Você está na página 1de 2

NOTÍCIAS

A desigualdade é boa ou má para a economia?

Distância entre ricos e pobres tem aumentado na maioria dos países. Estudos do FMI e da
OCDE afirmam que isso prejudica o crescimento econômico.

- «O aumento da desigualdade dentro da maioria dos países pode ajudar a explicar o


crescimento do populismo, do nacionalismo e do protecionismo em muitas partes do mundo.
"Os cidadãos podem perder a confiança nas instituições, o que diminui a coesão social e a
confiança no futuro", afirma o estudo do FMI.»

Nota: Com a perda de confiança, provocada pela desigualdade, inevitavelmente a economia é


prejudicada.

A pobreza está mesmo a diminuir no mundo?

«O departamento de investigação do FMI, no relatório “Redistribution, Inequality, and


Growth” mostra que, que para dados níveis de redistribuição não existe evidência de efeitos
negativos no crescimento económico e a maior igualdade que dela resulta está associada a
crescimento mais sustentado e de maior duração. »

«MAIORES NÍVEIS DE DESIGUALDADE ECONÓMICA ESTÃO AINDA ASSOCIADOS A MAIORES


ESFORÇOS REDISTRIBUTIVOS POR PARTE DOS GOVERNOS. Em Portugal, o peso da
redistribuição é muito considerável e os seus efeitos notáveis. De acordo com o INE, uma
percentagem da população encontrava-se em risco de pobreza (rendimento inferior a 60% da
mediana) em 2015, antes de qualquer transferência. Após pensões e transferências sociais
(líquido), o número reduz-se para 19%. Apesar das desigualdades no rendimento e o risco de
pobreza se manterem relativamente elevados após transferências, o impacto da redistribuição
na sua atenuação é inquestionavelmente benéfico. Um estudo realizado para a Fundação
Francisco Manuel dos Santos coordenado pelo professor Carlos Farinha Rodrigues sobre
pobreza e desigualdade de rendimentos em Portugal conclui que atualmente os “impostos
são claramente o instrumento redistributivo mais eficaz na redução das desigualdades”.»

Thomas Pogge

-Pogge diz que a pobreza é o resultado de injustiças pelas quais todos nós somos culpados,
direta ou indiretamente, pelo que temos o dever de ajudar.

-Pogge articula três características da pobreza. Ela é impermeável, pois, por um lado, é difícil
ou impossível para quem está na miséria sair dessa condição e, por outro lado, quem está em
melhores condições de vida jamais suportaria viver nesse estado de privação extrema; é
difusa, pois engloba todos os aspetos da vida da pessoa (condições básicas de sobrevivência); e
é evitável, por ser certo que quem vive em melhores condições pode melhorar as condições
dos que estão em pior estado, e isso sem entrar em colapso monetário e económico.
- ARGUMENTO DE POGGE RELACIONADO COM A COLONIZAÇÃO E AS SUAS
CONSEQUÊNCIAS: As atuais condições das pessoas pobres do mundo foram
significativamente moldadas por um período dramático de conquista e colonização, com
severa opressão, escravização, até mesmo genocídio, por meio dos quais as instituições e as
culturas nativas de quatro continentes foram destruídas ou gravemente traumatizadas. Isso
não significa dizer que (ou negar) que os descendentes ricos daqueles que participaram desses
crimes têm alguma responsabilidade restitutiva especial em relação aos descendentes
empobrecidos daqueles que foram vítimas desses crimes. A ideia é antes que não devemos
sustentar a desigualdade extrema em posições sociais iniciais quando a alocação dessas
posições depende de processos históricos em que os princípios morais e as regras legais foram
amplamente violados. Não se deveria permitir que uma história profundamente manchada do
ponto de vista moral resultasse em desigualdade económica radical.

Peter Singer

Argumento de Singer:

1ªpremissa- Se pudermos impedir que um mal aconteça sem sacrificarmos nada de


importância moral comparável então devemos fazê-lo.

2ªpremissa- A pobreza absoluta é um mal.

3ªpremissa-Há pobreza absoluta que podemos impedir sem sacrificar nada de importância
moral comparável.

Conclusão-Temos de ajudar a erradicar alguma da pobreza.

Você também pode gostar