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1. O Princípio da Simpatia/Afeição
Embora talvez seja bem óbvio que as pessoas são mais facilmente influenciadas por
quem elas gostam, a pesquisa da área de ciência social sobre o tópico pode nos auxiliar a
empregar esse princípio simples para nos tornarmos mais influentes em nossas interações
profissionais. Pesquisas descobriram vários fatores que afetam o quanto uma pessoa vai
gostar da outra (por exemplo, atração física, elogios, e esforços cooperativos). Mas um fator
que se destaca como o mais importante e fácil de implementar: a similaridade.
Aplicações
2. O Princípio da Autoridade
As pessoas são mais facilmente influenciadas por aquelas que percebem enquanto
autoridades legítimas. Essa afirmativa faz bastante sentido porque autoridades legítimas em
geral obtiveram sua posição por conta de sua virtude, maior conhecimento, habilidade ou
experiência na questão em tela. Apesar de todo o seu conhecimento especializado, essas
experts muitas vezes agem como principiantes no campo da influência social ao assumirem
que sua expertise é auto-evidente.
Aplicações
3. O princípio da escassez
De todos os automóveis vendidos no ano passado (2001), qual modelo você pensa
que mais excedeu as suas projeções de venda? Foi a Oldsmobile - um carro tão pobre de
méritos que a General Motors anunciou que deixaria de produzi-lo Mas esse anúncio teve
um efeito inesperado, estimulando uma horda de compradoras às concessionárias da
Oldsmobile para adquirirem os carros antes que eles parassem de ser comercializados.
Nós podemos explicar esse comportamento, que de outra forma seria considerado
estranho, em termos do princípio da escassez: itens e oportunidades tornam-se mais
desejados quando se tornam menos acessíveis. Como resultado, uma negociadora ou
mediadora eficiente não deve nunca deixar de descrever a singularidade ou outras
vantagens raras de alguma recomendação ou oferta.
Aplicações
“O princípio da escassez explica por que o anúncio da General Motor de que não fabricaria
mais os Oldsmobile estimulou multidões de compradores antes que a produção fosse
descontinuada. Os mediadores podem aplicar este princípio enfatizando os benefícios
exclusivos da mediação que as partes perderão se decidirem não mediar”
4. O Princípio da Consistência
De modo geral, pesquisas indicam que indivíduos têm mais chance de cumprir os
compromissos que são ativos, públicos e voluntários (não coercitivos).
Aplicações
5. O Princípio da Reciprocidade
Quando você for ao escritório amanhã, tente sorrir para o máximo número de
pessoas possível. Você vai perceber que quase todo mundo sorri de volta.
Além de tornar o seu dia mais iluminado, você deu a si mesma uma demonstração do
princípio da reciprocidade: as pessoas devolvem o que lhes é dado. Embora a reciprocidade
em geral seja pensada em se tratando da troca de dinheiro, ela não se aplica apenas a bens
materiais ou monetários.
Aplicações
Uma maneira fundamental das pessoas decidirem o que devem fazer em uma
situação é olhar o que pessoas parecidas fizeram. Consequentemente, a “prova” do que é
correto não está fundada no ambiente físico, mas no ambiente social. “Se muitas pessoas
como eu estão fazendo, então deve ser a coisa certa a fazer”.
Essa tendência de olhar para pessoas parecidas e seguir o que fazem será mais forte
em situações caracterizadas pela incerteza.
Por exemplo, você já notou o quanto olhamos para colegas de trabalho para
determinar como devemos agir em um novo ambiente? Na medida em que essas pessoas
demonstram habilidades, técnicas eficientes e outros comportamentos produtivos, nós
estamos mais propensas a segui-las, também.
Assim, ao treinar outras pessoas, nós devemos destacar o sucesso e as boas práticas
daquelas que já estão no topo. E ao dar conselhos, nós podemos ilustrar consequências
positivas de certas decisões, discutindo o que aconteceu com pessoas de sucesso em
situações similares.
Aplicações
Se as partes não conseguem concordar sobre o valor dos danos, negociadoras podem
apontar os resultados típicos ou acordos de casos semelhantes. Se as partes não conseguem
concordar em como estabelecer um acordo sobre uma questão em particular, mediadoras
podem apontar os termos de acordos que funcionaram em casos parecidos.
Usar esses princípios para enganar ou criar armadilhas para que as pessoas
concordem tem desvantagens éticas e práticas. Como as melhores profissionais sobre
influência perceberam há tempos, mesmo quando táticas desonestas ou de alta pressão
funcionam, elas só funcionam no curto prazo. Seus efeitos de longo prazo são malignos -
enfraquecendo a confiança e destruindo a reputação daquelas que as utilizam. Assim, o uso
enganoso e coercitivo dos princípios de influência social nas relações profissionais não
apenas é eticamente errado, é também pragmaticamente equivocado.