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1195525
1ª RODADA DE TEMAS
Banca: FCC
Constará de uma Questão Discursiva, versando sobre os conteúdos de Conhecimentos
Específicos da área de atuação
Questões: 1
Peso: 1
Pontuação máxima: 40 pontos
Duração: 4h30
Caráter: habilitatório e classificatório
Número de linhas adotado no curso: 20 a 40 linhas
QUESTÃO 1
Discorra sobre o Princípio do Registro pelo Valor Original na avaliação dos componentes do
patrimônio, abordando necessariamente o seu significado e a possibilidade de o valor
inicialmente registrado sofrer variações posteriores.
Base Teórica:
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devam
ser, no início, registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Tal valor de registro, porém, pode sofrer variações ao longo do tempo. O custo histórico e sua
variação constituem bases de mensuração que devem ser utilizadas em graus distintos e
combinadas, em função do tempo decorrido.
1 - Custo histórico: Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou
equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data
da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca
da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
2 - Variação do custo histórico: Uma vez integrados ao patrimônio, os componentes patrimoniais,
ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores que teriam de ser pagos se esses ativos
ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os
passivos são reconhecidos pelos valores que seriam necessários para liquidar a obrigação na data
ou no período das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores que poderiam ser obtidos pela venda em
uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores que se espera que seriam pagos para
liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das
operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores
dos componentes patrimoniais.
QUESTÃO 2
Lançando mão da explicação trazida pelo autor e de seus conhecimentos sobre o tema,
aponte e explique ao menos três das técnicas de auditoria mais usualmente utilizadas.
Base Teórica:
Por meio dos testes, o auditor é capaz de obter as evidências indispensáveis à formação de sua
opinião. A aplicação dos procedimentos, como sabemos, precisa estar atrelada ao objetivo que se
quer atingir. Devem, na medida do possível, ser detalhados em tarefas descritas de forma clara, de
modo a não gerar dúvidas ao executor e esclarecendo os aspectos a serem abordados, bem como
expressando as técnicas a serem utilizadas.
As técnicas de auditoria são um conjunto de processos, ferramentas e práticas que vão fornecer o
controle para que o auditor obtenha evidências ou provas suficientes, adequadas, relevantes e
úteis que permitam fundamentar sua opinião sobre conclusão dos trabalhos realizados.
Técnicas são formas ou maneiras utilizadas na aplicação dos procedimentos com vistas à obtenção
de diferentes tipos de evidências ou ao tratamento de informações.
As técnicas mais usualmente utilizadas são as seguintes: exame documental, inspeção física,
cálculos, observação, entrevista, circularização, conciliações, análise de contas contábeis e revisão
analítica.
2 - Inspeção física
Constataç à à à à à à à à à à à à à à à à à
à àT à à à à à à à à
- existência física: comprovação visual da existência do item;
- autenticidade: discernimento da fidedignidade do item;
- quantidade: apuração adequada da quantidade real física; e
- qualidade: comprovação visual ou laboratorial de que o objeto examinado permanece em
perfeitas condições de uso.
O exame físico não existe por si só. Trata-se de uma técnica complementar que permite ao auditor
verificar se há correspondência nos registros do órgão/entidade, servindo para determinar se os
registros estão corretos e os valores são adequados em função da qualidade do tem examinado.
3 - Recálculo (Cálculo)
Objetiva a conferência das operações que envolvam cálculos; na aplicação da técnica, a equipe não
deve se limitar a conferir os cálculos realizados por terceiros, fazendo-se necessária a efetivação de
cálculos próprios, que serão comparados, ao final, com aqueles apresentados pelo fiscalizado.
É a técnica mais simples e a mais completa, amplamente utilizada, em virtude de a quase
totalidade das operações do órgão/entidade envolver valores, números, etc. Muito embora os
valores auditados possam ter sido conferidos pelo órgão/entidade auditado, é de grande
importância que sejam reconferidos.
Para esse trabalho, é essencial que exista uma memória de cálculo, que é um histórico do trabalho
realizado sobre as contas, ou seja, a maneira como se chegou a um valor final.
4 - Observação
Consiste em olhar como um determinado processo ou procedimento está sendo executado por
outros. É a técnica de auditoria que envolve o poder de constatação visual do auditor, podendo
revelar erros, deficiências ou problemas por meio de exames visuais, e depende da argúcia,
conhecimentos e experiências do auditor. A observação pode ser considerada a mais generalizada
técnica de auditoria. Não se aplica à verificação específica de problemas, da forma que o fazem a
circularização ou a conferência de cálculos, mas é de alguma utilidade em quase todas as fases do
exame e não deve ser negligenciada.
5 - Entrevista
Consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para quesitos
previamente definidos.
As respostas podem ser obtidas por meio de declarações formais ou informais, mas lembrando de
que toda a informação obtida deve, dentro do possível, ser examinada, constatando-se sua efetiva
comprovação e veracidade. A entrevista, ainda que tenha cunho informal, pode ser utilizada no
relatório de auditoria. Deve-se evitar questionamentos desnecessários, fora do escopo da
auditoria.
Nas novas normas de auditoria, é tratada como indagação, que consiste na busca de informações
junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade.
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou
evidência de auditoria comprobatória.
6 - Circularização
Consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; no planejamento dos
trabalhos, a equipe deve considerar as partes externas que podem ser circularizadas e os objetivos
de fiscalização que poderão ser satisfeitos pela circularização.
Os dois tipos de pedidos de confirmação de dados usados pela auditoria são o positivo e o
negativo.
O primeiro é utilizado quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se quer obter uma
confirmação formal. Pode ser usado de duas formas:
- branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de confirmação;
- preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados na data-base indicada.
7 - Conciliações
Objetiva verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com aqueles das contas
analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de
fontes externas.
9 - Revisão analítica
Objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes,
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situações ou tendências
atípicas. Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar:
a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;
b) a natureza do órgão/entidade e o conhecimento adquirido em fiscalizações anteriores;
c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.
10 - Reexecução
Novidade constante das novas normas de auditoria (NBC TA 500), a reexecução envolve a
execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente
realizados como parte do controle interno da entidade.
11 - Investigação
A investigação ou investigação minuciosa é o exame em profundidade da matéria auditada, que
pode ser um documento, uma análise, uma informação obtida, tudo com o objetivo de certificar
que o objetivo auditado, no momento, realmente é fidedigno.
QUESTÃO 3
Base Teórica:
denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto
II as situações nas quais a amostragem é indicada, e aquelas nas quais há uma contraindicação
ao seu uso
Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, tais como:
a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande;
b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não
seja pequena; e
c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o
exame da totalidade da população.
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de
amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea
porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não
apropriada.
(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que
realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante,
quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria
porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões
iniciais estavam incorretas.
Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea
por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. Os exemplos de risco
não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não apropriados ou a
interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de
um desvio.