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Aula 05 (Prof. Kaique Knothe Andrade)

Discursivas p/ SEFAZ-BA (Auditor Fiscal-Administração Tributária)


Sem Correção-Pós-Edital
Carlos Roberto, Equipe Carlos Roberto, Paula Ferreira, Rafaela Freitas, Thiago

Rodrigues Cavalcanti, Kaique Knothe de Andrade

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Carlos Roberto, Equipe Carlos Roberto, Paula Ferreira, Rafaela Freitas, Thiago Rodrigues Cavalcanti, Kaique Knothe de Andrade
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1ª Rodada de Temas .......................................................................................................... 2


QUESTÕES AUDITORIA SEFAZ-BA (Adm. Trib.) ............................................................................ 2
Questão 1 .......................................................................................................................................... 3
Questão 2 .......................................................................................................................................... 4
Questão 3 .......................................................................................................................................... 8

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1ª RODADA DE TEMAS

QUESTÕES AUDITORIA SEFAZ-BA (ADM. TRIB.)

Banca: FCC
Constará de uma Questão Discursiva, versando sobre os conteúdos de Conhecimentos
Específicos da área de atuação
Questões: 1
Peso: 1
Pontuação máxima: 40 pontos
Duração: 4h30
Caráter: habilitatório e classificatório
Número de linhas adotado no curso: 20 a 40 linhas

11.4 A Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos, de caráter habilitatório e


classificatório, consistirá de uma questão dissertativa/discursiva relacionada ao conteúdo
programático de Conhecimentos Específicos do cargo/área de atuação constantes do Anexo II
desse Edital.
11.5 Não será permitida nenhuma espécie de consulta, nem a utilização de livros, códigos,
manuais, impressos ou quaisquer anotações.
11.6 A Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos será avaliada em conformidade
com os seguintes critérios: o domínio técnico do conteúdo aplicado, considerando as
especificidades da questão proposta, a correção gramatical e a adequação vocabular, tendo em
vista os mecanismos básicos de constituição do vernáculo e os procedimentos de coesão e
argumentação.
11.7 Será atribuída nota zero à Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos que:
a) apresentar abordagem incorreta do conteúdo solicitado;
b) apresentar textos na forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e
palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento do texto escrito fora do local apropriado;
c) for assinada fora do local apropriado;
d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato;
e) estiver em branco;
f) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível.

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11.8 Na aferição do critério de correção gramatical, por ocasião da avaliação do desempenho na


Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos, serão consideradas as normas
ortográficas promulgadas pelo Decreto Presidencial nº 6.583, de 29 de setembro de 2008.
11.9 Em hipótese alguma o rascunho elaborado pelo candidato será considerado na correção pela
Banca Examinadora.
11.10 A Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos será avaliada em uma escala de 0
(zero) a 40,00 (quarenta) pontos.
11.11 Será considerado habilitado na Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos o
candidato que obtiver nota igual ou superior a 24,00 (vinte e quatro) pontos.
11.12 O candidato não habilitado na Prova III - Prova Discursiva de Conhecimentos Específicos será
excluído do Concurso.

QUESTÃO 1

Discorra sobre o Princípio do Registro pelo Valor Original na avaliação dos componentes do
patrimônio, abordando necessariamente o seu significado e a possibilidade de o valor
inicialmente registrado sofrer variações posteriores.

Base Teórica:

O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam
ser, no início, registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Tal valor de registro, porém, pode sofrer variações ao longo do tempo. O custo histórico e sua
variação constituem bases de mensuração que devem ser utilizadas em graus distintos e
combinadas, em função do tempo decorrido.
1 - Custo histórico: Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou
equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data
da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca
da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
2 - Variação do custo histórico: Uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais,
ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos
ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os
passivos são reconhecidos pelos valores que seriam necessários para liquidar a obrigação na data
ou no período das demonstrações contábeis;

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b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em
uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores que se espera que seriam pagos para
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores
dos componentes patrimoniais.

QUESTÃO 2

Segundo Attie, os procedimentos de auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o


auditor se utiliza para a realização de seu trabalho, consistindo na reunião das informações
possíveis e necessárias e avaliação das informações obtidas, para a formação de sua opinião

Lançando mão da explicação trazida pelo autor e de seus conhecimentos sobre o tema,
aponte e explique ao menos três das técnicas de auditoria mais usualmente utilizadas.

Base Teórica:

Por meio dos testes, o auditor é capaz de obter as evidências indispensáveis à formação de sua
opinião. A aplicação dos procedimentos, como sabemos, precisa estar atrelada ao objetivo que se
quer atingir. Devem, na medida do possível, ser detalhados em tarefas descritas de forma clara, de
modo a não gerar dúvidas ao executor e esclarecendo os aspectos a serem abordados, bem como
expressando as técnicas a serem utilizadas.
As técnicas de auditoria são um conjunto de processos, ferramentas e práticas que vão fornecer o
controle para que o auditor obtenha evidências ou provas suficientes, adequadas, relevantes e
úteis que permitam fundamentar sua opinião sobre conclusão dos trabalhos realizados.
Técnicas são formas ou maneiras utilizadas na aplicação dos procedimentos com vistas à obtenção
de diferentes tipos de evidências ou ao tratamento de informações.
As técnicas mais usualmente utilizadas são as seguintes: exame documental, inspeção física,
cálculos, observação, entrevista, circularização, conciliações, análise de contas contábeis e revisão
analítica.

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Vamos estudar cada uma delas em detalhes!

1 - Exame documental / Inspeção de registros de documentos


No exame documental a equipe deverá observar se as transações realizadas estão devidamente
documentadas, se a documentação que suporta a operação contém indícios de inidoneidade, se a
transação e a documentação suporte foram por pessoas responsáveis e se a operação realizada é
adequada em função das atividades do órgão/entidade.
Trata-se de uma técnica voltada para a comprovação das transações que por exigências legais,
comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios dessas transações.
Esse exame deve atender às seguintes condições:
- autenticidade: constatar se a documentação é fidedigna e merece crédito;
- normalidade: constatar que a transação refere-se à operação normal e de acordo com os
==123e05==

objetivos da empresa (auditado);


- aprovação: verificação de que a operação e os documentos foram aprovados por pessoas
autorizadas; e
- registro: comprovar que o registro das operações foi adequado, a documentação é hábil e houve
correspondência contábil, fiscal, etc.

2 - Inspeção física
Constataç à à à à à à à à à à à à à à à à à
à àT à à à à à à à à
- existência física: comprovação visual da existência do item;
- autenticidade: discernimento da fidedignidade do item;
- quantidade: apuração adequada da quantidade real física; e
- qualidade: comprovação visual ou laboratorial de que o objeto examinado permanece em
perfeitas condições de uso.
O exame físico não existe por si só. Trata-se de uma técnica complementar que permite ao auditor
verificar se há correspondência nos registros do órgão/entidade, servindo para determinar se os
registros estão corretos e os valores são adequados em função da qualidade do tem examinado.

3 - Recálculo (Cálculo)
Objetiva a conferência das operações que envolvam cálculos; na aplicação da técnica, a equipe não
deve se limitar a conferir os cálculos realizados por terceiros, fazendo-se necessária a efetivação de
cálculos próprios, que serão comparados, ao final, com aqueles apresentados pelo fiscalizado.
É a técnica mais simples e a mais completa, amplamente utilizada, em virtude de a quase
totalidade das operações do órgão/entidade envolver valores, números, etc. Muito embora os

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valores auditados possam ter sido conferidos pelo órgão/entidade auditado, é de grande
importância que sejam reconferidos.
Para esse trabalho, é essencial que exista uma memória de cálculo, que é um histórico do trabalho
realizado sobre as contas, ou seja, a maneira como se chegou a um valor final.

4 - Observação
Consiste em olhar como um determinado processo ou procedimento está sendo executado por
outros. É a técnica de auditoria que envolve o poder de constatação visual do auditor, podendo
revelar erros, deficiências ou problemas por meio de exames visuais, e depende da argúcia,
conhecimentos e experiências do auditor. A observação pode ser considerada a mais generalizada
técnica de auditoria. Não se aplica à verificação específica de problemas, da forma que o fazem a
circularização ou a conferência de cálculos, mas é de alguma utilidade em quase todas as fases do
exame e não deve ser negligenciada.

5 - Entrevista
Consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para quesitos
previamente definidos.
As respostas podem ser obtidas por meio de declarações formais ou informais, mas lembrando de
que toda a informação obtida deve, dentro do possível, ser examinada, constatando-se sua efetiva
comprovação e veracidade. A entrevista, ainda que tenha cunho informal, pode ser utilizada no
relatório de auditoria. Deve-se evitar questionamentos desnecessários, fora do escopo da
auditoria.
Nas novas normas de auditoria, é tratada como indagação, que consiste na busca de informações
junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou
evidência de auditoria comprobatória.

6 - Circularização
Consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; no planejamento dos
trabalhos, a equipe deve considerar as partes externas que podem ser circularizadas e os objetivos
de fiscalização que poderão ser satisfeitos pela circularização.
Os dois tipos de pedidos de confirmação de dados usados pela auditoria são o positivo e o
negativo.
O primeiro é utilizado quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer obter uma
confirmação formal. Pode ser usado de duas formas:
- branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação;
- preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.

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O pedido de confirmação negativo é utilizado quando a resposta for necessária em caso de


discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação, ou seja, na falta de confirmação, o
auditor entende que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido de confirmação. Esse
tipo de pedido é geralmente usado como complemento do pedido de confirmação positivo e deve
ser expedido de forma a assegurar que a pessoa de quem se quer obter a confirmação,
efetivamente, recebeu tal pedido.

7 - Conciliações
Objetiva verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas
analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de
fontes externas.

8 - Análise de contas contábeis


Objetiva examinar as transações que geraram lançamentos em determinada conta contábil; essa
técnica parte dos lançamentos contábeis para a identificação dos fatos e documentos que o
suportam; as contas são selecionadas em função do objetivo geral e da sensibilidade da equipe.
Usada para a constatação da veracidade das informações contábeis, fiscais, etc., além de
possibilitar levantamentos específicos nas análises, composições de saldos e conciliações.

9 - Revisão analítica
Objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes,
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências
atípicas. Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar:
a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;
b) a natureza do órgão/entidade e o conhecimento adquirido em fiscalizações anteriores;
c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.

10 - Reexecução
Novidade constante das novas normas de auditoria (NBC TA 500), a reexecução envolve a
execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente
realizados como parte do controle interno da entidade.

11 - Investigação
A investigação ou investigação minuciosa é o exame em profundidade da matéria auditada, que
pode ser um documento, uma análise, uma informação obtida, tudo com o objetivo de certificar
que o objetivo auditado, no momento, realmente é fidedigno.

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QUESTÃO 3

Sobre a amostragem em auditoria, redija uma redação que aborde, necessariamente:


I a definição de amostragem estatística e não estatística;
II as situações nas quais a amostragem é indicada, e aquelas nas quais há uma
contraindicação ao seu uso;
III os tipos de risco de amostragem e seus impactos

Base Teórica:

I a definição de amostragem estatística e não estatística

Segundo o professor Fontenelle, os diferentes meios à disposição do auditor para a seleção de


itens a serem testados são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
O exame de 100% dos itens, na prática, raramente é aplicável, pois as empresas de auditoria não
têm estrutura suficiente - nem tempo para fiscalizar a totalidade dos registros que fazem parte
de sua competência. É por essa razão que definimos as prioridades da auditoria e o escopo dos
trabalhos. Mesmo nos objetos selecionados, é comum que a equipe de auditoria verifique,
antecipadamente, que não dispõe dos meios necessários para a verificação do universo de itens a
serem auditados.
Crepaldi (2012) explica que, ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de
seleção de itens a testar, o auditor pode empregar técnicas de amostragem, assim a definindo:

denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto

O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização das auditorias em


situações onde o objeto alvo da ação se apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de
maneira bastante pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da necessidade de
obtenção de informações em tempo hábil, em casos em que a ação na sua totalidade se torne
impraticável. A amostragem, assim, tem como objetivo conhecer as características de interesse
de uma determinada população a partir de uma parcela representativa.
O método de amostragem se subdivide em dois tipos: a estatística e a não-estatística.

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A amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a


finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria
da probabilidade ou as regras estatísticas, sendo seu uso recomendável quando os itens da
população apresentam características homogêneas. Tem como característica fundamental o fato
de poder ser submetido a tratamento estatístico, sendo, portando, os resultados obtidos na
amostra generalizáveis para a população.
A amostragem não estatística (ou por julgamento), por sua vez, é aquela em que a amostra é
determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade. A
principal característica do método de amostragem não estatístico é que este se baseia,
principalmente, na experiência do auditor, sendo assim, a aplicação de tratamento estatístico a
seus resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através da
amostra para a população.
Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação, visto que a
extrapolação dos resultados não é passível de demonstração segundo as normas de cálculo
existentes. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal como, na
busca exploratória de informações ou sondagem. O método de amostragem não estatístico não
serve de suporte para uma argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não é passível
de demonstração segundo as normas de cálculo existentes. Entretanto, seus resultados podem ser
considerados em pareceres e relatórios, em algumas circunstâncias.

II as situações nas quais a amostragem é indicada, e aquelas nas quais há uma contraindicação
ao seu uso

Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em levantamentos de grandes


populações. Uma dessas razões é a economicidade dos meios. Onde os recursos humanos e
materiais são escassos, a amostragem se torna imprescindível, tornando o trabalho do auditor bem
mais fácil e adequado.
Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde as informações das quais se necessitam
são valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica.
Outra razão é o fato de que com a utilização da amostragem, a confiabilidade dos dados é maior.
Devido ao número reduzido de elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais,
evitando erros nas respostas. Além disso, a operacionalidade em pequena escala torna mais fácil o
controle do processo como um todo.

Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, tais como:
a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande;
b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não
seja pequena; e
c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o
exame da totalidade da população.

III os tipos de risco de amostragem e seus impactos

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Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de
amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea
porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não
apropriada.
(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria
porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões
iniciais estavam incorretas.

Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea
por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. Os exemplos de risco
não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não apropriados ou a
interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de
um desvio.

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