Você está na página 1de 1

CEFET-MG / UNIDADE ARAXÁ

Marielly Cristina Nogueira


Língua Portuguesa 2º bimestre
Professor (a): Rosanna C. S. Oliveira Série: 2ª EDI
Conteúdo: Realismo e Naturalismo Tarefa 1

A segunda metade do século XIX testemunha um grande avanço das ciências. Testemunha ainda os
feitos da Revolução Industrial, que mudou definitivamente a relação entre os seres humanos. Esses eventos
transformam o modo como a arte e, consequentemente, a literatura representam o mundo. Os sentimentos são
substituídos pelo olhar mais objetivo da realidade. É sob essa lente que o Realismo analisa de perto atitudes,
comportamentos, instituições.
Essa objetividade se acentua no Naturalismo, gerando distorções construídas com a intenção de deixar
mais claro aquilo que se pretende denunciar e criticar. O Realismo e o Naturalismo orientam a produção de
grandes mestres da literatura universal, como Flaubert, Zola, Machado de Assis, entre outros.
Sabendo disso, faça uma pesquisa e responda por que fatores como a Revolução Industrial, a
Questão Coimbrã e o crescimento desordenado dos centros urbanos favoreceram o surgimento das
estéticas realista e naturalista. Lembre-se de que essas estéticas surgiram, primeiramente, na Europa.
Portanto, tudo o que lá acontecia, acabava, mais tarde, refletindo no Brasil. Disserte, ainda, sobre como
isso ocorreu.

REALISMO E NATURALISMO
A Europa do século XIX vivenciava profundas transformações econômicas, políticas e sociais,
proporcionadas por dois grandes eventos do século XVIII: a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
Com a industrialização, surgiam os primeiros centros urbanos e a nova ordem econômica do capitalismo
financeiro, dividindo a sociedade entre burguesia, a nova classe dominante após o fim do Antigo Regime, e
proletariado, classe dos trabalhadores assalariados, que operavam o maquinário industrial. Essas oposições e
as condições degradantes de trabalho da época propiciaram matéria-prima para as teorias socialistas de Karl
Marx, cuja perspectiva classista influenciou diretamente a estética naturalista.
O Realismo em Portugal desenvolve-se nos últimos anos da década de 60 do século XIX e tem como
marco a Questão Coimbrã. A Questão Coimbrã foi o marco inicial do movimento realista em Portugal. Ela
representou uma nova forma de fazer literatura, trazendo à tona aspectos de renovação literária aliado as
ideias que surgiram na época em torno de questões científicas. Representou uma polêmica travada em 1865
entre os literatos portugueses. De um lado, estava Antônio Feliciano de Castilho, escritor romântico
português. De outro, o grupo de estudantes da Universidade de Coimbra: Antero de Quental, Teófilo Braga e
Vieira de Castro. Por isso, ela se afasta dos moldes ultrapassados dos ultrarromânticos, atacando assim, as
posturas de atraso cultural da sociedade portuguesa da época.

Você também pode gostar