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SONHOS LÚCIDOS
CAPÍTULO 7
O Sonhador Prático:
Aplicações dos Sonhos Lúcidos
Os Green continuam:
Por essa definição, estar são [sadio] implica mais do que simplesmente
manter o status quo. Ao contrário, quando os nossos comportamentos
conhecidos são inadequados para enfrentar uma situação, uma reação saudável
inclui aprender comportamentos novos e mais adaptáveis. E quando
aprendemos comportamentos novos, crescemos; tendo crescido, sentimo-nos
mais bem equipados do que antes para lidar com os desafios da vida
.
Os sonhos lúcidos têm uma semelhança de família com o sonho
acordado, o devaneio hipnagógico, os estados provocados por drogas
psicodélicas, alucinações hipnóticas e outros tipos de formação de imagens
mentais. Como muitos membros dessa família encontraram um emprego
proveitoso nos círculos terapêuticos, parece razoável esperar que aqui sonhar
lucidamente também se mostre, eficaz.
Segundo os drs. Dennis Jaffe e David Bresler, "as ima gens formadas
mentalmente mobilizam as forças interiores e latentes da pessoa, forças que
têm um potencial imenso para ajudar no processo de cura e na defesa da
saúde" 4 . Qualquer que seja o funcionamento das imagens formadas, são
usadas em inúmeras abordagens psicoterapêuticas, que vão da psicanálise à
modificação do comportamento.
Até certo ponto, a eficiência das imagens depende da cre dibilidade que
têm como realidade de modo que parece provável que as imagens de cura
que aparecem nos estados de sonhos lúcidos possam ser especialmente
eficientes. Isso acontece porque os sonhos lúcidos não são simplesmente
sentidos como muito realísticos e muito vívidos; sem exagerar, podemos
dizer que sonhar lucidamente é a forma mais vívida de formar imagens que
os indivíduos normais têm probabilidade de sentir. Por isso, o que acontece
nos sonhos lúcidos tem um impacto poderoso, compreensível na pessoa que
está sonhando, tanto no que se refere ao que sente no sonho como
fisicamente.
A coisa mais próxima que tive de um "sonho de demô nio" foi o sonho
lúcido do "motim na sala de aula" (men cionado no Capítulo 1), no qual
consegui aceitar e integrar um dos meus demônios, o ogre repugnante. Em
diversos níveis parece claro que aquele foi um sonho de cura. Em primeiro
lugar, o conflito inicial (um estado de tensão doentio) foi resol vido
positivamente. Além disso, o ego do sonho também foi capaz de aceitar o
bárbaro como parte de si mesmo e, desse modo, ficar mais perto da
integridade. Finalmente, há mais uma prova direta: a sensação crescente de
inteireza e bem-estar que senti quando acordei.
Muitas veZes não fica tão evidente qual é a melhor perspectiva ou plano de
ação. Muitas vezes a vida nos apresenta decisões difíceis e para isso temos
os sonhos lúcidos a nos ajudar a decidir com sensatez.
Tomada de Decisões
201
A confissão de Nicklaus, de ter-se sentido ridículo admi tindo que de fato
aconteceu num sonho, sugere que pode haver outras pessoas que tenham
passado por situações análogas sem nunca mencionar a fonte da inspiração.
De fato, chega a surpreender um pouco ler a respeito de um caso descrito por
Ann Faraday, em que um ginecologista "descobriu como fazer um nó cirúrgico
no interior da pélvis, com a mão esquerda, enquanto
estava sonbando!”14
Ensaio
Satisfação de Desejos
FIM DO CAPITULO 7