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Atuação do fisioterapeuta nos cuidados

paliativos
Fst. Gabriel Martins
Contexto histórico sobre cuidados
paliativos
• Cuidados prestados ao viajantes oriundos da Ásia, África e países do leste europeu que se
hospedavam em HOSPICES ( mais relacionados a abrigos / hotéis ).
• 1947, Cicely Saunders - iniciou o movimento Modern Hospice Movement (colostomia
paliativa).
• 1967, Saint Christopher’s Hospice: estrutura direcionada ao cuidado de doentes;
• 1982, O Comitê de Câncer da Organização Mundial de Saúse (OMS): criou um grupo para
definir políticas de alívio da dor e cuidados realizados em hospices para paciente
oncológicos;
• O termo CUIDADOS PALIATIVOS passa a ser adotado pela OMS.
• No Brasil, os CPS, tiveram inicio em 1980, porém só em 2000 teve o seu crescimento e
aprofundamento.
Definição
“Os cuidados paliativos são cuidados holísticos ativos,
ofertados a pessoas de todas as idades, que se encontram
em intenso sofrimento relacionado á sua saúde,
proveniente de doença grave, especialmente aquelas que
estão no final da vida. O objetivo dos cuidados paliativos
é, portanto, melhorar a qualidade de vida dos pacientes,
de suas famílias e de seus cuidadores.”
Definição
• É pautada em PRINCÍPIOS e não em
PROTOCOLOS.
• É baseado na doença que ameaça a vida e não na
terminalidade.
• Aplicada na possibilidade ou não do tratamento.
• “ Não ter mais nada o que fazer” se torna obsoleta.
Principios em cuidados paliativos
1. Promover o alívio da dor e de outros sintomas que levam ao sofrimento
2. Afirmar a vida e ver a morte como um processo natural
3. Não postergar e nem antecipar a morte
4. Integrar aspectos psicológicos e espirituais no cuidado
5. Oferecer um sistema de suporte para ajudar o paciente a viver o mais ativo possível até a morte
6. Oferecer um sistema de suporte para a família enfrentar, entender e se organizar em todo o
processo da doença e do luto
7. Ter uma equipe multiprofissional que atenda a todas as necessidades do paciente e da sua família
8. Promover a qualidade de vida em toda a evolução da doença
9. Promover os CPS desde o diagnóstico;
10. Incluir manejo de complicações da doença e do tratamento que gerem sofrimento
Elegibilidade

Todos os pacientes com diagnóstico de doença incurável, em qualquer


idade, em qualquer fase da doença, que apresentem sintomas de
sofrimento humano, têm indicações de CPs.
FUNCIONALIDADE

PALLIATIVE PERFORMANCE
SCALE
% Deambulação Atividade e evidencia de doença Autocuidado Ingestão Consciência

100 Completa Normal, sem doença Completo Normal Completa

90 Completa Normal, alguma doença Completo Normal Completa

80 Completa Com esforço, alguma doença Completo Normal Completa

70 Reduzida Incapacitado para trabalho, alguma Completo Normal ou Completa


doença reduzida
60 Reduzida Incapacitado para hobbies. Doença Assistência Normal ou Períodos de confusão
importante Ocasional reduzida ou compl
50 Sentado ou deitado Incapacitado para trabalho, doença Assistência Normal ou Períodos de confusão
extensa considerável reduzida ou compl

40 Acamado Incapacitado para trabalho, doença Assistência Normal ou Períodos de confusão


extensa quase completa reduzida ou compl
30 Acamado Incapacitado para trabalho, doença Dependência Reduzida Períodos de confusão
extensa completa ou compl
20 Acamado Incapacitado para trabalho, doença Dependência Limitada a Períodos de confusão
extensa completa colheradas ou compl
10 Acamado Incapacitado para trabalho, doença Dependência Cuidados com a Confuso ou coma
extensa completa boca
0 Morte - - - -
MANEJO DOS
SINTOMAS
PRINCIPAIS SINTOMAS

DOR FADIGA
PRESENÇA DE VIA AÉREA
ARTIFICIAL
EXAMES
01 02 MOTIVO DA FADIGA
NÍVEL DE ATIVIDADE
MOBILIDADE
MANIPULAÇÃO
ASPIRAÇÃO

DISPNEIA
SINAIS DE DESCONFORTO
CAUSAS
03
TRATAMENTO
FADIGA MUSCULAR

• A fadiga muscular ainda é subdiagnosticada e subtratada.


• Gera uma percepção diminuída da capacidade física e mental de trabalho.
• Aumenta o tempo de restrição ao leito.
• Torna o paciente desestimulado a realizar suas atividades de forma independente (quando capaz).
• As fadigas podem ser multifatoriais, sendo elas: física, emocional ou afetiva e cognitiva.
• Avaliação multiprofissional.
• Tratamento multiprofissional.
Dispneia

Definida como: experiência subjetiva de desconforto respiratório que consiste,


qualitativamente, em distintas sensações que variam em intensidade, a qual é baseada pela
experiência pessoal de cada indivíduo para quantifica-la.

• Está entre os três principais sintomas presentes em pacientes sob CPs internados em UTI.
• Descrita em 20 a 80% em pacientes com doenças avançadas – câncer, IC, DPOC.

QUAIS AS PRINCIPAIS QUEIXAS ?


• Respiração difícil;
• Sensação de asfixia;
• Respiração pesada;
VARIÁVEL 0 PONTO 1 PONTO 2 PONTOS

FC <90 90-109 110

FR <18 19-30 >30

Inquietação Nenhuma Ocasional Frequente

Uso de musculatura Nenhum Leve aumento Intenso


acessória
Respiração paradoxal Nenhuma - Presente

Grunhidos no final da Nenhum - Presentes


expiração
Batimentos da asa de Nenhum - Presente
nariz
Olhar de medo Nenhum - Olhos abertos, músculos
tensos, boca aberta, testa
franzida
TOTAL
TRATAMENTOS NÃO FARMACOLÓGICO

OXIGENOTERAPIA VENTILAÇÃO NÃO Ventilação invasiva


INVASIVA
Manter niveis Avaliar indicações
adequados de oxigênio Avaliar contra-indicações
Força Mobilidade Independência

• É necessário o encorajamento e a estimulação da independência funcional do paciente;


• Proporcionar experiências positivas e que afirme a VIDA;
• O foco principal é o paciente e os seus desejos;
É necessário buscar estratégias de conforto e bem-estar
E principalmente, respeitar o desejo do nosso paciente.....
Extubação paliativa
VENTILAÇÃO MECÂNICA

Distanásia Eutanásia
Prolongamento do sofrimento
Procedimentos sem objetivos
Processo doloroso
01 02 Antecipar a morte
Morte provocada

03
EXTUBAÇÃO
PALIATIVA Ortotanásia
Morte natural
Processo natural
Sem dor ou sofrimento
EXTUBAÇÃO PALIATIVA

Ventilação invasiva

Suporte ventilatório

Foi atingido o teto


Avaliar condições de
Não terapêutico, o paciente Sim
TRE ou TQT
apresentou resposta ?

Realizar tríade para


extubação paliativa

Deve-se sempre relacionar o


fator doença com a condição
do paciente
SAPS III: Simplified acute physiology score 3
SAPS III: Simplified acute physiology score 3
SAPS III: Simplified acute physiology score 3
SAPS III: Simplified acute physiology score 3
SAPS III: Simplified acute physiology score 3
TRÍADE PARA EXTUBAÇÃO

Discussão • Preparo da equipe multiprofissional – discussão


do caso
do caso

Preparo • Preparo da família


dos
familiares

Preparo • Preparo do paciente –


conforto é o ponto mais
do importante.
paciente
“O SOFRIMENTO HUMANO SÓ É
INTOLERÁVEL QUANDO NINGUÉM
CUIDA”
Cicely Saunders

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