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VEGETARIANISMO

Segundo Nakashima (2005), vegetarianismo é um regime alimentar baseado unicamente


na ingestão de vegetais. Já Reader’s Digest (1999) diz que vegetarianismo é uma dieta
rica em fibras, pobre em gorduras e relativamente baixa em calorias. É raro encontrar
obesos adeptos a essa dieta.
O vegetarianismo vem crescendo nas ultimas décadas e as pessoas que praticam esse
tipo de dieta alegam que são mais livres, saudáveis e evoluídas. Chega a ser uma
filosofia de vida para alguns.
Existem outros tipos de dieta como o ovolactovegetarianismo que são aqueles que não
consomem carne, mas comem ovos, leite e derivados. O lactovegetarianismo são
aqueles que consomem leite e derivados e se abstêm de ovos e de todos os tipos de
carne.
Ainda segundo Reader’s Digest (1999) há alguns benefícios na dieta vegetariana como a
baixa propensão à obesidade ou às doenças cardíacas; sua pressão arterial é mais baixa e
eles têm menos problemas intestinais do que as pessoas que se alimentam de carne. Há
também alguns inconvenientes como a falta de alguns nutrientes em algumas dietas
mais rígidas e essas dietas restritas a vegetais podem ser inadequadas às crianças.
No caso dos atletas, a baixa ingestão energética pode aumentar o risco de lesões e
fadigas musculares, perda de massa óssea, perda de massa muscular distúrbio no ciclo
menstrual das atletas. Os vegetarianos têm que ter uma atenção especial quanto à
ingestão energética pois se esta for inadequada, pode prejudicar o desempenho.
(American Collage of Sports Medicine, 2000 – citado por FERREIRA; BURINI;
MAIA, 2006).
Segundo MEIRELES, VEIGA E SOARES (2001), quanto maior a diversificação na
alimentação vegetariana, maior a chance de que todos os nutrientes sejam fornecidos.
Uma vez que vários nutrientes como vitamina B2, B12, D, ferro, cálcio, zinco são
encontrados com mais facilidade em alimentos de origem animal, alguns atletas
vegetarianos podem desenvolver deficiências desses nutrientes. (AMERICAN
DIETETIC ASSOCIATION, 2001).
Para melhorar os estoques de glicogênio hepático e muscular, os atletas precisam de
uma dieta rica em carboidratos. Os vegetarianos apresentam uma ingestão protéica
abaixo do necessário que é de 0,8g/Kg de peso corpóreo por dia, quando comparados a
indivíduos não-vegetarianos. A qualidade das proteínas vegetais é considerada de baixo
valor biológico, uma vez que são incompletas quanto à composição de aminoácidos.
Apesar de serem necessários outros estudos, uma dieta composta somente de proteínas
vegetais parece ser capaz de satisfazer as necessidades de adultos saudáveis.
(FERREIRA; BURINI; MAIA, 2006).

NUTRIÇÃO FUNCUINAL

“Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada
pelo Japão na década de 80, através de um programa de governo que tinha como
objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e
apresentava uma grande expectativa de vida” (ANJO, 2004).
Segundo CÂNDIDO E CAMPOS (2005), alimentos funcionais são qualquer tipo de
alimento, em sua forma comum, que consumidos na alimentação cotidiana, podem
trazer benefícios específicos devido à presença de ingredientes fisiologicamente
saudáveis.
Para ser considerado um alimento funcional, ele deve apresentar propriedades benéficas
além das nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. São
consumidos em dietas comuns, mas apresentam a capacidade de regular funções
corporais e ajudar na proteção contra algumas doenças como diabetes, hipertensão,
câncer, osteoporose e coronariopatias. (SOUZA, et al. 2003).
Há duas classificações para os alimentos funcionais: quanto à fonte, animal ou vegetal,
ou quanto aos benefícios que oferecem, agindo em seis áreas do organismo: no sistema
cardiovascular, gastrointestinal, no metabolismo de substratos, na diferenciação celular
e no desenvolvimento, no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes
(SOUZA et al., 2003).
Há também os alimentos nutracêuticos. Estes são compostos por alimentos com apelos
médicos ou de saúde. São considerados alimentos nutracêuticos nutrientes isolados,
alimentos funcionais, suplementos dietéticos, produtos herbais e alimentos processados
tais como cereais, sopas e bebidas. (KWAK & JUKES, 2001a). São todos os alimentos
que possuem algum efeito médico ou de saúde.

EXEMPLOS

SOJA
A soja é uma fonte vegetal de proteína e ferro, é uma boa fonte de vitaminas do
complexo B, cálcio, potássio, zinco. Pode prevenir doenças do coração e alguns tipos de
câncer (Reader’s Digest, 1999).

LARANJA

Excelente fonte de vitamina C. Boa fonte de betacaroteno, folato, tiamina, e potássio.


As membranas entre os gomos fornecem uma boa quantidade de pectina, uma fibra
solúvel que auxilia no controle dos níveis de colesterol no sangue.

RÚCULA

Possui betacaroteno, vitamina C, cálcio e ferro. Tudo isso em uma porção de 12


calorias.

PEIXE

Excelente fonte de proteínas completas, ferro e outros minerais. Alguns tipos são ricos
em vitamina A. Contém ácidos graxos e Omega-3.

NUTRIENTES

Os nutrientes citados estão mais detalhadamente expostos no anexo I (quadro de


vitaminas) e no anexo II (quadro de minerais). Nesses quadros estão especificadas as
funções de cada nutriente no organismo, assim como suas principais fontes, sintomas da
falta e de excesso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, L.G.; BURINI, R.C.; MAIA, A.F. Dietas vegetarianas e desempenho
esportivo. Rev. Nutr., v. 19, n. 4, p.469-477, ago., 2006.

MEIRELLES, C.M.; VEIGA, G.V.; SOARES, E.A. Dietas vegetarianas: caracterização,


implicações nutricionais e controvérsias. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr., v. 21,
p.57-72, jun. 2001.

AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, Dietitians of Canada, American College of


Sports Medicine, Position of American Dietetic Association, Dietitians of Canada, and
American College of Sports Medicine: Nutrition and athletic Performance. J. Am. Diet.
Asso., v. 100, p. 12, p.1543-56, 2001.

ANJO, D. L. C. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. Jornal


Vascular Brasileiro. v. 3, n. 2, p. 145-
154, 2004.

CANDIDO, L. M. B.; CAMPOS, A. M. Alimentos funcionais. Uma revisão. Boletim da


SBCTA. v. 29, n. 2, p. 193-
203, 2005.

SOUZA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. H.; MAIA, G. A. Componentes funcionais nos


alimentos. Boletim da SBCTA.
v. 37, n. 2, p. 127-135, 2003.

KWAK, N.; JUKES, D. J. Functional foods. Part 1: the development of a regulatory


concept. Food Control. v. 12, p.
99-107, 2001a.

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