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Consumo de Caju e Derivados

Historia
O caju (do tupi-guarani “acayu” ou “aca-iu”, que significa “noz que
se produz”) é visto, na maioria das vezes, como o fruto do
cajuzeiro (Anacardium occidentale), o que não é correto. Na
verdade, o fruto é apenas a castanha do caju; a parte comestível
vendida comumente como fruta é o seu pedúnculo floral, esse é
carnoso, amarelo, rosado ou vermelho, suculento e comestível.

O cajueiro é uma planta originária da região litorânea do Brasil


que se espalhou por várias regiões do país através das
castanhas levadas pelos índios. O caju foi levado pelos
portugueses para outras regiões da África e Ásia, onde também
se adaptou muito bem.

O caju é rico em vitamina C (seu teor é bem maior do que o da


laranja), além de possuir quantidades significativas de certas
vitaminas do complexo B e Ferro. Ajuda a proteger as células do
sistema imunológico contra os danos dos radicais livres, é
grandemente utilizado na fabricação de sucos, sorvetes, doces,
licores, vinhos, xaropes e vinagres. A castanha também, depois
de torrada, é usada como petisco, sendo exportada para grande
parte do mundo (sua produção gera divisas da ordem de 150
milhões de dólares anuais). Até mesmo o bagaço do caju pode
ser aproveitado na elaboração de determinados pratos da
culinária nordestina.

No Brasil, os maiores produtores estão localizados na região


Nordeste: Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia. Sendo
assim, a fruta é de grande importância econômica na região, uma
vez que gera 35 mil empregos diretos no campo e 15 mil na
indústria, além de 250 mil empregos indiretos nos dois
segmentos.
Publicado por Tiago Dantas

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/caju.htm
Processamento da fruta

De acordo com a Instrução Normativa nº 1, do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de 7 de janeiro de 2000
(BRASIL, 2000), suco de caju integral é a bebida não fermentada e
não diluída, obtida da parte comestível do pedúnculo do cajueiro,
por meio de processo tecnológico adequado.

O processamento do suco segue as mesmas etapas iniciais


descritas para a polpa de caju, até a segunda lavagem. Em
seguida, ocorre a extração do suco por desintegração, processo em
que o pedúnculo é dilacerado, por meio de um triturador provido de
um cilindro dentado em aço inoxidável (também chamado de
“rasgador”), sem que suas fibras longitudinais sejam cortadas.

O material dilacerado é encaminhado ao sistema de despolpa e


refino, onde é prensado, por ação de batedores de aço inoxidável,
contra telas sucessivas de malhas de aproximadamente 0,6 mm de
abertura (despolpadeira) e de 0,3 mm a 0,4 mm (refinadeira ou
finisher), deixando passar o suco e retendo o bagaço.

O bagaço é enviado para uma prensa tipo expeller (parafuso),


obtendo-se assim, um suco residual que é incorporado ao suco da
unidade de despolpa.

Em seguida, realiza-se a formulação por adição de benzoato de


sódio, metabissulfito de sódio e ácido cítrico, homogeneização em
homogeneizador de pistão a 150 kg/cm para garantir a distribuição
uniforme das partículas da polpa, diminuindo a separação de fases
durante a estocagem, e desaeração do suco em sistema a vácuo
para remoção do oxigênio dissolvido.

A pasteurização é feita em trocador de calor de placas, seguindo-se


o engarrafamento a quente (processo hot fill), fechamento,
resfriamento das garrafas até 30 °C, rotulagem, embalagem e
armazenamento.

Fonte: Caju : o produtor pergunta, a Embrapa responde / João


Pratagil Pereira de Araújo, editor técnico. – 2. ed. rev. e ampl. –
Brasília, DF : Embrapa, 2015. 250 p. : il. color. ; 16 cm x 22 cm. -
(Coleção 500 perguntas, 500 respostas).
Processamento da castanha do caju
Por sua importância econômica e principalmente por ser uma das poucas
alternativas de geração de renda no período seco do ano, o caju é uma
das principais fontes de renda dos produtores rurais do Nordeste.

A agroindústria de processamento e beneficiamento de caju utiliza,


principalmente, a castanha – que representa 90% da renda gerada pela
fruta, no Brasil –, sendo o pedúnculo aproveitado por indústrias de sucos,
geléias, doces, vinho, aguardente, refrigerantes, entre outros produtos.
Atualmente, a indústria brasileira de processamento de castanha de caju é
caracterizada por dois segmentos:

Segmento mecanizado – Formado por 23 fábricas com capacidade de


processar cerca de 90% da produção brasileira.

Segmento semimecanizado – Formado por 150 minifábricas, com


capacidade de processar 20 mil toneladas por ano.

O objetivo principal do processamento da castanha é obter amêndoas


inteiras, totalmente despeliculadas, de cor branco-marfim, sem manchas e
de bom tamanho. Esses atributos são decisivos na cotação de preços no
mercado interno e externo. É importante destacar que a integralidade das
amêndoas é o atributo principal de qualidade, o que determina a
diferença de preço entre amêndoas inteiras e amêndoas quebradas. Uma
amêndoa inteira chega a ter o dobro do valor de uma amêndoa quebrada.

No Brasil, a indústria processadora de castanha de caju, que utiliza o


processo mecanizado, obtém no máximo 65% de amêndoas inteiras, ao
passo que na Índia, o maior competidor brasileiro, esse segmento
industrial consegue 85%, com o sistema de corte manual, que também é
utilizado no Brasil, nas minifábricas de castanha.

Entre as diversas etapas de beneficiamento da castanha, o cozimento da


castanha e a secagem da amêndoa são as principais, pois determinam a
qualidade final do produto. Este manual descreve todos os passos e as
etapas do processamento da castanha de caju em escala de minifábrica,
como se obter a matéria-prima até a distribuição do produto para
comercialização.
Além disso, identifica os equipamentos e utensílios que compõem a
unidade industrial, fornece a planta baixa da agroindústria e dá orientação
quanto às boas práticas de fabricação (BPF). Essas informações são
necessárias para se ingressar, com mais segurança, num agronegócio.

Processamento de Castanha de Caju


Francisco Fábio de Assis Paiva
Raimundo Marcelino da Silva Neto
Pedro Felizardo Adeodato de Paula Pessoa
Lucas Antonio de Sousa Leite
Embrapa Informação Tecnológica
Brasília, DF 2006

Produção da castanha de caju

A produção de caju no Brasil se concentra principalmente nos Estados do


Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, sendo o Ceará responsável por mais de
50% da produção de castanha de caju.

Além da sua grande contribuição para o emprego no campo, porque utiliza


muita mão de obra, a cajucultura proporciona uma sensível participação na
geração da receita de ICMS do setor primário.

Por outro lado, a indústria de beneficiamento da castanha está concentrada


principalmente no Estado do Ceará, que detem cerca de 90% da capacidade
instalada da região nordestina.

O Ceará é também o principal produtor e exportador de Amêndoa de


Castanha de Caju (ACC), produto tipicamente voltado para o mercado
internacional e uma das maiores fontes de receita na pauta das exportações
cearenses.

Além da ACC, a indústria de beneficiamento de castanha de caju produz


também o Líquido da castanha de caju (LCC), produto que poderá contribuir
significamente para a geração de receita do setor, em virtude da diversidade
de sua utilização no mercado internacional.

sindicaju.org.br
Produção de caju

A produção de caju no Brasil se concentra principalmente nos Estados do


Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, sendo o Ceará responsável por mais
de 50% da produção de castanha de caju.

Além da sua grande contribuição para o emprego no campo, porque


utiliza muita mão de obra, a cajucultura proporciona uma sensível
participação na geração da receita de ICMS do setor primário.

Por outro lado, a indústria de beneficiamento da castanha está


concentrada principalmente no Estado do Ceará, que detem cerca de 90%
da capacidade instalada da região nordestina.

O Ceará é também o principal produtor e exportador de Amêndoa de


Castanha de Caju (ACC), produto tipicamente voltado para o mercado
internacional e uma das maiores fontes de receita na pauta das
exportações cearenses.

Além da ACC, a indústria de beneficiamento de castanha de caju produz


também o Líquido da castanha de caju (LCC), produto que poderá
contribuir significamente para a geração de receita do setor, em virtude
da diversidade de sua utilização no mercado internacional.

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Valor nutritivo
Muito antes dos portugueses chegarem ao Brasil, a castanha de caju já era
consumida como alimento pelos povos nativos da América do Sul e da
América Central.
Contudo, apesar das suas reconhecidas propriedades nutritivas, a
castanha de caju sofreu restrições durante o século passado devido a
orientação nutricional então predominante, que privilegiava os alimentos
de origem animal, em detrimento dos alimentos de origem vegetal e
recomendava aos consumidores evitarem alimentos possuidores de
propriedades negativas. Dentre estes, foi incluída a castanha de caju, sob
a alegação de que ela continha um elevado teor de gorduras.
Durante este período muitas pessoas deixaram de comer castanha de
caju, por não terem sido esclarecidas de que existem gorduras ruins e
gorduras saudáveis. Ruins, são as chamadas gorduras saturadas, nocivas
ao sistema cardiovascular porque elevam os níveis de LDL, o chamado mal
colesterol, que contribui para o aumento do risco de doenças cardíacas.
Saudáveis, são as gorduras não saturadas, que aumenta os níveis de HDL,
conhecido como o bom colesterol, que protege o coração e proporciona
vidas mais longas e sadias.
A partir do final do século, porém, esse critério de seleção de alimentos
com base no conteúdo negativo dos mesmos foi considerado
improcedente substituído por uma nova orientação nutricional que o
consumo de alimentos saudáveis, figurando entre os mesmos a castanha
de caju, considerada pelos americanos como uma das “super estrelas
nutritivas”, por ser altamente benéfica para a saúde, conforme atestam as
pesquisas mais recentes.
Essa ascensão do prestígio nutricional da castanha de caju em várias
partes do mundo, decorre do reconhecimento da comunidade científica
de que as gorduras não saturadas, das quais a castanha de caju é
extremamente rica, são fundamentais para a saúde do coração.
Além disso, em sua composição química a castanha de caju contém
proteínas, carboidratos, ferro, cálcio, fósforo e sódio, bem como vários
tipos de aminoácidos com destaque para o argimino, que desempenha
importante papel no combate ás doenças cardíacas, pois se converte em
óxido nítrico, cuja função é alargar as artérias e diminuir a pressão
sanguínea, evitando assim ataques cardíacos fatais.
Existem também alguns estudos baseados em pesquisas recentes, que
dizem que as nozes, entre elas a castanha de caju, são ricas em
fitoquímicos e fitoesterois, que podem ter propriedades anticancerígenas.
Outros estudos, demonstram ainda o potencial da castanha de caju para
ajudar as pessoas a atingirem e manterem as suas metas de perda de
peso, fato que veio a ser confirmado por pesquisas feitas em
universidades americanas.
Por todos esses fatores é que os especialistas afirmam que a castanha de
caju, por suas propriedades altamente benéficas para a saúde, é
recomendada para uma dieta saudável e balanceada.

sindicaju.org.br

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