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INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA

CURSO DE ELETRÔNICA

ISABELA ROCHA MASCARENHAS

ATIVIDADE 3 DE SOCIOLOGIA

SALVADOR
2021
RESUMO
No capítulo anterior o autor questionou sobre a noção de que as
identidades nacionais foram, em algum momento, unificadas. E traz uma
observação sobre a modernidade, ele diz que na sociedade moderna o aspecto
que tem mais peso sobre as identidades é o nacional.
A globalização é um enorme e forte processo de mudanças que está
afetando de forte intensa as identidades culturais nacionais. Anthony McGrew
contribuiu com esse tema ao dizer que a globalização são processos que
envolvem o globo, ou seja, não se limitam às fronteiras nacionais, conecta
diversos lugares e pessoas, criando novas combinações de espaço-tempo. E
essa globalização comentada por McGrew se torna um contraponto para a ideia
de que a sociedade é um sistema delimitado com precisão, dessa forma, dá lugar
para a ideia de uma visão que foca na forma como a vida social está organizada
ao longo do tempo e do espaço.
A tendência à globalização esteve presente na modernidade desde
sempre, por dois pontos que contribuíram para isso, um seria o fato dos estados-
nações sempre estarem buscando ser mais autônomos e soberanos do que
eram e o outro ponto seria que o capitalismo contribui também, visto que não faz
parte dos interesses capitalistas estar limitado a uma fronteira. As duas
tendências expostas anteriormente são contraditórias. Enquanto uma busca sua
força no exterior, a outra a busca no interior, por assim dizer.
O autor confirma que nas últimas décadas o fenômeno da globalização
tem crescido bastante. E, na parte seguinte do livro, será abordado sobre as
consequências possíveis com essa onda de globalização. Uma possível
consequência é que as identidades nacionais se desintegrem, pois assim como
a globalização traz a consequência de unificar o mundo, também impactaria na
cultura, ao unifica-la. A outra seria sobre as identidades nacionais e outras
identidades regionais estarem se fortificando com essa necessidade de
resistirem à globalização. A terceira consequência é a sobre as identidades
nacionais estarem em queda e novas identidades surgirem de uma forma
híbrida.
A última fase da globalização criou uma espécie de compressão do
espaço-tempo. Sobre isso, Harvey diz que na mesma medida em que o espaço
parece diminuir, e o mundo se torna uma espécie de aldeia global, nós devemos
nos acostumar com o sentimento intenso de compressão de nossos mundos
espaciais e temporais.
Quando o autor trata do impacto da globalização sobre a identidade ele
fixa-se em tratar sobre o tempo e o espaço serem também coordenadas básicas
de todos os sistemas de representações. Dessa forma, a narrativa traz uma ideia
sequencial, que possui início, desenvolvimento e fim. Assim como os sistemas
visuais traduzem os objetos tridimensionais em duas dimensões. Diferentes
formas de combinar essas coordenadas foram assumidas durante a história.
Porém, Harvey traz uma oposição entre a maneira como é tratado o espaço-
tempo em Ilustração com a maneira de representar isso pelos modernistas. Há
uma diferença nessa representação.
No capítulo 3 o autor argumentou que a identidade estava bastante
envolvida com a maneira de representação do espaço-tempo. E o homem antes
era representado por formas regulares e clássicas em sua casa ou alguma outra
propriedade. Já no modernismo, ele é representado com formas irregulares, de
maneira fragmentada e partida. Com isso, vemos também que as identidades
possuem uma localização no espaço e no tempo simbólicos, como diz Edward
Said, as “geografias imaginárias”.
Giddens traz uma outra maneira de pensar nisso. Ele traz a ideia de
separação entre espaço e lugar. O lugar seria concreto e delimitado, um ponto
em que práticas sociais específicas exerceram bastante influência sobre as
identidades. Nas sociedades antes do modernismo, o espaço e o lugar
coincidem, mas na modernidade há uma separação dos dois, pois traz relações
entre pessoas que estão longe. O que estrutura o lugar, na modernidade, não é
o concreto e visível apenas.
Os lugares permanecem fixos, mas os espaços não. Essa seria a
“destruição do espaço através do tempo”, segundo Harvey.
Alguns teóricos trazem a ideia de que o efeito geral dessa globalização é
o de enfraquecer e diminuir as formas nacionais das identidades culturais. Dizem
que a identificação com a cultura nacional diminui por isso, enquanto outros laços
que não são o estado-nação aumentaram. Segundo o autor, que parece se
contradizer, as identidades nacionais continuam forte, principalmente ao se tratar
dos direitos civis. Enquanto que as identidades locais, regionais e comunitárias
estão ganhando mais importâncias e ficando acima da cultura nacional, e assim
as identidades globais estão fazendo com que as identidades nacionais sejam
diminuídas, e aí entra uma aparente contradição entre as ideias que o autor traz.
É dito por alguns teóricos que a tendência em direção a uma maior
interdependência global está causando um colapso de todas as identidades
culturais fortes. E por consequência produzindo uma fragmentação de códigos
culturais, uma multiplicidade de elementos. Isso seria o que chamam de pós-
moderno global. E as identidades partilhadas passam a ser possível. E é difícil
blindar as identidades culturais das influências externas.
As pessoas que moram em aldeias pequenas e remotas são
bombardeadas também com a cultura rica. Uma tendência não se limita mais a
um país ou até mesmo um continente. Agora atravessa o mundo todo.
Quanto mais a vida social passa a ser medida pelo mercado global de
estilos, lugares, imagens e tendências divulgadas pela mídia, e todos os
elementos dessa esfera globalizada, mais as identidades se tornam pluralizadas
e desvinculadas a um lugar, tempo e história específicos. São diversas
identidades e cada uma se comunidade com uma parte de nós. E, com certeza,
a difusão do consumismo contribuiu para esse “supermercado cultural”. As
diferenças culturais que eram basicamente o que diferenciava cada identidade,
agora para a ser uma espécie de moeda global, isso é o que chama-se de
homogeneização cultural.
O que está sendo tratado é a tensão entre o global e o local na
transformação das identidades. As identidades nacionais representam uma ideia
de vínculo com os lugares, história e símbolos. Traz uma ideia de pertencimento.
E há uma disputa desse tipo de identidade com as mais universais. Essa tensão
continuou na modernidade e foi aumentando com a globalização e o aumento do
mercado mundial, enquanto o crescimento das nações dá mais força para o
primeiro tipo de identidade. No capítulo posterior será analisada a globalização
em sua forma mais recente e seus efeitos nas identidades e as novas maneiras
das identidades enquanto particulares ou universais se estruturam e um novo
ponto de tensão entre elas.
Referências Bibliográficas

1. HALL, Stuart. Globalização. In A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª


edição, Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006. pp. 67-76.

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