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Introdução

ÓRGÃOS DE SOBERANIA

Nos termos do artigo 105º da constituição, são órgãos de soberania o


Presidente da República, a Assembleia Nacional e os Tribunais, que
devem respeitar a separação e interdependência de funções, cujo abaixo
se descrevem:

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Desenvolvimento
1.1.1 Origem Histórica do estado democrático de direito

Origem Histórica A ideia de Estado Democrático tem raízes no séc. XVIII,


e está ligado a ideia de certos valores da dignidade humana, organização
e funcionamento do Estado e a participação popular. No entanto, na
antiguidade, o indivíduo tinha valor relativo; só alguns participavam das
decisões, ou seja, apenas os cidadãos, aqueles que eram homens e
tinham bens; ou segundo Aristóteles (384 – 322 a. C), no seu livro III, de
“A Política”, cidadão era aquele que tivesse autoridade deliberativa ou
judiciária, jamais um artesão ou mercenário, isso porque a virtude

Política, que é a sabedoria para mandar e obedecer, só pertence àquele


que não tem necessidade de trabalhar para viver. Percebe-se que a ideia
de povo é restrita a cidadão, não sendo compatível com a ideia de povo
do século XVIII, época em que “...a burguesia, economicamente
poderosa, estava às vésperas de suplantar a monarquia e a nobreza no
domínio do poder político.”6 Na sua origem, o conceito de democracia
encontra definição razoavelmente pacífica na especificação do regime do
demos, nome pelo qual eram designadas as divisões territoriais
administrativas na Grécia antiga, de forma que, por extensão, tal palavra,
originada de demokratia, (ou, no grego, δηµοχρατία) passou a significar
poder popular, governo do povo. Como a tal conclusão, podemos
facilmente notar que os conceitos de "poder popular" e de "governo do
povo" não eram exatamente os que se fazem presentes na
contemporaneidade, de forma que pela dificuldade de se conceituar o
que seria poder popular - e, por consequência, de se delimitar o governo
do povo - o conceito de democracia tem sofrido os mais diversos
significados durante a história.7 Vale destacar a Carta de João Sem
Terra de 1215: um documento medieval bilateral em que o rei se obriga a
respeitar a lei. O objetivo foi reparar os abusos do rei, pois o mesmo não

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abria mão de sua soberania, porém, deveria respeitar o Parlamento, eis a
origem fiscalizadora do Parlamento, no controle dos gastos públicos.

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