ouviu falar de torre remoto? Agora vamos falar um pouco sobre esse assunto,
sua principal função e como este serviço será aplicado.
O FIS poderá ser prestado para as aeronaves em diferentes fases do voo. No caso de
aeronaves operando em um aeródromo ou em suas imediações, poderá ser prestado o Serviço de
Informação de Voo de Aeródromo por um órgão AFIS. Da mesma forma, o ATC destinado às
aeronaves que operam no Circuito de Tráfego ou na Área de Manobras de um aeródromo é
denominado Serviço de Controle de Aeródromo, sendo prestado por uma TWR. Assim, tais
órgãos são responsáveis pela prestação dos ATS às aeronaves que operam em um aeródromo,
podendo estar localizados no próprio aeródromo ou remotamente fora deste.
Pelo exposto, a operação remota dos órgãos ATS (R-ATS) para um aeródromo tem o
mesmo objetivo dos órgãos ATS locais, que é prover o Serviço de Controle de Aeródromo ou o
Da mesma forma, os R-ATS serão designados como “Torre” ou “Rádio”, sendo que estes
prestarão os mesmos serviços dos correspondentes órgãos ATS locais (TWR ou AFIS).
Nas publicações aeronáuticas, sempre que necessário, a TWR e o órgão AFIS remotos
poderão ser identificados pelos designadores R-TWR e R-AFIS, respectivamente.
Ainda que o R-ATS seja inicialmente concebido para a prestação dos ATS em um
aeródromo em particular, tais serviços poderão ser expandidos de forma a abranger a operação
remota em múltiplos aeródromos, obedecidos os requisitos técnicos e operacionais, a serem
desenvolvidos para esse futuro cenário.
Divisão de controle
O APP manterá o controle das aeronaves que chegam até que estas sejam transferidas à
TWR e estejam em comunicação com a mesma.
Após efetuar a coordenação com a TWR, o APP poderá liberar as aeronaves que chegam
para pontos de espera visual, onde permanecerão até nova autorização da TWR.
O APP poderá autorizar a TWR que, por sua vez, autorizará a decolagem de uma
aeronave, desde que observe a separação da mesma com as aeronaves chegando.
A TWR somente poderá repassar a autorização para um voo VFR especial após ter obtido
autorização do APP.
Transferência de controle
NOTA: As aeronaves com Plano de Voo visual poderão ser transferidas diretamente do
ACC à TWR, em coordenação com o APP.
d) informação referente às aeronaves que constituam tráfego essencial para as aeronaves sob
controle do APP.
a) hora prevista e nível proposto de chegada das aeronaves sobre o aeródromo, com 15
minutos de antecedência, pelo menos, da hora estimada de pouso, quando o tempo de voo
da origem ao destino o permitir;
NOTA: Para o caso de aeródromos afastados por menos de 15 minutos de voo, esse
intervalo será o maior possível, visando permitir a prestação adequada do Serviço de Tráfego
Aéreo à aeronave em questão.
b) indicação de ter autorizado uma aeronave a estabelecer contato com a TWR e que tal
órgão assumirá o controle; e
b) prováveis melhorias nas condições meteorológicas que provocaram uma suspensão das
operações, a fim de possibilitar melhor coordenação de tráfego aéreo.
FINALIDADE
O PEAA tem por finalidade minimizar as consequências decorrentes de acidentes
aeronáuticos, evitando perdas devidas e de material pós-acidente.
RESPONSABILIDADES
O Administrador de cada aeroporto é o responsável pela elaboração, atualização e a
manutenção da eficácia do Plano de Emergência Aeronáutica de Aeródromo (PEAA), de acordo
com os procedimentos estabelecidos na legislação em vigor.
ABRANGÊNCIA
Os procedimentos contemplados no PEAA devem ser estendidos, naquilo que possível,
para os acidentes aeronáuticos ocorridos em um raio de 8 km, a partir do correspondente
aeródromo militar ou aeroporto.
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
Neste item do PEAA deverão ser listadas todas as atribuições dos órgãos envolvidos nas
ações a serem desenvolvidas durante uma emergência aeronáutica no aeródromo.
c) Orientar o tráfego aéreo para outras pistas ou para aeródromo de alternativa, caso venha
ocorrer interdição das operações;
c) Certificar-se, por meio dos órgãos de controle do espaço aéreo, se as operações aéreas
foram orientadas para pista alternativa ou outro aeródromo, quando necessário;
ACIDENTE AERONÁUTICO
Toda ocorrência aeronáutica relacionada à operação de uma aeronave tripulada, havida
entre o momento em que uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um voo até o
momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado; ou, no caso de uma aeronave não
tripulada, toda ocorrência havida entre o momento em que a aeronave está pronta para se
movimentar, com a intenção de voo, até a sua parada total pelo término do voo, e seu sistema de
propulsão tenha sido desligado, e durante as quais pelo menos uma das situações abaixo ocorra:
a) uma pessoa sofra lesão grave ou venha a falecer como resultado de:
• Estar na aeronave;
• Ter contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas que dela tenham se
desprendido; ou
NOTA 1 – Exceção será feita quando as lesões, ou óbito, resultarem de causas naturais,
forem autoinfligidas ou infligidas por terceiros, ou forem causadas a pessoas que embarcaram
clandestinamente e se acomodaram em área que não as destinadas aos passageiros e tripulantes.
b) A aeronave tenha falha estrutural ou dano que: afete a resistência estrutural, o seu
desempenho ou as suas características de voo; ou normalmente exija a realização de
grande reparo ou a substituição do componente afetado.
NOTA 3 – Exceção será feita para falha ou danos quando limitados a um único motor
(incluindo carenagens ou acessórios), para danos limitados às hélices, às pontas de asa, às
antenas, aos probes , aletas, aos pneus, aos freios, às rodas, às carenagens do trem, aos painéis, às
portas do trem de pouso, aos para-brisas, a amassamentos leves e pequenas perfurações no
revestimento da aeronave, ou danos menores às pás do rotor principal e de cauda, ao trem de
pouso, e aqueles danos resultantes de colisão com granizo ou ave (incluindo perfurações no
radome).
NOTA 5 – Uma aeronave será considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem
suspensas e os destroços não forem encontrados.
INCIDENTE AERONÁUTICO
Comunicar ao GEIV, ao RCC e à SIPACEA da sua área de jurisdição pelo meio mais rápido
possível as seguintes informações:
CONCLUSÃO
A vida profissional do especialista em tráfego aéreo está intimamente ligada a tudo que
vimos aqui, desde os seus conceitos básicos até as principais regras de operação e segurança
aérea.
Agora você chegou ao final de mais uma jornada com a certeza da melhoria e constante
progresso em seu conhecimento.
REFERÊNCIA