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3. Metodologia .................................................................................................................................... 4
4. TAXAS DE CÂMBIO, TAXAS DE JUROS E PREÇOS ................................................................. 5
4.1. TAXAS DE CÂMBIO E MERCADO CAMBIAIS ...................................................................... 5
4.1. Divisas......................................................................................................................................... 5
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6. Taxas de juros ................................................................................................................................ 15
6.3. Classificação quanto ao valor do capital inicial tomado como base de cálculo ......... 19
8. Conclusão ...................................................................................................................................... 25
9. Bibliografia ................................................................................................................................... 26
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1. Introdução
Introduzimos este trabalho que tem como tema Taxas de câmbio, Taxas de juros e preços. Dizer
que câmbio é uma das variáveis mais importantes, sobretudo para as relações comerciais e
financeiras de um país com o conjunto dos demais países.
As moedas, do ponto de vista estritamente cambial, são classificadas em conversíveis que são as
dívisas, inconversíveis e escriturais ou de convénio (usadas entre países de moedas inconversíveis
ou sem reservas internacionais, tendo, geralmente, como valor de referencia, o dólar dos Estados
unidos, chamado, nesse caso, dólar convénio.
Ainda conforme o autor supracitado, o mercado de câmbio inclui além das transações comerciais,
os movimentos de capitais, tendo em vista que as entradas de capitais externos resultam em oferta
de divisas, quando estes são convertidos em moeda nacional, antes de serem aplicados no país, a
taxa de juros representa uma remuneração aplicada a um empréstimo, mas não se limita a tal
característica. Os juros também estão entre os principais conceitos do mercado financeiro e de toda
a economia.
2. Objectivos
Objectivo geral
Fazer abordagens acerca da taxa de câmbio, taxas de juros e os preços.
Objectivos Especificos
Conhecer os tipos taxas de câmbio e os seus regimes.
Abordar acerca do mercado cambial e a moeda.
Conhecer as taxas de juros e suas classificações.
3. Metodologia
No estudo do tema, recorremos à diversos livros eletrónicos, onde encontramos varias opiniões
diferentes e exercicios praticos, isso ajudou-nos a desenvover os varios subtemas contidos no
trabalho. Usamos também o estudo qualitativo e quantitativo, consultando alguns artigos baseados
nos dados secundários, visto que não usamos a nossa própria tese, antes recorremos à navegação
para apresentar um trabalho à altura, trazendo argumentos didática para fácil compreensão.
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4. TAXAS DE CÂMBIO, TAXAS DE JUROS E PREÇOS
Para entender melhor a taxa de câmbio, primeiro temos que saber o que é câmbio, câmbio é a
operação de troca de moeda de um país para a moeda de outro país.
As moedas, do ponto de vista estritamente cambial, são classificadas em conversíveis que são as
dívisas, inconversíveis e escriturais ou de convénio (usadas entre países de moedas inconversíveis
ou sem reservas internacionais, tendo, geralmente, como valor de referencia, o dólar dos Estados
unidos, chamado, nesse caso, dólar convénio.
4.1.1. Divisas
Divisas são as moedas estrangeiras conversíveis e também as letras, cheques, ordem de pagamento
etc. Emitidos nessas moedas, trata-se geralmente, de moedas fortes, ou seja, emitidas por países
de economia forte como os estados unidos ou União Europeia.
Existem três (3) tipos de taxa de câmbio, que são: taxas de câmbio nominal, real e efetiva.
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taxa de câmbio nominal, admite outro componente que é a relação de troca entre o nível de preços
externos e internos (Pe/Po).
Nesse sentido admite-se que uma elevação (redução) no nível de preços deprecia (aprecia) o valor
real da moeda na qual tais preços são expressos. Assim, um aumento (diminuição) na taxa nominal
de câmbio representa uma depreciação ou desvalorização (apreciação ou valorização) da moeda
local em relação à divisa tomada como referência.
Há diversos factores que determinam o preço de uma moeda, porem a relação da oferta e da
demanda é essencial.
Por exemplo, as transações mais importante no mundo são rastreadas a dólar. O euro também é
muito utilizado para tomar a base da taxa de câmbio real, vejamos como esse valor é calculado:
𝐶𝑁 ∙ 𝐼𝐸
𝐶𝑅 =
𝐼𝐼
Onde:
Exemplo: Usando um exemplo que envolva o dólar e o metical, onde a cotação diária esteja no
valor de 63,77 considerando que a inflação dos EUA esteja em 2% e de Moçambique 3,52%,
vamos aplicar a fórmula para verificar os resultados.
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63,77 ∙ 0,02
𝐶𝑅 =
0,0352
𝐶𝑅 = 36,23
Todas as vezes que o câmbio flutua demais o governo de um país toma medidas para controlar a
inflação e evitar uma possível crise.
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oferta e procura determinam a taxa de câmbio de equilíbrio, correspondente ao preço das divisas
estrangeiras em moeda nacional.
Sob esse ângulo, as exportações de mercadorias e serviços geram oferta de divisas externas
(moedas estrangeiras de curso internacional), enquanto as importações de mercadorias e serviços
correspondem a uma demanda por tais divisas.
Ainda conforme o autor supracitado, o mercado de câmbio inclui além das transações comerciais,
os movimentos de capitais, tendo em vista que as entradas de capitais externos resultam em oferta
de divisas, quando estes são convertidos em moeda nacional, antes de serem aplicados no país.
O mercado secundário, ou interbancário, acontece quando os negócios são realizados entre bancos.
Nessa estrutura as moedas são negociadas entre instituições financeiras, como vai de uma
instituição a outra, não registra como fluxo de entrada e saída de moeda estrangeira no país.
Os extremos dos dois sistemas (mercado totalmente livre ou totalmente controlado pelo
governo) não são mais adotados na prática.
Entre esses dois sistemas estão os arranjos intermediários usados na prática.
Como se vê, actualmente não há mercado totalmente livre, sem nenhuma intervenção do governo;
Também são raros os mercados totalmente controlados, sem nenhuma liberdade. Esses são os dois
extremos, de Kessel.
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Características do mercado livre
Exemplo de mercado livre é o existente nos Estados Unidos, onde a presença governo é mínima;
não disciplina nem impõe regras ao mercado, apenas fiscaliza. A propósito, Gilberto Dupas, em
artigo publicado em O Estado de S. Paulo, de 13-1-2001, diz o seguinte:
Outro exemplo de mercado livre é o do dólar paralelo no Brasil. Neste caso, não há
presença da lei, motivo pelo qual é também chamado de mercado negro.
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As taxas de compra e venda de moeda estrangeiras são estabelecidas pelo governo, que
nem sempre leva em conta as necessidades económicas, mas a conveniências políticas;
Não é permitida a existência, no país, de contas em moedas estrangeiras;
Os participantes não podem comprar e vender livremente a moeda estrangeira.
Em um lado posta-se a taxa de câmbio fixa, na qual o governo compromete se a manter uma
determinada relação entre a moeda nacional e as moedas estrangeiras, e em face das flutuações, o
governo é obrigado a comprar e suprir, respectivamente, os excessos de demanda e oferta de
divisas, utilizando-se de seu estoque de recursos externos independente de proceder ou não a
operações de esterilização do impacto das reservas sobre a base monetária.
No outro extremo, tem-se a taxa de câmbio flutuante, na qual o governo deixa a taxa de câmbio
nominal flutuar livremente de acordo com as forças do mercado externo, caso que em princípio
haveria motivo em manter estoques de divisas como reservas.
Entre os dois extremos apresenta-se mais os regimes cambiais denominados de taxa de câmbio
controlada, através dos quais o governo procura manter um determinado nível da taxa de câmbio
real, visando estabilizar o mercado de câmbio e ajustar o seu Balanço de Pagamentos em função
do equilíbrio desejado (déficit ou superávit).
Entradas de divisas (exportações, entradas de capitais, etc): aquele que recebe as divisas
pode fechar câmbio em qualquer banco autorizado a operar em câmbio. Esse banco,
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entretanto, repassa ao Banco Central a moeda estrangeira recebida. Portanto, todas as
divisas ficam em poder do governo;
Saídas de divisas (importações, retorno de capitais etc) o importante e o investidor
também podem fechar câmbio, para as operações permitidas, em qualquer banco
autorizado a operar no mercado cambial. Esse banco (o que fechou o cambio), entretanto,
solicita ao Banco Central cobertura para as divisas vendidas.
Durante o regime de monopolio cambial, o governo fixa, por meio do bem central, a taxa de
cambio para a compra e venda das divisas estrtangeiras.
São vendedores toidos aqulese que possuem divisas estrangeiras e precisam troca-as por moeda
nacional. Portanto, são vendedores:
Exportadores
Tomadores de emprestimos externos (pela entrada das divisas);
Turistas procedentes do exterior;
Comerciantes de servicos ( empresas de turismo e navegação)
Investidores estrangeiros em bolsas nacionais (não do ingresso das divisas)
E, em países em que as leis permitem, os especuladores.
São compradores todos aqueles que necessitam de moedas estrangeiras e dispoem apenas de
moeda nacional. Portanto, são compradores:
Importadores;
Turistas nacionais que viajam para o exterior;
Comerciantes de serviços (empresas de turismo e navegação);
Investidores estrangeiros em bolsas nacionais (quando retornam suas aplicações a seu
país),
Devedores de enprestimos externos (remessas para pagamento de juros liquidação das
dividas);
E, quando a legislação do país permite, os especuladores.
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5. Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio
Moeda é o meio pelo qual são efectuadas as transações monetárias. É toda activo que constitui a
forma imediata de solver débitos, com aceitabilidade geral e disponibilidade imediata, e que
confere ao seu titular um dinheiro de saque (compra) sobre o produto social.
Em geral, a moeda é emitida e controlada pelo governo do pais, que é o único que pode fixar e
controlar o seu valor. O dinheiro esta associado a transação de baixo valor; A moeda (no sentido
tratado), por isso sua vez, tem uma definição mais abrangente, já que engloba, mesmo no seu
agregado mais liquido, não só o dinheiro, mas também o valor depositado em contas correntes.
O câmbio geralmente é classificado entre câmbio fixo e câmbio flutuante, dependendo do seu
regime cambial enquanto as moedas são classificadas como moeda-mercadorias ou moedas
fiduciária.
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Em casos nos quais um país tem controle da sua própria moeda, esse controle é exercido por um
banco central ou por um ministério das finanças. Em ambos os casos, a instituição que tem o
controle da politica monetária é chamada de autoridade monetária.
O preço absoluto é a quantidade de moeda necessária para se obter uma unidade de um em, ou
seja, é o valor expresso em moeda.
O preço relativo exige que se considere dois preços absolutos, uma vez que é definido como
quociente. Assim, P1 e P2 designam os preços absolutos dos bens 1 e 2 respetivamente. P1 ou P2
é o preço relativo do bem 1 expresso em unidades do bem 2 a pagar por cada unidade de bem 1.
Reserva de valor: a moeda pode ser utilizada para acumulação de poder aquisitivo, a usar
no futuro, isto porque pode não haver sincronia entre os fluxos da despesa e das receitas,
por motivos de precaução ou de natureza psicológica. A moeda não é o único activo a
desempenhar esta função; o ouro, as ações, as obras de artes e mesmo os imoveis também
são reservas de valor. A grande diferença entre a moeda e as outras reservas de valor esta
na possibilidade de mobilização imediata do poder de compra (maior liquidez), enquanto
os outros activos têm de ser transformados em moeda antes de serem trocados por outros
bens.
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Moeda como ativo.
Moeda para transações.
A procura por moeda como um ativo decresce com o aumento da taxa de juros. Isso acontece
porque quanto maior a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade de ter dinheiro líquido em
mãos, já que o mesmo poderia estar depositado em alguma instituição financeira ou investido em
obrigações do tesouro onde o rendimento dos juros estimularia o indivíduo a investi-lo.
A procura por moeda para transações como compra e venda de produtos e serviços é
completamente independente da taxa de juros. A oferta de moeda também é ou não independente
da taxa de juros e é controlada pelo banco central.
A oferta da moeda é bem conhecida também como criação monetária, que é a “fabricação” ou
produção e emissão de dinheiro novo seja em papel ou metal. A oferta da moeda é um estoque
total dela no mercado, em suma na economia. A oferta de moeda é definida como a quantidade de
moeda disponível na economia. Assim como em outras coisas a tendência de juros subirem é os
preços caírem e também o contrário. A moeda serve como meio de troca, servindo para
pagamentos em geral e para solver débitos. . Também tem por função a unidade de conta, e a
reserva de valor. A moeda é como uma acumulação do poder aquisitivo. Sabe-se que no mercado
quando as moedas estão em falta entra-se em cena uma certa crise. podemos chamar também a
oferta de moeda de meios de pagamento.
Motivo Transacional: (Clássico), para meio de pagamento direto, exemplo: contas a pagar,
consumos de bens e serviços anteriormente planejados.
Motivo Especulativo: (Keynes), Keynes aceita os dois motivos clássicos e acrescenta o motivo
especulativo, que se traduz pela demanda por moeda a fim especulativo.
Fórmula:
M.V=P.Y
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Onde.
M= Estoque da moeda
Y=Nível de Produção/ renda real
P= Nível de Preço (Inflação/deflação/estabilização)
V=Velocidade de circulação da moeda (velocidade-renda da moeda)
Esta teoria, desenvolvida pelos economistas chamados "monetaristas", mostra uma relação direta
entre volume de moeda em circulação e PIB nominal (lado direito da equação), considerando-se a
velocidade do dinheiro constante. Teoricamente, um aumento na quantidade de moeda implica um
aumento proporcional no Produto Interno Bruto nominal.
Porém, muitos economistas argumentam que o aumento no PIB nominal se deve unicamente à
mudança no nível de preço, já que o nível de produção de um pais em um determinado período de
tempo depende exclusivamente da produtividade do pais que é uma função da tecnologia
empregada. Neste caso, o PIB real se mantém constante apesar de um aumento no PIB nominal.
Em outras palavras, a atividade económica do pais não progrediu, não houve geração de novos
empregos e, consequentemente, a inflação acelerou afetando o poder de compra da população.
6. Taxas de juros
A taxa de juros representa uma remuneração aplicada a um empréstimo, mas não se limita a tal
característica. Os juros também estão entre os principais conceitos do mercado financeiro e de toda
a economia.
O juro é o custo do dinheiro, sendo a taxa o preço cobrado do devedor pelo credor que disponibiliza
os recursos. Logo, quem tem recursos sobrando e que não serão usados imediatamente pode
emprestá-los para quem precisa de dinheiro naquele momento em troca de juros.
Os empréstimos têm prazos combinados entre as partes. Depois de certo tempo, o credor deve
receber seu dinheiro principal de volta. Além disso, recebe a taxa de juros juro. Ela é uma
compensação pelo risco de crédito. Ou seja, de quem empresta não ter acesso ao dinheiro.
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Neles, quem deseja obter recursos emite títulos que são adquiridos pelo investidor. O título
assegura ao credor o direito de receber seu dinheiro de volta nas condições acordadas, além de
uma taxa de juros.
b) quanto ao valor do capital inicial tomado como base de cálculo: nominal, efetiva e real.
Como se verifica mais adiante, essas duas classificações não são mutuamente excludentes, isto é
uma taxa pode ser nominal linear ou nominal exponencial, efetiva linear ou efetiva exponencial e
real linear ou real exponencial.
O juros simples é calculado com base em um valor fixado chamado de capital inicial. Trata-se de
uma porcentagem do capital inicial aplicada durante determinado tempo. A principal característica
do juros simples é que o valor não se altera no decorrer dos meses.
A taxa de juros é simples (ou linear) quando o valor total dos juros é resultante da sua incidência
somente sobre o capital inicial, ou seja, a taxa não incide sobre o valor dos juros acumulados
periodicamente.
𝐽 =𝐶∙𝑖∙𝑡
Onde:
C = capital
i = taxa
t = tempo
Exemplo: Seja um capital de 100.000,00 Mzn aplicado por seis meses, à taxa de 4% ao mês.
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Solução:
𝐽 = 𝐶∙𝑖∙𝑡
100.000 ∙ 0,04 ∙ 6
24.000
Exemplo 2:
Ao investir 3.000 Mzn em uma aplicação bancária sob o regime de juros simples, a uma taxa de
10% ao ano durante seis meses, qual o valor a ser retirado ao fim dessa aplicação?
J=?
C = 3000,00
Agora, devemos observar as unidades de medida da taxa e do tempo. Caso estejam sendo utilizadas
as mesmas unidades, basta substituí-las na fórmula. Caso contrário, temos que achar uma maneira
de deixá-las iguais.
𝐽 = 𝐶 · 𝑖 · 𝑡
𝐽 = 300 · 0,5
𝐽 = 150 𝑀𝑧𝑛
O juros, ao final da aplicação, é de 150 meticais. Foi pedido o valor a ser retirado da aplicação,
ou seja, o valor aplicado mais o juros (montante).
M=C+J
M = 3000 + 150
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M = 3150
A taxa de juros é dita composta (ou exponencial) quando o valor total dos juros é resultante da sua
incidência sobre o capital inicial e também sobre o valor dos juros acumulados periodicamente.
O regime de juros compostos é o mais utilizado no mercado por oferecer maior rentabilidade
financeira. Essa maior rentabilidade ocorre pelo fato de esse regime de capitalização ser calculado
sempre com base no valor do montante do período anterior, o que faz com que o valor final cresça
de maneira exponencial.
𝑀 = 𝐶 ∙ (1 + 𝑖)𝑡
Onde:
M = montante;
C = capital;
i = taxa de juros;
t = tempo.
Um capital de 3.000 Mzn foi aplicado em uma poupança durante 4 anos sob uma taxa de juros de
3% a cada ano. No final desse período, qual o montante arrecadado?
Resolução
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3000 ∙ (1 + 0,03)3 = 3278,1
4 3278,1 3% de 3278,1 = 98,3 3278,1+ 98,3 = 3376,4
3000 ∙ (1 + 0,03)4 = 3376,4
Através dos exemplos podemos verificar que os juros acumulados, e respectivos montantes de
capital mais juros, crescem linearmente num regime de capitalização simples e exponencialmente
num regime de capitalização composta.
6.3. Classificação quanto ao valor do capital inicial tomado como base de cálculo
Na maior parte dos compêndios de matemática financeira, as taxas são classificadas como nominal
ou efetiva em função da divisão de certo período (normalmente um ano), em subdivisões de
períodos de capitalização (mensal, trimestral, semestral)”.
Exemplo: Calcular a taxa efetiva anual de juros correspondente à taxa nominal de 10% ao ano,
capitalizada mensalmente. "
períodos de capitalização.
= (1,008333)12 − 1
Se esse problema fosse "calcular a taxa efetiva anual de juros, correspondente à taxa nominal de
10% ao ano, capitalizada trimestralmente", a solução seria:
0,10
𝑖= = 0,025
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Observa-se que, de acordo com os conceitos difundidos, a solução do problema implica a
utilização de cálculos feito segundo regimes distintos de capitalização, isto é, simples e composto.
E, segundo nos parece, a grande confusão reinante é, em boa parte, conseqüência dessa mistura de
regimes.
Uma taxa é nominal quando o valor do capital inicial tomado como base de cálculo não representa
o valor efetivamente recebido ou desembolsado. Trata-se, na verdade, de uma taxa aparente.
Exemplo:
1. Um cliente obtém um empréstimo de 100.000 MZN para ser liquidado, no final de um ano, em
um único pagamento de 130.000 Mzn garantido por uma nota promissória. Entretanto, o banco
solicita a esse cliente que mantenha 20% do valor recebido como saldo médio.
A taxa nominal no período considerado é a seguinte:
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑔𝑜𝑠
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 =
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑔𝑜𝑠
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = =
𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
130.000 − 100.000
= 0,30 𝑜𝑢 30%
100.000
Portanto, a taxa nominal é de 30% no período (nocaso, um ano), e que corresponde normalmente
à taxa contratual. Entretanto, o valor do capital inicial não corresponde ao valor efetivamente
colocado à disposição do cliente, que é de 80.000,00. Mzn. O cálculo da taxa de juros, com base
neste valor, nos dá a taxa efetiva de juros no período.
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 30 000
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜 = = = 37,5%
𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑒𝑓𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 8000
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Exemplo 2:
Um agiota empresta 20.000,00 para receber 30.000,00 no final de seis meses. Entretanto, no
ato, paga a um intermediário uma comissão de 5% sobre o valor emprestado, ou seja 1.000,00.
30.000,00 − 20.000,00
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 =
20.000,00
10.000,00
= 0,50 𝑜𝑢 50%
20.000,00
30.000,00 − 21.000,00
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎 =
21.000,00
9.000,00
= 0,42857 𝑜𝑢 42 857%
21.000,00
6.3.1.2.Taxa real
A taxa real é calculada a partir da taxa efetiva, considerando-se os efeitos inflacionários no período.
Para ilustrar, vamos tomar o segundo exemplo do item anterior, analisando a taxa de rendimento
do ponto de vista do emprestador, e admitindo que a taxa de inflação, no período correspondente
ao prazo do empréstimo (seis meses), tenha sido de 25%.
A taxa real obtida está coerente com a nossa conceituação de que as taxas são nominal, efetiva ou
real em função do capital inicial tomado como base de cálculo. Assim, no caso do nosso exemplo,
o capital inicial efetivo de 21.000,00 tem que ser inflacionado para que se possa obter o rendimento
real.
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑒𝑓𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 1,25 ∙ 21 000 = 26 500
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7. Niveis de preço e taxas de cambio a longo prazo
O Nível geral de preços é uma medida hipotética diária de preços globais de um conjunto de bens
e serviços (a cesta de consumo), em uma economia ou união monetária, durante um dado intervalo
(geralmente um dia), normalizado em relação a um conjunto base. Normalmente, o nível geral de
preços é aproximado com um índice de preços, via de regra, o IPC. O nível geral de preços pode
mudar mais do que uma vez por dia durante a hiperinflação.
Vimos que as taxas de câmbio são determinadas pelas taxas de juros e pelas espectativas quanto
ao futuro, que são, por sua vez, influenciadas pelas condições de mercados monetarios nacionais.
Para compreender totalmente os movimentos das taxas de câmbio no longo prazo, devemos
ampliar o nosso modelo em duas direccões. em primeiro lugar, devemos examinar os factores, a
oferta de moeda e a demanda por moeda.
Para melhor entender o tema, discutiremos a teoria da paridade de poder de compra ( PPC)
As diferenças entre a PPC e a taxa de câmbio real podem ser significativas. Por exemplo, o PIB
per capita na República Popular da China é cerca de 5000 dólares, enquanto que com base na PPC,
passa a 8400 dólares. Na outra ponta, o PIB per capita nominal do Japão é cerca de 37600 dólares,
mas o valor em PPC é de apenas 31400 dólares. Medir o padrão de vida de um país apenas com a
taxa de câmbio pode ser ilusório. Por exemplo: se o valor do peso mexicano cai em comparação
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com o dólar americano, o PIB mexicano medido em dólares também cairá. Mas a variação da taxa
de câmbio é apenas resultado do comércio internacional e do mercado financeiro - isto não quer
dizer que os mexicanos ficaram efetivamente mais pobres, desde que os salários e os preços em
pesos permaneçam estáveis.
O cálculo da paridade entre países considera a taxa de câmbio real em que é possível adquirir os
mesmos produtos e serviços.
Pela Lei do Preço Único, a paridade existe se os preços forem iguais em dois países, considerando
a taxa de câmbio nominal para haver a troca de moedas. Com isso temos a fórmula:
𝑃1
𝑃𝑀𝑧𝑛 = 𝐸 𝑥
𝑃2
Onde:
O resultado é conhecido como a taxa de câmbio real, em que o valor igual a 1 resultaria no preço
único para os dois países.
Exemplo 1:
Considere um produto que custa US$ 50,00 nos Estados Unidos e 2800,00 Mzn em Moçambique.
2800
= = 56
50
A taxa de câmbio que indica o equilíbrio entre os dois países seria de 56 meticais para cada 1 dólar.
Logo, se a taxa de cambio for inferior:o produto Americano será mais caro que o produto
Moçambicano.
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Se a taxa de cambio for superior: o produto Americano sera mais barato que o produto
Moçambicano.
𝑃𝑀𝑧𝑛 = 63 𝑥 56
𝑝𝑀𝑧𝑛 = 3 528
A variação do nível de preços dos bens e serviços de uma economia é um fenómeno que se verifica
de forma sistemática à medida que o tempo vai passando, normalmente no sentido ascendente,
traduzindo o fenómeno da inflação. As flutuações de preços provocam algumas dificuldades ao
cálculo económico, na medida em que a variação de um período para outro numa determinada
variável macroeconómica (o produto interno bruto de um país, por exemplo) pode ter como base
apenas um aumento dos preços e não o aumento efetivo da produção.
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8. Conclusão
Concluimos este trabalho, dizendo que na maior parte dos compêndios de matemática financeira,
as taxas são classificadas como nominal ou efetiva em função da divisão de certo período
(normalmente um ano), em subdivisões de períodos de capitalização (mensal, trimestral,
semestral".
Há diversos factores que influenciam na taxa de câmbio, como a inflação, a renda familiar,
atratividade dos investimentos por conta das condições do mercado, etc. Essas condições,
definitivamente interferirão no mercado de câmbio e banco central precisa interferir nessa relação.
Isso esta relacionado a valorização ou não de moeda nacional, através de dois regimes diferentes:
taxa de câmbio fixa e flutuante.
A procura por moeda como um ativo decresce com o aumento da taxa de juros. Isso acontece
porque quanto maior a taxa de juros, maior é o custo de oportunidade de ter dinheiro líquido em
mãos, já que o mesmo poderia estar depositado em alguma instituição financeira ou investido em
obrigações do tesouro onde o rendimento dos juros estimularia o indivíduo a investi-lo.
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9. Bibliografia
BRENNER, Karl and MELTZER, AU an. Friedman's monetary theory. In;
GORDON, R, J. Milton Friedman's monetary framework: a debate with his critics Chicago, Ed.
Univ. Chicago Press, 1970.
Mises, Ludwig Heinrich Edler von; a Ação Humana: Um Tratado de Economia (1949), Ch. XVII
"Troca Indirecta", §4. "A Determinação do Poder de Compra da moeda".
Palaia, Daniel; Márcio Holland (2010). «Taxa de câmbio e paridade de poder de compra no Brasil:
análise econométrica com quebra estrutura» (PDF). Ribeirão Preto: USP. Economia Aplicada. 14
(1). ISSN 1980-5330
Holland, Márcio; Pedro L. Valls Pereira (1999). «Taxa de Câmbio Real e Paridade de Poder de
Compra no Brasil» (PDF). FGV. RBE. 53
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