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Portuguesa:
Profª Drª Lígia Menna
03/03/2021
Poesia
Literatura Portuguesa
de produção feminina
Por que há pouca produção feminina
nos cânones? As mulheres não
escreviam?
Trovadorismo: Cantigas de amigo – eu
lírico feminino – Inspiradas nas cantigas
populares, fora da corte.
http://lugardemulher.com.br/para-as-mulheres-que-
querem-escrever/
E as mulheres
escritoras ?
https://www.publico.pt/2013/11/14/cult
uraipsilon/noticia/e-no-entanto-elas-
escreveram-324110
Pública Hortência
https://expresso.pt/sociedade/2018-06-
25-Publia-Hortensia-a-menina-que-
espantou-literatos-1
Paula Vicente
(1519 - 1576)
Filha de Gil Vicente e Melícia Rodrigues, foi a dama da Infanta D.
Maria(1521-1577. Foi uma mecenas das artes)
Era conhecida pela sua erudição e talento musical. Acredita-se
que tenha representado em algumas peças de seu pai.
Acredita-se também que tenha escrito várias comédias.
Organizou a compilação da obra de Gil Vicente, juntamente com
seu irmão Luís Vicente.
"Arte da Língua Inglesa e Holandesa para a instrução dos seres
naturais”, obra atribuída.
Humanismo em Portugal
(1418/1434-1527)
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Portrait_de_Dante.jpg
Época conturbada da história
portuguesa.
(Dom Duarte)
Características
https://ensina.rtp.pt/artigo/as-cronicas-de-fernao-
lopes/
Crônica de D João I ( 1443), de Fernão Lopes
O cerco de Lisboa
Andavam os moços de três e de quatro anos pedindo pão pela cidade pelo amor de
Deus, como lhes ensinavam suas madres; e muitos não tinham outra cousa que lhes
dar senão lágrimas que com eles choravam, que era triste cousa de ver, e se lhes Glossário
davam tomando pão como noz, haviam-no por grande bem. madre: mãe
Desfalecia o leite àquelas que tinham crianças a seus peitos, por míngua de desfalecer: diminuir,
mantimento; e vendo lazerar seus filhos a que ocorrer não podiam, choravam amiúde minguar
sobre eles a morte, antes que os a morte privasse da vida: muitos esguardavam as lazerar: ter muita fome;
preces alheias com chorosos olhos, por cumprir o que a piedade manda; e, não acorrer: socorrer
tendo de que lhes ocorrer, caíam em dobrada tristeza. esguardar: olhar, observar
....................................................................... fiúza: confiança
Ora esguardai, como se fôsseis presentes, uma tal cidade assim desconforta a e desvairado: diferente,
sem nenhuma certa fiúza de seu livramento, como viveriam em desvairados diverso
cuidados quem sofria ondas de tais aflições! Ó geração que depois veio, povo bem quinhoeiro: participante
aventurado, que não soube parte de tantos males nem foi quinhoeiro de tais
padecimentos!
(O cerco de Lisboa é um episódio da guerra entre Portugal e Castela, em 1384,
durante a Revolução de Avis).
Versão original- http://www.tycho.iel.unicamp.br/~tycho/corpus/cgi-
bin/getversion.pl
Poesia Palaciana
1465 ?- 1536?
Ninguém: Como hás nome, cavaleiro? O verbo haver nestes versos tem
o sentido de ter.
Todo o Mundo: E mais queria o paraíso, Entenda-se no texto: sem ninguém estorvar isto
sem mo ninguém estorvar. a mim.
Estorvar: atrapalhar.
Ninguém: E eu ponho-me a pagar Ponho: entenda-se: proponho.
quanto devo para isso.
Belzebu: Escreve com muito aviso.
Dinato: Que escreverei?
Belzebu: Escreve
que todo o mundo quer paraíso
e ninguém paga o que deve.
Todo o Mundo: Folgo muito d'enganar, Folgo: tenho prazer, gosto.
e mentir nasceu comigo.
Ninguém: Eu sempre verdade digo
sem nunca me desviar.
Belzebu: Ora escreve lá, compadre,
não sejas tu preguiçoso.
Dinato: Quê?
Belzebu: Que todo o mundo é mentiroso,
E ninguém diz a verdade.
https://prezi.com/z9ic2-6gm6-y/farsa-de-ines-
pereira/?frame=0eb5206826e47593e9e651f0fb1543e5e10a100b
https://youtu.be/ZrqaYPrOvcY
https://ensina.rtp.pt/artigo/farsa-de-ines-pereira/
Auto da Barca
do Inferno
https://ensina.rtp.pt/artigo/
auto-da-barca-do-inferno-
de-gil-vicente/
https://duzitozz.wordpress.com/2013/01/16/auto-da-barca-do-inferno/
Leitura das peças e comentários gerais