Aluno Pentecostal
se manter na posição. A liderança
O Governo do Reino
Texto áureo: “Mas entre vós não
é assim; pelo contrário, quem
quiser tornar – se grande entre
vós, será esse o que vos sirva; e
quem quiser ser o primeiro entre
vós será servo de todos” (Mc 10.
43,44)
INTRODUÇÃO
A liderança no Reino é
tratada em um padrão totalmente
diferente ao colocado pelos
governos humanos. Proeminência
não é o objetivo, mas o serviço.
Esse princípio vem sendo
apresentado por todas as páginas
da Bíblia Sagrada através dos
homens levantados por Deus, e
culmina com o ministério do
próprio Filho de Deus, veremos
isso na lição de hoje.
I. O MODELO DE
LIDERANÇA DE DEUS
1. O Caráter do líder que Deus
usa.
A liderança exige seguidores
de confiança. A confiança tem
suas raízes no caráter. Os líderes
que apresentam os mais nobres
traços de caráter não precisarão
usar de engano ou força bruta para
Igreja de Deus
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deve ter uma visão maior, olhando
o bem-estar de todos debaixo de
seu cuidado. O autor de Hebreus
trata da liderança quando exorta
seus leitores: “Obedecei aos
vossos guias e sede submissos
para com eles; pois velam por
vossa alma, como quem deve
prestar contas, para que façam
isto com alegria e não gemendo”
(Hb 13.17). Um líder tem seu
olho no Dia de Juízo, quando seus
seguidores louvarão a Deus por
ele, ou o condenarão por ter
colocado pedras de tropeço no
caminho deles. Primeira coisa que
deve fazer parte do caráter de um
líder é a santidade, ele precisa ser
sensível ao pecado que outros
possivelmente considerem
aceitável (Is 6.1 – 3); segunda
coisa é serem cheios do Espírito
Santo, essa exigência parte dos
apóstolos como pré-requisito para
os líderes que cuidariam da
distribuição diária (At 4.8). Uma
liderança cheia do Espírito tem
intrepidez diante dos desafios (At
4.31; 7.54 – 60). Um “espírito de
medo” e a timidez não se casam
com a liderança. A terceira coisa,
é a sabedoria, essa muito mais que
mera inteligência. A sabedoria é
algo do alto dado em liberalidade
pelo Senhor (Tg 3.15); traz a
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solução para situações difíceis sem
causar facção ou contenda,
preocupa – se com os sentimentos
envolvidos e revela a verdade das
questões (1Rs 3.16 – 28); outra
das grandes características que
devem formar o caráter de um
líder é a fé o escritor de Hebreus
declara que sem essa virtude é
impossível agradar a Deus (Hb
11.6); Deus nunca poderia agradar
-se de um líder que exerce
autoridade em seu reino, que não
seja antes um homem de fé.
2. O sentimento motivador da
liderança.
Existe uma qualidade que
uma liderança mais careça do que
o amor? É o ponto central daquilo
que Jesus exige de seus seguidores
(Lc 9.23,24). O amor é mais
importante no Novo Testamento
do que os dons espirituais e o
conhecimento (1 Co 13; 8.1). Uma
liderança sem amor é como um
corpo sem coração, morta e sem
sentido, ela promove vaidade, em
vez de maturidade cristã. O amor
(ágape) de caráter bíblico, não
procura os seus próprios
interesses, mas o bem-estar de um
irmão ou próximo.
Como o bom samaritano (Lc
10), ele se alegra em dar de seu
tempo, transporte e dinheiro para
Igreja de Deus
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ajudar uma vítima de assalto. A
palavra “benigno” (1Co 13.4)
descreve essa qualidade. O líder
que se identifica com o sofrimento
de um seguidor ganhará sua
lealdade. O amor é a qualidade
que aproxima o líder do grupo
desfazendo o cinismo e
evaporando a inveja. Precisamos
tomar a decisão de desenvolver
amizades em que não exigimos
nada em troca, essa é a base do
amor bíblico, incondicional e não
manipulador; deve também haver
em nós um esforço consciente para
nutrirmos um interesse real por
outras pessoas.
3. O que é Servilismo?
Certa missionária que teve
seu esposo assassinado por índios
no Equador, em 1956 escreveu:
“Creio que a igreja será
mais eficiente para levantar
líderes, quando nós começarmos a
exemplificar a serventia”. O
grande paradoxo da vida cristã se
apresenta nesse princípio. Jesus
certa feita disse: “Se você está
pronto para ser o último, então
será o primeiro”. O princípio da
cruz dita que se ganha perdendo;
torna – se maior, tornando – se o
menor, quando nós como igreja,
evitamos a cruz, estamos nos
privando da possibilidade da
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verdadeira liderança espiritual. O
líder escolhido por Deus é o
primeiro a levar sua cruz. Quando
levamos nossa cruz estamos na
posição que agrada ao Senhor,
curvados ante sua glória, com os
ombros e a cabeça baixos em sinal
de profunda reverencia ante ao
Autor da nossa salvação. A
diaconia instituída pelos apóstolos
traz bem definida essa questão, os
homens escolhidos para
administrar os recursos e distribuir
em igualdade são chamados para
“servirem às mesas” (At 6.2).
Paulo, o apóstolo aos gentios
usa constantemente o termo
diácono (servo) para descrever sua
função, diakonos no grego tem
relação próxima com a palavra
obreiro (ergates) e ministros (I Co
3.5,9; 16.15,16; II Co 6.1,4), os
obreiros e os ministros são aqueles
dedicados ao serviço dos santos.
Os dons do apostolado, profeta,
evangelista e pastor-mestre em
Efésios 4.11 são distribuídos para
a promoção e o treinamento de
cristãos para o trabalho do
ministério (grego - ergon
diakonias v. 12). Isso significa que
nenhuma função na igreja, sendo
ela exaltada, deve ser exercida
sem um “espírito de serventia”.
Nos grandes navios da
antiguidade, havia um
Igreja de Deus
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compartimento inferior onde
ficavam os remadores (grego
hupereta – remador de baixo),
Paulo usa termo para enfatizar
essa atitude humilde (I Co 4.1).
II. EXEMPLOS BÍBLICOS DE
HOMENS USADOS POR DEUS
1. José, o ideal de líder moldado
em uma severa prova de
rejeição.
Um dos personagens mais
conhecidos e admirados, nos
ensina grandes coisas através de
sua vida. José tinha o status de
filho favorito, que ao invés de fazê
– lo orgulhoso e esnobe, despertou
– lhe o desejo de viver a altura das
expectativas de seus pais. Quando
seus irmãos o venderam como
escravo, em vez de nutrir um
espírito de autocomiseração,
manteve uma atitude positiva.
Deus testou duramente seus
princípios, mas ele não vacilou.
Embora a mulher de Potifar
tenha investido repetidas vezes,
José resistiu por causa do seu
caráter bem desenvolvido, destaca
– se um senso de vocação
indestrutível. A vocação para um
cristão é algo sério, pois confirma
que sua vida não é sem propósito.
Ele pode falar com
confiança aos seus irmãos
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bajuladores, que temiam por suas
vidas após a morte de Jacó: “Não
temais; porque, porventura, estou
eu em lugar de Deus? Vós bem
intentares mal contra mim, porém
Deus o tornou em bem, para fazer
como se vê nesse dia, para
conservar em vida um povo
grande” (Gn 50.19,20)
2. Moisés, um homem preparado
e usado por Deus.
A preparação desse grande
líder começou ainda na sua tenra
idade, quando era amamentado por
sua ama de leite, que
coincidentemente era mesma que
lhe dera à luz e para protege – lo
da morte o envolveu em um cesto
que levado pela correnteza do rio
o levou para os braços da filha de
faraó (Êx 2.4 – 10). Os primeiros
sete anos da vida de uma criança
são determinantes para a formação
de sua personalidade. Será que as
mães estão nutrindo seus filhos
com qualidades de caráter bíblico?
Será que elas têm mais
influência do que a televisão no
pensamento de seus filhos? Será
que eles estão sendo moldados
para o serviço de Deus, líderes que
guiarão a Igreja e as organizações
cristãs para os próximos milênio
de forma bem-sucedida? (Pv 22.6)
Igreja de Deus
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Quando recusara o status de
neto de Faraó, ele demonstrou
firmeza e convicção (Hb 11.24),
escolheu ser maltratado, em vez de
permanecer no conforto e na
segurança do palácio. Moisés
expressou sua segurança pessoal,
típica de um homem que
reconhecera que Deus o tinha
separado para uma missão especial
(vv. 25,26). Sem medo perante a
ira do rei, nem imprudência,
demonstrou fé nas promessas de
Deus, as quais o mantiveram
cativo ao Senhor e a seus
propósitos por quarenta anos no
deserto, onde demonstrou incríveis
qualidades de liderança.
3. Davi, humildade, coragem e
determinação.
Davi apresenta notáveis
traços de liderança, mesmo antes
de alcançar a idade da maturidade,
ao enfrentar animais ferozes para
proteger as ovelhas de seu pai (I
Sm 17.35). Com coragem
inspirada na fé no Todo-Poderoso,
Davi vai ao rei Saul para pedir
permissão de enfrentar o gigante
Golias, embora não tivesse
experiência de batalha, nem
treinamento especial, sentiu a
confiança que somente Deus dá
para aqueles que Ele seleciona
para carregar o seu estandarte. A
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humildade dele se destaca diante
de sua falha com Bate-Seba, o
Salmo 51 revela como Davi sentiu
profundamente as feridas de sua
consciência. Qualquer líder que é
inclinado a arrepender – se
superficialmente não é digno de
sua posição como modelo
exemplar. Uma liderança sem
princípios é como um navio sem
capitão; uma liderança sem um
padrão é como um navio sem um
destino ou porto seguro. Davi
demonstra o padrão de sua vida
nos Salmos, como exemplo
vejamos suas palavras: “ó Deus,
tu és o meu Deus forte; eu te
busco ansiosamente; a minha
alma tem sede de ti; meu corpo te
almeja, como terra árida, exausta,
sem água. Assim, eu te contemplo
no santuário, para ver a tua força
e a tua glória” (Sl 63.1,2), a
inclinação de seu coração
repousava em Deus.
Spurgeon estava certo
quando disse a seus alunos
ministeriais: “Um ministro de
Cristo deve ter sua língua, seu
coração e suas mãos em
concordância”.
III. A LIDERANÇA DE JESUS
1. A prática e o ensino de Jesus.
Igreja de Deus
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Jesus é o líder dos líderes.
Ele é o modelo e a fonte
inesgotável de instrução e de
ilustrações sobre liderança. A base
perfeita de todo líder está
enraizada em Deus; é dEle que
nasce todo princípio verdadeiro de
liderança piedosa. É por isso que
encontramos o quadro mais
completo e perfeito de liderança
no seu próprio Filho. Jesus
ensinou que “o discípulo não está
acima do seu mestre; todo aquele,
porém, que for bem instruído
(treinado) será como o seu mestre”
(Lc 6.40). Notamos, em primeiro
lugar, que um líder seguidor de
Cristo não deve tentar dirigir a
vida dos outros sem primeiro ser
treinado. Podemos detectar quem
são os líderes que, como João e
Pedro, tinham “estado com Jesus”
(At 4.13). O treinamento inclui
instrução verbal e a prática em
ações, Cristo advertiu que ouvir
sua palavra sem colocá-la em
prática resultará no desastre
semelhante ao indivíduo que
construiu uma casa sobre a areia;
as tempestades de vento e de água
acabaram com a casa (Mt 7.27). O
juízo final arrasará com os líderes
que pensam que o conhecimento
sem prática tem algum valor.
2. O padrão de Jesus Cristo.
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A liderança de Jesus
começou com o seu convite feito a
homens comuns, não escolheu
homens religiosos, como se
esperaria. Jesus viu mais potencial
em “leigos” do que em “clérigos”.
Provavelmente a razão disso
é o fato de que pessoas, como
pescadores e coletores de
impostos, tinham menos
resistência aos conceitos do
Senhor do que os religiosos. Os
fariseus e saduceus cheios de
preconceitos, não eram maleáveis.
Jesus lembra ao Pai que tinha
entregado as palavras que recebera
a esses homens que Deus lhe dera
(Jo 17.8), liderar para nosso
Mestre, era formar cabeças com
ideias vindas diretamente de Deus,
uma escola celestial, que transmite
pensamentos e caminhos mais
altos do que os nossos (Is 55.8). A
escola de discípulos que Jesus
fundou tinha como prioridade a
formação do caráter, da lealdade e
do serviço ao Senhor. O Mestre
prometeu transformar seus
convidados “alunos” em
“pescadores de homens” (Mt
4.19).
3. A permanência em Cristo.
Uma grande e vital lição que
os discípulos deveriam aprender
era que precisavam permanecer
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em Jesus para poderem dar frutos.
Cristo é a Videira Verdadeira,
somente os galhos, corretamente
ligados a Ele, serão frutíferos.
Nenhum galho frutifica por
si mesmo. O Mestre revela o
segredo do sucesso ministerial
para seus alunos (Jo 15.5). O que
Cristo desejou comunicar foi o
seguinte; primeiro, deve haver um
relacionamento íntimo e espiritual
entre o líder e seu Senhor. Durante
aquela mesma noite, durante a
Ceia, Jesus tendo pegado a bacia
de água, lavou os pés dos
discípulos. Quando Pedro
contestou, Jesus disse que sem
aquele banho, Pedro não teria
parte com Ele (Jo 13.8), o sentido
espiritual de Jesus ter lavado os
pés referia – se ao fato que Ele
realiza a remoção dos pecados
diários dos cristãos. Isso é claro
segundo suas próprias palavras
“Quem já se banhou não necessita
de lavar senão os pés” (v. 10);
segundo, o permanecer em Cristo
também se refere ao obedecer suas
palavras (v.17), o líder é aquele
que deve entender mais
claramente as Palavras do Senhor
para que elas sejam guardadas.
Conclusão
Leia as Escrituras não
somente como história, mas como
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uma carta de amor enviada por
Deus para você, assim tudo que
fizer resultará em gloria para Deus
e seu serviço permanecerá. Os
maiores líderes são ao mesmo
tempo os maiores servos.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. Que características formam
o caráter do líder que Deus
usa?
R. além da Confiança, o líder deve
liderar pensando no próximo
sabendo que prestará contas a
Deus no dia do Juízo.
2. Qual qualidade o líder
cristão mais carece de ter?
R. o Amor (ágape).
3. Qual a prioridade da escola
de discípulos formada por
Jesus?
R. a Formação do caráter, da
lealdade e do serviço ao Senhor

Igreja de Deus