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Erich Stange
Objetivos da AMARHIN:
E-mail: informativoamarhin@gmail.com
INDAIAL
CONHECENDO SUA HISTÓRIA
Capa: Estação ferroviaria de Indaial , Centro de Indaial, início do século 20 — Anotações de Theobaldo
Costa Jamundá no verso da fotografia — Imagens do acervo iconográfico do Arquivo Histórico Municipal
Theobaldo Costa Jamundá.
Indaial conhecendo sua história / Associação dos Amigos do Arquivo Histórico de Indaial
(AMARHIN).— t.1, n.1 (mar./maio) 2015- .— Indaial: AMARHIN, 2015-
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PALAVRA DO PRESIDENTE
Não foi uma mudança agradável, aos olhos de um adolescente. Sair
do interior (Araras/Petrópolis) para o bairro de Santa Tereza no Rio de
Janeiro, serviu com folga, para alargar os horizontes, sobretudo, no
aspecto da formação/conscientização cultural.
Pelos braços de minha mãe, pisei pela primeira vez num teatro aos 13
anos (ano 1963) para ver a peça “Minha Querida Lady” ou “My Fair Lady”,
com a consagrada artista Abigail Isquierdo Ferreira, mais conhecida como
Bibi Ferreira.
Boa leitura
No tempo em que Indaial era aquela paradisíaca colônia de que tantas saudades
sentimos, havia numa das linhas coloniais do interior, um ferreiro chamado Fritz.
Fritz, nas horas vagas, também era o veterinário da região. Homem esperto em
doenças de animais, era consultado por todos os moradores da linha e dizia-se que
ele sabia fazer uma enxada com a mesma segurança com que acertava remédio
para qualquer animal doente.
Certa vez, Hans, um colono seu vizinho, apareceu-lhe à porta da ferraria puxando,
pelo cabresto, o Bugre, um garboso cavalo baio. E, com cara de choro, foi reclamando:
— O meu pobre Bugre está muito doente, Fritz. Tem uma coisa na garganta que o
faz tossir e espirrar a cada instante...
Fritz, com ares superiores de mestre que já “viu tudo”, foi sentenciando:
— Isso não é nada, Hans. É um andaço, como diz o João Vicente. Isso se cura
logo. Entra aqui!...
Hans saiu para aplicar o remédio. Dali a momentos, voltou quase sufocando, com a
cara vermelha e inchada, tossindo e gesticulando como um desesperado.
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ORIGEM DO NOME DOS PRINCIPAIS MORROS DE INDAIAL
SUBIDA AO MORRO DA BANDEIRA E SERRA AZUL
Heinz Beyer—Texto e Imagens
A ONG CAMAPUAN-ICATU, bem visível do centro da cidade de
de preservação ambiental, Indaial, olhando-se em direção a
envolvida na defesa de nosso Polaquia, por isso mesmo, desafia
patrimônio natural, recuperação e fascina os mais curiosos.
da mata ciliar, conscientização
e elaboração de projetos, e que A origem dos nomes desses
também incentiva ações para morros é desconhecida. Versões
melhor conhecer as belezas não oficiais de moradores da
naturais, promove regularmente região dizem que escoteiros, ou
caminhadas, escaladas no interior militares, teriam tempos atrás
do município. escalado o Morro, hasteada uma
bandeira e assim o morro ficou
Assim um grupo de sete pessoas conhecido por esse nome. Já o
se aventurou dia 19 de agosto Serra Azul, por ser bem visível
de2006 nas matas do Encano Alto. aos moradores do Alto Encano,
O objetivo principal era escalar o não confundir com Encano Alto,
Morro Serra Azul e também o adquire uma tonalidade mais
Morro da Bandeira, que situam- azulada em relação às elevações
se dentro do “Parque Nacional mais próximas. Teria sido essa
da Serra do Itajaí”. O Serra Azul é a referência pela qual ficou
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conhecido.
Fizeram parte: Sérgio
Feuser, Beatriz Fernanda
Chinchilla Cartagena,
Rudibert Baade, Rudi
como é conhecido entre
os amigos; Onofre Loes,
Ivo Koehler, Heinz Beyer
e Luiz Carlos Henkels,
incansável batalhador
nas questões ambientais
e principalmente
pelo seu empenho
e dedicação à ASSOCIAÇÃO mata é de formação secundária e à
BRASILEIRA DE PRESERVAÇÃO medida que se sobe ela é primária
FERROVIÁRIA - ABPF, ultimamente alterada, ou seja, houve corte de
pouco pode participar de nossas madeira nobre e palmito. O aclive
ações. Mas para alegria nossa, foi se acentuando e lá pelas 9
nessa pudemos contar com sua horas e 30 minutos alcançamos o
agradável companhia. primeiro objetivo, o pico do Morro
da Bandeira com 600 metros de
Ivo Koehler, que conhece a região altitude. O GPS marcou um pouco
como a palma da mão, foi nosso mais, pois sempre tem tolerância.
guia. Saímos da casa do Ivo às 7 Há muita samambaia no topo,
horas e 30 minutos com dois carros além de árvores não muito altas,
até a casa do Sr. João Amaro. mas o suficiente para impedir a
A partir daí caminhamos por visibilidade, principalmente na
uma estrada e a certa altura nos direção leste. Tanto é, que apesar
embrenhamos no mato, seguindo da proximidade, não foi possível
inicialmente um pequeno córrego, vislumbrar o Serra Azul. O que
afluente do Ribeirão Hermann, se vê bem desse ponto é o vale
que por sua vez é afluente do do Ribeirão Espinho, do Ribeirão
Ribeirão Encano. No começo a Metzner, o Morro do Ovo e parte
do Encano Alto.
No topo da Serra Azul, vendo-se o Vale do Alto Encano e ao fundo, o 1039 e 937
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vale do Alto Encano, o Espingarda, preservada, seria recomendável
os morros 937, o 1039, ponto que ficasse restrita, eventualmente
culminante de Indaial e região, o à visitação de pequenos grupos de
Spitzkopf, o Morro do Baú, Morro pesquisa e estudos.
do cachorro e parte do Garcia
em Blumenau. Só não foi possível Prazerosa curtição feita,
visualizar desse ponto a cidade saboreamos nossa merenda e às
de Indaial e a parte do Encano 13 horas e 30 minutos iniciamos
Alto, pois outras árvores fizeram a a descida. Seguimos por onde
obstrução. Depois que desci dessa subimos, nos orientando nas
árvore, também o Sérgio, o Rudi, poucas marcas deixadas. Lá
o Onofre, inclusive a Beatriz, se pelas tantas não conseguimos
aventuraram subindo na mesma mais achar o caminho por onde
para também curtir a paisagem. subimos. O Sérgio na dianteira
estava tranquilo e assegurava-nos
Só o Ivo e o Luiz Carlos preferiram estarmos na direção certa para
ficar com os pés bem firmes no achar a estrada. Também pudera,
chão. Simultaneamente subi em ele sabiamente fizera a marcação
outra árvore e, agora sim, pude no GPS e agora estava se valendo
identificar Indaial, Polaquia e desse registro. E não deu outra. De
o vale do Encano. Obviamente repente estávamos exatamente
registrei tudo em fotos aquele no ponto onde terminava a
belíssimo visual que se tem lá de estrada e agora começava o
cima. retorno. Foi só seguir a estrada
e automaticamente saímos por
Desejaríamos que essa região, onde iniciamos a caminhada e
devido à ausência de sinais deixáramos os carros.
da presença humana, e
consequentemente estar bem Às 15 horas e 40 minutos já
estávamos na casa do Ivo Koehler,
felizes por termos
conhecido mais um
recanto maravilhoso
de Indaial. Muito ainda
falta ser visitado e
registrado, pois só
conhecendo poderemos
proteger melhor nosso
belíssimo e riquíssimo
patrimônio natural.
Desfile em comemoração aos 100 anos de emigração alemã - 1929 é a data da chegada dos primeiros
imigrantes alemães e fundação da cidade de São Pedro de Alcantra, região de Florianópolis
Hotel Hartd que além do Hotel abrigaria o Cine Mogk — data não conhecida
Arquivo Histórico Municipal Theobaldo Costa Jamundá —Coleção Carmen Brandes Hardt
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Cine Mogk em Indaial
Heinz Beyer*
A história de Johann Ernst de trabalho na sala de exibição
Walter Mogk, inclusive a fase de Indaial, nos fins da década de
artística, já publicada no livro “O 1960 e início dos anos 1970, onde
Mágico de três Continentes”, de fiz de tudo, atendi a bilheteria, era
Christina Baumgarten, além de porteiro, ajudei a varrer o salão
diversas reportagens realizadas, após cada sessão e, o que mais fazia
merecidamente o imortalizaram. e gostava era projetar os filmes,
Tive o privilégio de trabalhar já que naquela época gostava
e conviver com essa pessoa muito de cinema. Portanto, minha
agradável, simpática, inteligente, função principal era operador
criativa, persistente e assim, de cinema. Cinco era a média
discretamente, fazer parte dessa de rolos de um filme normal. Os
linda história. Solidificou-se uma de longa metragem tinham o
amizade que duraria até sua dobro de rolos. Para não haver
despedida em 24 de novembro de interrupção na projeção, a cabine
2004, aos 92 anos. continha dois projetores, quando
terminava um rolo, o rolo seguinte
Amizade longa e, apenas seis anos era acionado no outro projetor.
Amário Müller, Walter Mogk e Heinz Beyer na casa de Walter Mogk em Salto Weissbach,
Blumenau em 06 de setembro de 1995.
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Quando se conseguia fazer essa
troca de forma sincronizada, o
expectador quase não percebia.
Normalmente esse serviço
era feito por dois operadores.
Podendo, no entanto, ser feito
por um, exigindo mais destreza
e agilidade. Essa operação foi
bastante facilitada depois que o
Sr. Walter instalou um sistema
semiautomático, para a exibição
passar de um projetor para outro,
evitando assim a sobreposição,
mesmo que momentânea,
dos dois fachos de luz sobre a
tela. Terminado um rolo, outro
era colocado na máquina. Em
seguida, o rolo que acabara de
passar, tinha que ser rebobinado,
mantendo o operador bastante
atarefado. Assim ocupado o
operador tinha pouco tempo
Werner Neuert, Walter Mogk e Heinz Beyer quando da entrega por Walter Mogk de um exemplar
autografado de sua história: “O Mágico de três continentes” escrito por Christina Baumgarten
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Walter Mogk no almoxarifado de sua indústria em Blumenau.. Foto de Heinz Beyer
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para acompanhar o filme. Mesmo
assim, geralmente o mesmo
filme passava diversas vezes,
possibilitando o entendimento.
Acontecia de vez em quando de
arrebentar o filme (geralmente
filme muito velho e surrado),
interrompendo a projeção,
provocando vaias da plateia. O
filme era engatado novamente
para dar continuidade. Depois
tinha que ser feita a emenda com
cola especial, deixando o rolo
pronto para a próxima exibição.
Dentre os muitos filmes que ajudei
a passar, alguns para mim foram
marcantes:
OS DEZ MANDAMENTOS,
ESPELHO DA VIDA,
IRMA LA DOUCE, SPARTACUS,
O GRANDE MOTIM,
SHENANDOAH,
O MAIS LONGO DOS DIAS,
O ÉBRIO, SISI A IMPERATRIZ,
FREUD - ALÉM DA ALMA,
LAMPIÃO O REI DO CANGAÇO,
DOUTOR JIVAGO,
ZORBA - O GREGO,
DIO COMO TI AMO,
SE MEU FUSCA FALASSE, ALI
BABÁ E OS 40 LADRÕES,
AO MESTRE COM CARINHO,
O PAGADOR DE PROMESSAS,
alguns filmes com MAZZAROPI
e muitos outros cujo título não
lembro mais.
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NOS ARCOS DO PASSADO UM ARCO-ÍRIS RELUZ
(A Úrsula Kretzer)
Carrego no peito
Saudades de uma cidade
Que embora INDA viva no passado
Hoje só existe
Nos meus sonhos
INDA lembro:
As matinês do Cine Mogk
No Hotel Hardt
As noites boêmias no Tinga’s Bar
A magia da loja do seu Erich
Memórias
Brilham úmidas
Nos olhos
Que caminham calados
Num retrato em sépia de Indayal
O INÍCIO
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Os proprietários da PRC4 - Rádio no morro do Struve e o estúdio
Clube de Blumenau, a terceira no segundo andar do prédio
mais antiga emissora de rádio que também pertencia à família
do Brasil, Flávio Rosa e Wilson Struve; atualmente temos ali o
Melro recebem autorização para comércio Huebes. Como Jeser
a instalação de uma emissora de entendia tudo de rádio, ele era
rádio em Indaial. Esta autorização polivalente, fazia desde a parte
foi cedida à Rádio Clube de técnica, locução esportiva,
Blumenau Ltda. através da noticiários, show, programador
portaria do Dentel nº 393 de 11 e até a faxina do estúdio era ele
de maio de 1954. quem fazia quando necessário.
PROGRAMAS E ANUNCIANTES
O Segundo
endereço: foi
no segundo
piso do
prédio de
Curt Keske,
que na época
abrigava em
seu térreo
a Comercial
Pedro Corrêa foi outra voz marcante que ajudou a Cimat Ltda, e
construir a história do Rádio em Indaial hoje abriga a
loja da Oi.
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O Quinto endereço: foi em prédio
próprio na Rua Itu próximo a
divisa Indaial/Timbó.
O Sexto
O Terceiro endereço: foi no prédio endereço:
da família Gramkow. Neste local foi no piso
hoje existe a Loja Andreon. superior
do prédio
da família
Schulemburg
que abrigava
no seu térreo
a Imobiliária
Mapa, em
frente a atual
Caixa Econômica Federal.
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Comunidade escolar “Evangelische Schule Indayal”
(Escola Evangélica de Indaial) - parte 02
Dieter Brandes e Carmem Brandes Hardt
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Vida e Obra dos prefeitos do Município de Indaial
Edltraud Zimmermann Fonseca
CLODORICO MOREIRA
5o. Prefeito -
de 16/11/45 a 13/02/46.
Filho de Flaviano Batista Moreira,
natural de Santa Catarina e de
dona Olinda Carneiro Pinheiro,
natural do Rio Grande do Sul;
nascido em Porto União, Santa
Catarina, em 5 de julho de 1917,
a primeira criança a ser feito o
assentamento, na recém-criada
Comarca de Porto União. O
registro foi realizado em 10 de
novembro de 1917.
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ALFREDO BLAESE
6o. Prefeito -
14/ 02/46 a 17/11/46
Alfredo Blaese teve uma
participação ativa na luta ferrenha
do indaialense para a conquista
da emancipação do Distrito de
Indaial. Como líder do movimento,
foi considerado traidor renegando
suas origens à Nova Pátria dos seus
avós etc.
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INDAIAL CONHECENDO SUA HISTÓRIA
Política editorial
Indaial Conhecendo sua História é um periódico editado desde 2015, pela
AMARHIN.
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Documentos Originais: Seção contendo fac-símiles de documentos
originais de interesse histórico, com a respectiva tradução para o
português quando escrito em língua estrangeira.
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FICHA DE ASSINATURA
SIM, desejo assinar a Revista “Indaial conhecendo sua história”
por 01 ano - (04 exemplares).
Anexo a esta folha a quantia de R$ 30,00 (Trinta reais) conforme opções de pagamento abaixo:
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