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Aula 03

Conhecimentos Específicos p/ Técnico CNMP (Segurança Institucional)

Professor: Alexandre Herculano

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Conhecimentos Específicos p/ CNMP - Téc. Seg. Institucional
Parte Específica - Teoria e Exercícios
Prof. Alexandre Herculano Aula 03

Aula 03 - Código Penal Brasileiro. Crimes contra o

patrimônio. Crimes contra a Administração pública:

resistência, desobediência e desacato.

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 1

2. Crimes contra o patrimônio 1

3. Crimes contra a Administração pública: resistência, 41

desobediência e desacato.

3. Questões propostas 46

4. Questões comentadas 52

5. Gabarito 67

Olá meus amigos (as) do Estratégia Concursos!

Hoje vou abordar os Crimes contra o patrimônio e os Crimes

contra a Administração pública, mas não todos, pois o examinador só


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destacou os crimes de resistência, desobediência e desacato.

Crimes contra o patrimônio

“Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia

móvel:

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Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é

praticado durante o repouso noturno.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor

a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão

pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou

aplicar somente a pena de multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou

qualquer outra que tenha valor econômico.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa,

se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à

subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,

escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;


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IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a

subtração for de veículo automotor que venha a ser

transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído

pela Lei nº 9.426, de 1996)

Furto de coisa comum

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Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio,

para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a

coisa comum:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

§ 1º - Somente se procede mediante representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum

fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o

agente.”

Então meus amigos (as), como eu fiz nos crimes contra pessoa,

vou abordar os tipos que mais têm caído nos concursos, sendo assim, não

deixem de ler a “Lei Seca” que eu colocarei com destaque dos principais

pontos.

No furto, tutela-se o patrimônio, tanto sob o aspecto da

propriedade quanto da posse. Assim, não podem ser objeto de furto:

 o ser humano vivo, visto que não se trata de coisa;

 o cadáver, sendo que sua subtração pode, em regra, se


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constituir crime contra o respeito aos mortos (art. 211 do CP).

Quando, contudo, o cadáver for propriedade de alguém

(instituição de ensino, por exemplo), pode ser objeto do crime

de furto, visto possuir valor econômico;

 coisas que nunca tiveram dono (res nullius) e coisas

abandonadas (res derelicta);

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 coisa perdida (res derelicta). Quando alguém se apropria

dolosamente de coisa perdida por terceiro comete, em tese, o

crime de apropriação de coisa achada (CP, art. 169, parágrafo

único, II). Não se considerada perdida a coisa que

simplesmente é esquecida pelo proprietário em local

determinado, podendo ser reclamada a qualquer momento

(por exemplo: pessoa que esquece um livro em sala de aula.

Acaso alguém se apodere do mesmo, comete o crime de

furto);

 coisas de uso comum (res commune omnium), como o ar, luz

do sol, água do mar ou dos rios, exceto se forem destacadas

do local de origem e exploradas individualmente (por exemplo:

água encanada para uso exclusivo de alguém). Lembra-se,

ainda, que existe o crime de usurpação de águas (art. 161, §

1º, I, do CP), consistente na conduta de desviar ou represar,

em proveito próprio ou de outrem, águas alheias. Portanto,

quem desvia curso natural de água (de um igarapé, por


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exemplo) para se beneficiar do mesmo, evitando que ele passe

pelo terreno do vizinho (que antes era seu caminho natural)

comete o crime de usurpação de águas, afastando-se a

possibilidade de furto;

 os imóveis.

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Por outro lado, podem ser objeto de furto:

 coisas ligadas ao corpo humano, como, por exemplo, olhos de

vidro, perucas, dentaduras, próteses mecânicas, orelhas de

borracha etc;

 segundo alguns doutrinadores (a posição não é pacífica), o

ouro da arcada dentária do defunto, visto que pertenceria a

seus herdeiros. Nesse caso o crime de violação de sepultura

seria absorvido pelo crime de furto;

 semoventes (animais), visto que fazem parte do patrimônio do

respectivo proprietário. O furto de gado é conhecido como

abigeato;

 navios e aeronaves, visto que para o direito penal não vale a

noção cível de imóveis. São penalmente considerados móveis

todos os bens corpóreos que são passíveis de remoção de um

lugar para o outro;

 coisas que estejam fora do comércio, como bens públicos e

bens gravados com cláusula de inalienabilidade, desde que


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tenham dono;

 talão de cheque e folha avulsa de cheque, posto entender-se

que possuem valor econômico, causando também o fato

prejuízo à vítima, visto que terá que pagar taxas para o

cancelamento da cártula. Quanto à subtração de cartão

bancário ou de cartão de crédito, entende-se não haver

crime de furto, pois sua reposição é feita sem ônus para a

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vítima. Ressalve-se que tais entendimentos não são

pacíficos.

O furto trata-se de crime comum. Qualquer um pode praticá-lo,

exceto o proprietário do bem ou o seu legítimo possuidor. O proprietário

não pode cometer referido crime, visto não haver a possibilidade de furto

de coisa própria (pode ocorrer em tal circunstância, no máximo, o crime

previsto no art. 346 do CP). O legítimo possuidor, acaso se aproprie da

coisa de terceiro que se encontra em seu poder, comete o crime de

apropriação indébita (art. 168 do CP).

Fala-se em famulato quando o furto é realizado pelo empregado

em detrimento dos bens de seu patrão. Ressalte-se que mesmo que o

empregado tenha a posse de determinado bem pertencente a seu

empregador, se acaso subtrai-lo, comete o crime de furto, isto se a posse

for desvigiada. É o caso, por exemplo, do caixa de um supermercado, que

subtrai dinheiro que está manuseando. Nesse caso, não ocorre o crime de

apropriação indébita (art. 168 do CP), visto este exigir que o sujeito
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passivo tenha a posse desvigiada do bem apropriado. Quando o bem fica

sob o poder do empregado apenas no local de trabalho, entende-se que

tem mera detenção ou posse vigiada da coisa.

Quanto ao sujeito passivo, pode ser qualquer pessoa, física ou

jurídica, que tem a posse ou a propriedade do bem. Tal assertiva afasta

da proteção legal aquele que detém a transitória disposição material do

bem, como, por exemplo, a balconista de uma loja, o operário de uma

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fábrica. Nessa hipótese, a vítima do furto é o proprietário do bem. Não há

furto culposo.

Dissertando sobre o momento da consumação do crime de furto,

Rogério Sanches Cunha (2008, v.3, pp. 119-120) bem sintetiza a

polêmica que norteia referida temática:

Quanto à consumação do furto, o STF e o STJ admitem que dá-se

quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que

num curto espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou

posse mansa e pacífica.

Dispõe o § 1º, do art. 155, que: “a pena aumenta-se de um

terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno”.

Aqui se prevê o que a doutrina chama de furto noturno.

Segundo posição majoritária (atente-se que não é pacífica), é

indiferente para se reconhecer a majorante que os moradores da casa

violada pelo larápio estejam dormindo, devendo ser a mesma reconhecida

até quando a residência estiver desabitada, desde que a conduta se dê

durante o período de repouso noturno.


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Na realidade, a incidência da majorante não é exclusiva nos casos

de furtos perpetrados dentro de residências, podendo ser reconhecida em

subtrações ocorridas em via pública. Nesse sentido, alguns

doutrinadores, em sintonia com a jurisprudência do STJ: “Destarte, a

majorante é perfeitamente aplicável aos furtos cometidos durante o

repouso noturno em automóveis estacionados em vias públicas, bem

como em estabelecimentos comerciais”.

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Traz o § 2º do art. 155 a seguinte regulação: “Se o criminoso é

primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a

pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou

aplicar somente a pena de multa”.

Convencionou a doutrina chamar essa modalidade de “furto

privilegiado”, apesar do dispositivo não trazer um preceito secundário.

Exige o parágrafo que, para o agente ser beneficiado, deve ele ser

primário e que a coisa furtada seja de pequeno valor. Quanto ao conceito

de primariedade, entende-se que primário é aquele que não é reincidente,

mesmo que tenha maus antecedentes.

Segundo a classificação doutrinária, o furto é crime comum

(aquele que não demanda sujeito ativo qualificado ou especial); material

(delito que exige resultado naturalístico, consistente na diminuição do

patrimônio da vítima); de forma livre (podendo ser cometido por qualquer

meio eleito pelo agente); comissivo (‘subtrair’ implica em ação) e,

excepcionalmente, comissivo por omissão (omissivo impróprio, ou seja, é

a aplicação do art. 13, §2º, do Código Penal); instantâneo (cujo resultado


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se dá de maneira instantânea, não se prolongando no tempo), na maior

parte dos casos, embora seja permanente na forma prevista no §3º (furto

de energia); de dano (consuma-se apenas com efetiva lesão a um bem

jurídico tutelado); unissubjetivo (que pode ser praticado por um só

agente); plurissubsistente (em regra, vários atos integram a conduta);

admite tentativa.

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“Roubo

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para

outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou

depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à

impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de

subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave

ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a

detenção da coisa para si ou para terceiro.

§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:

I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego

de arma;

II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;

III - se a vítima está em serviço de transporte de

valores e o agente conhece tal circunstância.

IV - se a subtração for de veículo automotor que


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venha a ser transportado para outro Estado ou para o

exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

V - se o agente mantém a vítima em seu poder,

restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de

1996)

§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena

é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se

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resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem

prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90”

O crime de roubo guarda certa semelhança com o crime de furto,

posto que ambos têm como núcleo o verbo “subtrair” e se voltam,

primordialmente, à proteção do patrimônio. No roubo, contudo, há a

presença de violência (própria ou imprópria) ou grave ameaça contra a

pessoa, inexistentes no delito de furto. Daí a doutrina pontuar que: “A

figura típica do roubo é composta pela subtração, característica do crime

de furto, conjugada com o emprego de grave ameaça ou violência à

pessoa. Assim, o roubo poderia ser visualizado como um furto acrescido

de alguns dados que o tornam especial”.

O objeto é a coisa alheia móvel e a pessoa sobre a qual recai a

violência ou grave ameaça. Tem considerando a doutrina e a

jurisprudência que é inadmissível a aplicação do princípio da

insignificância no crime de roubo. Também não existe modalidade


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privilegiada desse delito, mesmo que a coisa subtraída seja de

pequeno valor.

Existe discussão se é possível o reconhecimento de crime

impossível por absoluta impropriedade do objeto (art. 17 do CP), quando,

por exemplo, a vítima é ameaçada pelo agente que deseja subtrair-lhe

dinheiro, porém descobre que ela não traz consigo qualquer valor, indo

embora sem nada subtrair.

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Acrescente-se que também se aplica perfeitamente ao roubo a

desistência voluntária (art. 15 do CP), de modo que: “Se agente

empregar violência ou grave ameaça, ou qualquer outro meio que reduza

a capacidade de resistência da vítima e, após, desistir voluntariamente de

se apoderar dos objetos dela, não responderá pelo crime de roubo, mas

sim pelos atos até então praticados (violência ou grave ameaça)”.

Qualquer pessoa, exceto, por óbvio, o proprietário ou

possuidor do bem subtraído. Trata-se de crime comum.

Por oportuno, relembre-se que há o delito específico de furto de

coisa comum (art. 156 do CP). No tocante ao crime de roubo, não há

figura típica similar. Assim, acaso o agente subtraia mediante violência ou

grave ameaça coisa da qual compartilha a propriedade, responderá

normalmente pelo crime de roubo. Desse modo, nesse caso específico o

proprietário de coisa comum poderá figurar como sujeito ativo. Fora

dessa hipótese, quando o proprietário toma de terceiro, mediante

violência ou grave ameaça, coisa que integralmente lhe pertence, pode

responder por exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP).
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A ofensa perpetrada no crime de roubo pode ser:

 imediata: é a perpetrada contra o titular do direito de

propriedade ou posse (por ex., violência empregada contra o

dono da loja para que este entregue o dinheiro do caixa);

 mediata: é a empregada contra o terceiro que não seja

titular do direito de propriedade ou posse (por. ex., agente

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que ameaça com arma de fogo o empregado da loja para

que este lhe entregue o dinheiro do caixa).

Cabe destacar, também, a figuras dos roubos próprio e roubo

impróprio, o primeiro a violência ou a grave ameaça são empregadas

antes ou durante a subtração, pois constituem meio para que o agente

consiga efetivá-la. No segundo, o agente inicialmente quer apenas

praticar um furto e, já se tendo apoderado do bem, emprega violência ou

grave ameaça para garantir a impunidade do furto que estava em

andamento ou assegurar a detenção do bem.

O roubo próprio (art. 157, caput), segundo posição doutrinária

majoritária, se consuma com a retirada do bem da esfera de

disponibilidade e posse da vítima, dispensando-se a posse tranquila. O

raciocínio é semelhante àquele explicitado no tocante à consumação do

crime de furto.

Nesse sentido também a jurisprudência atual do STJ: “De acordo

com a jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça,


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considera-se consumado o crime de roubo, assim como o de furto,

no momento em que o agente se torna possuidor da coisa alheia

móvel, ainda que não obtenha a posse tranquila, sendo prescindível

que o objeto subtraído saia da esfera de vigilância da vítima para a

caracterização do ilícito”.

No roubo impróprio (art. 157, § 1º), como não há, inicialmente,

subtração violenta, a consumação somente se dá quando é empregada

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violência ou grave ameaça para garantir a impunidade pelo crime ou a

detenção da coisa (para si ou para outrem) antes subtraída. Se não

houver violência ou grave ameaça subsequente, a hipótese será de furto.

O ato subsequente (violência ou grave ameaça) deve ter relação de

imediatidade com a subtração, pois caso contrário não haverá crime de

roubo, mas sim o de furto em concurso com o delito que caracterizar a

violência ou a grave ameaça.

No roubo próprio é perfeitamente admissível a tentativa. Ocorre

quando o agente, antes de consumar a subtração (mas já tendo iniciado

os atos executórios), é impedido por circunstâncias alheias à sua vontade.

Seria o caso do criminoso que, com uma arma apontada para a vítima,

exige a entrega do relógio, porém é, nesse exato momento, surpreendido

pela polícia e preso.

Quanto ao roubo impróprio, diverge a doutrina sobre a

possibilidade da forma tentada. Há quem entenda ser possível a tentativa

quando o agente tenta empregar violência ou grave ameaça após a

subtração não violenta, mas não consegue. A posição dominante, não


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obstante, é aquela que pugna pela impossibilidade da forma tentada.

Traz o art. 157 o seguinte dispositivo: “§ 3º. Se da violência

resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 (sete) a 15

(quinze) anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de 20

(vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa”.

As circunstâncias qualificadoras em epígrafe decorrem do

resultado mais gravoso. Na primeira hipótese, sobrevém à vítima lesão

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corporal grave ou gravíssima (art. 129, §§ 1º e 2º, do CP). Na segunda,

ocorre a morte (art. 121 do CP), se dando o que a doutrina denomina

de latrocínio, que é considerado crime hediondo (art. 1º, II, da Lei nº

8.072/1990).

Nos dois casos é indispensável que os resultados sejam

provocados, culposa ou dolosamente; durante, logo após, mas sempre

em razão do assalto. As qualificadoras podem incidir tanto no roubo

próprio quanto no impróprio.

No tocante à consumação do latrocínio, sintetiza a doutrina:

 Morte consumada, subtração consumada, gera latrocínio

consumado, estando o tipo perfeito;

 Morte consumada, subtração tentada, configura, de

acordo com entendimento sumulado no STF (610),

latrocínio consumado;

 Morte tentada e subtração tentada, não há dúvida de que

o latrocínio será também tentado (nos termos do art.


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14, II, do CP, houve início de execução de um tipo, que

não se perfez por circunstâncias alheias à vontade do

agente);

 Morte tentada e subtração consumada, há tentativa de

latrocínio (se o latrocínio se consuma apenas com a

morte, não havendo morte o tipo complexo do latrocínio

não se perfez).

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Quanto a classificação doutrinária, o roubo é: crime comum, tanto

com relação ao sujeito ativo quanto ao sujeito passivo; doloso (não

havendo previsão para a modalidade culposa); material; comissivo

(podendo ser praticado omissivamente, caso o agente goze do status de

garantidor); de forma livre; instantâneo (podendo também, em alguns

casos, ser considerado como instantâneo de efeito permanente, caso haja

destruição da res furtiva); de dano; unissubjetivo; plurissubsistente

(podendo-se fracionar o iter criminis, razão pela qual é possível o

raciocínio da tentativa).

“Extorsão

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou

grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para

outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se

faça ou deixar fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.


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§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas,

ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço

até metade.

§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência

o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de

25.7.90

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§ 3o - Se o crime é cometido mediante a restrição da

liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a

obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão,

de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão

corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no

art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº

11.923, de 2009)

Extorsão mediante sequestro

Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para

si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou

preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº

10.446, de 2002)

Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (Redação dada

pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro)

horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de

60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou


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quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada

pela Lei nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada

pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza

grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

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Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.

(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.

(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o

concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a

libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a

dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)

Extorsão indireta

Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida,

abusando da situação de alguém, documento que pode dar

causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra

terceiro:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.”

A figura da extorsão assemelha-se ao crime de constrangimento


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ilegal (art. 146 do CP), mas acrescida da finalidade especial de obtenção

de vantagem econômica indevida. O objeto é o patrimônio da vítima, sua

integridade física e sua liberdade individual, considerando ser a extorsão

um crime pluriofensivo (tutela uma pluralidade de bens jurídicos).

Por ser crime comum, a extorsão pode ser praticada por qualquer

pessoa. Também qualquer pessoa pode figurar como sujeito passivo. No

tocante aos casos concretos, podem ser identificados como vítimas

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(sujeitos passivos): “a) aquele que sofre a violência ou grave ameaça; b)

aquele que faz, deixa de fazer ou tolera que se faça algo; c) aquele que

sofre o prejuízo econômico”. É possível, inclusive, que numa mesma

infração penal da espécie haja mais de uma vítima.

Assim como no roubo, na extorsão é visada vantagem

econômica, mas que não se resume em coisa móvel. Pode o

chantagista, por exemplo, almejar que a vítima transfira um imóvel para

seu nome. A obtenção da vantagem almejada deve, ainda, depender da

colaboração da vítima.

Somente é punida a extorsão em sua forma dolosa. Além do dolo

genérico, exige-se a presença da finalidade especial (dolo específico) do

agressor agir no intuito de obter para si ou para outrem indevida

vantagem econômica. Se não houver essa finalidade, a conduta poderá

acarretar a prática de outro crime, como, por exemplo, constrangimento

ilegal (art. 146 do CP).

A Súmula 96 do STJ apregoa que: “O crime de extorsão

consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida”.


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Menciona a doutrina, ainda, que há tentativa de extorsão no caso de

ameaça feita por escrito, vindo esta a ser interceptada antes que

chegue ao conhecimento da vítima.

Estabelece o § 1º do artigo 158, que: “Se o crime é cometido por

duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de

um terço até metade”.

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Diferentemente do que ocorre no crime de roubo e furto, onde a

lei prevê como circunstância desfavorável ao agente o fato de praticar o

crime em concurso de pessoas, aqui o dispositivo fala em crime cometido

por duas ou mais pessoas. Desse modo, entende-se que para haver tal

majorante, torna-se indispensável que a execução do crime efetivamente

se dê por duas ou mais pessoas. Se apenas um executa, afastada estará

a possibilidade de incidência. Assim sendo, se um dos comparsas se limita

apenas a vigiar o ambiente enquanto outro constrange a vítima, não se

aperfeiçoa a causa de aumento.

As qualificadoras da extorsão estão previstas nos §§ 2º e 3º do

artigo 158: “§ 2º. Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o

disposto no § 3º do artigo anterior. § 3º. Se o crime é cometido mediante

a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a

obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6(seis) a

12(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte,

aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§2º e 3º, respectivamente.

No tocante à disposição do § 3º, esta foi incluída no CP pela Lei nº


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11.923, de 17 de abril de 2009. Visualiza-se neste dispositivo três

situações distintas:

 extorsão mediante restrição da liberdade da vítima como

condição necessária para obtenção da vantagem econômica;

 extorsão mediante restrição da liberdade da vítima como

condição necessária para obtenção da vantagem econômica,

resultando lesão corporal grave à vítima;

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 extorsão mediante restrição da liberdade da vítima como

condição necessária para obtenção da vantagem econômica,

resultando a morte da vítima.

Todas as três hipóteses são voltadas para reprimir o chamado

sequestro relâmpago, sendo que a primeira não antevê resultado

qualificador; presente nas duas últimas, atraindo assim as penas

previstas no art. 159, §§ 2º e 3º.

A prática do sequestro relâmpago consiste em restringir a

liberdade da vítima para que a mesma normalmente forneça cartões

magnéticos bancários e senhas que propiciem aos criminosos auferirem a

vantagem econômica visada.

A aplicação do dispositivo qualificador, entretanto, não se limita a

esta situação específica, mas sim abarca toda extorsão (onde a vítima é

constrangida, mediante violência ou grave ameaça, a fazer, tolerar que se

faça ou deixar de fazer alguma coisa) na qual o criminoso utilize como

meio executório necessário à restrição da liberdade do sujeito passivo nas

condições já evidenciadas.
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O delito de extorsão, segundo a classificação doutrinária, é crime

comum, tanto no que diz respeito ao sujeito ativo quanto ao sujeito

passivo; de dano (embora Fragoso concluísse que ‘o crime se consuma

com o resultado do constrangimento, isto é, com a ação ou omissão que a

vítima é constrangida a fazer, omitir ou tolerar que se faça, e por isso

pode-se dizer que, em relação ao patrimônio, este crime é de perigo’);

doloso; formal; comissivo (podendo ser praticado via omissão imprópria,

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caso o agente goze do status de garantidor); de forma livre; instantâneo;

unissubjetivo; plurissubsistente; transeunte (ou não transeunte,

dependendo da possibilidade de realização de perícia no caso concreto).

Quanto à extorsão mediante sequestro, temos a liberdade

de alguém violada, o agente visa com isso levar terceira pessoa a lhe

proporcionar vantagem. Essa vantagem, segundo a doutrina majoritária,

deve ser de cunho econômico, embora o tipo não exprima de forma

explícita esse detalhe, visto mencionar “qualquer vantagem”. Referido

raciocínio, não obstante, decorre do fato do art. 159 está inserido no CP

no âmbito dos crimes patrimoniais, donde se deduz que a intenção da lei

é repelir o ataque ao patrimônio em um plano primário.

No dispositivo em questão, além do dolo genérico de sequestrar

pessoa, deve haver o dolo específico (elemento subjetivo do tipo

específico) consistente na finalidade especial do agente obter, para si ou

para outrem, vantagem como condição ou preço de resgate.

Dessa forma, não basta o agente dirigir sua conduta finalisticamente no

sentido de sequestrar, tem que preencher também as demais


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elementares subjetivas específicas. De fato, aí reside uma diferença entre

o crime em estudo e os delitos de extorsão mediante restrição da

liberdade (art. 158, § 3º, do CP) e sequestro ou cárcere privado (art. 148

do CP).

No caso do sequestro simulado, no qual a vítima, combinada

com o suposto sequestrador, constroem uma irreal privação de liberdade

para exigir resgate de familiares, a hipótese não será de extorsão

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mediante sequestro. Nesse caso haverá crime de extorsão (art. 158 do

CP). Observe-se não haver na hipótese o dolo de sequestrar, mas sim

simplesmente a vontade de extorquir.

Meus caros, dispõe o art. 159, § 4º: “Se o crime é cometido em

concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a

libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços”.

Trata-se do instituto da delação premiada, funcionando como causa

minorante (de diminuição da pena) na extorsão mediante sequestro para

o agente que contribuir com as autoridades para a libertação do

sequestrado.

Segundo à classificação doutrinária, a extorsão mediante

sequestro é crime comum (aquele que não demanda sujeito ativo

qualificado ou especial); formal (delito cujo resultado naturalístico

previsto no tipo penal – recebimento do resgate – pode não ocorrer,

contentando-se, para a sua configuração, com a conduta de seqüestrar);

de forma livre (podendo ser cometido por qualquer meio eleito pelo

agente); comissivo (‘sequestrar’ implica em ação) e, excepcionalmente,


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comissivo por omissão (omissivo impróprio, ou seja, é a aplicação do art.

13, §2º, do Código Penal); permanente (o resultado se prolonga no

tempo); unissubjetivo (que pode ser praticado por um só agente);

plurissubsistente (em regra, vários atos integram a conduta); admite

tentativa. Trata-se de crime hediondo (Lei 8.072/90).

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Vejamos os demais delitos contra o patrimônio:

“Alteração de limites

Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou

qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para

apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem:

Usurpação de águas

I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem,

águas alheias;

Esbulho possessório

II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou

mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou


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edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na

pena a esta cominada.

§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego

de violência, somente se procede mediante queixa.

Supressão ou alteração de marca em animais

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Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado

ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Dano

Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa

alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado

Parágrafo único - Se o crime é cometido:

I - com violência à pessoa ou grave ameaça;

II - com emprego de substância inflamável ou explosiva,

se o fato não constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, Estado, Município,

empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de

economia mista; (Redação dada pela Lei nº 5.346, de

3.11.1967)

IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável


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para a vítima:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa,

além da pena correspondente à violência.

Introdução ou abandono de animais em

propriedade alheia

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Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade

alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o

fato resulte prejuízo:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.

Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou

histórico

Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa

tombada pela autoridade competente em virtude de valor

artístico, arqueológico ou histórico:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Alteração de local especialmente protegido

Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade

competente, o aspecto de local especialmente protegido por

lei:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Ação penal

Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu


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parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante

queixa.

Apropriação indébita

Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que

tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Aumento de pena

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§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o

agente recebeu a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,

inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela

Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as

contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma

legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra

importância destinada à previdência social que tenha sido


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descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros

ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de

2000)

II – recolher contribuições devidas à previdência social

que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos

à venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído

pela Lei nº 9.983, de 2000)

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III - pagar benefício devido a segurado, quando as

respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à

empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983,

de 2000)

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente,

espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento

das contribuições, importâncias ou valores e presta as

informações devidas à previdência social, na forma definida

em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou

aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons

antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de

2000)

I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes

de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social

previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº


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9.983, de 2000)

II – o valor das contribuições devidas, inclusive

acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela

previdência social, administrativamente, como sendo o

mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

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Percebe-se que o tipo (168-A) penal acima tem como escopo a

tutela do patrimônio público, como forma de garantir junto ao Tesouro

Nacional os valores necessários ao pagamento dos segurados pela

Previdência Social.

Existem divergências, pois para a maior parte da doutrina, que

se apóia na posição adotada pelos nossos tribunais superiores (STF e

STJ), não há de se exigir dolo específico para a configuração da

apropriação indébita previdenciária. O entendimento é de que se

trata de crime formal, que atinge seu momento consumativo com a

omissão no repasse de contribuição previdenciária descontada do

empregado, sendo assim, dispensável a vontade do agente no sentido

de fraudar a Previdência Social.

Com isso meus amigos (as) é de grande importância perceber

que a apropriação indébita previdenciária não se confunde com a

comum (artigo 168, caput do CP). Essa sim tem como requisito a

presença de dolo específico, sob pena de atipicidade.


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Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou

força da natureza

“Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao

seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Parágrafo único - Na mesma pena incorre:

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Apropriação de tesouro

I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria,

no todo ou em parte, da quota a que tem direito o

proprietário do prédio;

Apropriação de coisa achada

II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria,

total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou

legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,

dentro no prazo de quinze dias.

Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se

o disposto no art. 155, § 2º.

Estelionato

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem

ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em

erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio

fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de


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quinhentos mil réis a dez contos de réis.

§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno

valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o

disposto no art. 155, § 2º.

§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

Disposição de coisa alheia como própria

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I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou

em garantia coisa alheia como própria;

Alienação ou oneração fraudulenta de coisa

própria

II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia

coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou

imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento

em prestações, silenciando sobre qualquer dessas

circunstâncias;

Defraudação de penhor

III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo

credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando

tem a posse do objeto empenhado;

Fraude na entrega de coisa

IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de

coisa que deve entregar a alguém;

Fraude para recebimento de indenização ou valor


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de seguro

V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa

própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as

conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver

indenização ou valor de seguro;

Fraude no pagamento por meio de cheque

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VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos

em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.

§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é

cometido em detrimento de entidade de direito público ou

de instituto de economia popular, assistência social ou

beneficência.

Duplicata simulada

Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que

não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou

qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº

8.137, de 27.12.1990)

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

(Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele

que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro

de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)

Abuso de incapazes
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Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de

necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da

alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer

deles à prática de ato suscetível de produzir efeito

jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

Induzimento à especulação

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Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da

inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de

outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à

especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo

saber que a operação é ruinosa:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Fraude no comércio

Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial,

o adquirente ou consumidor:

I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria

falsificada ou deteriorada;

II - entregando uma mercadoria por outra:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a

qualidade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso,

pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor;

vender pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso,


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metal de ou outra qualidade:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.

Outras fraudes

Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se

em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de

recursos para efetuar o pagamento:

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Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.

Parágrafo único - Somente se procede mediante

representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,

deixar de aplicar a pena.

Fraudes e abusos na fundação ou administração de

sociedade por ações

Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações,

fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à

assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade,

ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato

não constitui crime contra a economia popular.

§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não

constitui crime contra a economia popular: (Vide Lei nº

1.521, de 1951)

I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por

ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou


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comunicação ao público ou à assembléia, faz afirmação falsa

sobre as condições econômicas da sociedade, ou oculta

fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo;

II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por

qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos

da sociedade;

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III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à

sociedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos

bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da

assembléia geral;

IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por

conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei

o permite;

V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito

social, aceita em penhor ou em caução ações da própria

sociedade;

VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em

desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui

lucros ou dividendos fictícios;

VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta

pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação de

conta ou parecer;

VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e


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VII;

IX - o representante da sociedade anônima estrangeira,

autorizada a funcionar no País, que pratica os atos

mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao

Governo.

§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a

dois anos, e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem

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para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de

assembléia geral.

Emissão irregular de conhecimento de depósito ou

"warrant"

Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant,

em desacordo com disposição legal:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Fraude à execução

Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,

destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.

Receptação

Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou

ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser

produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a

adquira, receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426,


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de 1996)

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426,

de 1996)

§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,

ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor

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à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio

ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,

coisa que deve saber ser produto de crime: (Redação dada

pela Lei nº 9.426, de 1996)

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação

dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do

parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou

clandestino, inclusive o exercício em residência. (Redação

dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza

ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela

condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por

meio criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou

ambas as penas. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido


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ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa.

(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário,

pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar

de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto

no § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

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§ 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio

da União, Estado, Município, empresa concessionária de

serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena

prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. (Incluído

pela Lei nº 9.426, de 1996)”

Pessoal, de grande importância para sua prova, vamos fazer

alguns comentários pertinentes ao crime de estelionato. Esse deve ser

sempre um fim econômico, de natureza patrimonial. O sujeito passivo

do estelionato deve ser pessoa determinada, ok? A vantagem tem que ser

ilícita, caso contrário será crime de exercício arbitrário das próprias

razões.

O crime se consuma com a efetiva obtenção da vantagem ilícita.

Aproveitando-se o agente delitivo de criança, ou de adolescente, ou ainda

de pessoa doente mental, para induzi-la a praticar ato capaz de provocar-

lhe prejuízo, comete o crime de abuso de incapazes, previsto no art. 173

do Código Penal. E se abusar da inexperiência ou simplicidade


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mental de uma pessoa para induzi-la à prática do jogo, haverá o

crime de induzimento à especulação (art. 174). Em ambas as hipóteses,

não se aplica o estelionato, ok?

Quanto ao furto de energia e o estelionato, temos o seguinte: se

o criminoso altera o medidor para marcar quantidade menor do que

a consumida, o crime é de estelionato; de outro modo, se o agente

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subtrai energia sem que esta passe pelo medidor, haverá furto de energia

elétrica.

A distinção entre o furto mediante fraude e o estelionato é

que, no primeiro, o agente emprega a fraude para subtrair o bem sem o

consentimento do proprietário, enquanto, no estelionato, há o

emprego do meio fraudulento para iludir o ofendido a entregar

voluntariamente o bem.

No crime (Art. 171 § 2º, I) de disposição de coisa alheia como

própria (vende, permuta, dá em pagamento, em garantia coisa alheia

como própria), o sujeito passivo não é o dono da coisa vendida, e sim o

terceiro de boa-fé que a adquiriu, induzido a erro.

No crime de “vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia

coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que

prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações,

silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias” (art. 171, § 2, II), não

haverá crime se o adquirente conhece a circunstância do ônus ou

encargo que pesa sobre a coisa, por não ter sido induzido ou mantido em
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erro.

Já no crime de “destruir, total ou parcialmente, ou ocultar coisa

própria, ou lesar o próprio corpo ou a saúde, ou agravar as consequências

da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de

seguro” (art. 171, § 2, V), ao contrário das demais figuras do crime

de estelionato, a conduta desta se consuma no momento em que o

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agente destrói ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo,

independentemente de obter a indenização ou o valor do seguro.

O crime de emitir cheque, sem suficiente provisão de fundos em

poder do sacado, ou lhe frustrar o pagamento, somente se configura se o

agente agiu de má fé. Dessa forma, não responde quem imaginava

possuir o valor, ou enfrentou alguma urgência. O cheque pré-datado

afasta o crime de estelionato previsto no inc. VI, do §2.º, do art. 171,

justamente porque o cheque é uma ordem de pagamento à vista.

Entretanto, a emissão de vários cheques pré-datados, iludindo a vítima,

caracteriza o delito de estelionato previsto no caput, do art. 171, do CP.

A utilização de cheque pré-datado produto de furto configura

crime de estelionato. O fato de se utilizar de cheque pré-datado não

descaracteriza o delito de estelionato se o mesmo foi objeto de furto.

No caso de pagamento feito com cheque oriundo de conta corrente

encerrada, haverá estelionato do tipo fundamental previsto no caput,

do art. 171, do Código Penal, e não o delito estelionato especial de

emissão de cheque sem provisão de fundos.


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Meus caros o crime de estelionato absorve o crime de falsificação

de documento público, porque a falsidade é o meio para atingir o crime-

fim (estelionato). Aplica-se o princípio da consunção, evitando o bis in

iden.

No caso de pagamento antes do recebimento da denúncia

somente exclui o crime de estelionato na hipótese de emissão de cheque

sem fundos (art. 171, § 2º, inciso VI, do CP). Na sua forma fundamental

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(art. 171, caput, do CP), o pagamento antes do recebimento da denúncia

não tem o condão de excluir o crime. Constitui apenas causa de

diminuição de pena (arrependimento posterior – art. 16, do CP).

Professor e a tal da “cola eletrônica” em prova de concurso,

configura estelionato? Segundo a antiga orientação do STF e do STJ, o

fato era atípico, ou seja, fraudar concurso público ou vestibular através de

cola eletrônica não se enquadrava na conduta do art. 171 do CP (crime de

estelionato), e hoje? Também não se enquadra! Entretanto, a Lei

12.550/11 criou o tipo penal (Fraudes em certames de interesse

público) hoje previsto no art. 311-A do Código Penal: "utilizar ou

divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de

comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: I –

concurso público; II – avaliação ou exame públicos; III – processo

seletivo para ingresso no ensino superior; ou IV – exame ou processo

seletivo previstos em lei: pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e

multa." Assim, passou a ser um Crime Contra a Fé Publica.

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(POLÍCIA CIVIL - RR, Cespe - Delegado - 2003) Julgue os

seguintes itens em (C) CERTO ou (E) ERRADO, relativos a crimes

contra o patrimônio.

Considere a seguinte situação hipotética. Ao participar de um concurso

público, um candidato foi flagrado utilizando um aparelho eletrônico

transmissor e receptador de mensagens, com o objetivo de fraudar o

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certame. Nessa situação, o candidato praticou o crime de estelionato.

Gabarito: E.

Agora para fecharmos nossa aula fiquem atentos às regras, de

isenção da pena, abaixo, pois têm sido bem exploradas nos concursos.

“Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos

crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)

I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;

II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco

legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

Art. 182 - Somente se procede mediante representação,

se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:

(Vide Lei nº 10.741, de 2003)

I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.


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Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos

anteriores:

I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em

geral, quando haja emprego de grave ameaça ou

violência à pessoa;

II - ao estranho que participa do crime.

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III – se o crime é praticado contra pessoa com idade

igual ou superior a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei

nº 10.741, de 2003)”

Então pessoal, se Mévio furta objeto de Tício, seu irmão, só

responderá pelo crime, caso Tício represente contra ele (regra do art.

182, II). Já se Mévio rouba sua mãe, mesmo que ela não queira ele

responderá pelo crime de roubo, pois, trata-se de da regra do art. 183, I.

Crimes contra a Administração pública:

resistência, desobediência e desacato.

"Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante

violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo

ou a quem lhe esteja prestando auxílio:


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Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se

executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

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§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo

das correspondentes à violência."

Para que corra o delito de resistência, o agente deve opor-se a

um ato legal, ou seja, determinado de acordo com a lei. No entanto, se

o ato for ilegal, a resistência daquele contra quem é executado

caracterizará o delito acima? Para a doutrina somente se pode falar em

direito de resistência quando o sujeito estiver diante de um ato

manifestamente ilegal. Não importa que o ato seja formal ou

materialmente ilegal, pois, desde que manifestamente contrário às

disposições legais, caberá o direito de resistência, atuando o sujeito que o

repele amparado por uma causa de justificação, a exemplo da legítima

defesa. Não se pode confundir, no entanto, ato injusto com ato

manifestamente ilegal. Contra a injustiça do ato não cabe o direito de

resistência.

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"Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário

público:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

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Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício

da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa."

Quanto ao crime de desobediência, cabe destacar para sua prova,

que segundo o STJ para configurar o crime é imprescindível que se faça a

acumulação de três requisitos: desatendimento de uma ordem, que essa

ordem seja legal, e que emane de funcionário público.

Já para que ocorra o delito de desacato faz-se necessária a

presença de funcionário público, não se exigindo, contudo, que seja a

ofensa face a face, bastando que, de alguma forma, possa escutá-la,

presenciá-la, enfim, que seja por ele percebida.

Meus amigos (as) seguem algumas questões de concursos


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anteriores, para vocês treinarem o que foi abordado em aula.

Até a próxima aula!

Bizus

A subtração de cadáver humano ou de parte dele pode tipificar

o “furto”, desde que o corpo pertença a alguém e tenha destinação

específica (ex.: subtração de cadáver pertencente a uma faculdade de

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medicina ou a um laboratório que esteja sendo utilizado em estudos ou

pesquisas); fora dessas hipóteses, o crime será o de “subtração de

cadáver ou parte dele”, previsto no artigo 211.

A consumação do “furto” se dá quando a coisa é retirada da

esfera de disponibilidade do ofendido e fica em poder tranquilo, mesmo

que passageiro do agente. O “furto de uso” não é crime, é ilícito civil,

mas o agente deve devolver a coisa no mesmo local e estado em que se

encontrava por livre e espontânea vontade, sem ser forçado por terceiro.

O “furto famélico” afasta a ilicitude por estado de necessidade,

mas a conduta deve ser inevitável. O princípio da insignificância aplica-se

quando o valor da coisa é inexpressivo, juridicamente irrelevante (ex.:

furtar uma meia), assim, ocasiona a exclusão da tipicidade.

Furto e roubo: o 1° é crime simples, tem apenas um objeto

material, que é a coisa, enquanto o 2° é crime complexo, tem 2 objetos

materiais, a coisa e a pessoa. No furto qualificado (destruição ou

rompimento de obstáculo) e roubo: no 1° a violência é praticada contra

coisa (obstáculo), enquanto no 2° ela é praticada contra pessoa.


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Furto qualificado (fraude) e estelionato: no 1° a fraude é

empregada para iludir a atenção ou vigilância do ofendido, que nem

percebeu que a coisa lhe está sendo subtraída; enquanto que no 2°, a

fraude antecede o apossamento da coisa e é a causa de sua entrega ao

agente pela vítima.

Furto e estelionato: no 1° o agente subtrai a coisa da vítima,

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enquanto que no 2° ela entrega a coisa mediante fraude.

Furto e apropriação indébita: no 1° o agente subtrai a coisa da

vítima, enquanto que no 2° ele tem a posse da coisa e depois se apropria

dela.

Questões propostas

1) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de

Justiça Avaliador Federal) Gerson subtraiu para si energia elétrica

alheia de pequeno valor, fazendo-o em concurso com Marcio,

sendo ambos absolutamente primários. Com esses dados, à luz da

jurisprudência hoje dominante no Superior Tribunal de Justiça,

classificam-se os fatos como furto

A) simples.

B) de bagatela.

C) privilegiado.
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D) qualificado.

E) privilegiado-qualificado.

2) (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) No

crime de apropriação indébita,

A) o dolo é antecedente à posse.

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B) a ação penal é sempre pública incondicionada,

independentemente da condição da vítima.

C) o Juiz pode reduzir a pena se primário o criminoso e de

pequeno valor a coisa apropriada.

D) é possível o perdão judicial no caso de apropriação indébita

culposa.

E) há aumento da pena quando o agente recebe a coisa em razão

de emprego, mas não de profissão.

3) (FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Técnico Judiciário -

Segurança) NÃO se inclui dentre as qualificadoras do crime de

roubo qualificado

A) a subtração de veículo automotor que venha a ser transportado

para outra cidade do mesmo Estado da Federação.

B) o concurso de duas ou mais pessoas.

C) o emprego de arma.

D) manter o agente a vítima em seu poder, restringindo sua


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liberdade.

E) ter o crime sido praticado contra aquele que está em serviço de

transporte de valores.

4) (FCC - 2013 - MPE-SE - Analista - Direito) A subtração de

veículo automotor que venha a ser transportado para o exterior,

ocorrida mediante concurso de agentes, durante o repouso

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noturno e com emprego de narcotização da vítima classifica-se

precisamente como

A) furto simples.

B) furto com causa de aumento.

C) furto qualificado.

D) roubo impróprio.

E) roubo próprio.

5) (CESPE - 2006 - IPAJM – Advogado) Em cada um dos itens a

seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma

assertiva a ser julgada acerca do direito penal.

Cássio praticou o crime de apropriação indébita previdenciária.

Após o início da ação fiscal, ele, espontaneamente, declarou,

confessou e efetuou o pagamento das contribuições, bem como

prestou as informações devidas à Previdência Social, na forma

definida em lei. Nesse caso, extinguiu-se a punibilidade de Cássio.

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6) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se

refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes.

Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da

liberdade da vítima e do crime de extorsão com restrição da

liberdade da vítima, nominado de sequestro relâmpago, é

imprescindível a colaboração da vítima para que o agente se

apodere do bem ou obtenha a vantagem econômica visada.

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7) (CESPE - 2009 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Acerca dos

crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, julgue os itens que

se seguem.

A pena do agente que pratica o delito de roubo é majorada na

hipótese de o infrator empregar arma de fogo ou de brinquedo

durante a ação delituosa.

8) ( CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação aos

crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a dignidade

sexual, julgue os itens que se seguem.

Para a configuração do denominado crime de sequestro-

relâmpago, a restrição da liberdade da vítima é condição

necessária para a obtenção da vantagem econômica,

independentemente da ocorrência desta.

9) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) Acerca da parte


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geral do direito penal e seus Institutos, julgue os itens seguintes.

Considere que Marcos, penalmente imputável, subtraia de seu

genitor de sessenta e oito anos de idade, um relógio de alto valor.

Nessa situação, o autor não pode beneficiar-se da escusa penal

absolutória, em razão da idade da vítima.

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10) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) No que se refere

às contravenções penais, aos crimes em espécie e às leis penais

extravagantes, julgue os itens a seguir com base na

jurisprudência dos tribunais superiores.

Considere que João, por vários meses, tenha captado sinal de

televisão a cabo por meio de ligação clandestina e que, em razão

dessa ligação, considerável valor econômico tenha deixado de ser

transferido à prestadora do serviço. Nessa situação hipotética,

considerando-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a

respeito da matéria, João praticou o crime de furto de energia.

11) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) O

fato de o crime ter sido praticado durante o repouso noturno não

implicará aumento de pena, uma vez que a vítima não estava

repousando em sua residência no momento da ação criminosa.

12) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado –


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Segurança) No que diz respeito aos crimes contra o patrimônio,

julgue os próximos itens.

Considere que uma pessoa, de posse de uma chave falsa, invada

determinada sala de um órgão público e de lá subtraia um

computador. Nessa situação, caracteriza-se crime de furto, para o

qual é prevista pena de reclusão de um a quatro anos e multa.

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13) (FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Técnico Judiciário -

Segurança) No momento em que um policial, em cumprimento a

mandado judicial, deu voz de prisão a Brutus, seu irmão Paulus

interveio e impediu a execução do ato, agredindo o policial a socos

e pontapés, causando-lhe ferimentos leves. Paulus responderá

A) pelo crime de desobediência.

B) somente pelo crime de lesões corporais leves.

C) somente pelo crime de resistência.

D) pelos crimes de resistência e lesões corporais leves.

E) pelos crimes de desobediência e resistência.

14) (FCC - 2012 - MPE-PE - Técnico Ministerial - Contabilidade)

Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça a quem

esteja prestando auxílio ao funcionário público competente para

executá-lo,

A) comete crime de desacato.

B) comete crime de desobediência.


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C) comete crime de resistência.

D) comete crime de tráfico de influência.

E) não comete crime contra a Administração Pública.

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Questões comentadas

1) (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de

Justiça Avaliador Federal) Gerson subtraiu para si energia elétrica

alheia de pequeno valor, fazendo-o em concurso com Marcio,

sendo ambos absolutamente primários. Com esses dados, à luz da

jurisprudência hoje dominante no Superior Tribunal de Justiça,

classificam-se os fatos como furto

A) simples.

B) de bagatela.

C) privilegiado.

D) qualificado.

E) privilegiado-qualificado.

Comentários:

Segundo a súmula 511 do STJ, é possível o reconhecimento do


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privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto

qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno

valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.

Gabarito: E.

2) (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) No

crime de apropriação indébita,

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A) o dolo é antecedente à posse.

B) a ação penal é sempre pública incondicionada, independentemente da

condição da vítima.

C) o Juiz pode reduzir a pena se primário o criminoso e de pequeno valor

a coisa apropriada.

D) é possível o perdão judicial no caso de apropriação indébita culposa.

E) há aumento da pena quando o agente recebe a coisa em razão de

emprego, mas não de profissão.

Comentários:

Vejamos a literalidade:

"Apropriação indébita

Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de

que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Aumento de pena

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu


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a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,

inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto

no art. 155, § 2º.

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Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa

furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,

diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de

multa."

Gabarito: C.

3) (FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Técnico Judiciário -

Segurança) NÃO se inclui dentre as qualificadoras do crime de

roubo qualificado

A) a subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para

outra cidade do mesmo Estado da Federação.

B) o concurso de duas ou mais pessoas.

C) o emprego de arma.

D) manter o agente a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.


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E) ter o crime sido praticado contra aquele que está em serviço de

transporte de valores.

Comentários:

Trouxe esta questão para reforçar as majorantes, entretanto, a

banca erra ao falar em qualificadoras. Vejamos a literalidade:

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"Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem,

mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-

la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída

a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de

assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou

para terceiro.

§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:

I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de

arma;

II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;

III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o

agente conhece tal circunstância.

IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser

transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela

Lei nº 9.426, de 1996)


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V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo

sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)"

Gabarito: A.

4) (FCC - 2013 - MPE-SE - Analista - Direito) A subtração de

veículo automotor que venha a ser transportado para o exterior,

ocorrida mediante concurso de agentes, durante o repouso

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noturno e com emprego de narcotização da vítima classifica-se

precisamente como

A) furto simples.

B) furto com causa de aumento.

C) furto qualificado.

D) roubo impróprio.

E) roubo próprio.

Comentários:

O roubo próprio se caracteriza pelo uso da violência, grave

ameaça ou pela redução da capacidade de resistência da vítima antes da

efetivação da subtração da coisa, ao passo que o roubo impróprio se

caracteriza-se, por sua vez, pelo uso da violência, grave ameaça ou

redução da resistência da vítima após a realização da subtração, seja para

assegurar a impunidade do crime, seja para garantir a detenção da coisa

após a subtração pelo agente.

Gabarito: E.
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5) (CESPE - 2006 - IPAJM – Advogado) Em cada um dos itens a

seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma

assertiva a ser julgada acerca do direito penal.

Cássio praticou o crime de apropriação indébita previdenciária. Após o

início da ação fiscal, ele, espontaneamente, declarou, confessou e efetuou

o pagamento das contribuições, bem como prestou as informações

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devidas à Previdência Social, na forma definida em lei. Nesse caso,

extinguiu-se a punibilidade de Cássio.

Comentários:

O agente será isento de pena caso efetue o procedimento descrito na

questão antes de iniciada a ação fiscal.

“Art. 168-A, § 2º, É extinta a punibilidade se o agente,

espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento

das contribuições, importâncias ou valores e presta as

informações devidas à previdência social, na forma definida

em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.”

Gabarito: E.

6) (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia) No que se


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refere a crimes contra o patrimônio, julgue os itens subsequentes.

Para a configuração do crime de roubo mediante restrição da liberdade da

vítima e do crime de extorsão com restrição da liberdade da vítima,

nominado de sequestro relâmpago, é imprescindível a colaboração da

vítima para que o agente se apodere do bem ou obtenha a vantagem

econômica visada.

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Comentários:

Pessoal, quem rouba subtrai, quem pratica extorsão faz com que

lhe seja entregue. Assim, no crime de roubo a participação da vítima não

tem relevância, já na extorsão a conduta da vítima é fundamental para

que o agente consiga obter a vantagem. No roubo o agente atua sem a

participação da vítima, na extorsão o ofendido colabora ativamente com o

autor da infração penal.

Gabarito: E.

7) (CESPE - 2009 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Acerca dos

crimes contra a pessoa e contra o patrimônio, julgue os itens que

se seguem.

A pena do agente que pratica o delito de roubo é majorada na hipótese de

o infrator empregar arma de fogo ou de brinquedo durante a ação

delituosa.

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Comentários:

No caso da arma de brinquedo não cabe a majorante, assim, já

decidiu o STJ.

Gabarito: E.

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8) ( CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação aos

crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a dignidade

sexual, julgue os itens que se seguem.

Para a configuração do denominado crime de sequestro-relâmpago, a

restrição da liberdade da vítima é condição necessária para a obtenção da

vantagem econômica, independentemente da ocorrência desta.

Comentários:

Com o advento da lei 11.923/2009, criou-se a figura típica do

sequestro relâmpago, inserido no art. 158 §3º do Código Penal, uma

circunstancia nova de execução do crime, de extorsão, bem como a

previsão da possiblidade de dois resultados qualificadores.

Gabarito: C.

9) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) Acerca da parte

geral do direito penal e seus Institutos, julgue os itens seguintes.

Considere que Marcos, penalmente imputável, subtraia de seu genitor de


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sessenta e oito anos de idade, um relógio de alto valor. Nessa situação, o

autor não pode beneficiar-se da escusa penal absolutória, em razão da

idade da vítima.

Comentários:

Nesse caso por ser, a vítima, maior de sessenta anos não

caberá a isenção.

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“Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos

crimes previstos neste título, em prejuízo:

II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo

ou ilegítimo, seja civil ou natural.

Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos

anteriores:

I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,

quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;

III – se o crime é praticado contra pessoa com idade

igual ou superior a 60 (sessenta) anos.”

Gabarito: C.

10) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) No que se refere

às contravenções penais, aos crimes em espécie e às leis penais

extravagantes, julgue os itens a seguir com base na

jurisprudência dos tribunais superiores.

Considere que João, por vários meses, tenha captado sinal de televisão a
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cabo por meio de ligação clandestina e que, em razão dessa ligação,

considerável valor econômico tenha deixado de ser transferido à

prestadora do serviço. Nessa situação hipotética, considerando-se o

entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito da matéria, João

praticou o crime de furto de energia.

Comentários:

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A questão aborda uma decisão do STJ em 2011, vejamos:

“PENAL. RECURSO ESPECIAL. FURTO DE SINAL DE TV A

CABO. TIPICIDADE DA CONDUTA. FORMA DE ENERGIA

ENQUADRÁVEL NO TIPO PENAL. RECURSO PROVIDO.

I. O sinal de televisão propaga-se através de ondas, o que na

definição técnica se enquadra como energia radiante, que é

uma forma de energia associada à radiação eletromagnética.

II. Ampliação do rol do item 56 da Exposição de Motivos do

Código Penal para abranger formas de energia ali não

dispostas, considerando a revolução tecnológica a que o

mundo vem sendo submetido nas últimas décadas.

III. Tipicidade da conduta do furto de sinal de TV a cabo.

IV. Recurso provido, nos termos do voto do Relator.

(REsp 1123747/RS, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA

TURMA, julgado em 16/12/2010, DJe 01/02/2011)”

Gabarito: C.

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11) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) O

fato de o crime ter sido praticado durante o repouso noturno não

implicará aumento de pena, uma vez que a vítima não estava repousando

em sua residência no momento da ação criminosa.

Comentários:

Vejamos os casos da qualificadora e do aumento da pena:

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“Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia

móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é

praticado durante o repouso noturno.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a

coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela

de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar

somente a pena de multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou

qualquer outra que tenha valor econômico.

Furto qualificado
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§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e

multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à

subtração da coisa;

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II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,

escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.”

Gabarito: E.

12) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado –

Segurança) No que diz respeito aos crimes contra o patrimônio,

julgue os próximos itens.

Considere que uma pessoa, de posse de uma chave falsa, invada

determinada sala de um órgão público e de lá subtraia um computador.

Nessa situação, caracteriza-se crime de furto, para o qual é prevista pena

de reclusão de um a quatro anos e multa.

Comentários:
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Meus caros, pura maldade do examinador. Trata-se de furto

qualificado, logo a pena varia de 2 a 8 anos.

“Art. 155, §4º , III do CP.

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia

móvel:

(...)

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Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa,

se o crime é cometido:

(...)

III - com emprego de chave falsa;”

Gabarito: E.

13) (FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Técnico Judiciário -

Segurança) No momento em que um policial, em cumprimento a

mandado judicial, deu voz de prisão a Brutus, seu irmão Paulus

interveio e impediu a execução do ato, agredindo o policial a socos

e pontapés, causando-lhe ferimentos leves. Paulus responderá

A) pelo crime de desobediência.

B) somente pelo crime de lesões corporais leves.

C) somente pelo crime de resistência.

D) pelos crimes de resistência e lesões corporais leves.

E) pelos crimes de desobediência e resistência.


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Comentários:

Vejamos:

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante

violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo

ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

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§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se

executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem

prejuízo das correspondentes à violência."

Gabarito: D.

14) (FCC - 2012 - MPE-PE - Técnico Ministerial - Contabilidade)

Quem se opõe à execução de ato legal, mediante ameaça a quem

esteja prestando auxílio ao funcionário público competente para

executá-lo,

A) comete crime de desacato.

B) comete crime de desobediência.

C) comete crime de resistência.

D) comete crime de tráfico de influência.

E) não comete crime contra a Administração Pública.

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Comentários:

Fiquem atentos no verbo, vejamos:

"Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante

violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo

ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

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§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se

executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo

das correspondentes à violência.

Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário

público:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da

função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa."

Gabarito: C.

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Gabarito

1-E 2-C 3-A 4-E

5-E 6-E 7-E 8-C

9-C 10-C 11-E 12-E

13-D 14-C

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