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13/05/2019 Apostila de gestão do meio ambiente-

Capítulos:

Legislação Ambiental Brasileira

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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1 - Legislação Ambiental Brasileira

A Constituição brasileira diz que o meio ambiente é um “bem de uso comum do povo”. Isto quer dizer que o meio ambiente tem valor, é riqueza social.
Muitas vezes porém é impossível transformar este valor em quantidade de dinheiro. Quanto vale uma cachoeira? Ou, quanto vale uma floresta nativa?

As questões ambientais, entretanto, sempre envolvem interesses econômicos e sociais. A degradação do meio ambiente, ao mesmo tempo que implica
em prejuízos para todos, serve de fonte de enriquecimento para alguns.

Um corpo d’água morto, significa mais dinheiro para quem polui, no momento em que deixou de investir nas medidas necessárias para controle da
poluição. Ao mesmo tempo, a sociedade arca com os prejuízos de ter que usar água ruim, além de pagar a recuperação do corpo d’água.

Em se tratando de um bem de interesse difuso1 , o meio ambiente precisa e deve ser protegido. Neste sentido, a Constituição Federal impõe “ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

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Capítulos:

Constituição Federal de 1988

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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2 - Constituição Federal De 1988

Artigo 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Parágrafo 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I. preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e propor o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II. preservar a diversidade e integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético;

III.definir, em todas as unidades de Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e
supressão permitidas somente através de Lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV.exigir, na forma da Lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio do
impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V. controlar a produção , a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o
meio ambiente;

VI.promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII.proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da Lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade.

Parágrafo 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida
pelo órgão público competente, na forma da Lei.

Parágrafo 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Parágrafo 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional,
e sua utilização far-se-á, na forma da Lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais.

Parágrafo 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas
naturais.

Parágrafo 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

Ao Poder Público, seja Federal, Estadual ou Municipal, compete legislar em defesa do meio ambiente, isto é, estabelecer normas jurídicas - leis,
decretos, portarias e resoluções. Consequentemente, a legislação ambiental é composta por normas federais, estaduais e municipais, a serem
executadas pelo próprio Poder Público e pela comunidade.

A legislação ambiental brasileira é integrada por normas que2 :

♦ criam direitos e deveres do cidadão em relação ao meio ambiente;

♦ criam instrumentos de proteção ao meio ambiente;

♦ criam normas sobre o uso de um bem ambiental, como a água, o solo,...;

♦ disciplinam atividades que interferem com os bens ambientais;

♦ e, criam Unidades de Conservação.

Algumas dessas normas foram criadas recentemente, outras já existem há décadas. E, ao contrário das leis do trabalho que estão organizadas em um
só texto , a legislação ambiental brasileira está espalhada em vários textos, o que dificulta muitas vezes a sua aplicação.

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Capítulos:

Política Nacional do Meio Ambiente

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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3 - Política Nacional Do Meio Ambiente

A definição de uma Política Ambiental no país tem sido prerrogativa do Governo Federal, embora a sua execução e administração estejam a cargo dos
Governos Estaduais e Municipais.

As primeiras tentativas de montagem de uma estrutura executiva na preservação do meio ambiente, foram feitas na década de setenta, denominada
“dédaca ambiental”.

A criação do PLANASA - Plano Nacional de Saneamento Ambiental foi um exemplo, cuja concessão dos recursos do BNH – Banco Nacional de
Habitação foi condicionada à apresentação de programas integrados de controle da poluição hídrica, surgindo assim, pela primeira vez no país, a
preocupação pela ação racional e ordenada para enfrentar a poluição.

Porém, foi somente na década seguinte que a Política Nacional do Meio Ambiente foi, finalmente, instituída através da Lei no 6.938, de 31 de agosto de
1981, e regulamentada pelo Decreto no 88.351, de 1 de junho de 1983.

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Capítulos:

Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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4 - Sistema Nacional Do Meio Ambiente - SISNAMA

Com a Lei do Meio Ambiente, foi criado o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, constituído por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como das Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da
qualidade ambiental. Atualmente, o SISNAMA tem a seguinte estrutura:

♦ órgão superior: o Conselho de Governo - CG, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da Política Nacional do Meio
Ambiente e nas diretrizes para o meio ambiente e os recursos naturais;

♦ órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais, e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;

♦ órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal - MINISMAM, com a finalidade de planejar, coordenar,
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;

♦ órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, com a finalidade de executar ou fazer executar,
como órgão federal, a política nacional e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;

♦ órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades
capazes de provocar a degradação ambiental;

♦ órgãos locais: os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.

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Capítulos:

Competência do CONAMA 1

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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5 - Competência Do CONAMA 1

Como órgão deliberativo do SISNAMA, dentre outras atribuições, compete ao CONAMA estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios
para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA. Ainda, como
órgão da hierarquia nacional, ao CONAMA cabe fixar prazos para concessão de licenças, determinando, quando julgar necessário, o estudo de impacto
ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA.

Outrossim, através do IBAMA, é competência do CONAMA, estabelecer normas, critérios e padrões nacionais relativos ao controle e à manutenção da
qualidade do meio ambiente em todo o território nacional, cabendo aos Estados e Municípios a regionalização dos mesmos, desde que sejam mais
restritivos do que os fixados anteriormente.

Compete ao CONAMA, com base em parecer do IBAMA, propor ao Presidente da República a criação de Unidades de Conservação ambiental. Cabe
ainda, no caso de constatada a infração de meio ambiente, determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais
concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito.

Penalidades
Para efeito da Lei do Meio Ambiente, entende-se por poluidor, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. Dessa forma, segundo a Lei do Meio Ambiente, Artigo 15, o poluidor que expuser a
perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de 1(um)
a 3 (três) anos e multa de 100 a 1.000 MVR's. A pena será aumentada até o dobro se:

♦ resultar em dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;

♦ resultar lesão corporal grave;

♦ a poluição ser decorrente de atividade industrial ou de transporte;

♦ o crime ser praticado durante a noite, domingo ou feriado.

O não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade
ambiental, sujeitará os transgressores à:

♦ multa simples ou diária, nos valores correspondentes a cada caso, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelos Estados, Distrito
Federal, Territórios ou Municípios;

♦ perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;

♦ perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de créditos;

♦ suspensão da atividade.

A Lei do Meio Ambiente veio disposta a corrigir erros e mudar mentalidades, porque quem cobra a multa é a Receita Federal, nos moldes do Imposto de
Renda. As multas, conforme o Decreto no 99.274/90, variam de 61,7 a 6.170,0 BTN's - Bônus do Tesouro Nacional (corrigíveis pela TR), que são
cobradas pelo Leão.

Embora rigorosa, a lei tem suas atenuantes e peculiaridades. Ela permite às empresas infratoras a aplicação de 90% do valor da multa na compra de
equipamentos destinados a controlar a poluição ambiental ou na realização de pesquisas e de campanhas de educação ambiental.

Formalmente, segundo os Artigos 34, 35 e 36 do Decreto supra citado, as infrações passíveis de multas, podem ser agrupadas em três faixas.

♦ Com multas de 61,7 a 6.170,0 BTN's:

♦ contribuir para que o corpo d'água fique em categoria de qualidade inferior à prevista na classificação oficial;

♦ contribuir para que a qualidade do ar ambiental seja inferior ao nível mínimo estabelecido em resolução oficial;

♦ emitir ou despejar efluentes ou resíduos sólidos, líquidos ou gasosos causadores de degradação ambiental, em desacordo com o estabelecido em
resolução ou licença especial;

♦ exercer atividade potencialmente degradadora do meio ambiente, sem a licença ambiental legalmente exigível, ou em desacordo com a mesma;

♦ causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

♦ causar poluição de qualquer natureza que provoque destruição de plantas cultivadas ou silvestres;

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♦ ferir, matar ou capturar, por quaisquer meios, em áreas de Proteção Ambiental, Reservas Ecológicas, Estações Ecológicas e Áreas de Relevante
Interesse Ecológico;

♦ causar degradação ambiental mediante o assoreamento de coleções de água ou erosão acelerada, em áreas de Proteção Ambiental, Reservas
Ecológicas, Estações Ecológicas e Áreas de Relevante Interesse Ecológico;

♦ desrespeitar interdições de uso, de passagem e outras estabelecidas administrativamente para a proteção contra a degradação ambiental;

♦ impedir ou dificultar a atuação dos agentes credenciados pelo IBAMA, para inspecionar situações de perigo potencial ou examinar a ocorrência de
degradação ambiental;

♦ causar danos ambientais, de qualquer natureza, que provoquem destruição ou outros efeitos desfavoráveis à biota nativa ou às plantas cultivadas e
criação de animais.

Com Multas De 308,5 A 6.170,0 BTN's:


♦ realizar em APAs, sem licença do respectivo órgão de controle ambiental, abertura de canais ou obras de terraplanagem, com movimentação de areia,
terra ou material rochoso, em volume superior à 100 m3 , que possam causar degradação ambiental;

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Competência do CONAMA 2

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6 - Competência Do CONAMA 2

♦ causar poluição, de qualquer natureza, que possa trazer danos à saúde ou ameaçar o bem-estar.

Com Multas De 617 A 6.170 BTN’s:


♦ causar poluição atmosférica, que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes de um quarteirão urbano ou localidade equivalente;

♦ causar poluição do solo, que torne uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

♦ causar poluição de qualquer natureza, que provoque a mortandade de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Condições Atenuantes E Agravantes
São atenuantes para o cálculo do montante das multas, as seguintes circunstâncias:

♦ o menor grau de compreensão e de escolaridade do infrator;

♦ o arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação ou limitação do dano causado;

♦ a comunicação prévia do infrator, às autoridades competentes , do perigo iminente;

♦ a colaboração com os agentes encarregados da fiscalização e do controle ambiental.

São agravantes:

♦ a reincidência específica;

♦ a maior extensão da degradação ambiental;

♦ o dolo, mesmo que eventual;

♦ a ocorrência de efeitos sobre a propriedade alheia;

♦ a infração ter ocorrido em zona urbana;

♦ danos permanentes à saúde;

♦ a infração atingir área sob proteção legal;

♦ o emprego de métodos cruéis na morte ou captura de animais.

Instrumentos De Defesa Do Meio Ambiente


Além das penalidades, aplicadas no caso de infrações, a legislação ambiental brasileira prevê instrumentos de participação da comunidade na proteção
ao meio ambiente, tais como: direito de petição, direito de certidão, ação civil pública, ação popular, inquérito civil administrativo, licenças ambientais,
EIA/RIMA e audiência pública, alguns dos quais são comentados a seguir.

Direito De Petição
O direito de petição é um instrumento importante para garantir o pleno acesso à informação. Através do mesmo, qualquer pessoa pode obter
informações sobre a situação atual do ambiente, tais com: diagnósticos ambientais, estudos sobre problemas ambientais produzidos pelos órgãos de
planejamento e controle ambiental, prognósticos ambientais, informações sobre condições das praias, potabilidade da água, índices de poluição do ar,
índices de ruído, gastos orçamentários, multas aplicadas aos poluidores, multas não pagas, planos futuros, previsão de gastos, estudos de impacto
ambiental, posição do órgão ambiental frente a determinadas situações de agressão ambiental.

Direito De Certidão
O direito de certidão é um instrumento que atesta a atuação dos órgão públicos na defesa do meio ambiente. A certidão serve para fundamentar a ação
do cidadão no exercício do seu direito, como defensor do patrimônio ambiental, como prova para a ação civil pública ou para a ação popular.

Licenças Ambientais
As licenças ambientais - prévia, instalação e operação -, são instrumentos de defesa do meio ambiente, requeridos pelo órgão estadual competente
integrante do SISNAMA, ou pelo IBAMA, em caráter supletivo. As mesmas devem ser solicitadas pelo empreendedor, nas fases de localização,
instalação/ampliação e operação, de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente
poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental.

As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais, condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao
licenciamento, na forma da Lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA.

Licença Prévia - LP
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É expedida na fase inicial do planejamento da atividade e implica em compromisso, por parte do empresário, de manter o projeto final compatível com as
condições do deferimento. Sua concessão está fundamentada em informações prestadas pelo interessado, específicas às condições bá- sicas a serem
atendidas durante a localização, instalação e funcionamento do equipamento ou atividade poluidora.

Licença Instalação - LI
É expedida com base no projeto executivo final e autoriza o início da implantação do equipamento ou atividade poluidora, subordinando-o a condição de
construção, operação e outras expressamente especificadas.
Licença Operação - LO
É expedida com base na vistoria, realizada pelo órgão licenciador, e autoriza a operação de equipamentos ou atividades poluidoras, subordinando a sua
continuidade ao cumprimento das condições de concessão das LP e LI. Este tipo de licença deverá ser solicitado tanto para as atividades existentes
como para as novas.

Os prazos de validade das licenças serão expressos nas mesmas e passarão a contar da data de sua emissão. Nos casos em que não estejam
explicitamente determinados, serão adotados os seguintes prazos máximos: 2 (dois) anos para a LP e LI, e 4 (quatro) anos para a LO.

Com exceção das atividades de interesse da segurança nacional, como a atividade nuclear, instalação de polos petroquímicos, cloroquímicos,
siderúrgicos, grandes rodovias e ferrovias federais, o licenciamento da atividade é de responsabilidade do órgão estadual. A localização de usinas
nucleares só pode ser definida em lei e cabe à Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN baixar diretrizes para a segurança da atividade,
transporte de materiais, tratamento e eliminação de rejeitos radioativos, construção e operação de usinas nucleares.

Em nosso Estado, as licenças supra citadas, são concedidas pelo COPAM - Conselho de Proteção Ambiental através da SUDEMA - Superintendência de
Administração do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, após o cumprimento das exigências do SELAP - Sistema Estadual de Licenciamento de
Atividades Poluidoras.

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Capítulos:

Competência Do CONAMA 3

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7 - Competência Do CONAMA 3

Estão sujeitos ao SELAP, todas as pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as entidades da administração indireta estadual e municipal, que estiverem
instaladas ou vierem a se instalar no Estado da Paraíba, e cujas atividades, sejam industriais, comerciais, agropecuárias, domésticas, públicas,
recreativas ou quaisquer outras, possam ser causadoras de efetiva ou potencial poluição, a critério do COPAM e da SUDEMA.
EIA/RIMA
O Estudo de Impacto Ambiental - EIA é uma exigência da legislação ambiental para o licenciamento de atividades modificadoras ou potencialmente
modificadoras do meio ambiente. O mesmo é realizado por equipe de especialistas e apresentado na forma de Relatório de Impacto sobre o Meio
Ambiente - RIMA, para apreciação da comunidade, através do órgão licenciador. O EIA/RIMA é o primeiro instrumento, de defesa do meio ambiente,
criado no Brasil para informar com antecedência ao Poder Público e à própria sociedade quais os custos e benefícios dos empreendimentos, e sobre
quem eles vão recair.

Audiência Pública
A audiência pública é uma reunião aberta, com representantes do Poder Público e da comunidade, para debater questões sobre o meio ambiente. É
parte fundamental no processo de licenciamento ambiental, para a tomada de decisão. Geralmente, as audiências públicas têm sido motivadas para
apreciação do EIA/RIMA. Nestas, o órgão ambiental, junto com o empreendedor e mais a equipe responsável pelo EIA, apresentam ao público o RIMA,
detalhando as modificações ambientais, seus custos, sobre quem recairão, e seus benefícios, e quem deles vai usufruir.
Legislação Básica
Dentre os diplomas normativos que versam sobre matérias diretamente pertinentes ao meio ambiente, na Legislação Federal Brasileira cabe ressaltar a
importância das resoluções. A lei delega ao Poder Executivo a tarefa de detalhar as suas disposições através de resoluções, que passam a ser, de fato,
os parâmetros concretos para aplicação da lei. Conforme já citado anteriormente, alguns desses diplomas federais são recentes outros datam de
décadas, o que pode ser constatado no Apêndice B. A nível estadual tem-se algumas leis e decretos estaduais que criam órgãos e conselhos de meio
ambiente, aprovam seus estatutos e dão outras providências. A legislação pode ser vista por temas, como água, solo, ar, fauna, flora, mineração,
agrotóxicos, atividade nuclear, ruído, etc.

♦ Água - A lei básica é o Código das Águas de 1934, complementada por resoluções CONAMA, como a no 020/86 que trata da classificação dos corpos
d’água, e pela Lei No 9.433/97 que trata da Política Nacional de Recursos Hídricos.

♦ Ar - Assunto disciplinado basicamente através de resoluções do CONAMA, que estabelecem padrões de qualidade do ar, limites de emissão de
poluentes e detalham programas para controle da poluição do ar (PROCONVE - Resolução no 018/86, PRONAR - Resoluções nos 005/89 e 003/90).

♦ Solo - A lei básica é o Estatuto da Terra de 1964. Cabe diferençar o solo rural do solo urbano. Este, em cidades com mais de 20 mil habitantes, fica
subordinado ao Plano Diretor do Município. Aquele, deve ser objeto de política agrícola que contemple medidas de defesa do solo.

♦ Agrotóxicos e outro produtos perigosos - A legislação estabelece que a produção, transporte, comercialização e uso dependem de registro prévio junto
ao governo federal. Este registro está condicionado ao grau de perigo que o produto representa para o meio ambiente. O assunto é tratado em lei (Lei
dos Agrotóxicos, de 1989) e resoluções do CONAMA nos 013/84 e 005/85.

♦ Flora - Como bem de interesse comum da população, cabe ao Poder Público o dever de preservá-lo - Código Florestal de 1965. Assim, de acordo com
a localização, determinadas formações vegetais são consideradas de preservação permanente. A exploração de floresta depende de autorização do
IBAMA. O comprador de moto-serra deve ter registro no IBAMA. As indústrias que consomem grandes quantidades de madeira têm que plantar o que
consumir. As estações de TV têm que apresentar, no mínimo cinco minutos por semana, programas de interesse florestal.

♦ Fauna - Duas leis básicas regem o uso da fauna: Código de Pesca e Código de Caça, ambos de 1967. O assunto é ainda complementado através de
portarias do IBAMA.

♦ Mineração - A lei básica é o Código de Mineração de 1967. A atividade está sujeita a autorização federal, além do licenciamento ambiental no Estado.
O assunto é tratado em resoluções do CONAMA.

♦ Atividade nuclear - O assunto é de competência exclusiva da União, ficando com a Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN - a incumbência de
baixar diretrizes sobre o exercício da atividade.

♦ Ruído - O assunto é tratado em resoluções do CONAMA nos 001/90, 002/90, 001/93, 002/93, 020/94 e 017/95, que estabelecem, dentre outros itens,
padrões aceitáveis de ruído, visando o conforto e a saúde da população.
Instituições De Controle Do Meio Ambiente
Em todos os Estados e Municípios existem órgãos públicos e/ou fundações instituídas de poder público, encarregados do controle do meio ambiente. A
atuação destes é complementada pela representação federal, através do IBAMA. Todas essas instituições participam na montagem do sistema nacional
de combate a poluição e defesa dos recursos naturais, compondo o SISNAMA dentro da Política Nacional do Meio Ambiente.

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Capítulos:

Avaliação de Impacto Ambiental

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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8 - Avaliação De Impacto Ambiental

A satisfação das necessidades humanas, pelo desenvolvimento de uma atividade, se faz através de formas de uso e de apropriação de um espaço,
gerando efeitos sobre o meio ambiente, que poderão refletir-se nas condições físicas e sócio-econômicas deste mesmo homem. Desse modo, a
implantação de uma atividade pode resultar num ambiente equilibrado ou desequilibrado. Os desequilíbrios, bio geofísicos e sócio-econômicos,
constituem o principal objeto da Avaliação de Impacto Ambiental.

A Avaliação de Impacto Ambiental tem por objetivo identificar, predizer e quantificar esses desequilíbrios, com a finalidade de introduzir medidas
mitigadoras que minimizem ou mesmo eliminem os impactos nocivos, resultantes da implantação de uma atividade modificadora do meio ambiente.

No que diz respeito à Política Ambiental do país, a AIA é o principal instrumento de execução da mesma. Constituída de um conjunto de procedimentos
técnicos e administrativos, que visam a análise sistemática dos impactos ambientais do estabelecimento de uma atividade e suas diversas alternativas, a
AIA tem por finalidade embasar as decisões quanto ao seu licenciamento. Vale aqui salientar que as AIA's são instrumentos de conhecimento a serviço
da decisão, porém não são por si mesmas instrumentos de decisão. Entretanto, são instrumentos idôneos para a tomada de decisão baseada num
conhecimento amplo e integrado dos impactos ambientais.

Definição E Classificação Dos Impactos Ambientais


Para efeito da Resolução CONAMA no 001/86, considera-se impacto ambiental qualquer alteração nas características físicas, químicas e/ou biológicas
do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante de atividade humana, que direta ou indiretamente, afetem:

♦ a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

♦ as atividades sociais e econômicas;

♦ a biota;

♦ as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

♦ a qualidade dos recursos ambientais.

Os impactos ambientais podem ser diretos ou indiretos; podem ocorrer a curto ou a longo prazo; podem ser temporários ou permanentes; reversíveis ou
irreversíveis; cumulativos ou sinérgicos; positivos ou negativos.

Impacto Positivo
Quando a ação ou atividade resulta na melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. Aumento da produção agrícola em áreas irrigadas.

Impacto Negativo
Quando a ação ou atividade resulta em um dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental. A perda de matas, lagos e rios quando do enchimento
do reservatório para fins hidrelétricos.

Impacto Direto
Resultante de uma simples relação de causa e efeito. É a alteração que sofre um determinado componente ambiental, pela ação direta sobre esse
componente. Tais impactos são geralmente mais fáceis de se identificar, descrever ou quantificar, posto que são os efeitos diretos de ações do projeto. O
aumento da concentração de contaminantes, como CO, SO2 e MP na atmosfera, resultantes da queima de combustíveis nos veículos automotores.

Impacto Indireto
Decorrente do impacto direto, seus efeitos correspondem aos efeitos indiretos das ações do projeto. Geralmente são mais difíceis de identificar e
controlar. Um exemplo típico é o crescimento populacional decorrente do assentamento da população atraída pelo projeto, a qual demanda moradia,
escola, serviços sanitários, transporte, etc., que não se havia previsto e cuja falta gera sérios conflitos sociais.

Impacto De Curto Prazo


Quando o efeito ou a modificação do parâmetro ambiental surge logo após a ação, podendo até desaparecer em seguida. Aumento do ruído no ambiente
quando são ligados determinados eletrodomésticos.

Impacto De Longo Prazo


Quando o efeito ou a modificação do parâmetro ambiental ocorre depois de um certo tempo de realizada a ação. A erosão e a conseqüente
desertificação de solos submetidos a desmatamentos ou mesmo a projetos agrícolas mal orientados.
Impacto Reversível

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Quando o fator ou parâmetro ambiental afetado, retorna às suas condições originais, uma vez cessada a ação impactante. As moléstias decorrentes da
construção de uma obra em cujo período se produziu poeira, ruído, aumento do tráfego no entorno, mas que desaparecem ou ficam reduzidas a níveis
admissíveis uma vez acabada a construção.

Impacto Irreversível
Quando uma vez cessada a ação impactante, o fator ambiental afetado não retorna às suas condições, em um prazo previsível. O assoreamento de
corpos d’água, resultante do carreamento de materiais na atividade de mineração.
Impacto Temporário
Quando, uma vez executada a ação, a modificação do fator ambiental considerado, tem duração determinada. Os ruídos gerados na fase de construção
de um empreendimento.

Impacto Permanente
Quando, uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se manifestar num horizonte temporal conhecido. Retenção de sólidos em transporte nas
barragens.

Impacto Ambiental De Um Projeto


O impacto ambiental de um projeto pode ser definido como a diferença entre a situação do meio ambiente modificado, tal como resultaria depois de
realização do projeto, e a situação do meio ambiente futuro, tal como havia evoluído normalmente sem tal atuação.

A necessidade de se implantar avaliações de impactos ambientais, surgiu da inadaptação dos métodos tradicionais de avaliação de projetos, que não
consideravam a proteção do meio físico, nem o uso racional dos recursos naturais, nem tão pouco os aspectos sociais de um dado projeto. Desse modo,
a AIA veio com o propósito de evitar possíveis erros e deteriorações ambientais, custosos de se corrigir depois.

A AIA de um projeto é realizada através do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, onde se promove a identificação, previsão e valoração dos impactos e a
análise das alternativas para a atividade em estudo, cujos resultados são apresentados na forma de Relatório de Impacto Ambiental - RIMA.

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Capítulos:

Atividades modificadoras do meio ambiente

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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9 - Atividades Modificadoras Do Meio Ambiente

Uma relação completa das atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de uma avaliação de impacto ambiental é difícil de se estabelecer,
posto que o impacto global depende de vários fatores, dentre os quais selecionam-se como mais significativos, para estabelecimento de critérios de
seleção dessas atividades, os seguintes:

♦ impacto físico (qualitativo e quantitativo);

♦ extensão da área de influência;

♦ utilização de recursos naturais.

Segundo a Resolução CONAMA no 001/86, ficam obrigados a elaborar EIA/RIMA, para obtenção de licenciamento, as seguintes atividades
modificadoras do meio ambiente:

♦ estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

♦ ferrovias;

♦ portos, terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

♦ aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 4o , do Decreto-Lei no 32/66;

♦ oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;

♦ linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230Kv;

♦ obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragens para fins hidrelétricos (acima de 10 MW), de saneamento ou de irrigação,
abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias,
diques;

♦ extração de minérios, inclusive os de classe II, definidos no Código de Mineração;

♦ extração de combustível fóssil ( petróleo, xisto ou carvão);

♦ aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

♦ usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte primária, acima de 10MW;

♦ distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;

♦ complexo de unidades industriais e agro-industriais ( petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos e destilarias de álcool );

♦ exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de
importância do ponto de vista ambiental;

♦ projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental, a critério do IBAMA e dos órgãos estaduais e
municipais competentes;

♦ qualquer atividade que utiliza carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia.

♦ projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000ha ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos
percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental (Resolução CONAMA no 011/86).

A rigor, o Poder Público pode pedir um EIA/RIMA para todo e qualquer tipo de empreendimento não listado. O SELAP-PB, além das atividades supra
citadas, segue a listagem do Decreto Estadual 13.798/90.
Vantagens Da AIA
Na avaliação de impacto ambiental é fundamental ter em conta as diversas vantagens econômicas que apresenta. Estudos realizados pela Comunidade
Européia mostram que o custo das ações preventivas, incluindo nele o EIA, é inferior aos custos da contaminação e deterioração por impactos
ambientais não previstos, sem levar em conta, ainda, que é muito melhor prevenir do que corrigir.

As experiências realizadas mostram que o custo das AIA’s é muito baixo. Na Holanda, situa-se em 0,25% do custo total da obra. Na França, entre 0,25 e
0,75%; nos Estados Unidos, 0,19%; e, em mais 18 países onde esta questão foi levantada, o custo médio situou-se em torno de 0,50% do custo total da
obra. Considerando que estes custos tendem logicamente a diminuir, como conseqüência da melhoria dos conhecimentos, a disponibilidade de dados,
os serviços de informação, a qualificação de pessoal especializado e pelo efeito repetição, pode-se afirmar que sua implantação não é tão dispendiosa.

Outra vantagem econômica, é o fato de que a aplicação do procedimento não supõe um alargamento dos prazos de execução da obra. O custo da obra
é influenciado pelo tempo necessário para projetá-la, autorizá-la e realizá-la.
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Este tempo pode ser encurtado, graças a uma concepção correta da obra sob o ponto de vista ambiental, pois isso pode permitir reduzir ou evitar os
atrasos desnecessários derivados do público em geral, assim como dos órgãos competentes, uma vez que estes participam do processo de decisão.

Esta participação conduz a um processo de decisão mais transparente e seguro, evitando os recursos administrativos e judiciais, geralmente demorados
e dispendiosos.

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Capítulos:

Incertezas da AIA

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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10 - Incertezas Da AIA

Na avaliação de impactos as incertezas são muitas, e, portanto, há necessidade de se preparar para especificá-las. As principais causas de incertezas
são as seguintes:

♦ variabilidade estocástica dos fenômenos ambientais. Há que se considerar uma série de contingências e sinergias difíceis de valorar;

♦ conhecimento inadequado ou incompleto do comportamento dos componentes do meio;

♦ falta de dados de base e informações da zona ou problema a avaliar, o que obriga a trabalhar com grandes lacunas.

Estas incertezas são maiores quando a avaliação se projeta a longo prazo. Por isso, é necessário que o avaliador inclua um capítulo que detalhe as
possíveis incertezas com as quais se tenha deparado a equipe de trabalho e, se possível, faça uma previsão dos riscos e da forma como enfrentá-los. A
análise de riscos, por sua vez, é exigida pelo órgão ambiental na AIA, sempre que a atividade incorrer em risco de acidentes.

Devido a tais incertezas, na avaliação se majoram enormemente os dados de risco, com o objetivo de cobrir estas lacunas. Desse modo, a vigilância
contínua dos parâmetros do meio ambiente e a avaliação dos ecossistemas, deverá formar parte integrante do sistema de análise do meio ambiente. Isto
é necessário para proporcionar um banco de dados e análises técnicas para avaliar posteriormente as decisões específicas. A vigilância e a avaliação
são essenciais para a redução dos riscos e a tomada de decisão, quando se quer proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente.

Critérios Para Elaboração De Estudo De Impacto Ambiental


O estabelecimento de critérios para o EIA de uma atividade requer, em primeiro lugar, a definição de prioridades. Isto deverá ser feito a partir do
conhecimento detalhado de todos os fatores ambientais importantes da área em estudo, assim como do entorno, que poderá sofrer os efeitos da
implantação da atividade que ali se pretende instalar. Esses fatores deverão representar, não apenas as condições biogeofísicas da área, mas também
as sócio-econômicas e principalmente os interesses da comunidade, que poderá ser beneficiada ou prejudicada pela implantação da atividade.

Outrossim, além de atender a legislação pertinente, o EIA deve obedecer às seguintes diretrizes gerais:

♦ contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do mesmo;

♦ identificar e avaliar os impactos ambientais gerados sobre a área de influência, nas fases de implantação e operação da atividade;

♦ analisar a compatibilidade do projeto com planos e programas de ação federal, estadual e municipal, propostos ou em implantação na área de
influência do projeto.

Finalmente, o EIA de uma atividade efetiva ou potencialmente modificadora do meio ambiente, deverá ser efetuado tendo como base de referência os
seguintes tópicos:

♦ descrição do projeto e suas alternativas;

♦ determinação da área de influência;

♦ diagnóstico ambiental da área de influência;

♦ identificação e estimativa dos impactos ambientais;

♦ estudo e definição de medidas mitigadoras;

♦ programa de gerenciamento.

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Capítulos:

Descrição do projeto e suas alternativas

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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11 - Descrição Do Projeto E Suas Alternativas

Consiste na descrição completa do projeto e suas alternativas tecnológicas e de localização, contendo objetivos, justificativas, dados econômico-
financeiros, localização, área de ocupação, mão-de-obra, fluxo de insumos e produtos, lay-out, cronogramas, plantas, diagramas e quadros, de modo a
caracterizar o empreendimento, incluindo:

♦ na fase de construção: limpeza e preparação do terreno, remoção da vegetação, terraplanagem, movimentos de terra; demanda e origem da água e da
energia; origem, tipos e estocagem dos materiais de construção, incluindo jazidas; origem, quantidade e qualificação da mão-de-obra;

♦ na fase de operação: processos de produção, insumos e produtos; origem, características, estocagem e manipulação de matéria prima e combustíveis;
informação sobre tipo e quantidade de cada produto intermediário e final e subprodutos produzidos; transporte, armazenamento e estocagem de
produtos; características das emissões sólidas, líquidas e gasosas; sistemas de tratamento, reciclagem, recuperação e disposição final das emissões
sólidas, líquidas e gasosas; origem, quantidade e qualificação do pessoal empregado na produção e administração; riscos potenciais, ações e
equipamentos de prevenção de acidentes.
Determinação Da Área De Influência Do Projeto
Área de influência de um projeto é a área potencialmente afetada, direta ou indiretamente, pelas ações a serem desenvolvidas nas fases de construção e
operação de um projeto. A definição da mesma deve ser acompanhada de justificativas e mapeamento, considerando bacias hidrográficas completas,
detalhando os sítios de localização do projeto e de incidência direta dos impactos.

Diagnóstico Ambiental Da Área De Influência


O diagnóstico ambiental consiste de uma atividade dentro do EIA, destinada a caracterizar a situação do meio ambiente na área de influência do projeto,
antes da implantação do projeto, através da completa descrição e análise dos fatores ambientais e suas interações. Deve descrever o meio físico,
biológico e antrópico.

♦ Meio físico: características geológicas, formação e tipo de solo; topografia, relevo, declividade; recursos minerais e jazimentos fósseis; regime
hidrológico e qualidade dos corpos d'água; padrões de drenagem natural e artificial, lançamentos e tomadas de água; clima e qualidade do ar; processos
erosivos e sedimentológicos, estabilidade dos solos.

♦ Meio biológico: inventário de espécies características da fauna e flora natural; inventário de espécies endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção e de
espécies migratórias; diversidade de espécies; áreas de preservação permanente, unidades de conservação da Natureza e áreas protegidas por
legislação especial; produtividade e estabilidade dos ecossistemas; áreas potenciais de refúgio de fauna e flora.

♦ Meio antrópico: ocupação e uso do solo (processo histórico da ocupação, distribuição das atividades, densidade demográfica, sistema viário, valor da
terra, estrutura fundiária, etc.); usos dos recursos ambientais (águas, florestas, solos, dependência local dos recursos, nível de tecnologia, fontes de
poluição); população (crescimento demográfico, estrutura da população, distribuição espacial, mobilidade, escolaridade, nível de saúde, nível cultural);
equipamentos sociais (abastecimento d'água, sistema de esgotamento sanitário, disposição do lixo, logradouros, rede de saúde, rede escolar, rede de
suprimentos, segurança, lazer, religião, cemitérios, sítios e monumentos arqueológicos, culturais, cívicos e históricos, meios de transporte); organização
social (forças e tensões sociais, grupos e movimentos comunitários, lideranças, forças políticas e sindicais atuantes, associações); estrutura produtiva
(análise dos fatores de produção, modificações havidas em relação à composição da produção local, contribuição de cada setor, geração de empregos e
nível tecnológico por setor, relações de troca entre a economia local e a micro-regional, regional e nacional, incluindo a desativação da produção local e
importância relativa, consumo e renda "per capita").

Identificação E Estimativa Dos Impactos Ambientais


A identificação dos impactos ambientais se efetua mediante uma análise do meio e do projeto, e é o resultado da consideração das interações possíveis.
Esta fase do EIA compreende as seguintes etapas:

♦ identificação e classificação dos impactos ambientais das ações do projeto e suas alternativas, nas fases de construção e operação da atividade,
destacando os impactos mais significativos a serem pesquisados em profundidade e justificando os demais;

♦ previsão da magnitude dos impactos identificados, especificando os indicadores de impacto, critérios, métodos e técnicas de previsão utilizados;

♦ atribuição do grau de importância dos impactos em relação ao fator ambiental afetado e em relação à relevância conferida a cada um deles pelos
grupos sociais afetados;

♦ prognóstico da qualidade ambiental da área de influência, nos casos de adoção do projeto e suas alternativas e na hipótese de sua não implantação,
determinando e justificando os horizontes de tempo considerados;

Estudo E Definição De Medidas Mitigadoras

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Neste ponto do EIA, deverão ser definidas medidas que visem minimizar os impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de
tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas em relação aos padrões de qualidade ambiental e indicando os impactos que não
podem ser evitados ou mitigados.

Programas De Gerenciamento
Os programas de gerenciamento apresentam planos com cronograma de acompanhamento e monitoramento das medidas mitigadoras, nas diferentes
fases do projeto, e devem incluir estratégias para incrementar os impactos positivos identificados. O programa de monitoramento dos impactos deve ser
estabelecido por três razões principais:

♦ assegurar que os padrões ambientais legais não sejam ultrapassados;

♦ assegurar que as medidas mitigadoras sejam implementadas da maneira descrita no RIMA;

♦ possibilitar a detecção imediata dos danos ao meio ambiente, de forma que se possa agir no sentido de prevenir ou reduzir a gravidade dos impactos
indesejados.
Relatório De Impacto Ambiental - RIMA
O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e deverá ser apresentado de forma objetiva e
adequada a sua compreensão, observando o conteúdo mínimo previsto no artigo 9o da Resolução CONAMA no 001/86. As informações devem ser
tratadas em linguagem acessível, ilustrada por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam
entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqüências ambientais de sua implementação. A finalização do relatório deve
conter recomendações quanto à melhor alternativa para o empreendimento.

Todo o estudo de impacto ambiental é realizado por equipe multidisciplinar habilitada, que fica com responsabilidade técnica dos resultados
apresentados. Todas as despesas referentes ao EIA e à elaboração do RIMA, são de responsabilidade do proponente do projeto, que deverá encaminhar
no mínimo 5 cópias do RIMA ao órgão estadual competente, ou em caráter supletivo ao IBAMA, para posterior apreciação.

Ainda que financiado pelo empreendedor, o RIMA é um documento público e suas cópias ficam à disposição dos interessados nos centros de
documentação ou bibliotecas do IBAMA ou do órgão estadual, pois trata-se de peça fundamental para o licenciamento da atividade.

Ao receber o RIMA, o órgão ambiental determinará o prazo para recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos e demais
interessados, e sempre que julgar necessário ou quando for solicitado pela comunidade, promoverá a realização de audiência pública para discussão do
mesmo.

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Capítulos:

Metodologias de avaliação de impactos ambientais 1

GESTÃO DO MEIO AMBIENTE-

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12 - Metodologias De Avaliação De Impactos Ambientais 1

Identificar e quantificar os efeitos ambientais de projetos é tarefa complexa, pela diversidade de impactos ambientais que podem ser causados pela
interferência do homem no ambiente. Assim sendo, as avaliações de impactos ambientais devem ser interdisciplinares, sistemáticas, reproduzíveis e
com um forte grau de organização e uniformidade. Devem considerar os sistemas mais complexos possíveis. E, ainda que cada parte deva ser estudada
por um especialista na matéria, as interações entre as distintas partes devem ser o mais estreita e constante possível.

A identificação e avaliação de impactos requer a coleta e manipulação de grande quantidade de dados e, o mais importante, a comunicação dos
resultados finais do estudo para os que tomam as decisões e para os membros do público, muitos dos quais provavelmente não são especialistas em
ciências ambientais. Para auxiliar a ultrapassar essas dificuldades, têm sido desenvolvidas abordagens ou técnicas auxiliares, comumente chamadas de
Metodologias ou Métodos de Avaliação de Impactos Ambientais - MAIA.

Entende-se por metodologia de avaliação de impactos ambientais um conjunto de normas e de procedimentos que regem a realização de estudos de
impacto sobre o meio ambiente. Existem dois tipos de MAIA, a administrativa e a técnica. A metodologia administrativa refere-se aos procedimentos
gerais a aos trâmites legais e institucionais do processo. A metodologia técnica refere-se aos meios e mecanismos de AIA específicos, alguns dos quais
serão abordados neste capítulo.
Métodos Aplicáveis
Os métodos para avaliação de impactos ambientais variam segundo o fator ambiental considerado. Por exemplo, existem tecnologias muito adequadas e
comprovadas para a predição dos impactos sobre a qualidade do ar, no que diz respeito a calcular as concentrações de contaminantes na atmosfera,
porém em troca, os impactos na flora e na fauna destes contaminantes, ou seja, os efeitos, não são tão facilmente quantificáveis. Portanto, é possível
usar tecnologias comprovadas em alguns casos, enquanto que em outros há que basear-se no julgamento e na experiência de profissionais no campo.

As metodologias de avaliação têm que ser flexíveis, aplicáveis em qualquer fase do processo de planejamento e desenvolvimento da atividade. Devem
ser adequadas para poder efetuar uma análise global, sistemática e interdisciplinar do meio ambiente e de seus múltiplos componentes. E, ainda, devem
ser revisadas constantemente, em função dos resultados obtidos e da experiência adquirida.

As AIA’s, conforme visto anteriormente, devem descrever a ação proposta, assim como outras alternativas; predizer a natureza e magnitude dos
impactos ambientais sobre o meio físico, biológico e antrópico, no entorno da obra; interpretar os resultados; prevenir os efeitos ambientais; e, comunicar
os resultados, de forma a ser entendido por aqueles que tomam a decisão e o público interessado. Assim sendo, as metodologias devem envolver as
seguintes atividades:

♦ identificação de impactos;

♦ previsão e medição de impactos;

♦ interpretação de impactos;

♦ identificação de medidas mitigadoras e dos requisitos de monitorização;

♦ comunicação aos usuários das informações sobre os impactos, tais como aos responsáveis pela tomada de decisão e membros do público.

O significado destas atividades, pode ser entendido, tomando-se como exemplo um caso hipotético, de um país em desenvolvimento, que decidiu que os
recursos florestais de uma certa região deveriam ser explorados e que uma usina de celulose e papel fosse ali instalada, para promover o crescimento
econômico local e substituir as caras importações de papel. Consequentemente, um certo local foi escolhido como a possível localização para a usina.
Antes da decisão sobre o início da construção, uma AIA tem que ser elaborada para avaliar as implicações ambientais do projeto.

Classificação Das Técnicas De AIA


As técnicas de avaliação, segundo a função analítica que apresentam, podem ser divididas em:

♦ técnicas de identificação;

♦ técnicas de predição;

♦ técnicas de interpretação;

♦ técnicas de prevenção;

♦ técnicas de comunicação.

Dentre as metodologias conhecidas, algumas apenas identificam os impactos, outras são técnicas de identificação e quantificação, outras são
basicamente conhecidas como técnicas de comunicação. Por outro lado, ao se abordar as muitas classificações dos diferentes métodos existentes,
deve-se ter em conta que nenhum está totalmente desenvolvido, nem resulta absolutamente idôneo para um determinado projeto. Em todos os casos,

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tem-se que ajustar o modelo à complexa realidade física e socio-econômica que apresenta uma dada localização. Assim é que quase sempre se opera
com uma metodologia "ad hoc".

Existem várias classificações para as metodologias de avaliação de impactos ambientais, o presente estudo segue a classificação adotada por Warner e
Bormley (1974), que as dividiu em cinco grupos. Acrescenta-se a estes um sexto grupo constituído pelos modelos de predição.

♦ Métodos " ad hoc ";

♦ Check list ou Listagem de controle;

♦ Matrizes;

♦ Sobreposição de mapas;

♦ Diagramas;

♦ Modelos de predição

Métodos " AD HOC " Ou Espontâneos


Compreendem técnicas rápidas de avaliação de impactos, desenvolvidas para projetos já definidos, ou seja, o método é aplicado apenas para um caso
específico, pela equipe solicitada para fazer a avaliação. De um modo geral, estas técnicas não se prendem a métodos já definidos, mas podem
aproveitar idéias dos mesmos para elaborar uma informação qualitativa ampla para comparação de alternativas de localização ou de processos de
operação de um dado empreendimento.
Check List Ou Listagem De Controle
É um método de identificação, utilizado principalmente para avaliações preliminares. Consiste de uma lista de fatores ambientais que podem ser afetados
pelo empreendimento, a ser utilizada para uma avaliação rápida dos impactos ambientais do mesmo em uma determinada área. Através dessas listas,
os impactos ambientais são identificados de forma qualitativa para tipos específicos de projetos, a fim de assegurar que todos os itens sejam
considerados. Desse modo, elabora-se uma lista para projetos de recursos hídricos, outra para projetos petroquímicos, etc.(Quadro 17.1).

Nas listas de checagem os impactos ambientais podem ser classificados como diretos/indiretos, reversíveis/irreversíveis, etc. Devem ser acompanhadas
de um texto que descreva detalhadamente as possíveis variações dos fatores ambientais assinalados; este texto constitui o estudo de impacto
propriamente dito. Os impactos assinalados podem também ser valorados, e, sempre de forma subjetiva, podem ainda ser ponderados entre si. Assim,
as listas evoluem de listas simples para listas descritivas, lista de verificação e escala e listas de verificação, escala e ponderação. Vale lembrar mais
uma vez que é um método de identificação qualitativo e, como tal, presta-se muito bem para análises preliminares, com uma grande vantagem pois
oferece a possibilidade de cobrir ou identificar quase todas as áreas de impacto.

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Capítulos:

Metodologias de avaliação de impactos ambientais 2

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13 - Metodologias De Avaliação De Impactos Ambientais 2

Matrizes
As matrizes são técnicas de identificação de impactos ambientais, onde as colunas são constituídas por uma lista das ações do projeto e as linhas por
fatores ambientais que podem ser afetados por aquelas ações. O cruzamento das ações do projeto com os fatores ambientais da área, permite a
identificação das relações de causa-efeito, ou seja, dos impactos ambientais.

A matriz mais conhecida e utilizada no mundo inteiro é a Matriz de Leopold et al (1971), que na sua composição original possui 88 linhas e 100 colunas,
perfazendo um total de 8.800 interações. Cada interação assinalada para um empreendimento corresponde a um impacto ambiental. Nessa matriz, cada
impacto assinalado é avaliado segundo a sua magnitude e grau de importância, recebendo valores de 1 a 10. A magnitude tem caráter quantitativo e diz
respeito a dimensão do impacto sobre um setor específico do meio ambiente, por exemplo: a carga poluidora lançada no rio. Deve ser precedida de sinal
+ ou -, segundo se trate de um efeito positivo ou negativo sobre o ambiente. A importância, tem caráter qualitativo, é a medida do peso relativo que o
fator ambiental alterado tem dentro do projeto, por exemplo: a carga poluidora lançada considerando as condições do rio e a freqüência com que ocorre.
A matriz deverá ser acompanhada de um texto que irá abordar os impactos mais significativos.

A Matriz de Leopold tem aspectos bastante positivos, dentre os quais cabe destacar os poucos requisitos necessários à sua aplicação e sua utilidade na
definição de efeitos, pois contempla de forma bastante completa os fatores físicos, biológicos e sociais envolvidos. Por outro lado, por não haver critério
único de valorização, pode-se dizer que a matriz de Leopold é um sistema um tanto quanto subjetivo de avaliação. Não obstante, quanto mais
multidisciplinar for a equipe avaliadora, mais próximo se estará de um nível objetivo de avaliação.

Na matriz de Leopold, apenas os impactos diretos podem ser identificados, não sendo possível avaliar interações mais complexas e impactos indiretos.
Como a variável tempo não é considerada, não é possível distinguir impactos imediatos daqueles de longo prazo, nem os temporários dos permanentes,
reversíveis dos irreversíveis, etc.. Desse modo, surgiram as matrizes de interação onde os impactos podem ser interpretados segundo a sua natureza.

Sobreposição De Mapas

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A sobreposição de mapas constitui uma boa ferramenta de comunicação, sobretudo em estudos do meio físico. Consiste na utilização de mapas onde a
área afetada pelo projeto é dividida em retículas. Obtém-se assim uma série de unidades geográficas e em cada uma delas se estuda os impactos
ambientais através de indicadores previamente estabelecidos. Utilizando-se de transparências, os resultados obtidos são assinalados nos mapas
correspondentes. Sobrepõe-se depois os resultados das distintas transparências e, tratando-se todas estas informações, chega-se as conclusões finais.

Diagramas / Redes De Interação


São métodos que tratam da avaliação de impactos indiretos. São representações em forma de diagramas da sucessão de impactos, através de
conexões entre os indicadores.

Proposto por Sorensen (1974), o método organiza uma sequência de efeitos provocados por cada ação do projeto - os impactos diretos. A partir da
identificação dos impactos diretos, a cadeia ou sucessão de impactos indiretos, seus respectivos efeitos e as medidas mitigadoras, são descritas através
de um fluxograma, ou seja, uma rede ou sistema de interação. Um exemplo da rede é mostrado na figura 17.1.

Modelos De Predição
A avaliação do impacto de poluentes na atmosfera e nas águas geralmente é feita utilizando-se métodos de predição, os quais se baseiam em modelos
de difusão desses poluentes no ar e nas águas.

Um modelo não é outra coisa que uma representação física ou matemática - ou no melhor dos casos física-matemática -, que reproduz as características
e condições ambientais de um ecossistema real, de modo que analisando esta informação e as interações, possamos chegar à percepção de tal sistema
frente às ações modificadoras impostas pelo homem.

Teoricamente é o melhor método, devido à sua capacidade de predição, porém é um método caro, que exige capacitação, tempo e muitos recursos.

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Capítulos:

Gerenciamento ambiental (ISO 14.000)

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14 - Gerenciamento Ambiental (ISO 14.000)

Durante os capítulos anteriores procurou-se entender o ambiente, definir os problemas ambientais identificando algumas soluções e como atuar, fazer
algo que leve a melhorar a situação. A ação com vistas a solução das questões ambientais é função dos órgãos gestores. As ações gerenciais para
resolver um problema consistem no estabelecimento de objetivos a cumprir, de um sistema a seguir e de uma estrutura organizacional para enfrentar a
situação. Os objetivos a cumprir foram definidos pela Lei do Meio Ambiente, no 6938/81 que trata da Política Nacional do Meio Ambiente. Esta,
complementada por Decretos e Resoluções, define também o sistema a seguir e estabelece a estrutura organizacional a nível de Poder Público. As
ações ambientais também são gerenciadas pela comunidade, no momento em que ela exige um ambiente sadio, estabelece restrições aos produtos
ambientalmente nocivos e solicita audiência pública para discussão das questões ambientais. E, nesse meio, encontra-se o empreendedor que deve
satisfazer às exigências do Poder Público (Legislação Ambiental) e da comunidade.

Até recentemente as questões ambientais eram tratadas com regulamentação técnica, pela defini- ção de padrões de qualidade e limites de emissões
que deviam ser respeitados pelos geradores de impactos ambientais. Atualmente, verifica-se uma tendência de utilização da proteção ambiental como
um fator de diferenciação de produtos, processos e serviços entre empresas e, com a globalização, entre países. Tal tendência mundial passou a exigir
uma avaliação mais sistemática das questões ambientais, surgindo assim normas internacionais de gerenciamento ambiental - série ISO 14.000. As
normas dessa série tratam de uma abordagem sistêmica da gestão ambiental e possibilitam a certificação de empresas e produtos que as cumpram.

ISO 14.000 - Gestão Ambiental


A International Organization for Standardization - ISO, fundada em 1947, com sede na Suíça, é uma organização não governamental que congrega os
órgãos de normalização de mais de cem países. O Brasil participa da organização através da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. A ISO
busca normas de homogeneização de procedimentos, de medidas, de materiais e/ou de uso que reflitam o consenso internacional em todos os domínios
de atividade, com exceção do campo eletro-eletrônico.

A ISO 14.000 visa ser uma referência consensual para a gestão ambiental no mercado globalizado. Na sua concepção, a ISO 14.000 tem como objetivo
central um Sistema de Gestão Ambiental que auxilie as empresas a cumprirem suas responsabilidades com respeito ao meio ambiente. Em decorrência
criam a certificação através de rótulos ecológicos, possibilitando identificar aquelas empresas que atendem à legislação ambiental e cumprem os
princípios do desenvolvimento sustentável. A série ISO 14.000 pode ser resumida em seis grupos de normas divididos em dois grandes blocos, um
direcionado para o produto, outro para a organização (Figura 18.1).

Sistema De Gestão Ambiental - SGA


Um sistema de gestão ambiental - SGA (ISO 14.001) - pode ser definido como um conjunto de procedimentos para administrar uma organização, de
forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente. A implantação do mesmo é feita em cinco etapas sucessivas. Todas essas etapas buscam
a melhoria contínua, ou seja, um ciclo dinâmico no qual está se reavaliando permanentemente o sistema de gestão e procurando a melhor relação
possível com o meio ambiente. A figura 18.2 ilustra o modelo do SGA.

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Auditoria Ambiental
A auditoria ambiental é um instrumento de gestão que permite fazer uma avaliação sistemática, periódica, documentada e objetiva dos sistemas de
gestão e do desempenho ambiental de empresas, para fiscalizar e limitar o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente. Ela pode ser voluntária,
por decisão da empresa de conformidade com a sua Política Ambiental ou imposta por legislação local. Pode ainda ser interna, realizada pelo pessoal da
própria empresa, de forma rotineira, como parte de sua Política Ambiental , ou externa, realizada por empresas especializadas, quando houver motivos
legais que a justifiquem.

O objetivo básico da auditoria ambiental é avaliar o grau de conformidade do estabelecimento com a legislação ambiental e com a Política Ambiental da
empresa, incorporada ao seu SGA. Os três alvos fundamentais de investigação são: a situação do licenciamento, a competência para controle dos riscos
ambientais e a confiabilidade do monitoramento realizado.
Avaliação Do Desempenho Ambiental
Entende-se por desempenho ambiental o estágio alcançado por uma organização no trato das relações entre todos os aspectos das suas atividades e
seus riscos e efeitos ambientais significantes. A avaliação de desempenho ambiental - ADA - é um processo para medir, analisar, avaliar e descrever o
desempenho ambiental de uma organização contra um determinado critério acordado, visando ao gerenciamento apropriado. O processo é desenvolvido
com base em indicadores de desempenho ambiental - IDA - em cada área de avaliação - sistema de gestão, sistema operacional e meio ambiente.

O processo pode ser utilizado pelo gerenciamento de uma organização com diversos propósitos, dentre os quais destacam-se:

♦ medir, avaliar e analisar o desempenho ambiental;

♦ aprimorar e corrigir o desempenho ambiental;

♦ para melhorar a compreensão dos efeitos ambientais das atividades da organização;

♦ contribuir para a constante identificação e priorização de políticas ambientais;

♦ demonstrar conformidade;

♦ comunicar para as partes interessadas internas e externas;

♦ avaliar riscos ambientais.


Rotulagem Ambiental
A rotulagem ambiental da série ISO 14.000 consiste em normas para disciplinar o uso de selos e mensagens relacionadas ao meio ambiente, contidas
nos produtos ou nas respectivas embalagens. Os “selos verdes” em uso desde o final da década de setenta por alguns países, passaram a identificar
produtos e, consequentemente, prestigiar empresas que segundo os seus outorgantes, não causariam danos ao meio ambiente. A regulamentação do
seu uso através de normas internacionais visa homogeneizar a linguagem e o seu uso no tempo da globalização.

O “selo” é definido como uma afirmação que indica os atributos ambientais de um produto ou serviço, podendo ter a forma de proclamações, símbolos,
gráficos, etc. O mesmo tem por objetivo comunicar, de forma verificável, acurada e não enganosa, os aspectos ambientais de produtos e serviços, com
vistas a encorajar a demanda daqueles que causam menor pressão sobre o meio ambiente. A seguir, exemplos de selos já em uso no mercado mundial.

Blue Angel, implementado na Alemanha em 1977. Marca registrada no Ministério do Meio Ambiente alemão, administrada por três agências alemães. É
o selo mais empregado em todo o mundo, certificando mais de 3.000 produtos, considerados ambientalmente sadios, em várias linhas.

Environmental Choice, implementado no Canadá em 1988, pelo ECP - Environmental Choice Programme, do Ministério do Meio Ambiente Canadense.
Alguns produtos já certificados: detergentes, fraldas, baterias, material de construção, utilidades e aquecedores domésticos, lâmpadas, lenços de papel
reciclado, embalagens comerciais, tinta à base de água, produtos de plástico reciclado, combustíveis.

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Eco Mark, implementado no Japão em 1989. É concedido pelo JEA - Associação Japonesa de Meio Ambiente. Alguns produtos já certificados:
detergentes, produtos de plástico, tintas, baterias, pesticidas, artigos eletrônicos, sprays aerosol, frutas processadas, comidas para crianças, aditivos
alimentares, óleos lubrificantes.

Análise Do Ciclo De Vida


O ciclo de vida compreende estágios interligados e consecutivos de um sistema de produtos ou serviços, desde a extração dos recursos naturais -
‘berço’- até a disposição final - ‘túmulo’(Figura 18.3). Este grupo de normas da série ISO 14.000 estabelece padrões e procedimentos para avaliação “do
berço-ao-túmulo” dos impactos de produtos ou serviços.

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Capítulos:

Aspectos ambientais de normas de produtos

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15 - Aspectos Ambientais De Normas De Produtos

Qualquer produto produz algum efeito sobre o meio ambiente durante seu ciclo de vida. Estes efeitos podem variar de leves a insignificantes; de curto ou
longo prazo e podem ocorrer nos níveis local, regional ou global. Precauções nas normas de produtos podem influenciar significativamente a extensão
de tais efeitos ambientais. Este grupo de normas apresenta:

♦ considerações gerais que devem ser levadas em conta quando do desenvolvimento do produto, a fim de alcançar o desempenho pretendido com
redução dos efeitos adversos sobre o meio ambiente;

♦ descreve os meios pelos quais os dispositivos das normas e produtos podem afetar o meio ambiente, durante os estágios do ciclo de vida do produto;

♦ oferece descrição de metodologias científicas para avaliação dos efeitos ambientais dos dispositivos das normas de produtos; e

♦ evidencia estratégia para aprimorar o desempenho ambiental.

A ISO 14.000 se aplica a qualquer tipo de empreendimento ou organização, por exemplo, um negócio, uma empresa, um órgão governamental, uma
instituição de caridade ou sociedade, etc., dos mais diversos portes e nas mais diferentes condições sociais, culturais, e geográficas.

Com a ISO 14.000, empresas localizadas em países diferentes, participam de um sistema único de certificação, o qual deixa de ser barreira para o
comércio internacional. Tem caráter voluntário, mas é de se esperar que, com o aumento do grau de informação dos consumidores, muitas empresas
optem pela norma ambiental, que sem dúvida será decisória na competitividade.

Ecoprodutos E O Consumidor " Verde "


A aplicação da ISO 14.000 reforça a presença de ecoprodutos no mercado. Os ecoprodutos ou produtos ‘verdes’ refletem um novo paradigma de
consumo, contrário à mentalidade de uso e descarte de produtos, e, em particular, de produtos descartáveis. Segundo Simon (1992)5 , ecoproduto é
aquele que apresenta as seguintes características:

♦ reduzido consumo de matérias-primas e elevado índice de conteúdo reciclável;

♦ produção não poluidora e matérias não tóxicas;

♦ não realiza testes desnecessários com animais e cobaias;

♦ não produz impacto negativo ou danos a espécies em extinção ou ameaçadas de extinção;

♦ tem baixo consumo de energia durante seu ciclo de vida;

♦ a embalagem é mínima ou nula;

♦ possibilita o reuso ou reabastecimento;

♦ tem período longo de uso, permitindo atualizações;

♦ permite a coleta e desmontagem após o uso;

♦ possibilita remanufatura ou reutilização;

O consumidor de ecoprodutos ou consumidor ‘verde’ é aquele que incorpora a qualidade ao preço ambiental relativo aos impactos ambientais do ciclo de
vida do produto. Segundo Elkington, Hailes e Makowwer (1988)6 , o consumidor verde é aquele que tem o seguinte comportamento:

♦ busca a qualidade evitando produtos com impactos ambientais negativos;

♦ recusa os produtos derivados de espécies em extinção ou ameaçadas de extinção;

♦ observa os certificados de origem e os selos verdes;

♦ leva em conta a biodegradabilidade do produto;

♦ escolhe produtos isentos de alvejantes e corantes;

♦ admite sobrepreço relativo à qualidade ambiental do produto;

♦ não compra produtos com empacotamento excessivo;

♦ prefere produtos com embalagem reciclável e/ou retornável; e

♦ evita produtos com embalagem não biodegradável.

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