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DE JANEIRO
DEPARTAMENTO DE PESSOAL
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SUMÁRIO
Assunto
1 – Introdução
2 – Atribuições do DP
3 – Fluxograma de Recrutamento e Seleção
4 – Admissão de Empregados - Procedimentos
5 – Contrato de Trabalho
6 – Jornada de trabalho
7 – Folha de Pagamento
8 – Férias
9 - 13º Terceiro Salário
10- Contribuição Sindical
11 – Aviso Prévio
12 – Rescisão de Contrato de Trabalho
13 – Homologação
14 – Seguro Desemprego
15 – Obrigações Mensais Trabalhistas e Previdênciárias
16 - Obrigações Periódicas Trabalhistas e Previdênciárias
17 - Tabela de Multas a Legislação Trabalhista
18 – Definições do e-Social (SPED-Folha)
19 - Bibliografia
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INTRODUÇÃO
Infelizmente, vivemos num país com uma total instabilidade jurídica. As instituições
são atingidas diretamente pelas mudanças na legislação de regência das normas que
regulam nossa atividade contábil do dia a dia. Infelizmente, estas mudanças constantes
vem atingindo em cheio os profissionais da contabilidade com amplos reflexos nas rotinas
fiscais, trabalhistas e previdenciárias executadas dentro do depto de pessoal. Na
vanguarda dos interesses de seus membros, o Órgão de Fiscalização Profissional
promove ações dentro do programa de educação continuada visando a formação e a
informação que atualiza o profissional filiado. Inicialmente, nossa proposta é trazer
formação básica, analisando passo a passo, as rotinas deste importante departamento da
empresa. Estudamos as rotinas de admissão, como o recrutamento e seleção, os
documentos a serem apresentados, o registro etc... Na fase de permanência do
empregado na empresa, abordamos os procedimentos para concessão de 13º salário,
Férias, Folha de Pagamento com o cálculo, desconto e recolhimento dos encargos
incidentes. Comentamos também, as contribuições devidas aos sindicatos como a
sindical, confederativa, assistêncial, social, alem do estudo das convenções coletivas de
Trabalho. Finalmente, estudamos os procedimentos para o desligamento de empregados.
Trazemos tabelas práticas de incidências de FGTS, INSS, IRRF. Esperamos assim, que
esta humilde obra, possa servir com instrumento de trabalho confiável para profissionais
que atuam no departamento de Pessoal.
Janeiro/2014
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Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai se não
por mim.
Departamento de Pessoal
DEPARTAMENTO
PESSOAL
SETOR DE SETOR DE
SETOR DE ADMISSÃO
COMPENSAÇÃO DESLIGAMENTO
Atribuições: Atribuições: Atribuições:
Recrutamento e Seleção Jornada de Trabalho Rescisão do contrato de
Integração Folha de Pagamento Trabalho
Registro Benefícios Justiça do Trabalho
Tributação Fiscalização
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REQUISIÇÃO DE
PESSOAL
DIVULGAÇÃO
PREENCHIMENTO
RECEPÇÃO DE
DA SOLICITAÇÃO DE
CANDIDATOS
EMPREGO
ENTREVISTA
ABAIXO DO TRIAGEM
INICIAL
PADRÃO
APLICAÇÃO DE
RESULTADOS
TESTES
DESFAVO-
RÁVEIS
RESULTADOS ENTREVISTA
REJEIÇÃO DESFAVO- FINAL
RÁVEIS
ENTREVISTA
DECISÃO PELO ÓRGÃO
NEGATIVA REQUISITANTE
APTO
ADMISSÃO E
REGISTRO
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Solicitação de Documentos
CTPS com recibo – A mesma deve ser devolvida em 48 horas para o registro
do contrato de trabalho ou qualquer outra anotação.
Certificado Militar – Pode ser apresentada a Reservista para quem serviu ou
o Certificado de Dispensa de Incorporação.
Exame Médico – Os exames são admissional, periódico, de retorno ao
trabalho, de mudança de função e demissional.
A periodicidade é de 1 ano quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos.
2 anos para trabalhadores com idade entre 18 e 45 anos. Dependendo da
atividade poderão ser exigidos exames complementares e a periodicidade pode
ser menor que 6 meses.
O exame de retorno deverá ocorrer sempre que o empregado se afastar por
período superior a 29 dias por motivo de doença, acidente de natureza
ocupacional ou parto. O Exame médico de mudança de função, é realizado
desde que exponha o trabalhador a risco diferente daquele anterior na função
que exercia e será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança.
O Exame Médico Demissional deverá ser realizado até a data da homologação
da RCT.
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avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho.
O PPRA deve ser articulado com o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO).
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Comunica a Folha de Pagamento dados sobre Salário Família, Pensão
Judicial, I.R. Fonte, Cont. Sindical e outros
Cadastra o Empregado no PIS/PASEP, se necessário
Anota o nº do CPF para RAIS, DIRF, Informe de Rendimentos
Devolve as Certidões Originais de Nascimento – A empresa deverá tirar
cópias e mantê-las arquivadas para fins de exame pela fiscalização do INSS.
Examina a Caderneta de Vacinação – Dá memorando que fixa o prazo de 6
meses para acerto das irregularidades da caderneta de vacinação, alertando
que o pagamento do salário-família ficará suspenso após esse período de
tolerância legal caso as falhas não sejam sanadas. Quando menor de 7 anos de
idade é obrigatório a apresentação do atestado de vacinação ou documento
equivalente no mês de maio, a partir do ano 2000. A partir de 7 anos de idade é
obrigatório a apresentação de comprovante de freqüência escolar, nos meses
de maio e novembro a partir do ano 2000. No caso de menor inválido que não
freqüenta a escola por motivo de invalidez, deve ser apresentado atestado
médico que confirme este fato.
Devolve Outros Documentos – Devolve a carteira e os documentos retidos,
tomando recibo de devolução.
Contrato de Trabalho
Jornada de Trabalho
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3) De segunda a sexta, 8 horas e 48 minutos (compensando o sábado),
sendo necessário, nesse caso, a assinatura de um acordo com o
empregado que pode ser feito através do Sindicato.
Trabalho Noturno
Trabalho noturno é aquele executado entre 22 horas de um dia e as 5 horas do dia
seguinte. A hora do trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse
efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna.
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De acordo com o enunciado 265 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a
transferência do empregado para o período diurno, implica na perda do direito ao
Adicional Noturno.
FOLHA DE PAGAMENTO
Funcionários Salário R$
1) José Francisco 900,00
2) Maria Francisca 3.500,00
3) Claúdio Calamendrei 1.100,00
4) Josias Mana 900,00
5) Nikita Patricia 750,00
Questões
1) Os funcionários nº 02, 03, 04 e 05 possuem 3 filhos menores de 14 anos e
dependentes para o I.R.R.F.
2) Os funcionários 01, 02 e 03 recebem gratificação na base de 20% do seu
salário base.
3) Os funcionários abaixo recebem vale-transporte nos seguintes valores:
01) R$ 121,00 02) R$ 121,00 03) 121,00 04) 165,00 05) 143,00
4) Todos os funcionários recebem adiantamento de 40% de seu salário-base
5) Os funcionários abaixo realizaram horas extras
01> 10 horas sendo 5 horas a 50% e 5 a 75%.
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03 > 30 horas a 50%
05 > 20 horas a 50%
6) Desconto da contribuição sindical equivalente a um dia do salário da
remuneração.
Tabela de INSS 2014
Alíquota para fins Alíquota do
Salário de Contribuição (R$) de Recolhimento Empregador
do INSS (%) Doméstico
Até R$ 1.317,07 8,00 12,00
De R$ 1.317,08 a R$ 2.195,12 9,00 12,00
De R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24 11,00 12,00
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Adicional de Transferência SIM SIM SIM
Adicional Noturno SIM SIM SIM
Alimentação NÃO SIM SIM
Alimentação dada através de PAT- mte ou não NÃO NÃO NÃO
Auxílio-Enfermidade (primeiros 15 dias) SIM SIM SIM
Auxílio-Natalidade (benefício previdenciário) NÃO NÃO NÃO
Aviso Prévio Indenizado NÃO NÃO SIM
Aviso Prévio Trabalhado SIM SIM SIM
Bolsa de Estudo SIM SIM SIM
Bolsa de Estudo paga a Estagiário SIM NÃO NÃO
Comissões SIM SIM SIM
Décimo Terceiro Salário – 1ª parcela NÃO NÃO SIM
Décimo Terceiro Salário – 2ª parcela SIM SIM SIM*
Décimo Terceiro Salário na Recisão SIM SIM SIM
Décimo Terceiro Salário – Parcela referente ao aviso prévio NÃO NÃO SIM
indenizado
Diárias para Viagens (Lei 7.713/88) SIM (**) (**)
Férias Normais com mais 1/3 SIM SIM SIM
Férias Indenizadas com mais 1/3 NÃO NÃO NÃO
Férias em Dobro – Parcela referente à dobra SIM NÃO NÃO
Gorjetas SIM SIM SIM
Gratificações SIM SIM SIM
Habitação SIM SIM SIM
Horas Extras ou Extraordinárias SIM SIM SIM
Indenização por Tempo de Serviço NÃO NÃO NÃO
Indenização do 13º Salário (Enunciado 148 TST) NÃO NÃO NÃO
Indenização Adicional (Lei 7.238/84 – Art. 9º) NÃO NÃO NÃO
Participação nos Lucros SIM NÃO NÃO
Prêmios SIM SIM SIM
Quebra de Caixa SIM SIM NÃO
Reembolso de Quilometragem SIM SIM SIM
Salários SIM SIM SIM
Salário-Educação SIM NÃO NÃO
Salário-Família NÃO NÃO NÃO
Salário-Maternidade SIM SIM SIM
Vale-Transporte NÃO NÃO NÃO
Uniformes e Vestimentas de Trabalho NÃO NÃO NÃO
(*) A incidência do FGTS na 2ª parcela do 13º Salário será sobre a diferença entre o valor total e o
adiantamento da 1ª parcela.
(**) Não incide o INSS e FGTS nas diárias que correspondam a até 50% do salário. Excedendo
50%, a incidência será sobre o total do valor pago a este título.Havendo prestação de contas, não
haverá incidência de INSS, mesmo se o total dos gastos exceder 50% do salário
Férias
Todo empregado após cada período de 12 meses de trabalho, terá direito a
um período de Férias, sem prejuízo da remuneração, chamado de Período
Aquisitivo.
O período de duração das férias depende do número de faltas injustificadas
que o empregado teve no Período Aquisitvo, na seguinte proporção:
1 – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado mais de 5 (cinco) vezes;
2 – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)
faltas;
3 – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)
faltas;
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4 – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta
e duas) faltas.
É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao
serviço.
O período de férias é computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
Caracteriza-se como faltas não justificadas aquelas ocorridas dentro do
período aquisitivo e que acarretam o desconto da remuneração que seria devida no
respectivo dia.
Não serão consideradas as faltas ao serviço, para efeito de fixação do
período de férias, a ausência do empregado nos seguintes casos: (Artigo 473 da
CLT)
a) até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) do empregado, sob sua dependência econômica;
b) até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
c) por 5 dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;
d) por 1 dia, em cada 12 de meses de trabalho, em caso de doação voluntária de
sangue, devidamente comprovada;
e) até 2 dias consecutivos ou não, para fins de alistamento eleitoral;
f) durante o licenciamento da empregada, por motivo de maternidade ou aborto;
g) por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo INSS, exceto
quando superior a 6 meses, ainda que descontínuos, dentro do período
aquisitivo;
h) justificada pela empresa, entendendo-se como tal a qual não tiver determinado
o desconto do correspondente salário;
i) durante a suspensão preventiva do empregado para responder a inquérito
administrativo ou em caso de prisão preventiva, quando ele for impronunciado
ou absolvido;
j) no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do serviço militar
referidas na letra “c” do artigo 65 da Lei nº 4.375/64 (LSM);
k) para servir como jurado ou como testemunha;
l) comparecimento como parte à Justiça do Trabalho;
m) Vestibular – Falta abonada - Lei 9471/97
n) Pelo tempo que se fizer necessário quando tiver que comparecer a Juízo –Lei
9.853/99 (DO-U de 28-10-99)
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1. Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subseqüentes à sua
saída;
2. Permanecer em gozo de licença com percepção de salários por mais de 30
dias;
3. Deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 dias em virtude
de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;
4. Tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou
auxílio doença por mais de 6 meses, embora descontínuos.
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Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base, a média da
produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da
remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
Quando o salário for pago por porcentagem, comissão ou viagem, apurar-se-
á a média percebida pelo empregado nos 12 meses que precederem à concessão
das férias.
A parte do salário pago em utilidades será computada de acordo com a
anotação da CTPS.
Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso,
serão computados no salário que servirá de base de cálculo da remuneração das
férias.
A Constituição Federal promulgada em 05/10/88, assegurou a todos os
empregados remuneração de férias com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário
normal. Desse modo, qualquer pagamento efetuado ao empregado, a título de
férias, será sempre acrescido de mais 1/3 assegurado pela Constituição.
Abono Pecuniário
A primeira parcela do 13º Salário pode ser paga ao empregador por ocasião
de suas férias, sempre que este a requerer ao empregador no mês de janeiro do
correspondente ano.
Férias Coletivas
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As férias coletivas poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde
que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos.
Deverá o empregador comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho,
com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim das férias coletivas,
precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.
Em igual prazo, o empregador enviará cópia da comunicação referida no
parágrafo anterior ao sindicato representativo da categoria profissional e
providenciará a fixação de avisos nos locais de trabalho.
Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na
oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo
FÉRIAS PROPORCIONAIS
1/12 2/12 3/12 4/12 5/12 6/12 7/12 8/12 9/12 10/12 11/12 12/12
7DIAS DE FÉRIAS DEVIDOS
13º Salário
A gratificação de Natal ou 13º Salário, deverá ser paga pelo empregador até
o dia 20 (vinte) de dezembro de cada ano, compensada a importância que, a título
de adiantamento, o empregado houver recebido, como no parágrafo seguinte.
Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador
pagará, como adiantamento do 13º Salário, metade do salário recebido pelo
empregado, no mês anterior.
O empregador não está obrigado a pagar o adiantamento a todos os
empregados, no mesmo mês, exceto se não o fizer até o final do mês de
novembro, quando obrigatoriamente terá que pagar a primeira parcela.
Sempre que o empregado requerer, no mês de janeiro do correspondente
ano, terá direito a receber a primeira parcela do 13º Salário, por ocasião de suas
férias.
O valor do 13º Salário corresponde a 1/12 da remuneração do empregado,
no mês de dezembro, sendo a fração igual ou superior a 15 dias dentro do mês,
considerada como mês integral.
No caso de afastamento do empregado por acidente de trabalho o 13º
Salário deve ser pago integralmente.
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No caso de Auxílio Doença, só deverão ser considerados os primeiros
quinze dias.
Todos os adicionais recebidos pelo empregado, devem ser incluídos na base
de cálculo do 13º Salário, pelo seu total ou pela média, quando variável.
Por ocasião do pagamento da primeira parcela do 13º Salário, não será
descontada nenhuma importância do empregado a favor da Previdência Social
nem para o Imposto de Renda, ficando o empregador obrigado apenas a recolher a
parcela correspondente ao depósito do FGTS, sobre o respectivo valor.
Por ocasião do pagamento da segunda parcela, o empregador descontará,
sobre o 13º Salário os valores relativos à Previdência Social e o Imposto de Renda
na Fonte (caso haja), separadamente dos salários de dezembro.
Será recolhido, também por ocasião da 2ª parcela, o depósito do FGTS,
somente sobre esta parcela, visto que a 1ª parcela já foi depositada por ocasião de
seu pagamento.
Para os empregados que recebem por comissão, não é possível saber o
valor real visto que na média o mês de dezembro não foi incluido em virtude do
pagamento do 13º Salário ser dia 20 de dezembro. Nesse caso, é permitido à
empresa acertar a diferença com o empregado, até o dia 10 de janeiro do ano
seguinte.
O empregador que deixar de cumprir os prazos estabelecidos para
pagamento das parcelas do 13º Salário, fica sujeito à multa de 160 UFIR por
empregado prejudicado.
Contribuição Sindical
1 – Patronal
Anualmente as empresas estão obrigadas a recolher para o sindicato
patronal da categoria, a Contribuição Sindical Patronal.
Essa contribuição é recolhida no mês de janeiro de cada ano, mediante Guia
própria, geralmente adquirida no prórpio Sindicato.
O valor da contribuição consiste numa importância calculada de acordo com
o valor do Capital Social da empresa, de acordo com tabela publicada anualmente.
2 – Dos Empregados
A Contribuição Sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma
determinada categoria econômica, profissional ou de profissão liberal, a favor do
Sindicato representativo da mesma categoria ou profissão.
A Contribuição Sindical será recolhida de uma só vez e consistirá na
importância correspondente a um dia de trabalho para os empregados, qualquer
seja a forma da referida remuneração.
O desconto do empregado será efetuado no mês de março de cada ano ou
no mês seguinte para os admitidos após o mês de março ou afastados naquele
mês.
O recolhimento será efetuado em Guia própria, na rede bancária, até o final
do mês seguinte ao do desconto.
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Após o recolhimento, a empresa deverá remeter ao Sindicato de classe,
dentro do prazo de 15 dias, uma cópia da Guia de Recolhimento, junto com uma
relação constando nome dos empregados, CTPS, cargo e o valor descontado dos
mesmos.
O valor do desconto deverá ser anotado na Carteira de Trabalho dos
empregados, assim como no Livro ou Ficha de Registro de Empregados.
3 – Contribuição Confederativa
Esta contribuição destina-se ao custeio do sistema confederativo, sendo o
valor fixado pela assembléia geral do sindicato e devida segundo entendimentos
doutrinários e do Ministério do Trabalho que o desconto é devido apenas pelos
associados do sindicato.
4 – Contribuição Assistencial
Esta contribuição é fixada por ocasião promulgação da convenção coletiva
de trabalho ou em por sentença normativa quando julgado o dissídio coletivo. É
obrigatório e destinada a manutenção do próprio sindicato. Aqueles empregados
que não concordarem com o desconto poderão se opor dentro de 10 dias.
5 – Contribuição Social
Esta contribuição é devida por aqueles que expontâneamente se associam
ao sindicato. O desconto é feito na folha de pagamento e repassado pela empresa
a entidade sindical. É necessário que haja autorização expressa do empregado.
1 – Convenção Coletiva
É o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos
representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de
trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, as relações individuais
de trabalho. (Artigo 611 da CLT).
2 – Acordo Coletivo
É aquele, também normativo, celebrado não entre sindicatos, mas entre
sindicato de categoria profissional e empresa ou empresas, aplicável, portanto, no
âmbito da empresa ou empresas acordantes (Artigo 611, § 1º) seria uma convenção
de âmbito normativo reduzido.
3 – Dissídio Coletivo
Uma vez fracassada a negociação e deixando as partes de adotar a via da
arbitragem, o dissídio coletivo pode ser instaurado. É precedido pela tentativa de
negociação no Ministério do Trabalho. A tentativa não é necessária quando se trata de
revisão de norma anterior. Não obtendo sucesso na tentativa de negociação, A justiça
do trabalho julga o conflito de categoria e interesses coletivos e estabelece as normas
através de sentença normativa. (artigo 114, § 2º da C.F. e artigo 678, Inciso I, alínea
“a” da CLT).
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Rescisão de Contrato de Trabalho
Impedimentos à Rescisão
Determinados empregados, por força da Lei, não podem sofrer despedida
arbitrária, em virtude de possuírem estabilidade no emprego.
Gozam de estabilidade permanente ou temporária os seguintes empregados:
Empregado não Optante pelo FGTS
O empregado que até 04/10/88 não fez opção pelo sistema do
FGTS, com mais de 10 anos de casa, tem estabilidade
permanente;
Empregada Gestante
Tem estabilidade desde o momento da comprovação da gravidez
até 5 meses após o parto;
Dirigente Sindical
Desde o registro de sua candidatura, até um ano após o mandato,
inclusive como suplente;
Membro Titular da CIPA
Desde o momento do registro da candidatura, até um ano após o
mandato;
Membro do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS)
Da data da nomeação até um ano após o mandato;
Membro do conselho Curador do FGTS – representante dos
trabalhadores
Da data de nomeação até um ano após o mandato;
Empregado que sofreu acidente de trabalho
12 meses contados do término do afastamento causado pelo
acidente.
Verbas Rescisórias
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Aviso Prévio
Salário Família
Férias
Indenização Adicional
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Homologação da Rescisão
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Parcelas devidas na rescisão
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Sem Justa
Não
Empregado Causa
Sim
Por Justa Causa
Sem Justa
Sim
Empresa Causa
Sim
Por Justa Causa
Salário-Família
Sem Justa
Sim
Empregado Causa
Sim
Por Justa Causa
Empregado com menos de um ano de serviço
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Obrigações Mensais Trabalhistas e Previdenciárias
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13º SALÁRIO DOS TRABALHADORES
3ª semana dos meses de junho e dezembro
AVULSOS
DIFERENÇA DO 13º SALÁRIO Até 8 de janeiro
DECLARAÇÃO ANUAL DAS OPERAÇÕES
Até o último dia do mês de março
DE VENDA
MAPA DE AVALIAÇÃO ANUAL DOS DADOS
ATUALIZADOS DE ACIDENTES DO Até 29 de janeiro
TRABALHO
PROGRAMA BIENAL DE SEGURANÇA E
Até 30 de março
MEDICINA DO TRABALHO
RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES
Até 25 de março
SOCIAIS (RAIS)
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DAS
Até 30 de abril
ENTIDADES BENEFICIENTES
RESUMO ESTATÍSTICO ANUAL Até o último dia útil do mês de fevereiro
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Tabela de Multas por Infração à Legislação Trabalhista
b) ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica durante,
pelo menos, 6 meses nos últimos 36 meses que antecederam a data de dispensa que deu
origem ao Requerimento do Seguro-Desemprego;
d) não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua
família.
O período aquisitivo (16 meses) é contado da data da dispensa que deu origem à última
habilitação, não podendo ser interrompido quando a concessão do benefício estiver em
curso. O benefício poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo se satisfeitas as
condições exigidas.
Para fins de apuração do benefício, será considerada a média aritmética dos salários dos
últimos 3 meses de trabalho, observando-se o seguinte:
- o salário será calculado com base no mês completo de trabalho, mesmo que o
trabalhador não tenha trabalhado integralmente em qualquer dos 3 últimos meses;
- no caso de o trabalhador perceber salário fixo com parte variável, a composição do
salário para cálculo do SD tomará por base ambas as parcelas;
- quando o trabalhador perceber salário por quinzena, por emana ou por hora, o valor do
SD será calculado com base no que seria equivalente ao seu salário mensal, tomando-se
por parâmetro, para essa equivalência o mês de 30 dias ou 220 horas;
- para o trabalhador em gozo de auxílio-doença ou convocado para prestação do serviço
militar, bem assim na hipótese de não Ter percebido do mesmo empregador os 3 últimos
salários, o valor do benefício basear-se-á na média dos 2 últimos ou, ainda, no valor do
último salário.
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O valor do benefício não será inferior ao salário mínimo. O pagamento da primeira
parcela corresponderá aos primeiros 30 dias de desemprego, a contar da data da
dispensa.
R$ 1.000,00 x 3= R$ 3.000,00
R$ 3.000,00 : 3= R$ 1.000,00
O benefício deverá ser recebido pessoalmente pelo trabalhador, salvo no caso de morte,
caso em que o pagamento de parcelas vencidas será feita aos dependentes, mediante
apresentação de Alvará Judicial ou grave moléstia do segurado, comprovada por meio da
perícia realizada pelo órgão previdenciário, quando o benefício será pago ao seu curador,
ou ao seu representante legal, na forma admitida pela Previdência Social.
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As parcelas recebidas indevidamente devem ser restituídas, no prazo de 5 anos,
mediante depósito em conta do Programa do SD, na CEF, por meio de instrumento
próprio fornecido pelo MTE.
Caso o motivo da suspensão tenha sido a admissão em novo emprego, o que implica
não-recebimento integral do Seguro-Desemprego, o trabalhador poderá receber as
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parcelas restantes, referentes ao mesmo período aquisitivo, desde que venha a ser
novamente dispensado sem justa causa.
Como a legislação é genérica, deve se entender como outras rendas, qualquer valor que
o desempregado venha a perceber que seja necessário para se manter e garantir a
manutenção de sua família.
E-SOCIAL
O eSocial é um projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo
empregador em relação aos seus empregados.
Esta versão do portal eSocial é de uso opcional e atende apenas o empregador
doméstico para registro de informações referentes às competências a partir do mês
de junho de 2013. Estão sendo disponibilizados serviços e facilidades que possibilitam ao
empregador o cumprimento de algumas de suas obrigações trabalhistas e fiscais num
canal único, de forma facilitada e bem intuitiva.
A partir da regulamentação da Emenda Constitucional n° 72/2013, a versão terá caráter
obrigatório e outros recursos estarão disponíveis para que o empregador possa cumprir
com suas obrigações.
Quando for implantado em sua totalidade, o eSocial será estendido aos demais
empregadores, pessoas físicas e jurídicas, trazendo diversas vantagens em relação à
sistemática atual, tais como:
1) O que é o eSocial?
O eSocial (ou folha de pagamento digital), é a sigla para o Sistema de Escrituração Fiscal
Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas, e faz parte do Sistema
Público de Escrituração Digital (Sped), lançado em 2007.
4) Qual é o cronograma?
Primeiramente, a adequação ao eSocial seria exigida a todas as empresas a partir de
janeiro de 2014, conforme publicado no Diário Oficial da União em 18 de julho deste ano.
No entanto, o cronograma foi alterado e agora será progressivo de acordo com o porte da
empresa.
Por ser opcional, o sistema hoje tem o cadastro de 45 mil empregadores domésticos. O
número ainda baixo diante dos 2 milhões existes, segunda a Receita Federal.
BIBLIOGRAFIA