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BARROS, Geová Da Silva. Filtragem Racial - A Cor Na Seleção Do Suspeito.
BARROS, Geová Da Silva. Filtragem Racial - A Cor Na Seleção Do Suspeito.
Artigos
Geová da Silva Barros é licenciado em História, especialista em Políticas Públicas de Segurança, especialista em formação de
educadores, mestre em Ciência Política, é oficial da Polícia Militar de Pernambuco, atualmente exercendo a função de chefe
da Divisão de Ensino do campus de Ensino Metropolitano I da Academia Integrada de Defesa Social.
geobarros@globo.com
Resumo
Compondo estudo detalhado sobre discriminação racial na abordagem policial, este artigo tem por objetivo verificar em
que medida a cor da pele constitui fator de suspeição, bem como identificar se os policiais têm a percepção da prática
do racismo institucional. Para tanto, foi montado um banco de dados a partir da aplicação de questionários e da análise
de boletins de ocorrências de sete unidades da Polícia Militar de Pernambuco. Como resultado, verificou-se que 65,05%
dos profissionais percebem que os pretos e pardos são priorizados nas abordagens, o que corrobora as percepções dos
alunos do Curso de Formação de Oficiais e do Curso de Formação de Soldados, com 76,9% e 74%, respectivamente.
Palavras-Chave
Racismo institucional. Racismo. Discriminação racial.
a entender que o preconceito de classe predo- se, atingir, versar. Em termos policiais, o ato
mina em detrimento do preconceito racial. Este de abordar é o primeiro contato do policial
artigo tem por objetivo identificar, na prática com o público. Tanto os atos de orientar ou
policial, a existência do componente racial na esclarecer, quanto os de corrigir, prender ou
seleção do indivíduo a ser abordado. Além de investigar são formas de abordagem. Para
comprovar a prática da filtragem racial, procura efeito deste estudo, abordagem será enten-
também aferir a percepção dos policiais quanto dida como a maneira pela qual um policial
ao racismo institucional. identifica, corrige, prende ou investiga um
suspeito de vir a cometer ou ter cometido um
Filtragem racial: a cor na seleção do suspeito
Geová da Silva Barros
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principal fator motivacional da ação policial é der filtragem racial na identificação do suspei-
a cor da pele. to (AMAR, 2005, p. 242).
Entretanto, essa filtragem racial não é ex- Amar (2005, p. 234) considera racismo ins-
plicitamente declarada, como mostra Amar titucional “quando uma organização ou estru-
(2005, p. 242): tura social cria um fato social racial hierárquico
[...] nos Estados Unidos, as normas profis- – um estigma visível, identidades incorporadas
sionais modernizadoras tendem a incenti- e geografias sociais”. É engano pensar que um
var os policiais a criarem perfis de suspei- ato, para ser considerado racista, tenha que ter
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é mais suspeito em condutores de veículos
Região Metropolitana do Recife – 2005
A Tabela 1 revela que, com exceção da op- constitui o “filtro” principal de suspeição. Os
ção “independe”, os profissionais consideram dados da Tabela 2 mostram que, excetuan-
que a situação mais suspeita entre pessoas pre- do-se a opção “independe”, na abordagem
tas e brancas, quando na direção de um veícu- de condutores tanto de carro de luxo como
lo, é a preta dirigindo um carro de luxo. Nes- popular, os profissionais tendem a priorizar
se aspecto, não havendo qualquer referência primeiro os pretos, depois os pardos e, por
a outras variáveis, pode-se deduzir que a cor último, os brancos.
Tabela 2
Distribuição dos policiais militares, segundo prioridade para
parar um veículo
Região Metropolitana do Recife – 2005
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segundo opinião a respeito de quem o trio de policiais abordaria
primeiro, em uma situação de suspeição de um homem branco e
outro preto
Região Metropolitana do Recife – 2005 Em porcentagem
Conforme mostra a Tabela 4, entre os alu- que se pode fazer desse fenômeno é que é mais
nos do CFO, na situação “A”, ninguém res- fácil reconhecer o preconceito nos outros do
pondeu que o trio tenderia a abordar primei- que em si mesmo, confirmando o “preconcei-
ro o branco. Nas três categorias, na situação to de ter preconceito”, de Florestan Fernandes
“A”, verifica-se que as proporções referentes a (SCHWARCZ, 2001, p.34).
abordar primeiro o preto e depois o branco são
bem superiores àquelas para a categoria outra. Também chama a atenção, na Tabela 4,
Entretanto, na situação “B”, o resultado se in- a semelhança entre os percentuais na situa-
verte, com a variável outra assumindo os maio- ção “B” das três categorias, na opção aborda-
res valores: neste caso, os policiais geralmente ria primeiro o preto depois o branco: 28,0%
responderam que abordariam o mais próximo; para policiais; 27,3% para alunos do CFO; e
abordariam a ambos de forma simultânea, ou 26,4% para os do CFSD. A proximidade en-
abordariam o que apresentasse uma atitude tre os percentuais dos profissionais, muitas ve-
mais suspeita, não havendo qualquer motiva- zes com mais de 15 anos de atividade, e dos
ção racial. Ora, o que é alternativa para si mes- alunos, em especial os do CFSD com menos
mo, não o é para os demais. Assim, a leitura de três meses de curso, permite inferir que os
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ram abordadas a partir da iniciativa dos compo- tradas em BOs, 28 foram abordadas a partir
nentes da guarnição. Desses,4 27 eram pardos, da iniciativa dos componentes da guarnição.
correspondendo a 65,8%; três eram brancos Desses,5 doze eram pardos, correspondendo
(7,3%); e onze eram pretos (26,8%). De acor- a 48,0%, nove eram brancos (36,0%) e qua-
do com o Censo Demográfico 2000 (IBGE), tro eram pretos (16,0%). Segundo o Censo
os brancos respondiam por 41,12% da popula- Demográfico 2000 (IBGE), os brancos repre-
ção total do município, os pardos por 51,68% sentavam 42,4% da população total do muni-
e os pretos por 5,4%. Dessa forma, verifica-se cípio, os pardos respondiam por 51,6% e os
que os brancos estão sub-representados na ini- pretos por 4,4%. Dessa forma, observa-se que
Tabela 5
População e pessoas abordadas por iniciativa própria da
guarnição policial em serviço, segundo cor
Município de Olinda – 2000-2004
Tabela 6
População e pessoas abordadas por iniciativa própria da
guarnição policial em serviço, segundo cor
Município de Paulista – 2000-2004
va dos componentes da guarnição. Desses6, 175 “Já me deparei com algumas situações
eram pardos, correspondendo a 58,3%; 55 eram que posteriormente me arrependi.”
brancos (18,4%); e, 70 eram negros (23,3%). (Capitão PM)
De acordo com o Censo Demográfico 2000 “Já aconteceu comigo e não acredito
(IBGE), os brancos respondiam por 45,76% que esteja isento de não acontecer de
da população total do município, os pardos por novo, pois no dia-a-dia, nessa ques-
47,86% e os negros por 5,36%. Assim, verifica- tão de abordar, fazer uma triagem para
se que os brancos estão sub-representados; e os abordar, a tendência é falhar nisso aí.”
pretos e os pardos, sobre-representados: (Soldado PM)
Filtragem racial: a cor na seleção do suspeito
Geová da Silva Barros
Tabela 7
População e pessoas abordadas por iniciativa própria da
guarnição policial em serviço, segundo cor
Município do Recife – 2000-2004
Durante as entrevistas, foi percebido o ru- Sob a perspectiva de trabalhar diversos mo-
bor facial dos que relataram que já abordaram mentos da abordagem, seja nos processos de
tendo como filtro a cor da pele. Esse constran- policiamento a pé ou motorizado, seja a pesso-
gimento sinaliza que havia um entendimento as ou a veículos, alguns alunos do CFSD relata-
das implicações e desdobramentos da aborda- ram suas experiências em abordagens, quando
gem realizada: estavam em coletivos. Os relatos confirmaram
“Lamentavelmente, com franqueza, eu te- que os policiais geralmente utilizaram a filtra-
nho que dizer que sim [...] talvez por in- gem racial na seleção dos suspeitos:
fluência [...] talvez por ser uma forma da “O negro que estava ao meu lado foi revis-
gente se livrar de um problema [...] isto já tado e eu, não.” (Aluno de cor branca)
aconteceu.” (Major PM) “Eu, não. Mas já presenciei casos em que os
“Numa abordagem a coletivos mesmo, a policiais, nos ônibus, só revistaram as pes-
gente escolheu alguns, sendo que os pou- soas negras.” (Aluno de cor preta)
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ou mesmo à ação mecânica, tentando assim ate- cos não são dignos de honrar a roupa que
nuar a culpa do cometimento da discriminação: veste e o negro, sim.” (Soldado PM)
“Já, infelizmente. A gente sempre no dia-a- “[...] tenho um soldado que está comigo
dia, infelizmente, acontece esse imprevis- amanhã, um pretinho, um negrinho, mas é
to.” (Soldado PM) um negro da alma branca.” (Cabo PM)
“[...] a questão do preconceito dentro da
polícia não existe de fato, de forma forte,
o que existe é uma ação mecânica [...] às A percepção do racismo institucional na
vezes até a minha própria ação de aborda- comunidade policial
continuidade da vigilância sobre pretos e par- cia por negros na abordagem, normalmente
dos. Segundo Sampaio (2003, p. 82), na defi- os policiais relataram que nunca ouviram esse
nição de racismo institucional, ora hegemônica tipo de diálogo, entretanto já haviam presen-
na Inglaterra, perpassa a idéia de que seja uma ciado brincadeiras que envolviam a cor negra:
prática coletiva, em vez de ações esporádicas “A brincadeira surge normalmente [...] a
ou isoladas. No depoimento do policial que brincadeira surge. Ninguém nunca conver-
mencionou que “todos poderiam dizer que já sou comigo a respeito dessa situação, mas
presenciaram” fica explícita a banalidade dessas que brinca, brinca.” (Soldado PM)
ações. Por sua vez, essa normalidade sinaliza “[...] acho que uma vez ou duas já escutei.
Filtragem racial: a cor na seleção do suspeito
Geová da Silva Barros
que tais práticas foram incorporadas à cultura Uma forma até, nessas duas vezes, em tom
policial, ou seja, fazem parte dos “traços com- de brincadeira.” (Sargento PM)
partilhados por todos” (MONJARDET, 2003, “[...] quando colocamos o preto, somos
p.163). Entretanto, houve casos em que os viúvo ou somos Zorro, porque é o que
entrevistados negaram agir com discriminação dizem. Olha lá! Vem ali o Zorro. Não, ra-
racial, mas confirmaram a existência da prefe- paz. Ele está viúvo. Uma gozação, não é?”
rência em abordar o negro:7 (Cabo PM)
“Quando estou pela cidade e estou à pai- “Já ouvi comentários pejorativos [...]
sana, a gente vê, qualquer abordagem, não é aquele neguinho com cabelo rastafari.
pode passar um negro e a turma vai logo Termos mais pejorativos. Mas preferência,
abordando, é o preconceito racial”. (Sar- não.” (Capitão PM)
gento PM) “Não conversar, mas proceder.” (Tenen-
te PM)
Torna-se evidente a tentativa do entrevis-
tado em não assumir que já presenciara atos No seu estudo, Ramos e Musumeci (2005,
de discriminação racial, estando no exercício p.167) verificaram que 59,9% dos entrevistados
da atividade policial. Por sua vez, há o caso responderam que a polícia é tão racista quanto
do policial autodeclarado negro, que reco- o restante da sociedade, enquanto 29,7% disse-
nhece existir a preferência na abordagem de ram que é mais racista. Assim, os dados sugerem
negros e, inclusive, declara que há policiais que a própria população assume esse “lugar-
negros que também discriminam, mas ele comum” da polícia como espelho da sociedade.
não discrimina: Entretanto, em um Estado Democrático de Di-
“A população já vê isso, já discrimina o reito, as instituições não deveriam refletir a desi-
próprio negro. Então, o policial militar, gualdade de tratamento nas relações raciais.
por pertencer à sociedade, vive isso, porém
não é 100%. Há casos de policiais negros Nessa situação, torna-se mister identificar
vivenciarem isso. Eu, particularmente ne- qual a percepção dos profissionais sobre o racis-
gro, não vivo.” (Sargento PM) mo institucional nos questionários aplicados. O
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em primeiro lugar, enquanto 34,95% responde- predisponente para o cometimento do crime.
ram que não há preferência. Ora, isto é o “crime na cor” (PIRES, 2003).
Entre os entrevistados, o “crime na cor” tam-
A Tabela 8 torna visível, pela perspectiva bém foi identificado:
dos profissionais, as causas da prioridade em “[...] a velha cisma que se tem [...] aquela visão
abordar os pretos e pardos. Aproximadamen- que se tem que o negro é ladrão [...] comigo
te 22% responderam que o motivo era que a não acontece, graças a Deus.” (Sargento PM)
34,95 65,05
Os pretos não são Os pretos são priorizados
priorizados na abordagem na abordagem
Tabela 8
Distribuição dos policiais militares, segundo motivos
da preferência em abordar os pretos/pardos
Região Metropolitana do Recife – 2005
Motivos da preferência %
Questões culturais 22,6
Maioria dos presos/detidos é preta ou parda 21,9
Maioria dos pretos/pardos mora em favelas 14,3
Não sei explicar 10,9
Falha na formação policial 10,4
Não há preferência 9,5
Ocorre de forma automática 5,4
Outra 5,0
Total 100,0
Fonte: Barros (2006, p. 112)
Nota: 27 não responderam.
imaginar que um criminoso possa haver a ram que essa é uma temática recorrente:
maior probabilidade de ser um negro ao “A relação pobreza ainda existe, persis-
invés de um branco.” (Tenente PM) te, e normalmente há uma associação, não
“[...] que a maioria dos pretos que a gen- sei se inconsciente, coletiva, de quem está,
te vê está em decadência, por isso que há vamos dizer, naquela condição de pobre,
geralmente essas abordagens sempre mais com aquele biótipo, com aquela cor, ter-
com pretos, primeiro lugar com os pretos.” mina sendo alvo de diferenciação.” (Capi-
(Soldado PM) tão PM)
“Eu tenho assim uma ligeira impressão que
Filtragem racial: a cor na seleção do suspeito
Geová da Silva Barros
Esse estereótipo do negro como tendente isso (a discriminação racial) acontece às ve-
ao crime torna válida a definição de racismo zes [...] decorrente da própria pobreza, e
institucional trabalhada por Sampaio (2003, até porque a pobreza traz em si um aspec-
p.82), quando expõe que o racismo institucio- to de marginalização.” (Soldado PM)
nal “pode ser visto ou detectado em processos, “Quer queira, quer não, é na comunida-
atitudes e comportamentos que totalizam em de pobre, carente, onde a gente encontra
discriminação por preconceito involuntário, a maior quantidade de meliantes, não é?
ignorância, negligência e estereotipação ra- De marginais.” (Capitão PM)
cista” (grifos nossos). Dos 24 entrevistados, “O negro mora em favela, lugares assim,
apenas um foi peremptório em afirmar que que dá suspeita a abordagem do elemen-
não há preferência, entretanto entrou em con- to.” (Sargento PM)
tradição ao relatar que “uma parte” pode não
estar fazendo o que deveria fazer, ou seja, uma Os relatos indicam que os policiais tendem
parcela do efetivo policial pode estar discri- a relacionar cor negra, pobreza e criminalida-
minando. O Soldado PM que assim declarou de. Essa relação tem um viés histórico. Santos
procurou, durante toda a entrevista, esquivar- (2001) revela bem essa situação com a trilha do
se do tema para não se comprometer. círculo vicioso, que estabelece seis passos que, co-
nectados, procuram traduzir a situação atual dos
No presente estudo, observa-se que 14,3% afro-descendentes. Apesar de ser uma relação es-
responderam que o motivo da preferência era tapafúrdia, pois não existe nenhum gene que seja
que maioria dos pretos/pardos mora em favelas determinante biológico da violência, e tampouco
(Tabela 8), sugerindo, por um lado, que a dis- a pobreza é fator determinante de comportamen-
criminação tem sua gênese na classe e não na cor to criminal, os relatos deixam transparecer a idéia
da pele e, por outro, que há uma mudança de de que a situação de pobreza antecede ao fator
comportamento com a variação do espaço so- cor da pele na determinação do suspeito.
cial. Em Racismo institucional: a cor da pele como
principal fator de suspeição (BARROS, 2006), A se acreditar na perspectiva explícita no
observou-se que o policial tende a mudar de parágrafo anterior, haveria mais preconcei-
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termos, a veste assumiria preponderância na chos a seguir:
identificação do suspeito. Entretanto, quando Entrevistador: se você tivesse de identificar
se observam os dados da Tabela 4, essa idéia um suspeito, o que mais lhe motivaria, a
se esvai, pois, no caso citado em que dois ho- situação social ou racial?
mens estão vestidos de forma semelhante, não “O maltrapilho seria o ponto inicial”.
há condições de se aferir a situação social de Entrevistador: se duas pessoas estivessem
ambos. Um sargento, quando questionado maltrapilhas, sendo uma negra e outra
sobre a situação em que uma patrulha se de- branca, qual delas seria abordada em pri-
parava com dois homens em rua erma, ambos meiro lugar?
Tabela 9
Distribuição dos alunos do CFO e do CFSD, segundo percepção
da prioridade dos policiais em abordar negros
2005 Em porcentagem
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darem os pretos e pardos, entretanto, brinca- Direitos do Homem e do Cidadão de 1789,
deiras e anedotários que surgem do imaginário em seu artigo 12, explicita que “a garantia
policial dão conta da presença do preconcei- dos direitos do homem e do cidadão carece
to racial e condiciona a práxis policial. Com de uma força pública; esta força é, portanto,
efeito, não basta reconhecer a existência do constituída em proveito de todos, e não para a
racismo institucional; é necessário desenvolver utilidade particular daqueles a quem é confia-
mecanismos que democratizem a prática po- da” (grifos nossos), instituindo a primazia da
licial. Nesse sentido, considero pertinentes as defesa do cidadão como novo paradigma.
adoções das medidas apresentadas a seguir.
esteja cônscio de que é um “legítimo educa- que homens, mulheres e instituições podem
dor” (BALESTRERI, 2003, p. 24), inserido evoluir a fim de alcançarem níveis de compor-
totalmente no processo civilizador, entendido tamento que espelhem o mais lídimo respeito
como “uma mudança na conduta e sentimen- pela dignidade humana.
4. E ntre esses 58, Dezesseis indivíduos não tiveram sua cor registrada; a categoria “amarela”, que teve apenas
um registro, não foi considerada para efeito deste estudo.
5. Entre esses 28, três indivíduos não tiveram a sua cor registrada.
6. D
esses 378, 73 indivíduos não tiveram sua cor registrada; a categoria “amarela”, com cinco registros, não foi
considerada para efeito deste estudo.
7. Nas entrevistas, a maioria falou especificamente a palavra “negro”. Assim, foi mantida.
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AMAR, Paul. Táticas e termos da luta contra o racismo _________; SILVA, Nelson do Valle. Educação e dife-
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Geová da Silva Barros
Resumen Abstract
Filtros raciales: el color en la selección del sospechoso Racial profiling: color in the selection of a suspect
Componiendo un estudio detallado sobre discriminación Composing a detailed study on racial discrimination in
racial en el abordaje policial, este artículo tiene como police work, this article aims to prove that the trait of
objetivo verificar en qué medida el color de la piel skin color contributes to the factor of suspicion, as well
constituye factor de sospecha, así como identificar si as identifying if the police have a perception of the