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Rosangela Cuccolo

Trabalhos sobre Odontologia Hospitalar (Módulo 2) - Turma 150

1- O que é a Odontologia Hospitalar e qual a lei que estabelece a obrigatoriedade da


presença de profissionais da Odontologia nas unidades de terapia intensiva.

A Odontologia Hospitalar é um campo de atuação em expansão e recentemente


reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia. A importância da presença do
cirurgião-dentista no ambiente hospitalar reside em que o atendimento odontológico
contribui para a recuperação dos pacientes hospitalizados por problemas sistêmicos. A
Odontologia Hospitalar pode ser definida como o ato odontológico exercido dentro do
ambiente hospitalar, oferecido ao paciente que se encontra internado por apresentar
comprometimentos clínicos. Este inclui um conjunto de ações preventivas,
diagnósticas, terapêuticas e paliativas em saúde bucal.
O Projeto de Lei 2.776, de 04 de março de 2008, tem como finalidade estabelecer a
obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia nas unidades de terapia
intensivas. Pacientes internados em UTI devem receber atendimento odontológico
individualizado para a melhor sobrevida e prevenção da pneumonia nosocomial
(pneumonia hospitalar), que é responsável pelas altas taxas de morbidade,
mortalidade e aumento dos custos hospitalares.

2-Cite exemplos de atendimentos odontológicos que devem preferencialmente ser


realizados em ambiente hospitalar.

O atendimento odontológico hospitalar exige o trabalho em equipe, incluindo a


participação dos TSB e ASB, que precisam conhecer a dinâmica do serviço hospitalar
(especialidades médicas, os exames e os tratamentos disponíveis), pacientes
comumente atendidos (principais necessidades) e os serviços prestados pelos
dentistas e sua equipe.
Exemplos de atendimentos odontológicos que devem preferencialmente ser realizados
em ambiente hospitalar:
Procedimentos da cirurgia bucomaxilofacial: grandes enxertos ósseos para viabilizar a
fixação de implantes dentários, tratamento das fraturas dos ossos da face, cirurgia
ortognática, tratamento de grandes lesões patológicas, reconstrução após remoção de
tumores.
Atendimento a pacientes com intolerância a anestésicos locais.
Procedimentos cirúrgicos em crianças de tenra idade.
Promoção de saúde bucal a pacientes que estejam internados.
Pacientes com necessidades especiais com extensa limitação física, mental, emocional
ou médica que impeça o tratamento em ambiente de consultório. Alguns pacientes
com esses quadros podem apresentar, por exemplo, múltiplas extrações, raspagens e
profilaxia, ou restaurações a serem realizadas, pois a higienização bucal desses
pacientes é bastante complicada.
A vantagem de atender esses pacientes em ambiente hospitalar é que sob sedação é
possível que o cirurgião-dentista realize grande parte ou mesmo todo o tratamento
necessário em apenas uma sessão. Um tratamento que requer várias visitas ao
consultório dificulta a adesão da família pela dificuldade ou mesmo impossibilidade de
locomoção, comprometendo a realização do mesmo. O atendimento hospitalar deixa
os profissionais mais seguros para realização dos procedimentos necessários no centro
cirúrgico com a presença de anestesistas responsáveis pela anestesia geral,
controlando a ansiedade do paciente, monitorando os sinais vitais e administrando
fármacos adequadamente.
Pacientes com distúrbios sanguíneos, como os hemofílicos ou usuários de
anticoagulantes orais ou sistêmicos que requerem retaguarda da equipe médica pelo
risco de hemorragia.
Pacientes cujo controle das doenças bucais é considerado relevante para o quadro
geral de saúde durante o tratamento e controle da doença ou no pré e pós- operatório
de cirurgia médica. Estão incluídos pacientes em tratamento de radioterapia ou
quimioterapia de neoplasia (tumores / câncer). Pacientes que se submeterão à cirurgia
cardíaca, renal, hepática e outras.

3-Em relação a odontologia hospitalar quais os serviços a serem realizados em


ambulatório, em pacientes internados em ambiente hospitalar e internados em UTI.

Serviço ambulatorial é aquele executado no ambulatório, incluindo a realização de


curativos, pequenas cirurgias, primeiros socorros e outros procedimentos que não
exijam uma estrutura mais complexa de atendimentos. A prioridade é o atendimento
de urgência e dar retaguarda às situações de emergência em pronto socorro.
Urgência: é a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de
vida, cujo portador necessita de assistência médica/odontológica imediata.
Emergência: é a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem
em risco iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, atendimento
imediato.
Serviços a serem realizados em ambulatórios: Os casos odontológicos mais frequentes:
pacientes com infecção odontogênica, trauma dentário e fratura em região da face.
Segundo a Política Nacional de Saúde devemos atender todas as urgências e
emergências.
Quando o paciente chega ao ambulatório em situação de urgência o ASB (auxiliar em
saúde bucal) poderá realizar o acolhimento, fazer o preenchimento de ficha de
identificação, posicionar o paciente na cadeira, separar instrumentais e materiais
odontológicos e montar a mesa clínica para o atendimento enquanto o TSB (técnico
em saúde bucal) instrumenta o CD(cirurgião- dentista) durante o procedimento. Após
o atendimento inicial o CD poderá solicitar nova conduta em nível hospitalar ou
encaminhar o paciente para consultório odontológico, se necessário.
Serviços realizados em pacientes internados em ambiente hospitalar: Alguns pacientes
internados necessitam de avaliação odontológica pelas mais variadas doenças
sistêmicas com complicações orais, desde dor de dente por cáries e fraturas até a
dificuldade de se alimentar pelo mau estado bucal.
Serviços a serem realizados em pacientes internados em UTI
O Projeto de Lei 2.776, de 04 de março de 2008, tem como finalidade estabelecer a
obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia nas unidades de terapia
intensivas. Pacientes internados em UTI devem receber atendimento odontológico
individualizado para a melhor sobrevida e prevenção da pneumonia nosocomial
(pneumonia hospitalar), que é responsável pelas altas taxas de morbidade,
mortalidade e aumento dos custos hospitalares. Esse tipo de pneumonia acontece
comumente pela aspiração do conteúdo presente na boca e faringe.
Todos os integrantes da equipe de saúde bucal devem receber treinamento adequado
relacionado principalmente à biossegurança, e sempre atuar sob a supervisão do
cirurgião-dentista.
Os serviços de odontologia devem elaborar um protocolo de atendimento onde devem
constar as informações sistêmicas (gerais) e bucais de cada paciente, por exemplo:
pressão arterial, medicações em uso, tempo de permanência na UTI, idade, grau de
consciência, além de dados sobre o estado de saúde bucal atual e necessidades de
tratamento. Esses dados são importantes para se ter uma avaliação geral da saúde do
paciente.
Os procedimentos odontológicos comumente realizados em UTI são: remoção de
restos radiculares, raspagem periodontal, escoriação de cavidades de cárie através da
técnica de intervenção atraumática (TRA) e aplicação tópico de flúor gel neutro a 2%,
na tentativa de eliminar focos de infecção que possam prejudicar a saúde geral do
paciente e preservar a saúde bucal.
Em pacientes sedados e ou entubados, independente da necessidade de intervenção, a
placa bacteriana da cavidade bucal assim como a saburra lingual devem ser removida
diariamente pelo TSB utilizando gaze embebida em solução de digluconato de
clorexidine a 0,12%.
Em pacientes conscientes e em boas condições físicas a equipe odontológica deve
orientar para que faça a higiene bucal após as refeições.
Rosangela Cuccolo
Trabalhos sobre Farmacologia (Módulo 2) Turma 150

1-Quais os cuidados que a gestante devem ter em relação aos medicamentos e quais
os medicamentos poderão ser utilizados durante a gestação e na amamentação.

Durante a gravidez, os cuidados com a saúde da mãe devem ser constantes. A troca
sanguínea entre o feto e a gestante não faz distinção entre substâncias que possam ser
boas ou prejudicar a formação do bebê. Além de manter uma alimentação saudável,
cortar o uso de drogas, álcool ou cigarro, tomar cuidados com a medicação de grávidas
é essencial.
O péssimo hábito da automedicação não é novidade entre os brasileiros, porém,
durante a gestação esse ato pode trazer consequências irreversíveis para a saúde da
mãe e do bebê. Confira alguns cuidados que devemos ter:
Os 3 primeiros meses de gestação merecem cuidados redobrados,este é o período
mais crítico da gestação. Nesta fase os fármacos podem afetar o crescimento,
desenvolvimento e saúde do feto, além de causar más formações congênitas e até o
aborto. Nesta fase, o consumo de medicamentos deve ser o mais restrito possível.
Leia sempre a bula e esteja atento aos riscos que o remédio oferece durante a
gravidez. Em casos em que a grávida precisar de medicamentos para doenças crônicas
como diabetes, hipertensão ou artrite, consulte o médico para entender as reações
desses remédios nesta fase.
Tenha em mente que os remédios não são inofensivos
Até mesmo aqueles que não precisam de receita e são comumente utilizados — como
as aspirinas e o ibuprofeno — são riscos em potencial. As aspirinas podem causar
hemorragia na mãe e na criança, já o ibuprofeno pode ser responsável por
desencadear aborto espontâneo.
Por mais inofensivos que possam parecer, qualquer medicamento deve ser
administrado sob prescrição médica durante a gestação. Nenhum medicamento é
completamente seguro durante a gravidez. A orientação para a administração de
fármacos é responsabilidade do profissional da saúde. Por isso, deve-se estar atento às
classificações de risco dos remédios. Portanto, busque a classificação dos
medicamentos na bula e veja a classificação de risco.
Conheça os fármacos proibidos
Existem medicamentos que devem ser evitados em qualquer período da gestação,
independentemente do caso. A Isotretinoína (Roacutan), muito utilizada em
tratamentos de acne oferece riscos ao sistema nervoso central, coração e grandes
vasos sanguíneos do bebê. Antibióticos à base de Tetracilinas também devem ser
evitados por ocasionar descoloração do esmalte dentário na primeira dentição e até
mesmo parto prematuro e óbito intrauterino.
O Metotrexato, antiofalato usado no tratamento de câncer e doenças autoimunes
também está na categoria de medicamentos proibidos; junto a Penicilamina, utilizada
como antirreumático e antiurolítico. Oriente sobre a atenção antes, durante e depois
da gestação.
Todas as considerações aqui descritas devem ser motivo para atenção antes mesmo da
concepção. Gerar uma nova vida requer cuidado e observação constantes. É preciso
orientar as gestantes sobre a importância de uma gestação saudável, que se inicia no
momento da decisão de ter o filho.
Esses cuidados também são importantes durante a amamentação, quando o bebê
continua recebendo substâncias ingeridas pela mãe, através do leite materno. Alertar
sobre os riscos da automedicação e orientar a leitura da bula de qualquer
medicamento devem ser atitudes tomadas por profissionais da saúde.

2- O que são os antibióticos? Porque não devemos fazer uso de antibióticos sem
receita médica?

Antibióticos são medicamentos utilizados especificamente para a eliminação de


bactérias sem danificar as células de nosso corpo. Existem diversos tipos de antibióticos
diferentes para que haja efeito em todo tipo de bactéria prejudicial ao nosso
organismo. Eles são medicamentos que funcionam exclusivamente em bactérias e não
são capazes de eliminar vírus e fungos.
Os antibióticos modernos podem ser divididos em dois tipos, dependendo de como é
seu funcionamento. São eles:
Bactericidas
Os bactericidas são os antibióticos que matam as bactérias. Eles podem fazer isso de
diversas formas, reduzindo seus números drasticamente e facilitando tudo para o
sistema imunológico.
Bacteriostáticos
Bacteriostáticos são antibióticos que impedem as bactérias de se reproduzir. Assim, o
número de bactérias para de crescer, para então passarem a morrer naturalmente e
serem mortas pelo sistema imunológico, sem sobrecarregá-lo.
Os bacteriostáticos impedem que as bactérias se multipliquem. Eles podem inibir a
síntese de proteínas das células, o que as impede de se dividir. Ainda podem impedir a
duplicação do DNA da bactéria, o que faz com que parem de se multiplicar, deixando
que o sistema imunológico as elimine de maneira eficiente.
Alguns desodorantes utilizam químicos bacteriostáticos, evitando que bactérias que
podem estar presentes no suor se multipliquem e emitam odores.
Tipos de antibióticos
Existem diversas variedades de antibióticos que são usados para diferentes tipos de
infecção.
Os antibióticos são separados de acordo com suas estruturas químicas e mecanismos
de ação. 
As classificações são as seguintes:
Aminoglicosídeos, Ansamicinas, Carbacefem, Cefalosporinas (primeira a
quinta,geração), Glicopeptídeos, Monobactamas, Penicilinas,
Antibióticos,polipeptídicos, entre outros.
Os antibióticos são medicamentos desenvolvidos a partir de bactérias benignas, fungos
ou elementos sintéticos que são produzidos em laboratório com o intuito de combater
micro-organismos (bactérias maléficas) causadores de infecções.
Tomar antibióticos sem orientação médica é perigoso para a saúde. Eles são eficientes
só quando usados por certo intervalo de tempo e na dosagem correta - o que apenas o
médico pode determinar. Além disso, em certos casos, podem causar problemas ao
organismo, que terão de ser diagnosticados e tratados pelo médico.
O uso de antibióticos sem controle médico pode levar à seleção de bactérias
resistentes ao medicamento. Isso significa que um antibiótico pode não fazer mais
efeito numa segunda utilização

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