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Meu Progresso

Meu Progresso
 Voltar para o índice de Casos Interativos Antecedentes familiares

Ansiedade e depressão para o paciente em Mãe e uma das duas irmãs da paciente apresentam
história de câncer de mama.

cuidado paliativo na atenção domiciliar  

Paciente com diagnóstico de câncer de mama com metástases ósseas, estadiamento clínico IV,
apresenta queixas como dor, insônia e depressão.
Exame Físico
Publicado em 6 de Julho de 2015

Paciente lúcida, orientada, pouco comunicativa. Sonolenta por períodos. Deambula sem auxílio, mas com uma
Autores: Tais Leivas Manjourany, Editores: Anaclaudia Fassa Editores Associados: Samanta Bastos Maagh, perceptível lentidão dos movimentos. Prefere permanecer a maior parte do tempo na cama. Apresenta alopecia.
Daniela Habekost Cardoso e Luiz Augusto Facchini Deisi Cardoso Soares, Everton José Fantinel, Rogério Face sem alterações. Mucosa oral úmida e hipocorada.
da Silva Linhares, Thiago Marchi Martins, Bárbara
Heather Lutz, Natália Sevilha Stofel Ausculta pulmonar sem ruídos adventícios, taquipneica.

Ausculta cardíaca: normocárdica, ritmo regular dois tempos e sem bulhas.

Ferida oncologia em mama direita com presença de tecido necrótico e odor fétido (Grau II). Linfedema moderado em
Você já respondeu todas as 5 questões deste caso. membro superior direito.
Sua média de acertos final foi de 100,00%.
Aceita pouco alimentação, relata inapetência.

Abdomen flácido e indolor a apalpação, ruídos hidroaérios presentes.


RECOMEÇAR
Eliminações intestinais presentes. Diurese em bom volume.

Extremidades aquecidas e acianóticas, pele friável, apresentando labilidade capilar com presença de hematomas em
toda a extensão dos MMSS
Caso Sinais vitais e medidas antropométricas:

45 anos PA: 100/60 mmHg

 C.M.R.
Peso: 50 kg
Comerciante
Estatura: 1,70 m
Temperatura: 35,5ºC
dor FR: 29 mrpm
insônia FC: 84 bpm
IMC: 17,30 Kg/m²
depressão IMC: 17,30 Kg/m²
Glicemia capilar: 71 mg/dl.
Dor: zero

Anamnese Genograma da Familia de C.M.R.

Queixa principal
C.M.R refere dor em mama direita, devido ferida oncológica e linfedema em membro superior direito. Relata também
dificuldade para dormir, com episódios noturnos de medo de morrer e ansiedade, anedonia (interesse diminuído ou
perda do prazer por atividades rotineiras), tristeza, choro frequente, mantendo-se restrita ao ambiente domiciliar para
evitar episódios de ansiedade exagerada que a exposição no meio social lhe provoca. Não se sente disposta para
realizar atividades que antes costumava fazer, queixa-se de falta de ânimo e energia. Percebe-se que prefere ficar
em silêncio e, quando requisitada emite respostas curtas, monossilábicas quando é possível, mesmo assim demora
algum tempo para responder. Estes sintomas estão presentes há certa de seis meses.

Histórico do problema atual


C.M.R é acompanhada pelo Serviço de Atenção Domiciliar (AD2) para controle de sintomas. Foi solicitado à
psicóloga da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) avaliação e assistência psicológica à paciente, devido a
presença de sintomas importantes de ansiedade e depressão.

A psicóloga realizou visitas domiciliares, onde prestou atendimento à paciente e a sua cuidadora, tendo como foco
inicial a coleta de dados e avaliação da problemática referida. Após período de avaliação, foi identificado que a
paciente apresenta episódio de Depressão Maior e quadro específico de ansiedade - fobia social. C.M.R segue em
acompanhamento e assistência psicológica, tendo em vista o alívio dos sintomas apresentados.

Histórico
História social Antecedentes pessoais
A paciente reside com sua família, duas filhas (13 e 18 Diagnóstico de câncer de mama há cinco anos,
Questão 1 Escolha múltipla
anos) e seu esposo (48 anos). Em casa de alvenaria, mastectomia parcial à direita, realizada quimioterapia e
localizada próxima a casa de demais familiares (tios e radioterapia. Histórico de episódios depressivos ao Assinale quais são as premissas para o cuidado e tratamento de
primos) no centro da cidade. Possui ensino médio longo da vida. Há dois anos recebeu o diagnóstico de
pacientes, em cuidados paliativos internados no domicilio que vivenciam
completo, casada há 25 anos, trabalhava como metástases ósseas e há seis meses recidiva local da
balconista em comércio da família, atualmente recebe doença e ferida oncológica. Suspenso tratamento sentimentos de ansiedade e depressão por decorrência do adoecimento
auxilio doença.
antineoplásico, no entanto, devem ser mantidos como C.M.R:
Sua principal cuidadora é a sua filha mais velha A.M.R, cuidados paliativos.
que divide os cuidados com sua tia paterna. Possui bom

Reconhecer junto a equipe multidisciplinar a fase
Cuidar do ambiente doméstico, manter boa
suporte social e familiar. Medicações em uso
evolutiva da doença, respeitanto o princípio da iluminação e estímulo à crença espiritual e psicoterapia.
Morfina 30mg VO de 4/ 4 horas
beneficência e da proporcionalidade terapêutica.
Metoclopramida 10 mg VO de 6/6horas


Manter o princípio da veracidade e do não
Morfina 10mg VO (resgate)


A psicoterapia no domicilío não é fundamental, abandono. A equipe deve manter seu acompanhamento
Bisacodil 5mg, 1cp a cada 24 h

sendo indicado apenas o uso de fármacos para regular, passar as informações de maneira que respeite
Curativo em Ferida em mama Direita com SF0,9%
minimizar os sintomas ansiosos e depressivos. os limites e condições de receptividade.
(temperatura ambiente) 1 vez ao dia


A terapia psicofarmacológica fundamenta-se no
OBJETIVOS:
Nome, Idade
Sofrimento
Tratamento da
uso de antidepressivos podendo ou não estar Controle de Sintomas
Diagnóstico/Comorbidades
Paciente/Cuidador/Equipe
Causa/Sintoma

associados a ansiolíticos. Alocação Adequada Índices Prognósticos


Dor, Cansaço, Náusea, Tratamento

Meu Progresso

Meu Progresso
de Recursos
Autonomia/Independência
Obsptipação
farmacológico

Diretrizes Avançadas
Ciência do diagnóstico?
Depressão, Ansiedade, Tratamento não
Sem prolongamento Ciência do prognóstico?
Confusão,
farmacológico

 100 / 100 acerto 


artificial

da vida

Alergias/RAA

Medicações
Insônia, Anorexia, Dispneia,

Disfagia

Tratamento
intervencionista

Morte Digna e Lesões orais - Sintomas


Esclarecimento
Ao abordarmos pacientes portadores de doenças evolutivas e sem possibilidade de cura percebemos, em Pacífica - Causa Reversível?
diagnóstico

determinadas situações, os medicamentos não são suficientes para proporcionar o completo alívio do - Causa Irreversível?
Abordagem
sofrimento. Há a necessidade de se abordar, de forma clara, a dor maior de viver os últimos dias, de não - Má aderência?
Multiprofissional

entender porque está gravemente enfermo, de deixar filhos desamparados, separar-se de seu companheiro, de Desconhece
Esclarecimento
não poder sustentar sua família e de não conseguir compreender o real sentido da sua vida. Qualquer doente Diagnóstico/Prognóstico
prognóstico

em fase final ou fora de possibilidades reais de cura está sujeito a uma dor total, independentemente da Imobilidade
Orientação
doença que o leva ao final da vida. (ARANTES; MACIEL, 2008, p.371) - Feridas/Ostomias;
Familiar

Neste caso, todas as alternativas estão corretas, exceto a questão que evidencia que o tratamento - Sondas de alimentação
Carta de
psicoterápico não é fundamental, pois a psicoterapia também é indicada para pacientes internados no Reação Adversa às Drogas planejamento
domicilio, no qual o psicólogo avaliará cada caso e definirá a técnica a ser adotada, com o intuito de de

proporcionar ao paciente a possibilidade de expor suas dúvidas, medos e vivências, objetivando a cuidados
compreensão de todo processo. avançados

Definição de
Diretrizes
Avançadas

Planejamento
recursos

Saiba mais NADI - HD -


Hosp. Retag

Na década de 1960, a médica inglesa Cicely Saunders acrescentou ao conhecimento da dor, o conceito de dor total,
por meio do qual admite que uma pessoa sofra não apenas pelos danos físicos que possui, mas também pelas

consequências emocionais, sociais e espirituais que a doença crônica e a proximidade da morte podem ASPECTOS
CARACTERÍSTICAS
ESFERA DE SOFRIMENTO
ATITUDES

proporcionar. “Saunders estabeleceu a importância de uma abordagem multidisciplinar e da presença de uma equipe FÍSICOS DO PACIENTE PACIENTE/FAMÍLIA/EQUIPE A SEREM
multiprofissional para que se obtenha o máximo sucesso no tratamento desta pessoa”. (ARANTES; MACIEL, 2008, TOMADAS
p.371)
OBJETIVOS:
Biografia
Medo de morrer
Acompanhamento
Desse modo, um diagnóstico adequado do sofrimento e suas causas é imprescindível para o adequado manejo no
Resignificar mágoas, Sentido de vida
Negação, Raiva, Tristeza,
familiar

Cuidado Paliativo. “Mesmo profissionais treinados na área percebem a dificuldade de analisar, abordar e integrar as
medos
Dinâmica familiar
Barganha, Aceitação
Encaminhamento
diferentes facetas do ser humano, em especial diante da finitude. Considerando a complexidade das demandas
e culpas
Estágio Kubler Ross
Culpas e Preocupações
externo

apresentadas por pacientes e familiares em situações de fim de vida, torna-se necessária a definição de uma
Resgatar e reforçar Formas de Não aceitação da morte
Psicoterapia de
estratégia completa e focada no alívio e prevenção do sofrimento em suas diversas dimensões.” (SAPORETTI, Luis
mecanismos
enfrentamento
Não aceitação da doença
apoio

Alberto et al., 2012, p.42)


de enfrentamento
Perdas, mortes Ausência Significado de Vida
Psicoterapia
Para o melhor entendimento destas dimensões, a equipe de profissionais que atuam no Ambulátorio de Cuidados Aceitação da morte
passadas Conflitos afetivos familiares
breve

Paliativos do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Resignificação da vida
Conspiração do Silêncio
Reunião de
desenvolveu uma ferramenta que amplia a dimensão das discussões em Cuidados Paliativos, o Diagrama de Previnir luto patológico Risco de luto patológico família
Abordagem Multidimensional (DAM). Este diagrama não é um protocolo a ser preenchido, mas sim uma forma de
raciocínio, sujeito a constantes aprimoramentos e ajustes. “Durante uma discussão multiprofissional de caso, defini-

se inicialmente o paciente preenchendo a esfera central com seus dados, a segunda esfera com seus respectivos
sofrimentos e por fim as atitudes da equipe. Dessa forma pode-se notar facilmente quanto determinados sofrimentos ASPECTOS
CARACTERÍSTICAS
ESFERA DE SOFRIMENTO
ATITUDES

se refletem em outras dimensões e diferenciar aspectos que ficam “misturados” levando a equipe a atitudes não RELIGIOSOS DO PACIENTE PACIENTE/FAMÍLIA/EQUIPE A SEREM
produtivas. Tratar a “dor da alma” com antidepressivos e/ou neurolépticos pode não ser uma estratégia adequada e ESPIRITUAIS TOMADAS
inclusive causar dano ao paciente”. (SAPORETTI, Luis Alberto et al., 2012, p.44)
OBJETIVOS:
Religião de batismo?
Sofrimento
Orientação
Figura 1 - Diagrama de Avaliação Multidimensional Estar em paz com o Prática inst./privada
Religioso/Existencial/Espiritual
espiritual

Criador
Outras Conflitos com Deus
Orientação religiosa

ASPECTOS
CARACTERÍSTICAS
ESFERA DE SOFRIMENTO
ATITUDES

Receber o perdão de crenças/práticas?


Conflitos religiosos c/ Estimular
SOCIAIS DO PACIENTE PACIENTE/FAMÍLIA/EQUIPE A SEREM
Deus
Importância?
familiares
religiosidade

FAMILIARES TOMADAS
Receber ritos de sua Signif. Proselitismo
Estimular
OBJETIVOS:
Escolaridade
Ausência cuidador
Providenciar tradição
Transcendente?
Restrição ao culto
espiritualidade

Organizar Cuidador/vínculo
Baixa renda familiar
cuidador
Sentimento de Comunidade R/E
Destruição de Valores
Contato c/
testamento/benefícios
Local de moradia
Dificuldade de atend. médico
Orientação Transcedência
Suporte comunidade
Ritos/sacramentos pendentes
sacerdote da
Regularizar questões Assistência Domiciliar
Estresse cuidador
legal/financeira
Síntese de Vida
Religião da família Promessas e obrigações tradição

financeiras
Composição familiar
Pendências legais/financeiras
Acompanhamento Legado Espiritual pendentes
Orientações
Providenciar Rede de suporte social
Rede de suporte insuficiente
individual
Ausência de Sentido familiares
funeral/atestado
Profissão/Aposentadoria Conflitos familiares
Acompanhamento Espirtitual

Ser cuidado por Acesso ao atestádo de óbito


familiar
Expectativa miraculosas

alguém
Local p/ Orientação de Culpa Religiosa
Amparar o Sepultamento/Cremação óbito

cuidador/família
Institucionalização
Fonte: CARVALHO; PARSONS, 2012, p. 43

Definir local de óbito Reunião família

O centro de “análise é o paciente e a esfera a ser percebida a seguir é a do seu sofrimento. Nesse momento é

importante notar que o sofrimento pode ser atual, devendo ser aliviado; ou futuro, devendo ser prevenido. Outro
aspecto a ser ressaltado é que nem sempre o sofrimento é do paciente, mas sim projeção do sofrimento da família e
ASPECTOS
CARACTERÍSTICAS
ESFERA DE SOFRIMENTO
ATITUDES

até mesmo da equipe. A esfera a seguir compreende as atitudes a serem tomadas diante dos sofrimentos
FÍSICOS DO PACIENTE PACIENTE/FAMÍLIA/EQUIPE A SEREM
identificados. Usa-se o termo “atitudes”, pois não são, necessariamente, condutas ativas a serem realizadas, mas
TOMADAS
atitudes ativas e passivas que facilitam o alívio. Por exemplo, a simples presença tranquila do profissional junto ao
leito de morte é uma atitude que pode aliviar o sofrimento de todos. Na parte externa do diagrama encontram-se
objetivos a serem perseguidos, os quais nem sempre poderão ser atingidos devido a uma série de circunstâncias.”
(CARVALHO; PARSONS, 2012, p. 44).

Questão 2 Escolha simples


O exame psíquico, ou exame do estado mental atual, é um dos
instrumentos de avaliação do paciente que apresenta sintomatologia
depressiva e/ou ansiosa. Quais as funções devem ser avaliadas? Questão 3 Escolha múltipla

Meu Progresso

Meu Progresso
Emocionais, pois a avaliação do estado mental refere-se apenas a aspectos emocionais envolvidos no cotidiano A ansiedade é definida como um estado de humor desconfortável
do individuo. vivenciado como sentimento difuso de medo e apreensão. Nos pacientes
 oncológicos, como C.M.R, os estímulos desencadeadores de Fobia Social 
Emocionais e psíquicas, funções vitais não estão incluídas, pois se relacionam a alterações físicas.
costumam ser:
Vitais como queixas relacionadas a sinais e sintomas para compreender o individuo biologicamente.

Limitação de movimentos.
O diagnóstico de uma doença, grave sem proposta
curativa ou mesmo a percepção de que sua doença
Psíquicas, emocionais e vitais para compreender o individuo integralmente.

Uso de opioide para controle álgico. evolui de forma refratária.

Psíquicas, pois a identificação de alterações psicopatológicas necessitam de uma avaliação focada.



Alteração importante da imagem corporal
Alopecia e alterações na pele.
decorrente de acentuada perda de peso.

 Acertou
 100 / 100 acerto
É sempre a pessoa em sua totalidade que adoece. A rigor não existem funções psíquicas isoladas e alterações
psicopatológicas compartimentalizadas, é necessário avaliar permanentemente funções psíquicas, emocionais
e vitais, para que tenhamos a oportunidade de entender o individuo no seu sentido mais integral. É possível perceber que o diagnóstico de câncer da paciente em questão acarretou em consideráveis
modificações na sua vida pessoal, familiar e social. Assim como, alterações ocorridas quanto a imagem
As funções alteradas fazem pressentir distúrbios subjacentes, ligados à personalidade inteira, atingida em sua
corporal como a perda do cabelo, a mastectomia, a ferida oncológica, o linfedema que prejudica movimentos, e
estrutura e em seu modo de existir.
o emagrecimento, sendo estes os possíveis causadores do isolamento social e dos sintomas de ansiedade
Com isso, de modo geral, o exame psíquico deve ser realizado e descrito na seguinte ordem: Aspecto geral, exagerados que insistem em surgir quando a paciente não está restrita em seu domicílio. No entanto, o
nível de consciência, orientação, atenção, memória, sensopercepção, pensamento, linguagem, juízo de controle adequado da dor com uso de opioides não causa ansiedade.
realidade, vida afetiva, volição, psicomotricidade, inteligência e personalidade.

Saiba Mais
Saiba Mais

Transtornos de Ansiedade
Avaliação do Exame do Estado Mental
O Conselho Estadual de Medicina do Estado de São Paulo coloca algumas características para o transtorno:
Aspectos gerais: Compreende aspectos relativos a apresentação, atividade psicomotora e comportamento, além da
Conceito: Os estados de ansiedade constituem-se em uma reação ancestral, rápida, inconsciente e muitas vezes
atitude frente ao examinador. Deve-se observar o modo do paciente de andar, sua postura, roupas, adornos e
violenta, que prepara o indivíduo para a luta ou para a fuga quando uma ameaça à vida, interna ou externa, se
maquiagem utilizados, sua higiene pessoal, cabelos alinhados ou em desalinho, atitude (amigável ou hostil), humor
apresenta. Estas são definidas como um conjunto de sinais e sintomas de origem autonômica, dos quais os mais
ou afeto predominante, modulação afetiva, sinais ou deformidades físicas importantes, idade aparente, as
evidentes são: palidez cutâneomucosa, suor frio, agitação psicomotora, midríase, taquicardia, taquipneia com
expressões faciais e o contato visual.
respiração superficial, sensação de aperto ou “bolo” no estômago, diarreia, contratura muscular generalizada,
Nível de consciência: É o estado de lucidez ou de alerta em que a pessoa se encontra, variando da vigília até o atenção focada apenas nos fatos significativos para a sobrevivência (o que se acompanha, com frequência, de
coma. É o reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em determinado momento, e a capacidade de amnésia seletiva). A fronteira que separa o fisiológico do patológico é por si só tênue e ainda depende das ideias
responder aos seus estímulos. preconcebidas do observador (profissional ou membro da família) e do próprio paciente.
Orientação: Capacidade do indivíduo de situar-se no tempo, espaço ou situação e reconhecer sua própria pessoa. Etiologia: Diante de um quadro de ansiedade, é necessário realizar a anamnese com a história de vida pregressa, e
Atenção: A atenção é uma dimensão da consciência que designa a capacidade para manter o foco em uma sempre que possível acompanhada por um familiar do paciente, buscando as formas de reagir do indivíduo diante
atividade. Designa, ainda, o esforço voluntário para selecionar certos aspectos de um fato, experiência do mundo aos desafios da vida. Assim, é possível identificar a ocorrência de transtornos ansiosos prévios à doença atual. É
interno (memórias, por exemplo), ou externo, fazendo com que a atividade mental se volte para eles em detrimento importante compreender que a ansiedade poderá surgir conjuntamente com uma doença grave e potencialmente
dos demais. mortal, assim como pode acompanhar outras patologias mentais como estados confusionais agudos, depressão e
demência, ou secundário a disfunções clínicas, uso de medicamentos ou à soma dessas(FIGUEIREDO, 2008).
Memória: É a capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer objetos, pessoas e experiências passadas
ou estímulos sensoriais. São fixados na memória fatos ou situações que quando ocorreram provocaram emoções “Disfunções clínicas e medicamentos que podem causar ansiedade: dor mal-tratada, bem como outros sintomas
associadas como prazer, medo, etc., ou que foram significativas para a pessoa. Ao ser evocada, a lembrança pode físicos desagradáveis; distúrbios metabólicos (hipóxia, por exemplo); embolia pulmonar; síndromes coronarianas ou
trazer a emoção a ela associada. simples dor torácica; síndromes de abstinência (álcool, opióides, benzodiazepínicos); abstinência sexual ; tumores
secretores de hormônios (tumores de tireóide, paratireóide, feocromocitomas, insulinomas, TUs de pulmão);
Sensopercepção: Designa a capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos dos
Quimioterapia (geralmente acompanhada de sintomas antecipatórios); Radioterapia;corticosteróides,
sentidos. Os estímulos podem ser: auditivos, visuais, olfativos, táteis e gustativos.
psicoestimulantes, broncodilatadores, estimulantes betaadrenérgicos, antieméticos (metoclopramida, haloperidol),
Pensamento: É o conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos novos e antigos, integrar cafeína, repositores de hormônio tireoidiano, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, antidepressivos” (FIGUEIREDO,
estímulos externos e internos, analisar, abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar. 2008, p. 500-501).

Linguagem: É a maneira como a pessoa se comunica, verbal ou não verbalmente, envolvendo gestos, olhar, Nos cuidados paliativos estamos diante de pessoas, que na maioria das vezes, estão vivenciando sua primeira
expressão facial ou por escrito. experiência de encontro com a finitude, portanto, os sentimentos de medo, angustia e solidão diante desta
possibilidade acaba, desencadeando estados de ansiedade, sendo necessário a compreensão da equipe, caso seus
Juizo de realidade: É a capacidade para perceber e avaliar adequadamente a realidade externa e separá-la dos
esforços terapêuticos não obtenham sucesso. (FIGUEIREDO, 2008).
aspectos do mundo interno ou subjetivo. Implica separar sentimentos, impulsos e fantasias próprios, de sentimentos
e impulsos de outras pessoas. Refere-se, ainda, à possibilidade de autoavaliar-se adequadamente e ter uma visão É possível tratar a sintomatologia com psicoterapia indicada pela psicóloga responsável pelo caso e com intervenção
realista de si mesmo, suas dificuldades e suas qualidades. A capacidade de julgamento é necessária para todas as psicofarmacológica sempre que necessário com ansiolíticos e antidepressivos.
decisões diárias, para estabelecer prioridades e prever consequências.
“O tratamento de manutenção deve ser mantido entre seis e doze meses após melhora dos sintomas, porém em
Humor e afeto: Humor é a nuance de sentimento predominante, e mais constante, que pode influenciar a percepção casos de evolução para terminalidade e piora da imagem corporal e das atividades gerais a descontinuação pode
de si mesmo, e do mundo ao seu redor. Afeto é a vivência subjetiva e imediata da emoção, ligada a ideias ou não se fazer necessário. Em fase intermediária, havendo resposta, a descontinuação deve ser gradativa em quatro
representações mentais e que pode ser observada pelas suas manifestações objetivas: alegre, triste, embotado, semanas para evitar efeitos colaterais e recidivas. Psicoterapia deverá ser mantida” (GUIMARÃES, 2012, p.200).
expansivo, lábil, inapropriado. Em outras palavras, humor se refere à emoção predominante, mais constante,
enquanto afeto é a sua expressão, o que se observa, sendo mais flutuante.

Volição: processo volitivo: fases de intenção ou propósito, deliberação, decisão e execução. Verificar se o paciente
realiza atos impulsivos.
Questão 4 Escolha múltipla

Psicomotricidade: lentidão ou aceleração. Estereotipias motoras, maneirismos, ecopraxias. Para o tratamento dos sintomas de ansiedade da paciente C.M.R. e de
Inteligência: verifcar se a inteligência é normal ou deficitária. outras pessoas em cuidados paliativos está indicado:
Personalidade: descrever os principais traços que marcam o perfil da personalidade do paciente ao longo da vida.
(MACKINNON; MICHELS; BUCKLEY, 2008)

Apenas psicoterapia, contraindicado uso de
A psicoterapia é fundamental, podendo ser
A paciente C.M.R. apresenta sintomas que indicam transtorno depressivo, tais como: insônia, tristeza, choro
psicofarmácos; associada ao uso de antidepressivos e ansiolíticos;
frequente, anedonia, falta de energia e pensamentos relacionados ao medo da morte. Esses e outros sintomas
são critérios para o diagnóstico de um Episódio Depressivo Maior, segundo o Manual Diagnóstico e Estátisco

Meu Progresso

Meu Progresso

Controle de sintomas físicos como a dor.
Apenas o uso de antidepressivos e ansiolíticos são
de trasntornos Mentais - DSM-V.
indicados;

Medidas não farmacológicas como acupuntura,
terapia ocupacional e musicoterapia também são
 
indicadas.

Saiba Mais

 100 / 100 acerto


Depressão
Tristeza constante e desinteresse pelos fatos, objetivos ou subjetivos, que compõem o dia-a-dia das pessoas,
No tratamento de pacientes com sintomas de depressão e ansiedade está indicado terapias farmacológicas caracterizam o estado mental chamado de depressão. A maioria da pessoas próximas a finitude apresentam
com uso de antidepressivos e ansiolíticos. Contudo medidas não farmacológicas como a psicoterapia também sentimentos de medo, principalmente da dor, das perdas, da deformidade, da dependência, da solidão. Cada
são fundamentais. Ainda sobre medidas não farmacologicas para complementar o tratamento é indicada a individuo vivência estes sentimentos de maneira muito própria, pois vai depender da sua capacidade de resiliência,
psicoterapia, masoterapia, técnicas de relaxamento, musicoterapia e ações relacionadas a terapia ocupacional. da sua maturidade, das suas crenças espirituais, do suporte familiar e social, do nível econômico, do acesso a
Destaca-se também a importância do controle álgico e de outros sintomas físicos para o sucesso do tratamento serviços de saúde de qualidade, entre outros fatores, para desencadear um estado depressivo (FIGUEIREDO,
de ansiedade e depressão. 2008).

A coleta de dados de sua história pregressa, investigando antecedentes depressivos pessoais e familiares, a forma
habitual de reagir do paciente a estímulos estressores no passado, e um exame clínico detalhado, questionando as
drogas em uso, com frequência são suficientes para o diagnóstico diferencial entre depressão maior e uma reação
depressiva (síndrome orgânica de humor). Existe um amplo arsenal de estratégias psicoterapêutica e psicossocial
disponível, que podem ser oferecidas aos pacientes que pouco se beneficiam do tratamento
Saiba Mais medicamentoso(FIGUEIREDO, 2008).

“É sempre importante lembrar que nem toda tristeza é depressão, especialmente quando falamos de pacientes que
estão lidando com perdas de diversas gravidades e com a certeza da finitude”.
Tratamento para Ansiedade
Não-farmacológico: Empatia e Comunicação “Em todo o caso, deve-se sempre privilegiar o princípio da melhor qualidade de vida do paciente: se a causa
biológica de uma depressão secundária não pode ser corrigida ou quando, mesmo corrigida a causa, os efeitos
A capacidade de ouvir e falar francamente, legitimando junto ao paciente as razões para sua ansiedade, acolhendo a
depressivos permanecem, um antidepressivo é indicado”.(FIGUEIREDO, 2008, p.506-507)
família e realizando intervenções concretas na solução de problemas podem ser o melhor tratamento, mesmo
quando utilizado os medicamentos indicados.

Avaliar se outra doença associada pode estar desencadeando a ansiedade, e tratar a doença, atentando sempre
para os princípios da não-maleficência e da futilidade terapêutica. Observar situações de dor mal tratada, pois é Objetivos do Caso
muito frequente e nem sempre é identificada a ansiedade. São sempre bem-vindas abordagens psicoterapêuticas

em situações de luto, realizadas por terapeutas treinados e com maturidade pessoal nos temas da finitude e se
Promover conhecimento sobre o cuidado a pacientes em tratamento paliativo que apresentam sintomas
somam ao arsenal de alívio à disposição do paciente e da família.
de depressão e ansiedadade.
A busca de sentido e de finalidade de toda a vida, adquirem importância crucial na abordagem do paciente, o perdão
dos desacertos e o amor pelo semelhante precisam ser priorizados nesse momento, no acompanhamento do
resgate da espiritualidade do paciente.

Nestas situações, a ansiedade é crônica e fatalmente retornará quando o tempo progredir e as novas adaptações se Referências
fizerem necessárias. Não se fala em alta terapêutica, mesmo quando o processo, bem-sucedido, instrumenta o 1. ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Manual de cuidados paliativos. Rio de
paciente e a família de bons recursos de enfrentamento. Assim, o vínculo terapêutico, delicado e sutil, precisa estar Janeiro: Diagraphic, 2009. 338 p. Disponível em:
<http://www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_publi
atualizado em qualquer momento que se faça novamente necessário. cacoes/8011/10577_Manual%2...>
(http://www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_publicacoes/8011/1
Tratamento Farmacológico: Quando as medidas não-farmacológicas disponíveis já estiverem em curso e mesmo 0577_Manual%20de%20Cuidados%20Paliativos.pdf#).  Cópia local
assim a ansiedade ainda causa sofrimento na avaliação é necessária a introdução de medicação ansiolítica. As (/static/bib/10577_ManualdeCuidadosPaliativos.pdf) Acesso em 2015.
quatro drogas abaixo dão conta da maioria dos estados de ansiedade, tendo a vantagem de interagir em menor 2. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatísticos de
escala com outras drogas e de apresentar pouco ou nenhum efeito colateral indesejável: transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 992p.
Benzodiazepínicos 3. ARANTES, Ana Claudia de Lima Quintana; MACIEL, Maria Goretti Sales. Avaliação e tratamento
Bromazepam – 1,5 a 3 mg até 8/8h da dor. In: CUIDADO Paliativo. Cadernos Cremesp, São Paulo, SP: CREMESP, 2008, p. 371.
Lorazepam – 0,5 a 2 mg até 8/8h Disponível em:
<http://www.cremesp.org.br/library/modulos/publicacoes/pdf/livro_cuidado%...>
(htt
Diazepam – 5 a 10 mg até 8/8h p://www.cremesp.org.br/library/modulos/publicacoes/pdf/livro_cuidado%20paliativo.pdf#).  Cópia
local (/static/bib/livro_cuidado_paliativo.pdf) Acesso em 2015.
Neurolépticos
4. CARVALHO, Ricardo Tavares de; PARSONS, Henrique Afonseca (Org.). Manual de Cuidados
Haloperidol – 0,5 a 1 mg até 12/12h
Paliativos ANCP. 2. ed. ampl. e atual. [São Paulo]: ANCP, 2012. 590 p. Disponível em:
<http://ww
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