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DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação.

A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 4


, considerando sua ocupação, dada na Tabela 1 - Classificação das Edificações e Área
de Risco quanto à Ocupação do Regulamento de Segurança contra Incêndio.

Cálculo da População

Para saber qual a população para a qual deve ser dimensionada a saída de uma
determinada edificação, comece procurando na Tabela 1 da NBR 9077 a ocupação à
qual a edificação pertence.

O passo seguinte será o de verificar na Tabela 5 da NBR 9077 qual será a população
estimada.

Exemplo

Digamos que se trate de um pequeno Mercado, térreo, com 650 m² de área edificada,
mais 150 m² de área descoberta para estacionamento.
De acordo com a Tabela 4 será uma ocupação C-2.

A população estimada deverá ser de 4 pessoas por m².


Logo, 650 / 4 = 162,5, ou seja 163 pessoas.

ATENÇÃO Note que a área de estacionamento, não edificada, apesar de necessitar de


proteção por extintores de incêndio, não necessita ser levada em consideração por ser
área livre descoberta.

Largura da(s) Saídas

A largura mínima permitida para as saídas será de 1,20 m, exceto nos seguintes casos:

 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 0,55 m, para as escadas,


acessos (corredores e passagens) e descargas nas ocupações do Grupo H-2 e H-
3;
 2,20 m, correspondente a quatro unidades de passagem de 0,55 m, para as
rampas, acesso às rampas e descarga das rampas, nas ocupações do Grupo H-2.

As saídas são dimensionadas em função de uma medida chamada “Unidade de


Passagem”, que vale 0,55m.

Exemplo

Voltando ao exemplo citado acima, pela mesma Tabela 4, percebemos que cada
Unidade de Passagem, para essa ocupação, tanto no acesso/descarga, quanto nas portas,
permite a passagem de 100 pessoas.
Como a população estimada é de 163 pessoas, necessitaremos de no mínimo 2 unidades
de passagem para permitir o escape das pessoas do mercado. Ou duas portas.

Logo, o mercado deveria possuir uma saída com duas Unidades de Passagem de 0,55 m
cada, ou seja com 1,10 m de largura. Como a largura mínima para saídas é de 1,20 m,
essa será a largura da saída.

Caso o proprietário do Mercado queira efetuar a saída por duas portas, ambas deverão
possuir 0,80 m porque essa é a largura mínima admitida para as portas de saída. E cada
porta valerá por uma Unidade de Passagem.

Distância Máxima a ser Percorrida

Outro fator básico a ser considerado é a distancia máxima a ser percorrida. Essa
distância deverá ser maior ou menor em função da existência de uma ou mais saídas
(distantes no mínimo 12 metros uma da outra).

As distâncias máximas a serem percorridas são as constantes da Tabela Abaixo:

Tipo de Grupo e divisão  


edificação de ocupação Saída única Mais de uma saída
X Qualquer 10,00 m 20,00 m
Y Qualquer 20,00 m 30,00 m
C,D,E,F,G-3,G-4,  H, I, L e M 30,00 m 40,00 m
Z
A,B,G-1,G-2 e J 40,00 m 50,00 m

Tab.1- Distâncias máximas a serem percorridas.

Em que:
X = Edificações em que o crescimento e a propagação do incêndio podem ser fáceis e
onde a estabilidade pode ser ameaçada pela ação do incêndio. São normalmente as
construções com estruturas e entrepisos combustíveis.

Y= Edificações onde um dos três eventos é provável: rápido crescimento do incêndio;


propagação vertical do incêndio; colapso estrutural. São normalmente edificações com
estrutura resistente ao fogo (concreto ou metálica protegida), mas com fácil propagação
de fogo entre os pavimentos.

Z= Edificações concebidas para limitar o: rápido crescimento do incêndio; propagação


vertical do incêndio; colapso estrutural. São os prédios com estrutura resistente ao fogo
e isolamento entre pavimentos

ATENÇÃO Obedecidos a esses critérios, restará implantar as portas abrindo-se para


fora, no sentido do fluxo de saída das pessoas, e uma edificação térrea estará atendendo
a regulamentação.

Implantação

Essa implantação de portas deverá obedecer ao descrito no desenho abaixo, ou seja:


 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180º, quando
do seu movimento de abrir, no sentido de trânsito de saída, devem manter a
largura mínima livre de 1,20 m para as ocupações em geral;
 as portas da rota de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50
pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido
de trânsito de saída;

Fig.1 - Exemplo de altura.

Edificações com pisos acima ou abaixo do solo

Edificações com piso(s) acima ou abaixo do solo deverá(ão) possuir escada(s) ou


rampas.

Rampas

O dimensionamento das rampas obedece ao mesmo critério do dimensionamento das


saídas (ocupação, população, unidade de passagem).

A declividade das rampas deve ser de 10%, salvo para rampas internas descendentes
das ocupações D e G e as das ocupações C, I e J.

O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos

1. Para unir dois pavimentos de diferentes níveis em acesso a áreas de refúgio em


edificações com ocupações dos Grupos H2 e H3;
2. Quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos
degraus de uma escada;
3. Sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 m, já que são vedados laços de
escada com menos de três degraus.

ATENÇÃO As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser


precedidas e sucedidas de patamares planos.

ATENÇÃO Não é permitida a colocação de portas em rampas.

As rampas devem

 ter piso antiderrapante;


 ser dotadas de guardas e corrimãos;
 ser dotadas de sinalização e desobstruídas.

Escadas

O número de escadas necessário para cada ocupação (já citamos que a Tabela 1 fornece
a classificação das ocupações) será fornecido pela Tabela 6

A largura da(s) escadas deve(m) ser calculadas conforme o acima descrito (levando-se
em conta a ocupação, população estimada e unidades de passagem), destacando-se que
as escadas apresentam menor capacidade de fluxo de pessoas, o que pode ser verificado
na Tabela 4 já citada.
Além do cálculo da largura da(s) escadas e do número mínimo (algumas ocupações
exigem no mínimo duas escadas/saídas), os seguintes detalhes devem ser observados:

Degraus

Os degraus devem

 Ter altura h (ver figura 4) compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com
tolerância de 0,5 cm;
 Ter largura b (ver figura 4) dimensionada pela fórmula de Blondel:
63 cm < (2h + b) < 64 cm;

Fig.2 - Altura e largura dos degraus.

 Possuir piso ou elemento antiderrapante.


Fig.3 - Exemplo de elemento antiderrapante.

ATENÇÃO Não poderá lance com menos de três degraus nem escada com lance que
ultrapasse 3,7 m de altura.

ATENÇÃO Devem possuir quina ou bocel conforme indicado no desenho..

Guardas e Corrimão

Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias,


patamares, escadas, rampas e outros, deve ser protegida de ambos os lados por paredes
ou guardas (guarda-corpos) continuas, sempre que houver qualquer desnível maior de
19 cm, para evitar quedas.

A altura das guardas, internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05 m ao longo dos
patamares, corredores, mezaninos, e outros (ver figura 15), podendo ser reduzida para
até 92 cm nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma
linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.

A altura das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e


assemelhados, deve ser de, no mínimo, 1,30 m
As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as
guardas vazadas, devem:

 Ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de


segurança laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm
de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura;
 Ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que
possam enganchar em roupas;
 Ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros
aramados ou de segurança laminados, se for o caso. Exceção será feita às
ocupações do Grupo I e J  para as escadas e saídas não emergenciais.
Fig.4 - Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas que elas devem
resistir

Corrimãos devem

 ser instalados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo medida da


parte superior do corrimão ao piso;
 ser contínuos, inclusive nos patamares, e com extremidades voltadas para a
parede;
 ter secção circular, com diâmetro variando entre 38 e 65 mm;
 estar afastados 40 mm no mínimo;
 resistir a uma carga de 900N.

Ponta voltada para a parede:


Fig.5 - Ponta voltada para a parede

Detalhes (medidas) para dimensionamento de corrimão:

Fig.6 - Dimensões de guardas e corrimãos.

Corrimãos intermediários

 Escadas com largura superior a 2,20 m devem ter corrimão intermediário, no


máximo a cada 1,80 m;
 As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres.

 
Para dar entrada do Projeto Técnico Simplificado no Corpo de Bombeiros, deve ser
preenchido o Formulário próprio, o Cartão, encartados em uma Pasta Transparente e
recolhida a Taxa.

Taxa

A taxa corresponde ao pedido de vistoria para fornecimento do Auto de Vistoria do


Corpo de Bombeiros (AVCB). Feita a vistoria e encontrada a edificação/ocupação em
ordem, será liberado, pelo vistoriante, a confecção do AVCB, o qual deverá ser retirado
no mesmo local em que deu entrada o pedido.

Caso sejam encontradas irregularidades, elas serão apontadas e deverão ser corrigidas.
Efetuada a correção poderá ser solicitada a re-vistoria, sem quaisquer ônus
complementares. Nova taxa somente deverá ser recolhida se efetuadas duas vistorias e
em ambas forem encontradas irregularidades ou se o retorno for solicitado depois de
decorridos 6 meses da primeira vistoria.

O valor da taxa a ser recolhida é de 2 UFESP (R$ 13,93), hoje correspondente a R$


27,86 (vinte e sete reais e oitenta e seis centavos).

O recolhimento deve ser efetuado conforme os locais e contas abaixo:

 Cidade de São Paulo – Banespa – agência 0108, conta 43000606-6 – Corpo de


Bombeiros.
 Cidades de S.André, S.Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema,
Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – Banespa, agência 0268, conta
43000045-6.
Etc..(demais contas do Estado).

O pedido (Formulário e Cartão preenchidos e encartados na Pasta transparente) deve dar


entrada, juntamente com o comprovante de depósito da taxa, nos seguintes locais:

São Paulo, bairros (incluir todos)........


1º GB, Rua José Bento...
Bairros....(incluir todos)
Municípios de
Araraquara...

Preenchimento do Formulário

Para fazer o download do formulário clique aqui.

Esclarecimentos quanto ao preenchimento do Formulário:

 Logradouro: inserir o nome da Rua, Avenida, Travessa, etc.


Nº - inserir o número.
 Complemento: inserir dados complementares quando houver.
 Bairro: inserir nome do Bairro.
 Cidade: inserir nome da cidade.
 Proprietário: inserir nome do proprietário e na seqüência o endereço eletrônico
(se houver) e número do telefone.
 Responsável pelo uso: inserir dados referentes ao responsável pelo uso, de
forma idêntica aos inseridos quanto ao proprietário. Se for o mesmo repetir ou
colocar “o mesmo”.
 Áreas: nos quadros respectivos, inserir a área existente, a área a construir (se
está sendo solicitada vistoria não entendi  o porque desse dado) e a área total.
No Detalhe inserir o valor da altura (do pavimento mais elevado, conforme
explanado no Capítulo “Enquadramento”), o número de pavimentos e a
ocupação do subsolo, se houver (não pode haver ocupação com permanência
humana).
 Uso, divisão e descrição: preencher de acordo com a tabela do Anexo “A” da
IT-14 (link), transcrevendo a “Divisão”.
 Risco: transcrever a “Carga de Incêndio” da mesma tabela.

 Medidas de Segurança Contra Incêndio: estão assinaladas, porque


obrigatórias, as medidas “saídas, sinalização, extintores”. Assinalar as demais
que foram (necessariamente) implantadas.
 Riscos Especiais: assinalar os riscos existentes, lembrando da necessidade de
juntada de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) quando necessário.
 Assinatura: assinatura do proprietário ou responsável pelo uso.

Preenchimento do Cartão

Para fazer o download do cartão clique aqui.

Repetir no cartão os dados constantes do Formulário conforme os espaços


correspondentes.

 Logradouro: inserir o nome da Rua, Avenida, Travessa, etc.


Nº - inserir o número.
 Complemento: inserir dados complementares quando houver.
 Bairro: inserir nome do Bairro.
 Cidade: inserir nome da cidade.
 Proprietário: inserir nome do proprietário e na seqüência o endereço eletrônico
(se houver) e número do telefone.
 Responsável pelo uso: inserir dados referentes ao responsável pelo uso, de
forma idêntica aos inseridos quanto ao proprietário. Se for o mesmo repetir ou
colocar “o mesmo”.
 Áreas: nos quadros respectivos, inserir a área existente, a área a construir (se
está sendo solicitada vistoria não entendi  o porque desse dado) e a área total.
No Detalhe inserir o valor da altura (do pavimento mais elevado, conforme
explanado no Capítulo “Enquadramento”), o número de pavimentos e a
ocupação do subsolo, se houver (não pode haver ocupação com permanência
humana).
 Uso, divisão e descrição: preencher de acordo com a tabela do Anexo “A” da
IT-14 (link), transcrevendo a “Divisão”.
 Risco: transcrever a “Carga de Incêndio” da mesma tabela.
 Medidas de Segurança Contra Incêndio: estão assinaladas, porque
obrigatórias, as medidas “saídas, sinalização, extintores”. Assinalar as demais
que foram (necessariamente) implantadas.
 Riscos Especiais: assinalar os riscos existentes, lembrando da necessidade de
juntada de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) quando necessário.
 Assinatura: assinatura do proprietário ou responsável pelo uso.

Imprimir o Formulário em papel sulfite e o Cartão (frente e verso) em papel cartão.


Colocá-los em uma pasta transparente (para que?) e conduzi-los, juntamente com o
comprovante de pagamento da taxa aos locais indicados.

ENQUADRAMENTO

O Corpo de Bombeiros de Sâo Paulo criou o Projeto Técnico Simplificado, tratado


corriqueiramente como PTS, para facilitar a regularização das edificações que possuam
até 750 m² de área construída, e, simultâneamente, o piso mais elevado a menos de 6 m
de altura, salvo exceções.

MEDIDAS NECESSÁRIAS

Nessas edificações será necessário implantar, não ocorrendo riscos especiais, por
somente 3 medidas de proteção contra incêndio: de extintores portáteis de incêndio; de
sinalização de emergência e de saídas de emergência e, em certos casos, iluminação de
emergência.

TRÂMITE

Nesse procedimento, o interessado não necessita apresentar previamente um projeto,


bastando encaminhar, preenchidos, um cartão de identificação e um formulário, dentro
de uma pasta de plástico transparente, e recolher a taxa de vistoria. Um vistoriador do
Corpo de Bombeiros comparecerá ao local para verificar se a edificação cumpre as
exigências da legislação vigente, ou seja, se possui as medidas de segurança
necessários.

RESULTADO

Cumpridas as exigências legais, o Corpo de Bombeiros entende que a edificação possui


os requisitos mínimos necessários de Segurança Contra Incêndio e expedira o
competente Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, válido por 3 anos, documento
esse que comprova a regularização.

Não Poderão se Utilizar do Procedimento


Técnico Simplificado

Em função de sua destinação ou ocupação, algumas edificações não podem ser


regularizadas através do Projeto Técnico Simplificado (PTS).
São elas:
1. Edificações que possuem subsolo com ocupação humana;
2. Indústrias e Depósitos de Explosivos;
3. Locais de reunião de públicocujalotação ultrapasse 100 (cem) pessoas
(basicamente museus, bibliotecas e estações rofoferroviárias, etc, com até 300
m² e igrejas, teatros, bares, igrejas, etc, com até 100 m²);
4. Ocupações Especiais, tais como túneis; tanques ou parque de tanques
destinados a armazenamento, e distribuição de líquidos ou gases inflamáveis;
centrais de comunicação ou energia; locais em construção, demolição ou
assemelhados; destinados a tratamento ou processamento de lixo ou material
descartado; terras selvagens, parques florestais, reservas ecológicas; e pátios de
containeres.

No caso de edificações que possuam subsolo com ocupação humana, mais indústrias
e depósitos de explosivos,casos 1 e 2, a regulamentação sequer permite o processamento
através do Projeto Técnico.
O trâmite deverá ser feito, obrigatoriamente, por Comissão Técnica, visto a
potencialidade de os incêndios nesses locais produzirem vítimas.

O caso citado em 3, deve ser tramitados através de Projeto Técnico, visto a


regulamentação exigir, para essas ocupações, também pelo seu potencial de risco à vida,
resistência ao fogo das estruturas, isto é, elas não devem colapsar em situação de
incêndio.

As ocupações listadas em 4 são consideradas especiais e exigem processamento


específico.

Características Necessárias às Edificações para


se Utilizar do Projeto Técnico Simplificado

ALTURA

Para serem processadas junto ao Corpo de Bombeiros com o Projeto Técnico


Simplificado (PTS) as edificações não podem possuir o piso mais elevado, acima de 6
metros do  ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga (note que não é a altura
do telhado).
Excetua-se a atividade Comercio de Explosivos, para a qual somente poderão ser
processadas edificações térreas.
Fig.1 - Exemplo de altura.

ÁREA

Além dessa limitação de altura, sua área construída total, somados todos os pisos, não
pode ultrapassar 750 m².
Excetua-se a atividade Comercio de Explosivos, em que essa área é limitada a 100 m².

Algumas áreas podem ser desconsideradas

Algumas áreas não são computadas como “área construída”, pelo Corpo de Bombeiros,
desde que não utilizadas para outros fins. Dentre elas:

 A área de cobertura das bombas, em postos de abastecimento de serviços (posto


de gasolina).

Fig.2 - A área de cobertura das bombas, em postos de abastecimento.

 As áreas destinadas a beirais e platibandas com até 1 metro:


Fig.3 - Exemplo de  área de beiral.

 Área de residência unifamiliar, em piso superior, desde que com entrada


independente.

Fig.4 - Exemplo de área de residência com entrada independente.

Exemplo: Digamos que na figura acima, as atividades comerciais e de serviço do piso


térreo ocupem uma área de 650 m², e a residência, do piso superior, que possui acesso
independente, possua 150 m². Apesar de a edificação possuir um total de 800 m²,
mesmo assim poderá seguir a regularização como PTS, pois a área do piso superior não
será computada, por ser residência unifamiliar com entrada independente.

Não são computadas também áreas destinadas a:

 telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas


d’água, tanques e outras instalações desde que não tenham área superior a 4 m²;

 as passagens cobertas com largura máxima de 2 m, com laterais abertas,


destinadas apenas à circulação de pessoas ou mercadorias;

 áreas dos reservatórios de água com até 4 m².

Fig.5 - Reservatórios de água.


 coberturas de caixa de água e cobertura de passagens de pedestres desde
possuam até 2,0 m de largura.

ATENÇÃO Sempre que a edificação possuir subsolos, os mesmos devem ser


compartimentados com Porta Corta Fogo (PCF) com resistência para 90 minutos (P-90)
em relação aos demais pisos contíguos.

Exigências Especias

EXIGÊNCIAS DE AFASTAMENTOS

Alguns riscos acrescentam medidas de segurança especiais, especialmente de


“afastamentos”, que estarão detalhadas adiante. São eles:

 Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP- Gás de Cozinha);


 Presença de Líquidos Inflamáveis;

A existência desses riscos, depois de cumpridas as exigências da regulamentação,


obrigarão a juntada de Anotação de Responsabilidade Técnica, indicando seu correto
cumprimento, por parte de profissional registrado junto ao Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura (CREA).

EXIGÊNCIAS DE CONTROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO E


REVESTIMENTO

Por serem local de reunião de público ou envolverem público com restrições de


locomoção, para algumas ocupações é exigido o controle de material de acabamento e
revestimento, pois tais materiais são elementos de grande influência na propagação dos
incêndios além de grandes geradores de fumaça.

Para essas ocupações, abaixo listadas, um profissional registrado junto ao CREA deverá
atestar o cumprimento das exigências relativas a essa medida de proteção contra
incêndio, e que estão contidas na Instrução Técnica nº 10 .

Essa providência deve ser tomada para as seguintes ocupações:

 Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos,  residências


geriátricas ou assemelhados com mais de 16 leitos;
 Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos e
assemelhados;
 Hotéis e assemelhados com cozinha própria nos apartamentos (incluem-se apart-
hotéis, hotéis residenciais) e assemelhados;
 Museus, centro de documentos históricos, bibliotecas e assemelhados;
 Igrejas, templos, capelas, sinagogas, mesquitas, cemitérios, crematórios,
necrotérios, salas de funerais e assemelhados;
 Estádios, ginásios e piscinas com arquibancadas, rodeios, autódromos,
sambódromos, arenas em geral, academias, pista de patinação e assemelhados;
 Estações rodoferroviárias e marítimas, portos, metrô, aeroportos, heliponto,
estações de transbordo em geral e  assemelhados;
 Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de estúdios de rádio e televisão,
auditórios em geral e assemelhados;
 Boates, clubes em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, clubes sociais,
bingo, bilhares, tiro ao alvo, boliche e assemelhados;

 Circos e assemelhados;
 Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas e assemelhados;
 Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e assemelhados (inclui-se
alojamento com ou sem adestramento);

 Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios,


tratamento de dependentes de drogas e álcool e assemelhados. Todos sem celas;
 Hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação,
ambulatórios e postos de atendimento de urgência, postos de saúde e
puericultura e assemelhados com internação;
 Edificações do Executivo, Legislativo e Judiciário, tribunais, cartórios, quartéis,
centrais de polícia, delegacias, postos policiais e assemelhados;
 Hospitais psiquiátricos, manicômios, reformatórios, prisões em geral (casa de
detenção, penitenciárias, presídios) e instituições assemelhadas. Todos com
celas;

 Comércio em geral de fogos de artifício e assemelhados (divisão térrea até 100


m²). Estes locais, além do controle de material de acabamento, deverão possuir
também iluminação à prova de explosão.

EXIGÊNCIA DE SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

As edificações que possuírem o piso mais elevado a mais de 5 metros de altura deverão
implantar Sistema de Iluminação de Emergência. Independentemente da altura, os
hotéis e motéis e os locais de reunião de público deverão possuir esse sistema, salvo
os motéis que não possuam corredores internos de serviços.

Esse sistema deverá ser à prova de explosão sempre que houver a presença de gases
inflamáveis (ex. GLP) ou a ocupação envolver a presença de explosivos. Para a
execução desse sistema deve ser consultada a Instrução Técnica 18.

O Corpo de Bombeiro aplica poucas exigências às pequenas edificações. Dentre elas


obriga a presença de extintores de incêndio com a finalidade de conter os incêndios em
seu início.

Para que isso possa ocorrer, eles necessitam:

 Estarem com sua carga de agente extintor e pressurização em ordem;


 Estarem bem instalados e bem distribuídos;
 Serem adequados ao risco cujo incêndio pretendem conter e,
 Serem, obviamente, operados adequadamente quando o incêndio se iniciar.
A Instrução Técnica 21 do Corpo de Bombeiros contém prescrições para que uma
edificação seja adequadamente protegida por extintores de incêndio. Basicamente,
porém, podemos dizer que proteger uma edificação por extintores de incêndio pode ser
alcançado cumprindo-se quatro passos:

Selecionando os extintores mais adequados aos riscos, com sua respectiva capacidade
de extinção; distribuindo-os e instalando-os adequadamente.

Há também a necessidade de sinalizá-los com sinalização aérea e em alguns casos


sinalização de piso.

Classificação dos Incêndios

Comecemos pela seleção dos extintores de incêndio mais adequado ao risco que se
apresente.
        Para facilitar essa seleção, os incêndios foram classificados basicamente em 3
classes: “A”, “B” e “C”.

Classe A
Como classe “A” entende-se os incêndios em sólidos, que queimam e deixam resíduo,
tais como a madeira, o papel, tecidos, borracha, etc.

Classe B
Como classe “B”, os incêndios em líquidos e gases, que queimam na superfície e não
deixam resíduos, tais como a o GLP (gás de cozinha), a gasolina, o álcool, o querosene,
etc.

Classe C
Como classe “C”, os incêndios em que esteja presente a energia elétrica, normalmente
em aparelhos elétricos “energizados”. Esse tipo de incêndio exige que o agente extintor
não conduza a corrente elétrica.

Os extintores de incêndio, em seu rótulo, possuem indicação sobre as classes de


incêndio para as quais são adequados.
Fig.1 - Exemplo de rótulo de extintor adequado às classes de incêndio “B” e “C”.

Em alguns casos o rótulo informa também as classes de incêndio para as quais o


extintor não se presta, conforme exemplo abaixo:

Selecionando os Extintores

Para classe "A"


Assim, se a edificação possuir em sua maioria elementos que produzam um incêndio
classe “A”, deverão ser selecionados extintores que extingam tais tipos de incêndio,
como os de água ou espuma.

Fig.2 - Extintor de água.


Fig.3 - Extintor de espuma.

Para classe "B"


Para incêndio classe “B”, usa-se espuma (figura acima), pó comum, também chamado
Pó BC, ou dióxido de carbono, também chamado gás carbônico ou CO².
Abaixo figura 4, extintor de CO².

Fig.4 - Extintor de CO².

Para classe "C"


Para classe “C” empregam-se os mesmos extintores de pó e o gás carbônico,
exemplificados nas figuras acima.
Pós Multi Uso ou Pós-ABC
Os extintores de Pós chamados Multiuso ou ABC são extintores que podem ser usados
em quaisquer classes de incêndio, pois extinguem princípios de incêndio em materiais
sólidos, em líquidos inflamáveis e gases. Também controlam incêndios em que haja a
presença da corrente elétrica, sem transmiti-la, isto é, sem gerar risco ao operador.

Exemplo desses extintores :

Fig.5 -   Extintores de pó Multi Uso ou pó-ABC

Note que a etiqueta apresenta adequabilidade para as três classes de incêndio.

O Corpo de Bombeiros exige que cada risco ou edificação seja coberto por mais que
um tipo de extintor, de modo que todas as classes de incêndio sejam abrangidas.

Excetuam-se os casos em que são usados os extintores de Pó Multiuso (classes A, B


e C), também chamado Pó ABC. Nesses casos pode-se usar somente esse extintor, o
qual substitui quaisquer dos acima citados (figura 5).

Determinando a Capacidade

O segundo passo é escolher a “capacidade” desses extintores.


O Corpo de Bombeiros utiliza a “capacidade de extinção” para determinar essa
capacidade.

Extintor de Água
Se escolhermos um extintor de água, que atende aos incêndios classe “A”, ele deve ter
como capacidade de extinção 2 A.

Obs.: Isto significa que o extintor deve ser capaz de extinguir, conforme testado em
laboratório, um incêndio em 78 ripas com 600 mm de comprimento e espessura de 45 X
45 mm, montadas em 13 camadas. O extintor de água com capacidade de extinção 2A
pode ser visto na figura 1.

O extintor escolhido deve trazer um selo esclarecendo essa capacidade, conforme


abaixo:

Fig.6 - Extintor escolhido deve trazer um selo esclarecendo essa capacidade.

Extintor de Espuma
Se escolhermos um extintor de espuma, que atende aos incêndios classe “A” e “B”, ele
deve ter como capacidade de extinção 2 A 10B

Obs.: Isto significa que o extintor deve ser capaz de extinguir incêndios Classe “A” com
a mesma eficiência do extintor de água mais capacidade de extinção para Classe “B”
conforme testado em laboratório em um recipiente com 2,30 m² que contenha 117 litros
de líquido inflamável.

Extintor de Pó
Escolhendo um extintor de Pó, próprio para as classes “B” e “C”, ele deve ter a
capacidade mínima e extinção 20 BC.

Obs.: Isto significa que o extintor deve ser capaz de extinguir um incêndio conforme
testado em laboratório, mantendo um tempo mínimo de descarga de 8 segundos, em um
recipiente com 4,65 m² que contenha 245 litros de líquido inflamável. Para receber a
letra C o extintor tem que ser submetido a teste normalizado de não condutibilidade de
energia elétrica.

O extintor de Pó Químico Seco está na figura 4.

Assim como no caso anterior, ele deve possuir em sua etiqueta uma discriminação de
sua capacidade de extinção.

Extintor de CO²
Se for selecionado o extintor de CO² (gás carbônico ou dióxido de carbono), ele deve
ter capacidade 5 BC.
Onde houver a possibilidade de ocorrer incêndios com a presença de energia elétrica
deve ser escolhido extintor que possua a capacidade de “não transmitir a corrente”, isto
é, apto para a classe “C”. O extintor de CO² (figura 3).
(Na foto abaixo a indicação do peso está certa e da capacidade de extinção está errada.
Deveria ser 5BC. Vou trocar a foto depois).

Fig.7 - Extintor escolhido deve trazer um selo esclarecendo essa capacidade.

EXTINTORES
 
Água Espuma Pó CO² Pó ABC
Classe A 2A 2A     2A
Classe B   10 B 20 BC 05 BC 20 BC
Classe C     20 BC 05 BC 20 BC

Tab.1 - Tipos de extintores indicados para cada classe e suas suas cargas mínimas.

Validade da “carga” dos extintores

A “carga” dos extintores possui validade conforme especificado pelo fabricante ou


recarregador, não existindo, em Normas, um prazo específico. Tanto os fabricantes,
quanto as empresas que efetuam recargas, apõe ao aparelho um selo, com data de
validade da “garantia” dos serviços, conforme abaixo, em que a “garantia” do
recarregador é válida até maio de 2007.
Fig.8 - Selo.

Distribuição dos extintores

Selecionados os extintores mais adequados, deveremos distribuí-los na edificação de


modo a que sejam rapidamente apanhados.

Inicialmente, a regra determina que cada pavimento possua no mínimo 2 unidades


extintoras, cobrindo incêndio classes “a”, “b” e “c” . Se o pavimento possuir menos de
50 m² se permite a instalação de somente um extintor desde que de Pó Multiuso.

Também é obrigatório que no mínimo um extintor seja instalado a não mais de 5


metros da porta de entrada, ou da escada em pavimentos superiores. E uma “distância
máxima” a ser percorrida para se alcançar um extintor.

A distância a ser percorrida depende da "carga de incêndio por risco".


Em locais com:

 cargas altas essa distância é de 15 metros;


 cargas médias, 20 metros e
 cargas baixas , 25 metros.

Consulte a tabela própria para saber  o risco de sua ocupação, determinando assim o
caminhamento máximo.
Essa distribuição deve ser iniciada com a colocação de um extintor a não mais de 5
metros da entrada principal ou da escada, nos pavimentos superiores

Obs.: Lembre-se da adequação para saber qual extintor colocar; próximos a quadros
elétricos ou de equipamentos eletrônicos coloque um extintor para classe “C”. Para
equipamentos eletrônicos o extintor de Gás Carbônico é o mais adequado.

Coloque o(s) demais extintor(es) obedecendo a essa distância máxima a ser percorrida
para se atingir “um” extintor.
Aqui figuras exemplos de distribuição de extintores.

Consideração básica
Salvo em casos em que o pavimento possua menos de 50 m², será sempre necessária à
colocação de dois extintores, para classes de incêndio distintas (ou o Pó Multiuso)
independentemente da cobertura por caminhamento.

EXEMPLO

Figura A PROJETO ERRADO

O extintor foi instalado considerando que a distância entre o extintor e  ponto mais
distante dele na planta era menor do que 15m.

Figura B CORREÇÃO

Como o próprio nome diz o caminhamento deve medir a distância máxima que se vai
caminhar entre o extintor e um determinado ponto. Assim a distância deve ser medida
entre o extintor e a entrada e entre a entrada e o ponto mais distante.
Como vemos na figura na verdade a distância á maior que 15 metros, portanto o extintor
estava instalado incorretamente

No mínimo um extintor deve estar instalado a pelo menos 5 metros da entrada, o que
não acontece no projeto.

Figura C PROJETO CORRETO

Na figura C apresentamos uma proposta correta para a distribuição dos extintores.

Instalando os Extintores

Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, o suporte de


fixação do extintor deve ser instalado no máximo a 1, 60 e no mínimo a 0,20 m do piso
acabado.

É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam,


apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do
piso.

Atenção Os extintores não devem ser instalados em escadas.

Abaixo exemplo de extintores instalados sobre suportes de piso:

Fig.1 - Extintor instalado sobre suporte de piso

Exemplos de extintores instalados fixados na parede:


Fig.2 -  Exemplo de extintor instalado na parede.

O extintor pode ser instalado em abrigos na parede ou em nichos. Instalados em


abrigos, devem possuir uma superfície transparente que permita sua visualização.

Fig.3 -  Extintor pode ser instalado em abrigos na parede.

Todos os extintores devem ser sinalizados conforme figura abaixo, salvo nos casos
em que são colocados em armários ou nichos, quando devem ser sinalizados conforme
figura acima.
Fig.4 -  Sinalização de extintores.

Em locais que possuam piso rústico, como indústrias, depósitos, estacionamentos,


etc., há necessidade de se efetuar sinalização de piso, conforme abaixo:

Código Símbolo Significado Descrição Aplicação


Símbolo:
quadrado
(1,00m X
1,00m)
Usado para indicar a
Sinalização de localização dos
Fundo:
E10 solo para equipamentos de combate
vermelho
extintores a incêndio e evitar a sua
obstrução.
Borda>
amarela
(largura
0,15m)

Tab.1 - Sinalização de solo.

Abaixo foto com exemplo dessa sinalização:


Fig.5 - Sinalização de solo.

Alguns riscos devem possuir um extintor para sua própria proteção,


independentemente dos demais extintores colocados na edificação.
Esses riscos são:

 Casa de caldeira;
 Casa de bombas;
 Casa de força elétrica;
 Casa de máquinas;
 Galeria de transmissão;
 Incinerador;
 Elevador (casa de máquinas);
 Ponte rolante;
 Escada rolante (casa de máquinas);
 Quadro de redução para baixa tensão;
 Transformadores;
 Contêineres de telefonia;
 Tanques de Combustível Líquido;
 Locais de Armazenamento de GLP, etc.

extintores sobre-rodas

Algumas ocupações exigem extintores sobre-rodas, também conhecidos como carretas.


Em geral são locais em que há a presença de líquidos inflamáveis.
Os extintores sobre-rodas de Pó Químico Seco, Espuma e Pó Multiuso são os mais
indicados para tal, e sua capacidade mínima deve ser de:

 Água: 10-A;
 Espuma 6-A; 40-B;
 Gás Carbônico – 10 B:C;
 Pó BC – 80 B:C;
 Pó ABC- 6-A:80-B:C

Extintores sobre-rodas 80B podem ser substituídos por extintores portáteis com a
mesma capacidade extintora.

Abaixo fotos com exemplo de extintores sobre rodas ou carretas:

Fig.6 - Carreta de água.

As regras completas para a sinalização de emergência estão contidas na IT-20


Sinalização de Emergência.

A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de


incêndio, alertandor para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações
adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a
localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação
em caso de incêndio.

Requisitos básicos para Sinalização de


Emergência

 Deve destacar-se em relação à comunicação visual adotada para outros fins;


 Não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando a
sua visualização;
 Deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e
veículos;
 As expressões escritas utilizadas devem seguir os vocábulos da língua
portuguesa;
 Se destinadas à orientação e salvamento e equipamentos de combate a incêndio
(extintores) devem possuir efeito fotoluminescente.

Material

As placas plásticas, as chapas metálicas e outros materiais semelhantes podem ser


utilizados na confecção das sinalizações de emergência. Os materiais devem possuir
resistência mecânica e espessura suficiente para que não sejam transferidas para a
superfície da placa possíveis irregularidades. Devem utilizar elemento fotoluminescente
para as cores branca e amarela dos símbolos para indicar:

 Sinalização de orientação e salvamento;


 Equipamentos de combate a incêndio.

ATENÇÃO Há disponibilidade de placas prontas para uso no comércio especializado.

Sinalização de Orientação e Salvamento

A sinalização de saída de emergência deve indicar todas as mudanças de direção, saídas,


escadas, atentando para:

Sinalização de porta de saída de emergência


Deve ser localizada imediatamente acima da porta, no máximo a 0,1 m da verga, ou
diretamente na folha da porta centralizada a uma altura de 1,8 m medida do piso à base
da sinalização.

Ver exemplos abaixo:

Fig.1 -  Sinalização de saída sobre porta corta fogo, sinalização complementar de saídas
e obstáculos.
Fig.1 -  Sinalização de orientação.

Sinalização de orientação da rota de saída


Deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de
saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 m. A sinalização deve ser instalada a 1,80
m medido do piso à sua base.

Fig.1 -  Sinalização de saídasobre porta corta fogo, sinalização complementar de saídas


e obstáculos.
Atenção A mensagem escrita “saída” deve ser sempre grafada no idioma português;

Atenção A abertura da porta em escada não deve obstruir a visualização de qualquer


sinalização.

Sinalização complementar
A sinalização complementar de rotas de saída é facultativa e, quando utilizada, deve ser
aplicada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de corredores e escadas.

Os símbolos básicos de Sinalização de orientação e salvamento são:

Código Símbolo Significado Forma e Cor Aplicação


Saída de Símbolo: retangular Indicação do
Emergência Fundo: verde sentido
Pictograma: (esquerda ou
fotoluminescente direita) de
uma saída de
emergência,
S1
especialmente para
ser
fi xado em colunas
Dimensões
mínimas:
L = 1,5 H.
Indicação do
sentido (esquerda
ou direita) de uma
S2 saída de emergência
Dimensões
mínimas:
L = 2,0 H
Indicação de uma
saída de
emergência a ser afi
S3 xada
acima da porta, para
indicar
o seu acesso
a) indicação do
S4 sentido
do acesso a uma
saída
S5 que não esteja
aparente
b) indicação do
S6
sentido
do uma saída por
S7  
rampas
c) indicação do
sentido
da saída na direção
vertical
(subindo ou
descendo)
Indicação do
S8 sentido de fuga
no interior das
escadas
S9 Indica direita ou
Símbolo: retangular esquerda,
Escada de Fundo: verde descendo ou
S10 emergência Pictograma: subindo
fotoluminescente O desenho
indicativo deve
ser posicionado de
S11 acordo
com o sentido a ser
sinalizado
Símbolo: retangular
S12 Fundo: verde
Mensagem Indicação da saída
S13 “SAÍDA” ou de
Mensagem emergência, com ou
“SAÍDA” e ou sem
Saída de
pictograma e ou complementação do
emergência
seta pictograma
S14 direcional: fotoluminescente
fotoluminescente, (seta ou imagem, ou
com altura de letra ambos)
sempre
> 50 mm
S15 Saída de Símbolo: retangular Indicação da saída
emergência Fundo: verde de
S16 Mensagem emergência com
“SAÍDA”: rampas para
fotoluminescente, defi cientes,
com utilizada como
altura de letra complementação do
sempre pictograma
> 50 mm fotoluminescentes
(seta ou imagem, ou

Tab.1 - Sinalização de orientação e salvamento (Fonte: NBR 13.437/95)

Sinalização de Equipamento de Combate a Incêndio

Deve estar a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da sinalização e
imediatamente acima do equipamento sinalizado.

Fig.1 - Sinalização de extintores.

Códig
Símbolo Significado Descrição Aplicação
o
Símbolo: quadrado
Indicação de
Extintor de Fundo: vermelho localização dos
E5
Incêndio extintores de
Pictograma: incêndio
fotoluminescente

Tab.1 - Sinalização de equipamentos de combate a incêndio (Fonte: NBR 13.437/95)

Quando houver obstáculos que impeçam a visualização direta da sinalização básica


no plano vertical, a mesma deve ser repetida a uma altura visível.
E essa sinalização repetida deve incluir o símbolo do equipamento e uma seta
indicativa, e o conjunto não deve distar mais de 7,5 m do equipamento;

Quando o equipamento se encontrar instalado no pilar, todas as faces do pilar devem


ser sinalizadas;

Sinalização de piso
A sinalização de piso de extintores é necessária quando forem instaladas em garagem,
áreas de fabricação, depósitos, locais de movimentação de mercadorias e de grande
varejo.

Códig
Símbolo Significado Descrição Aplicação
o
Símbolo:
quadrado
(1,00m X
1,00m)
Usado para indicar a
Sinalização de localização dos
Fundo:
E17 solo para equipamentos de combate a
vermelho
extintores incêndio e evitar a sua
obstrução.
Borda>
amarela
(largura
0,15m)

Tab.2 - Sinalização de equipamentos de combate a incêndio (Fonte: NBR 13.437/95).

Fig.2 - Sinalização de solo para extintor (usada em indústrias, depósitos,


estacionamentos, etc- pisos rústicos.

 
Fig.3 - Extintor de água sobre suporte no solo.

Fig.4 - Sinalização, com símbolo errado mas colocação certa, de extintor em nicho.
Fig.5 - Sinalização, com sinalização aérea, símbolo errado.

Sinalização Complementar

Código Símbolo Significado Aplicação


Lotação
Máxima:
Indicação da lotação máxima Nas entradas principais
120 pessoas
M2 admitida no recinto de reunião dos recintos de reunião de
sentadas
de público público
30 pessoas em

Tab.3 - Sinalização complementar (Fonte: NBR 13.437/95)

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