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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE


SUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
DIRETORIA DE MEDICAMENTOS ESTRATÉGICOS

TABAGISMO – ORIENTAÇÕES PARA PROGRAMAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E DISPENSAÇÃO


DE MEDICAMENTOS (2022)

1. INTRODUÇÃO
Os medicamentos contemplados no Programa Nacional de Controle do
Tabagismo são distribuídos pela Diretoria de Medicamentos Estratégicos, conforme
dados que seguem:
 Nome das listas de medicamentos no SIGAF: CESAF -
PROGRAMA_NACIONAL_DE_CONTROLE_AO_TABAGISMO - VIA
ALMOX.SES;
 Agravos/Programa Contemplados: Combate ao Tabagismo;
 Periodicidade: Trimestral;
 Cobertura: 3 meses;
 Quem pode realizar pedido: Municípios/Estabelecimentos de Saúde
habilitados no PNCT, por meio da Central de Abastecimento
Farmacêutico/Almoxarifados municipais (ou Estabelecimento de saúde
referência designado pelo gestor municipal para realizar pedido, receber
medicamentos e distribuir para os demais estabelecimentos de saúde da
rede aptos a dispensar medicamentos) e hospitais
estaduais/universitários. Caso não haja nenhum Estabelecimento de Saúde
com adesão ao PNCT no município, este não terá seu pedido atendido. A
relação de Estabelecimentos de Saúde habilitados é disponibilizada pela
Coordenação Estadual de Promoção da Saúde e Controle do Tabagismo.
2. ORIENTAÇÕES PARA PROGRAMAÇÃO E REALIZAÇÃO DOS PEDIDOS
Inventário e ajustes no SIGAF:
Antes de realizar a programação de medicamentos e registro dos pedidos no
SIGAF, o Município/Estabelecimento de Saúde deverá realizar inventário e/ou ajustes
de estoque no SIGAF ou sistema próprio integrado ao SIGAF;
Os dados de dispensação e posição de estoque devem estar atualizados no ato
do pedido.
Atualização dos dados do e-SUS:
A DMEST, juntamente com a Coordenação de Promoção da Saúde e Controle
do Tabagismo, está utilizando nova metodologia de análise dos dados
para distribuição de medicamentos do PNCT, explorando melhor as informações
do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e do SIGAF, a fim
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(31) 3915 9822 – Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP 31.630-900 - dmest@saude.mg.gov.br
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de garantir todos os registros necessários nos sistemas em tempo oportuno como


forma de prestação de contas da utilização dos medicamentos. Os dados do SISAB
são as informações que o município alimenta no e-SUS para o Programa Nacional de
Controle ao Tabagismo.
Da definição da quantidade a solicitar:
Maiores informações podem ser consultadas no documento Detalhamento
dos critérios de análise e metodologia de cálculo para autorização de distribuição dos
medicamento estratégicos.
Caso o município seja novo no programa e não possua dados históricos de
consumo médio mensal, o cálculo considerando o número de tabagistas a serem
tratados encontra-se disponível no documento Fórmula de cálculo da demanda de
medicamentos para o tabagismo.
Do registro do pedido no SIGAF:
Os pedidos devem ser realizados dentro do prazo previsto no cronograma, sob
pena de não serem prontamente atendidos;
As colunas Consumo Estimados (Mês) e Pacientes Atendidos (Mês) do SIGAF são
de preenchimento obrigatório pelo Município/Estabelecimento de
Saúde no momento da realização do pedido, devendo ser preenchidas com
a estimativa de tabagistas a serem tratados por MÊS.
Aumento significativos de consumo estimado mês devem ser justificados por e-
mail às CAF/URS;

ATENÇÃO!
Salientamos que, para aqueles municípios que ainda não realizam integralmente as
dispensações no SIGAF é imprescindível o ajuste de estoque no sistema antes da
realização do pedido e preenchimento das colunas "Consumo Estimado (mês)" e
"Pacientes atendidos (Mês)".
Os pedidos sem essas informações podem não ser atendidos, uma vez que na
ausência de dados de consumo histórico, essas podem ser às únicas
informações disponíveis para análise de distribuição.

3. VALIDAÇÃO DOS PEDIDOS PELA UNIDADE REGIONAL DE SAÚDE

Todos os pedidos deverão ser avaliados e validados pelas CAF/URS, para


certificar os quantitativos solicitados e bloquear os pedidos para edição durante a
análise de distribuição pela DMEST.

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São critérios que devem ser observados pelas CAF/URS na etapa de


validação dos pedidos, dentre outros que se fizerem necessários:

 Habilitação do Município/Estabelecimento de Saúde solicitante no PNCT;


 Coerência entre os quantitativos solicitados e os dados preenchidos nas
colunas "Consumo Estimado (Mês)" e "Pacientes Atendidos (Mês)";
 Coerência dos quantitativos solicitados com o consumo histórico do
Município/Estabelecimento de Saúde e número de pacientes em
tratamento (dados consultados por meio de relatórios de dispensação no
SIGAF e dados do e-SUS, que podem ser obtidos com a equipe de atenção
primária da regional);
 Estoque existente nos Municípios/Estabelecimentos de Saúde, por meio
de relatório de posição de estoque do SIGAF.

Caso seja identificada alguma incoerência no pedido, a CAF/URS deverá


entrar em contato com o farmacêutico responsável para devidos
esclarecimentos/ajustes, conforme necessidade.

4. CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO OBSERVADOS PELA SES/MG

Os critérios utilizados para análise e autorização de distribuição pela DMEST são:

 Presença de serviço habilitado para PNCT no Cadastro Nacional de


Estabelecimento de Saúde (CNES) código 119-001;
 Registro do pedido no SIGAF dentro do prazo;
 Validação dos pedidos dentro do prazo pela CAF/URS (pedidos não
validados não serão analisados/atendidos);
 Consumo Estimado (Mês) ou nº de Pacientes Atendidos (Mês) informado
no pedido (na ausência desses dados será considerado o consumo com
base na dispensação registrada nos sistemas SIGAF e/ou SISAB).
 Estoque de Segurança: dependerá da solicitação do município e da
disponibilidade de estoque no Almoxarifado SES/MG.
 Posição de estoque:
o A posição de estoque no SIGAF, ou sistema próprio integrado ao
SIGAF, considera todos os estabelecimentos dos Municípios;
o A posição de estoque utilizada na análise considera apenas os itens
desbloqueados com validade superior ao mês que ocorrerá a
distribuição.
 Estoque disponível no Almoxarifado SES/MG, validade e fator embalagem.

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IMPORTANTE!

Será utilizado também o nº de tabagistas informados no e-SUS, através de relatórios


emitidos pelo SISAB, para realizar a análise e autorização de distribuição.

Esses dados serão disponibilizados no processo SEI referente à atual distribuição para
acesso pelas CAF/URS. Dessa forma, orientamos aos farmacêuticos que solicitem essa
informação juntamente à sua CAF/URS, para fins de programação.

Salientamos que o limite máximo a ser autorizado é a quantidade solicitada no


SIGAF. Neste sentido, o perfil de atendimento pode variar de 0 a 100% do pedido com
base nas variáveis analisadas. Essa análise faz-se necessária tendo em vista que as
quantidades solicitadas muitas vezes extrapolam os critérios técnicos de programação
de medicamentos e a cobertura prevista.

As informações relacionadas à distribuição, como perfil de atendimento dos


pedidos, serão abordadas detalhadamente na Nota Informativa após distribuição.

5. DISPENSAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

A dispensação dos medicamentos estratégicos aos pacientes é de


responsabilidade dos municípios, sob a supervisão de profissional farmacêutico
e deve estar de acordo com a legislação vigente e particularidade de cada Programa
Estratégico, sem prejuízo dos registros tempestivos no SIGAF ou em sistemas próprios
integrados ao SIGAF e orientações quanto ao uso correto do medicamento;

A dispensação dos medicamentos deverá também ser realizada apenas para


usuários cadastrados no Programa Nacional de Controle do Tabagismo que estão
participando do tratamento preconizado pelo INCA, conforme Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas.

A dispensação do Cloridrato de Bupropiona 150 mg deverá ser realizada apenas


via prescrição médica e para usuários cadastrados no Programa Nacional de Controle
do Tabagismo que estão participando do tratamento preconizado pelo INCA. Essa
medicação é regulada pela Portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998 e suas
atualizações e deve atender rigorosamente à legislação vigente, inclusive sanitária
(registro da dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial). A
dispensação desse medicamento deve ocorrer exclusivamente por Estabelecimento
de Saúde que possuam farmacêutico e mediante apresentação do Receituário de
Controle Especial em duas vias, garantindo o cumprimento da legislação vigente.

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Ressaltamos a importância do preenchimento da CID (Classificação


Internacional de Doenças) no momento do registro das dispensações no SIGAF, uma
vez que existem medicamentos estratégicos comuns para Programas/Componentes
da Assistência Farmacêutica diferentes, sendo, portanto, uma informação essencial
para a gestão dos Programas Estratégicos e prestação de contas ao MS.

6. ORIENTAÇÕES SOBRE DISPENSAÇÃO DURANTE A PANDEMIA COVID-19 E


GESTÃO DE ESTOQUE
Considerando o cenário de pandemia decorrente do COVID-19 foi divulgado o
documento Guia Orientador da Atenção Primária (APS) de Minas Gerais para
Enfrentamento da Pandemia de COVID-19. Esse documento
orienta o desenvolvimento de Atividades Coletivas Presenciais nas Ondas
Vermelha, Amarela e Verde referente ao cenário epidemiológico da COVID-19,
devendo ocorrer em locais arejados respeitando-se as normas de segurança
estabelecidas nos protocolos vigentes. Sendo assim, os Grupos de tabagismo
poderão ser realizados pelas equipes de forma presencial. As atividades coletivas
presenciais estão suspensas somente na Onda Vermelha – Cenário Desfavorável
(Epidemiológico e Assistencial).
Sendo assim, recomendamos dar continuidade aos grupos já em andamento e
a criação de novos grupos.
Considerando que o tabagismo é fator de risco para a COVID-19, devido a um
possível comprometimento da capacidade pulmonar, os fumantes têm maior risco
de infecção por COVID-19 e possui mais chances de desenvolver sintomas graves da
doença. Além disso, fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção pelo novo
coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e
possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a
possibilidade da transmissão do vírus para a boca, conforme descrito em documento
sobre Impacto do Tabagismo no COVID-19. Sendo assim, é importante uma
abordagem desses pacientes para a continuidade do tratamento.
Ao acionar a DMEST para avaliar destinação do medicamento com validade
curta, será solicitada ao município uma prestação de contas, em que deverá
justificar o motivo pelo qual o medicamento com validade curta está em estoque e
não será consumido até a data de validade.

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